Comentários desativados em Confira como foi a abertura da I Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPIextensão, pesquisa, pós-graduação
Por Roger Cunha
A Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) está em pleno andamento com atividades programadas até o dia 31 de outubro. O evento, que reúne pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas áreas, visa promover a troca de conhecimentos e experiências, fortalecendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão. Na abertura, autoridades da universidade e de instituições parceiras marcaram presença, destacando a importância da pesquisa e da inovação no desenvolvimento do estado.
A Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI
O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, fez uma explanação sobre os avanços da universidade, ressaltando os 66 milhões de reais investidos em infraestrutura. “A nossa UESP é a nossa maior paixão. Estamos integrados nesse conjunto de profissionais de excelência, e precisamos reconhecer os desafios que temos, mas também enxergar a evolução que estamos passando. Com investimentos de 66 milhões em infraestrutura, estamos melhorando nossa capacidade física e tecnológica. Vamos continuar transformando o ensino superior no Piauí”.
O Vice-Reitor, Prof. Dr. Jesus de Abreu, também se manifestou, celebrando a realização do 23º Congresso de Pesquisa e a importância da expansão do conhecimento. “Estamos celebrando um marco importante: o 23º Congresso de Pesquisa, o 13º de Iniciação Científica e o 1º Seminário de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação. Este congresso é uma oportunidade de expandir nossas mentes e ideias. Que todos aproveitem ao máximo”.
O evento, que reúne pesquisadores, estudantes e profissionais da área.
A Pró-reitora de Extensão, Prof. Pós-Dr. Ivoneide Alencar, falou sobre a crescente relevância da extensão na UESPI, antes considerada o “patinho feio” do tripé universitário. “A extensão agora leva o conhecimento da universidade para a sociedade, cumprindo nosso papel social”, destacou, ressaltando que o objetivo é tornar a universidade acessível e acolhedora.
O Diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), Prof. Me Thales Antão, reforçou a importância da UESPI no ecossistema de inovação do Piauí. “Nosso papel é integrar a academia ao mercado, propondo soluções inteligentes para os desafios da sociedade”, afirmou, ressaltando a necessidade da pesquisa aplicada.
Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI
A Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFPI, Profa. Dra. Regilda Saraiva, falou sobre a vitalidade da integração entre pós-graduação, pesquisa e extensão, ressaltando que isso permite aplicar o conhecimento gerado na universidade à sociedade. “Isso é fundamental para cumprirmos nossa missão”, disse.
João Xavier, presidente da FAPEPI, destacou a importância do evento ao cumprimentar as autoridades presentes e mencionar a assinatura de um acordo de cooperação entre a FAPEPI e a UESPI. “Hoje estamos firmando um importante acordo de cooperação, que incluirá a distribuição de bolsas e ações que visam fortalecer a pesquisa na UESPI. Este é um passo significativo para avançarmos em nossas parcerias.”
Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI
Antônio Vinicius, superintendente da FADEX, destacou o caráter inovador do evento, que representa um marco para a pesquisa e a interação entre as instituições. “A interação entre as instituições é crucial para criarmos um ecossistema robusto que atenda às demandas da sociedade”, concluiu.
Breno Nascimento, como aluno da UESPI, expressou sua empolgação e entusiasmo por participar pela primeira vez da Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação. O discente vê essa oportunidade como um momento valioso para trocar ideias e experiências com outros estudantes e pesquisadores. Ele está ansioso para aprender com os outros participantes e contribuir para um ambiente colaborativo, reforçando a ideia de que todos podem se beneficiar mutuamente durante a semana.
Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI
Antônio José, aluno da UFPI, expressou sua empolgação em participar dessa I Semana de Pesquisa da UESPI, destacando que esse evento é uma chance valiosa para conhecer novos projetos e trocar ideias com estudantes de outras instituições. Ele enfatizou que a variedade de pesquisas que serão apresentadas não apenas enriquece seu aprendizado, mas também o inspira a encontrar soluções criativas para problemas que enfrentam.
Rosângela Bezerra, aluna do IFPI, contou sua satisfação em participar da Semana de Pesquisa, destacando que a interação entre alunos e pesquisadores de várias áreas é crucial para seu desenvolvimento acadêmico. Ela está empolgada para participar das discussões e mesas-redondas, onde espera explorar novas ideias e fazer conexões com profissionais relevantes. Para ela, esses momentos de troca de conhecimento são vitais para ampliar suas perspectivas e contribuir para um futuro mais colaborativo, onde as parcerias e colaborações entre instituições e indivíduos se tornam mais fortes. Em resumo, ela valoriza a importância da interação e da troca de experiências na formação acadêmica e profissional.
Assinatura do acordo de cooperação entre a FAPEPI e a UESPI
Durante a cerimônia de abertura, foi assinada a formalização de um acordo de cooperação entre a FAPEPI e a UESPI, com um aporte de R$ 1.038.000,00, que se soma a outros R$ 2.800.000,00 já existentes em ações conjuntas. Este acordo é um indicativo do compromisso de ambas as instituições em fomentar a pesquisa e a extensão, proporcionando mais oportunidades para alunos e docentes, e reforçando a relevância da UESPI na educação e na pesquisa no estado do Piauí. O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, enfatizou que a assinatura do acordo de cooperação com a FAPEPI é um momento importante para a UESPI e para a FAPEPI, marcando um avanço significativo nas relações entre as duas instituições e que, por meio dessa parceria, estão construindo um futuro mais inovador e com potencial para transformar o estado, indicando uma visão de progresso e colaboração mútua.
Durante a cerimônia de abertura, foi assinada a formalização de um acordo de cooperação entre a FAPEPI e a UESPI,
João Xavier, presidente da FAPEPI, expressou a satisfação em formalizar um acordo de cooperação com a UESPI, destacando que o novo aporte se soma a um investimento anterior e que esse acordo é um sinal claro do compromisso da FAPEPI em promover a pesquisa no Piauí. A colaboração entre a FAPEPI e a UESPI é vista como essencial para criar um ambiente que estimule a inovação e capacite os estudantes, preparando-os para enfrentar os desafios futuros.
Após o evento de abertura, houve a palestra magna: “Oportunidades e Desafios para a Pesquisa e Extensão Universitária: Como Captar Recursos no Brasil e no Exterior” proferida pelo Prof. Dr. Anderson Gomes, especialista do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCT&I), que abordou estratégias valiosas para a captação de recursos, tanto a nível nacional quanto internacional. O Prof. Gomes destacou a importância de encontrar financiamento adequado para garantir a continuidade e expansão de projetos acadêmicos e de extensão. A interação com os participantes proporcionou uma troca enriquecedora de ideias, contribuindo para o fortalecimento das iniciativas de pesquisa na UESPI e em outras instituições presentes.
Comentários desativados em Projeto INFPAC divulga relatório sobre saúde pública em Parnaíbadoenças, parnaíba, pesquisa
Por Raíza Leão
O projeto de extensão “INFPAC – Informação para a Ação como Estratégia de Enfrentamento às Doenças e Agravos de Notificação Compulsória no Município de Parnaíba”, desenvolvido pelo grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Piauí, Campus de Parnaíba, recentemente, divulgou um relatório com os principais dados situacionais referentes as doenças e agravos de notificação compulsória no município para o ano de 2023 e isso pode contribuir significativamente para o conhecimento técnico e científico e ajudar nas políticas públicas voltadas para a saúde.
O projeto foi idealizado pela professora Dra. Thatiana Maranhão em colaboração com o corpo estudantil da UESPI campus Alexandre Alves de Oliveira, os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde e os colaboradores da Vigilância Epidemiológica e das Unidades Básicas de Saúde de Parnaíba-PI.
Relatório com os principais dados situacionais de doenças e agravos de notificação compulsória em Parnaíba-ano 2023
De acordo com os dados apresentados pela pesquisa, as taxas de incidência para cada doença e agravo foram calculadas com base em estatísticas oficiais e censitárias da população geral, que é de 162.159 habitantes, e de nascidos vivos, que totalizam 1.783, conforme dados do Censo de 2022 do IBGE e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) de 2023.
Confira as principais doenças e agravos fornecidas pela pesquisa:
Diarreia
Covid-19
Dengue
Violência Interpessoal/Autoprovocada
Chikungunya
Atendimento Antirrábico
Acidente por Animais Peçonhentos
Sífilis Não Especificada
Tuberculose
Sífilis Congênita
Sífilis em Gestante
Hanseníase
Meningite – Outras Meningites
Hepatite Virais
Zika
Criança Exposta a Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
Varicela
Leishmaniose Visceral
Gestante com HIV
Toxoplasmose
Toxoplasmose Congênita
Meningite – Doenças Meningocócicas
Leptospirose
Malária
Coqueluche
Síndrome da Rubéola Congênita
Doença de Chagas Aguda
Tétano Acidental
Nágila Ribeiro, bolsista do PIBEU e aluna que faz parte da pesquisa, destacou a importância da universidade na divulgação desses dados para a comunidade acadêmica e para o público em geral. “Para a comunidade acadêmica, os relatórios fornecem uma fonte de dados confiáveis para pesquisas e produções científicas. Para o público em geral, o INFPAC desempenha um papel fundamental ao apresentar esses dados de forma clara e acessível, garantindo que a população esteja ciente das condições de saúde em sua comunidade. Por meio dos relatórios, boletins, posts, reels e stories educativos no Instagram, a comunidade acompanha a realidade da saúde no município,” afirma.
A estudante ainda enfatizou que os dados e análises gerados pelo projeto são fundamentais para futuras pesquisas na área de saúde pública, pois fornecem uma base sólida que pode identificar lacunas no conhecimento atual, sugerir novas áreas de investigação e oferecer evidências que apoiem projetos de intervenção e prevenção. Além disso, os resultados do relatório contribuem diretamente para o desenvolvimento de programas de saúde mais eficazes e direcionados às necessidades da população, tornando as iniciativas na área da saúde mais eficientes e bem-sucedidas.
O INFPAC também realiza ações de educação em saúde, visando minimizar e controlar as doenças e agravos de maior relevância epidemiológica. Essas ações não apenas promovem a conscientização, mas também empoderam a comunidade parnaibana a tomar decisões informadas sobre sua saúde.
A pesquisa contou com a participação ativa de professores e estudantes na coleta, análise e interpretação dos dados, garantindo que o relatório fosse desenvolvido com rigor acadêmico e utilizando metodologias apropriadas para fornecer informações precisas e relevantes sobre a situação de saúde no município.
Informação para a Ação como Estratégia de Enfrentamento às Doenças e Agravos de Notificação Compulsória no Município de Parnaíba
Comentários desativados em Curso de Extensão: “Empreender e Inovar com Impacto” é lançado pela UESPI e IFPIAdministração, curso, pesquisa
Por Roger Cunha
O Núcleo de Estudos e Pesquisa em Inovação e Sustentabilidade (NEPIS) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) anuncia o lançamento do curso de extensão “Empreender e Inovar com Impacto” em parceria com o Instituto Federal do Piauí (IFPI).
Esta iniciativa oferece uma oportunidade valiosa para quem deseja desenvolver negócios, produtos ou serviços que vão além do lucro, promovendo impactos positivos e concretos para a sociedade e o meio ambiente.
Curso de extensão “Empreender e Inovar com Impacto”, em parceria com o Instituto Federal do Piauí (IFPI).
Com foco em unir inovação e responsabilidade socioambiental, o curso visa capacitar empreendedores a desenvolver soluções que façam a diferença no mundo, incentivando a criação de iniciativas sustentáveis e de impacto positivo.
O curso é gratuito e terá uma carga horária de 60 horas/aula, oferecendo uma combinação de aulas gravadas na Plataforma Moodle e encontros online na Plataforma Meet. As sessões, ao vivo, ocorrerão semanalmente às terças-feiras, das 19h00 às 21h00, com início no dia 12 de agosto.
O professor Doutor Helano Pinheiro explicou que o curso “Empreender e Inovar com Impacto” nasceu de uma parceria entre a USPI e o Instituto Federal do Piauí (IFPI). Ele e seus colegas, que são professores e pesquisadores na área de administração, decidiram criar este curso para atender à demanda por iniciativas que combinem inovação, empreendedorismo e sustentabilidade. Ele destacou que, ao longo das duas edições anteriores, o curso teve sucesso ao gerar empresas com impacto positivo. Agora, na terceira edição, o objetivo é continuar essa missão, oferecendo a oportunidade para qualquer pessoa interessada em desenvolver um negócio com um forte componente social e ambiental.
“Empreender e Inovar com Impacto” tem um número limitado de vagas (30 participantes)
O professor Helano Pinheiro enfatizou que embora a terceira edição do curso “Empreender e Inovar com Impacto” tenha um número limitado de vagas (30 participantes) devido à natureza interativa e ao acompanhamento personalizado, há planos para expandi-lo no futuro. A intenção é oferecer o curso para todo o Estado do Piauí em edições futuras, permitindo que mais pessoas tenham acesso ao treinamento, mesmo que seja online. A expansão visa ampliar o impacto do curso, mantendo a qualidade da interação e do suporte oferecido aos participantes.
Para se inscrever no curso “Empreender e Inovar com Impacto”, os interessados devem acessar o canal do YouTube do NEPIS ou preencher o formulário disponívelneste link. O formulário também pode ser encontrado no link da bio do Instagram do NEPIS@nepis_uespi.
As inscrições estão abertas até o dia 5 de agosto e podem ser feitas individualmente ou em grupos de até três pessoas. Para as inscrições em grupo, é necessário indicar os nomes dos participantes no momento da inscrição. Após a inscrição, os participantes passarão por um processo de avaliação e receberão um e-mail com o aceite e o convite para a Plataforma Moodle. O curso oferece uma abordagem dinâmica com material online e encontros semanais ao longo de três meses, com o objetivo de ajudar os participantes a desenvolver ou planejar seus próprios negócios com impacto positivo.
O curso é direcionado a pessoas com interesse em empreender com propósito socioambiental. As vagas são limitadas, por isso, é importante caprichar na justificativa de participação para garantir sua vaga.
Comentários desativados em Internacionalização: Professores da UESPI apresentam pesquisas em eventos internacionaismundo, pesquisa
Por Clara Monte
O Professor Dr. Rubens Lacerda Loiola, do Curso de Letras de Floriano, está na França para participar do IV Colóquio Internacional VariaR – Variação em Línguas Românicas. O evento começou na quarta-feira (12) na Universidade Paul-Valery (UPVM), em Montpellier, e se estendeu até sexta-feira (14).
O colóquio, realizado anualmente, é parte do projeto VariaR – Variação nas Línguas Românicas, iniciado em 2019. O projeto foca em atividades de pesquisa e ensino relacionadas à língua portuguesa e outras línguas românicas.
Durante o evento, o professor Rubens Lacerda Loiola apresentou a comunicação intitulada “Variação de aspecto terminativo no português brasileiro dos séculos XIX e XX”. Ele destaca que participar deste colóquio é uma oportunidade para divulgar a pesquisa e o ensino realizados na UESPI, não apenas no Estado do Piauí, mas globalmente. O professor também ressaltou a importância do apoio institucional da UESPI, que forneceu ajuda de custos para seu deslocamento.
Professor Dr. Rubens Lacerda Loiola apresentando o trabalho
“Minha área envolve o Sociofuncionalismo em Linguística e os Modelos Baseados no Uso, abordando diversas questões sobre o funcionamento da língua. Minha participação em eventos internacionais como este é de grande importância para a comunidade acadêmica, pois proporciona uma plataforma para compartilhar experiências e ampliar o conhecimento. Além disso, eventos como o IV Colóquio Internacional VariaR incentivam o contínuo apoio e a promoção do intercâmbio acadêmico pela UESPI, beneficiando tanto os docentes quanto os alunos”, afirma o professor.
Professor Dr. Rubens Lacerda Loiola
Paralelamente, a professora de Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa, Lara Ferreira Silva Dias, do Campus Profº Alexandre Alves de Oliveira (Parnaíba-PI) da UESPI, está representando a instituição na 10ª Conferência Internacional Online Novas Dimensões da Filologia – Línguas, Literatura, Linguística, Cultura. A conferência é organizada pela Universidade de Plock, na Polônia, entre os dias 10 e 16 de junho.
O evento tem como objetivo reunir pesquisadores e acadêmicos de diversas partes do mundo para compartilhar as pesquisas, fomentar a troca de conhecimento e promover o diálogo interdisciplinar sobre temas relevantes nas áreas de Línguas, Literatura, Linguística e Cultura.
A professora Lara Ferreira Silva Dias participa desta conferência pela quarta vez, sendo três participações online e uma presencial na Universidade de Buenos Aires (UBA). Segundo ela, sua participação se dá através do envio de um artigo intitulado “Astrological Underpinnings in Shakespeare’s ‘The Tempest’: A Comparative Study with John Dee’s Influence”, que foi aprovado e está sendo apresentado na conferência.
“Há uma sensação de orgulho e realização por ter a oportunidade de compartilhar meu trabalho com uma audiência global. Ao mesmo tempo, há um certo nervosismo e ansiedade, pois o ato de comunicar nossas ideias de forma clara e eficaz para um público que pode ter diferentes culturas, perspectivas e níveis de compreensão pode ser intensa. Esta participação não só enriquece minha experiência profissional, mas também traz prestígio para a comunidade acadêmica da UESPI, promovendo intercâmbios culturais e acadêmicos”, ressalta a professora.
