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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Grupo de pesquisa MASS em 1º lugar no Congresso da Rede de Urgência e Emergência do Piauí

Por Vitor Gaspar

O grupo de pesquisa Meio Ambiente, Saúde e Sociedade (MASS) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) ficou em primeiro lugar no Congresso da Rede de Urgência e Emergência do Piauí com uma pesquisa científica focada em internações hospitalares evitáveis no Estado.

Integrantes do grupo de pesquisa junto ao Reitor

As Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) ocorrem devido as condições que poderiam ter sido evitadas se tratadas adequadamente na atenção básica, resultando em custos significativamente menores. O estudo, em andamento há alguns meses, destaca como uma atenção primária sólida e bem estruturada pode prevenir a evolução de problemas tratáveis para internações mais graves.

Segundo o coordenador do MASS, o Prof. Vinícius Oliveira, a rede de urgência e emergência está se consolidando, o que torna necessário o enfrentamento desse tipo de internação. “Fizemos análises e projeções para que possamos trazer um olhar com vários dados e informações sobre essa questão, que é de fundamental importância para a saúde pública do Estado”.

Professor Vinicius Oliveira

 

As ICSAPs consistem em 19 subtipos, incluindo doenças preveníveis por imunização, como difteria, tétano, sarampo e febre amarela, além de hipertensão e gastroenterites, que poderiam ser controladas e tratadas na atenção básica. A pesquisa, baseada em dados da Secretaria Municipal de Saúde, analisa as internações do SUS relacionadas a essas condições no período de 2010 a 2020.

A pesquisadora do grupo Iasmin Andrade destaca que muitas dessas condições sensíveis à atenção primária são evitáveis com os protocolos e medicações disponíveis atualmente. A estudante do 4º bloco do curso de Medicina ressalta que embora algumas doenças, como hipertensão e diabetes, não tenham cura, é possível controlá-las com tratamento adequado, permitindo que os pacientes levem uma vida saudável sem a necessidade de hospitalizações frequentes.

“A abordagem da atenção primária não se limita apenas ao tratamento da doença, mas visa compreender e abordar todas as necessidades do paciente, prevenindo assim complicações futuras. Investir nesse tipo de atendimento não apenas melhora a qualidade de vida dos pacientes, como também reduz os custos associados às internações hospitalares”, conclui.

Do ponto de vista financeiro, as internações representam um ônus significativo para o Estado, com gastos que poderiam ser realocados para outras áreas da saúde. Além disso, a liberação de leitos proporcionada pela atenção primária permite que os recursos hospitalares sejam direcionados para casos de urgência e emergência mais graves.

No estudo foi analisado o perfil dessas internações em Teresina, constatando que a maioria dos pacientes internados era do sexo masculino, refletindo a tendência de os homens evitarem buscar atendimento nas unidades básicas de saúde, o que os expõe a condições mais graves. As principais patologias que resultaram em internações foram gastroenterite, insuficiências cardíacas, doenças pulmonares e infecções. Além disso, foi observado  um aumento anual de 4,5% no custo das internações, o que reforça a importância de investir em educação em saúde e em uma atenção primária de qualidade para minimizar tanto o número quanto o custo das internações.

De acordo com a pesquisadora Marylia Macedo, diante desses resultados, fica evidente a necessidade de integrar os indicadores de condições sensíveis à atenção primária nas redes de saúde, fornecendo informações valiosas para profissionais e gestores da área.

“Isso vai possibilitar uma atuação mais eficiente na prevenção das internações indesejáveis, com foco no diagnóstico precoce e tratamento na atenção primária, além de oferecer uma maior assistência à população nas unidades básicas de saúde, visando a redução do número de internações e dos riscos de infecções hospitalares, bem como a diminuição dos custos associados a essas internações”, afirma a estudante de Fisioterapia da UESPI.

Assim como Yasmin e Marylia, participaram da pesquisa dois integrantes da Faculdade CET: a professora Isabel Cristina de Paula e o estudante Davi Nogueira Jeles. Todos eles compõem o grupo de pesquisa MASS que trabalha diretamente em projetos voltados a promoção da saúde e também na conservação ambiental.

O grupo desenvolve projetos que abordam questões desde a educação em saúde durante a pandemia até o manejo de áreas naturais protegidas, fator que proporcionou algumas conquistas como a participação em diversos editais, e o reconhecimento em eventos científicos regionais.

Ecossistemas em Foco: Parcerias acadêmicas fortalecem estudos ecológicos no Norte do Piauí

Por Clara Monte

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Campo Maior, recebe a visita de três pesquisadores: Dr. César Murilo de Albuquerque Correa, coordenador do Laboratório de Bioecologia de Scarabaeoidea (Scaralab) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul; Leonardo Vilas-Bôas Mendonça Pedreira de Cerqueira e Dr. Renato Portela Salomão, ambos do Laboratorio de Ecología en un Mundo Cambiante (LABEMUNDO) da Facultad de Estudios Superiores Iztacala, Universidad Nacional Autónoma de México.

Equipe acadêmica reunida no Parque de Sete Cidades durante a expedição de campo

Essa visita representa uma colaboração em andamento com um projeto conduzido pelo Prof. Lucas Lima, responsável pelo Núcleo de Pesquisa em Insetos Aquáticos (NUPEIA) na UESPI. O projeto “Efeito da paisagem sobre a assembleia de besouros rola-bosta em vegetação aberta de uma região ao norte do Cerrado”, concentra-se no estudo de aspectos ecológicos, com a distribuição de espécies e biodiversidade de besouros escaravelhos no Parque Nacional das Sete Cidades, localizado no norte do Piauí. Inicialmente originado na dissertação de mestrado de Lucas Kaíque Sousa Gonçalves, estudante do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC) da Universidade Federal do Piauí.

Aluno de mestrado, Lucas Kaíque Sousa Gonçalves, analisando os besouros coletados

Para o Prof. Lucas Lima, a visita dos pesquisadores representa mais do que uma mera interação acadêmica; ela formaliza uma parceria com a UNAM do México e a UEMS do Mato Grosso do Sul. Ele destaca a importância das parcerias acadêmicas como uma prioridade para o desenvolvimento dinâmico e saudável do meio científico, tanto dentro quanto fora do Piauí.

“Através dessa visita, fortalecemos diferentes aspectos sociais e acadêmicos cruciais para a UESPI, Campo Maior e o Piauí como um todo. Com a presença dos pesquisadores César, Leonardo e Renato, promovemos a troca de experiências humanas e científicas entre suas instituições e a nossa. Essas colaborações também abrem portas para que estudantes e professores da UESPI possam compartilhar conhecimento além das fronteiras do Piauí, através de visitas e estudos de pós-graduação nas instituições desses colaboradores. Dessa forma, estabelecemos conexões humanas e científicas benéficas para ambas as partes”.

Expedição de campo

O pesquisador visitante, Renato Portela Salomao, destaca a importância prática do projeto, envolvendo atividades como coleta de material biológico nos ecossistemas naturais do Piauí. Ele menciona que a parceria não apenas permite a troca de conhecimentos e experiências entre diferentes universidades, mais também apoio às comunidades nas cidades envolvidas – Campo Maior, Aquidauana e Tlalnepantla de Baz.

“Essa pesquisa contribui diretamente para a geração de conhecimentos teórico e prático sobre Ecologia. Ao entender como os diversos espaços naturais no PARNA Sete Cidades influenciam a distribuição de espécies de besouros escaravelhos, estabelecemos uma base para compreender as dinâmicas de distribuição espacial de insetos no cerrado brasileiro. Esse conhecimento é fundamental para a compreensão global dos padrões de distribuição espacial da biodiversidade. Além disso, a pesquisa está formando profissionais piauienses altamente qualificados, prontos para atuar dentro e fora do estado. Com a formação do estudante Lucas Kaíque, teremos um mestre capaz de contribuir significativamente em aspectos sociais, de biodiversidade e políticos no estado do Piauí”.

Bem-Estar em Foco: Projeto da UESPI prioriza saúde mental dos colaboradores do TJPI

Por Clara Monte 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) formaliza o Projeto  de Extensão “Se cuida” em parceria com o Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI). A iniciativa tem como foco desenvolver ações em atenção à saúde mental dos servidores do TJPI.

Formalização do Projeto “Se cuida”

Vinícius Oliveira, professor na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e coordenador do Projeto “Se Cuida”, compartilha que recebeu o convite do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), Hilo de Almeida, para a promoção de um projeto que implementasse ações preventivas, identificando e minimizando gatilhos e momentos de estresse com a intenção de reduzir o impacto dessas situações entre os colaboradores.

“A saúde mental, especialmente pós-pandemia, aflige a todos e nos coloca numa situação em que nós precisamos buscar mecanismos para enfrentar essas situações. Nesse momento, planejamos atuar tanto presencialmente, quanto através de uma plataforma digital de inteligência artificial que estamos trabalhando. Embora o projeto esteja previsto para um ano de atuação,  já almejamos avanços e ampliação das iniciativas ao longo do tempo. “

Vinícius Oliveira, professor na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e coordenador do Projeto “Se Cuida”

Para isso, o projeto conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), que garantiu recursos para a implantação das atividades, que estão programadas para iniciar em janeiro de 2024, primeiramente, no TJPI, às terças e quintas-feiras. Para o Presidente da instituição apoiadora,  Xavier da Cruz Neto, o momento significa desenvolvimento de pesquisa e destaca a importância de cuidar da saúde mental dos servidores.

“Dizem que a verdadeira inovação ocorre quando a ciência impacta positivamente a vida das pessoas e é exatamente isso que este acordo de investimento para o projeto representa. Inicialmente direcionado à promoção da saúde mental dos servidores do TJPI, nossa intenção é ampliar as ações para abranger todos os trabalhadores, reconhecendo a relevância crescente dessa temática nos dias atuais. Além disso, destacamos a inovação adicional que o projeto trará, utilizando a inteligência artificial como um elemento transformador”.

Formalização do Projeto “Se cuida”

Segundo o Reitor da UESPI, Evandro Alberto, a iniciativa envolve ativamente estudantes bolsistas da universidade, assim como voluntários, que participarão nos atendimentos e na construção da base para a futura plataforma voltada ao bem-estar dos funcionários. “Essa parceria desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas significativas, representando um exemplo claro de projetos inovadores no estado do Piauí. A expectativa é que esse projeto se destaque, uma vez que conta com uma equipe composta por excelentes profissionais e estudantes dedicados”.

Reitor da UESPI, Evandro Alberto

Marília Macedo, estudante no décimo período do curso de fisioterapia da UESPI, destaca que o projeto reúne uma equipe multiprofissional composta por fisioterapeutas, psicólogos, médicos e enfermeiros. “Cada um desses profissionais desempenhará um papel específico em suas áreas, visando sempre aprimorar o bem-estar dos funcionários do TJPI. Este projeto é revolucionário e promete colher frutos , tanto para o idealizador, nosso professor Vinícius Oliveira, quanto para nós, que estamos  aprimorando nossas habilidades e contribuindo para o avanço na área. Além disso, os beneficiários do projeto terão acesso a ações de promoção da saúde que certamente trarão impactos positivos em suas vidas.”

Contribuintes do Projeto “Se cuida”

 

Comunidade acadêmica de enfermagem conquista 1° lugar em Congresso Internacional

Por Clara Monte 

Comunidade acadêmica de enfermagem da Universidade Estadual do Piauí conquistou o 1° lugar no Terceiro Congresso Internacional Latino-americano de Ferida, Estomias e Incontinência, realizado na Costa Rica. A vitória resultou de uma colaboração efetiva com a coloproctologia e o apoio da Fundação Municipal de Saúde – Centro Integrado Lineu Araújo e HGV. O 2° e 3° lugar também foram destinados ao Brasil.

Projeto da UESPI conquista 1° lugar

A professora responsável pelo trabalho premiado, Sandra Marina, relata que ela, juntamente com o Prof. Dr. Miguel Arcoverde, estudantes, egressos da graduação, especialização em estomaterapia e enfermeiros do Lineu Araújo participaram e contribuíram para o projeto. De acordo com Sandra Marina esse estudo mostrou o impacto da universidade na promoção de políticas públicas, pois envolveu a avaliação e mapeamento de todas as pessoas com estomia do Piauí, durando cerca de dois anos de pesquisa.

“A pesquisa revelou que o custo de manutenção de pacientes com estomia temporária é substancialmente superior ao investimento na reconstrução do trânsito intestinal. Como desdobramento positivo desse projeto conjunto, houve a transferência responsável para convênios do estado do Maranhão das pessoas avaliadas. Além disso, observamos a reativação e fortalecimento da Associação de Ostomizados do Piauí (AOSEPI). O projeto também contribuiu para a orientação e melhoria da qualidade de vida das pessoas com estomia, incluindo a indicação adequada do equipamento (bolsa coletora) e orientação sobre o corte correto para redução de vazamentos, que é o maior problema enfrentado por essas pessoas. Adicionalmente, foi possível encaminhar para o Coloproctologista as pessoas avaliadas e com necessidade de avaliação pré-operatória ou outras intervenções, contando com a valiosa parceria com a coloproctologia, que agilizou a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal”.

Professora de enfermagem da UESPI, Sandra Marina.

Iaggo Henrique de Sousa, estudante do 9° período de enfermagem da UESPI, foi um dos colaboradores  na organização dos dados coletados. Para ele, participar desse projeto possibilitou ricos conhecimentos na área da Estomaterapia e na assistência às pessoas com estomias de eliminação. Além disso, o estudante afirma considerar um tema que precisa de sensibilização e uma assistência adequada por parte dos profissionais.

“O projeto teve impacto significativo em todo o Estado, especialmente no centro de saúde onde o estudo foi conduzido – uma referência fundamental para o Piauí e cidades vizinhas de outros Estados, atendendo pacientes de diversas localidades. É uma honra para mim ver o trabalho sendo premiado e sinto-me orgulhoso por ter contribuído para essa pesquisa. Testemunhar o Piauí ocupando um lugar de destaque nos motiva a aprimorar continuamente nosso trabalho. Como estudante no final da graduação, percebo que essas experiências podem impulsionar minha capacidade de contribuir ainda mais para transformar diversas realidades no futuro. Além disso, a proximidade que desenvolvi com essa pesquisa abriu portas para realizar outras pesquisas dentro dessa área”.

Terceiro Congresso Internacional Latino-americano de Ferida, Estomias e Incontinência, na Costa Rica.

Pesquisadores da UESPI tem artigo publicado em revista internacional

Por Vitor Gaspar

Seis pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) tiveram seu artigo intitulado “Mortalidade por doenças tropicais negligenciadas no Brasil no século XXI: análise de tendências espaciais e temporais e fatores associados” publicado na Revista Pan-Americana de Salud Publica.

Os discentes Izabel Félix Rocha (autora principal), Wady Soares, Madalena Frota e Thalis Araujo, junto aos docentes  Thatiana Maranhão e Augusto Cezar Filho, analisaram a distribuição espaço temporal da mortalidade por doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no Brasil no período de 2000 a 2019 e identificaram os fatores associados a essas mortes.

A Revista faz parte da Organização Pan-Americana de Saúde Pública (OPAS) e tem como objetivo disseminar informações científicas, além de promover o avanço do conhecimento em saúde pública nas Américas. O periódico abrange uma ampla gama de tópicos relacionados à saúde pública, incluindo epidemiologia, saúde ambiental, políticas, sistemas e promoção da saúde, além de prevenção de doenças.

