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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Primeira egressa do curso de Letras (Regime Regular) da UESPI de Oeiras desenvolve tese de doutorado sobre a relação entre literatura e música

Por Natália Sousa (estágio supervisionado sob orientação da Profa. Sammara Jericó)

Professora e primeira egressa do curso de Letras (regime regular), do Campus Professor Possidônio Queiroz, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), de Oeiras-PI, Profa. Dra. Elimar Barbosa de Barros, realizou uma tese de doutorado sobre o estudo do espaço literário na relação entre a Literatura e a Música.

A pesquisa intitulada: “A trilha do poema rumo à canção: recursos de espacialidade no processo de transposição intersemiótica”, inserida na área de Concentração em Estudos Literários, foi desenvolvida no programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Piauí, sob a orientação do Prof. Dr. Carlos André Pinheiro. Por meio do método comparativo, a pesquisa aborda questões de espacialidade no trâmite do poema para a canção, apresentando uma análise interdisciplinar a partir de poemas que se transformam canções.

Segundo a Profa. Elimar Barros, sua pesquisa traz contribuições, para a comunidade acadêmica, tanto no que se refere aos estudos literários, em torno da categoria do espaço, quanto para os estudos da relação entre Literatura e Música. Sua tese concebe o poema-musicado como um gênero específico de canção, e a partir de uma abordagem interdisciplinar, pelo método comparativo demonstra como a mudança de suporte reconfigura a espacial idade do poema impacta na sua interpretação quando ele se torna uma canção. Sua pesquisa apresenta contribuições metodológicas e críticas em relação ao estudo desse gênero.

Ao analisar um poema-musicado é preciso considerar que ele é um tipo específico de canção situado entre a literatura e a música, ou seja, é uma canção cuja letra tem uma origem anterior, conhecida; é um poema autônomo, que, uma vez musicado, amplia suas possibilidades interpretativas”, afirmou.

Para o desenvolvimento de sua tese, a professora Elimar Barros analisou poemas de Carlos Drummond de Andrade, musicados por Belchior e poemas de Arnaldo Antunes musicados por ele mesmo. Assim, do ponto de vista teórico, além de propor uma metodologia de análise, ou seja, uma forma de como se lê esse gênero que resulta da relação entre Literatura e Música, mostrando como o espaço literário se comporta na mudança de um suporte para outro, a tese também apresenta inovação no sentido da crítica literária pelas leituras originais apresentadas na análise dos poemas-musicados da obra de Belchior e de Arnaldo Antunes. 

Uespi contribui com o desenvolvimento da tese

Entre os desafios citados pela Professora destaca-se o fato de ter iniciado o desenvolvimento de sua tese na época da Pandemia do Coronavírus, em 2021, que, além de questões de saúde, como consequência, limitou o convívio entre colegas e docentes do programa de Pós-Graduação.

O processo se tornou mais solitário do que naturalmente ele já é. Mas, seguindo as orientações do meu orientador e contando com o apoio da UESPI, para me dedicar exclusivamente ao desenvolvimento da pesquisa, acredito que foi possível realizar um bom trabalho. A tese traça contribuições para os estudos literários e para os estudos da canção”, acrescentou Elimar Barros.

Elimar Barros é a primeira Doutora da primeira turma de Letras do regime regular da UESPI de Oeiras

Professora Assistente II da UESPI, no campus Professor Possidônio Queiroz, em Oeiras, Elimar Barbosa de Barros já possui um vínculo antigo com a universidade. Egressa da primeira turma do curso de Letras do Regime Regular da instituição, a professora celebra a conquista de seu doutorado enfatizando como o campus da UESPI de Oeiras foi fundamental na sua trajetória e como ele evoluiu ao longo dos anos.

Meus professores da graduação eram verdadeiros heróis: corriam de uma escola para outra e ministravam aulas na universidade, lançando as bases de um sonho coletivo – o de ter uma instituição de ensino superior em Oeiras. Hoje, o Campus conta com professores em regime de Dedicação Exclusiva, inclusive, eu. Enfatizo essas questões para demonstrar o quanto o campus evoluiu ao longo dos anos e, sobretudo, para incentivar meus alunos”, completou Elimar Barros.

Universidade Estadual do Piauí se reúne com membros da Missão de Oficiais da União Europeia para promover trabalhos científicos

Por:Natália Sousa (estágio supervisionado sob orientação da Profa. Sammara Jericó)


Com o objetivo de fortalecer o vínculo com instituições internacionais, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), recebeu nesta quarta-feira (26/03) membros da comitiva
da Missão de Oficiais para Ciência, Tecnologia e Inovação da União Europeia para promover grupos de pesquisa e áreas estratégicas da universidade com representantes internacionais. O evento, que aconteceu no Auditório Pirajá, reuniu representantes de países europeus, como: Valônia-Bruxelas, Lituânia, Hungria, Espanha, Alemanha, Croácia e Polônia para conhecer a instituição através de suas contribuições acadêmicas.

O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, celebrou a recepção dos membros da União Europeia como um momento muito importante para a universidade. “Neste momento tão importante, onde nós vamos apresentar um pouco do que a universidade desenvolve nas pesquisas, e sobretudo, de ter a oportunidade de estreitar esse importante laço entre essas nações e a nossa universidade”, afirmou o Prof. Dr. Evandro Alberto.

Na ocasião, cerca de 10 representantes de grupos de pesquisas da Uespi tiveram a oportunidade de destacar seus trabalhos científicos, promovendo pesquisas das áreas de energias renováveis, biotecnologia, inovação e meio ambiente. Para o Coordenador do Departamento de Relações Internacionais, Prof. Dr. Orlando Berti, a visita da Missão de Oficiais da União Europeia reforça o potencial de pesquisa e extensão da instituição, possibilitando novos investimentos para a Uespi.

Esse é um momento muito incrível, pois estamos recebendo representantes de nove países diferentes. Pessoas que vieram conhecer os potenciais da Uespi de pesquisa e extensão, ou seja, levando esses potenciais para possibilidades de novos investimentos através de editais para a nossa uespi”, ressaltou o professor.

O evento abriu espaço para que professores e professoras da universidade pudessem destacar suas pesquisas. O professor Antonio Maia, coordenador do grupo Biotecnologia e Inovação, ressaltou sua pesquisa sobre o desenvolvimento de Bioprodutos e Bioprocessos, onde estão sendo desenvolvidos protótipos que auxiliam a melhorar a qualidade de vida de crianças autistas e com necessidades especiais.

Hoje temos a mais nova linha de pesquisa do grupo, que é sobre tecnologia assistiva. Já tivemos o primeiro protótipo, que está em fase de validação. E agora estamos com o segundo protótipo, que são vocalizadores, que estamos desenvolvendo para auxiliar crianças autistas a ter uma comunicação melhor através dos protótipos”, frisou o professor.

Reveja a Transmissão:

 

Pesquisa do PIBIC da UESPI resgata “os esquecidos” na Batalha do Jenipapo por meio dos quadrinhos

Por Raíza Leão

Uma pesquisa desenvolvida no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) está resgatando uma perspectiva pouco explorada da Batalha do Jenipapo. O estudo investiga a participação de pessoas comuns, frequentemente esquecidas pela historiografia tradicional, e analisa como a HQ “Foices e Facões” retrata a resistência popular e o papel dos trabalhadores rurais, vaqueiros e outros grupos marginalizados na luta contra as tropas portuguesas em 1823.

A pesquisa é conduzida no Núcleo de Pesquisas em História Cultural, Sociedades e História da Educação Brasileira (NUPHEB), do Centro de Ciências da Educação, Comunicação e Artes (CCECA). Seu objetivo é desafiar a visão tradicional da história, oferecendo uma abordagem mais social e popular. O foco do estudo é a obra “Foices e Facões”, criada pelos irmãos Bernardo Aurélio, mestre em História pela UFPI, e Caio Oliveira.

HQ “Foices e Facões”, criada pelos irmãos Bernardo Aurélio e Caio Oliveira

De acordo com o professor Robson Carlos da Silva, coordenador do projeto, “essa pesquisa amplia a abordagem do PIBIC, permitindo que temas sociais, especialmente dos grupos populares, sejam mais explorados. Trabalhamos com teorias dos quadrinhos, capoeira, relações étnico-raciais e interseccionalidade, usando a HQ como ferramenta para dar voz a personagens historicamente esquecidos, como vaqueiros, donas de casa e trabalhadores rurais”.

O professor também destaca a importância dessa iniciativa para a própria UESPI. “A pesquisa fortalece a universidade como uma instituição que desenvolve estudos vivos e relevantes. A UESPI, por meio de Pedagogia e do Mestrado Interdisciplinar em Sociedade e Cultura, vem criando um espaço significativo para a valorização da memória e identidade cultural”.

Maria Eduarda da Silva Teixeira, bolsista e estudante do 7º bloco de Pedagogia, fala que a experiência está sendo muito positiva. “Participar dessa pesquisa foi extremamente enriquecedor. Trabalhar com narrativas populares ampliou minha compreensão sobre a construção da memória coletiva e da identidade cultural. Os quadrinhos tornam a história mais acessível e engajadora, dando voz a personagens muitas vezes esquecidos. Antes, minha visão da história estava centrada nos grandes líderes, mas agora vejo que são as pessoas comuns que realmente fazem a história”.

Maria Eduarda da Silva Teixeira, bolsista e estudante do 7º bloco de Pedagogia

Ela também comenta o valor pedagógico dos quadrinhos. “Estudar a Batalha do Jenipapo por meio da arte sequencial mostrou como essa abordagem pode despertar o interesse dos alunos e facilitar o aprendizado. A história não é apenas um conjunto de datas e eventos; ela é um processo dinâmico, repleto de disputas narrativas que precisam ser constantemente revisadas e ressignificadas”.

Os resultados parciais da pesquisa serão apresentados por Maria Eduarda da Silva Teixeira durante o Seminário do Mestrado Interdisciplinar em Sociedade e Cultura (PPGSC) da UESPI. Ela destacará as principais descobertas do estudo, a relevância de “Foices e Facões” na ressignificação da memória popular da Batalha do Jenipapo e o impacto dessa pesquisa na construção de uma visão mais inclusiva e plural sobre o passado.

Para saber mais sobre a HQ “Foices e Facões” e o processo de criação da obra , assista ao vídeo com os autores no Youtube: 

Alunas do curso de enfermagem da UESPI apresentam pesquisas no II Seminário Piauiense de Hanseníase

Por Jésila Fontinele

Alunas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, foram responsáveis por apresentar suas pesquisas no II Seminário Piauiense de Hanseníase, realizado no Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O evento foi promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) em parceria com outras instituições, como Fiocruz, Morhan e Ciaten, e contou com diversas discussões sobre a temática.

“Foi extremamente importante levar para um público fora de Parnaíba, composto por autoridades de saúde e profissionais, a oportunidade de realmente conhecer o trabalho que é executado aqui no Hospital Colônia do Carpina“, pontuou Ana Paula Fontenele, estudante de enfermagem que apresentou o projeto no seminário de hanseníase.

A pesquisa foi resultado de um projeto já em execução sobre as incapacidades físicas das pessoas que moram no Hospital Colônia. Ana Paula descreveu que o hospital funcionava como um leprosário, no qual as pessoas diagnosticadas eram isoladas compulsoriamente nesses locais, em determinadas situações, de maneira tardia. Assim, alguns pacientes apresentavam um grau de incapacidade bastante elevado.

“Descobri que a Colônia é muito centrada em Parnaíba, as pessoas de fora não sabem que ela ainda existe, que funciona, e que há uma equipe multiprofissional disponível 24 horas para os pacientes e até mesmo para as comunidades externas”, frisou a estudante.

A estudante de enfermagem, Kaylane Oliveira, apresentou sua pesquisa sobre relatos de experiências vividas no Hospital Colônia do Carpina, e destacou os impactos da negligência e do preconceito sofridos por uma população que esteve em isolamento por anos, também ressaltados pela aluna Ana Paula. ”Minha participação no evento contribuiu para mostrar aos profissionais e demais ouvintes a realidade do Hospital Colônia e dos moradores”. Segundo Kaylane, os ouvintes ficaram impressionados com as histórias. Ela ainda reforça que o tema, que envolve os moradores da Colônia, foi abordado em um momento necessário.”

“A participação das alunas no II Seminário Piauiense sobre Hanseníase foi extremamente enriquecedora, pois proporcionou uma imersão em saberes atualizados, trocas de experiências exitosas e contato com profissionais experientes na área”, afirmou a professora Dra. Rayla Maria Pontes do curso de enfermagem, que também destacou a relevância dos projetos, os quais possibilitam aos discentes aprendizados práticos e reflexivos. “Essa integração fortalece a formação dos futuros enfermeiros, capacitando-os para um atendimento mais qualificado e sensível às necessidades dos pacientes”, disse a professora.