Além disso, o Vice-reitor da UESPI, Prof. Doutor Jesus Abreu, foi convidado para apresentar seu trabalho de doutorado em diversos países. A pesquisa já foi apresentada nos EUA, e ele está sendo convidado para apresentá-la também em Londres, Paris, Praga, Pequim, Tóquio e, mais recentemente, no The 3rd Global Congress on Cardiology, em Kyoto.
Convite de participação
É a comunidade acadêmica da UESPI levando as pesquisas para o mundo!
Comentários desativados em Editora UESPI lança livros inovadores em jornalismo, saúde materna e comunicaçãoeditora, livros, novidades, pesquisa
Por Roger Cunha
A Editora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) continua a expandir seu catálogo com lançamentos que refletem o compromisso da instituição com a disseminação do conhecimento e o incentivo ao debate acadêmico e social. Entre as mais recentes publicações, destacam-se obras que abordam temas contemporâneos e relevantes”e que são oferta dos ao público em geral de forma gratuíta.
Os novos títulos lançados incluem “Jornalismo e Inteligência Artificial”, que explora a intersecção entre tecnologia e comunicação; os “Anais do I Congresso do Parto e Nascimento do Delta do Parnaíba – I COPN”, uma compilação de estudos e discussões sobre práticas e políticas de saúde relacionadas ao parto e nascimento; e os “Anais da 6ª Semana de Comunicação da UESPI de Picos”, que trazem debates aprofundados sobre a democracia e a desordem informacional, especialmente no contexto da regulamentação dos meios de comunicação.
Livro: Jornalismo e Inteligência Artificial
O Prof. Orlando Berti, autor de “Jornalismo e Inteligência Artificial”, destaca que este é o primeiro livro no Brasil a abordar a prática da inteligência artificial no jornalismo. Ele explica que embora a inteligência artificial não seja um tema novo, ela é generativa, que aprende com as interações e é uma novidade que está revolucionando o campo. Como professor e diretor do Laboratório de Inteligência Artificial e Jornalismo da UESPI, o autor sublinha a importância da universidade em oferecer respostas às questões contemporâneas. “O livro trata sobre o que é o jornalismo hoje, em 2024, e como a inteligência artificial, especialmente a generativa, está impactando o campo. Apresentamos exemplos práticos, discutimos as ferramentas disponíveis e debatemos as perspectivas positivas e os desafios desse processo”, explica Orlando Berti. Ele enfatiza que o livro é acessível não só para profissionais de jornalismo e comunicação, mas para a sociedade em geral, convidando todos a participar deste debate essencial.
Livro: Anais do I Congresso do Parto e Nascimento do Delta do Parnaíba – I COPN
Aline Miranda, uma das organizadoras e autora dos “Anais do I Congresso do Parto e Nascimento do Delta do Parnaíba – I COPN”, compartilha que a ideia de criar o livro surgiu durante o planejamento do evento, visando consolidar os conhecimentos e investigações dos acadêmicos e profissionais sobre parto e nascimento. A discente explica que compilar e editar os trabalhos apresentados foi um processo desafiador, mas gratificante, por reconhecer o potencial e os talentos da região. “Os anais do evento foram a forma encontrada para tornar palpável as iniciativas regionais na pesquisa em saúde materno-infantil. Todos os trabalhos apresentados foram incluídos nos anais, desde que fossem relevantes, bem escritos e com metodologia adequada aos objetivos propostos”, afirma Aline Miranda.
Livro: Anais da 6ª Semana de Comunicação da UESPI de Picos
Ruthy Costa, uma das autoras pelos “Anais da 6ª Semana de Comunicação da UESPI de Picos: Democracia e Desordem Informacional”, explica que a principal motivação para criar este livro foi documentar e compartilhar os debates enriquecedores do evento. A escolha do tema “Democracia e Desordem Informacional” foi influenciada pelos desafios contemporâneos enfrentados na comunicação, especialmente com a pandemia de Covid-19 e as eleições de 2022 no Brasil. “A desinformação massiva expôs a fragilidade da democracia. Debater a regulação dos meios de comunicação tornou-se essencial para proteger a democracia e garantir informação ética e precisa. Os critérios para seleção dos trabalhos incluíram relevância, originalidade, qualidade das pesquisas e capacidade de fomentar reflexões críticas e propostas inovadoras”, explica Ruthy Costa.
Os novos lançamentos da Editora UESPI ampliam o alcance acadêmico da universidade e também contribuem significativamente para as discussões em áreas cruciais para a sociedade contemporânea. Estas publicações são um recurso valioso para pesquisadores, profissionais e o público em geral, promovendo uma compreensão mais profunda e informada dos temas abordados.
Comentários desativados em Pesquisa do curso de Zootecnia busca alternativas sustentáveis na alimentação de galinhas caipirasgalinha-preta, pesquisa, zootecnia
Por Clara Monte
Vanessa Almeida de Sousa, do curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Piauí, desenvolve pesquisa explorando o potencial da inclusão do Farelo de Fevereira na alimentação de pintos da raça de galinhas caipira Canela-Preta. Esta iniciativa, é realizada em parceria com a orientadora Dinnara Layza e os professores co-orientadores Herbert Ramos e Thamires Ferreira.
Experimentos práticos
De acordo com a orientadora, Profa. Dinnara Layza, a pesquisa tem como objetivo principal avaliar o desempenho produtivo das aves e encontrar alternativas alimentares sustentáveis e economicamente viáveis para pequenos produtores. “Esse projeto busca aproveitar a quantidade de Faveira disponível no Piauí, uma planta nativa do Cerrado brasileiro, e tem, como intuito reduzir os custos com ração comercial.”
Experimentos práticos
Para Vanessa Almeida de Sousa a pesquisa representa não apenas um marco em sua trajetória acadêmica, estando na reta final do curso, como também uma oportunidade de contribuir para a sustentabilidade e economia dos pequenos produtores de galinhas caipiras. Para ela, o estudo busca oferecer resultados que possam beneficiar as comunidades do estado, promovendo uma produção animal mais eficiente e ecologicamente consciente.
Experimentos práticos
“No entanto, este é apenas o começo de uma jornada de exploração da viabilidade alimentar, com muitos aspectos ainda a serem investigados para fornecer resultados que efetivamente impactem a produção animal no estado. Essa pesquisa promete abrir novas possibilidades na alimentação animal e também inspirar outras iniciativas que visem a sustentabilidade e a prosperidade dos pequenos produtores rurais.”
Até o momento, a pesquisa já passou por diversas etapas, incluindo análises bromatológicas da faveira e a finalização do experimento com a introdução de diferentes níveis do alimento na ração das galinhas. Agora está na fase de análise estatística para determinar os efeitos e a quantidade ideal de faveira na dieta das aves.
Comentários desativados em UESPI-TECH: Projeto de Protocolo de Avaliação Neuropsicológica em Neurocirurgias de Pacientes AcordadosNeurociência, pesquisa
Por Cássio Sousa
O Laboratório de Neurociência Cognitiva da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), sob a coordenação do Professor Doutor Eleonardo Rodrigues e do Professor Mestre João Damasceno Neto, está liderando um projeto em parceria com o Núcleo de Tratamento dos Tumores Encéfalo Medulares (NUTTEM-HSM), coordenado pelo Professor Doutor Nazareno Pearce Brito. O objetivo principal deste projeto é desenvolver um protocolo de avaliação neuropsicológica em neurocirurgias em pacientes acordados, especialmente aqueles com gliomas em áreas eloquentes cerebrais.
Estão sendo selecionados, prospectivamente, 40 pacientes pelos pesquisadores, durante o período de 2 anos. Esses pacientes serão examinados e selecionados em consultórios particulares, ambulatórios, transferências e/ou internações pelo SUS para o Hospital São Marcos, desde que estejam dentro do perfil da pesquisa: portadores de gliomas em áreas eloquentes cerebrais, com mais de 18 anos, de ambos os sexos, e que apresentem lesões localizadas no cérebro dominante. A ênfase será nas funções cognitivas superiores, como Linguagem, Memória, Atenção, Exame das Funções Executivas, Praxia e Visuoconstrução, além do Comportamento Motor.
O Laboratório de Neurociência Cognitiva (LaboNC-UESPI), composto por 3 docentes e 9 discentes do curso de Psicologia, possui um protocolo que se diferencia dos métodos tradicionais, promovendo um atendimento humanizado, focado no bem-estar emocional do paciente, além do cuidado técnico especializado. A equipe de neuropsicólogos da UESPI oferece uma escuta qualificada durante todo o processo, desde o pré até o pós-operatório, proporcionando um acompanhamento mais abrangente e detalhado.
Professor Doutor Nazareno Pearce Brito e Professor Doutor Eleonardo Rodrigues (Imagens/acervo pessoal).
Professor Mestre João Damasceno Neto (Imagens/acervo pessoal).
Segundo um dos autores do projeto, Professor Doutor Eleonardo Rodrigues, o protocolo desenvolvido pelo LaboNC visa identificar as funções psicológicas comprometidas pelo tumor e direcionar os testes neuropsicológicos de forma específica para essas áreas afetadas. Além disso, o protocolo será comparado com os resultados de instrumentos já estabelecidos, garantindo sua precisão e objetividade.
“O protocolo a ser desenvolvido será dirigido diretamente às áreas acometidas ou possivelmente acometidas pelo tumor, de modo a relacionar as funções psicológicas superiores àquelas regiões (córtex, núcleos e fibras brancas). O protocolo, portanto, pretende estar estruturado por fatores do tipo função psicológica/região encefálica, considerando, obviamente, que as funções ocorrem em redes neuronais”, relatou.
Imagem/Créditos: Neurocirurgia em pacientes acordados com avaliação neuropsicológica (NUTTEM-HSM e LaboNC).
O Professor ainda enfatiza que os potenciais benefícios para os pacientes submetidos a neurocirurgia utilizando este novo protocolo são significativos. A inclusão da avaliação dos estados emocionais permite uma redução nos níveis de estresse pré-operatório, enquanto a abordagem multidisciplinar favorece uma ressecção cirúrgica mais precisa e segura, resultando em melhores desfechos para os pacientes.
“O objetivo principal do projeto para a Instituição é, com a implantação do Núcleo de Neuroncologia e a implantação do Grupo de neurocirurgia acordada (Awake neurosurgery), mantermos resolutividade com qualidade e, se possível, atender a todos que precisam, oferecendo um resultado de excelência ao trabalho em equipe, com elevado grau de profissionalismo e coleguismo”.
O protocolo também promete contribuir para avanços na compreensão e tratamento de distúrbios neuropsicológicos associados a procedimentos neurocirúrgicos. Ao identificar as funções preservadas e prejudicadas antes e após a cirurgia, os profissionais de saúde podem encaminhar os pacientes para tratamentos neuropsicológicos específicos, otimizando sua recuperação e qualidade de vida.
“As avaliações neuropsicológicas no período pós-operatório verificam se surgiram prejuízos em funções antes não existentes, se prejuízos pré-existentes melhoraram e o que se mantém preservado. Dessas avaliações, é possível, portanto, fazer encaminhamentos para tratamentos neuropsicológicos bastante precisos, a fim de o paciente receber as estimulações cognitivas ou de outra natureza de modo bastante adequado”, concluiu o docente.
A discente participante do LaboNC, Ana Valéria Matos, ressalta que ingressou no Laboratório quando ainda estava no 3° período do curso. Segundo ela, a vontade de ingressar no laboratório partiu diante de seu interesse em neuropsicologia.
“No início do curso, surgiu um interesse pela disciplina de Neurociências e esse interesse só aumentou após cursar a disciplina. Quanto à minha participação no projeto de pesquisa, eu achei que seria uma experiência muito rica”, relatou.
Discente participante do LaboNC, Ana Valéria Matos.
Presente desde de o inicio do projeto, a discente teve a oportunidade de acompanhar a evolução do protocolo, que, segundo ela o fortalecimento da equipe ao longo do tempo contribuiu e elevou o aprimoramento do projeto.
“Acredito que a integração da equipe se fortaleceu ao longo do tempo, o que contribuiu para um aprimoramento contínuo do protocolo. À medida que as cirurgias foram acontecendo, pudemos adaptar e refinar o protocolo com base em nossas experiências, garantindo uma abordagem cada vez mais eficaz e humanizada para os pacientes submetidos à neurocirurgia”, ressaltou.
A aluna ainda enfatiza que o projeto contribuiu muito para seu desenvolvimento profissional e acadêmico, devido à oportunidade de colocar os conhecimentos aprendidos em sala em prática.
“Participar do projeto foi uma experiência valiosa na minha trajetória acadêmica, pois o curso tende a ser muito teórico e muitas vezes só temos vivências mais práticas ao final da graduação, mas esse projeto permite ver muitos conhecimentos na parte de avaliação psicológica e neuropsicológica na prática. Além disso, é um projeto interdisciplinar, agregando saberes de diversas áreas do conhecimento”, pontuou a discente do 8° período do curso de Psicologia.
O Programa recebe suporte financeiro do edital PROP/NIT/UESPI 015/2023 (UESPI-TECH), que permitiu a compra de dois novos aparelhos para o projeto. O edital contempla 20 projetos, cada um com um orçamento individual limitado a 25 mil reais. Esses projetos são vinculados aos grupos de pesquisa cadastrados no CNPq e certificados pela PROP, garantindo uma base sólida de excelência científica.
O UESPI-TECH tem como principal objetivo impulsionar o empreendedorismo e a inovação em diversas áreas do conhecimento. Além de fomentar a pesquisa na Universidade Estadual do Piauí, a iniciativa visa contribuir significativamente para o desenvolvimento do estado.
Comentários desativados em Dia Mundial da Arte: Da Academia ao Palcociência, pesquisa, teatro
Por: Danilo Kelvin
“A transformação de uma pesquisa acadêmica em uma peça de teatro é um reflexo do papel da universidade em servir à sociedade de forma ampla”, comenta o professor Marcelo de Sousa Neto, autor do livro escrito em coautoria com a professora Cláudia Cristina da Silva Fontineles, que foi adaptado para uma peça teatral.
O Docente da Uespi explica que suas pesquisas e da professora Claudia Fontineles, ex-professora do curso de História do campus Clóvis Moura, deram origem ao livro intitulado “Nasce um bairro, renasce a esperança: história e memória de moradores do conjunto habitacional Dirceu Arcoverde” e este foi a inspiração para a peça de teatro apresentada no último domingo, dia 14 de abril, às 19h, no Theatro 4 de Setembro, Teresina, chamada ‘Itararé: Dos Desvalidos às Ruas Vazias’,
As duas obras recontam história do emblemático bairro Grande Dirceu. Sob a direção de Clodomir Junior, o espetáculo de teatro transportou o público para uma jornada emocionante através das vivências e transformações deste importante cenário urbano.
Espetáculo adaptado de um trabalho acadêmico
“Em 2019, o diretor de teatro Ferreira Júnior, diretor do grupo de teatro Shangri-La, também sediado na região do Itararé, hoje Dirceu Arcoverde, nos procurou para começarmos uma discussão sobre a peça. Fizemos a leitura e discussão do trabalho e eles tomaram a iniciativa de adaptar o texto da pesquisa para uma peça de teatro. Esse trabalho espelha aquilo que a universidade precisa fazer, divulgar as pesquisas que realizamos no interior das universidades e devolvidas a sociedade de diversas maneiras. No caso específico, é uma pesquisa acadêmica influenciando o teatro, influenciando as subjetividades das pessoas da forma que só a arte pode fazer”, afirma o professor Marcelo Neto.
Imagens da peça de teatro
“A noite de ontem foi muito emocionante para mim. Foi importante perceber como uma pesquisa acadêmica influencia e é recepcionada pelo mundo das artes. A companhia de Teatro Shangri-La conseguiu transferir os desafios enfrentados pelos moradores do Grande Dirceu em forma de arte. A pesquisa, que antes encontrava-se restrita ao público acadêmico, hoje se transforma e se propaga através de uma peça de teatro, que conta uma parte importante da história de Teresina”, fala o professor Marcelo.
Autores, atores e atrizes da peça
“Transmitir poeticamente esses desafios, apresentando-os através de uma peça de teatro, foi uma forma poderosa de mostrar como esses moradores lidaram com as dificuldades nos primeiros anos do Dirceu e como se posicionaram politicamente na defesa de moradia de qualidade e acesso a serviços na região. Em um sentido amplo, a peça é uma grande homenagem aos homens e mulheres que, em seu trabalho diário, construíram essa importante região da cidade de Teresina, hoje conhecida como Grande Dirceu,” finaliza o pesquisador.
No Dia Mundial da Arte, a UESPI tem outro exemplo de como a cultura, o teatro especificamente, faz parte da universidade. O musical “A VIDA É O QUE É” está volta aos palcos do Laboratório de Artes, do Campus Poeta Torquato Neto, para uma curta temporada durante os meses de abril e maio. As apresentações também voltam aos dias habituais, sempre nas noites de quinta-feira, às 19h, com entrada gratuita.
O espetáculo está em cartaz há um ano e já foi reconhecido em diferentes premiações locais.