A autora principal do estudo, Izabel Félix Rocha, comenta que a realização desse feito foi resultado de uma dedicação constante ao estudo. Ela conta que além da revista, o artigo conquistou a segunda colocação no Seminário de Iniciação Científica e que todo esse  reconhecimento foi ainda mais forte após a publicação na Revista Pan-Americana de Saúde Pública.

“Esse evento representou uma combinação de alegria e orgulho em relação à minha jornada até o momento, especialmente por se tratar de uma revista reconhecida internacionalmente. O artigo sobre DTNs apresenta sete coautores que me ajudaram na realização desse artigo, através de revisões da escrita e do método abordado, os quais são profissionais e alunos de enfermagem exemplares que agregaram bastante nas melhorias do artigo”.

A discente está no 9° bloco do curso de Enfermagem, no campus Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba

Doenças tropicais são um conjunto de enfermidades infecciosas que predominam em regiões de climas quentes e úmidos, comumente encontradas nos trópicos. Essas condições climáticas propiciam a proliferação de vetores, como mosquitos, moscas e carrapatos, que desempenham um papel crucial na transmissão dessas doenças.

No total, foram consideradas 15 doenças, incluindo doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, ascaridíase, ancilostomíase, oncocercose, infestação por Taenia solium, cisticercose, equinococose, filariose, hanseníase, tracoma, raiva, outras infestações por trematódeos e dengue.

A conclusão apontou aglomerados de óbitos principalmente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia e Piauí. Além disso, foi possível destacar que quanto menor o desenvolvimento humano e maior a vulnerabilidade social, maior é a mortalidade, fator que segundo os pesquisadores, deve direcionar as ações de prevenção e controle das DTNs.

A professora Thatiana Maranhão destaca que todo pesquisador que trabalha com estudos epidemiológicos objetiva que os resultados obtidos em seus estudos sirvam para nortear a tomada de decisões dos gestores do setor saúde.  Ela afirma que a pesquisa apontou as características socioeconômicas dos municípios que estão influenciando a mortalidade e a expectativa é de que os gestores se apropriem destes resultados para planejar estratégias que visem combater as DTNs nesses territórios e, consequentemente, a mortalidade por estas doenças.

“Vimos que os resultados obtidos tinham muita relevância para o Brasil e, especialmente, para os locais que se mostraram prioritários visto a alta taxa de mortalidade. Então, decidimos submeter à revista da OPAS para que esta pesquisa tenha um maior alcance, não só para o Brasil mas também para a comunidade científica internacional”, afirma.

A professora Thatiana Maranhão, docente do campus de Parnaíba

Os pesquisadores ressaltam que embora o termo “doenças tropicais” esteja associado a regiões geográficas específicas, algumas dessas enfermidades podem se espalhar para outras áreas devido a fatores como migração, mudanças climáticas e globalização. Portanto, o controle dessas doenças requer esforços colaborativos e abordagens globais para enfrentar os desafios únicos que elas apresentam.

“Os achados deste estudo demonstram a necessidade de melhoria das condições de vida e de desenvolvimento humano da população brasileira, bem como melhoria do acesso e da assistência prestada à população, uma vez que um dos achados do estudo evidencia que a mortalidade por DTNs é maior quando relacionada, sobretudo, a um baixo desenvolvimento humano e a uma situação de vulnerabilidade social maior”, afirma o professor Augusto Cezar Filho, um dos coautores da pesquisa.

Augusto Cezar, docente do campus Josefina Demes em Floriano.

A pesquisa científica sobre doenças tropicais ajudou no aprendizado dos alunos envolvidos em alguns aspectos. Ao mergulharem no estudo dessas enfermidades, os estudantes podem aprofundar seu conhecimento sobre não apenas as características clínicas das doenças, mas também os fatores epidemiológicos, sociais e ambientais associados a essas condições.

“Desde que entrei na graduação me encantei com a parte da pesquisa, sabia o quão importante era a produção científica pra nossa profissão, até porque é partir dos estudos desenvolvidos que conseguimos respaldo nas nossas ações, conseguimos definir a melhor forma de agir dentro da profissão, além de outros fatores. Saber que eu e meu grupo de pesquisa conseguimos de alguma forma contribuir não só pra nossa realidade local, mas de forma internacional me enche de orgulho e vontade de ir além nesse campo“.

Importância da pesquisa científica 

A pesquisa científica desempenha um papel fundamental no avanço do conhecimento humano e no desenvolvimento da sociedade. Ela é um processo sistemático de investigação que busca responder a perguntas, solucionar problemas e contribuir para o entendimento mais profundo do mundo que nos cerca. A importância da pesquisa científica é multifacetada e abrange diversas áreas, desde a medicina até a tecnologia, passando pelas ciências sociais e ambientais.

Um dos coautores dessa pesquisa,  Thalis Araújo acredito que a pesquisa científica é uma das principais ferramentas capazes de transformar a sociedade. Segundo ele, através dela é possível obter recursos que possibilita identificar as mazelas e determinar caminhos para combatê-las. ” Estar na graduação e já ter a possibilidade de fazer ciência é uma oportunidade única, pois permite que o aluno saia do papel de espectador e passe a ser um produto do conhecimento científico”.

A pesquisa científica é considerada a principal fonte de expansão do conhecimento humano. Ela permite que os pesquisadores descubram novos fatos, compreendam fenômenos desconhecidos e aprofundem a compreensão sobre temas existentes.

O coautor Wady Wendler acredita que a pesquisa científica desempenha um papel muito importante, pois é através de investigações sobre temáticas relevantes para a sociedade que se pode solucionar problemas sociais, desde questões de saúde até desafios ambientais e econômicos. Assim, a pesquisa pode fornecer insights e evidências que podem orientar políticas públicas e práticas eficazes.

“Para mim, a pesquisa abriu oportunidades de aprendizagem para o resto da vida, desde como redigir um texto científico até entender o quanto é importante analisar problemáticas para auxiliar a população a como resolvê-las. Por fim, agradecer aos professores e colegas que, juntos, conseguimos trabalhar em equipe, superar as dificuldades e conseguir a tão sonhada publicação em uma revista renomada”.

Parcerias e incentivos para a qualificação Docente em programas de Mestrado e Doutorado

Por Clara Monte 

Em busca de aprimoramento profissional, mais de 90 docentes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) investem em ampliação de conhecimentos através de programas de mestrado e doutorado. Ao total, no momento, são 3 docentes em programas de mestrado, 83 no doutorado, e 4 estão envolvidos em programas de pós-doutorado.

O Pró-Reitor da PROP, Professor Dr. Rauirys Alencar, conta que a UESPI mantém parcerias por meio de Projetos de Cooperação entre Instituições para Qualificação de Profissionais de Nível Superior (PCI). De acordo com ele, atualmente, no âmbito da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PROP/UESPI, a instituição está formando Doutores por meio do Doutorado Interinstitucional em Linguística em parceria com a Universidade de São Paulo – USP; e por meio do Doutorado Interinstitucional em Enfermagem com a Universidade Federal do Piauí – UFPI. Além disso, a UESPI já está em busca para a oferta de Mestrado Interinstitucional (MINTER) e Doutorado Interinstitucional (DINTER) pelo Acordo de Cooperação Técnica com Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO.

“Tal parceria tem o objetivo de qualificar docentes e técnicos que possam atuar nos laboratórios da UESPI, nos processos de acreditação de produtos e serviços de toda a região. As parcerias vão para além da formação, pois inúmeras instituições são parceiras no sentido de que muitos dos docentes da UESPI atuam em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, ministrando aulas e orientando discentes, contribuição para a produtividade docente, cujos resultados são transformados em melhor resultados e índices na avaliação da UESPI junto ao MEC, à Capes, ao CNPq e ao Conselho Estadual de Educação – CEE”.

O Pró-Reitor da PROP, destaca também o incentivos que a universidade oferece aos seus docentes para a busca de aprimoramento acadêmico. Dentre elas: a liberação dos encargos docentes, permitindo que o professor se dedique integral ou parcialmente aos estudos sem prejuízo salarial conforme estabelecido pela Resolução CONAPLAN n. 001/2014 e a parceria com a FAPEPI, que amplia as oportunidades, uma vez que a instituição lança editais destinando uma porcentagem de bolsas de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado para os docentes aprovados em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu fora do Estado.

“A UESPI tem entre os objetivos a construção de ações associadas e complementares, sob os aspectos da oferta regular de Cursos de Pós-Graduação e da capacitação permanente de professores e técnicos. Para cumprir tais objetivos e manter essa visão institucional, o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, ainda destaca que se deve: “Incentivar membros de seu corpo discente e docente a buscarem qualificação, como docentes/discentes de Programas de Pós-Graduação”; e “Estimular membros de seu quadro técnico-administrativo a buscarem qualificação, em Programas de Pós-Graduação na UESPI e/ou outras IES”.

Exemplo de docente aprovado recentemente para mais uma qualificação, Prof. Harlon Lacerda, conta que sua proposta de pós-graduação intitulada “TEORIA DA NARRATIVA LITERÁRIA NUMA COSMOPERCEPÇÃO CONTRACOLONIAL E AMEFRICANA”, foi aceita pela Universidade de Coimbra (Portugal). Para ele, a qualificação docente é fundamental para garantir o tripé ensino-pesquisa-extensão na UESPI, além de trazer investimentos, visibilidade e credibilidade para a instituição.

“Ao longo de um período de 24 meses, sob a orientação da Professora Dra. Patrícia Vieira, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, minha intenção é realizar uma contribuição significativa para a reflexão acerca do objeto literário, da crítica literária e da teoria literária em si. Este projeto de pós-doutoramento não apenas busca aprimorar meu conhecimento acadêmico, como também visa estreitar os laços institucionais entre a Universidade de Coimbra, uma das instituições mais antigas e respeitadas do Ocidente, e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Ao final dessa jornada, um livro será publicado, aperfeiçoando também toda a comunidade acadêmica sobre esse tema”.

 

Contribuições da UESPI no II Encontro De Pesquisa em Educação e Formação Humana, em Parnaíba

Por João Fernandes

Um grupo de estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), participou do II Encontro De Pesquisa em Educação e Formação Humana – EDUFOH, em Parnaíba. O evento, idealizado pela Universidade Federal do Piauí, reuniu pesquisadores, professores e alunos para discutir e divulgar pesquisas voltadas à Educação, formação humana e processos educativos. 

Este ano todos, os debates e trabalhos apresentados no EDUFOH foram baseados na temática central do evento “Perspectivas histórico-críticas para Formação e o Trabalho do Docente na educação Básica”. O evento promoveu um intercâmbio entre pesquisadores de instituições acadêmicas do País, profissionais da educação básica, graduandos e pós-graduados. Na oportunidade, docentes e discentes dos cursos de Pedagogia e História, do Campus Prof. Ariston Dias, em São Raimundo Nonato, contribuíram com as discussões apresentando trabalhos orais.

Segundo a professora Sandreanne Negreiros, o Encontro foi uma experiência enriquecedora para docentes e discentes tendo em vista as diversas possibilidades de contribuição e aprendizado com outros pesquisadores, a oportunidade de trocar experiências com profissionais de diferentes instituições e regiões, além de divulgar os resultados das pesquisas dos alunos da UESPI.

“Durante o evento, tivemos a oportunidade de fortalecer os laços entre a Universidade, outras instituições e grupos de pesquisa que compartilham da perspectiva teórico-formativa dos educadores na perspectiva da educação básica e das políticas educacionais que estão em vigência”, comenta a docente.

Alguns dos trabalhos apresentados no EDUFOH

Apresentando seu artigo “Práticas Educacionais com o Brincar Heurístico Na Educação Infantil em São Raimundo Nonato”, a estudante Samara Borges Aragão, discente do segundo período Pedagogia, conta que sua participação no evento contribui para sua formação, sendo uma experiência enriquecedora para seu futuro profissional.

“Foi um evento muito importante. Participamos de mesas redondas e oficinas temáticas sobre produção de projeto na prática, contribuindo de forma significativa no processo de elaboração de nossas pesquisas e trabalhos de conclusão de curso, apresentando uma noção de como começar. Também tivemos a oportunidade de elaborar e apresentar resumos expandidos, ao qual tivemos o incentivo dos professores, desta forma, o evento marca positivamente meu desenvolvimento educacional”, destaca a aluna.

A estudante, Samara Borges Aragão apresentou seu artigo “Práticas Educacionais com o Brincar Humorístico Na Educação Infantil em São Raimundo Nonato”

Apresentando sua pesquisa “O estudo da Psicologia da Educação na Formação dos Discentes do Curso de Pedagogia em São Raimundo Nonato”, a discente Evelin Pereira Damasceno participou pela primeira vez de um evento com foco na divulgação de pesquisas científicas. Para ela, a oportunidade representa um passo importante na sua carreira como pesquisadora e seu aprimoramento acadêmico.

“Foi uma experiência incrível, tendo em vista que nunca havia me imaginado que no primeiro período de Pedagogia já estaria apresentando trabalho orais em outra cidade. Durante o processo de produção e coleta de dados do trabalho, aprendi sobre diversos elementos que compõem as pesquisas e trabalhos científicos, desde a estruturação do corpo da pesquisa que era algo completamente novo até a preparação para a apresentação, tudo feito em colaboração com meu orientadores”, comenta a aluna.

A discente Evelin Pereira Damasceno, participou pela primeira vez de um evento de iniciação cientifica

A discente destaca ainda que ter participado deste evento e ter passado por todos os processos de construção e apresentação de sua pesquisa foi essencial  para seu desenvolvimento profissional, ela agora pretende continuar pesquisando.

Fazer pesquisa me abriu um olhar para um mundo totalmente desconhecido, que é o do pesquisador, me identifiquei bastante e tenho total incentivo dos meus docentes e profunda vontade de continuar e elaborar novos projetos em colaboração com meus orientadores e de autoria própria. Já ao que se diz respeito das contribuições para minha formação, acredito que estas realizações destacaram ainda mais minhas potencialidades como estudante, além de revigorar o meu foco acadêmico”, pontua a aluna.

Para Hélmika Rayanny Rocha, com a pesquisa intitulada “Desafios de Lecionar História no Ensino Básico”, é essencial para compreender a diversidade em sala de aula e o papel da família no âmbito escolar. Apresentando trabalho científico pela primeira vez, ela acredita que essa temática é importante para aperfeiçoar a atividade dos professores em sala de aula.

“Segundo os professores que conversarmos, temos dificuldades quanto a lidar com um sala de aula na qual todos têm um pensamento, uma crença e etc.. Isso é desafiador. Todavia, eles enxergam a importância de criar meios para que possam tornar a escola um lugar de acolhimento para que eles possam se expressar sem receios. No caso do papel da família, os educadores acreditam que a escola deve trabalhar juntamente com a família para que assim os alunos se envolvam/interessem mais nas questões escolares”, pontua a discente.

Confira depoimentos dos alunos pesquisadores nos eventos SPC, SIC E SIT em Parnaíba

  1. Por Clara Monte 

“Esse projeto busca encorajar os novos membros do curso, proporcionando-lhes uma rede de apoio que os motiva a persistir e não desistir da jornada acadêmica. No âmbito do projeto, os membros do grupo  dos petianos, assumem a responsabilidade de adotar um calouro por um período de três semestres. Durante esse período, eles oferecem auxílio nas atividades acadêmicas, além de orientações sobre o conteúdo do curso. Fico muito feliz pela oportunidade de poder compartilhar essa iniciativa para mais alunos e professores, além de ser uma chance de aprimorar meus conhecimentos”.