Em suas palavras, a professora Dra. Gerarlene Guimarães ratificou a contribuição das pesquisas científicas para o aprimoramento do conhecimento técnico e a sensibilização para o estigma e preconceito, permitindo que os estudantes interajam com profissionais experientes na temática.

“Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (2024), houve uma taxa de detecção de 22,73 casos novos por 100.000 habitantes no Piauí, no ano de 2022, apresentando-se endêmica no Estado. Assim, a participação das alunas da graduação de Enfermagem neste seminário foi de grande relevância, contribuindo para uma visão holística sobre a doença, diagnóstico, tratamento e cura”, concluiu a professora, que relatou que o seminário consolidou o aprendizado das alunas que estudaram sobre a doença.

Tema da pesquisa Ana Paula Fontenele: AVALIAÇÃO DERMATONEUROLÓGICA EM PESSOAS COM LIMITAÇÕES DECORRENTES DA HANSENÍASE EM UM EX-HOSPITAL COLÔNIA

Autores: Ana Paula Fontenele Sampaio, Ananda Moraes Manda, Joselyne Val de Oliveira e Rayla Maria Pontes Guimarães Costa

Tema da pesquisa: VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM COM PESSOAS RESIDENTES DE UM EX-HOSPITAL COLÔNIA: relato de experiência.

Autores: Kaylane dos Santos Oliveira, Clarisse Maria de Brito Oliveira, Gerarlene Ponte Guimarães Santos e Rayla Maria Pontes Guimarães Costa

Cientista piauiense da equipe do vencedor prêmio Nobel de Medicina faz visita à UESPI

Por Jésila Fontinele 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) teve a honra de receber a pesquisadora Joanna Lima, que integra a equipe de laboratório em Oxford liderado por Peter Ratcliffe, vencedor do prêmio Nobel de Medicina. Ela visitou o Núcleo de pesquisa em Biotecnologia e Biodiversidade (NPBio) da instituição.

A visita foi marcada por conversas produtivas, além de reforçar o potencial de futuras parcerias na área da saúde. “Nessa conversa, discutimos muitas possibilidades e ciências relacionadas à saúde. Com o Professor Figueredo, um gênio na patologia, Professor Maia e outros, discutimos o potencial de linkar nossas pesquisas”, disse a pesquisadora Joanna Lima, na qual trabalha na área de pesquisa oncológica, onde utiliza técnicas de histologia, sequenciamento da nova geração, hibridização in situ entre outros.

A cientista Joanna revelou seu desejo de ingressar na UESPI a fim de auxiliar os estudantes  da  instituição com a proposta de internacionalização. “Conversei bastante com o Professor Fabricio, que também teve essa experiência fantástica no Japão. Acredito que, se essa nossa união se tornar possível, vamos conseguir juntos democratizar esse espaço de brasileiros no exterior”. Joanna também enfatizou sua felicidade em torna-se uma referência entre brasileiros que fazem pesquisa fora do país. “Como a única brasileira na equipe do Nobel com o professor Peter Ratcliffe, sei que esse é o sonho de muitos alunos brasileiros e, com isso, tenho auxiliado alunos nas redes sociais e por meio do projeto de extensão que criei, chamado ‘Aplique no Alvo’, assim ajudo alunos na conquista de bolsas de estudo no exterior, não apenas na área da saúde, mas em diversas áreas”, concluiu.

Segundo o professor Fabricio Tapety, a cientista Joanna Lima trabalha no laboratório em Oxford com células cancerígenas em rins, a fim de descobrir o que acontece com as células. “Todas as nossa células tem um bloqueio para desenvolvimento de câncer, então o que acontece com o gene  que bloqueia a formação do câncer? Como esse gene é silenciado e deixa de aparecer o surgimento de células cancerígenas nos rins?, no caso o câncer renal”. A pesquisadora trabalha  com anticorpos, colorações específicas, a fim de detectar células precoces de câncer depois que os genes são silenciados.

O professor também explicou a possibilidade de Joana Lima retornar à Uespi como professora visitante. “ Através de um processo, de um edital aberto para professor visitante para universidades estrangeiras,  como ela está afiliada na cidade de Oxford, ela teria essa chance de concorrer e ser agraciada. Vamos trabalhar isso, já existe esse processo feito pelo setor de pesquisa, a Pró-reitoria de Pesquisa (PROP)”. Joanna ficaria em torno de  2 anos  produzindo ciência, pesquisando, ensinando e sendo remunerado pela instituição.

O prof. Tapety mencionou a contribuição para a pesquisa, além da possibilidade de parcerias com a Universidade de Oxford, permitindo a publicação de estudos, além da análise de amostras tanto no Brasil (UESPI) quanto na Inglaterra ( OXFORD).  A pesquisadora Joana também viabilizou sua vontade em concretizar essa parceria.

 

 

A cientista piauiense formou-se em Biologia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), e ingressou no mestrado em São Paulo pela Universidade de São Paulo (USP), na qual iniciou sua pesquisa sobre perda de peso em pacientes em tratamento contar o câncer.

Joanna deixou um recado de incentivo  aos estudante e colaboradores da instituição. “Sei que assim como ‘eu’ do passado, não acreditava que era possível. O ‘Eu’ de hoje quer te dizer para acreditar, use as redes sociais para consumir paginas boas, de bons mentores que podem te proporcionar algo bom e mudar a vida de vocês. Se você sonha com isso, se permita a tentar, a falhar, a ser rejeitado uma, duas, três, varias vezes. Persista e essa hora vai chegar”, disse Joanna, que mostra através da sua jornada, a importância de não desistir, além de retratar através dela a importância da ciência, como um meio transformador  e essencial.

 

Projeto da UESPI promove saúde e prevenção de riscos ocupacionais para marisqueiros (as) de Ilha Grande – PÍ

Por: Danilo Kelvin 

Coordenado pela professora Dr. Maria do Socorro Candeira Costa Seixas, o projeto de extensão Saúde dos trabalhadores da pesca artesanal: abordagem da enfermagem na prevenção dos riscos ocupacionais, desenvolvido pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), tem como objetivo principal identificar e prevenir os riscos enfrentados por marisqueiras e marisqueiros durante o trabalho de cata de mariscos.
A iniciativa, de caráter interdisciplinar, integra conhecimentos de educação em saúde, saúde do trabalhador e biossegurança, promovendo ações que conectam a academia à comunidade.

projeto de extensão “Saúde dos trabalhadores da pesca artesanal: abordagem da enfermagem na prevenção dos riscos ocupacionais” Foto – Arquivo Pessoal

A execução do projeto ocorre em várias etapas, sendo uma delas a observação direta do trabalho de mariscagem. Nessa fase, acadêmicos do Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária (PIBEU) da UESPI acompanharam as marisqueiros (as) em campo, utilizando um roteiro de observação para registrar os riscos ocupacionais presentes em cada etapa do trabalho. A atividade foi realizada na sede da Associação de Catadores de Mariscos de Ilha Grande, no município de Ilha Grande – PÍ, próximo ao Porto dos Tatus.

O que é PIBEU?

O Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária (PIBEU) desempenha um papel central na realização de iniciativas como esta. De acordo com a Pró-Reitora em exercício da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX), Aline Meneses, “o PIBEU é um programa institucional da Universidade Estadual do Piauí que tem como objetivo estimular e apoiar o desenvolvimento de ações extensionistas como práticas acadêmicas e socioculturais, desenvolvidas por docentes e técnicos da nossa universidade. Ele visa ampliar os conhecimentos nas áreas temáticas de extensão e fortalecer a relação entre ensino, pesquisa e extensão.”

Aline também ressaltou que, anualmente, a UESPI oferece 70 bolsas de extensão, pagas mensalmente, com valor atual de R$ 700,00 por mês para cada bolsista, durante 12 meses. “Essa iniciativa garante aos alunos bolsistas apoio financeiro enquanto participam ativamente de projetos que conectam a academia às demandas reais da sociedade”, afirmou.

Transformação Social e Impacto Comunitário

Durante a observação, os acadêmicos foram guiadas por dona Luiza, uma das marisqueiras da associação, que apresentou a localidade e destacou a diversidade da flora local. “Ela nos mostrou o caminho percorrido diariamente e explicou como o trabalho é realizado, desde a cata até o transporte dos mariscos”, relatou Vitória Elayne, aluna do 10° período de Enfermagem e integrante do projeto. Vitória é estudante do campus da UESPI em Parnaíba.

observação direta do trabalho de mariscagem/ Foto: Arquivo Pessoal

Entre os riscos ocupacionais identificados estão a exposição ao calor excessivo, movimentos repetitivos, sobrecarga nos membros superiores e lombar, umidade, radiação solar, ataques de animais marinhos e poluição“Esses trabalhadores enfrentam condições extremamente desafiadoras, muitas vezes sem qualquer tipo de proteção ou assistência adequada”, destacou Vitória.

Foto: Arquivo Pessoal

O projeto tem uma relevância científica e social, pois se debruça sobre a saúde ocupacional de trabalhadores informais. O objetivo da iniciativa é modificar essa realidade e contribuir para a prevenção de agravos relacionados ao trabalho, promovendo melhorias na qualidade de vida dos marisqueiros e marisqueiras de Ilha Grande – PÍ.

A UESPI, por meio desse projeto, reforça seu compromisso com a extensão universitária e a promoção de ações que integram o conhecimento acadêmico às necessidades da comunidade. “A universidade tem um papel fundamental na transformação social, e esse projeto é um exemplo de como podemos unir teoria e prática para melhorar a vida das pessoas”, completou a aluna.

O projeto continua em execução, com novas etapas previstas para ampliar o diálogo com a comunidade e implementar ações de prevenção e educação em saúde.

Alunos do curso de enfermagem da UESPI de Parnaíba conquistam prêmio RESS Evidencia 2024 com estudo sobre mortalidade materna no Nordeste do Brasil

Por Roger Cunha 

O artigo científico intitulado “Mortalidade materna no Nordeste do Brasil, 2009-2019: distribuição espacial, tendência e fatores associados”, desenvolvido pelos discentes Taynara Lais, Ianne Vitória Oliveira; Thalis Kennedy Azevedo; Maria Izabel Félix e Maria Madalena Frota sob orientação da professora Thatiana Maranhão, do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), foi o vencedor do Prêmio RESS Evidência 2024. Instituído em 2012, o prêmio reconhece anualmente o melhor artigo original publicado na revista Epidemiologia e Serviços de Saúde (RESS), com o objetivo de incentivar a produção científica em epidemiologia e fortalecer as ações de saúde pública no Brasil.

Prêmio RESS Evidência 2024

A UESPI concorreu com artigo fruto da pesquisada liderada pela professora Thatiana Maranhão com as egressas Ianne Vitória e Taynara Silva, e outras coautora e que apresentou o trabalho na sua versão final em uma sessão online no dia 2 de outubro de 2024, durante o Ciclo de Estudos da Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde (RESS).

O trabalho premiado analisou a mortalidade materna no Nordeste brasileiro ao longo de uma década, identificando padrões de distribuição e tendências regionais. Ao levantar dados sobre os fatores associados à mortalidade materna, a pesquisa oferece informações essenciais para políticas públicas que visem reduzir esses índices na região, contribuindo diretamente para a melhoria da saúde materna.

A conquista foi celebrada quando Taynara Lais recebeu um contato oficial do Ministério da Saúde confirmando a premiação e o convite para apresentar os resultados no Congresso Brasileiro de Epidemiologia, no Rio de Janeiro. A viagem será custeada pelo Ministério da Saúde, e Taynara representará o Piauí, levando a bandeira da UESPI e dando visibilidade nacional ao trabalho científico da universidade.

O Prêmio RESS Evidência seleciona o melhor artigo entre todos os artigos originais publicados na revista anualmente, sem necessidade de inscrição, garantindo que o reconhecimento se dê pela relevância científica e impacto social dos trabalhos. Com essa conquista, a UESPI reafirma seu compromisso com a produção de conhecimento voltado para o desenvolvimento de soluções em saúde pública, demonstrando como a pesquisa acadêmica pode contribuir diretamente para políticas de vigilância, prevenção e controle de doenças no Brasil.

Taynara Lais, aluna da UESPI e vencedora do Prêmio RESS Evidência 2024, compartilhou os desafios enfrentados durante a elaboração do artigo vencedor. “Atividades acadêmicas com a escrita científica”, para uma publicação exigente como a Epidemiologia e Serviços de Saúde (RESS), não foi uma tarefa fácil. Segundo Taynara, “um periódico científico com o rigor da RESS exige tempo, estudo, dedicação e paciência para passar pelo crivo de revisões”. O processo incluiu prazos apertados e constantes ajustes no artigo, além das demandas do curso, o que tornou difícil manter a motivação.