O projeto foi idealizado pelo professor de Ciências Sociais da instituição, Luciano Melo, e o egresso do curso, João Pedro Veloso. O professor Doutor Luciano Melo, antropólogo da Universidade Estadual do Piauí, relembra a importância que a arte tem no desenvolvimento social e humano e sua contribuição para a ciência.
“Uma das grandes dificuldades que temos é tornar públicos os resultados de nossas pesquisas. Além dos periódicos e seminários científicos, é importante transpor os diversos conhecimentos em informações e saberes acessíveis ao grande público. O teatro pode e deve ser um meio de comunicação dos conhecimentos. No campo das ciências humanas, que estuda as relações humanas, o teatro pode reinventar artisticamente esses saberes em espetáculos. Essa reinvenção só enriquece o teatro e as ciências,” explica o professor antropólogo, ator e pesquisador.
“Vamos contribuir para a construção de uma memória histórica mais completa e acessível do Piauí, utilizando as ferramentas digitais para promover a inovação no ensino de História”, explica o Professor Dr. Fernando Bagiotto, Coordenador do Projeto “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro”, que foi contemplado no Edital UESPI-TECH da Universidade Estadual do Piauí.
O UESPI-TECH é um edital para impulsionar a pesquisa e a inovação na Universidade. Ele contemplou 20 projetos, cada um recebendo um financiamento de 25 mil reais.
Com o objetivo de resgatar, preservar e disponibilizar documentos e memórias regionais, além de promover subsídios pedagógicos digitais para o ensino de História do Piauí, a iniciativa promete revolucionar a educação e a preservação da história local. “Este investimento representa um marco na busca por uma memória histórica mais abrangente e acessível, utilizando tecnologia para inovar no ensino. Este projeto não apenas beneficia a comunidade piauiense, mas também exemplifica o compromisso da universidade com o progresso e o desenvolvimento da região”, conclui o pesquisador.
Acervos históricos e materiais didáticos:
Os pesquisadores irão coletar, digitalizar e preservar acervos históricos por meio do Laboratório de Documentação, Digitalização e Pesquisa Histórica (LADIPH) do campus Professor Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba. O material digitalizado será disponibilizado no Repositório Digital da UESPI, que já conta com um amplo acervo de entrevistas, documentos, livros, revistas, jornais e registros históricos.
A partir desses materiais, a equipe de cientistas irá produzir subsídios pedagógicos digitais como jogos interativos, quizzes, podcasts, blogs, redes sociais e instrumentos avaliativos digitais.
“Esses materiais serão disponibilizados gratuitamente para professores e alunos de todo o estado, com o objetivo de dinamizar as aulas de história e tornar o aprendizado mais lúdico e interessante”, destaca o Dr. Fernando Bagiotto, coordenador.
Estrutura do Projeto e Impactos:
O ensaio conta com a participação de quatro doutores em História, que desempenham papéis fundamentais na pesquisa, coleta de fontes documentais, produção de materiais de apoio pedagógico e orientação de trabalhos acadêmicos relacionados ao tema. A presença desses doutores contribui para a qualidade e aprofundamento das atividades desenvolvidas no projeto.
Projeção 3D do laboratório. Imagens: Arquivo pessoal
O projeto “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” da UESPI pretende impactar principalmente no âmbito social, a história e a memória do Piauí e da Planície Litorânea. Além disso, busca qualificar, aprofundar e introduzir novas metodologias no ensino de História regional, ampliando a consciência social e comunitária. A proposta também visa fortalecer a comunicação entre a produção científica e acadêmica, as demandas das comunidades escolares e universitárias, e as empresas, criando um elo de comunicação.
Benefícios para a comunidade piauiense:
A pesquisa “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” tem potencial para beneficiar toda a comunidade piauiense, contribuindo para a preservação da memória e da história da região, e oferecendo novas ferramentas para o ensino de História nas escolas públicas e privadas.
“Acreditamos que estes estudos irão contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que reconhecem a importância da história local para a construção de um futuro melhor para o Piauí”, comenta o professor.
Relembre o Edital UESPI-TECH:
O Tesouro Estadual do Piauí liberou R$ 500 mil para os beneficiários do edital de financiamento de projetos de grupos de pesquisa denominado Uespi-Tech, cujo resultado foi anunciado no final do ano 2023.
Cada projeto selecionado recebeu a quantia de R$ 25 mil. Esta iniciativa contempla 20 grupos, abrangendo todos os campi da universidade. O principal propósito do Uespi-Tech é promover o empreendedorismo e a inovação em diversas áreas do conhecimento. Além de incentivar a pesquisa na universidade, essa ação irá contribuir para o progresso do estado.
Comentários desativados em Grupo de pesquisa MASS em 1º lugar no Congresso da Rede de Urgência e Emergência do Piauícongresso, mass, pesquisa
Por Vitor Gaspar
O grupo de pesquisa Meio Ambiente, Saúde e Sociedade (MASS) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI)ficou em primeiro lugar no Congresso da Rede de Urgência e Emergência do Piauí com uma pesquisa científica focada em internações hospitalares evitáveis no Estado.
Integrantes do grupo de pesquisa junto ao Reitor
As Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) ocorrem devido as condições que poderiam ter sido evitadas se tratadas adequadamente na atenção básica, resultando em custos significativamente menores. O estudo, em andamento há alguns meses, destaca como uma atenção primária sólida e bem estruturada pode prevenir a evolução de problemas tratáveis para internações mais graves.
Segundo o coordenador do MASS, o Prof. Vinícius Oliveira, a rede de urgência e emergência está se consolidando, o que torna necessário o enfrentamento desse tipo de internação. “Fizemos análises e projeções para que possamos trazer um olhar com vários dados e informações sobre essa questão, que é de fundamental importância para a saúde pública do Estado”.
Professor Vinicius Oliveira
As ICSAPs consistem em 19 subtipos, incluindo doenças preveníveis por imunização, como difteria, tétano, sarampo e febre amarela, além de hipertensão e gastroenterites, que poderiam ser controladas e tratadas na atenção básica. A pesquisa, baseada em dados da Secretaria Municipal de Saúde, analisa as internações do SUS relacionadas a essas condições no período de 2010 a 2020.
A pesquisadora do grupo Iasmin Andrade destaca que muitas dessas condições sensíveis à atenção primária são evitáveis com os protocolos e medicações disponíveis atualmente. A estudante do 4º bloco do curso de Medicina ressalta que embora algumas doenças, como hipertensão e diabetes, não tenham cura, é possível controlá-las com tratamento adequado, permitindo que os pacientes levem uma vida saudável sem a necessidade de hospitalizações frequentes.
“A abordagem da atenção primária não se limita apenas ao tratamento da doença, mas visa compreender e abordar todas as necessidades do paciente, prevenindo assim complicações futuras. Investir nesse tipo de atendimento não apenas melhora a qualidade de vida dos pacientes, como também reduz os custos associados às internações hospitalares”, conclui.
Do ponto de vista financeiro, as internações representam um ônus significativo para o Estado, com gastos que poderiam ser realocados para outras áreas da saúde. Além disso, a liberação de leitos proporcionada pela atenção primária permite que os recursos hospitalares sejam direcionados para casos de urgência e emergência mais graves.
No estudo foi analisado o perfil dessas internações em Teresina, constatando que a maioria dos pacientes internados era do sexo masculino, refletindo a tendência de os homens evitarem buscar atendimento nas unidades básicas de saúde, o que os expõe a condições mais graves. As principais patologias que resultaram em internações foram gastroenterite, insuficiências cardíacas, doenças pulmonares e infecções. Além disso, foi observado um aumento anual de 4,5% no custo das internações, o que reforça a importância de investir em educação em saúde e em uma atenção primária de qualidade para minimizar tanto o número quanto o custo das internações.
De acordo com a pesquisadora Marylia Macedo, diante desses resultados, fica evidente a necessidade de integrar os indicadores de condições sensíveis à atenção primária nas redes de saúde, fornecendo informações valiosas para profissionais e gestores da área.
“Isso vai possibilitar uma atuação mais eficiente na prevenção das internações indesejáveis, com foco no diagnóstico precoce e tratamento na atenção primária, além de oferecer uma maior assistência à população nas unidades básicas de saúde, visando a redução do número de internações e dos riscos de infecções hospitalares, bem como a diminuição dos custos associados a essas internações”, afirma a estudante de Fisioterapia da UESPI.
Assim como Yasmin e Marylia, participaram da pesquisa dois integrantes da Faculdade CET: a professora Isabel Cristina de Paula e o estudante Davi Nogueira Jeles. Todos eles compõem o grupo de pesquisa MASS que trabalha diretamente em projetos voltados a promoção da saúde e também na conservação ambiental.
O grupo desenvolve projetos que abordam questões desde a educação em saúde durante a pandemia até o manejo de áreas naturais protegidas, fator que proporcionou algumas conquistas como a participação em diversos editais, e o reconhecimento em eventos científicos regionais.
Comentários desativados em Ecossistemas em Foco: Parcerias acadêmicas fortalecem estudos ecológicos no Norte do Piauícampo maior, cerrado, pesquisa
Por Clara Monte
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Campo Maior, recebe a visita de três pesquisadores: Dr. César Murilo de Albuquerque Correa, coordenador do Laboratório de Bioecologia de Scarabaeoidea (Scaralab) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul; Leonardo Vilas-Bôas Mendonça Pedreira de Cerqueira e Dr. Renato Portela Salomão, ambos do Laboratorio de Ecología en un Mundo Cambiante (LABEMUNDO) da Facultad de Estudios Superiores Iztacala, Universidad Nacional Autónoma de México.
Equipe acadêmica reunida no Parque de Sete Cidades durante a expedição de campo
Essa visita representa uma colaboração em andamento com um projeto conduzido pelo Prof. Lucas Lima, responsável pelo Núcleo de Pesquisa em Insetos Aquáticos (NUPEIA) na UESPI. O projeto “Efeito da paisagem sobre a assembleia de besouros rola-bosta em vegetação aberta de uma região ao norte do Cerrado”, concentra-se no estudo de aspectos ecológicos, com a distribuição de espécies e biodiversidade de besouros escaravelhos no Parque Nacional das Sete Cidades, localizado no norte do Piauí. Inicialmente originado na dissertação de mestrado de Lucas Kaíque Sousa Gonçalves, estudante do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC) da Universidade Federal do Piauí.
Aluno de mestrado, Lucas Kaíque Sousa Gonçalves, analisando os besouros coletados
Para o Prof. Lucas Lima, a visita dos pesquisadores representa mais do que uma mera interação acadêmica; ela formaliza uma parceria com a UNAM do México e a UEMS do Mato Grosso do Sul. Ele destaca a importância das parcerias acadêmicas como uma prioridade para o desenvolvimento dinâmico e saudável do meio científico, tanto dentro quanto fora do Piauí.
“Através dessa visita, fortalecemos diferentes aspectos sociais e acadêmicos cruciais para a UESPI, Campo Maior e o Piauí como um todo. Com a presença dos pesquisadores César, Leonardo e Renato, promovemos a troca de experiências humanas e científicas entre suas instituições e a nossa. Essas colaborações também abrem portas para que estudantes e professores da UESPI possam compartilhar conhecimento além das fronteiras do Piauí, através de visitas e estudos de pós-graduação nas instituições desses colaboradores. Dessa forma, estabelecemos conexões humanas e científicas benéficas para ambas as partes”.
Expedição de campo
O pesquisador visitante, Renato Portela Salomao, destaca a importância prática do projeto, envolvendo atividades como coleta de material biológico nos ecossistemas naturais do Piauí. Ele menciona que a parceria não apenas permite a troca de conhecimentos e experiências entre diferentes universidades, mais também apoio às comunidades nas cidades envolvidas – Campo Maior, Aquidauana e Tlalnepantla de Baz.
“Essa pesquisa contribui diretamente para a geração de conhecimentos teórico e prático sobre Ecologia. Ao entender como os diversos espaços naturais no PARNA Sete Cidades influenciam a distribuição de espécies de besouros escaravelhos, estabelecemos uma base para compreender as dinâmicas de distribuição espacial de insetos no cerrado brasileiro. Esse conhecimento é fundamental para a compreensão global dos padrões de distribuição espacial da biodiversidade. Além disso, a pesquisa está formando profissionais piauienses altamente qualificados, prontos para atuar dentro e fora do estado. Com a formação do estudante Lucas Kaíque, teremos um mestre capaz de contribuir significativamente em aspectos sociais, de biodiversidade e políticos no estado do Piauí”.
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) formaliza o Projeto de Extensão “Se cuida” em parceria com o Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI). A iniciativa tem como foco desenvolver ações em atenção à saúde mental dos servidores do TJPI.
Formalização do Projeto “Se cuida”
Vinícius Oliveira, professor na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e coordenador do Projeto “Se Cuida”, compartilha que recebeu o convite do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), Hilo de Almeida, para a promoção de um projeto que implementasse ações preventivas, identificando e minimizando gatilhos e momentos de estresse com a intenção de reduzir o impacto dessas situações entre os colaboradores.
“A saúde mental, especialmente pós-pandemia, aflige a todos e nos coloca numa situação em que nós precisamos buscar mecanismos para enfrentar essas situações. Nesse momento, planejamos atuar tanto presencialmente, quanto através de uma plataforma digital de inteligência artificial que estamos trabalhando. Embora o projeto esteja previsto para um ano de atuação, já almejamos avanços e ampliação das iniciativas ao longo do tempo. “
Vinícius Oliveira, professor na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e coordenador do Projeto “Se Cuida”
Para isso, o projeto conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), que garantiu recursos para a implantação das atividades, que estão programadas para iniciar em janeiro de 2024, primeiramente, no TJPI, às terças e quintas-feiras. Para o Presidente da instituição apoiadora, Xavier da Cruz Neto, o momento significa desenvolvimento de pesquisa e destaca a importância de cuidar da saúde mental dos servidores.
“Dizem que a verdadeira inovação ocorre quando a ciência impacta positivamente a vida das pessoas e é exatamente isso que este acordo de investimento para o projeto representa. Inicialmente direcionado à promoção da saúde mental dos servidores do TJPI, nossa intenção é ampliar as ações para abranger todos os trabalhadores, reconhecendo a relevância crescente dessa temática nos dias atuais. Além disso, destacamos a inovação adicional que o projeto trará, utilizando a inteligência artificial como um elemento transformador”.
Formalização do Projeto “Se cuida”
Segundo o Reitor da UESPI, Evandro Alberto, a iniciativa envolve ativamente estudantes bolsistas da universidade, assim como voluntários, que participarão nos atendimentos e na construção da base para a futura plataforma voltada ao bem-estar dos funcionários. “Essa parceria desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas significativas, representando um exemplo claro de projetos inovadores no estado do Piauí. A expectativa é que esse projeto se destaque, uma vez que conta com uma equipe composta por excelentes profissionais e estudantes dedicados”.
Reitor da UESPI, Evandro Alberto
Marília Macedo, estudante no décimo período do curso de fisioterapia da UESPI, destaca que o projeto reúne uma equipe multiprofissional composta por fisioterapeutas, psicólogos, médicos e enfermeiros. “Cada um desses profissionais desempenhará um papel específico em suas áreas, visando sempre aprimorar o bem-estar dos funcionários do TJPI. Este projeto é revolucionário e promete colher frutos , tanto para o idealizador, nosso professor Vinícius Oliveira, quanto para nós, que estamos aprimorando nossas habilidades e contribuindo para o avanço na área. Além disso, os beneficiários do projeto terão acesso a ações de promoção da saúde que certamente trarão impactos positivos em suas vidas.”
Comunidade acadêmica de enfermagem da Universidade Estadual do Piauí conquistou o 1° lugar no Terceiro Congresso Internacional Latino-americano de Ferida, Estomias e Incontinência, realizado na Costa Rica. A vitória resultou de uma colaboração efetiva com a coloproctologia e o apoio da Fundação Municipal de Saúde – Centro Integrado Lineu Araújo e HGV. O 2° e 3° lugar também foram destinados ao Brasil.
Projeto da UESPI conquista 1° lugar
A professora responsável pelo trabalho premiado, Sandra Marina, relata que ela, juntamente com o Prof. Dr. Miguel Arcoverde, estudantes, egressos da graduação, especialização em estomaterapia e enfermeiros do Lineu Araújo participaram e contribuíram para o projeto. De acordo com Sandra Marina esse estudo mostrou o impacto da universidade na promoção de políticas públicas, pois envolveu a avaliação e mapeamento de todas as pessoas com estomia do Piauí, durando cerca de dois anos de pesquisa.
“A pesquisa revelou que o custo de manutenção de pacientes com estomia temporária é substancialmente superior ao investimento na reconstrução do trânsito intestinal. Como desdobramento positivo desse projeto conjunto, houve a transferência responsável para convênios do estado do Maranhão das pessoas avaliadas. Além disso, observamos a reativação e fortalecimento da Associação de Ostomizados do Piauí (AOSEPI). O projeto também contribuiu para a orientação e melhoria da qualidade de vida das pessoas com estomia, incluindo a indicação adequada do equipamento (bolsa coletora) e orientação sobre o corte correto para redução de vazamentos, que é o maior problema enfrentado por essas pessoas. Adicionalmente, foi possível encaminhar para o Coloproctologista as pessoas avaliadas e com necessidade de avaliação pré-operatória ou outras intervenções, contando com a valiosa parceria com a coloproctologia, que agilizou a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal”.