Esse foi o depoimento do discente Eudes dos Santos Pinheiro, do curso de Física sediado em Teresina. Ele compartilha seu envolvimento no projeto intitulado “Petiano, adote seu Calouro”. O objetivo dessa iniciativa é oferecer suporte, monitoramento e orientação aos novos calores que ingressam no curso de Física.

Eudes e muitos outros estudantes da UESPI e de outras universidades estão participando dos eventos organizados Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI): XXIII Simpósio de Produção Científica (SPC)XXII Seminário de Iniciação Científica (SIC) e o II Seminário de Inovação Tecnológica (SIT). Nesta terça-feira(17), acontece o segundo dia da ação.

Os eventos têm como objetivo divulgar os resultados das pesquisas e inovações desenvolvidas pelos docentes, discentes e técnicos da UESPI vinculados ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), além de projetos que envolvam demais pesquisadores, estudantes de pós-graduações e até mesmo pesquisas de outras instituições.

 

Eudes dos Santos Pinheiro, aluno de Física do campus de Teresina.

Francisco Hiago, estudante de Física, também de Teresina, compartilha sua paixão pelos conceitos complexos de  seu curso. Seu projeto se concentra em levar uma abordagem simplificada às escolas públicas integrada à residência pedagógica. A principal meta é tornar os conteúdos de física mais acessíveis, utilizando experimentos para demonstrar de maneira envolvente como a física pode ser divertida e aprendida de maneira lúdica e criativa.

“É a minha primeira vez na UESPI de Parnaíba e estou contente com a estrutura. Meu projeto visa tornar a educação mais acessível, proporcionando uma abordagem mais cativante para a física. Meu objetivo é fazer com que as crianças vejam a física como algo interessante, menos intimidante e tedioso. Embora os cálculos sejam inevitáveis, buscamos apresentar uma maneira mais criativa e envolvente de educar. Durante este momento de troca de conhecimento, percebo uma dinâmica em que aprendo com meus colegas, ao mesmo tempo em que compartilho meu aprendizado com eles”.

Francisco Hiago, estudante de Física do campus de Teresina.

André Luís de Nunes, estudante do curso de Licenciatura em Química, em Teresina, explica que seu trabalho é sobre Propriedades fotoeletroquímicas de filmes de CuWO4 dopados com Lítio ou Magnésio, pesquisa essa que tem como  intuito gerar uma fonte de energia limpa e renovável. Para ele, a oportunidade de apresentar seu trabalho em um simpósio é uma experiência incrível. Ele destaca o valor dessa ocasião, onde pode compartilhar sua pesquisa com um grande número de pessoas, ampliando a divulgação dos resultados de seu estudo.

“É gratificante estar aqui usufruindo desta excelente estrutura que nos permite apresentar nossas pesquisas. Sinto que este momento é altamente qualificador, proporcionando-me a oportunidade de me expressar e demonstrar todo o desenvolvimento da minha pesquisa, desde a concepção até os resultados alcançados”.

André Luís de Nunes, estudante do curso de Licenciatura em Química, campus de Teresina.

Jessica Rodrigues, estudante de Agronomia do Campus de Parnaíba, compartilha sua pesquisa centrada nos desafios enfrentados no manejo psícola durante a pandemia da Covid-19 na cidade de Parnaíba-PI. Ela ressalta a relevância de seu trabalho, especialmente no contexto da visibilidade econômica da tilápia e do tambaqui, dada a localização litorânea da cidade e a grande demanda no mercado.

“Meu trabalho teve como foco a análise da dinâmica do mercado durante os anos da pandemia, examinando seu funcionamento e os principais desafios enfrentados nessa área. Sinto uma grande gratidão por participar desse momento, pois ele integra os diversos cursos e proporciona valiosas oportunidades para nós, alunos. Além disso, contribui significativamente para nossa bagagem de conhecimento e enriquece nosso currículo”.

Jessica Rodrigues, estudante de Agronomia do Campus de Parnaíba.

Ana Clara Lira, estudante do curso de Odontologia no campus de Parnaíba, compartilha seu projeto que consiste na avaliação do nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre a violência contra a mulher. Ela destaca a crescente incidência de lesões na região bucal e no pescoço, tornando os dentistas profissionais fundamentais na identificação e tratamento das vítimas desse tipo de violência.
“Dada a gravidade das lesões e o aumento de casos observados, torna-se fundamental avaliar o conhecimento dos profissionais sobre esse tema. Além disso, é crucial ter esse espaço para apresentar nossos resultados e destacar essa questão de outra perspectiva. As palestras ministradas aqui também são de grande importância, pois impulsiona novas curiosidades e ajuda na integração entre cursos e temas, proporcionando trocas de experiências”.

Ana Clara Lira, estudante do curso de Odontologia no campus de Parnaíba.

 

II Encontro de Saberes e VII Mostra de Ciências da Floresta Nacional de Palmares

Por Clara Monte

Nos dias 27 e 28 de outubro, acontece o II Encontro de Saberes e VII Mostra de Ciências da Floresta Nacional de Palmares. O evento acontece de forma online na Flona de Palmares (VII Mostra de Ciências), Canal do YouTube do Mestrado em Geografia da UFPI. 

A Floresta Nacional de palmares (ou Flona de Palmares) é uma unidade de conservação ambiental localizada ntre os municípios de Altos e Teresina. Possui 170 hectares e tem como bioma a caatinga. A Flona de Palmares foi criada em 2005 por meio de um decreto do então Presidente Luis Inácio Lula da Silva. De acordo com o disposto no Decreto, o objetivo foi “promover o manejo de uso múltiplo dos recursos florestais, a manutenção de banco de germoplasma in situ de espécies florestais nativas, e das características de vegetação de cerrado e caatinga, a manutenção e a proteção dos recursos florestais e da biodiversidade, a recuperação de áreas degradadas e a educação ambiental”.

A finalidade do Encontro é colaborar com a disseminação e atualização de saberes produzidos na Flona com a participação de entidades e da sociedade civil, cujas atividades estiveram principalmente voltadas para o avanço completo e emancipatório da Floresta. O Encontro defende a educação ambiental e a conscientização cívica, compartilhando vivências inspiradoras.
Na programação, destacam-se: uma mesa redonda sobre Educação Ambiental na FLONA de Palmares, uma abordagem sobre a Biodiversidade e suas conexões Paleontológicas com a FLONA de Palmares, uma reflexão sobre Conservação e Sustentabilidade abordando suas múltiplas funções. Além disso, haverá uma palestra enfocando os Aspectos Paisagísticos da Floresta Nacional de Palmares, com relevância para a conservação, bem como rodas de conversa e apresentações de projetos.
O Prof. Antonio Rafael Barbosa de Almeida, representante da UESPI no Conselho gestor do evento, destaca a importância significativa deste encontro em promover um diálogo mais amplo com a FLONA, além de ser uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica compartilhar pesquisas e estudos.
“Esse evento reside no aprofundamento do diálogo com a FLONA, na divulgação das iniciativas de ensino, pesquisa e extensão da UESPI e nas oportunidades de conhecer mais sobre a gestão da unidade de conservação. Além disso, o evento oferece uma plataforma para compartilhar as atividades científicas relacionadas ao manejo e à preservação da FlonaLONA, provenientes de outras instituições de ensino”.
O representante acrescenta que para aqueles que possuem interesse no tema, é relevante mencionar que, ano passado, ele e a Prof. Ana Angélica Fonseca Costa publicaram um guia abordando os parques e unidades de conservação em Teresina, no qual a FLONA foi incluída. O e-book esta disponível na editora da UESPI.

Os grandes eventos de pesquisa da UESPI estão chegando!!! Confira a programação.

Por Clara Monte

Está chegando o grande momento do campo da pesquisa na Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), vai ter início o XXIV Simpósio de Produção Científica (SPC) no XXIII Seminário de Iniciação Científica (SIC) e no II Seminário de Inovação Tecnológica (SIT). 

Neste ano, as atividades ocorrerão no formato híbrido entre os dias 16 e 18 de outubro com as apresentações presenciais, sendo realizadas no campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba-PI.

O Diretor do Departamento de Pesquisa, Professor Gustavo Gusmão, afirma que os participantes inscritos no Seminário de Iniciação Científica com cursos sediados em Parnaíba deverão comparecer pessoalmente para realizar as apresentações. Para os estudantes de outros campi, a participação presencial é opcional, exceto quando seus trabalhos forem escolhidos pelo Comitê Interno de Pesquisa para apresentação oral e concorrência aos prêmios por área. Neste grupo, somente alunos da UESPI que conduzem projetos de PIBIC e PIBIT podem se envolver.

“Este evento tem como propósito a divulgação dos resultados das pesquisas e inovações promovidas pelos docentes e discentes de nossa instituição, com foco especial naqueles vinculados aos programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). Além disso, a busca envolve não apenas os específicos em iniciar suas atividades de pesquisa, mas também promover a interação dentro da comunidade acadêmica científica da UESPI, bem como de outras instituições”.

De acordo com a programação divulgada pela PROP, no primeiro dia de evento, pela manhã, será realizada a Solenidade de abertura e apresentação cultural. Pela tarde, ocorrerá Sessão de Pôster Presencial II Áreas: Ciências Agrárias, Ciências Exatas e da Terra, Engenharia. Na terça-feira(16), acontecerá palestras, Sessão de Pôster Presencial, Sessões assíncronas de vídeo pôsteres e Comunicações Orais II (por Videoconferências)  II Áreas: Ciências da Saúde, Multidisciplinar, Ciências Biológicas.

No último dia de evento, pela manhã, a programação terá as palestras: “Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Cultural de Parnaíba-PI e suas potencialidades turísticas”, e Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e Comitê de Ética no Uso de Animais. Pela tarde, Sessões assíncronas de vídeo-pôsteres, comunicação Orais (por Videoconferências), e Sessão de Pôster Presencial III Áreas: Áreas: Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Sociais Aplicadas.

Programação Simpósio (5.1)

Para mais informações acesse o edital.

 

 

 

Conep informa a abertura de consulta pública: comunidade científica deve participar

Por Clara Monte 

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) anuncia a abertura de uma consulta pública.  A consulta permanecerá disponível para recebimento de contribuições até o dia 20 de outubro, sendo acessível por meio de um prático formulário eletrônico disponível no seguinte link: Formulário de Consulta Pública.

A ação tem o objetivo de coletar opiniões da sociedade para melhoria do sistema CEP/CONEP de gerenciamento de Pesquisas que envolvem seres humanos, direta ou indiretamente. As sugestões serão analisadas e debatidas para compor resolução específica acerca dos aspectos éticos, relacionados à constituição, gerenciamento e utilização de bancos de dados, com finalidade de pesquisa científica, envolvendo seres humanos.

A Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa UESPI, Profa. Luciana Saraiva, destaca que o sistema CEP/CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) elabora e norteia as pesquisas com seres humanos em todo o país através de normativas e que as resoluções são elaboradas e atualizadas para manter o bom funcionamento de todos os CEP’s brasileiros.

“Por isso, você que é pesquisador e que gostaria de ofertar sua sugestão para a melhoria desse sistema quanto ao processo constituição, gerenciamento e utilização de bancos de dados, não deve perder a oportunidade essa oportunidade”.

UESPI de Picos: Liga Acadêmica de Jornalismo, Educação e Memória lança edital para novos membros

Por:  João Pedro Nunes e Maysa Martins (LabCom)

A Liga Acadêmica de Jornalismo, Educação e Memória (Joeme), criada em 2019, informa que as inscrições já estão abertas para os discentes interessados em participar do grupo de estudo e pesquisa. 

Edital de admissão

A Liga Joeme é um grupo científico formada pela comunidade discente e Professores do curso de Jornalismo da UESPI, campus Professor Barros Araújo, com o intuito de estimular estudos e realizar produções científicas sobre jornalismo, educação e memória.

Segundo Thaila Vitória, estudante de Jornalismo e presidente da Liga, essa é uma oportunidade para quem deseja aprofundar conhecimento e ter uma visão crítica sobre as temáticas estudadas pelo grupo.

Estudantes e professores de Jornalismo da UESPI apresentam pesquisas no 46º Congresso da Intercom

Por Vitor Gaspar

Pesquisas do curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) foram apresentadas no 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Intercom, com estudos que abordam questões relevantes da comunicação contemporânea.

Entre estudantes, professores e alguns recém formados, as pesquisas da UESPI apresentaram artigos e análises de comunicação sobre temas diversos, como representação LGBTQIAP+ , o uso da netnografia como tecnologia social, o impacto do metaverso na mídia webjornalística piauiense, os 200 anos da Batalha do Jenipapo, dentre outros pontos.

A maior parte dos projetos é fruto dos programas de pesquisas ofertados pela universidade como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). E para falar sobre isso o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Rauyris Alencar, destaca os investimentos em pesquisa da UESPI que têm sido ampliados ano a ano, o que representa mais recursos para pesquisa, principalmente, para a iniciação científica e tecnológica. Isso se traduz em valores na ordem de 1.092.000 reais anuais com recursos próprios da UESPI, provenientes do Tesouro Estadual.

O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Rauyris Alencar

Além disso, o professor afirma que a Universidade conta com recursos próprios do tesouro estadual, além de aproximadamente 571.200 reais anuais provenientes do CNPQ para investir em iniciação científica e iniciação tecnológica, bem como com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), que disponibiliza recursos na ordem de 252 mil reais anuais. Esse montante representa investimentos significativos em iniciação científica e iniciação tecnológica, totalizando cerca de 1.915.200 reais anuais.

“Esses investimentos têm gerado resultados extraordinários, com discentes mais bem preparados para se envolverem na pesquisa, como evidenciado na última edição do Intercom. Esse é um reflexo direto dos investimentos, resultando em maior produção científica e na melhoria da qualidade das pesquisas realizadas. Esses resultados destacam não apenas a universidade, mas também o perfil dos alunos e ex-alunos que formamos na UESPI”.

A FAPEPI é responsável por contribuir com quase 30% do investimento nas pesquisas da UESPI

Esse é o maior congresso de Comunicação do hemisfério Sul que acontece desde 1977 e reúne, tradicionalmente, cerca de 3,5 mil pessoas, entre alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais da área. No evento são debatidos tópicos de jornalismo, relações públicas, publicidade, rádio, televisão, cinema, produção editorial e de conteúdo para mídias digitais e políticas públicas de Comunicação, entre outros.

Em 2023, a sede foi Minas Gerais e esta edição contou com uma etapa remota, realizada entre os dias 29 e 31 de agosto de 2023, onde os pesquisadores da UESPI participaram, e uma etapa presencial , entre os dias 05 e 08 de setembro de 2023, na Pontifícia Universidade Católica de Minas – PUC MinasCampus Coração Eucarístico, em Belo Horizonte, com o tema central “Comunicação e políticas científicas: desmonte e reconstrução”.

Linhas de pesquisas variadas:

Na UESPI, o curso de Jornalismo é oferecido nas cidades de Teresina e Picos, onde os professores se envolvem ativamente em pesquisas junto aos estudantes, explorando uma ampla gama de temas.

Um exemplo é o Prof. Dr. Orlando Berti, que tem pesquisa sobre temas relacionados a tecnologia, comunicação digital e redes sociais. O professor costuma explorar a aplicação da netnografia como uma ferramenta para entender e analisar o comportamento online das comunidades, bem como o papel crescente do metaverso na mídia webjornalística piauiense, que utiliza estratégias de crossmedia.