Em meio a essa rotina intensa, Taynara Lais destacou o apoio fundamental de sua orientadora, a professora Thatiana Maranhão, que esteve ao seu lado durante todo o processo. “Nossa orientadora foi essencial, pois ela sempre nos incentivou, falando da importância da publicação nessa revista”, relatou a discente. A professora, segundo Taynara, não apenas reforçou o valor acadêmico do trabalho, mas também o impacto que ele traria para sua formação profissional. “Ela nos mostrou como isso é importante para o nosso crescimento como futuros profissionais”, acrescentou. Esse suporte foi crucial para que a equipe persistisse até a publicação, motivada pela “relevância da pesquisa” e pela contribuição que o estudo poderia oferecer à saúde pública.

Para a discente, representar o Piauí no Congresso Brasileiro de Epidemiologia é uma experiência de grande realização e orgulho. “É extremamente gratificante poder representar o Piauí, e principalmente, um campus de uma instituição estadual do interior do estado, em um evento nacional de grande relevância para a saúde”, afirmou a estudante. Ela considera a oportunidade de levar ao congresso um trabalho desenvolvido na iniciação científica da UESPI como uma prova concreta da qualidade do ensino oferecido pela universidade.

Aluna Taynara Lais e a professora Thatiana Maranhão, do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí.

Taynara Lais vê nos resultados de sua pesquisa uma oportunidade de gerar impacto significativo na saúde pública brasileira. “Apesar da redução, a mortalidade materna na região Nordeste do Brasil ainda persiste como um grave problema de saúde pública”, afirmou. Segundo ela, o estudo não apenas chama atenção para essa questão urgente, mas também indica “áreas prioritárias para o direcionamento de ações” e reforça a necessidade de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) como um passo essencial no combate a essa realidade.

Além de contribuir com dados para políticas públicas, Taynara espera que a pesquisa inspire novos trabalhos sobre o tema e motive mais pessoas a se dedicarem ao campo. “Espero que essa pesquisa inspire outras pessoas a contribuírem com a temática… para que um dia possamos acabar com a mortalidade materna como problema de saúde pública no Brasil”, finalizou, demonstrando esperança de que os estudos possam levar a mudanças concretas na assistência e nas políticas públicas voltadas à saúde materna no país.

Para a professora Thatiana Maranhão, discutir a mortalidade materna na formação dos alunos de Enfermagem é essencial, especialmente em cursos voltados para a realidade brasileira. “Falar sobre mortalidade materna para alunos de graduação em Enfermagem é uma necessidade urgente, visto que consiste em um problema característico de locais mais pobres e uma parte considerável desses óbitos poderia ser evitada”, afirmou. Segundo ela, compreender a mortalidade materna vai além de uma abordagem técnica; é uma questão de justiça social e compromisso com a saúde pública, uma vez que muitos desses casos ocorrem em comunidades vulneráveis onde o acesso a cuidados adequados é limitado.

A orientação da professora Thatiana Maranhão foi fundamental para o desenvolvimento do trabalho de Taynara Lais, especialmente no que diz respeito à abordagem da saúde materno-infantil. “Trabalhei a temática da saúde materno-infantil com os meus alunos de PIBIC e TCC e tivemos alguns produtos interessantes”, relatou a professora, destacando a continuidade da pesquisa sobre mortalidade materna. Ela enfatizou que o trabalho de Taynara é parte de um esforço maior dentro de seu grupo de pesquisa, que já produziu estudos relevantes na área.

Além do artigo vencedor na Epidemiologia e Serviços de Saúde, Thatiana mencionou a publicação de um estudo sobre mortalidade materna no Brasil na Revista Ciência e Saúde Coletiva, um periódico de grande prestígio. Ela indicou que, para quem deseja ter uma visão mais ampla do problema a nível nacional, o trabalho está disponível no link:https://www.scielo.br/j/csc/a/79GdN5XdfvvQdFNPPGxkzgn/.

A professora também compartilhou outros produtos de seu grupo de pesquisa, que contribuíram para aprofundar o entendimento da mortalidade materna. “Nosso grupo de pesquisa publicou outros trabalhos importantes sobre a temática”, complementou, fornecendo links para mais estudos:

Essas publicações ilustram a abordagem abrangente da professora Thatiana Maranhão no campo da saúde materno-infantil e como sua orientação foi crucial para o desenvolvimento do trabalho de Taynara Lais.

A professora Thatiana Maranhão espera que a apresentação do trabalho de Taynara no Congresso Brasileiro de Epidemiologia tenha um impacto significativo nos participantes, especialmente ao destacar a capacidade da UESPI e do Piauí em contribuir com pesquisas de relevância nacional. “O nosso trabalho será apresentado em um importante congresso da área de epidemiologia, que conta com pesquisadores renomados da nossa área a nível nacional e internacional. Com isso, pretendemos mostrar para o Brasil que o Piauí e, mais especificamente, a UESPI, são capazes de desenvolver pesquisas de alto impacto para a epidemiologia e saúde pública nordestina e brasileira”, explicou.

 

Professora da UESPI em Corrente desenvolve tecnologia para controle de pragas no feijão-caupi com apoio do edital UESPITECH

Por Danilo Kelvin 

A professora Maria Andreia Nunes, do campus da UESPI em Corrente, foi contemplada pelo edital UESPI-TECH para desenvolver uma tecnologia de manejo de pragas no cultivo de feijão-caupi, cultura de grande importância para a região. O projeto recebeu R$ 25 mil em financiamento, permitindo a compra de um microscópio e outros equipamentos essenciais para a pesquisa, que antes enfrentavam limitações de infraestrutura.

Cowpea Seeds

Com o uso de inteligência artificial, a ferramenta proposta pela professora Andreia identifica pragas de forma precisa, o que facilita o controle direcionado e reduz a necessidade do uso de agrotóxicos. 

Além de promover uma agricultura mais sustentável, a tecnologia beneficia diretamente os agricultores locais, oferecendo um método mais seguro e eficaz de manejo. “Esse financiamento foi fundamental para que pudéssemos avançar na pesquisa, suprindo a carência de equipamentos no campus e viabilizando um projeto com grande impacto social e ambiental para a nossa região,” destaca a professora Andreia.

UESPI realiza pesquisa inédita para quantificação de carbono no Cerrado Piauiense

Por Danilo Kelvin

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) está conduzindo um estudo inédito para quantificar o carbono armazenado no solo do Cerrado Piauiense, com foco no impacto das atividades agrícolas na região. O projeto, liderado pelo Prof. Dr. Francisco de Assis Pereira Leonardo, do campus de Uruçuí, foi contemplado pelo edital UESPI TECH e conta com financiamento de R$ 25 mil, destinado à aquisição de equipamentos e insumos necessários para o avanço das pesquisas.

O estudo avalia a capacidade do solo do Cerrado de acumular carbono em áreas cultivadas e preservadas, analisando como o uso agrícola afeta o sequestro de carbono, crucial para a sustentabilidade ambiental. “A expansão agrícola vem acompanhada de emissões de carbono, e é essencial mensurar o que está sendo acumulado no solo, além de propor práticas agrícolas que reforcem o sequestro de carbono”, comenta o Prof. Francisco Leonardo.

Ele acrescenta que o aporte do edital foi fundamental para dar continuidade à pesquisa, estruturando melhor o laboratório e garantindo recursos para as amostragens de campo.

A pesquisa é uma contribuição valiosa para a preservação do Cerrado e para o desenvolvimento de práticas agrícolas que auxiliem no combate às mudanças climáticas, promovendo um uso do solo mais sustentável e compatível com a conservação ambiental.

Confira como foi a abertura da I Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI

Por Roger Cunha

A Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) está em pleno andamento com atividades programadas até o dia 31 de outubro. O evento, que reúne pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas áreas, visa promover a troca de conhecimentos e experiências, fortalecendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão. Na abertura, autoridades da universidade e de instituições parceiras marcaram presença, destacando a importância da pesquisa e da inovação no desenvolvimento do estado.

A Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI

O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, fez uma explanação sobre os avanços da universidade, ressaltando os 66 milhões de reais investidos em infraestrutura. “A nossa UESP é a nossa maior paixão. Estamos integrados nesse conjunto de profissionais de excelência, e precisamos reconhecer os desafios que temos, mas também enxergar a evolução que estamos passando. Com investimentos de 66 milhões em infraestrutura, estamos melhorando nossa capacidade física e tecnológica. Vamos continuar transformando o ensino superior no Piauí”.

O Vice-Reitor, Prof. Dr. Jesus de Abreu, também se manifestou, celebrando a realização do 23º Congresso de Pesquisa e a importância da expansão do conhecimento. “Estamos celebrando um marco importante: o 23º Congresso de Pesquisa, o 13º de Iniciação Científica e o 1º Seminário de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação. Este congresso é uma oportunidade de expandir nossas mentes e ideias. Que todos aproveitem ao máximo”.

O evento, que reúne pesquisadores, estudantes e profissionais da área.

A Pró-reitora de Extensão, Prof. Pós-Dr. Ivoneide Alencar, falou sobre a crescente relevância da extensão na UESPI, antes considerada o “patinho feio” do tripé universitário. “A extensão agora leva o conhecimento da universidade para a sociedade, cumprindo nosso papel social”, destacou, ressaltando que o objetivo é tornar a universidade acessível e acolhedora.

O Diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), Prof. Me Thales Antão, reforçou a importância da UESPI no ecossistema de inovação do Piauí. “Nosso papel é integrar a academia ao mercado, propondo soluções inteligentes para os desafios da sociedade”, afirmou, ressaltando a necessidade da pesquisa aplicada.

Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI

A Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFPI, Profa. Dra. Regilda Saraiva, falou sobre a vitalidade da integração entre pós-graduação, pesquisa e extensão, ressaltando que isso permite aplicar o conhecimento gerado na universidade à sociedade. “Isso é fundamental para cumprirmos nossa missão”, disse.

João Xavier, presidente da FAPEPI, destacou a importância do evento ao cumprimentar as autoridades presentes e mencionar a assinatura de um acordo de cooperação entre a FAPEPI e a UESPI. “Hoje estamos firmando um importante acordo de cooperação, que incluirá a distribuição de bolsas e ações que visam fortalecer a pesquisa na UESPI. Este é um passo significativo para avançarmos em nossas parcerias.”

Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI

Antônio Vinicius, superintendente da FADEX, destacou o caráter inovador do evento, que representa um marco para a pesquisa e a interação entre as instituições. “A interação entre as instituições é crucial para criarmos um ecossistema robusto que atenda às demandas da sociedade”, concluiu.

Breno Nascimento, como aluno da UESPI, expressou sua empolgação e entusiasmo por participar pela primeira vez da Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação. O discente vê essa oportunidade como um momento valioso para trocar ideias e experiências com outros estudantes e pesquisadores. Ele está ansioso para aprender com os outros participantes e contribuir para um ambiente colaborativo, reforçando a ideia de que todos podem se beneficiar mutuamente durante a semana.

Semana de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UESPI

Antônio José, aluno da UFPI,  expressou sua empolgação em participar dessa I Semana de Pesquisa da UESPI, destacando que esse evento é uma chance valiosa para conhecer novos projetos e trocar ideias com estudantes de outras instituições. Ele enfatizou que a variedade de pesquisas que serão apresentadas não apenas enriquece seu aprendizado, mas também o inspira a encontrar soluções criativas para problemas que enfrentam.

Rosângela Bezerra, aluna do IFPI,   contou sua satisfação em participar da Semana de Pesquisa, destacando que a interação entre alunos e pesquisadores de várias áreas é crucial para seu desenvolvimento acadêmico. Ela está empolgada para participar das discussões e mesas-redondas, onde espera explorar novas ideias e fazer conexões com profissionais relevantes. Para ela, esses momentos de troca de conhecimento são vitais para ampliar suas perspectivas e contribuir para um futuro mais colaborativo, onde as parcerias e colaborações entre instituições e indivíduos se tornam mais fortes. Em resumo, ela valoriza a importância da interação e da troca de experiências na formação acadêmica e profissional.

Assinatura do acordo de cooperação entre a FAPEPI e a UESPI

Durante a cerimônia de abertura, foi assinada a formalização de um acordo de cooperação entre a FAPEPI e a UESPI, com um aporte de R$ 1.038.000,00, que se soma a outros R$ 2.800.000,00 já existentes em ações conjuntas. Este acordo é um indicativo do compromisso de ambas as instituições em fomentar a pesquisa e a extensão, proporcionando mais oportunidades para alunos e docentes, e reforçando a relevância da UESPI na educação e na pesquisa no estado do Piauí. O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto,  enfatizou que a assinatura do acordo de cooperação com a FAPEPI é um momento importante para a UESPI e para a FAPEPI, marcando um avanço significativo nas relações entre as duas instituições e que, por meio dessa parceria, estão construindo um futuro mais inovador e com potencial para transformar o estado, indicando uma visão de progresso e colaboração mútua.