Professora de enfermagem da UESPI, Sandra Marina.
Iaggo Henrique de Sousa, estudante do 9° período de enfermagem da UESPI, foi um dos colaboradores na organização dos dados coletados. Para ele, participar desse projeto possibilitou ricos conhecimentos na área da Estomaterapia e na assistência às pessoas com estomias de eliminação. Além disso, o estudante afirma considerar um tema que precisa de sensibilização e uma assistência adequada por parte dos profissionais.
“O projeto teve impacto significativo em todo o Estado, especialmente no centro de saúde onde o estudo foi conduzido – uma referência fundamental para o Piauí e cidades vizinhas de outros Estados, atendendo pacientes de diversas localidades. É uma honra para mim ver o trabalho sendo premiado e sinto-me orgulhoso por ter contribuído para essa pesquisa. Testemunhar o Piauí ocupando um lugar de destaque nos motiva a aprimorar continuamente nosso trabalho. Como estudante no final da graduação, percebo que essas experiências podem impulsionar minha capacidade de contribuir ainda mais para transformar diversas realidades no futuro. Além disso, a proximidade que desenvolvi com essa pesquisa abriu portas para realizar outras pesquisas dentro dessa área”.
Terceiro Congresso Internacional Latino-americano de Ferida, Estomias e Incontinência, na Costa Rica.
Comentários desativados em Pesquisadores da UESPI tem artigo publicado em revista internacionaldoença, pesquisa, revista
Por Vitor Gaspar
Seis pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) tiveram seu artigo intitulado “Mortalidade por doenças tropicais negligenciadas no Brasil no século XXI: análise de tendências espaciais e temporais e fatores associados” publicado na Revista Pan-Americana de Salud Publica.
Os discentes Izabel Félix Rocha (autora principal), Wady Soares, Madalena Frota e Thalis Araujo, junto aos docentes Thatiana Maranhão e Augusto Cezar Filho, analisaram a distribuição espaço temporal da mortalidade por doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no Brasil no período de 2000 a 2019 e identificaram os fatores associados a essas mortes.
A Revista faz parte da Organização Pan-Americana de Saúde Pública (OPAS) e tem como objetivo disseminar informações científicas, além de promover o avanço do conhecimento em saúde pública nas Américas. O periódico abrange uma ampla gama de tópicos relacionados à saúde pública, incluindo epidemiologia, saúde ambiental, políticas, sistemas e promoção da saúde, além de prevenção de doenças.
A autora principal do estudo, Izabel Félix Rocha, comenta que a realização desse feito foi resultado de uma dedicação constante ao estudo. Ela conta que além da revista, o artigo conquistou a segunda colocação no Seminário de Iniciação Científica e que todo esse reconhecimento foi ainda mais forte após a publicação na Revista Pan-Americana de Saúde Pública.
“Esse evento representou uma combinação de alegria e orgulho em relação à minha jornada até o momento, especialmente por se tratar de uma revista reconhecida internacionalmente. O artigo sobre DTNs apresenta sete coautores que me ajudaram na realização desse artigo, através de revisões da escrita e do método abordado, os quais são profissionais e alunos de enfermagem exemplares que agregaram bastante nas melhorias do artigo”.
A discente está no 9° bloco do curso de Enfermagem, no campus Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba
Doenças tropicais são um conjunto de enfermidades infecciosas que predominam em regiões de climas quentes e úmidos, comumente encontradas nos trópicos. Essas condições climáticas propiciam a proliferação de vetores, como mosquitos, moscas e carrapatos, que desempenham um papel crucial na transmissão dessas doenças.
No total, foram consideradas 15 doenças, incluindo doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, ascaridíase, ancilostomíase, oncocercose, infestação por Taenia solium, cisticercose, equinococose, filariose, hanseníase, tracoma, raiva, outras infestações por trematódeos e dengue.
A conclusão apontou aglomerados de óbitos principalmente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia e Piauí. Além disso, foi possível destacar que quanto menor o desenvolvimento humano e maior a vulnerabilidade social, maior é a mortalidade, fator que segundo os pesquisadores, deve direcionar as ações de prevenção e controle das DTNs.
A professora Thatiana Maranhão destaca que todo pesquisador que trabalha com estudos epidemiológicos objetiva que os resultados obtidos em seus estudos sirvam para nortear a tomada de decisões dos gestores do setor saúde. Ela afirma que a pesquisa apontou as características socioeconômicas dos municípios que estão influenciando a mortalidade e a expectativa é de que os gestores se apropriem destes resultados para planejar estratégias que visem combater as DTNs nesses territórios e, consequentemente, a mortalidade por estas doenças.
“Vimos que os resultados obtidos tinham muita relevância para o Brasil e, especialmente, para os locais que se mostraram prioritários visto a alta taxa de mortalidade. Então, decidimos submeter à revista da OPAS para que esta pesquisa tenha um maior alcance, não só para o Brasil mas também para a comunidade científica internacional”, afirma.
A professora Thatiana Maranhão, docente do campus de Parnaíba
Os pesquisadores ressaltam que embora o termo “doenças tropicais” esteja associado a regiões geográficas específicas, algumas dessas enfermidades podem se espalhar para outras áreas devido a fatores como migração, mudanças climáticas e globalização. Portanto, o controle dessas doenças requer esforços colaborativos e abordagens globais para enfrentar os desafios únicos que elas apresentam.
“Os achados deste estudo demonstram a necessidade de melhoria das condições de vida e de desenvolvimento humano da população brasileira, bem como melhoria do acesso e da assistência prestada à população, uma vez que um dos achados do estudo evidencia que a mortalidade por DTNs é maior quando relacionada, sobretudo, a um baixo desenvolvimento humano e a uma situação de vulnerabilidade social maior”, afirma o professor Augusto Cezar Filho, um dos coautores da pesquisa.
Augusto Cezar, docente do campus Josefina Demes em Floriano.
A pesquisa científica sobre doenças tropicais ajudou no aprendizado dos alunos envolvidos em alguns aspectos. Ao mergulharem no estudo dessas enfermidades, os estudantes podem aprofundar seu conhecimento sobre não apenas as características clínicas das doenças, mas também os fatores epidemiológicos, sociais e ambientais associados a essas condições.
“Desde que entrei na graduação me encantei com a parte da pesquisa, sabia o quão importante era a produção científica pra nossa profissão, até porque é partir dos estudos desenvolvidos que conseguimos respaldo nas nossas ações, conseguimos definir a melhor forma de agir dentro da profissão, além de outros fatores. Saber que eu e meu grupo de pesquisa conseguimos de alguma forma contribuir não só pra nossa realidade local, mas de forma internacional me enche de orgulho e vontade de ir além nesse campo“.
Importância da pesquisa científica
A pesquisa científica desempenha um papel fundamental no avanço do conhecimento humano e no desenvolvimento da sociedade. Ela é um processo sistemático de investigação que busca responder a perguntas, solucionar problemas e contribuir para o entendimento mais profundo do mundo que nos cerca. A importância da pesquisa científica é multifacetada e abrange diversas áreas, desde a medicina até a tecnologia, passando pelas ciências sociais e ambientais.
Um dos coautores dessa pesquisa, Thalis Araújo acredito que a pesquisa científica é uma das principais ferramentas capazes de transformar a sociedade. Segundo ele, através dela é possível obter recursos que possibilita identificar as mazelas e determinar caminhos para combatê-las. ” Estar na graduação e já ter a possibilidade de fazer ciência é uma oportunidade única, pois permite que o aluno saia do papel de espectador e passe a ser um produto do conhecimento científico”.
A pesquisa científica é considerada a principal fonte de expansão do conhecimento humano. Ela permite que os pesquisadores descubram novos fatos, compreendam fenômenos desconhecidos e aprofundem a compreensão sobre temas existentes.
O coautor Wady Wendler acredita que a pesquisa científica desempenha um papel muito importante, pois é através de investigações sobre temáticas relevantes para a sociedade que se pode solucionar problemas sociais, desde questões de saúde até desafios ambientais e econômicos. Assim, a pesquisa pode fornecer insights e evidências que podem orientar políticas públicas e práticas eficazes.
“Para mim, a pesquisa abriu oportunidades de aprendizagem para o resto da vida, desde como redigir um texto científico até entender o quanto é importante analisar problemáticas para auxiliar a população a como resolvê-las. Por fim, agradecer aos professores e colegas que, juntos, conseguimos trabalhar em equipe, superar as dificuldades e conseguir a tão sonhada publicação em uma revista renomada”.
Comentários desativados em Parcerias e incentivos para a qualificação Docente em programas de Mestrado e Doutoradopesquisa, Qualificação
Por Clara Monte
Em busca de aprimoramento profissional, mais de 90 docentes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) investem em ampliação de conhecimentos através de programas de mestrado e doutorado. Ao total, no momento, são 3 docentes em programas de mestrado, 83 no doutorado, e 4 estão envolvidos em programas de pós-doutorado.
O Pró-Reitor da PROP, Professor Dr. Rauirys Alencar, conta que a UESPI mantém parcerias por meio de Projetos de Cooperação entre Instituições para Qualificação de Profissionais de Nível Superior (PCI). De acordo com ele, atualmente, no âmbito da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PROP/UESPI, a instituição está formando Doutores por meio do Doutorado Interinstitucional em Linguística em parceria com a Universidade de São Paulo – USP; e por meio do Doutorado Interinstitucional em Enfermagem com a Universidade Federal do Piauí – UFPI. Além disso, a UESPI já está em busca para a oferta de Mestrado Interinstitucional (MINTER) e Doutorado Interinstitucional (DINTER) pelo Acordo de Cooperação Técnica com Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO.
“Tal parceria tem o objetivo de qualificar docentes e técnicos que possam atuar nos laboratórios da UESPI, nos processos de acreditação de produtos e serviços de toda a região. As parcerias vão para além da formação, pois inúmeras instituições são parceiras no sentido de que muitos dos docentes da UESPI atuam em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, ministrando aulas e orientando discentes, contribuição para a produtividade docente, cujos resultados são transformados em melhor resultados e índices na avaliação da UESPI junto ao MEC, à Capes, ao CNPq e ao Conselho Estadual de Educação – CEE”.
O Pró-Reitor da PROP, destaca também o incentivos que a universidade oferece aos seus docentes para a busca de aprimoramento acadêmico. Dentre elas: a liberação dos encargos docentes, permitindo que o professor se dedique integral ou parcialmente aos estudos sem prejuízo salarial conforme estabelecido pela Resolução CONAPLAN n. 001/2014 e a parceria com a FAPEPI, que amplia as oportunidades, uma vez que a instituição lança editais destinando uma porcentagem de bolsas de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado para os docentes aprovados em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu fora do Estado.
“A UESPI tem entre os objetivos a construção de ações associadas e complementares, sob os aspectos da oferta regular de Cursos de Pós-Graduação e da capacitação permanente de professores e técnicos. Para cumprir tais objetivos e manter essa visão institucional, o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, ainda destaca que se deve: “Incentivar membros de seu corpo discente e docente a buscarem qualificação, como docentes/discentes de Programas de Pós-Graduação”; e “Estimular membros de seu quadro técnico-administrativo a buscarem qualificação, em Programas de Pós-Graduação na UESPI e/ou outras IES”.
Exemplo de docente aprovado recentemente para mais uma qualificação, Prof. Harlon Lacerda, conta que sua proposta de pós-graduação intitulada “TEORIA DA NARRATIVA LITERÁRIA NUMA COSMOPERCEPÇÃO CONTRACOLONIAL E AMEFRICANA”, foi aceita pela Universidade de Coimbra (Portugal). Para ele, a qualificação docente é fundamental para garantir o tripé ensino-pesquisa-extensão na UESPI, além de trazer investimentos, visibilidade e credibilidade para a instituição.
“Ao longo de um período de 24 meses, sob a orientação da Professora Dra. Patrícia Vieira, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, minha intenção é realizar uma contribuição significativa para a reflexão acerca do objeto literário, da crítica literária e da teoria literária em si. Este projeto de pós-doutoramento não apenas busca aprimorar meu conhecimento acadêmico, como também visa estreitar os laços institucionais entre a Universidade de Coimbra, uma das instituições mais antigas e respeitadas do Ocidente, e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Ao final dessa jornada, um livro será publicado, aperfeiçoando também toda a comunidade acadêmica sobre esse tema”.
Comentários desativados em Contribuições da UESPI no II Encontro De Pesquisa em Educação e Formação Humana, em Parnaíbaevento, pesquisa, São Raimundo Nonato
Por João Fernandes
Um grupo de estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), participou do II Encontro De Pesquisa em Educação e Formação Humana – EDUFOH, em Parnaíba. O evento, idealizado pela Universidade Federal do Piauí, reuniu pesquisadores, professores e alunos para discutir e divulgar pesquisas voltadas à Educação, formação humana e processos educativos.
Este ano todos, os debates e trabalhos apresentados no EDUFOH foram baseados na temática central do evento “Perspectivas histórico-críticas para Formação e o Trabalho do Docente na educação Básica”. O evento promoveu um intercâmbio entre pesquisadores de instituições acadêmicas do País, profissionais da educação básica, graduandos e pós-graduados. Na oportunidade, docentes e discentes dos cursos de Pedagogia e História, do Campus Prof. Ariston Dias, em São Raimundo Nonato, contribuíram com as discussões apresentando trabalhos orais.
Segundo a professora Sandreanne Negreiros, o Encontro foi uma experiência enriquecedora para docentes e discentes tendo em vista as diversas possibilidades de contribuição e aprendizado com outros pesquisadores, a oportunidade de trocar experiências com profissionais de diferentes instituições e regiões, além de divulgar os resultados das pesquisas dos alunos da UESPI.
“Durante o evento, tivemos a oportunidade de fortalecer os laços entre a Universidade, outras instituições e grupos de pesquisa que compartilham da perspectiva teórico-formativa dos educadores na perspectiva da educação básica e das políticas educacionais que estão em vigência”, comenta a docente.
Alguns dos trabalhos apresentados no EDUFOH
Apresentando seu artigo “Práticas Educacionais com o Brincar Heurístico Na Educação Infantil em São Raimundo Nonato”, a estudante Samara Borges Aragão, discente do segundo período Pedagogia, conta que sua participação no evento contribui para sua formação, sendo uma experiência enriquecedora para seu futuro profissional.
“Foi um evento muito importante. Participamos de mesas redondas e oficinas temáticas sobre produção de projeto na prática, contribuindo de forma significativa no processo de elaboração de nossas pesquisas e trabalhos de conclusão de curso, apresentando uma noção de como começar. Também tivemos a oportunidade de elaborar e apresentar resumos expandidos, ao qual tivemos o incentivo dos professores, desta forma, o evento marca positivamente meu desenvolvimento educacional”, destaca a aluna.
A estudante, Samara Borges Aragão apresentou seu artigo “Práticas Educacionais com o Brincar Humorístico Na Educação Infantil em São Raimundo Nonato”
Apresentando sua pesquisa “O estudo da Psicologia da Educação na Formação dos Discentes do Curso de Pedagogia em São Raimundo Nonato”, a discente Evelin Pereira Damasceno participou pela primeira vez de um evento com foco na divulgação de pesquisas científicas. Para ela, a oportunidade representa um passo importante na sua carreira como pesquisadora e seu aprimoramento acadêmico.
“Foi uma experiência incrível, tendo em vista que nunca havia me imaginado que no primeiro período de Pedagogia já estaria apresentando trabalho orais em outra cidade. Durante o processo de produção e coleta de dados do trabalho, aprendi sobre diversos elementos que compõem as pesquisas e trabalhos científicos, desde a estruturação do corpo da pesquisa que era algo completamente novo até a preparação para a apresentação, tudo feito em colaboração com meu orientadores”, comenta a aluna.
A discente Evelin Pereira Damasceno, participou pela primeira vez de um evento de iniciação cientifica
A discente destaca ainda que ter participado deste evento e ter passado por todos os processos de construção e apresentação de sua pesquisa foi essencial para seu desenvolvimento profissional, ela agora pretende continuar pesquisando.
“Fazer pesquisa me abriu um olhar para um mundo totalmente desconhecido, que é o do pesquisador, me identifiquei bastante e tenho total incentivo dos meus docentes e profunda vontade de continuar e elaborar novos projetos em colaboração com meus orientadores e de autoria própria. Já ao que se diz respeito das contribuições para minha formação, acredito que estas realizações destacaram ainda mais minhas potencialidades como estudante, além de revigorar o meu foco acadêmico”, pontua a aluna.
Para Hélmika Rayanny Rocha, com a pesquisa intitulada “Desafios de Lecionar História no Ensino Básico”, é essencial para compreender a diversidade em sala de aula e o papel da família no âmbito escolar. Apresentando trabalho científico pela primeira vez, ela acredita que essa temática é importante para aperfeiçoar a atividade dos professores em sala de aula.