“Atualmente, trabalhamos com tecnologias atuais, incluindo a inteligência artificial, e aplicamos perspectivas legadas em tecnologias sociais para poder oferecer novas respostas nas mediações informacionais. As pesquisas deste ano estão voltadas para questões relacionadas a essas perspectivas, abrangendo tanto as mediações jornalísticas, quanto as tecnologias associadas a elas, bem como questões relevantes para a sociedade em geral”, afirma o professor Berti.

O professor Orlando Berti recentemente lançou um e-book sobre o impacto da inteligência artificial no jornalismo

Uso da Netnografia em Tecnologia Social

Nariani de Sousa Lopes Rodrigues, egressa do campus Torquato Neto, investigou “O uso da Netnografia em um experimento de tecnologia social”. A pesquisa explorou como a netnografia, uma abordagem de pesquisa online, pode ser aplicada para entender questões sociais e tecnológicas em nossa sociedade digital.

A pesquisa de trata de um recorte dos seus estudos no TCC e fala sobre a possibilidade do uso das tecnologias da comunicação que são utilizadas para promover a solidariedade no Piauí no contexto da pandemia da COVID-19. São experimentações que fez em um perfil do Instagram, desde 2021, e que recebeu apoio da UESPI e do CNPq. A pesquisa permitiu a estudante contribuir com a produção acadêmica, ao passo que conseguiu criar uma rede de pessoas e instituições que tenham em comum o desejo de ajudar o próximo.

Nariani, durante a banca de qualificação de seu TCC

Um estudo netnográfico é uma abordagem de pesquisa que se concentra na observação e análise da interação das pessoas em comunidades online, fóruns, grupos de redes sociais e outros espaços virtuais. Esse método de pesquisa visa compreender os comportamentos, as dinâmicas sociais, as práticas culturais e as interações das pessoas em ambientes digitais.

“É uma satisfação produzir pesquisas que pensem a comunicação mais cidadã e interligada com o coletivo. Sinto que estou contribuindo com um mundo melhor através do que eu mais amo fazer, que é pesquisar. Já é a segunda vez que trago a temática para o Intercom e é sempre um prazer falar do Piauí para um evento nacional e de grande visibilidade para os estudantes de comunicação. Todos os grupos de trabalho possuem avaliadores de peso, que realmente trazem comentários e sugestões agregadoras aos projetos de pesquisa produzidas no Brasil inteiro. Saio sempre cheia de ideias e instigada a produzir pesquisas na área”.

A discente durante a apresentação no Intercom de 2022 em João Pessoa

Conscientização na Rede Hospitalar

Anny Santos, estudante do curso em Teresina, estudou “A Rede Estadual Hospitalar do Cuidar da COVID-19: Análise do Instagram dos Maiores Hospitais Públicos de Cada Território de Desenvolvimento do Piauí em 2022″.

O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), por meio de bolsa PIBIC, e analisa como as instituições hospitalares de cada um dos 12 territórios de desenvolvimento do Piauí utilizaram seus perfis no Instagram para conscientizar, esclarecer e alertar a população sobre questões pandêmicas. O artigo é o desdobramento da pesquisa que vem sendo realizada desde 2021, sob a orientação do prof. Orlando Berti, sendo o segundo a ser publicado nos anais da Intercom.

“Acredito que é fundamental enfatizar a relevância de incentivar a pesquisa científica e de representar nossa instituição em um congresso nacional de comunicação. Me sinto feliz, pois além de ser algo que eu amo, a pesquisa científica desempenha um papel crucial no avanço do conhecimento. Investir em estímulos à pesquisa e na representação da nossa instituição em eventos científicos é essencial para o crescimento intelectual e a projeção da nossa instituição no cenário acadêmico”, pontua a estudante do 7º bloco.

A discente Anny Santos

Pós-Pandemia: “Rede Piauí Sem Covid”:

Maria Clara Guimarães, investigou “A ‘Rede Piauí Sem Covid’ dois anos depois. Consequências pós-pandêmicas nas atuações em combater a Covid-19 via Instagram”.

Ela conduziu uma pesquisa abrangente de mais de dois anos, dando continuidade aos estudos iniciados anteriormente sobre a Rede Piauí Sem Covid, fruto do projeto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Yasmin Cunha. Seu trabalho explorou a eficácia do Instagram como ferramenta de comunicação durante a pandemia de COVID-19, enfocando aprimoramentos na vigilância em saúde e na comunicação em momentos de crise. A pesquisa, baseada em teorias de comunicação de autores como Nelson Traquina, Nestor Garcia, e Pierre Bourdieu, além dos insights do professor Orlando Berti, abordou o fenômeno da comunicação em situações de emergência de saúde pública.

A discente durante uma prática jornalística

Clara também observou as reações do público às postagens da Rede Piauí Sem Covid ao longo de dois anos, destacando a importância contínua da conscientização sobre a vacinação, mesmo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter reclassificado a COVID-19 como uma emergência de saúde pública. Seu trabalho contribui para a reflexão sobre os impactos de mais de dois anos de convivência com a doença e reforça a relevância da comunicação em tempos de crise sanitária.

“A pesquisa científica foi muito decisiva na minha vida, não só porque isso melhorou meu currículo, mas também porque vai ser uma porta de entrada para muitas oportunidades que virão. O estudo me mostrou o quanto o uso do Instagram foi bem-sucedido, principalmente porque ele aprimorou a vigilância em saúde e na comunicação não só durante a pandemia mais também em outras possíveis emergências de saúde pública. A partir dessa visão, eu pude compreender as transformações e os desafios enfrentados pelos profissionais durante a crise e também pretendo, de certa forma, contribuir para que mais pessoas entendam todo o contexto disso no nosso estado”.

Print da Rede Piauí Sem Covid

Gamificação, Jornalismo e Inovação

Lara Silva, egressa do curso de Jornalismo, adentrou o mundo da gamificação com o projeto “Gamificação, jornalismo e inovação. O caso do MINP”. A pesquisa investigou como elementos de jogos podem ser incorporados ao jornalismo para engajar o público.

O MINP é um site imersivo e gamificado sobre a pandemia de Covid-19, e a pesquisadora buscou uma linha temporal desde o surgimento do vírus até a chegada das vacinas.

O estudo surgiu como resultado do seu TCC, no qual explorou três eixos fundamentais que permeiam o jornalismo contemporâneo. O primeiro deles diz respeito aos impactos da pandemia no campo jornalístico. O segundo eixo se concentra na inovação no jornalístico e o terceiro trata do uso da gamificação como uma estratégia para inovar e enfrentar desafios, como questões de credibilidade e engajamento do público.

A gamificação é uma estratégia que consiste em aplicar elementos e mecânicas de jogos em contextos que não são jogos em si. Essa abordagem visa envolver e engajar as pessoas de maneira mais eficaz em uma variedade de atividades e processos e ao trazer esses elementos  para o jornalismo, pode se revelar uma ferramenta valiosa para enfrentar crises e manter a atenção dos leitores.

“É gratificante essa troca de experiências com outros pesquisadores, principalmente por ter contato com temas tão diferentes e que ao mesmo tempo conversam entre si. Essa pesquisa já teve a oportunidade de participar de vários Congressos, mas o Intercom é muito especial pela proporção e a importância dele para o jornalismo brasileiro”.

Lara Silva, agora está formada no curso de Jornalismo da UESPI

Facebook como Meio de Comunicação

Mara Cavalcante questionou se “O Facebook vai acabar? Quando a rede de Mark Zuckerberg mostra-se como principal meio de comunicação de uma cidade em plena terceira década do século XXI”. A pesquisa explorou como o Facebook continua a ser uma plataforma crucial de comunicação em nossa era digital.

Natural de Monsenhor Gil, uma cidade com pouco mais de 100 mil habitantes, localizada a 56 km de Teresina, Mara identificou o papel crucial desempenhado pelo Facebook na mediação da comunicação entre os moradores. Em cidades maiores essa dinâmica pode passar despercebida, mas em localidades menores, como Monsenhor Gil, essa influência se torna relevante. Seu objetivo foi contribuir para a identificação de lacunas na comunicação e na produção de informações, bem como para o aprimoramento do uso das plataformas digitais como ferramentas de comunicação, fortalecendo, assim, a comunicação comunitária de maneira abrangente.

Os objetivos da pesquisa envolveram a compreensão dos fluxos comunicacionais em Monsenhor Gil, a análise dos conceitos de comunicação popular e comunitária em meio aos fluxos informacionais do Facebook, a investigação dos conteúdos em circulação e a avaliação da importância dessa plataforma na divulgação de informações no município e seu impacto na vida social da comunidade.

“Quanto ao evento, foi uma experiência maravilhosa. Foi a primeira vez que participei e tive a oportunidade de conhecer pesquisas incríveis de vários lugares do Brasil, e também de compartilhar os resultados do meu trabalho para mais pessoas, o que é muito importante, pois, participando de eventos assim, a gente contribui com a comunidade acadêmica e promove o avanço de mais pesquisas. E quem sabe, mais pessoas se interessem por questões relacionadas ao Facebook e comunicação comunitária na atualidade”, afirma.

Mara Cavalcante, no dia da apresentação

Linha de pesquisa: Jornalismo e Semiárido

Em Picos,  a docente Lana Morais segue a linha entre jornalismo e semiárido, enfocando a redefinição positiva desse território rico em diversidade e potencialidades, além de investigar políticas públicas, tecnologias, educação contextualizada e manifestações culturais locais.

A professora afirma que nos estudos estão sempre contextualizados às características do território, além de produções voltadas para as tradições, manifestações culturais e história. Segundo ela, o processo de redefinição do pertencimento, ou seja, olhar com novos olhos para o semiárido, passa pela compreensão de suas características, história e potencialidades.

“Levar essas pesquisas para congressos como o Intercom (Nordeste e Nacional) faz parte desse processo. A divulgação das pesquisas realizadas na Uespi de Picos tem contribuído muito para o debate entre jornalistas e pesquisadores sobre as representações construídas ao longo da história sobre o semiárido brasileiro”.

A professora Lana Morais ao centro, junto a seus alunos que apresentaram trabalhos no Intercom Nordeste

Apicultura e Identidade Cultural

Lia Barbosa, orientada por Lana Morais investigou “A apicultura como aspecto de memória coletiva e identidade cultural na cidade de Picos–PI: da família Wenzel à Casa Apis”.

Ela conta que a construção de sua pesquisa foi um processo que levou aproximadamente um ano, iniciando em julho de 2021 e culminando com sua formatura em 2022. O objetivo desse trabalho inicialmente era a criação de um livro-reportagem no formato de ebook.

A discente durante sua apresentação

A pesquisa se concentrou em temas relacionados à memória, história e identidade cultural, particularmente em relação a Picos, conhecida como a “capital do mel”. Para embasar seu estudo, a egressa afirma que usou referências de autores que explorassem esses tópicos, coletando relatos de pessoas locais que estiveram envolvidas na história que analisou.

“Durante esse período, compilei todas as informações e criei uma linha do tempo, um elemento crucial para o sucesso do meu projeto. Tive também a oportunidade de interagir com a família Wenzel, sobre a qual escrevi a história. Me aprofundei consideravelmente no universo da pesquisa, conduzindo entrevistas com várias pessoas envolvidas, embora não tenha sido possível entrevistar todos devido à complexidade do tema. Além disso, tive acesso a documentos antigos, que desempenharam um papel fundamental no meu trabalho”.

Linha de pesquisa: Comunicação, saúde e história

A linha de pesquisa da professora Sônia Carvalho examina a convergência entre comunicação, saúde e história, com foco nas representações de saúde e doença nos meios de comunicação. Nesta apresentação no Intercom, foi compartilhada parte de sua pesquisa de doutorado, concentrando-se nas representações das mulheres consideradas “loucas” e na visibilidade das pessoas com problemas de saúde mental nos meios de comunicação, com destaque para a análise da Revista Cruzeiro.

Também foi apresentado um estudo sobre a série de reportagens “Um Vírus e Duas Guerras” produzida pela mídia independente. A pesquisa abordou uma questão social relevante: a situação das mulheres vítimas de violência durante a pandemia, quando muitas delas ficaram confinadas em casa com seus agressores devido aos protocolos de segurança. Foram analisados quatro meses dessa série em duas mídias independentes, a Agência Amazônia Real e a Eco Nordeste.

A professora Sônia Carvalho

Outra realização foi a análise da abordagem da grande mídia, mais especificamente do Jornal Estado de São Paulo, sobre a polêmica do uso medicinal da cannabis. “Este trabalho foi desenvolvido em parceria com a Emilly Alves, que obteve a nota máxima em seu TCC na UESPI. Ficamos satisfeitas em apresentar conjuntamente esse estudo, onde Luna foi a autora principal e eu, na qualidade de orientadora, contribuí como co-autora”.

A professora também falou sobre a satisfação em ver os projetos que nasceram na UESPI recebendo prestígio nacionalmente. “É com imensa alegria que nós, como docentes, compartilhamos nossos trabalhos em eventos acadêmicos. Esse sentimento vai além da publicação nos anais deste que é o maior evento de comunicação do Brasil e da América Latina. Acreditamos profundamente no poder da pesquisa como ferramenta de transformação social, e entendemos que os professores não precisam caminhar nessa jornada sozinhos”.

Objetividade x subjetividade no Jornalismo

Vitória Pilar, egressa, orientada por Sônia Carvalho, realizou a pesquisa: “Um Vírus e Duas Guerras: quebra do mito da objetividade jornalística na pauta da mídia independente sobre Covid-19 e violência contra à mulher”.

O trabalho  sendo apresentado no Congresso

A pesquisa  investiga como a objetividade jornalística, que geralmente é considerada um pilar do jornalismo tradicional, pode ser desafiada ou questionada quando se trata da cobertura de eventos complexos e sensíveis, como a pandemia de Covid-19 e a violência de gênero.

Concentrando as produções e publicações de cinco mídias independentes durante a pandemia, ela aborda os desdobramentos sociais provocados pela pandemia em relação às violências domésticas contra as mulheres. A série analisada, “Um Vírus e Duas Guerras”, foi publicada por cinco diferentes veículos: o portal Catarinas, o Ponto de Jornalismo, o Projeto Colabora, a Agência Econordeste e a Amazônia Real.

A escolha dessa série foi baseada em critérios de representatividade, diversidade e originalidade, onde a pandemia é tratada como um elemento contextual, um “personagem” que não é o foco central, mas que influencia os desdobramentos abordados. “Um Vírus e Duas Guerras” discute a guerra contra a Covid-19, como uma crise sanitária, e a guerra contra a violência contra as mulheres, que ocorreu durante os períodos mais críticos da pandemia.

A pesquisa analisou cerca de 14 matérias publicadas por essas mídias independentes ao longo de 2020, com foco nos primeiros e segundos semestres devido à ênfase das tragédias causadas pela pandemia nesses períodos. Além de abordar questões sociais importantes, o estudo também investiga a produção de um jornalismo cada vez mais multimídia, que incorpora texto, vídeo, fotografia e áudio, refletindo os rumos do jornalismo web.

“A pesquisa já tem quase três anos ainda serve como objeto de entendimento para um período que foi tão crítico e decisivo para a humanidade. Trabalhos como esses ajudam a gente a entender as questões complexas dos nossos tempo, mas principalmente entender como o jornalismo e suas estratégias se comportam meio á crises – sejam elas humanitárias, sanitárias ou políticas”.