Durante a cerimônia de abertura, foi assinada a formalização de um acordo de cooperação entre a FAPEPI e a UESPI,

João Xavier, presidente da FAPEPI, expressou a satisfação em formalizar um acordo de cooperação com a UESPI, destacando que o novo aporte se soma a um investimento anterior e que esse acordo é um sinal claro do compromisso da FAPEPI em promover a pesquisa no Piauí. A colaboração entre a FAPEPI e a UESPI é vista como essencial para criar um ambiente que estimule a inovação e capacite os estudantes, preparando-os para enfrentar os desafios futuros.

Após o evento de abertura, houve a palestra magna:  “Oportunidades e Desafios para a Pesquisa e Extensão Universitária: Como Captar Recursos no Brasil e no Exterior” proferida pelo Prof. Dr. Anderson Gomes, especialista do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCT&I), que abordou estratégias valiosas para a captação de recursos, tanto a nível nacional quanto internacional. O Prof.  Gomes destacou a importância de encontrar financiamento adequado para garantir a continuidade e expansão de projetos acadêmicos e de extensão. A interação com os participantes proporcionou uma troca enriquecedora de ideias, contribuindo para o fortalecimento das iniciativas de pesquisa na UESPI e em outras instituições presentes.

Confira toda a programação em: https://doity.com.br/i-semana-de-pesquisa-extensao-e-pos-graduacao-da-uespi/calendario

Projeto INFPAC divulga relatório sobre saúde pública em Parnaíba

Por Raíza Leão

O projeto de extensão “INFPAC – Informação para a Ação como Estratégia de Enfrentamento às Doenças e Agravos de Notificação Compulsória no Município de Parnaíba”, desenvolvido pelo grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Piauí, Campus de Parnaíba, recentemente, divulgou um relatório com os principais dados situacionais referentes as doenças e agravos de notificação compulsória no município para o ano de 2023 e isso pode contribuir significativamente para o conhecimento técnico e científico e ajudar nas políticas públicas voltadas para a saúde. 

O projeto foi idealizado pela professora Dra. Thatiana Maranhão em colaboração com o corpo estudantil da UESPI campus Alexandre Alves de Oliveira, os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde e os colaboradores da Vigilância Epidemiológica e das Unidades Básicas de Saúde de Parnaíba-PI.

 

Relatório com os principais dados situacionais de doenças e agravos de notificação compulsória em Parnaíba-ano 2023

De acordo com os dados apresentados pela pesquisa, as taxas de incidência para cada doença e agravo foram calculadas com base em estatísticas oficiais e censitárias da população geral, que é de 162.159 habitantes, e de nascidos vivos, que totalizam 1.783, conforme dados do Censo de 2022 do IBGE e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) de 2023.

Confira as principais doenças e agravos  fornecidas pela pesquisa:

Diarreia

Covid-19

Dengue

Violência Interpessoal/Autoprovocada

Chikungunya

Atendimento Antirrábico

Acidente por Animais Peçonhentos

Sífilis Não Especificada

Tuberculose

Sífilis Congênita

Sífilis em Gestante

Hanseníase

Meningite – Outras Meningites

Hepatite Virais

Zika

Criança Exposta a Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

Varicela

Leishmaniose Visceral

Gestante com HIV

Toxoplasmose

Toxoplasmose Congênita

Meningite – Doenças Meningocócicas

Leptospirose

Malária

Coqueluche

Síndrome da Rubéola Congênita

Doença de Chagas Aguda

Tétano Acidental

Nágila Ribeiro, bolsista do PIBEU e aluna que faz parte da pesquisa, destacou a importância da universidade na divulgação desses dados para a comunidade acadêmica e para o público em geral. “Para a comunidade acadêmica, os relatórios fornecem uma fonte de dados confiáveis para pesquisas e produções científicas. Para o público em geral, o INFPAC desempenha um papel fundamental ao apresentar esses dados de forma clara e acessível, garantindo que a população esteja ciente das condições de saúde em sua comunidade. Por meio dos relatórios, boletins, posts, reels e stories educativos no Instagram, a comunidade acompanha a realidade da saúde no município,” afirma.

A estudante ainda enfatizou que os dados e análises gerados pelo  projeto são fundamentais para futuras pesquisas na área de saúde pública, pois fornecem uma base sólida que pode identificar lacunas no conhecimento atual, sugerir novas áreas de investigação e oferecer evidências que apoiem projetos de intervenção e prevenção. Além disso, os resultados do relatório contribuem diretamente para o desenvolvimento de programas de saúde mais eficazes e direcionados às necessidades da população, tornando as iniciativas na área da saúde mais eficientes e bem-sucedidas.

O INFPAC também realiza ações de educação em saúde, visando minimizar e controlar as doenças e agravos de maior relevância epidemiológica. Essas ações não apenas promovem a conscientização, mas também empoderam a comunidade parnaibana a tomar decisões informadas sobre sua saúde.

A pesquisa contou com a participação ativa de professores e estudantes na coleta, análise e interpretação dos dados, garantindo que o relatório fosse desenvolvido com rigor acadêmico e utilizando metodologias apropriadas para fornecer informações precisas e relevantes sobre a situação de saúde no município.

Informação para a Ação como Estratégia de Enfrentamento às Doenças e Agravos de Notificação Compulsória no Município de Parnaíba

Para mais informações sobre a pesquisa acesse o Link: https://linktr.ee/infpacuespi?utm_source=linktree_profile_share

Curso de Extensão: “Empreender e Inovar com Impacto” é lançado pela UESPI e IFPI

Por Roger Cunha 

O Núcleo de Estudos e Pesquisa em Inovação e Sustentabilidade (NEPIS) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) anuncia o lançamento do curso de extensão “Empreender e Inovar com Impacto” em parceria com o Instituto Federal do Piauí (IFPI).

Esta iniciativa oferece uma oportunidade valiosa para quem deseja desenvolver negócios, produtos ou serviços que vão além do lucro, promovendo impactos positivos e concretos para a sociedade e o meio ambiente.

Curso de extensão “Empreender e Inovar com Impacto”, em parceria com o Instituto Federal do Piauí (IFPI).

Com foco em unir inovação e responsabilidade socioambiental, o curso visa capacitar empreendedores a desenvolver soluções que façam a diferença no mundo, incentivando a criação de iniciativas sustentáveis e de impacto positivo.

O curso é gratuito e terá uma carga horária de 60 horas/aula, oferecendo uma combinação de aulas gravadas na Plataforma Moodle e encontros online na Plataforma Meet. As sessões, ao vivo, ocorrerão semanalmente às terças-feiras, das 19h00 às 21h00, com início no dia 12 de agosto.

O professor Doutor Helano Pinheiro explicou que o curso “Empreender e Inovar com Impacto” nasceu de uma parceria entre a USPI e o Instituto Federal do Piauí (IFPI). Ele e seus colegas, que são professores e pesquisadores na área de administração, decidiram criar este curso para atender à demanda por iniciativas que combinem inovação, empreendedorismo e sustentabilidade. Ele destacou que, ao longo das duas edições anteriores, o curso teve sucesso ao gerar empresas com impacto positivo. Agora, na terceira edição, o objetivo é continuar essa missão, oferecendo a oportunidade para qualquer pessoa interessada em desenvolver um negócio com um forte componente social e ambiental.

“Empreender e Inovar com Impacto” tem um número limitado de vagas (30 participantes)

O professor Helano Pinheiro enfatizou que embora a terceira edição do curso “Empreender e Inovar com Impacto” tenha um número limitado de vagas (30 participantes) devido à natureza interativa e ao acompanhamento personalizado, há planos para expandi-lo no futuro. A intenção é oferecer o curso para todo o Estado do Piauí em edições futuras, permitindo que mais pessoas tenham acesso ao treinamento, mesmo que seja online. A expansão visa ampliar o impacto do curso, mantendo a qualidade da interação e do suporte oferecido aos participantes.

Para se inscrever no curso “Empreender e Inovar com Impacto”, os interessados devem acessar o canal do YouTube do NEPIS ou preencher o formulário disponível neste link. O formulário também pode ser encontrado no link da bio do Instagram do NEPIS @nepis_uespi.

As inscrições estão abertas até o dia 5 de agosto e podem ser feitas individualmente ou em grupos de até três pessoas. Para as inscrições em grupo, é necessário indicar os nomes dos participantes no momento da inscrição. Após a inscrição, os participantes passarão por um processo de avaliação e receberão um e-mail com o aceite e o convite para a Plataforma Moodle. O curso oferece uma abordagem dinâmica com material online e encontros semanais ao longo de três meses, com o objetivo de ajudar os participantes a desenvolver ou planejar seus próprios negócios com impacto positivo.

O curso é direcionado a pessoas com interesse em empreender com propósito socioambiental. As vagas são limitadas, por isso, é importante caprichar na justificativa de participação para garantir sua vaga.

 

Internacionalização: Professores da UESPI apresentam pesquisas em eventos internacionais

Por Clara Monte 

O Professor Dr. Rubens Lacerda Loiola, do Curso de Letras de Floriano, está na França para participar do IV Colóquio Internacional VariaR – Variação em Línguas Românicas. O evento começou na quarta-feira (12) na Universidade Paul-Valery (UPVM), em Montpellier, e se estendeu até sexta-feira (14).

O colóquio, realizado anualmente, é parte do projeto VariaR – Variação nas Línguas Românicas, iniciado em 2019. O projeto foca em atividades de pesquisa e ensino relacionadas à língua portuguesa e outras línguas românicas.

Durante o evento, o professor Rubens Lacerda Loiola apresentou a comunicação intitulada “Variação de aspecto terminativo no português brasileiro dos séculos XIX e XX”. Ele destaca que participar deste colóquio é uma oportunidade para divulgar a pesquisa e o ensino realizados na UESPI, não apenas no Estado do Piauí, mas globalmente. O professor também ressaltou a importância do apoio institucional da UESPI, que forneceu ajuda de custos para seu deslocamento.

Professor Dr. Rubens Lacerda Loiola apresentando o trabalho

“Minha área envolve o Sociofuncionalismo em Linguística e os Modelos Baseados no Uso, abordando diversas questões sobre o funcionamento da língua. Minha participação em eventos internacionais como este é de grande importância para a comunidade acadêmica, pois proporciona uma plataforma para compartilhar experiências e ampliar o conhecimento. Além disso, eventos como o IV Colóquio Internacional VariaR incentivam o contínuo apoio e a promoção do intercâmbio acadêmico pela UESPI, beneficiando tanto os docentes quanto os alunos”, afirma o professor.

Professor Dr. Rubens Lacerda Loiola

Paralelamente, a professora de Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa, Lara Ferreira Silva Dias, do Campus Profº Alexandre Alves de Oliveira (Parnaíba-PI) da UESPI, está representando a instituição na 10ª Conferência Internacional Online Novas Dimensões da Filologia – Línguas, Literatura, Linguística, Cultura. A conferência é organizada pela Universidade de Plock, na Polônia, entre os dias 10 e 16 de junho.

O evento tem como objetivo reunir pesquisadores e acadêmicos de diversas partes do mundo para compartilhar as pesquisas, fomentar a troca de conhecimento e promover o diálogo interdisciplinar sobre temas relevantes nas áreas de Línguas, Literatura, Linguística e Cultura.

A professora Lara Ferreira Silva Dias participa desta conferência pela quarta vez, sendo três participações online e uma presencial na Universidade de Buenos Aires (UBA). Segundo ela, sua participação se dá através do envio de um artigo intitulado “Astrological Underpinnings in Shakespeare’s ‘The Tempest’: A Comparative Study with John Dee’s Influence”, que foi aprovado e está sendo apresentado na conferência.

“Há uma sensação de orgulho e realização por ter a oportunidade de compartilhar meu trabalho com uma audiência global. Ao mesmo tempo, há um certo nervosismo e ansiedade, pois o ato de comunicar nossas ideias de forma clara e eficaz para um público que pode ter diferentes culturas, perspectivas e níveis de compreensão pode ser intensa. Esta participação não só enriquece minha experiência profissional, mas também traz prestígio para a comunidade acadêmica da UESPI, promovendo intercâmbios culturais e acadêmicos”, ressalta a professora.

Além disso, o Vice-reitor da UESPI, Prof. Doutor Jesus Abreu, foi convidado para apresentar seu trabalho de doutorado em diversos países. A pesquisa já foi apresentada nos EUA, e ele está sendo convidado para apresentá-la também em Londres, Paris, Praga, Pequim, Tóquio e, mais recentemente, no The 3rd Global Congress on Cardiology, em Kyoto.

Convite de participação

 

 

É a comunidade acadêmica da UESPI levando as pesquisas para o mundo!

 

 

Editora UESPI lança livros inovadores em jornalismo, saúde materna e comunicação

Por Roger Cunha

A Editora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) continua a expandir seu catálogo com lançamentos que refletem o compromisso da instituição com a disseminação do conhecimento e o incentivo ao debate acadêmico e social. Entre as mais recentes publicações, destacam-se obras que abordam temas contemporâneos e relevantes”e que são oferta dos ao público em geral de forma gratuíta.