“Segundo os professores que conversarmos, temos dificuldades quanto a lidar com um sala de aula na qual todos têm um pensamento, uma crença e etc.. Isso é desafiador. Todavia, eles enxergam a importância de criar meios para que possam tornar a escola um lugar de acolhimento para que eles possam se expressar sem receios. No caso do papel da família, os educadores acreditam que a escola deve trabalhar juntamente com a família para que assim os alunos se envolvam/interessem mais nas questões escolares”, pontua a discente.
Comentários desativados em Confira depoimentos dos alunos pesquisadores nos eventos SPC, SIC E SIT em Parnaíbaparnaíba, pesquisa, prop
Por Clara Monte
“Esse projeto busca encorajar os novos membros do curso, proporcionando-lhes uma rede de apoio que os motiva a persistir e não desistir da jornada acadêmica. No âmbito do projeto, os membros do grupo dos petianos, assumem a responsabilidade de adotar um calouro por um período de três semestres. Durante esse período, eles oferecem auxílio nas atividades acadêmicas, além de orientações sobre o conteúdo do curso. Fico muito feliz pela oportunidade de poder compartilhar essa iniciativa para mais alunos e professores, além de ser uma chance de aprimorar meus conhecimentos”.
Esse foi o depoimento do discente Eudes dos Santos Pinheiro, do curso de Física sediado em Teresina. Ele compartilha seu envolvimento no projeto intitulado “Petiano, adote seu Calouro”. O objetivo dessa iniciativa é oferecer suporte, monitoramento e orientação aos novos calores que ingressam no curso de Física.
Eudes e muitos outros estudantes da UESPI e de outras universidades estão participando dos eventos organizados Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI): XXIII Simpósio de Produção Científica (SPC), XXII Seminário de Iniciação Científica (SIC) e o II Seminário de Inovação Tecnológica (SIT). Nesta terça-feira(17), acontece o segundo dia da ação.
Os eventos têm como objetivo divulgar os resultados das pesquisas e inovações desenvolvidas pelos docentes, discentes e técnicos da UESPI vinculados ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), além de projetos que envolvam demais pesquisadores, estudantes de pós-graduações e até mesmo pesquisas de outras instituições.
Eudes dos Santos Pinheiro, aluno de Física do campus de Teresina.
Francisco Hiago, estudante de Física, também de Teresina, compartilha sua paixão pelos conceitos complexos de seu curso. Seu projeto se concentra em levar uma abordagem simplificada às escolas públicas integrada à residência pedagógica. A principal meta é tornar os conteúdos de física mais acessíveis, utilizando experimentos para demonstrar de maneira envolvente como a física pode ser divertida e aprendida de maneira lúdica e criativa.
“É a minha primeira vez na UESPI de Parnaíba e estou contente com a estrutura. Meu projeto visa tornar a educação mais acessível, proporcionando uma abordagem mais cativante para a física. Meu objetivo é fazer com que as crianças vejam a física como algo interessante, menos intimidante e tedioso. Embora os cálculos sejam inevitáveis, buscamos apresentar uma maneira mais criativa e envolvente de educar. Durante este momento de troca de conhecimento, percebo uma dinâmica em que aprendo com meus colegas, ao mesmo tempo em que compartilho meu aprendizado com eles”.
Francisco Hiago, estudante de Física do campus de Teresina.
André Luís de Nunes, estudante do curso de Licenciatura em Química, em Teresina, explica que seu trabalho é sobre Propriedades fotoeletroquímicas de filmes de CuWO4 dopados com Lítio ou Magnésio, pesquisa essa que tem como intuito gerar uma fonte de energia limpa e renovável. Para ele, a oportunidade de apresentar seu trabalho em um simpósio é uma experiência incrível. Ele destaca o valor dessa ocasião, onde pode compartilhar sua pesquisa com um grande número de pessoas, ampliando a divulgação dos resultados de seu estudo.
“É gratificante estar aqui usufruindo desta excelente estrutura que nos permite apresentar nossas pesquisas. Sinto que este momento é altamente qualificador, proporcionando-me a oportunidade de me expressar e demonstrar todo o desenvolvimento da minha pesquisa, desde a concepção até os resultados alcançados”.
André Luís de Nunes, estudante do curso de Licenciatura em Química, campus de Teresina.
Jessica Rodrigues, estudante de Agronomia do Campus de Parnaíba, compartilha sua pesquisa centrada nos desafios enfrentados no manejo psícola durante a pandemia da Covid-19 na cidade de Parnaíba-PI. Ela ressalta a relevância de seu trabalho, especialmente no contexto da visibilidade econômica da tilápia e do tambaqui, dada a localização litorânea da cidade e a grande demanda no mercado.
“Meu trabalho teve como foco a análise da dinâmica do mercado durante os anos da pandemia, examinando seu funcionamento e os principais desafios enfrentados nessa área. Sinto uma grande gratidão por participar desse momento, pois ele integra os diversos cursos e proporciona valiosas oportunidades para nós, alunos. Além disso, contribui significativamente para nossa bagagem de conhecimento e enriquece nosso currículo”.
Jessica Rodrigues, estudante de Agronomia do Campus de Parnaíba.
Ana Clara Lira, estudante do curso de Odontologia no campus de Parnaíba, compartilha seu projeto que consiste na avaliação do nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre a violência contra a mulher. Ela destaca a crescente incidência de lesões na região bucal e no pescoço, tornando os dentistas profissionais fundamentais na identificação e tratamento das vítimas desse tipo de violência.
“Dada a gravidade das lesões e o aumento de casos observados, torna-se fundamental avaliar o conhecimento dos profissionais sobre esse tema. Além disso, é crucial ter esse espaço para apresentar nossos resultados e destacar essa questão de outra perspectiva. As palestras ministradas aqui também são de grande importância, pois impulsiona novas curiosidades e ajuda na integração entre cursos e temas, proporcionando trocas de experiências”.
Ana Clara Lira, estudante do curso de Odontologia no campus de Parnaíba.
Comentários desativados em II Encontro de Saberes e VII Mostra de Ciências da Floresta Nacional de Palmarescaatinga, floresta de palmares, pesquisa
Por Clara Monte
Nos dias 27 e 28 de outubro, acontece o II Encontro de Saberes e VII Mostra de Ciências da Floresta Nacional de Palmares. O evento acontece de forma online naFlona de Palmares (VII Mostra de Ciências), Canal do YouTube do Mestrado em Geografia da UFPI.
A Floresta Nacional de palmares (ou Flona de Palmares) é uma unidade de conservação ambiental localizada ntre os municípios de Altos e Teresina. Possui 170 hectares e tem como bioma a caatinga. A Flona de Palmares foi criada em 2005 por meio de um decreto do então Presidente Luis Inácio Lula da Silva. De acordo com o disposto no Decreto, o objetivo foi “promover o manejo de uso múltiplo dos recursos florestais, a manutenção de banco de germoplasma in situ de espécies florestais nativas, e das características de vegetação de cerrado e caatinga, a manutenção e a proteção dos recursos florestais e da biodiversidade, a recuperação de áreas degradadas e a educação ambiental”.
A finalidade do Encontro é colaborar com a disseminação e atualização de saberes produzidos na Flona com a participação de entidades e da sociedade civil, cujas atividades estiveram principalmente voltadas para o avanço completo e emancipatório da Floresta. O Encontro defende a educação ambiental e a conscientização cívica, compartilhando vivências inspiradoras.
Na programação, destacam-se: uma mesa redonda sobre Educação Ambiental na FLONA de Palmares, uma abordagem sobre a Biodiversidade e suas conexões Paleontológicas com a FLONA de Palmares, uma reflexão sobre Conservação e Sustentabilidade abordando suas múltiplas funções. Além disso, haverá uma palestra enfocando os Aspectos Paisagísticos da Floresta Nacional de Palmares, com relevância para a conservação, bem como rodas de conversa e apresentações de projetos.
O Prof. Antonio Rafael Barbosa de Almeida, representante da UESPI no Conselho gestor do evento, destaca a importância significativa deste encontro em promover um diálogo mais amplo com a FLONA, além de ser uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica compartilhar pesquisas e estudos.
“Esse evento reside no aprofundamento do diálogo com a FLONA, na divulgação das iniciativas de ensino, pesquisa e extensão da UESPI e nas oportunidades de conhecer mais sobre a gestão da unidade de conservação. Além disso, o evento oferece uma plataforma para compartilhar as atividades científicas relacionadas ao manejo e à preservação da FlonaLONA, provenientes de outras instituições de ensino”.
O representante acrescenta que para aqueles que possuem interesse no tema, é relevante mencionar que, ano passado, ele e a Prof. Ana Angélica Fonseca Costa publicaram um guia abordando os parques e unidades de conservação em Teresina, no qual a FLONA foi incluída. O e-book esta disponível na editora da UESPI.
Comentários desativados em Os grandes eventos de pesquisa da UESPI estão chegando!!! Confira a programação.pesquisa, prop, seminário, simpósio
Por Clara Monte
Está chegando o grande momento do campo da pesquisa na Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), vai ter início o XXIV Simpósio de Produção Científica (SPC) no XXIII Seminário de Iniciação Científica (SIC) e no II Seminário de Inovação Tecnológica (SIT).
Neste ano, as atividades ocorrerão no formato híbrido entre os dias 16 e 18 de outubro com as apresentações presenciais, sendo realizadas no campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba-PI.
O Diretor do Departamento de Pesquisa, Professor Gustavo Gusmão, afirma que os participantes inscritos no Seminário de Iniciação Científica com cursos sediados em Parnaíba deverão comparecer pessoalmente para realizar as apresentações. Para os estudantes de outros campi, a participação presencial é opcional, exceto quando seus trabalhos forem escolhidos pelo Comitê Interno de Pesquisa para apresentação oral e concorrência aos prêmios por área. Neste grupo, somente alunos da UESPI que conduzem projetos de PIBIC e PIBIT podem se envolver.
“Este evento tem como propósito a divulgação dos resultados das pesquisas e inovações promovidas pelos docentes e discentes de nossa instituição, com foco especial naqueles vinculados aos programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). Além disso, a busca envolve não apenas os específicos em iniciar suas atividades de pesquisa, mas também promover a interação dentro da comunidade acadêmica científica da UESPI, bem como de outras instituições”.
De acordo com a programação divulgada pela PROP, no primeiro dia de evento, pela manhã, será realizada a Solenidade de abertura e apresentação cultural. Pela tarde, ocorrerá Sessão de Pôster Presencial II Áreas: Ciências Agrárias, Ciências Exatas e da Terra, Engenharia. Na terça-feira(16), acontecerá palestras, Sessão de Pôster Presencial, Sessões assíncronas de vídeo pôsteres e Comunicações Orais II (por Videoconferências) II Áreas: Ciências da Saúde, Multidisciplinar, Ciências Biológicas.
No último dia de evento, pela manhã, a programação terá as palestras: “Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Cultural de Parnaíba-PI e suas potencialidades turísticas”, e Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e Comitê de Ética no Uso de Animais. Pela tarde, Sessões assíncronas de vídeo-pôsteres, comunicação Orais (por Videoconferências), e Sessão de Pôster Presencial III Áreas: Áreas: Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Sociais Aplicadas.
Comentários desativados em Conep informa a abertura de consulta pública: comunidade científica deve participarcep, conep, pesquisa
Por Clara Monte
A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) anuncia a abertura de uma consulta pública. A consulta permanecerá disponível para recebimento de contribuições até o dia 20 de outubro, sendo acessível por meio de um prático formulário eletrônico disponível no seguinte link: Formulário de Consulta Pública.
A ação tem o objetivo de coletar opiniões da sociedade para melhoria do sistema CEP/CONEP de gerenciamento de Pesquisas que envolvem seres humanos, direta ou indiretamente. As sugestões serão analisadas e debatidas para compor resolução específica acerca dos aspectos éticos, relacionados à constituição, gerenciamento e utilização de bancos de dados, com finalidade de pesquisa científica, envolvendo seres humanos.
A Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa UESPI, Profa. Luciana Saraiva, destaca que o sistema CEP/CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) elabora e norteia as pesquisas com seres humanos em todo o país através de normativas e que as resoluções são elaboradas e atualizadas para manter o bom funcionamento de todos os CEP’s brasileiros.
“Por isso, você que é pesquisador e que gostaria de ofertar sua sugestão para a melhoria desse sistema quanto ao processo constituição, gerenciamento e utilização de bancos de dados, não deve perder a oportunidade essa oportunidade”.
Comentários desativados em UESPI de Picos: Liga Acadêmica de Jornalismo, Educação e Memória lança edital para novos membrosjoeme, pesquisa, picos
Por:João Pedro Nunes e Maysa Martins (LabCom)
A Liga Acadêmica de Jornalismo, Educação e Memória (Joeme), criada em 2019, informa que as inscrições já estão abertas para os discentes interessados em participar do grupo de estudo e pesquisa.
A Liga Joeme é um grupo científico formada pela comunidade discente e Professores do curso de Jornalismo da UESPI, campus Professor Barros Araújo, com o intuito de estimular estudos e realizar produções científicas sobre jornalismo, educação e memória.
Segundo Thaila Vitória, estudante de Jornalismo e presidente da Liga, essa é uma oportunidade para quem deseja aprofundar conhecimento e ter uma visão crítica sobre as temáticas estudadas pelo grupo.
Comentários desativados em Estudantes e professores de Jornalismo da UESPI apresentam pesquisas no 46º Congresso da IntercomIntercom, jornalismo, pesquisa
Por Vitor Gaspar
Pesquisas do curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) foram apresentadas no 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Intercom, com estudos que abordam questões relevantes da comunicação contemporânea.
Entre estudantes, professores e alguns recém formados, as pesquisas da UESPI apresentaram artigos e análises de comunicação sobre temas diversos, como representação LGBTQIAP+ , o uso da netnografia como tecnologia social, o impacto do metaverso na mídia webjornalística piauiense, os 200 anos da Batalha do Jenipapo, dentre outros pontos.
A maior parte dos projetos é fruto dos programas de pesquisas ofertados pela universidade como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). E para falar sobre isso o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Rauyris Alencar, destaca os investimentos em pesquisa da UESPI que têm sido ampliados ano a ano, o que representa mais recursos para pesquisa, principalmente, para a iniciação científica e tecnológica. Isso se traduz em valores na ordem de 1.092.000 reais anuais com recursos próprios da UESPI, provenientes do Tesouro Estadual.
O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Rauyris Alencar
Além disso, o professor afirma que a Universidade conta com recursos próprios do tesouro estadual, além de aproximadamente 571.200 reais anuais provenientes do CNPQ para investir em iniciação científica e iniciação tecnológica, bem como com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), que disponibiliza recursos na ordem de 252 mil reais anuais. Esse montante representa investimentos significativos em iniciação científica e iniciação tecnológica, totalizando cerca de 1.915.200 reais anuais.
“Esses investimentos têm gerado resultados extraordinários, com discentes mais bem preparados para se envolverem na pesquisa, como evidenciado na última edição do Intercom. Esse é um reflexo direto dos investimentos, resultando em maior produção científica e na melhoria da qualidade das pesquisas realizadas. Esses resultados destacam não apenas a universidade, mas também o perfil dos alunos e ex-alunos que formamos na UESPI”.
A FAPEPI é responsável por contribuir com quase 30% do investimento nas pesquisas da UESPI
Esse é o maior congresso de Comunicação do hemisfério Sul que acontece desde 1977 e reúne, tradicionalmente, cerca de 3,5 mil pessoas, entre alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais da área. No evento são debatidos tópicos de jornalismo, relações públicas, publicidade, rádio, televisão, cinema, produção editorial e de conteúdo para mídias digitais e políticas públicas de Comunicação, entre outros.
Em 2023, a sede foi Minas Gerais e esta edição contou com uma etapa remota, realizada entre os dias 29 e 31 de agosto de 2023, onde os pesquisadores da UESPI participaram, e uma etapa presencial , entre os dias 05 e 08 de setembro de 2023, na Pontifícia Universidade Católica de Minas – PUC Minas – Campus Coração Eucarístico, em Belo Horizonte, com o tema central “Comunicação e políticas científicas: desmonte e reconstrução”.
Linhas de pesquisas variadas:
Na UESPI, o curso de Jornalismo é oferecido nas cidades de Teresina e Picos, onde os professores se envolvem ativamente em pesquisas junto aos estudantes, explorando uma ampla gama de temas.
Um exemplo é o Prof. Dr. Orlando Berti, que tem pesquisa sobre temas relacionados a tecnologia, comunicação digital e redes sociais. O professor costuma explorar a aplicação da netnografia como uma ferramenta para entender e analisar o comportamento online das comunidades, bem como o papel crescente do metaverso na mídia webjornalística piauiense, que utiliza estratégias de crossmedia.
“Atualmente, trabalhamos com tecnologias atuais, incluindo a inteligência artificial, e aplicamos perspectivas legadas em tecnologias sociais para poder oferecer novas respostas nas mediações informacionais. As pesquisas deste ano estão voltadas para questões relacionadas a essas perspectivas, abrangendo tanto as mediações jornalísticas, quanto as tecnologias associadas a elas, bem como questões relevantes para a sociedade em geral”, afirma o professor Berti.