Vitória Pilar se formou em 2023 no curso de Jornalismo

Percursos da Loucura na Mídia

Maria do Socorro de Moura, orientada pela Profa. Sônia Carvalho, pesquisou  os “Percursos da Loucura: da Sucursal do Inferno na Revista O Cruzeiro (1961) às narrativas jornalísticas que dizem dos loucos de todos nós”.

A discente conta que estudou, especificamente, a reportagem especial intitulada “Hospício de Barbacena – Sucursal do Inferno,” publicada na edição n° 31 da Revista O Cruzeiro, datada de 13 de maio de 1961 e escrita pelo repórter José Franco. Nosso foco está na análise dos aspectos do jornalismo envolvidos na abordagem do tema da loucura, bem como nas questões de gênero relacionadas a essa reportagem.

“A importância reside em trazer, de forma mais frequente, a temática da loucura para o debate público. Além disso, buscamos refletir sobre como a prática jornalística se relaciona com nossa realidade, compreendendo como a figura do louco é inserida na sociedade como um ser humano individual e coletivo. Nossa intenção é contribuir para os debates públicos, examinando como os textos jornalísticos nomeiam os indivíduos considerados portadores de transtornos mentais e como essas representações influenciam a percepção da sociedade sobre o tema”.

Registro da pesquisadora

Repensando narrativas jornalísticas

Emilly Alves, sob orientação de Sônia Carvalho, realizou a pesquisa: Entre o Tabu e a Transformação: reconstruindo as narrativas sobre a restrição da cannabis medicinal no jornal O Estado de São Paulo em 2022.

A pesquisa foi um recorte de seu TCC, uma monografia, que teve como tema cannabis e imprensa. O objetivo do trabalho foi entender o posicionamento do jornal diante do tema, como foi abordado pelos repórteres e como essas narrativas veiculadas pelo jornal podem, em última instância, contribuir para a construção sócia de significados acerca da planta.

“Por ser considerado um tema polêmico, falar sobre cannabis, especialmente no meio científico e acadêmico, pode ser considerado uma transgressão do senso comum. Ao meu ver, é muito importante densificar esse tema, tendo em vista que ele perpassa por diversas camadas sociais, políticas e econômicas. Falando como recém formada em jornalismo pela Uespi, foi muito significativo participar pela primeira vez do Intercom e falar sobre esse tema, representando o Piauí e nossa universidade”.

A jornalista recém formada Emilly Alves

Comunicação para a transformação social

Flávio Menezes Santana, docente do campus de Picos, trabalha desde o mestrado com a perspectiva da Comunicação para a transformação social, ou seja, pensar a comunicação como uma ferramenta de mudança e socialmente mais comprometida com a sociedade. Cita como exemplo disso são as perspectivas da Comunicação comunitária, alternativa e popular e da Folkcomunicação.

A primeira ideia parte de uma mobilização comunitária em que os sujeitos de uma determinada comunidade atua na produção jornalística em canais de comunicação, como jornais de bairros e rádios comunitárias, em prol da cidadania. Em outras palavras, é um jornalismo mais comprometido que pode prestar serviços à comunidade na transmissão de informações da localidade que visem o exercício da cidadania.

Já a segunda, por sua vez, busca reconhecer e legitimar as práticas de comunicação artesanal do povo baseada, muitas vezes, na cultura local, como é o caso do cordel e outras manifestações populares que representam formas questionamento de resistência.

Na Uespi, tem trabalhado com essa linha no grupo de pesquisa “Comunicação, Ação e Transformação (ComTransformAção)” e no projeto de Pibic financiado pela FAPEPI intitulado “Comunicação para a transformação do bairro Morada do Sol a partir da Folkcomunicação e da Comunicação Comunitária”, que desenvolve com sua orientanda Ana Vanessa Torres.

Neste trabalho, que foi apresentado pelo docente de forma presencial em Minas, eles analisaram como os portais de notícia da cidade de Picos tem noticiado o bairro Morada do Sol para avaliar como a mídia tem contribuído no processo de marginalização social da localidade.

“Constatamos que essa mesma mídia tem responsabilidade na exclusão e na marginalização do bairro e, portanto, não pratica um jornalismo comprometido com a cidadania e apresentar esse trabalho no Intercom permite que articulemos melhor nosso projeto, através da contribuição das discussões do grupo, além de contribuir com o avanço das pesquisas das Ciências da Comunicação no Brasil e dar respaldo a nosso trabalho, que tem sido essencial para pensar em um sociedade mais justa e socialmente mais comprometida”.

O professor Flávio Santana durante sua apresentação

A discente, Ana Vanessa Torres complementa que a pesquisa parte do princípio de que a Folkcomunicação e a Comunicação Comunitária têm um papel relevante na promoção de uma visão crítica da sociedade. Segundo ela, cada comunidade possui sua maneira única de se comunicar, com expressões e vivências intrínsecas a sua realidade, porém, frequentemente, essas particularidades culturais das comunidades à margem da sociedade são negligenciadas pela mídia convencional.

“Eu estou extremamente feliz em participar do projeto e ser orientanda do professor Flávio Menezes, que desenvolve um papel fantástico na UESPI de Picos, e ainda mais feliz de ter um artigo sendo apresentado no Intercom, dando visibilidade à importância do nosso projeto, à Universidade Estadual do Piauí e à FAPEPI também. Infelizmente, não puder ir ao evento, mas estou torcendo e enviando energias para o professor Flávio, sei que dará tudo certo. O ComTransFormaAção será bem recebido e a nossa pesquisa servirá de base para muitos outros pesquisadores e, confiantemente, para mudança social e comunicacional da comunidade.

Registro da primeira visita que os pesquisadores fizeram no bairro Morada do Sol em Picos

Outras pesquisas que foram desenvolvidas:

Fruto de seu estudo no doutorado, a professora Sammara Jericó pesquisou: “A narrativa jornalística, história e memória: com a comemoração dos 200 anos da Batalha do Jenipapo foi (re)contada nas matérias de três portais piauienses – G1 Piauí, O DIA e Cidade Verde”. 

No trabalho, o Jornalismo é colocado para além de um meio de retratar o dia-a-dia, o cotidiano e o agora, e sim como elemento significativo para construção de conhecimento por meio da divulgação de informações e, consequentemente, como meio capaz de contribuir para a preservação da memória histórica de fatos como a Batalha do Jenipapo. Assim, o objetivo geral foi identificar, por meio de uma análise de conteúdo, como os portais retrataram um feito histórico tão relevante para a história do Brasil e do Estado.

A docente afirma que a importância do tema está em contribuir para o entrelaçamento de áreas, como Jornalismo e História; onde elas podem contribuir para conhecimento de fatos, como a batalha do jenipapo. De acordo com ela, outro fator importante está em estudar a própria mídia quanto aos aspectos ligados a sua prática, rotinas e funções.

“Foi a primeira vez que apresentei um artigo sozinha no Intercom e me senti muito ansiosa e muito feliz. Em outra oportunidade, estava como co-orientadora e fiquei menos nervosa. Mas essa sensação de alegria é boa, porque demonstra o quanto ainda a pesquisa me motiva, me deixa feliz e me incentiva a buscar novos desafios acadêmicos”, afirmou.

A profa. sammara Jericó tem, desde o mestrado em Antropologia, trabalhado com temáticas que interligam o Jornalismo, História e Antropologia

 

Já de forma presencial, a professora Samária Andrade, juntamente de André Gonçalves (PPGCOM – UFPI) apresentaram o trabalho: “Experiências alternativas nas margens: iniciativas comunicativas contra-hegemônicas em Teresina-PI”. 

A pesquisa contou com a colaboração do grupo de pesquisa TRAMPO da UESPI/CNPq e foi apresentado pelos docentes no grupo Economia Política da Informação e Cultura.

Com a colaboração dos jornalistas Ricardo Claro e Vitória Pilar, este estudo examina transformações na indústria da comunicação, destacando iniciativas comunicativas contra-hegemônicas no cenário atual, alterado e dominado por grandes empresas de plataformas digitais. A docente Samária Andrade destacou que estas iniciativas são heterogêneas e oscilam entre a concentração midiática e a contestação à mídia convencional, apresentando formas variadas de produção, distribuição e financiamento.

“A pesquisa foca em agentes contra-hegemônicos, em Teresina (Piauí), surgidos após 2010, descritos como “os alternativos dos alternativos”, ou seja, agentes marginais à comunicação mainstream e também à comunicação contra-hegemônica central. A metodologia inclui observação empírica e aplicação de questionários. As análises buscam entender características e relações dessas iniciativas com o contexto de mudanças globais na comunicação”.

André Gonçalves e Samária Andrade durante a apresentação da pesquisa

 

Mais trabalhos sobre o campo jornalístico

Maria Cecília de Souza, orientada por Orlando Berti trouxe “O metaverso na mídia webjornalística piauiense que faz crossmedia”. O projeto explorou como o metaverso está moldando a narrativa jornalística online e como as notícias são adaptadas para diferentes plataformas digitais.

Comunicação e Representação LGBTQIAP+ no vídeoclipe “MONTERO (Call Me By Your Name)” do cantor Lil Nas X – Danilo Costa dos Santos, com orientação de Flávio Menezes Santana.

UESPI ganha mais três professores doutores

Por Anny Santos

Três professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) conquistaram o título de Doutor e o tempo dessa conquista para a Universidade foi em 40 horas. Esse grau acadêmico, considerado o mais elevado em grande parte dos sistemas de ensino, normalmente requer uma média de quatro a cinco anos de estudos, destacando e desenvolvendo a capacidade desses docentes na área de pesquisa e ensino.

Os três professores doutores em questão são: Ivaldo Coelho, Moisés Mendes e Sérgio Lustosa, que continuarão com seu importante papel na promoção da educação de qualidade no Estado do Piauí, juntamente com os demais docentes da instituição.

De acordo com o Pró-reitor de Pesquisa (PROP), Prof. Dr. Rauirys Alencar de Oliveira,  a UESPI conta com cerca de 500 doutores no seu quadro de corpo docente efetivo. “A Universidade possui um programa robusto de capacitação docente, assegurando que professores possam se afastar de suas atividades, oportunizando sua completa dedicação a sua formação, assegurando seus vencimentos sem prejuízos financeiros. Temos, hoje, cerca de 80 professores afastados para dedicação total ao seu aprimoramento, progredindo ainda mais em sua carreira docente por titulação”, afirma.

Além disso, o Pró-reitor destaca que a Universidade possui termos em cooperação, a exemplo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (FAPEPI), com edital de bolsas de doutorado fora do Estado. Segundo ele, os docentes podem concorrer a uma bolsa de auxílio para ajudar a custear as despesas fora do Piauí. “A PROP parabeniza os novos doutores da Universidade e deseja pleno sucesso em suas carreiras profissionais”.

Os professores foram alunos de doutorado do, também docente da UESPI, Dr. Francisco das Chagas Alves Lima, professor dos programas de Pós-Graduação em Química UFPI e RENORBIO (UFPI/UESPI), Doutorado em Rede Nordeste de Biotecnologia, fundamental nesse processo de formação.

Sobre os mais novos doutores

O Prof. Dr. Moisés Mendes, do curso de Educação Física e um dos Coordenadores da Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI), destaca que ter mais doutores na universidade é aprofundar o universo da pesquisa, melhorar a qualidade de ensino e trazer recursos para dentro da instituição. “O doutorado também é uma conquista pessoal. Quando você se forma na graduação, você traça metas e algumas dessas metas era conquistar uma especialização, um mestrado e, na sequência, um doutorado, que conseguimos agora. Além disso, ao pesquisar os conhecimentos já existentes, dando profundidade a eles, também visamos aquilo que ainda pode ser descoberto”.

Prof. Dr. Moisés Mendes

Para o Prof. Dr. Ivaldo Coelho, também do curso de Educação Física e Coordenador da UNATI, o título é como um prêmio que se recebe após um longo caminho percorrido durante a pesquisa. “Por meio desse período de estudo e da certificação ao final dele, o profissional se capacita ainda mais. Para o ensino proporciona uma maior qualidade, além de contribuir para a pesquisa dentro da universidade e para os programas de extensão. Eixos fundamentais dentro e fora da instituição”.

Prof. Dr. Ivaldo Coelho

Já para o Prof. Dr. Sérgio Lustosa, do curso de química, cursos de pós-graduação, em qualquer nível, são sempre importantes para a universidade, pois o conceito desta depende também da qualidade dos profissionais que ali atuam. “Quanto ao ensino, aumentamos as possibilidades de aprendizagem experimental, além de se familiarizarem com o desenvolvimento de pesquisa científica. É bom lembrar que o aumento de professores a nível de doutorado traz maior possibilidade de abertura de cursos de mestrado”.

Momento da defesa

Prof. Dr. Sérgio Lustosa

Essa conquista não apenas reflete suas capacidades acadêmicas, mas também ressalta o compromisso da UESPI com a promoção do ensino público de qualidade no Piauí. Seus esforços na pesquisa e no ensino ajudam a impulsionar a educação no estado.

A UESPI parabeniza esses docentes por sua dedicação e pela conquista do título de Doutor.

2º Ciclo de Pesquisa Constitucional apresenta o universo da pesquisa científica para alunos de Direito

Por Vitor Gaspar

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) anuncia a retomada do 2° Ciclo de Pesquisa Constitucional, organizado pelo professor do curso de Direito do campus Poeta Torquato Neto, Octávio Melo neste sábado, a partir de 10h de forma on-line.

De acordo com o professor Octávio Melo, o projeto tem com objetivo central apresentar aos alunos de direito o universo da pesquisa científica na área. “Busca-se uma análise multidisciplinar dos temas estudados além de apresentar as regras básicas da ABNT. Nesta edição aprofundaremos os debates e simularemos a apresentação dos artigos coletivamente”, afirmou.

Dentre os benefícios que os estudantes podem adquirir com a aprendizagem de técnicas científicas na área estão:

Desenvolvimento de Habilidades Críticas: A pesquisa científica estimula o pensamento crítico, ajudando os alunos a analisar questões jurídicas de forma mais profunda e fundamentada;

Atualização e Inovação: A pesquisa permite que os estudantes se mantenham atualizados com as mudanças na legislação e jurisprudência, promovendo a inovação no campo jurídico;

Ampliação do Conhecimento: Através da pesquisa, os alunos têm a oportunidade de explorar tópicos específicos de interesse, ampliando seu conhecimento em áreas específicas do Direito;

Preparação para a Prática Jurídica: A pesquisa desenvolve habilidades de resolução de problemas, essenciais para a prática jurídica, como a análise de casos e a argumentação convincente;

Contribuição para a Academia: A pesquisa acadêmica contribui para o avanço do conhecimento jurídico como um todo, ajudando a construir uma base sólida para o desenvolvimento futuro do Direito.

Nesta edição, os participantes terão a chance de concluir artigos iniciados no primeiro ciclo e explorar a pesquisa científica em Direito, com uma abordagem multidisciplinar.

Participe:
Todos estão convidados a participar deste evento e a se envolver nos debates e simulações de apresentação de artigos.

CLIQUE AQUI E TENHA ACESSO A SALA VIRTUAL PELO GOOGLE MEET

Congresso Internacional Ciência e Sociedade (CICS)

Divulgação/Parceria

O Centro Universitário Santo Agostinho realizará o Congresso Internacional Ciência e Sociedade (CICS), evento bianual, a ser realizado de 4 a 7 de outubro de 2023, com o tema: “Desenvolvimento humano e social: das ideias às práticas”.