Os novos títulos lançados incluem “Jornalismo e Inteligência Artificial”, que explora a intersecção entre tecnologia e comunicação; os “Anais do I Congresso do Parto e Nascimento do Delta do Parnaíba – I COPN”, uma compilação de estudos e discussões sobre práticas e políticas de saúde relacionadas ao parto e nascimento; e os “Anais da 6ª Semana de Comunicação da UESPI de Picos”, que trazem debates aprofundados sobre a democracia e a desordem informacional, especialmente no contexto da regulamentação dos meios de comunicação.

Livro: Jornalismo e Inteligência Artificial

O Prof. Orlando Berti, autor de “Jornalismo e Inteligência Artificial”, destaca que este é o primeiro livro no Brasil a abordar a prática da inteligência artificial no jornalismo. Ele explica que embora a inteligência artificial não seja um tema novo, ela é  generativa, que aprende com as interações e é uma novidade que está revolucionando o campo. Como professor e diretor do Laboratório de Inteligência Artificial e Jornalismo da UESPI, o autor sublinha a importância da universidade em oferecer respostas às questões contemporâneas. “O livro trata sobre o que é o jornalismo hoje, em 2024, e como a inteligência artificial, especialmente a generativa, está impactando o campo. Apresentamos exemplos práticos, discutimos as ferramentas disponíveis e debatemos as perspectivas positivas e os desafios desse processo”, explica Orlando Berti. Ele enfatiza que o livro é acessível não só para profissionais de jornalismo e comunicação, mas para a sociedade em geral, convidando todos a participar deste debate essencial.

Livro: Anais do I Congresso do Parto e Nascimento do Delta do Parnaíba – I COPN

Aline Miranda, uma das organizadoras e autora dos “Anais do I Congresso do Parto e Nascimento do Delta do Parnaíba – I COPN”, compartilha que a ideia de criar o livro surgiu durante o planejamento do evento, visando consolidar os conhecimentos e investigações dos acadêmicos e profissionais sobre parto e nascimento. A discente explica que compilar e editar os trabalhos apresentados foi um processo desafiador, mas gratificante, por reconhecer o potencial e os talentos da região. “Os anais do evento foram a forma encontrada para tornar palpável as iniciativas regionais na pesquisa em saúde materno-infantil. Todos os trabalhos apresentados foram incluídos nos anais, desde que fossem relevantes, bem escritos e com metodologia adequada aos objetivos propostos”, afirma Aline Miranda.

Livro: Anais da 6ª Semana de Comunicação da UESPI de Picos

Ruthy Costa, uma das autoras pelos “Anais da 6ª Semana de Comunicação da UESPI de Picos: Democracia e Desordem Informacional”, explica que a principal motivação para criar este livro foi documentar e compartilhar os debates enriquecedores do evento. A escolha do tema “Democracia e Desordem Informacional” foi influenciada pelos desafios contemporâneos enfrentados na comunicação, especialmente com a pandemia de Covid-19 e as eleições de 2022 no Brasil. “A desinformação massiva expôs a fragilidade da democracia. Debater a regulação dos meios de comunicação tornou-se essencial para proteger a democracia e garantir informação ética e precisa. Os critérios para seleção dos trabalhos incluíram relevância, originalidade, qualidade das pesquisas e capacidade de fomentar reflexões críticas e propostas inovadoras”, explica Ruthy Costa.

Os novos lançamentos da Editora UESPI  ampliam o alcance acadêmico da universidade e também contribuem significativamente para as discussões em áreas cruciais para a sociedade contemporânea. Estas publicações são um recurso valioso para pesquisadores, profissionais e o público em geral, promovendo uma compreensão mais profunda e informada dos temas abordados.

Para você ter acesso aos lançamentos da Editora da UESPI  basta acessar: https://editora.uespi.br/index.php/editora/catalog

Pesquisa do curso de Zootecnia busca alternativas sustentáveis na alimentação de galinhas caipiras

Por Clara Monte 

Vanessa Almeida de Sousa, do curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Piauí, desenvolve pesquisa explorando o potencial da inclusão do Farelo de Fevereira na alimentação de pintos da raça de galinhas caipira Canela-Preta. Esta iniciativa, é realizada em parceria com a orientadora Dinnara Layza e os professores co-orientadores Herbert Ramos e Thamires Ferreira.

Experimentos práticos

De acordo com a orientadora, Profa. Dinnara Layza, a pesquisa tem como objetivo principal avaliar o desempenho produtivo das aves e encontrar alternativas alimentares sustentáveis e economicamente viáveis para pequenos produtores. “Esse projeto busca aproveitar a quantidade de Faveira disponível no Piauí, uma planta nativa do Cerrado brasileiro, e tem, como intuito reduzir os custos com ração comercial.”

Experimentos práticos

Para Vanessa Almeida de Sousa a pesquisa representa não apenas um marco em sua trajetória acadêmica, estando na reta final do curso, como  também uma oportunidade de contribuir para a sustentabilidade e economia dos pequenos produtores de galinhas caipiras. Para ela, o estudo busca oferecer resultados que possam beneficiar as comunidades do estado, promovendo uma produção animal mais eficiente e ecologicamente consciente.

Experimentos práticos

“No entanto, este é apenas o começo de uma jornada de exploração da viabilidade alimentar, com muitos aspectos ainda a serem investigados para fornecer resultados que efetivamente impactem a produção animal no estado. Essa pesquisa promete  abrir novas possibilidades na alimentação animal e também inspirar outras iniciativas que visem a sustentabilidade e a prosperidade dos pequenos produtores rurais.”

Até o momento, a pesquisa já passou por diversas etapas, incluindo análises bromatológicas da faveira e a finalização do experimento com a introdução de diferentes níveis do alimento na ração das galinhas. Agora está na fase de análise estatística para determinar os efeitos e a quantidade ideal de faveira na dieta das aves.

Experimentos práticos

UESPI-TECH: Projeto de Protocolo de Avaliação Neuropsicológica em Neurocirurgias de Pacientes Acordados

Por Cássio Sousa

O Laboratório de Neurociência Cognitiva da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), sob a coordenação do Professor Doutor Eleonardo Rodrigues e do Professor Mestre João Damasceno Neto, está liderando um projeto em parceria com o Núcleo de Tratamento dos Tumores Encéfalo Medulares (NUTTEM-HSM), coordenado pelo Professor Doutor Nazareno Pearce Brito. O objetivo principal deste projeto é desenvolver um protocolo de avaliação neuropsicológica em neurocirurgias em pacientes acordados, especialmente aqueles com gliomas em áreas eloquentes cerebrais.

Estão sendo selecionados, prospectivamente, 40 pacientes pelos pesquisadores, durante o período de 2 anos. Esses pacientes serão examinados e selecionados em consultórios particulares, ambulatórios, transferências e/ou internações pelo SUS para o Hospital São Marcos, desde que estejam dentro do perfil da pesquisa: portadores de gliomas em áreas eloquentes cerebrais, com mais de 18 anos, de ambos os sexos, e que apresentem lesões localizadas no cérebro dominante. A ênfase será nas funções cognitivas superiores, como Linguagem, Memória, Atenção, Exame das Funções Executivas, Praxia e Visuoconstrução, além do Comportamento Motor.

O Laboratório de Neurociência Cognitiva (LaboNC-UESPI), composto por 3 docentes e 9 discentes do curso de Psicologia, possui um protocolo que se diferencia dos métodos tradicionais, promovendo um atendimento humanizado, focado no bem-estar emocional do paciente, além do cuidado técnico especializado. A equipe de neuropsicólogos da UESPI oferece uma escuta qualificada durante todo o processo, desde o pré até o pós-operatório, proporcionando um acompanhamento mais abrangente e detalhado.

Professor Doutor Nazareno Pearce Brito e Professor Doutor Eleonardo Rodrigues (Imagens/acervo pessoal).

Professor Mestre João Damasceno Neto (Imagens/acervo pessoal).

Segundo um dos autores do projeto, Professor Doutor Eleonardo Rodrigues, o protocolo desenvolvido pelo LaboNC visa identificar as funções psicológicas comprometidas pelo tumor e direcionar os testes neuropsicológicos de forma específica para essas áreas afetadas. Além disso, o protocolo será comparado com os resultados de instrumentos já estabelecidos, garantindo sua precisão e objetividade.

“O protocolo a ser desenvolvido será dirigido diretamente às áreas acometidas ou possivelmente acometidas pelo tumor, de modo a relacionar as funções psicológicas superiores àquelas regiões (córtex, núcleos e fibras brancas). O protocolo, portanto, pretende estar estruturado por fatores do tipo função psicológica/região encefálica, considerando, obviamente, que as funções ocorrem em redes neuronais”, relatou.

Imagem/Créditos: Neurocirurgia em pacientes acordados com avaliação neuropsicológica (NUTTEM-HSM e LaboNC).

O Professor ainda enfatiza que os potenciais benefícios para os pacientes submetidos a neurocirurgia utilizando este novo protocolo são significativos. A inclusão da avaliação dos estados emocionais permite uma redução nos níveis de estresse pré-operatório, enquanto a abordagem multidisciplinar favorece uma ressecção cirúrgica mais precisa e segura, resultando em melhores desfechos para os pacientes.

“O objetivo principal do projeto para a Instituição é, com a implantação do Núcleo de Neuroncologia e a implantação do Grupo de neurocirurgia acordada (Awake neurosurgery), mantermos resolutividade com qualidade e, se possível, atender a todos que precisam, oferecendo um resultado de excelência ao trabalho em equipe, com elevado grau de profissionalismo e coleguismo”.

O protocolo também promete contribuir para avanços na compreensão e tratamento de distúrbios neuropsicológicos associados a procedimentos neurocirúrgicos. Ao identificar as funções preservadas e prejudicadas antes e após a cirurgia, os profissionais de saúde podem encaminhar os pacientes para tratamentos neuropsicológicos específicos, otimizando sua recuperação e qualidade de vida.

“As avaliações neuropsicológicas no período pós-operatório verificam se surgiram prejuízos em funções antes não existentes, se prejuízos pré-existentes melhoraram e o que se mantém preservado. Dessas avaliações, é possível, portanto, fazer encaminhamentos para tratamentos neuropsicológicos bastante precisos, a fim de o paciente receber as estimulações cognitivas ou de outra natureza de modo bastante adequado”, concluiu o docente.

A discente participante do LaboNC, Ana Valéria Matos, ressalta que ingressou no Laboratório quando ainda estava no 3° período do curso. Segundo ela, a vontade de ingressar no laboratório partiu diante de seu interesse em neuropsicologia.

“No início do curso, surgiu um interesse pela disciplina de Neurociências e esse interesse só aumentou após cursar a disciplina. Quanto à minha participação no projeto de pesquisa, eu achei que seria uma experiência muito rica”, relatou.

Discente participante do LaboNC, Ana Valéria Matos.

Presente desde de o inicio do projeto, a discente teve a oportunidade de acompanhar a evolução do protocolo, que, segundo ela o fortalecimento da equipe ao longo do tempo contribuiu e elevou o aprimoramento do projeto.

“Acredito que a integração da equipe se fortaleceu ao longo do tempo, o que contribuiu para um aprimoramento contínuo do protocolo. À medida que as cirurgias foram acontecendo, pudemos adaptar e refinar o protocolo com base em nossas experiências, garantindo uma abordagem cada vez mais eficaz e humanizada para os pacientes submetidos à neurocirurgia”, ressaltou.

A aluna ainda enfatiza que o projeto contribuiu muito para seu desenvolvimento profissional e acadêmico, devido à oportunidade de colocar os conhecimentos aprendidos em sala em prática.

“Participar do projeto foi uma experiência valiosa na minha trajetória acadêmica, pois o curso tende a ser muito teórico e muitas vezes só temos vivências mais práticas ao final da graduação, mas esse projeto permite ver muitos conhecimentos na parte de avaliação psicológica e neuropsicológica na prática. Além disso, é um projeto interdisciplinar, agregando saberes de diversas áreas do conhecimento”, pontuou a discente do 8° período do curso de Psicologia.

O Programa recebe suporte financeiro do edital PROP/NIT/UESPI 015/2023 (UESPI-TECH), que permitiu a compra de dois novos aparelhos para o projeto.  O edital contempla 20 projetos, cada um com um orçamento individual limitado a 25 mil reais. Esses projetos são vinculados aos grupos de pesquisa cadastrados no CNPq e certificados pela PROP, garantindo uma base sólida de excelência científica.

O UESPI-TECH tem como principal objetivo impulsionar o empreendedorismo e a inovação em diversas áreas do conhecimento. Além de fomentar a pesquisa na Universidade Estadual do Piauí, a iniciativa visa contribuir significativamente para o desenvolvimento do estado.