O professor Orlando Berti recentemente lançou um e-book sobre o impacto da inteligência artificial no jornalismo
Uso da Netnografia em Tecnologia Social
Nariani de Sousa Lopes Rodrigues, egressa do campus Torquato Neto, investigou “O uso da Netnografia em um experimento de tecnologia social”. A pesquisa explorou como a netnografia, uma abordagem de pesquisa online, pode ser aplicada para entender questões sociais e tecnológicas em nossa sociedade digital.
A pesquisa de trata de um recorte dos seus estudos no TCC e fala sobre a possibilidade do uso das tecnologias da comunicação que são utilizadas para promover a solidariedade no Piauí no contexto da pandemia da COVID-19. São experimentações que fez em um perfil do Instagram, desde 2021, e que recebeu apoio da UESPI e do CNPq. A pesquisa permitiu a estudante contribuir com a produção acadêmica, ao passo que conseguiu criar uma rede de pessoas e instituições que tenham em comum o desejo de ajudar o próximo.
Nariani, durante a banca de qualificação de seu TCC
Um estudo netnográfico é uma abordagem de pesquisa que se concentra na observação e análise da interação das pessoas em comunidades online, fóruns, grupos de redes sociais e outros espaços virtuais. Esse método de pesquisa visa compreender os comportamentos, as dinâmicas sociais, as práticas culturais e as interações das pessoas em ambientes digitais.
“É uma satisfação produzir pesquisas que pensem a comunicação mais cidadã e interligada com o coletivo. Sinto que estou contribuindo com um mundo melhor através do que eu mais amo fazer, que é pesquisar. Já é a segunda vez que trago a temática para o Intercom e é sempre um prazer falar do Piauí para um evento nacional e de grande visibilidade para os estudantes de comunicação. Todos os grupos de trabalho possuem avaliadores de peso, que realmente trazem comentários e sugestões agregadoras aos projetos de pesquisa produzidas no Brasil inteiro. Saio sempre cheia de ideias e instigada a produzir pesquisas na área”.
A discente durante a apresentação no Intercom de 2022 em João Pessoa
Conscientização na Rede Hospitalar
Anny Santos, estudante do curso em Teresina, estudou “A Rede Estadual Hospitalar do Cuidar da COVID-19: Análise do Instagram dos Maiores Hospitais Públicos de Cada Território de Desenvolvimento do Piauí em 2022″.
O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), por meio de bolsa PIBIC, e analisa como as instituições hospitalares de cada um dos 12 territórios de desenvolvimento do Piauí utilizaram seus perfis no Instagram para conscientizar, esclarecer e alertar a população sobre questões pandêmicas. O artigo é o desdobramento da pesquisa que vem sendo realizada desde 2021, sob a orientação do prof. Orlando Berti, sendo o segundo a ser publicado nos anais da Intercom.
“Acredito que é fundamental enfatizar a relevância de incentivar a pesquisa científica e de representar nossa instituição em um congresso nacional de comunicação. Me sinto feliz, pois além de ser algo que eu amo, a pesquisa científica desempenha um papel crucial no avanço do conhecimento. Investir em estímulos à pesquisa e na representação da nossa instituição em eventos científicos é essencial para o crescimento intelectual e a projeção da nossa instituição no cenário acadêmico”, pontua a estudante do 7º bloco.
A discente Anny Santos
Pós-Pandemia: “Rede Piauí Sem Covid”:
Maria Clara Guimarães, investigou “A ‘Rede Piauí Sem Covid’ dois anos depois. Consequências pós-pandêmicas nas atuações em combater a Covid-19 via Instagram”.
Ela conduziu uma pesquisa abrangente de mais de dois anos, dando continuidade aos estudos iniciados anteriormente sobre a Rede Piauí Sem Covid, fruto do projeto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Yasmin Cunha. Seu trabalho explorou a eficácia do Instagram como ferramenta de comunicação durante a pandemia de COVID-19, enfocando aprimoramentos na vigilância em saúde e na comunicação em momentos de crise. A pesquisa, baseada em teorias de comunicação de autores como Nelson Traquina, Nestor Garcia, e Pierre Bourdieu, além dos insights do professor Orlando Berti, abordou o fenômeno da comunicação em situações de emergência de saúde pública.
A discente durante uma prática jornalística
Clara também observou as reações do público às postagens da Rede Piauí Sem Covid ao longo de dois anos, destacando a importância contínua da conscientização sobre a vacinação, mesmo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter reclassificado a COVID-19 como uma emergência de saúde pública. Seu trabalho contribui para a reflexão sobre os impactos de mais de dois anos de convivência com a doença e reforça a relevância da comunicação em tempos de crise sanitária.
“A pesquisa científica foi muito decisiva na minha vida, não só porque isso melhorou meu currículo, mas também porque vai ser uma porta de entrada para muitas oportunidades que virão. O estudo me mostrou o quanto o uso do Instagram foi bem-sucedido, principalmente porque ele aprimorou a vigilância em saúde e na comunicação não só durante a pandemia mais também em outras possíveis emergências de saúde pública. A partir dessa visão, eu pude compreender as transformações e os desafios enfrentados pelos profissionais durante a crise e também pretendo, de certa forma, contribuir para que mais pessoas entendam todo o contexto disso no nosso estado”.
Print da Rede Piauí Sem Covid
Gamificação, Jornalismo e Inovação
Lara Silva, egressa do curso de Jornalismo, adentrou o mundo da gamificação com o projeto “Gamificação, jornalismo e inovação. O caso do MINP”. A pesquisa investigou como elementos de jogos podem ser incorporados ao jornalismo para engajar o público.
O MINP é um site imersivo e gamificado sobre a pandemia de Covid-19, e a pesquisadora buscou uma linha temporal desde o surgimento do vírus até a chegada das vacinas.
O estudo surgiu como resultado do seu TCC, no qual explorou três eixos fundamentais que permeiam o jornalismo contemporâneo. O primeiro deles diz respeito aos impactos da pandemia no campo jornalístico. O segundo eixo se concentra na inovação no jornalístico e o terceiro trata do uso da gamificação como uma estratégia para inovar e enfrentar desafios, como questões de credibilidade e engajamento do público.
A gamificação é uma estratégia que consiste em aplicar elementos e mecânicas de jogos em contextos que não são jogos em si. Essa abordagem visa envolver e engajar as pessoas de maneira mais eficaz em uma variedade de atividades e processos e ao trazer esses elementos para o jornalismo, pode se revelar uma ferramenta valiosa para enfrentar crises e manter a atenção dos leitores.
“É gratificante essa troca de experiências com outros pesquisadores, principalmente por ter contato com temas tão diferentes e que ao mesmo tempo conversam entre si. Essa pesquisa já teve a oportunidade de participar de vários Congressos, mas o Intercom é muito especial pela proporção e a importância dele para o jornalismo brasileiro”.
Lara Silva, agora está formada no curso de Jornalismo da UESPI
Facebook como Meio de Comunicação
Mara Cavalcante questionou se “O Facebook vai acabar? Quando a rede de Mark Zuckerberg mostra-se como principal meio de comunicação de uma cidade em plena terceira década do século XXI”. A pesquisa explorou como o Facebook continua a ser uma plataforma crucial de comunicação em nossa era digital.
Natural de Monsenhor Gil, uma cidade com pouco mais de 100 mil habitantes, localizada a 56 km de Teresina, Mara identificou o papel crucial desempenhado pelo Facebook na mediação da comunicação entre os moradores. Em cidades maiores essa dinâmica pode passar despercebida, mas em localidades menores, como Monsenhor Gil, essa influência se torna relevante. Seu objetivo foi contribuir para a identificação de lacunas na comunicação e na produção de informações, bem como para o aprimoramento do uso das plataformas digitais como ferramentas de comunicação, fortalecendo, assim, a comunicação comunitária de maneira abrangente.
Os objetivos da pesquisa envolveram a compreensão dos fluxos comunicacionais em Monsenhor Gil, a análise dos conceitos de comunicação popular e comunitária em meio aos fluxos informacionais do Facebook, a investigação dos conteúdos em circulação e a avaliação da importância dessa plataforma na divulgação de informações no município e seu impacto na vida social da comunidade.
“Quanto ao evento, foi uma experiência maravilhosa. Foi a primeira vez que participei e tive a oportunidade de conhecer pesquisas incríveis de vários lugares do Brasil, e também de compartilhar os resultados do meu trabalho para mais pessoas, o que é muito importante, pois, participando de eventos assim, a gente contribui com a comunidade acadêmica e promove o avanço de mais pesquisas. E quem sabe, mais pessoas se interessem por questões relacionadas ao Facebook e comunicação comunitária na atualidade”, afirma.
Mara Cavalcante, no dia da apresentação
Linha de pesquisa: Jornalismo e Semiárido
Em Picos, a docente Lana Morais segue a linha entre jornalismo e semiárido, enfocando a redefinição positiva desse território rico em diversidade e potencialidades, além de investigar políticas públicas, tecnologias, educação contextualizada e manifestações culturais locais.
A professora afirma que nos estudos estão sempre contextualizados às características do território, além de produções voltadas para as tradições, manifestações culturais e história. Segundo ela, o processo de redefinição do pertencimento, ou seja, olhar com novos olhos para o semiárido, passa pela compreensão de suas características, história e potencialidades.
“Levar essas pesquisas para congressos como o Intercom (Nordeste e Nacional) faz parte desse processo. A divulgação das pesquisas realizadas na Uespi de Picos tem contribuído muito para o debate entre jornalistas e pesquisadores sobre as representações construídas ao longo da história sobre o semiárido brasileiro”.
A professora Lana Morais ao centro, junto a seus alunos que apresentaram trabalhos no Intercom Nordeste
Apicultura e Identidade Cultural
Lia Barbosa, orientada por Lana Morais investigou “A apicultura como aspecto de memória coletiva e identidade cultural na cidade de Picos–PI: da família Wenzel à Casa Apis”.
Ela conta que a construção de sua pesquisa foi um processo que levou aproximadamente um ano, iniciando em julho de 2021 e culminando com sua formatura em 2022. O objetivo desse trabalho inicialmente era a criação de um livro-reportagem no formato de ebook.
A discente durante sua apresentação
A pesquisa se concentrou em temas relacionados à memória, história e identidade cultural, particularmente em relação a Picos, conhecida como a “capital do mel”. Para embasar seu estudo, a egressa afirma que usou referências de autores que explorassem esses tópicos, coletando relatos de pessoas locais que estiveram envolvidas na história que analisou.
“Durante esse período, compilei todas as informações e criei uma linha do tempo, um elemento crucial para o sucesso do meu projeto. Tive também a oportunidade de interagir com a família Wenzel, sobre a qual escrevi a história. Me aprofundei consideravelmente no universo da pesquisa, conduzindo entrevistas com várias pessoas envolvidas, embora não tenha sido possível entrevistar todos devido à complexidade do tema. Além disso, tive acesso a documentos antigos, que desempenharam um papel fundamental no meu trabalho”.
Linha de pesquisa: Comunicação, saúde e história
A linha de pesquisa da professora Sônia Carvalho examina a convergência entre comunicação, saúde e história, com foco nas representações de saúde e doença nos meios de comunicação. Nesta apresentação no Intercom, foi compartilhada parte de sua pesquisa de doutorado, concentrando-se nas representações das mulheres consideradas “loucas” e na visibilidade das pessoas com problemas de saúde mental nos meios de comunicação, com destaque para a análise da Revista Cruzeiro.
Também foi apresentado um estudo sobre a série de reportagens “Um Vírus e Duas Guerras” produzida pela mídia independente. A pesquisa abordou uma questão social relevante: a situação das mulheres vítimas de violência durante a pandemia, quando muitas delas ficaram confinadas em casa com seus agressores devido aos protocolos de segurança. Foram analisados quatro meses dessa série em duas mídias independentes, a Agência Amazônia Real e a Eco Nordeste.
A professora Sônia Carvalho
Outra realização foi a análise da abordagem da grande mídia, mais especificamente do Jornal Estado de São Paulo, sobre a polêmica do uso medicinal da cannabis. “Este trabalho foi desenvolvido em parceria com a Emilly Alves, que obteve a nota máxima em seu TCC na UESPI. Ficamos satisfeitas em apresentar conjuntamente esse estudo, onde Luna foi a autora principal e eu, na qualidade de orientadora, contribuí como co-autora”.
A professora também falou sobre a satisfação em ver os projetos que nasceram na UESPI recebendo prestígio nacionalmente. “É com imensa alegria que nós, como docentes, compartilhamos nossos trabalhos em eventos acadêmicos. Esse sentimento vai além da publicação nos anais deste que é o maior evento de comunicação do Brasil e da América Latina. Acreditamos profundamente no poder da pesquisa como ferramenta de transformação social, e entendemos que os professores não precisam caminhar nessa jornada sozinhos”.
Objetividade x subjetividade no Jornalismo
Vitória Pilar, egressa, orientada por Sônia Carvalho, realizou a pesquisa: “Um Vírus e Duas Guerras: quebra do mito da objetividade jornalística na pauta da mídia independente sobre Covid-19 e violência contra à mulher”.
O trabalho sendo apresentado no Congresso
A pesquisa investiga como a objetividade jornalística, que geralmente é considerada um pilar do jornalismo tradicional, pode ser desafiada ou questionada quando se trata da cobertura de eventos complexos e sensíveis, como a pandemia de Covid-19 e a violência de gênero.
Concentrando as produções e publicações de cinco mídias independentes durante a pandemia, ela aborda os desdobramentos sociais provocados pela pandemia em relação às violências domésticas contra as mulheres. A série analisada, “Um Vírus e Duas Guerras”, foi publicada por cinco diferentes veículos: o portal Catarinas, o Ponto de Jornalismo, o Projeto Colabora, a Agência Econordeste e a Amazônia Real.
A escolha dessa série foi baseada em critérios de representatividade, diversidade e originalidade, onde a pandemia é tratada como um elemento contextual, um “personagem” que não é o foco central, mas que influencia os desdobramentos abordados. “Um Vírus e Duas Guerras” discute a guerra contra a Covid-19, como uma crise sanitária, e a guerra contra a violência contra as mulheres, que ocorreu durante os períodos mais críticos da pandemia.
A pesquisa analisou cerca de 14 matérias publicadas por essas mídias independentes ao longo de 2020, com foco nos primeiros e segundos semestres devido à ênfase das tragédias causadas pela pandemia nesses períodos. Além de abordar questões sociais importantes, o estudo também investiga a produção de um jornalismo cada vez mais multimídia, que incorpora texto, vídeo, fotografia e áudio, refletindo os rumos do jornalismo web.
“A pesquisa já tem quase três anos ainda serve como objeto de entendimento para um período que foi tão crítico e decisivo para a humanidade. Trabalhos como esses ajudam a gente a entender as questões complexas dos nossos tempo, mas principalmente entender como o jornalismo e suas estratégias se comportam meio á crises – sejam elas humanitárias, sanitárias ou políticas”.
Vitória Pilar se formou em 2023 no curso de Jornalismo
Percursos da Loucura na Mídia
Maria do Socorro de Moura, orientada pela Profa. Sônia Carvalho, pesquisou os “Percursos da Loucura: da Sucursal do Inferno na Revista O Cruzeiro (1961) às narrativas jornalísticas que dizem dos loucos de todos nós”.
A discente conta que estudou, especificamente, a reportagem especial intitulada “Hospício de Barbacena – Sucursal do Inferno,” publicada na edição n° 31 da Revista O Cruzeiro, datada de 13 de maio de 1961 e escrita pelo repórter José Franco. Nosso foco está na análise dos aspectos do jornalismo envolvidos na abordagem do tema da loucura, bem como nas questões de gênero relacionadas a essa reportagem.
“A importância reside em trazer, de forma mais frequente, a temática da loucura para o debate público. Além disso, buscamos refletir sobre como a prática jornalística se relaciona com nossa realidade, compreendendo como a figura do louco é inserida na sociedade como um ser humano individual e coletivo. Nossa intenção é contribuir para os debates públicos, examinando como os textos jornalísticos nomeiam os indivíduos considerados portadores de transtornos mentais e como essas representações influenciam a percepção da sociedade sobre o tema”.
Registro da pesquisadora
Repensando narrativas jornalísticas
Emilly Alves, sob orientação de Sônia Carvalho, realizou a pesquisa: Entre o Tabu e a Transformação: reconstruindo as narrativas sobre a restrição da cannabis medicinal no jornal O Estado de São Paulo em 2022.
A pesquisa foi um recorte de seu TCC, uma monografia, que teve como tema cannabis e imprensa. O objetivo do trabalho foi entender o posicionamento do jornal diante do tema, como foi abordado pelos repórteres e como essas narrativas veiculadas pelo jornal podem, em última instância, contribuir para a construção sócia de significados acerca da planta.
“Por ser considerado um tema polêmico, falar sobre cannabis, especialmente no meio científico e acadêmico, pode ser considerado uma transgressão do senso comum. Ao meu ver, é muito importante densificar esse tema, tendo em vista que ele perpassa por diversas camadas sociais, políticas e econômicas. Falando como recém formada em jornalismo pela Uespi, foi muito significativo participar pela primeira vez do Intercom e falar sobre esse tema, representando o Piauí e nossa universidade”.