O Congresso Internacional Ciência e Sociedade (CICS) traz novos desafios: o de buscar a colaboração internacional em ciência e tecnologia (C&T), permitindo o empreendimento científico ultrapasse as fronteiras, criando pontes entre as diferentes comunidades científicas, ampliando, assim, as possibilidades da produção de conhecimento.
Objetivos do CICS: https://unifsa.com.br/cics2023/agenda-2030/

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS
As atividades de apresentação de pesquisas científicas serão realizadas em sessões coordenadas denominadas de Grupos Temáticos (GTs), espaços de interlocução sobre um subcampo do conhecimento ou especialidade, onde pesquisadores com interesses acadêmicos em comum podem debater as pesquisas. Saiba mais: https://unifsa.com.br/cics2023/editais/

GRUPOS TEMÁTICOS

Os Grupos Temáticos serão desenvolvidos de duas formas:
• Presencial, com trabalhos apresentados no sábado, dia 7 de outubro, das 14h às 18h, em

salas do Anexo II do UNIFSA, em Teresina;

• De forma remota e síncrona, com os trabalhos apresentados de forma virtual, por meioda Plataforma UNIFSA, sábado, dia 7 de outubro, das 14h às 18h.

Saiba mais: https://unifsa.com.br/cics2023/grupos-tematicos/

FAÇA A SUA INSCRIÇÃO: https://eventos.galoa.com.br/cics-2023/registration/intro

IV Encontro Internacional de Biotecnologia em Saúde Humana e Animal

Por Clara Monte

Nos dias 18, 19 e 20 de outubro acontece o IV Encontro Internacional de Biotecnologia em Saúde Humana e Animal: Avanços e Tendências Biotecnológicas para Saúde Humana e Animal. A cidade de Maceió/AL será o cenário para discussões sobre os mais recentes avanços e tendências na área da biotecnologia voltada para a saúde humana e animal.

O evento é resultado da parceria entre o Centro Universitário (CESMAC), a Universidade Estadual do Ceará (UECE), a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), a Universidade Federal do Piauí (UFPI), o Centro Universitário (UNINTA) e o Programa Profissional de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde Humana e Animal (PPGBiotec) da Faculdade de Veterinária (FAVET/UECE).

O evento terá como objetivo central a discussão dos avanços biotecnológicos aplicados à saúde humana e animal, com o propósito de desenvolver ferramentas que tenham aplicações abrangentes em diversos segmentos das Ciências da Saúde. Além disso, busca-se oferecer visibilidade aos produtos biotecnológicos criados pela comunidade científica. A oportunidade de integração de conhecimentos e a expansão de novos inventos serão impulsionadas pela participação de pesquisadores atuantes na área da biotecnologia, docentes e estudantes ligados a programas de graduação e pós-graduação, bem como empreendedores.

Atuando como representante da UESPI, a professora, Valdiléia Teixeira Uchôa, desempenha um papel fundamental na colaboração do evento. Suas responsabilidades abrangem desde a atribuição das disciplinas aos professores até a avaliação dos alunos durante os seminários, abrangendo tanto os estudantes de mestrado quanto os de doutorado.

“Anualmente promovido, este evento traz consigo uma série de vantagens significativas para a comunidade acadêmica. Ele oferece a oportunidade de apresentação de trabalhos, sendo acessível a todos os interessados. Dado o seu caráter internacional, é comum a participação de professores externos, os quais ministram palestras e minicursos. Essa abordagem não apenas fomenta a troca de conhecimento, mas também facilita a exposição de produtos e avanços em bio processos, muitos deles direcionados para as áreas de saúde humana e animal”, finaliza a Coordenadora.

Saiba como se inscrever: IV Encontro Internacional de Biotecnologia em Saúde Humana e Animal

Para mais informações sobre o evento, acesse.

Confira mais sobre o “I Fórum Mulheres na Ciência” do CCN

Por Anny Santos

“I Fórum Mulheres na Ciência – A História da mulher na Ciência”, organizado pela UNIÃO CCN, entidade representativa dos Centros em ações unificadas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, encerra sua programação nesta quarta-feira (23), sendo aberto a todos que se interessam pela temática.

O I Fórum Mulheres na Ciência é coordenado e organizado pela UNIÃO CCN com o apoio dos professores Dr. Alessandro Wilk Silva Almeida e Ma. Maria Rosário de Fátima Ferreira Batista do curso de Matemática. O evento visa contribuir para a conscientização, a valorização e a promoção da participação das mulheres nas áreas científicas, criando um ambiente mais igualitário e inclusivo para todas as pessoas interessadas em seguir carreiras científicas.

A professora Lilane de Araújo, docente do curso de Licenciatura em Matemática, ministrou, na manhã desta terça-feira (22), seguindo o cronograma do evento, a palestra “Sustentabilidade: um  olhar para cadeia produtiva da Opala de Pedro II, Piauí“. Segundo ela, é importante realizar discussões sobre a temática do evento, trazendo mulheres a frente de trabalhos e pesquisas para mostrar aos discentes como é fazer um trabalho científico e como a participação das mulheres é de grande importância e relevância nas Ciências. “Além disso, falei sobre sustentabilidade e mostrei o passo a passo do desenvolvimento da pesquisa científica no âmbito acadêmico”.

Os participantes estão tendo a oportunidade de conhecer a história das mulheres na Ciência, participar de palestras científicas, oficinas e feiras científicas, além de debaterem sobre os direitos das mulheres em todos os âmbitos científicos por meio de mesas-redondas.

A aluna Yonara Oliveira, do 1° período do curso de Bacharelado em Biologia, destaca a importância de participar de eventos que demonstrem a relevância histórica e atual das mulheres em áreas que são majoritariamente “masculinas”, onde a presença de mulheres ainda parece escassa. “Debater essas desigualdades e reafirmar que podemos ocupar todos os locais é muito importante. Ontem e hoje, aprendemos sobre várias temáticas e, principalmente, sobre a história de mulheres brasileiras e piauienses que ocuparam e ocupam esses lugares”.

A iniciativa surgiu em novembro de 2022, em uma conversa entre os centros acadêmicos do Centro de Ciências da Natureza (CCN). A proposta foi unificar os eventos e criar uma entidade denominada UNIÃO CCN, que agora é responsável por ações unificadas no CCN e é formada pelos CA’s de Matemática, Química, Biologia e Física.

Confira o cronograma de encerramento do evento:

Egresso do Curso de Ciências Biológicas da UESPI identifica um novo gênero de isópodes terrestres

Por Clara Monte

Egresso do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Picos, Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira, realizou uma pesquisa inovadora sobre isópodes terrestres, pequenos animais crustráceos conhecidos popularmente como tatuzinhos-de-jardim, culminando na elaboração de um artigo que descreve um novo gênero e duas novas espécies da família Platyarthridae para o estado do Piauí. Este artigo está publicado na revista internacional Zootaxa.

Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira analisando no laboratório da UESPI, utilizando o microscópio óptico

De acordo com o biólogo, formado pela UESPI, os estudos relacionados aos isópodes terrestres são importantes, pois estão inseridos no contexto da preservação de espécies dentro do ambiente natural. Em sua visão, o que permanece desconhecido não pode ser devidamente protegido. Por essa razão, ele se empenhou na tarefa de descrever as novas espécies para a Ciência, buscando contribuir, significativamente, para promover a conservação da biodiversidade.

Coletando “tatuzinhos” na natureza

“Atuo na área de Taxonomia, ramo da biologia responsável por descrever, identificar e nomear os seres vivos de acordo com os critérios estabelecidos, como aspectos morfológicos, genéticos, fisiológicos e reprodutivos, dentre outros. Assim, nesse artigo, descrevemos um novo grupo de crustáceos, sendo eles os isópodes terrestres, conhecidos popularmente como tatuzinhos-de-jardim. Pouco se conhece sobre a fauna e flora de Picos, estudos que tenham o objetivo de descrever espécies de animais e plantas, são emergenciais para mensurar como está o estado de conversação da biodiversidade presente no município”, finaliza o egresso.

Coletando tatuzinhos na natureza, observando em madeira caída

Formado em 2017, Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira relata que a universidade desempenhou um papel fundamental ao despertar sua curiosidade pelas diversas espécies isópodes terrestres. Já no segundo período do curso, ele recebeu um convite para integrar o GETOPI – Grupo de Estudos Taxonômicos dos Oniscidea do Piauí. Nesse contexto, ele se envolveu ativamente na pesquisa e mantém sua participação constante no grupo até os dias atuais, mesmo após sua conclusão de curso.

Espécie Paratrichorhina Piauiensis

O egresso ainda agradece aos seus professores orientadores da instituição, Daniela Grangeiro e Lucas Lima, que contribuíram de forma significativa a construção do artigo científico. Segundo Daniela Grangeiro, o trabalho empreendido possui uma relevância para a região, uma vez que traz à tona descobertas significativas decorrentes do projeto de pesquisa. Além disso, destaca, no âmbito acadêmico, a contribuição da pesquisa para o enriquecimento do conhecimento científico em relação as espécies que, anteriormente, não haviam sido minuciosamente estudadas.

“Quando vejo um aluno meu se destacar, fico emocionada. É gratificante saber que fiz parte de uma conquista do Carlos, pois ele sempre foi um aluno extremamente dedicado e esforçado. Mesmo após concluir sua formação, ele continua a se aprofundar em nossas pesquisas e, agora, diante de um tema tão crucial para a biologia, ele teve a oportunidade de se destacar novamente na área, revelando novas perspectivas sobre diversas espécies”, finaliza a orientadora.

Confira o artigo.

Ensino de solos: projeto da UESPI propõe metodologias inovadoras no ensino de Geografia

Por João Fernandes

O ensino das ciências tem exercido papel fundamental para formação de cidadãos com capacidade de interpretar o mundo à sua volta. Nessa perspectiva, professora e discentes do curso de Geografia, campus Poeta Torquato Neto, desenvolveram o projeto “Solos na Educação: Jogos como Instrumento Lúdico no ensino de Geografia”, que leva oficinas pedagógicas para escolas como forma de incentivar o ensino e aprendizagem de conceitos da Geografia. 

O projeto busca utilizar jogos didáticos, visando tornar o conteúdo mais acessível e interessante para os alunos da educação básica. Com isto, a ideia é propor uma metodologia inovadora e lúdica para o ensino de geografia, que pode contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e para o aumento do interesse dos alunos pelo tema. 

Para a Profa. Dra. Maria Luzineide Gomes Paula, Coordenadora do projeto, a pesquisa pode servir como base para o desenvolvimento de novas metodologias de ensino em outras áreas do conhecimento, dando suporte a outros professores que buscam alternativas metodológicas inovadoras para a construção de uma educação eficaz .

“A atividade lúdica e os jogos intervêm de maneira positiva no aprendizado em sala de aula. Ao longo do processo educativo é essencial aproveitar tudo aquilo que o discente tem de conhecimento no seu campo cognitivo e utilizar como norte para o desenvolvimento da aprendizagem. Para que essa aprendizagem aconteça o aluno deve ter vontade em aprender, ou todo o esforço por parte do professor tornará a aprendizagem mecanizada”, destaca a professora.

Projeto na prática

As primeiras atividades práticas foram realizadas na Oficina Pedagógica de 2022 em uma escola particular de Teresina, com alunos dos anos finais do ensino fundamental. Na ocasião, foram apresentados jogos feitos com recursos não convencionais como forma de apresentar temas ecológicos de forma lúdica, despertando à discussão da ciência dos solos como ferramenta de ensino de geografia.

O aluno Edson Osterne da Silva Santos, discente do 8° período de geografia, considera que o ensino da geografia enfrenta obstáculos que impedem de tornar o ensino mais efetivo nos ciclos básicos, por isso, o projeto propõe uma adequação dos materiais didáticos  e uma mudança nos métodos atuais de ensino, visando o docente e sua formação.

“A atividade com jogos rompe com as práticas conservadoras, dando ao aluno a oportunidade de aprimorar a sua capacidade cognitiva e o desenvolvimento crítico na formação do conhecimento. Medidas como o uso de estratégias metodológicas de recursos didáticos não convencionais potencializam uma aprendizagem significativa, caso sejam bem aplicadas”, comenta o aluno.

Livya Calyne Linhares de Moura Costa, uma das integrantes do projeto, destaca que a iniciativa demonstrou a eficácia de atividades práticas e estimulou que os futuros profissionais  exercessem métodos mais eficientes.  

“Construímos jogos ecológicos a partir de materiais recicláveis como papelão, rolo de papel higiênico, tampinhas e até elementos do solo, tudo isso pensado para o ensino do conteúdo de solos. No âmbito acadêmico essa experiência estimulou minhas habilidades e competências de criatividade, organização, trabalho em equipe, dentre outros requisitos essenciais para o desempenho profissional na área da educação”, finaliza a aluna.

Em breve será publicado algumas outras contribuições dessa pesquisa de PIBIC como o Relatório Final do projeto em formato de resumo simples com titulação “Trabalhando os jogos ecológicos para o ensino de solos na Geografia” e também um Resumo simples e Expandido no III Seminário Didático – Pedagógico (SEMDIPE) do CCHL com o título  “A importância das oficinas pedagógicas a partir do uso de jogos ecológicos relacionados ao conteúdo de solos nos anos finais do Ensino Fundamental”.

 

UESPI recebe visita técnica do Inmetro em busca de parceria para o progresso científico e tecnológico na instituição

Por Clara Monte, Vitor Gaspar e Priscila Fernandes

Visando o fortalecimento do desenvolvimento tecnológico e da inovação, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) recebeu uma delegação de servidores do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A visita técnica marca o início de uma colaboração que visa estreitar laços de cooperação entre as instituições e impulsionar o progresso científico e tecnológico da região.

A equipe do Inmetro que está conduzindo as Visitas Técnicas é composta pelos profissionais: 

– Andrea Barroso Melo Monteiro de Queiroz, Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Novos Programas de Acreditação (Didac/Cgcre).

– Wagner de Aguiar Guedes, Assessor da Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre).

– Monique A. Getrouw, Gestora de Acreditação da Divisão de Acreditação de Laboratórios (Dicla/Cgcre).

– Charles Bezerra Prado, Coordenador do Centro de Capacitação (Cicma)

O Reitor, Prof. Dr. Evandro Alberto, enfatizou o desejo da instituição de se preparar, adequadamente, para as demandas do mercado, buscando aprimorar seus recursos e capacidades por meio dessa colaboração. 

“Esta visita marca o início de uma jornada significativa para nossa universidade e nosso estado. A parceria com o Inmetro abre portas para avanços tecnológicos e oportunidades de inovação que terão um impacto profundo na nossa comunidade acadêmica e no desenvolvimento da região”.

Andrea Barroso, Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Novos Programas de Acreditação (Didac/Cgcre), expressou a satisfação da equipe do Inmetro com a primeira visita à universidade, enfatizando a abertura e hospitalidade da UESPI. Ela observou a demonstração do potencial técnico e robustez da instituição nas áreas de pesquisa e formação, ressaltando que a parceria com o Inmetro tem o potencial de ser produtiva para ambos os órgãos e para o país. 