Dia Mundial da Arte: Da Academia ao Palco

Por: Danilo Kelvin

“A transformação de uma pesquisa acadêmica em uma peça de teatro é um reflexo do papel da universidade em servir à sociedade de forma ampla”, comenta o professor Marcelo de Sousa Neto, autor do livro escrito em coautoria com a professora Cláudia Cristina da Silva Fontineles, que foi adaptado para uma peça teatral.

O Docente da Uespi explica que suas pesquisas e da professora Claudia Fontineles, ex-professora do curso de História do campus Clóvis Moura, deram origem ao livro intitulado “Nasce um bairro, renasce a esperança: história e memória de moradores do conjunto habitacional Dirceu Arcoverde” e este foi a inspiração para a peça de teatro apresentada no último domingo, dia 14 de abril, às 19h, no Theatro 4 de Setembro, Teresina, chamada ‘Itararé: Dos Desvalidos às Ruas Vazias’,

As duas obras recontam história do emblemático bairro Grande Dirceu. Sob a direção de Clodomir Junior, o espetáculo de teatro transportou o público para uma jornada emocionante através das vivências e transformações deste importante cenário urbano.

Espetáculo adaptado de um trabalho acadêmico

“Em 2019, o diretor de teatro Ferreira Júnior, diretor do grupo de teatro Shangri-La, também sediado na região do Itararé, hoje Dirceu Arcoverde, nos procurou para começarmos uma discussão sobre a peça. Fizemos a leitura e discussão do trabalho e eles tomaram a iniciativa de adaptar o texto da pesquisa para uma peça de teatro. Esse trabalho espelha aquilo que a universidade precisa fazer, divulgar as pesquisas que realizamos no interior das universidades e devolvidas a sociedade de diversas maneiras. No caso específico, é uma pesquisa acadêmica influenciando o teatro, influenciando as subjetividades das pessoas da forma que só a arte pode fazer”, afirma o professor Marcelo Neto.

Imagens da peça de teatro

 

 

 

“A noite de ontem foi muito emocionante para mim. Foi importante perceber como uma pesquisa acadêmica influencia e é recepcionada pelo mundo das artes. A companhia de Teatro Shangri-La conseguiu transferir os desafios enfrentados pelos moradores do Grande Dirceu em forma de arte. A pesquisa, que antes encontrava-se restrita ao público acadêmico, hoje se transforma e se propaga através de uma peça de teatro, que conta uma parte importante da história de Teresina”, fala o professor Marcelo.

Autores, atores e atrizes da peça

“Transmitir poeticamente esses desafios, apresentando-os através de uma peça de teatro, foi uma forma poderosa de mostrar como esses moradores lidaram com as dificuldades nos primeiros anos do Dirceu e como se posicionaram politicamente na defesa de moradia de qualidade e acesso a serviços na região. Em um sentido amplo, a peça é uma grande homenagem aos homens e mulheres que, em seu trabalho diário, construíram essa importante região da cidade de Teresina, hoje conhecida como Grande Dirceu,” finaliza o pesquisador.

 


No Dia Mundial da Arte, a UESPI tem outro exemplo de como a cultura, o teatro especificamente, faz parte da universidade.  
O musical “A VIDA É O QUE É” está volta aos palcos do Laboratório de Artes, do Campus Poeta Torquato Neto, para uma curta temporada durante os meses de abril e maio. As apresentações também voltam aos dias habituais, sempre nas noites de quinta-feira, às 19h, com entrada gratuita.

O espetáculo está em cartaz há um ano e já foi reconhecido em diferentes premiações locais.

O projeto foi idealizado pelo professor de Ciências Sociais da instituição, Luciano Melo, e o egresso do curso, João Pedro Veloso. O professor Doutor Luciano Melo, antropólogo da Universidade Estadual do Piauí, relembra a importância que a arte tem no desenvolvimento social e humano e sua contribuição para a ciência.

“Uma das grandes dificuldades que temos é tornar públicos os resultados de nossas pesquisas. Além dos periódicos e seminários científicos, é importante transpor os diversos conhecimentos em informações e saberes acessíveis ao grande público. O teatro pode e deve ser um meio de comunicação dos conhecimentos. No campo das ciências humanas, que estuda as relações humanas, o teatro pode reinventar artisticamente esses saberes em espetáculos. Essa reinvenção só enriquece o teatro e as ciências,” explica o professor antropólogo, ator e pesquisador.

Nova temporada do musical “A VIDA É O QUE É”

 

 

UESPI-TECH lança projeto para o ensino de História do Piauí

Por: Danilo Kelvin 

“Vamos contribuir para a construção de uma memória histórica mais completa e acessível do Piauí, utilizando as ferramentas digitais para promover a inovação no ensino de História”, explica o Professor Dr. Fernando Bagiotto, Coordenador do Projeto  “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro”, que foi contemplado no Edital UESPI-TECH da Universidade Estadual do Piauí.

O UESPI-TECH é um edital para impulsionar a pesquisa e a inovação na Universidade. Ele contemplou 20 projetos, cada um recebendo um financiamento de 25 mil reais.

Com o objetivo de resgatar, preservar e disponibilizar documentos e memórias regionais, além de promover subsídios pedagógicos digitais para o ensino de História do Piauí, a iniciativa promete revolucionar a educação e a preservação da história local. “Este investimento representa um marco na busca por uma memória histórica mais abrangente e acessível, utilizando tecnologia para inovar no ensino. Este projeto não apenas beneficia a comunidade piauiense, mas também exemplifica o compromisso da universidade com o progresso e o desenvolvimento da região”, conclui o pesquisador.

Acervos históricos e materiais didáticos:

Os pesquisadores irão coletar, digitalizar e preservar acervos históricos por meio do Laboratório de Documentação, Digitalização e Pesquisa Histórica (LADIPH) do campus Professor Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba. O material digitalizado será disponibilizado no Repositório Digital da UESPI, que já conta com um amplo acervo de entrevistas, documentos, livros, revistas, jornais e registros históricos.

A partir desses materiais, a equipe de cientistas irá produzir subsídios pedagógicos digitais como jogos interativos, quizzes, podcasts, blogs, redes sociais e instrumentos avaliativos digitais.

“Esses materiais serão disponibilizados gratuitamente para professores e alunos de todo o estado, com o objetivo de dinamizar as aulas de história e tornar o aprendizado mais lúdico e interessante”, destaca o Dr. Fernando Bagiotto, coordenador.

Estrutura do Projeto e Impactos:

O ensaio conta com a participação de quatro doutores em História, que desempenham papéis fundamentais na pesquisa, coleta de fontes documentais, produção de materiais de apoio pedagógico e orientação de trabalhos acadêmicos relacionados ao tema. A presença desses doutores contribui para a qualidade e aprofundamento das atividades desenvolvidas no projeto.

Projeção 3D do laboratório. Imagens: Arquivo pessoal

O projeto “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” da UESPI pretende impactar principalmente no âmbito social, a história e a memória do Piauí e da Planície Litorânea. Além disso, busca qualificar, aprofundar e introduzir novas metodologias no ensino de História regional, ampliando a consciência social e comunitária. A proposta também visa fortalecer a comunicação entre a produção científica e acadêmica, as demandas das comunidades escolares e universitárias, e as empresas, criando um elo de comunicação.

Benefícios para a comunidade piauiense:

A pesquisa “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” tem potencial para beneficiar toda a comunidade piauiense, contribuindo para a preservação da memória e da história da região, e oferecendo novas ferramentas para o ensino de História nas escolas públicas e privadas.

“Acreditamos que estes estudos irão contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que reconhecem a importância da história local para a construção de um futuro melhor para o Piauí”, comenta o professor.

Relembre o Edital UESPI-TECH:

O Tesouro Estadual do Piauí liberou R$ 500 mil para os beneficiários do edital de financiamento de projetos de grupos de pesquisa denominado Uespi-Tech, cujo resultado foi anunciado no final do ano 2023.

Cada projeto selecionado recebeu a quantia de R$ 25 mil. Esta iniciativa contempla 20 grupos, abrangendo todos os campi da universidade. O principal propósito do Uespi-Tech é promover o empreendedorismo e a inovação em diversas áreas do conhecimento. Além de incentivar a pesquisa na universidade, essa ação irá contribuir para o progresso do estado.

Confira o edital completo na página do SIGPROP.

Grupo de pesquisa MASS em 1º lugar no Congresso da Rede de Urgência e Emergência do Piauí

Por Vitor Gaspar

O grupo de pesquisa Meio Ambiente, Saúde e Sociedade (MASS) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) ficou em primeiro lugar no Congresso da Rede de Urgência e Emergência do Piauí com uma pesquisa científica focada em internações hospitalares evitáveis no Estado.

Integrantes do grupo de pesquisa junto ao Reitor

As Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) ocorrem devido as condições que poderiam ter sido evitadas se tratadas adequadamente na atenção básica, resultando em custos significativamente menores. O estudo, em andamento há alguns meses, destaca como uma atenção primária sólida e bem estruturada pode prevenir a evolução de problemas tratáveis para internações mais graves.

Segundo o coordenador do MASS, o Prof. Vinícius Oliveira, a rede de urgência e emergência está se consolidando, o que torna necessário o enfrentamento desse tipo de internação. “Fizemos análises e projeções para que possamos trazer um olhar com vários dados e informações sobre essa questão, que é de fundamental importância para a saúde pública do Estado”.

Professor Vinicius Oliveira

 

As ICSAPs consistem em 19 subtipos, incluindo doenças preveníveis por imunização, como difteria, tétano, sarampo e febre amarela, além de hipertensão e gastroenterites, que poderiam ser controladas e tratadas na atenção básica. A pesquisa, baseada em dados da Secretaria Municipal de Saúde, analisa as internações do SUS relacionadas a essas condições no período de 2010 a 2020.

A pesquisadora do grupo Iasmin Andrade destaca que muitas dessas condições sensíveis à atenção primária são evitáveis com os protocolos e medicações disponíveis atualmente. A estudante do 4º bloco do curso de Medicina ressalta que embora algumas doenças, como hipertensão e diabetes, não tenham cura, é possível controlá-las com tratamento adequado, permitindo que os pacientes levem uma vida saudável sem a necessidade de hospitalizações frequentes.

“A abordagem da atenção primária não se limita apenas ao tratamento da doença, mas visa compreender e abordar todas as necessidades do paciente, prevenindo assim complicações futuras. Investir nesse tipo de atendimento não apenas melhora a qualidade de vida dos pacientes, como também reduz os custos associados às internações hospitalares”, conclui.

Do ponto de vista financeiro, as internações representam um ônus significativo para o Estado, com gastos que poderiam ser realocados para outras áreas da saúde. Além disso, a liberação de leitos proporcionada pela atenção primária permite que os recursos hospitalares sejam direcionados para casos de urgência e emergência mais graves.

No estudo foi analisado o perfil dessas internações em Teresina, constatando que a maioria dos pacientes internados era do sexo masculino, refletindo a tendência de os homens evitarem buscar atendimento nas unidades básicas de saúde, o que os expõe a condições mais graves. As principais patologias que resultaram em internações foram gastroenterite, insuficiências cardíacas, doenças pulmonares e infecções. Além disso, foi observado  um aumento anual de 4,5% no custo das internações, o que reforça a importância de investir em educação em saúde e em uma atenção primária de qualidade para minimizar tanto o número quanto o custo das internações.

De acordo com a pesquisadora Marylia Macedo, diante desses resultados, fica evidente a necessidade de integrar os indicadores de condições sensíveis à atenção primária nas redes de saúde, fornecendo informações valiosas para profissionais e gestores da área.

“Isso vai possibilitar uma atuação mais eficiente na prevenção das internações indesejáveis, com foco no diagnóstico precoce e tratamento na atenção primária, além de oferecer uma maior assistência à população nas unidades básicas de saúde, visando a redução do número de internações e dos riscos de infecções hospitalares, bem como a diminuição dos custos associados a essas internações”, afirma a estudante de Fisioterapia da UESPI.

Assim como Yasmin e Marylia, participaram da pesquisa dois integrantes da Faculdade CET: a professora Isabel Cristina de Paula e o estudante Davi Nogueira Jeles. Todos eles compõem o grupo de pesquisa MASS que trabalha diretamente em projetos voltados a promoção da saúde e também na conservação ambiental.

O grupo desenvolve projetos que abordam questões desde a educação em saúde durante a pandemia até o manejo de áreas naturais protegidas, fator que proporcionou algumas conquistas como a participação em diversos editais, e o reconhecimento em eventos científicos regionais.

Ecossistemas em Foco: Parcerias acadêmicas fortalecem estudos ecológicos no Norte do Piauí

Por Clara Monte

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Campo Maior, recebe a visita de três pesquisadores: Dr. César Murilo de Albuquerque Correa, coordenador do Laboratório de Bioecologia de Scarabaeoidea (Scaralab) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul; Leonardo Vilas-Bôas Mendonça Pedreira de Cerqueira e Dr. Renato Portela Salomão, ambos do Laboratorio de Ecología en un Mundo Cambiante (LABEMUNDO) da Facultad de Estudios Superiores Iztacala, Universidad Nacional Autónoma de México.