A jornalista recém formada Emilly Alves
Comunicação para a transformação social
Flávio Menezes Santana, docente do campus de Picos, trabalha desde o mestrado com a perspectiva da Comunicação para a transformação social, ou seja, pensar a comunicação como uma ferramenta de mudança e socialmente mais comprometida com a sociedade. Cita como exemplo disso são as perspectivas da Comunicação comunitária, alternativa e popular e da Folkcomunicação.
A primeira ideia parte de uma mobilização comunitária em que os sujeitos de uma determinada comunidade atua na produção jornalística em canais de comunicação, como jornais de bairros e rádios comunitárias, em prol da cidadania. Em outras palavras, é um jornalismo mais comprometido que pode prestar serviços à comunidade na transmissão de informações da localidade que visem o exercício da cidadania.
Já a segunda, por sua vez, busca reconhecer e legitimar as práticas de comunicação artesanal do povo baseada, muitas vezes, na cultura local, como é o caso do cordel e outras manifestações populares que representam formas questionamento de resistência.
Na Uespi, tem trabalhado com essa linha no grupo de pesquisa “Comunicação, Ação e Transformação (ComTransformAção)” e no projeto de Pibic financiado pela FAPEPI intitulado “Comunicação para a transformação do bairro Morada do Sol a partir da Folkcomunicação e da Comunicação Comunitária”, que desenvolve com sua orientanda Ana Vanessa Torres.
Neste trabalho, que foi apresentado pelo docente de forma presencial em Minas, eles analisaram como os portais de notícia da cidade de Picos tem noticiado o bairro Morada do Sol para avaliar como a mídia tem contribuído no processo de marginalização social da localidade.
“Constatamos que essa mesma mídia tem responsabilidade na exclusão e na marginalização do bairro e, portanto, não pratica um jornalismo comprometido com a cidadania e apresentar esse trabalho no Intercom permite que articulemos melhor nosso projeto, através da contribuição das discussões do grupo, além de contribuir com o avanço das pesquisas das Ciências da Comunicação no Brasil e dar respaldo a nosso trabalho, que tem sido essencial para pensar em um sociedade mais justa e socialmente mais comprometida”.
O professor Flávio Santana durante sua apresentação
A discente, Ana Vanessa Torres complementa que a pesquisa parte do princípio de que a Folkcomunicação e a Comunicação Comunitária têm um papel relevante na promoção de uma visão crítica da sociedade. Segundo ela, cada comunidade possui sua maneira única de se comunicar, com expressões e vivências intrínsecas a sua realidade, porém, frequentemente, essas particularidades culturais das comunidades à margem da sociedade são negligenciadas pela mídia convencional.
“Eu estou extremamente feliz em participar do projeto e ser orientanda do professor Flávio Menezes, que desenvolve um papel fantástico na UESPI de Picos, e ainda mais feliz de ter um artigo sendo apresentado no Intercom, dando visibilidade à importância do nosso projeto, à Universidade Estadual do Piauí e à FAPEPI também. Infelizmente, não puder ir ao evento, mas estou torcendo e enviando energias para o professor Flávio, sei que dará tudo certo. O ComTransFormaAção será bem recebido e a nossa pesquisa servirá de base para muitos outros pesquisadores e, confiantemente, para mudança social e comunicacional da comunidade.
Registro da primeira visita que os pesquisadores fizeram no bairro Morada do Sol em Picos
Outras pesquisas que foram desenvolvidas:
Fruto de seu estudo no doutorado, a professora Sammara Jericó pesquisou: “A narrativa jornalística, história e memória: com a comemoração dos 200 anos da Batalha do Jenipapo foi (re)contada nas matérias de três portais piauienses – G1 Piauí, O DIA e Cidade Verde”.
No trabalho, o Jornalismo é colocado para além de um meio de retratar o dia-a-dia, o cotidiano e o agora, e sim como elemento significativo para construção de conhecimento por meio da divulgação de informações e, consequentemente, como meio capaz de contribuir para a preservação da memória histórica de fatos como a Batalha do Jenipapo. Assim, o objetivo geral foi identificar, por meio de uma análise de conteúdo, como os portais retrataram um feito histórico tão relevante para a história do Brasil e do Estado.
A docente afirma que a importância do tema está em contribuir para o entrelaçamento de áreas, como Jornalismo e História; onde elas podem contribuir para conhecimento de fatos, como a batalha do jenipapo. De acordo com ela, outro fator importante está em estudar a própria mídia quanto aos aspectos ligados a sua prática, rotinas e funções.
“Foi a primeira vez que apresentei um artigo sozinha no Intercom e me senti muito ansiosa e muito feliz. Em outra oportunidade, estava como co-orientadora e fiquei menos nervosa. Mas essa sensação de alegria é boa, porque demonstra o quanto ainda a pesquisa me motiva, me deixa feliz e me incentiva a buscar novos desafios acadêmicos”, afirmou.
A profa. sammara Jericó tem, desde o mestrado em Antropologia, trabalhado com temáticas que interligam o Jornalismo, História e Antropologia
Já de forma presencial, a professora Samária Andrade, juntamente de André Gonçalves (PPGCOM – UFPI) apresentaram o trabalho: “Experiências alternativas nas margens: iniciativas comunicativas contra-hegemônicas em Teresina-PI”.
A pesquisa contou com a colaboração do grupo de pesquisa TRAMPO da UESPI/CNPq e foi apresentado pelos docentes no grupo Economia Política da Informação e Cultura.
Com a colaboração dos jornalistas Ricardo Claro e Vitória Pilar, este estudo examina transformações na indústria da comunicação, destacando iniciativas comunicativas contra-hegemônicas no cenário atual, alterado e dominado por grandes empresas de plataformas digitais. A docente Samária Andrade destacou que estas iniciativas são heterogêneas e oscilam entre a concentração midiática e a contestação à mídia convencional, apresentando formas variadas de produção, distribuição e financiamento.
“A pesquisa foca em agentes contra-hegemônicos, em Teresina (Piauí), surgidos após 2010, descritos como “os alternativos dos alternativos”, ou seja, agentes marginais à comunicação mainstream e também à comunicação contra-hegemônica central. A metodologia inclui observação empírica e aplicação de questionários. As análises buscam entender características e relações dessas iniciativas com o contexto de mudanças globais na comunicação”.
André Gonçalves e Samária Andrade durante a apresentação da pesquisa
Mais trabalhos sobre o campo jornalístico
Maria Cecília de Souza, orientada por Orlando Berti trouxe “O metaverso na mídia webjornalística piauiense que faz crossmedia”. O projeto explorou como o metaverso está moldando a narrativa jornalística online e como as notícias são adaptadas para diferentes plataformas digitais.
Comunicação e Representação LGBTQIAP+ no vídeoclipe “MONTERO (Call Me By Your Name)” do cantor Lil Nas X – Danilo Costa dos Santos, com orientação de Flávio Menezes Santana.
Comentários desativados em UESPI ganha mais três professores doutoresdoutorado, pesquisa, prop
Por Anny Santos
Três professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) conquistaram o título de Doutor e o tempo dessa conquista para a Universidade foi em 40 horas. Esse grau acadêmico, considerado o mais elevado em grande parte dos sistemas de ensino, normalmente requer uma média de quatro a cinco anos de estudos, destacando e desenvolvendo a capacidade desses docentes na área de pesquisa e ensino.
Os três professores doutores em questão são: Ivaldo Coelho, Moisés Mendes e Sérgio Lustosa, que continuarão com seu importante papel na promoção da educação de qualidade no Estado do Piauí, juntamente com os demais docentes da instituição.
De acordo com o Pró-reitor de Pesquisa (PROP), Prof. Dr. Rauirys Alencar de Oliveira, a UESPI conta com cerca de 500 doutores no seu quadro de corpo docente efetivo. “A Universidade possui um programa robusto de capacitação docente, assegurando que professores possam se afastar de suas atividades, oportunizando sua completa dedicação a sua formação, assegurando seus vencimentos sem prejuízos financeiros. Temos, hoje, cerca de 80 professores afastados para dedicação total ao seu aprimoramento, progredindo ainda mais em sua carreira docente por titulação”, afirma.
Além disso, o Pró-reitor destaca que a Universidade possui termos em cooperação, a exemplo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (FAPEPI), com edital de bolsas de doutorado fora do Estado. Segundo ele, os docentes podem concorrer a uma bolsa de auxílio para ajudar a custear as despesas fora do Piauí. “A PROP parabeniza os novos doutores da Universidade e deseja pleno sucesso em suas carreiras profissionais”.
Os professores foram alunos de doutorado do, também docente da UESPI, Dr. Francisco das Chagas Alves Lima, professor dos programas de Pós-Graduação em Química UFPI e RENORBIO (UFPI/UESPI), Doutorado em Rede Nordeste de Biotecnologia, fundamental nesse processo de formação.
Sobre os mais novos doutores
O Prof. Dr. Moisés Mendes, do curso de Educação Física e um dos Coordenadores da Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI), destaca que ter mais doutores na universidade é aprofundar o universo da pesquisa, melhorar a qualidade de ensino e trazer recursos para dentro da instituição. “O doutorado também é uma conquista pessoal. Quando você se forma na graduação, você traça metas e algumas dessas metas era conquistar uma especialização, um mestrado e, na sequência, um doutorado, que conseguimos agora. Além disso, ao pesquisar os conhecimentos já existentes, dando profundidade a eles, também visamos aquilo que ainda pode ser descoberto”.
Prof. Dr. Moisés Mendes
Para o Prof. Dr. Ivaldo Coelho, também do curso de Educação Física e Coordenador da UNATI, o título é como um prêmio que se recebe após um longo caminho percorrido durante a pesquisa. “Por meio desse período de estudo e da certificação ao final dele, o profissional se capacita ainda mais. Para o ensino proporciona uma maior qualidade, além de contribuir para a pesquisa dentro da universidade e para os programas de extensão. Eixos fundamentais dentro e fora da instituição”.
Prof. Dr. Ivaldo Coelho
Já para o Prof. Dr. Sérgio Lustosa, do curso de química, cursos de pós-graduação, em qualquer nível, são sempre importantes para a universidade, pois o conceito desta depende também da qualidade dos profissionais que ali atuam. “Quanto ao ensino, aumentamos as possibilidades de aprendizagem experimental, além de se familiarizarem com o desenvolvimento de pesquisa científica. É bom lembrar que o aumento de professores a nível de doutorado traz maior possibilidade de abertura de cursos de mestrado”.
Momento da defesa
Prof. Dr. Sérgio Lustosa
Essa conquista não apenas reflete suas capacidades acadêmicas, mas também ressalta o compromisso da UESPI com a promoção do ensino público de qualidade no Piauí. Seus esforços na pesquisa e no ensino ajudam a impulsionar a educação no estado.
A UESPI parabeniza esses docentes por sua dedicação e pela conquista do título de Doutor.
Comentários desativados em 2º Ciclo de Pesquisa Constitucional apresenta o universo da pesquisa científica para alunos de Direitodireito, Meet, pesquisa
Por Vitor Gaspar
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) anuncia a retomada do 2° Ciclo de Pesquisa Constitucional, organizado pelo professor do curso de Direito do campus Poeta Torquato Neto, Octávio Melo neste sábado, a partir de 10h de forma on-line.
De acordo com o professor Octávio Melo, o projeto tem com objetivo central apresentar aos alunos de direito o universo da pesquisa científica na área. “Busca-se uma análise multidisciplinar dos temas estudados além de apresentar as regras básicas da ABNT. Nesta edição aprofundaremos os debates e simularemos a apresentação dos artigos coletivamente”, afirmou.
Dentre os benefícios que os estudantes podem adquirir com a aprendizagem de técnicas científicas na área estão:
– Desenvolvimento de Habilidades Críticas: A pesquisa científica estimula o pensamento crítico, ajudando os alunos a analisar questões jurídicas de forma mais profunda e fundamentada;
– Atualização e Inovação: A pesquisa permite que os estudantes se mantenham atualizados com as mudanças na legislação e jurisprudência, promovendo a inovação no campo jurídico;
– Ampliação do Conhecimento: Através da pesquisa, os alunos têm a oportunidade de explorar tópicos específicos de interesse, ampliando seu conhecimento em áreas específicas do Direito;
– Preparação para a Prática Jurídica: A pesquisa desenvolve habilidades de resolução de problemas, essenciais para a prática jurídica, como a análise de casos e a argumentação convincente;
– Contribuição para a Academia: A pesquisa acadêmica contribui para o avanço do conhecimento jurídico como um todo, ajudando a construir uma base sólida para o desenvolvimento futuro do Direito.
Nesta edição, os participantes terão a chance de concluir artigos iniciados no primeiro ciclo e explorar a pesquisa científica em Direito, com uma abordagem multidisciplinar.
Participe:
Todos estão convidados a participar deste evento e a se envolver nos debates e simulações de apresentação de artigos.
O Centro Universitário Santo Agostinho realizará o Congresso Internacional Ciência e Sociedade (CICS), evento bianual, a ser realizado de 4 a 7 de outubro de 2023, com o tema: “Desenvolvimento humano e social: das ideias às práticas”.
O Congresso Internacional Ciência e Sociedade (CICS) traz novos desafios: o de buscar a colaboração internacional em ciência e tecnologia (C&T), permitindo o empreendimento científico ultrapasse as fronteiras, criando pontes entre as diferentes comunidades científicas, ampliando, assim, as possibilidades da produção de conhecimento.
Objetivos do CICS: https://unifsa.com.br/cics2023/agenda-2030/
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS
As atividades de apresentação de pesquisas científicas serão realizadas em sessões coordenadas denominadas de Grupos Temáticos (GTs), espaços de interlocução sobre um subcampo do conhecimento ou especialidade, onde pesquisadores com interesses acadêmicos em comum podem debater as pesquisas. Saiba mais: https://unifsa.com.br/cics2023/editais/
GRUPOS TEMÁTICOS
Os Grupos Temáticos serão desenvolvidos de duas formas:
• Presencial, com trabalhos apresentados no sábado, dia 7 de outubro, das 14h às 18h, em
salas do Anexo II do UNIFSA, em Teresina;
• De forma remota e síncrona, com os trabalhos apresentados de forma virtual, por meioda Plataforma UNIFSA, sábado, dia 7 de outubro, das 14h às 18h.
Comentários desativados em IV Encontro Internacional de Biotecnologia em Saúde Humana e Animalbiotecnologia, pesquisa
Por Clara Monte
Nos dias 18, 19 e 20 de outubro acontece o IV Encontro Internacional de Biotecnologia em Saúde Humana e Animal: Avanços e Tendências Biotecnológicas para Saúde Humana e Animal. A cidade de Maceió/AL será o cenário para discussões sobre os mais recentes avanços e tendências na área da biotecnologia voltada para a saúde humana e animal.
O evento é resultado da parceria entre o Centro Universitário (CESMAC), a Universidade Estadual do Ceará (UECE), a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), a Universidade Federal do Piauí (UFPI), o Centro Universitário (UNINTA) e o Programa Profissional de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde Humana e Animal (PPGBiotec) da Faculdade de Veterinária (FAVET/UECE).
O evento terá como objetivo central a discussão dos avanços biotecnológicos aplicados à saúde humana e animal, com o propósito de desenvolver ferramentas que tenham aplicações abrangentes em diversos segmentos das Ciências da Saúde. Além disso, busca-se oferecer visibilidade aos produtos biotecnológicos criados pela comunidade científica. A oportunidade de integração de conhecimentos e a expansão de novos inventos serão impulsionadas pela participação de pesquisadores atuantes na área da biotecnologia, docentes e estudantes ligados a programas de graduação e pós-graduação, bem como empreendedores.
Atuando como representante da UESPI, a professora, Valdiléia Teixeira Uchôa, desempenha um papel fundamental na colaboração do evento. Suas responsabilidades abrangem desde a atribuição das disciplinas aos professores até a avaliação dos alunos durante os seminários, abrangendo tanto os estudantes de mestrado quanto os de doutorado.
“Anualmente promovido, este evento traz consigo uma série de vantagens significativas para a comunidade acadêmica. Ele oferece a oportunidade de apresentação de trabalhos, sendo acessível a todos os interessados. Dado o seu caráter internacional, é comum a participação de professores externos, os quais ministram palestras e minicursos. Essa abordagem não apenas fomenta a troca de conhecimento, mas também facilita a exposição de produtos e avanços em bio processos, muitos deles direcionados para as áreas de saúde humana e animal”, finaliza a Coordenadora.
Comentários desativados em Confira mais sobre o “I Fórum Mulheres na Ciência” do CCNCCN, Ciências, Forúm, pesquisa
Por Anny Santos
O “I Fórum Mulheres na Ciência – A História da mulher na Ciência”, organizado pela UNIÃO CCN, entidade representativa dos Centros em ações unificadas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, encerra sua programação nesta quarta-feira (23), sendo aberto a todos que se interessam pela temática.
O I Fórum Mulheres na Ciência é coordenado e organizado pela UNIÃO CCN com o apoio dos professores Dr. Alessandro Wilk Silva Almeida e Ma. Maria Rosário de Fátima Ferreira Batista do curso de Matemática. O evento visa contribuir para a conscientização, a valorização e a promoção da participação das mulheres nas áreas científicas, criando um ambiente mais igualitário e inclusivo para todas as pessoas interessadas em seguir carreiras científicas.