“São duas entidades públicas com expertise técnica altamente especializada e nossa expectativa é que este seja o começo de uma colaboração de longo prazo. Em termos de setores, as possibilidades são vastas. Atuamos em diversas áreas no Inmetro, da mesma forma que a universidade, que estamos visitando e explorando todo o potencial, seja na área de energia renovável, seja no agronegócio. Portanto, todas as atividades de ponta que a universidade está desenvolvendo podem ser aproveitadas nessa parceria”.

A recepção começou na reitoria do Palácio Pirajá

 

Visita técnica aos laboratórios 

O encontro, que começou na manhã desta terça-feira, reuniu o Reitor, Pró-Reitores  e pesquisadores da Universidade, proporcionando um espaço para discussões fundamentais sobre os objetivos da parceria e as atividades a serem desenvolvidas em conjunto. A UESPI teve a oportunidade de apresentar as atividades em andamento nos laboratórios da universidade, destacando o Núcleo de Formação e Pesquisa em Energias Renováveis e Telecomunicações (NUFPERPI).

Os técnicos do Inmetro puderam conhecer todas as instalações do Núcleo

Dentre os laboratórios que compõem o Núcleo, encontram-se o Laboratório de Práticas em Energias Renováveis (LAPER), Laboratório de Tecnologias Integradas (LATER), Centro de Monitoramento de Estudos Remotos (CMER), Laboratório de Arquitetura e Pesquisa em Redes (LAPRE) e o Laboratório de Redes Ópticas Passivas (LAPON)

O NUFPERPI desempenha um papel importante no avanço tecnológico, na pesquisa inovadora e na preparação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios do futuro sustentável. Com foco nas energias renováveis e nas telecomunicações, esse núcleo tem como objetivo principal explorar e desenvolver soluções tecnológicas que promovam a utilização eficiente e limpa dos recursos naturais.

O Coordenador do Núcleo e os docentes do curso de Engenharia apresentaram o NUFPERPI

Para falar sobre isso, a professora Regiane Melo, que atua no núcleo como docente e especialista em instalações elétricas e eletrônica de potência, ressaltou que essa possível parceria pode enriquecer os trabalhos que lá são realizados. Ela expressou a crença de que um novo parceiro traria benefícios significativos, facilitando a integração da universidade com a comunidade e promovendo ações práticas dentro do laboratório.

“Planejamos aumentar nossa presença no laboratório, envolvendo mais nossos alunos e alunas, com o objetivo de impulsionar pesquisas e atividades práticas. Isso certamente resultará em benefícios significativos para a comunidade. Essas colaborações e estratégias de laboratório desempenham um papel crucial, não apenas na formação de nossos estudantes, mas também no progresso e desenvolvimento do nosso estado”.

Glenerson Santos, estudante de Engenharia Elétrica, enfatizou a importância da parceria ao destacar que a Universidade pode desempenhar um papel significativo na área da pesquisa. “Assim podemos desenvolver diversos projetos e soluções que são necessários pelo mercado atual e também para a comunidade em geral. Trabalhamos na área de pesquisa, desenvolvendo projetos inovadores. Eu acredito que essa parceria possa fortalecer ainda mais esse aspecto”.

A programação continuou pela tarde. Os representantes conheceram o laboratório de fotoeletrocatálise; as pesquisas com células solares e fotoeletrocatálise (processos oxidativos avançados) e ao laboratório de síntese de materiais e fotocatalise, localizados no GERATEC. 

Professores Geraldo e Reginaldo explicam como são desempenhadas as pesquisas nos laboratórios

Os professores Geraldo da Luz e Reginaldo da Silva Santos, do curso de Química conduziram a visita aos laboratórios no primeiro momento e apresentaram o que os discentes e docentes do curso têm desenvolvido por ali, demonstrando as potencialidades da UESPI.

“Essa integração com o INMETRO é extremamente importante por eles serem o órgão federal responsável pela acreditação dos laboratórios para a sociedade e colocá-los à disposição da sociedade. Então, está alinhado com os ideais da UESPI em integrar os laboratórios e formar um centro integrado. Essa acreditação se torna essencial pra gente”, afirma o professor Geraldo da Luz.

O professor Reginaldo da Silva acrescenta que ao longo de quinze anos da existência do GERATEC, a UESPI vem formando profissionais, mão de obra qualificada e a visita do INMETRO abre mais possibilidades para a comunidade acadêmica. “A UESPI já tem uma base muito boa, muito potencial, pesquisadores capacitados que já ultrapassaram as barreiras da universidade. Essa parceria dá a oportunidade de uma inserção maior dentro do campo de trabalho”.

Os laboratórios de Biologia: LABMICRO e LABIOVEG também fizeram parte da tour. A professora Francisca Lúcia de Lima, coordenadora do LABMICRO, explicou que no estado do Piauí, a UESPI é uma das poucas instituições que desenvolve pesquisas em microbiologia, a expectativa é que a parceria expanda a produção. “Esse é um marco que oportuniza para a UESPI uma nova fase de desenvolvimento. Nossos pesquisadores teriam contato com outras metodologias, outros padrões, e essa integralização é importante”, enfatiza.

“São novos caminhos, novas formas de trabalhar e novos protocolos. Além disso, a gente se anima com a possibilidade melhora e expansão dos nossos laboratórios e melhorias na nossa prática”, assim definiu a professora Emília Saleh, coordenadora do LABIOVEG, que destacou sobre a felicidade em receber a equipe do INMETRO.

LABIOVEG também foi um dos laboratórios contemplados com a visita dos representantes

Crescimento científico da universidade

A aproximação com o Inmetro é vista como uma oportunidade estratégica, permitindo que a Universidade se posicione na vanguarda do desenvolvimento tecnológico no Nordeste. A cooperação visa não apenas fortalecer as áreas de pesquisa e pós-graduação, mas também alavancar o setor produtivo local, apoiar negócios e contribuir para o progresso do estado do Piauí.

O Prof. Rauyris Allencar, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UESPI, expressou otimismo em relação ao futuro dessa colaboração. Ele enfatizou que a parceria tem o potencial de impulsionar a Universidade e o estado do Piauí em direção a um horizonte de inovação e desenvolvimento sustentável.

“Isso coloca a UESPI em uma posição de vanguarda e de contribuição para esse desenvolvimento tecnológico do nosso estado, apoiando o setor produtivo e os negócios que são desenvolvidos aqui”.

Com a perspectiva de formalização ainda neste segundo semestre, as instituições almejam construir um futuro tecnológico brilhante, impulsionando a pesquisa, a inovação e o crescimento regional.

A visita encerrou nesta manhã (9) com uma reunião para as tratativas finais

A visita encerrou nesta manhã (9) com uma reunião para as tratativas finais

 

Aluno realiza pesquisa sobre remição da pena brasileira, com um novo olhar sobre a relação entre o Estado e o apenado

Por Anny Santos

Um dos mais novos formados do curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, aprofundou sua pesquisa na temática da remição da pena brasileira. Seu projeto de TCC intitulado “A Possível Natureza Contratual da Remição da Pena Brasileira: Análise como Estipulação em Favor da Sociedade” é um estudo sobre a natureza dessa relação jurídica, ainda pouco explorada.

Sob a orientação da professora MSc. Lya Rachel Brandão e Mendes Pinheiro, Eduardo Henrique Lins Cavalcante fez a pesquisa que o levou a explorar um aspecto quase que inexplorado da legislação penal brasileira. Seu trabalho envolveu uma análise detalhada das nuances jurídicas que conectam o Estado e o apenado no contexto da remição da pena.

Professora MSc. Lya Rachel Pinheiro e Eduardo Lins

Segundo Eduardo Lins, esse processo legal permite que detentos reduzam seu tempo de condenação por meio do trabalho, estudo ou participação em projetos educacionais. A pesquisa questiona a essência dessa relação (apenado e Estado), e como ela se encaixa no contexto do sistema penal brasileiro.

Eduardo Lins

“Ressalto que, a partir das conclusões da pesquisa, abrem-se portas para diversos projetos universitários, os quais podem dialogar com o Governo para estabelecer uma dinâmica de cura para nossa violência social. Pela Universidade também podemos estabelecer pesquisas mais profundas nas diversas áreas humanas: Antropologia, Sociologia, Administração. Entender a natureza jurídica da remição permite uma abordagem mais efetiva da posição e da função do Estado nas questões penitenciárias”, ressalta.

Além disso, segundo ele, também ajuda a entender a situação constitucional do encarcerado, que se dedica ao instituto. Sendo a remição, de fato, um contrato, pode-se estabelecer fatores mais objetivos para investigar sua eficiência, com os mesmos critérios de “vantajosidade” e “economicidade”, porque ainda há possíveis vantagens orçamentárias para o Estado, que enfrenta uma grave sobrecarga prisional. “Falamos de reintegração social e a remição é, aparentemente, o único instituto do nosso ordenamento jurídico que trabalha em busca de acordo para recompor a relação social rompida pelo crime”.

Eduardo Lins apresentou, no ano de 2018, dois trabalhos em eventos científicos. Foram eles: O “doublethink” presente na (in) compreensão democrática brasileira, no GT “Constituição, Democracia e Direitos Humanos” do X Encontro Nacional da ANDHEP, no Campus Torquato Neto da UESPI, e “Abordagem Contratual à Remição da Pena”, que aconteceu na Semana Científica da UniFSA. Partindo deste o tema do seu TCC.

Espero deixar uma contribuição pessoal na construção do Direito Brasileiro e que este conhecimento não seja utilizado para o mal. O recorte foi para nosso país, pois a análise final contou com os elementos vigentes por aqui, mas espero que sirva como paradigma de estudo para outros ordenamentos. Hoje sinto que trabalhei em algo de relevante, de bom e de útil, e plantei sementes para novos progressos. Quero me preparar para vôos maiores. Sonho em transformar esse TCC num livro, se houver a viabilidade editorial. Para a UESPI, sonho em vê-la cada vez mais relevante no cenário internacional, em patamar de igualdade com Oxford, Coimbra, a Yale e Harvard”, finaliza.

O trabalho reafirma o poder da pesquisa acadêmica em iluminar novas perspectivas, desafiar conceitos estabelecidos e contribuir para um futuro mais justo e esclarecido, inspirando os estudantes que buscam fazer a diferença por meio da construção do conhecimento e da investigação.

Professor e discentes têm trabalhos de PIBIC aprovados para o Congresso Latino Americano de Ciência do Solo (CLACS)

Por Clara Monte

O professor Sammy Matias, docente do curso de Agronomia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Corrente, está participando do Congresso Latino Americano de Ciência do Solo (CLACS) e ainda representando discentes que fazem parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da instituição, que enviaram 10 trabalhos científicos.

O evento, realizado em Florianópolis, é uma referência de grande impacto em pesquisa, tecnologia, inovação, ensino e extensão rural na área da Ciência do Solo e áreas afins em toda a América Latina, Caribe, Espanha e Portugal. O professor, Sammy Matias expressou seu orgulho ao afirmar que todos os 10 projetos enviados, originados do PIBIC/Uespi, foram aprovados para o evento após uma avaliação criteriosa dos resumos e análises de acompanhamento dos trabalhos.

Professor, Sammy Matias, presente no Congresso Latino Americano de Ciência do Solo (CLACS).

“Esse evento é o maior do Brasil e da América Latina na área de solos. Ele traz a oportunidade da integração dos alunos com estudantes das diversas regiões do Brasil e também com estudantes de fora do país. Essas integrações podem trazer oportunidades de novos conhecimentos/ideias e até oportunidades de emprego. Além disso, existe a integração das pesquisas, possibilitando o surgimento de parcerias e, consequentemente, de novas pesquisas.”

João Marcos Guedes Souza, um dos discentes da Universidade Estadual do Piauí, do curso de Agronomia, teve seu trabalho aprovado para apresentação no evento Solos Floripa 2023. Sua pesquisa consistiu em analisar a variação da condutividade elétrica do solo em áreas com diferentes manejos, buscando observar se o manejo causaria alguma interferência no atributo. Embora não tenha podido estar presente no Congresso, João Marcos Guedes Souza demonstra gratidão pela oportunidade de participar de um evento acadêmico de grande renome.

Banner do trabalho do discente, João Marcos Guedes Souza.

“Ter um trabalho com meu nome em um evento tão grandioso quanto o Solos Floripa 2023, um evento internacional com pesquisadores da América Latina e até de outros continentes, é uma oportunidade única para demonstrar que nós da Universidade Estadual do Piauí valorizamos a Ciência. Pessoalmente, acredito que essa participação pode abrir muitas portas no futuro. Foi extremamente gratificante poder fazer parte desse evento, e por isso, gostaria de agradecer primeiramente à Universidade Estadual do Piauí e ao Professor Sammy Sidney, pela oportunidade de participar do evento”, finaliza o discente.

Para mais informações sobre o evento, acesse.

Pesquisa desenvolvida na UESPI estimula o bem-estar de crianças com paralisia cerebral

Por Vitor Gaspar

Um projeto inovador na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) visa promover melhorias significativas na qualidade de vida de crianças com paralisia cerebral (PC). A iniciativa envolve a parceria entre os docentes dos cursos de Fisioterapia, o Núcleo de Formação e Pesquisa em Energias Renováveis e Telecomunicações do Piauí (NUFPERPI) e o Núcleo de Biotecnologia do Colégio Amazonas, que estão desenvolvendo um acionador remoto que possibilita a interação e o estímulo das crianças com brinquedos comuns, proporcionando benefícios terapêuticos comprovados cientificamente. O projeto é coordenado pela Professora de Fisioterapia Olívia Mafra.

Com a aprovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), a proposta ganha ainda mais relevância na área da saúde com a notícia do último censo do IBGE realizado no Brasil  onde o percentual de pessoas com deficiência no Piauí chegou a 10,8% no ano passado. O indicador é o terceiro maior do Brasil, superado somente por Sergipe (12,1%) e do Ceará (10,9%).

No Brasil, estudos revelam que a cada 1.000 crianças que nascem, 7 são portadoras de Paralisia Cerebral de acordo com a pesquisa “Paralisia Cerebral e o impacto do diagnóstico para a família”. É consensual na comunidade científica que essa doença impõe desafios significativos no tratamento e desenvolvimento físico e cognitivo das crianças afetadas. O tratamento fisioterápico é essencial para estimular o progresso e a independência dessas crianças e uma das formas mais eficazes de estímulo é por meio do brincar.

Entretanto, a falta de brinquedos adaptados para suas necessidades específicas dificulta o engajamento dessas crianças nesse tipo de atividade. Pensando nisso, o Professor Juan de Aguiar, Coordenador do NUFPERPI, e sua equipe estão trabalhando no desenvolvimento de um acionador remoto que permitirá que os brinquedos comuns sejam facilmente adaptados e acessíveis a essas crianças.

O docente afirma que o aparelho vai possibilitar que qualquer brinquedo seja adaptado para atender as particularidades de cada criança. Com o auxílio desse dispositivo, as crianças poderão acionar os brinquedos e desfrutar da interação, estímulo e diversão que o brincar proporciona. Segundo ele, essa iniciativa vai trazer melhorias significativas em sua qualidade de vida, saúde e bem-estar emocional.

“O mais interessante de tudo é que já existem muitas associações de portadores de deficientes buscando a gente para a aquisição desses acionadores quando eles estiverem prontos, pois a maioria dos aparelhos já existentes custam uma fortuna e resulta que o acesso  se limita a pessoas de alto poder aquisitivo. Atualmente, os Centros de Reabilitação do Estado não possuem esses acionadores, então, diante dessa realidade, a UESPI tem como principal propósito promover a disponibilidade desses dispositivos nos centros públicos, beneficiando diretamente crianças e pessoas de baixa renda”.