Equipe acadêmica reunida no Parque de Sete Cidades durante a expedição de campo

Essa visita representa uma colaboração em andamento com um projeto conduzido pelo Prof. Lucas Lima, responsável pelo Núcleo de Pesquisa em Insetos Aquáticos (NUPEIA) na UESPI. O projeto “Efeito da paisagem sobre a assembleia de besouros rola-bosta em vegetação aberta de uma região ao norte do Cerrado”, concentra-se no estudo de aspectos ecológicos, com a distribuição de espécies e biodiversidade de besouros escaravelhos no Parque Nacional das Sete Cidades, localizado no norte do Piauí. Inicialmente originado na dissertação de mestrado de Lucas Kaíque Sousa Gonçalves, estudante do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC) da Universidade Federal do Piauí.

Aluno de mestrado, Lucas Kaíque Sousa Gonçalves, analisando os besouros coletados

Para o Prof. Lucas Lima, a visita dos pesquisadores representa mais do que uma mera interação acadêmica; ela formaliza uma parceria com a UNAM do México e a UEMS do Mato Grosso do Sul. Ele destaca a importância das parcerias acadêmicas como uma prioridade para o desenvolvimento dinâmico e saudável do meio científico, tanto dentro quanto fora do Piauí.

“Através dessa visita, fortalecemos diferentes aspectos sociais e acadêmicos cruciais para a UESPI, Campo Maior e o Piauí como um todo. Com a presença dos pesquisadores César, Leonardo e Renato, promovemos a troca de experiências humanas e científicas entre suas instituições e a nossa. Essas colaborações também abrem portas para que estudantes e professores da UESPI possam compartilhar conhecimento além das fronteiras do Piauí, através de visitas e estudos de pós-graduação nas instituições desses colaboradores. Dessa forma, estabelecemos conexões humanas e científicas benéficas para ambas as partes”.

Expedição de campo

O pesquisador visitante, Renato Portela Salomao, destaca a importância prática do projeto, envolvendo atividades como coleta de material biológico nos ecossistemas naturais do Piauí. Ele menciona que a parceria não apenas permite a troca de conhecimentos e experiências entre diferentes universidades, mais também apoio às comunidades nas cidades envolvidas – Campo Maior, Aquidauana e Tlalnepantla de Baz.

“Essa pesquisa contribui diretamente para a geração de conhecimentos teórico e prático sobre Ecologia. Ao entender como os diversos espaços naturais no PARNA Sete Cidades influenciam a distribuição de espécies de besouros escaravelhos, estabelecemos uma base para compreender as dinâmicas de distribuição espacial de insetos no cerrado brasileiro. Esse conhecimento é fundamental para a compreensão global dos padrões de distribuição espacial da biodiversidade. Além disso, a pesquisa está formando profissionais piauienses altamente qualificados, prontos para atuar dentro e fora do estado. Com a formação do estudante Lucas Kaíque, teremos um mestre capaz de contribuir significativamente em aspectos sociais, de biodiversidade e políticos no estado do Piauí”.

Bem-Estar em Foco: Projeto da UESPI prioriza saúde mental dos colaboradores do TJPI

Por Clara Monte 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) formaliza o Projeto  de Extensão “Se cuida” em parceria com o Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI). A iniciativa tem como foco desenvolver ações em atenção à saúde mental dos servidores do TJPI.

Formalização do Projeto “Se cuida”

Vinícius Oliveira, professor na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e coordenador do Projeto “Se Cuida”, compartilha que recebeu o convite do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), Hilo de Almeida, para a promoção de um projeto que implementasse ações preventivas, identificando e minimizando gatilhos e momentos de estresse com a intenção de reduzir o impacto dessas situações entre os colaboradores.

“A saúde mental, especialmente pós-pandemia, aflige a todos e nos coloca numa situação em que nós precisamos buscar mecanismos para enfrentar essas situações. Nesse momento, planejamos atuar tanto presencialmente, quanto através de uma plataforma digital de inteligência artificial que estamos trabalhando. Embora o projeto esteja previsto para um ano de atuação,  já almejamos avanços e ampliação das iniciativas ao longo do tempo. “

Vinícius Oliveira, professor na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e coordenador do Projeto “Se Cuida”

Para isso, o projeto conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), que garantiu recursos para a implantação das atividades, que estão programadas para iniciar em janeiro de 2024, primeiramente, no TJPI, às terças e quintas-feiras. Para o Presidente da instituição apoiadora,  Xavier da Cruz Neto, o momento significa desenvolvimento de pesquisa e destaca a importância de cuidar da saúde mental dos servidores.

“Dizem que a verdadeira inovação ocorre quando a ciência impacta positivamente a vida das pessoas e é exatamente isso que este acordo de investimento para o projeto representa. Inicialmente direcionado à promoção da saúde mental dos servidores do TJPI, nossa intenção é ampliar as ações para abranger todos os trabalhadores, reconhecendo a relevância crescente dessa temática nos dias atuais. Além disso, destacamos a inovação adicional que o projeto trará, utilizando a inteligência artificial como um elemento transformador”.

Formalização do Projeto “Se cuida”

Segundo o Reitor da UESPI, Evandro Alberto, a iniciativa envolve ativamente estudantes bolsistas da universidade, assim como voluntários, que participarão nos atendimentos e na construção da base para a futura plataforma voltada ao bem-estar dos funcionários. “Essa parceria desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas significativas, representando um exemplo claro de projetos inovadores no estado do Piauí. A expectativa é que esse projeto se destaque, uma vez que conta com uma equipe composta por excelentes profissionais e estudantes dedicados”.

Reitor da UESPI, Evandro Alberto

Marília Macedo, estudante no décimo período do curso de fisioterapia da UESPI, destaca que o projeto reúne uma equipe multiprofissional composta por fisioterapeutas, psicólogos, médicos e enfermeiros. “Cada um desses profissionais desempenhará um papel específico em suas áreas, visando sempre aprimorar o bem-estar dos funcionários do TJPI. Este projeto é revolucionário e promete colher frutos , tanto para o idealizador, nosso professor Vinícius Oliveira, quanto para nós, que estamos  aprimorando nossas habilidades e contribuindo para o avanço na área. Além disso, os beneficiários do projeto terão acesso a ações de promoção da saúde que certamente trarão impactos positivos em suas vidas.”

Contribuintes do Projeto “Se cuida”

 

Comunidade acadêmica de enfermagem conquista 1° lugar em Congresso Internacional

Por Clara Monte 

Comunidade acadêmica de enfermagem da Universidade Estadual do Piauí conquistou o 1° lugar no Terceiro Congresso Internacional Latino-americano de Ferida, Estomias e Incontinência, realizado na Costa Rica. A vitória resultou de uma colaboração efetiva com a coloproctologia e o apoio da Fundação Municipal de Saúde – Centro Integrado Lineu Araújo e HGV. O 2° e 3° lugar também foram destinados ao Brasil.

Projeto da UESPI conquista 1° lugar

A professora responsável pelo trabalho premiado, Sandra Marina, relata que ela, juntamente com o Prof. Dr. Miguel Arcoverde, estudantes, egressos da graduação, especialização em estomaterapia e enfermeiros do Lineu Araújo participaram e contribuíram para o projeto. De acordo com Sandra Marina esse estudo mostrou o impacto da universidade na promoção de políticas públicas, pois envolveu a avaliação e mapeamento de todas as pessoas com estomia do Piauí, durando cerca de dois anos de pesquisa.

“A pesquisa revelou que o custo de manutenção de pacientes com estomia temporária é substancialmente superior ao investimento na reconstrução do trânsito intestinal. Como desdobramento positivo desse projeto conjunto, houve a transferência responsável para convênios do estado do Maranhão das pessoas avaliadas. Além disso, observamos a reativação e fortalecimento da Associação de Ostomizados do Piauí (AOSEPI). O projeto também contribuiu para a orientação e melhoria da qualidade de vida das pessoas com estomia, incluindo a indicação adequada do equipamento (bolsa coletora) e orientação sobre o corte correto para redução de vazamentos, que é o maior problema enfrentado por essas pessoas. Adicionalmente, foi possível encaminhar para o Coloproctologista as pessoas avaliadas e com necessidade de avaliação pré-operatória ou outras intervenções, contando com a valiosa parceria com a coloproctologia, que agilizou a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal”.

Professora de enfermagem da UESPI, Sandra Marina.

Iaggo Henrique de Sousa, estudante do 9° período de enfermagem da UESPI, foi um dos colaboradores  na organização dos dados coletados. Para ele, participar desse projeto possibilitou ricos conhecimentos na área da Estomaterapia e na assistência às pessoas com estomias de eliminação. Além disso, o estudante afirma considerar um tema que precisa de sensibilização e uma assistência adequada por parte dos profissionais.

“O projeto teve impacto significativo em todo o Estado, especialmente no centro de saúde onde o estudo foi conduzido – uma referência fundamental para o Piauí e cidades vizinhas de outros Estados, atendendo pacientes de diversas localidades. É uma honra para mim ver o trabalho sendo premiado e sinto-me orgulhoso por ter contribuído para essa pesquisa. Testemunhar o Piauí ocupando um lugar de destaque nos motiva a aprimorar continuamente nosso trabalho. Como estudante no final da graduação, percebo que essas experiências podem impulsionar minha capacidade de contribuir ainda mais para transformar diversas realidades no futuro. Além disso, a proximidade que desenvolvi com essa pesquisa abriu portas para realizar outras pesquisas dentro dessa área”.

Terceiro Congresso Internacional Latino-americano de Ferida, Estomias e Incontinência, na Costa Rica.

Pesquisadores da UESPI tem artigo publicado em revista internacional

Por Vitor Gaspar

Seis pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) tiveram seu artigo intitulado “Mortalidade por doenças tropicais negligenciadas no Brasil no século XXI: análise de tendências espaciais e temporais e fatores associados” publicado na Revista Pan-Americana de Salud Publica.

Os discentes Izabel Félix Rocha (autora principal), Wady Soares, Madalena Frota e Thalis Araujo, junto aos docentes  Thatiana Maranhão e Augusto Cezar Filho, analisaram a distribuição espaço temporal da mortalidade por doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no Brasil no período de 2000 a 2019 e identificaram os fatores associados a essas mortes.

A Revista faz parte da Organização Pan-Americana de Saúde Pública (OPAS) e tem como objetivo disseminar informações científicas, além de promover o avanço do conhecimento em saúde pública nas Américas. O periódico abrange uma ampla gama de tópicos relacionados à saúde pública, incluindo epidemiologia, saúde ambiental, políticas, sistemas e promoção da saúde, além de prevenção de doenças.

A autora principal do estudo, Izabel Félix Rocha, comenta que a realização desse feito foi resultado de uma dedicação constante ao estudo. Ela conta que além da revista, o artigo conquistou a segunda colocação no Seminário de Iniciação Científica e que todo esse  reconhecimento foi ainda mais forte após a publicação na Revista Pan-Americana de Saúde Pública.

“Esse evento representou uma combinação de alegria e orgulho em relação à minha jornada até o momento, especialmente por se tratar de uma revista reconhecida internacionalmente. O artigo sobre DTNs apresenta sete coautores que me ajudaram na realização desse artigo, através de revisões da escrita e do método abordado, os quais são profissionais e alunos de enfermagem exemplares que agregaram bastante nas melhorias do artigo”.

A discente está no 9° bloco do curso de Enfermagem, no campus Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba

Doenças tropicais são um conjunto de enfermidades infecciosas que predominam em regiões de climas quentes e úmidos, comumente encontradas nos trópicos. Essas condições climáticas propiciam a proliferação de vetores, como mosquitos, moscas e carrapatos, que desempenham um papel crucial na transmissão dessas doenças.

No total, foram consideradas 15 doenças, incluindo doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, ascaridíase, ancilostomíase, oncocercose, infestação por Taenia solium, cisticercose, equinococose, filariose, hanseníase, tracoma, raiva, outras infestações por trematódeos e dengue.

A conclusão apontou aglomerados de óbitos principalmente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia e Piauí. Além disso, foi possível destacar que quanto menor o desenvolvimento humano e maior a vulnerabilidade social, maior é a mortalidade, fator que segundo os pesquisadores, deve direcionar as ações de prevenção e controle das DTNs.

A professora Thatiana Maranhão destaca que todo pesquisador que trabalha com estudos epidemiológicos objetiva que os resultados obtidos em seus estudos sirvam para nortear a tomada de decisões dos gestores do setor saúde.  Ela afirma que a pesquisa apontou as características socioeconômicas dos municípios que estão influenciando a mortalidade e a expectativa é de que os gestores se apropriem destes resultados para planejar estratégias que visem combater as DTNs nesses territórios e, consequentemente, a mortalidade por estas doenças.