A professora Lilane de Araújo, docente do curso de Licenciatura em Matemática, ministrou, na manhã desta terça-feira (22), seguindo o cronograma do evento, a palestra “Sustentabilidade: um olhar para cadeia produtiva da Opala de Pedro II, Piauí“. Segundo ela, é importante realizar discussões sobre a temática do evento, trazendo mulheres a frente de trabalhos e pesquisas para mostrar aos discentes como é fazer um trabalho científico e como a participação das mulheres é de grande importância e relevância nas Ciências. “Além disso, falei sobre sustentabilidade e mostrei o passo a passo do desenvolvimento da pesquisa científica no âmbito acadêmico”.
Os participantes estão tendo a oportunidade de conhecer a história das mulheres na Ciência, participar de palestras científicas, oficinas e feiras científicas, além de debaterem sobre os direitos das mulheres em todos os âmbitos científicos por meio de mesas-redondas.
A aluna Yonara Oliveira, do 1° período do curso de Bacharelado em Biologia, destaca a importância de participar de eventos que demonstrem a relevância histórica e atual das mulheres em áreas que são majoritariamente “masculinas”, onde a presença de mulheres ainda parece escassa. “Debater essas desigualdades e reafirmar que podemos ocupar todos os locais é muito importante. Ontem e hoje, aprendemos sobre várias temáticas e, principalmente, sobre a história de mulheres brasileiras e piauienses que ocuparam e ocupam esses lugares”.
A iniciativa surgiu em novembro de 2022, em uma conversa entre os centros acadêmicos do Centro de Ciências da Natureza (CCN). A proposta foi unificar os eventos e criar uma entidade denominada UNIÃO CCN, que agora é responsável por ações unificadas no CCN e é formada pelos CA’s de Matemática, Química, Biologia e Física.
Comentários desativados em Egresso do Curso de Ciências Biológicas da UESPI identifica um novo gênero de isópodes terrestresegresso, pesquisa
Por Clara Monte
Egresso do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Picos, Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira, realizou uma pesquisa inovadora sobre isópodes terrestres, pequenos animais crustráceos conhecidos popularmente como tatuzinhos-de-jardim, culminando na elaboração de um artigo que descreve um novo gênero e duas novas espécies da família Platyarthridae para o estado do Piauí. Este artigo está publicado na revista internacional Zootaxa.
Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira analisando no laboratório da UESPI, utilizando o microscópio óptico
De acordo com o biólogo, formado pela UESPI, os estudos relacionados aos isópodes terrestres são importantes, pois estão inseridos no contexto da preservação de espécies dentro do ambiente natural. Em sua visão, o que permanece desconhecido não pode ser devidamente protegido. Por essa razão, ele se empenhou na tarefa de descrever as novas espécies para a Ciência, buscando contribuir, significativamente, para promover a conservação da biodiversidade.
Coletando “tatuzinhos” na natureza
“Atuo na área de Taxonomia, ramo da biologia responsável por descrever, identificar e nomear os seres vivos de acordo com os critérios estabelecidos, como aspectos morfológicos, genéticos, fisiológicos e reprodutivos, dentre outros. Assim, nesse artigo, descrevemos um novo grupo de crustáceos, sendo eles os isópodes terrestres, conhecidos popularmente como tatuzinhos-de-jardim. Pouco se conhece sobre a fauna e flora de Picos, estudos que tenham o objetivo de descrever espécies de animais e plantas, são emergenciais para mensurar como está o estado de conversação da biodiversidade presente no município”, finaliza o egresso.
Coletando tatuzinhos na natureza, observando em madeira caída
Formado em 2017, Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira relata que a universidade desempenhou um papel fundamental ao despertar sua curiosidade pelas diversas espécies isópodes terrestres. Já no segundo período do curso, ele recebeu um convite para integrar o GETOPI – Grupo de Estudos Taxonômicos dos Oniscidea do Piauí. Nesse contexto, ele se envolveu ativamente na pesquisa e mantém sua participação constante no grupo até os dias atuais, mesmo após sua conclusão de curso.
Espécie Paratrichorhina Piauiensis
O egresso ainda agradece aos seus professores orientadores da instituição, Daniela Grangeiro e Lucas Lima, que contribuíram de forma significativa a construção do artigo científico. Segundo Daniela Grangeiro, o trabalho empreendido possui uma relevância para a região, uma vez que traz à tona descobertas significativas decorrentes do projeto de pesquisa. Além disso, destaca, no âmbito acadêmico, a contribuição da pesquisa para o enriquecimento do conhecimento científico em relação as espécies que, anteriormente, não haviam sido minuciosamente estudadas.
“Quando vejo um aluno meu se destacar, fico emocionada. É gratificante saber que fiz parte de uma conquista do Carlos, pois ele sempre foi um aluno extremamente dedicado e esforçado. Mesmo após concluir sua formação, ele continua a se aprofundar em nossas pesquisas e, agora, diante de um tema tão crucial para a biologia, ele teve a oportunidade de se destacar novamente na área, revelando novas perspectivas sobre diversas espécies”, finaliza a orientadora.
Comentários desativados em Ensino de solos: projeto da UESPI propõe metodologias inovadoras no ensino de Geografiageografia, pesquisa, PIBIC
Por João Fernandes
O ensino das ciências tem exercido papel fundamental para formação de cidadãos com capacidade de interpretar o mundo à sua volta. Nessa perspectiva, professora e discentes do curso de Geografia, campus Poeta Torquato Neto, desenvolveram o projeto “Solos na Educação: Jogos como Instrumento Lúdico no ensino de Geografia”, que leva oficinas pedagógicas para escolas como forma de incentivar o ensino e aprendizagem de conceitos da Geografia.
O projeto busca utilizar jogos didáticos, visando tornar o conteúdo mais acessível e interessante para os alunos da educação básica. Com isto, a ideia é propor uma metodologia inovadora e lúdica para o ensino de geografia, que pode contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e para o aumento do interesse dos alunos pelo tema.
Para a Profa. Dra. Maria Luzineide Gomes Paula, Coordenadora do projeto, a pesquisa pode servir como base para o desenvolvimento de novas metodologias de ensino em outras áreas do conhecimento, dando suporte a outros professores que buscam alternativas metodológicas inovadoras para a construção de uma educação eficaz .
“A atividade lúdica e os jogos intervêm de maneira positiva no aprendizado em sala de aula. Ao longo do processo educativo é essencial aproveitar tudo aquilo que o discente tem de conhecimento no seu campo cognitivo e utilizar como norte para o desenvolvimento da aprendizagem. Para que essa aprendizagem aconteça o aluno deve ter vontade em aprender, ou todo o esforço por parte do professor tornará a aprendizagem mecanizada”, destaca a professora.
Projeto na prática
As primeiras atividades práticas foram realizadas na Oficina Pedagógica de 2022 em uma escola particular de Teresina, com alunos dos anos finais do ensino fundamental. Na ocasião, foram apresentados jogos feitos com recursos não convencionais como forma de apresentar temas ecológicos de forma lúdica, despertando à discussão da ciência dos solos como ferramenta de ensino de geografia.
O aluno Edson Osterne da Silva Santos, discente do 8° período de geografia, considera que o ensino da geografia enfrenta obstáculos que impedem de tornar o ensino mais efetivo nos ciclos básicos, por isso, o projeto propõe uma adequação dos materiais didáticos e uma mudança nos métodos atuais de ensino, visando o docente e sua formação.
“A atividade com jogos rompe com as práticas conservadoras, dando ao aluno a oportunidade de aprimorar a sua capacidade cognitiva e o desenvolvimento crítico na formação do conhecimento. Medidas como o uso de estratégias metodológicas de recursos didáticos não convencionais potencializam uma aprendizagem significativa, caso sejam bem aplicadas”, comenta o aluno.
Livya Calyne Linhares de Moura Costa, uma das integrantes do projeto, destaca que a iniciativa demonstrou a eficácia de atividades práticas e estimulou que os futuros profissionais exercessem métodos mais eficientes.
“Construímos jogos ecológicos a partir de materiais recicláveis como papelão, rolo de papel higiênico, tampinhas e até elementos do solo, tudo isso pensado para o ensino do conteúdo de solos. No âmbito acadêmico essa experiência estimulou minhas habilidades e competências de criatividade, organização, trabalho em equipe, dentre outros requisitos essenciais para o desempenho profissional na área da educação”, finaliza a aluna.
Em breve será publicado algumas outras contribuições dessa pesquisa de PIBIC como o Relatório Final do projeto em formato de resumo simples com titulação “Trabalhando os jogos ecológicos para o ensino de solos na Geografia” e também um Resumo simples e Expandido no III Seminário Didático – Pedagógico (SEMDIPE) do CCHL com o título “A importância das oficinas pedagógicas a partir do uso de jogos ecológicos relacionados ao conteúdo de solos nos anos finais do Ensino Fundamental”.
Comentários desativados em UESPI recebe visita técnica do Inmetro em busca de parceria para o progresso científico e tecnológico na instituição#educação, inmetro, pesquisa
Por Clara Monte, Vitor Gaspar e Priscila Fernandes
Visando o fortalecimento do desenvolvimento tecnológico e da inovação, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) recebeu uma delegação de servidores do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A visita técnica marca o início de uma colaboração que visa estreitar laços de cooperação entre as instituições e impulsionar o progresso científico e tecnológico da região.
A equipe do Inmetro que está conduzindo as Visitas Técnicas é composta pelos profissionais:
– Andrea Barroso Melo Monteiro de Queiroz, Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Novos Programas de Acreditação (Didac/Cgcre).
– Wagner de Aguiar Guedes, Assessor da Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre).
– Monique A. Getrouw, Gestora de Acreditação da Divisão de Acreditação de Laboratórios (Dicla/Cgcre).
– Charles Bezerra Prado, Coordenador do Centro de Capacitação (Cicma)
O Reitor, Prof. Dr. Evandro Alberto, enfatizou o desejo da instituição de se preparar, adequadamente, para as demandas do mercado, buscando aprimorar seus recursos e capacidades por meio dessa colaboração.
“Esta visita marca o início de uma jornada significativa para nossa universidade e nosso estado. A parceria com o Inmetro abre portas para avanços tecnológicos e oportunidades de inovação que terão um impacto profundo na nossa comunidade acadêmica e no desenvolvimento da região”.
Andrea Barroso, Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Novos Programas de Acreditação (Didac/Cgcre), expressou a satisfação da equipe do Inmetro com a primeira visita à universidade, enfatizando a abertura e hospitalidade da UESPI. Ela observou a demonstração do potencial técnico e robustez da instituição nas áreas de pesquisa e formação, ressaltando que a parceria com o Inmetro tem o potencial de ser produtiva para ambos os órgãos e para o país.
“São duas entidades públicas com expertise técnica altamente especializada e nossa expectativa é que este seja o começo de uma colaboração de longo prazo. Em termos de setores, as possibilidades são vastas. Atuamos em diversas áreas no Inmetro, da mesma forma que a universidade, que estamos visitando e explorando todo o potencial, seja na área de energia renovável, seja no agronegócio. Portanto, todas as atividades de ponta que a universidade está desenvolvendo podem ser aproveitadas nessa parceria”.
A recepção começou na reitoria do Palácio Pirajá
Visita técnica aos laboratórios
O encontro, que começou na manhã desta terça-feira, reuniu o Reitor, Pró-Reitores e pesquisadores da Universidade, proporcionando um espaço para discussões fundamentais sobre os objetivos da parceria e as atividades a serem desenvolvidas em conjunto. A UESPI teve a oportunidade de apresentar as atividades em andamento nos laboratórios da universidade, destacando o Núcleo de Formação e Pesquisa em Energias Renováveis e Telecomunicações (NUFPERPI).
Os técnicos do Inmetro puderam conhecer todas as instalações do Núcleo
Dentre os laboratórios que compõem o Núcleo, encontram-se o Laboratório de Práticas em Energias Renováveis (LAPER), Laboratório de Tecnologias Integradas (LATER), Centro de Monitoramento de Estudos Remotos (CMER), Laboratório de Arquitetura e Pesquisa em Redes (LAPRE) e o Laboratório de Redes Ópticas Passivas (LAPON).
O NUFPERPI desempenha um papel importante no avanço tecnológico, na pesquisa inovadora e na preparação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios do futuro sustentável. Com foco nas energias renováveis e nas telecomunicações, esse núcleo tem como objetivo principal explorar e desenvolver soluções tecnológicas que promovam a utilização eficiente e limpa dos recursos naturais.
O Coordenador do Núcleo e os docentes do curso de Engenharia apresentaram o NUFPERPI
Para falar sobre isso, a professora Regiane Melo, que atua no núcleo como docente e especialista em instalações elétricas e eletrônica de potência, ressaltou que essa possível parceria pode enriquecer os trabalhos que lá são realizados. Ela expressou a crença de que um novo parceiro traria benefícios significativos, facilitando a integração da universidade com a comunidade e promovendo ações práticas dentro do laboratório.
“Planejamos aumentar nossa presença no laboratório, envolvendo mais nossos alunos e alunas, com o objetivo de impulsionar pesquisas e atividades práticas. Isso certamente resultará em benefícios significativos para a comunidade. Essas colaborações e estratégias de laboratório desempenham um papel crucial, não apenas na formação de nossos estudantes, mas também no progresso e desenvolvimento do nosso estado”.
Glenerson Santos, estudante de Engenharia Elétrica, enfatizou a importância da parceria ao destacar que a Universidade pode desempenhar um papel significativo na área da pesquisa. “Assim podemos desenvolver diversos projetos e soluções que são necessários pelo mercado atual e também para a comunidade em geral. Trabalhamos na área de pesquisa, desenvolvendo projetos inovadores. Eu acredito que essa parceria possa fortalecer ainda mais esse aspecto”.
A programação continuou pela tarde. Os representantes conheceram o laboratório de fotoeletrocatálise; as pesquisas com células solares e fotoeletrocatálise (processos oxidativos avançados) e ao laboratório de síntese de materiais e fotocatalise, localizados no GERATEC.
Professores Geraldo e Reginaldo explicam como são desempenhadas as pesquisas nos laboratórios
Os professores Geraldo da Luz e Reginaldo da Silva Santos, do curso de Química conduziram a visita aos laboratórios no primeiro momento e apresentaram o que os discentes e docentes do curso têm desenvolvido por ali, demonstrando as potencialidades da UESPI.
“Essa integração com o INMETRO é extremamente importante por eles serem o órgão federal responsável pela acreditação dos laboratórios para a sociedade e colocá-los à disposição da sociedade. Então, está alinhado com os ideais da UESPI em integrar os laboratórios e formar um centro integrado. Essa acreditação se torna essencial pra gente”, afirma o professor Geraldo da Luz.
O professor Reginaldo da Silva acrescenta que ao longo de quinze anos da existência do GERATEC, a UESPI vem formando profissionais, mão de obra qualificada e a visita do INMETRO abre mais possibilidades para a comunidade acadêmica. “A UESPI já tem uma base muito boa, muito potencial, pesquisadores capacitados que já ultrapassaram as barreiras da universidade. Essa parceria dá a oportunidade de uma inserção maior dentro do campo de trabalho”.
Os laboratórios de Biologia: LABMICRO e LABIOVEG também fizeram parte da tour. A professora Francisca Lúcia de Lima, coordenadora do LABMICRO, explicou que no estado do Piauí, a UESPI é uma das poucas instituições que desenvolve pesquisas em microbiologia, a expectativa é que a parceria expanda a produção. “Esse é um marco que oportuniza para a UESPI uma nova fase de desenvolvimento. Nossos pesquisadores teriam contato com outras metodologias, outros padrões, e essa integralização é importante”, enfatiza.
“São novos caminhos, novas formas de trabalhar e novos protocolos. Além disso, a gente se anima com a possibilidade melhora e expansão dos nossos laboratórios e melhorias na nossa prática”, assim definiu a professora Emília Saleh, coordenadora do LABIOVEG, que destacou sobre a felicidade em receber a equipe do INMETRO.
LABIOVEG também foi um dos laboratórios contemplados com a visita dos representantes
Crescimento científico da universidade
A aproximação com o Inmetro é vista como uma oportunidade estratégica, permitindo que a Universidade se posicione na vanguarda do desenvolvimento tecnológico no Nordeste. A cooperação visa não apenas fortalecer as áreas de pesquisa e pós-graduação, mas também alavancar o setor produtivo local, apoiar negócios e contribuir para o progresso do estado do Piauí.
O Prof. Rauyris Allencar, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UESPI, expressou otimismo em relação ao futuro dessa colaboração. Ele enfatizou que a parceria tem o potencial de impulsionar a Universidade e o estado do Piauí em direção a um horizonte de inovação e desenvolvimento sustentável.
“Isso coloca a UESPI em uma posição de vanguarda e de contribuição para esse desenvolvimento tecnológico do nosso estado, apoiando o setor produtivo e os negócios que são desenvolvidos aqui”.
Com a perspectiva de formalização ainda neste segundo semestre, as instituições almejam construir um futuro tecnológico brilhante, impulsionando a pesquisa, a inovação e o crescimento regional.
A visita encerrou nesta manhã (9) com uma reunião para as tratativas finais