O coordenador do NUFPERI, Juan de Aguiar atua como pesquisador/executor da proposta junto com o Prof. Antonio Luiz Maia (co-orientador) e do bolsista Guilherme Henrique, estudante do curso de Engenharia Elétrica.

Conquista na pesquisa e inclusão social

O projeto foi um dos primeiros colocados no Edital específico da FAPEPI, sendo reconhecido como uma contribuição relevante na região Norte e Nordeste do Brasil. A ideia de doar os acionadores para essas associações reforça o caráter social do projeto, tornando-o um importante aliado na promoção da inclusão e igualdade de oportunidades, como explica a professora de Fisioterapia e Coordenadora do projeto, Olívia Mafra.

“Com o recurso desse edital que foi aprovado pela FAPEPI, nós vamos conseguir confeccionar, através da pesquisa, esse dispositivo que será entregue as crianças com paralisia cerebral na SOADF – Sociedade de Apoio ao Deficiente Físico, então, isso significa que com esse projeto nós vamos unir a ciência e a extensão em benefício para a comunidade”.

A instituição de pesquisa piauiense vai investir no projeto cerca de R$ 30 mil, valor que permitirá que a proposta alcance seu objetivo de proporcionar os materiais a pessoas de baixa renda, além da doação para associações públicas.

Professora Olívia Mafra

A Sociedade de Apoio ao Deficiente Físico (SOADF), uma instituição filantrópica, é responsável por atender uma média de 30 crianças, podendo variar essa quantidade, que possuem diversos tipos de comprometimento neurológico em diferentes graus. Essa população é constituída por pessoas carentes, que não pagam nada pelo atendimento e nem necessitam de guia do SUS.

O atendimento oferecido pela UESPI ocorre três dias na semana, especificamente às segundas, quartas e sextas-feiras. Já em outros dias da semana, outras instituições prestam atendimento com diferentes especialidades. Essa parceria entre a UESPI e a SOADF é essencial para garantir um cuidado abrangente e especializado às crianças que precisam, proporcionando-lhes uma oportunidade única de desenvolvimento e qualidade de vida.

A professora Ana Flávia Machado de Carvalho, representante da associação comenta que muitas vezes as crianças entendem e querem brincar, mas não conseguem devido às lesões. “A instituição ficará beneficiada e grata, uma vez que é uma entidade com muitas carências, e recursos desse tipo não são acessíveis à nossa comunidade. A SOADF ficará muito satisfeita com essa parceria”, afirma.

 

Comitê de Ética em Pesquisa: manutenção na Plataforma Brasil

O Departamento de informática do SUS – DATASUS informou que realizará uma manutenção programada, o que ocasionará a indisponibilidade da Plataforma Brasil.

Data da Manutenção: 28/07/2023
Horário: 20h
Duração: 48h
Previsão de retorno: 20h do dia 30/07/2023

 

Segundo o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), isso inviabiliza o cadastro de projetos de pesquisa envolvendo seres humanos.

Comitê de Ética em Pesquisa: manutenção na Plataforma Brasil

O Departamento de informática do SUS – DATASUS informou que realizará uma manutenção programada, o que ocasionará a indisponibilidade da Plataforma Brasil.

Data da Manutenção: 28/07/2023
Horário: 20h
Duração: 48h
Previsão de retorno: 20h do dia 30/07/2023

 

Segundo o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), isso inviabiliza o cadastro de projetos de pesquisa envolvendo seres humanos.

Curso de Pedagogia da UESPI tem representantes no III Seminário Internacional de Políticas de Avaliação Educacional e Accountability

Por Anny Santos

As professoras Dra. Raimunda Maria Ribeiro, Dra. Mirian Folha, Ma. Priscila Ferraz e o aluno Gabriel Alves, todos do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Dep. Jesualdo Cavalcanti, em Corrente, tiveram a oportunidade de participar e apresentar suas pesquisas no III Seminário Internacional de Políticas de Avaliação Educacional e Accountability. O evento foi realizado na Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), no mês de maio.

Os representantes da UESPI fazem parte de um grupo de pesquisa em rede, que iniciou em 2021, com duração prevista de 36 meses, tendo como título de estudo “Afirmação da Accountability na gestão da educação pública: rebatimentos no plano da democratização”, Coordenado pelo professor Dr. Elton Luiz Nardi da UNOESC, Campus Joaçaba, alinhado com o Grupo de Estudos e Pesquisas Educacionais (GREPE) da UESPI, Campus Corrente, juntamente com outras universidades de diferentes estados brasileiros, abrangendo Piauí, Goiás, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e São Paulo.

Segundo o aluno, essa rede de pesquisa tem como objetivo promover a colaboração entre os pesquisadores e impulsionar o avanço dos estudos relacionados à educação. “Tive a honra de participar da rede de pesquisa que abarca às cinco regiões do Brasil, pois fui bolsista remunerado e como fruto da minha Iniciação Científica, apresentei meu Trabalho de Conclusão de Curso ‘Gestão da Educação Pública: Políticas de Regulação por Resultados e o Forjamento da Afirmação da Accountability’ com Nota Máxima”.

Durante o seminário, tanto o acadêmico quanto a professora Dra. Raimunda Maria Ribeiro tiveram a oportunidade de apresentar oralmente suas pesquisas. O evento contou com a participação de pesquisadores de diversos países da América Latina, incluindo Brasil, Chile, Colômbia, Espanha e México. A presença de especialistas internacionais enriqueceu as discussões e proporcionou uma troca de conhecimentos valiosa.

Além das apresentações, o seminário ofereceu uma série de palestras, mesas-redondas e debates sobre temas relacionados às políticas de avaliação educacional e prestação de contas. Os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar experiências, conhecer diferentes abordagens teóricas e discutir os desafios e perspectivas futuras nessa área.

A Pesquisa Cientifica na formação acadêmica

Gabriel Alves participou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), sendo contemplado com uma bolsa remunerada financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sua bolsa tinha vínculo com a UNOESC e teve a duração de 8 meses. De acordo com ele, essa oportunidade o permitiu se aprofundar no mundo da pesquisa.

Para ele, a pesquisa científica é como um palco de novas descobertas, dilemas, reflexões e investigações de questões que seus frutos beneficiam a sociedade. Através do interesse pelo conhecimento e com base nos métodos científicos é possível resolver problemáticas e assim, segundo ele, contribuir para sua aprendizagem acadêmica como um ser crítico, inacabado e integrado na comunidade.

Essa experiência contribui para o aprimoramento das práticas pedagógicas e para o avanço das políticas de avaliação educacional no Brasil. A UESPI, juntamente com as demais universidades parceiras, continua empenhada em promover pesquisas de qualidade e desenvolver estratégias que possam aperfeiçoar o sistema educacional brasileiro.

“O Seminário Internacional no sul do Brasil me proporcionou experiências enriquecedoras na minha formação acadêmica, ao conhecer grandes cientistas da educação brasileira, conseguinte, internalizar tudo que aprendi durante o evento. Tive o prazer de conhecer os autores bibliográficos do meu artigo científico, assim como, um amplo networking de conhecimentos”, finaliza.

FAPEPI e Pró-Reitorias da UESPI, IFPI E UFPI estudam parceria para construção de editais de pesquisa mais inclusivos

Divulgação Fapepi

Pró-Reitores de Ensino de Pós-Graduação da UFPI, UESPI e IFPI estiveram na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí na manhã desta quarta-feira (05), para tratar com o presidente da FAPEPI, João Xavier, sobre uma possível parceria entre as respectivas instituições no âmbito de construir editais que contemplem as mais diversificadas áreas de estudo e pesquisa.

A expectativa é que a parceria com as Pró-Reitorias de Ensino de Pós-graduação promova a participação de todas as áreas de pesquisa aplicada em editais da FAPEPI.

Para a Pró-Reitora de Ensino de Pós-Graduação da Universidade Federal do Piauí, Regilda Saraiva, a colaboração entre a instituições é fundamental para o desenvolvimento científico no estado: “conversamos com o professor Xavier sobre como nós enquanto Programa de Pós-Graduação, que desenvolvemos pesquisa, podemos contribuir com a FAPEPI e no desenvolvimento do estado por meio de editais com temas estratégicos”, destacou.

A expectativa é que seja formada uma comissão para desenvolver propostas conjuntas para submeter à FAPEPI, auxiliar pesquisas inovadoras e contribuir para a qualificação de pessoal e de profissionais em áreas que possam gerar retorno como também colaborar na construção de editais mais inclusivos que promovam o desenvolvimento econômico, social, estratégico e tecnológico do estado.

A parceria promissora entre FAPEPI, UFPI, IFPI e UESPI tem potencial para promover impactos positivos, como ampliar a popularização dentro das universidades e no meio acadêmico acerca do trabalho da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí , enquanto instituição de fomento à ciência e pesquisa e que a partir de um trabalho conjunto com as Pró-Reitorias de Ensino de Pós-graduação passe a contemplar todas as áreas de pesquisa aplicada.

Alunos do Curso de Geografia constroem Painel Climatológico de Teresina

Por João Fernandes

Um grupo de estudantes do Curso de Geografia, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) campus Poeta Torquato Neto, realizaram um projeto para aprofundar os conhecimentos sobre o clima de Teresina. A iniciativa surgiu a partir da construção de um Painel Climatológico, que reuniu dados coletados durante 90 dias sobre elementos atmosféricos com o objetivo de compreender a dinâmica climática da cidade. 

O trabalho foi realizado a partir da disciplina de Climatologia e utilizando a metodologia de natureza quali/quantitativa, combinando a coleta de dados diária de temperatura, umidade do ar, fotografias e níveis pluviométricos combinados com a leitura do céu baseada na nebulosidade.

A construção do Painel foi baseada em dados coletados entre os anos de 2018, 2019 e 2022, contemplando as estações do outono, inverno, primavera e verão. Ao todo, foram reunidos dados de seis períodos distintos, proporcionando uma observação uma visão abrangente das variações climáticas ao longo do tempo.

Após a coleta de dados, os estudantes processaram as informações e elaboraram gráficos e tabelas que compõem o painel climatológico. A organização cronológica dos dados possibilitou uma análise comparativa das variações climáticas ocorridas nos anos estudados.

 

Pinel climatológico do ano de 2022

Painel Climatológico 2022, dados dos autores

Diante dessas observações, a professora Maria Suzete Sousa, orientadora do grupo, destacou as perspectivas futuras para o clima de Teresina, afirmando que é importante ressaltar que as projeções climáticas são complexas e envolvem uma série de fatores interconectados. 

“Com base nos dados coletados e nas análises realizadas, podemos inferir que a região de Teresina pode enfrentar um aumento na temperatura média ao longo dos próximos anos. Além disso, é possível que ocorram variações na distribuição de chuvas, com períodos de maior intensidade e outros de menor precipitação a depender das interferências que a cidade possa sofrer”, destaca a professora.

A professora explica ainda que uma análise do clima de Teresina é de suma importância devido a suas condições climáticas diferentes e interferências continentais que a difere de outras capitais do Nordeste. Ela explica que esses eventos atmosféricos, embora imperceptíveis, podem influenciar, por exemplo, na sensação térmica e umidade relativa do ar. 

“Teresina reflete uma condição de continentalidade, as massas de ar estão relacionadas à posição geográfica da cidade, que fica afastada, por exemplo, da influência marítima. Embora os ventos alísios vindos do oceano trazem chuvas, eles também podem determinar o clima de Teresina, influenciando na temperatura e na umidade do ar”, comenta a professora.

A docente destaca ainda a relevância do estudo para a compreensão dos impactos das mudanças climáticas na região. “Compreender as perspectivas futuras do clima é fundamental para que possamos nos preparar e adotar medidas que minimizem os impactos das mudanças climáticas em nossa cidade. É necessário, investir em tecnologias limpas e no monitoramento do clima, para que haja o entendimento das mudanças climáticas locais e suas implicações”, afirmou a professora.

Painel climatológico do ano de 2019

Para João Carlos dos Santos, discente do 8° período, a realização de práticas do curso de Geografia é de grande relevância, tendo em vista que a sistematização dos dados coletados podem ajudar a compreender a dinâmica climática de um determinado lugar, levando em consideração, o levantamento dados necessário para a construção de painéis climatológicos. Para ele, a prática possibilita ainda aproximar os alunos ao ambiente em que estão inseridos.

“Durante o processo de participação na atividade prática, foi possível observar a dinâmica dos elementos e fatores climáticos na área de estudo, sendo possível identificar fatores que estariam influenciando a dinâmica climática da capital, tais como a continentalidade e eventuais efeitos marítimos. Ao longo desse período, discutimos e observamos na prática conceitos relacionados ao tempo e ao clima da nossa cidade”, comenta o aluno.

UESPI participa de evento sobre prevenção de desastres naturais e práticas relacionadas à proteção e defesa civil

Por Clara Monte

Nesta quinta-feira (06), a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), representada pelo Vice-Reitor da Instituição, Dr. Jesus Abreu, se fez presente no I Seminário de Proteção e Defesa Civil do Piauí, no auditório da APPM, no Centro Administrativo, em Teresina.

I Seminário de Proteção e Defesa Civil do Piauí

O encontro foi organizado pela Secretaria de Estado da Defesa Civil (SEDUC) com o apoio da Associação Piauiense de Municípios (APPM). O intuito da oportunidade foi promover a conscientização sobre prevenção de desastres naturais e discutir políticas e práticas relacionadas à proteção e defesa civil.

Kit informativo do I Seminário de Proteção e Defesa Civil do Piauí

De acordo com o Vice-Reitor da UESPI, Dr. Jesus Abreu, o seminário promoveu uma integração entre todos os municípios do Estado, através da Defesa Civil, para a prevenção de acidentes climáticos, especialmente, a estiagem e excessos de chuvas.

“A academia, no caso, a UESPI, pode contribuir para essa prevenção por meio de pesquisas de monitoramento, de trabalho e atividades de extensão, para que, juntamente em parceria com o Estado e os municípios, evitar esses desastres”, pontuou Dr. Jesus Abreu.

Vice-reitor da UESPI, Jesus Abreu

O evento contou com uma série de atividades como palestras, mesas-redondas e oficinas, onde foram discutidos temas relacionados a gerenciamento de riscos, monitoramento, alerta precoce, resposta à emergência, além de outras pautas. O público-alvo do seminário foram gestores municipais e representantes das defesas civis de municípios de todo o Piauí.

Material informativo entregue no evento

Segundo o Professor da universidade e Diretor de Prevenção e Mitigação de Proteção e Defesa Civil no Piauí, Werton Costa, o seminário contribui na integração entre todas as coordenações, secretarias e instituições de ensino do Estado.

“Nós temos que considerar que a Defesa Civil é um sistema onde se encontra as instâncias federal, estadual e municipal dialogando sobre propósitos, na qual essas três esferas estão direcionando seu olhar exclusivamente para a comunidade. Podemos perceber, também, a academia desempenhando um papel muito importante na imersão do conhecimento, sendo parceira estratégica de qualquer política de gestão de riscos e desastres, através de pesquisas que contribuem para diretrizes assertivas que sirvam de políticas públicas para auxiliar a sociedade”.

Professor da UESPI e Diretor de Prevenção e Mitigação de Proteção e Defesa Civil no Piauí, Werton Costa