“Vimos que os resultados obtidos tinham muita relevância para o Brasil e, especialmente, para os locais que se mostraram prioritários visto a alta taxa de mortalidade. Então, decidimos submeter à revista da OPAS para que esta pesquisa tenha um maior alcance, não só para o Brasil mas também para a comunidade científica internacional”, afirma.

A professora Thatiana Maranhão, docente do campus de Parnaíba

Os pesquisadores ressaltam que embora o termo “doenças tropicais” esteja associado a regiões geográficas específicas, algumas dessas enfermidades podem se espalhar para outras áreas devido a fatores como migração, mudanças climáticas e globalização. Portanto, o controle dessas doenças requer esforços colaborativos e abordagens globais para enfrentar os desafios únicos que elas apresentam.

“Os achados deste estudo demonstram a necessidade de melhoria das condições de vida e de desenvolvimento humano da população brasileira, bem como melhoria do acesso e da assistência prestada à população, uma vez que um dos achados do estudo evidencia que a mortalidade por DTNs é maior quando relacionada, sobretudo, a um baixo desenvolvimento humano e a uma situação de vulnerabilidade social maior”, afirma o professor Augusto Cezar Filho, um dos coautores da pesquisa.

Augusto Cezar, docente do campus Josefina Demes em Floriano.

A pesquisa científica sobre doenças tropicais ajudou no aprendizado dos alunos envolvidos em alguns aspectos. Ao mergulharem no estudo dessas enfermidades, os estudantes podem aprofundar seu conhecimento sobre não apenas as características clínicas das doenças, mas também os fatores epidemiológicos, sociais e ambientais associados a essas condições.

“Desde que entrei na graduação me encantei com a parte da pesquisa, sabia o quão importante era a produção científica pra nossa profissão, até porque é partir dos estudos desenvolvidos que conseguimos respaldo nas nossas ações, conseguimos definir a melhor forma de agir dentro da profissão, além de outros fatores. Saber que eu e meu grupo de pesquisa conseguimos de alguma forma contribuir não só pra nossa realidade local, mas de forma internacional me enche de orgulho e vontade de ir além nesse campo“.

Importância da pesquisa científica 

A pesquisa científica desempenha um papel fundamental no avanço do conhecimento humano e no desenvolvimento da sociedade. Ela é um processo sistemático de investigação que busca responder a perguntas, solucionar problemas e contribuir para o entendimento mais profundo do mundo que nos cerca. A importância da pesquisa científica é multifacetada e abrange diversas áreas, desde a medicina até a tecnologia, passando pelas ciências sociais e ambientais.

Um dos coautores dessa pesquisa,  Thalis Araújo acredito que a pesquisa científica é uma das principais ferramentas capazes de transformar a sociedade. Segundo ele, através dela é possível obter recursos que possibilita identificar as mazelas e determinar caminhos para combatê-las. ” Estar na graduação e já ter a possibilidade de fazer ciência é uma oportunidade única, pois permite que o aluno saia do papel de espectador e passe a ser um produto do conhecimento científico”.

A pesquisa científica é considerada a principal fonte de expansão do conhecimento humano. Ela permite que os pesquisadores descubram novos fatos, compreendam fenômenos desconhecidos e aprofundem a compreensão sobre temas existentes.

O coautor Wady Wendler acredita que a pesquisa científica desempenha um papel muito importante, pois é através de investigações sobre temáticas relevantes para a sociedade que se pode solucionar problemas sociais, desde questões de saúde até desafios ambientais e econômicos. Assim, a pesquisa pode fornecer insights e evidências que podem orientar políticas públicas e práticas eficazes.

“Para mim, a pesquisa abriu oportunidades de aprendizagem para o resto da vida, desde como redigir um texto científico até entender o quanto é importante analisar problemáticas para auxiliar a população a como resolvê-las. Por fim, agradecer aos professores e colegas que, juntos, conseguimos trabalhar em equipe, superar as dificuldades e conseguir a tão sonhada publicação em uma revista renomada”.

Parcerias e incentivos para a qualificação Docente em programas de Mestrado e Doutorado

Por Clara Monte 

Em busca de aprimoramento profissional, mais de 90 docentes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) investem em ampliação de conhecimentos através de programas de mestrado e doutorado. Ao total, no momento, são 3 docentes em programas de mestrado, 83 no doutorado, e 4 estão envolvidos em programas de pós-doutorado.

O Pró-Reitor da PROP, Professor Dr. Rauirys Alencar, conta que a UESPI mantém parcerias por meio de Projetos de Cooperação entre Instituições para Qualificação de Profissionais de Nível Superior (PCI). De acordo com ele, atualmente, no âmbito da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PROP/UESPI, a instituição está formando Doutores por meio do Doutorado Interinstitucional em Linguística em parceria com a Universidade de São Paulo – USP; e por meio do Doutorado Interinstitucional em Enfermagem com a Universidade Federal do Piauí – UFPI. Além disso, a UESPI já está em busca para a oferta de Mestrado Interinstitucional (MINTER) e Doutorado Interinstitucional (DINTER) pelo Acordo de Cooperação Técnica com Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO.

“Tal parceria tem o objetivo de qualificar docentes e técnicos que possam atuar nos laboratórios da UESPI, nos processos de acreditação de produtos e serviços de toda a região. As parcerias vão para além da formação, pois inúmeras instituições são parceiras no sentido de que muitos dos docentes da UESPI atuam em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, ministrando aulas e orientando discentes, contribuição para a produtividade docente, cujos resultados são transformados em melhor resultados e índices na avaliação da UESPI junto ao MEC, à Capes, ao CNPq e ao Conselho Estadual de Educação – CEE”.

O Pró-Reitor da PROP, destaca também o incentivos que a universidade oferece aos seus docentes para a busca de aprimoramento acadêmico. Dentre elas: a liberação dos encargos docentes, permitindo que o professor se dedique integral ou parcialmente aos estudos sem prejuízo salarial conforme estabelecido pela Resolução CONAPLAN n. 001/2014 e a parceria com a FAPEPI, que amplia as oportunidades, uma vez que a instituição lança editais destinando uma porcentagem de bolsas de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado para os docentes aprovados em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu fora do Estado.

“A UESPI tem entre os objetivos a construção de ações associadas e complementares, sob os aspectos da oferta regular de Cursos de Pós-Graduação e da capacitação permanente de professores e técnicos. Para cumprir tais objetivos e manter essa visão institucional, o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, ainda destaca que se deve: “Incentivar membros de seu corpo discente e docente a buscarem qualificação, como docentes/discentes de Programas de Pós-Graduação”; e “Estimular membros de seu quadro técnico-administrativo a buscarem qualificação, em Programas de Pós-Graduação na UESPI e/ou outras IES”.

Exemplo de docente aprovado recentemente para mais uma qualificação, Prof. Harlon Lacerda, conta que sua proposta de pós-graduação intitulada “TEORIA DA NARRATIVA LITERÁRIA NUMA COSMOPERCEPÇÃO CONTRACOLONIAL E AMEFRICANA”, foi aceita pela Universidade de Coimbra (Portugal). Para ele, a qualificação docente é fundamental para garantir o tripé ensino-pesquisa-extensão na UESPI, além de trazer investimentos, visibilidade e credibilidade para a instituição.

“Ao longo de um período de 24 meses, sob a orientação da Professora Dra. Patrícia Vieira, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, minha intenção é realizar uma contribuição significativa para a reflexão acerca do objeto literário, da crítica literária e da teoria literária em si. Este projeto de pós-doutoramento não apenas busca aprimorar meu conhecimento acadêmico, como também visa estreitar os laços institucionais entre a Universidade de Coimbra, uma das instituições mais antigas e respeitadas do Ocidente, e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Ao final dessa jornada, um livro será publicado, aperfeiçoando também toda a comunidade acadêmica sobre esse tema”.

 

Contribuições da UESPI no II Encontro De Pesquisa em Educação e Formação Humana, em Parnaíba

Por João Fernandes

Um grupo de estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), participou do II Encontro De Pesquisa em Educação e Formação Humana – EDUFOH, em Parnaíba. O evento, idealizado pela Universidade Federal do Piauí, reuniu pesquisadores, professores e alunos para discutir e divulgar pesquisas voltadas à Educação, formação humana e processos educativos. 

Este ano todos, os debates e trabalhos apresentados no EDUFOH foram baseados na temática central do evento “Perspectivas histórico-críticas para Formação e o Trabalho do Docente na educação Básica”. O evento promoveu um intercâmbio entre pesquisadores de instituições acadêmicas do País, profissionais da educação básica, graduandos e pós-graduados. Na oportunidade, docentes e discentes dos cursos de Pedagogia e História, do Campus Prof. Ariston Dias, em São Raimundo Nonato, contribuíram com as discussões apresentando trabalhos orais.

Segundo a professora Sandreanne Negreiros, o Encontro foi uma experiência enriquecedora para docentes e discentes tendo em vista as diversas possibilidades de contribuição e aprendizado com outros pesquisadores, a oportunidade de trocar experiências com profissionais de diferentes instituições e regiões, além de divulgar os resultados das pesquisas dos alunos da UESPI.

“Durante o evento, tivemos a oportunidade de fortalecer os laços entre a Universidade, outras instituições e grupos de pesquisa que compartilham da perspectiva teórico-formativa dos educadores na perspectiva da educação básica e das políticas educacionais que estão em vigência”, comenta a docente.

Alguns dos trabalhos apresentados no EDUFOH

Apresentando seu artigo “Práticas Educacionais com o Brincar Heurístico Na Educação Infantil em São Raimundo Nonato”, a estudante Samara Borges Aragão, discente do segundo período Pedagogia, conta que sua participação no evento contribui para sua formação, sendo uma experiência enriquecedora para seu futuro profissional.

“Foi um evento muito importante. Participamos de mesas redondas e oficinas temáticas sobre produção de projeto na prática, contribuindo de forma significativa no processo de elaboração de nossas pesquisas e trabalhos de conclusão de curso, apresentando uma noção de como começar. Também tivemos a oportunidade de elaborar e apresentar resumos expandidos, ao qual tivemos o incentivo dos professores, desta forma, o evento marca positivamente meu desenvolvimento educacional”, destaca a aluna.

A estudante, Samara Borges Aragão apresentou seu artigo “Práticas Educacionais com o Brincar Humorístico Na Educação Infantil em São Raimundo Nonato”

Apresentando sua pesquisa “O estudo da Psicologia da Educação na Formação dos Discentes do Curso de Pedagogia em São Raimundo Nonato”, a discente Evelin Pereira Damasceno participou pela primeira vez de um evento com foco na divulgação de pesquisas científicas. Para ela, a oportunidade representa um passo importante na sua carreira como pesquisadora e seu aprimoramento acadêmico.

“Foi uma experiência incrível, tendo em vista que nunca havia me imaginado que no primeiro período de Pedagogia já estaria apresentando trabalho orais em outra cidade. Durante o processo de produção e coleta de dados do trabalho, aprendi sobre diversos elementos que compõem as pesquisas e trabalhos científicos, desde a estruturação do corpo da pesquisa que era algo completamente novo até a preparação para a apresentação, tudo feito em colaboração com meu orientadores”, comenta a aluna.

A discente Evelin Pereira Damasceno, participou pela primeira vez de um evento de iniciação cientifica

A discente destaca ainda que ter participado deste evento e ter passado por todos os processos de construção e apresentação de sua pesquisa foi essencial  para seu desenvolvimento profissional, ela agora pretende continuar pesquisando.

Fazer pesquisa me abriu um olhar para um mundo totalmente desconhecido, que é o do pesquisador, me identifiquei bastante e tenho total incentivo dos meus docentes e profunda vontade de continuar e elaborar novos projetos em colaboração com meus orientadores e de autoria própria. Já ao que se diz respeito das contribuições para minha formação, acredito que estas realizações destacaram ainda mais minhas potencialidades como estudante, além de revigorar o meu foco acadêmico”, pontua a aluna.

Para Hélmika Rayanny Rocha, com a pesquisa intitulada “Desafios de Lecionar História no Ensino Básico”, é essencial para compreender a diversidade em sala de aula e o papel da família no âmbito escolar. Apresentando trabalho científico pela primeira vez, ela acredita que essa temática é importante para aperfeiçoar a atividade dos professores em sala de aula.

“Segundo os professores que conversarmos, temos dificuldades quanto a lidar com um sala de aula na qual todos têm um pensamento, uma crença e etc.. Isso é desafiador. Todavia, eles enxergam a importância de criar meios para que possam tornar a escola um lugar de acolhimento para que eles possam se expressar sem receios. No caso do papel da família, os educadores acreditam que a escola deve trabalhar juntamente com a família para que assim os alunos se envolvam/interessem mais nas questões escolares”, pontua a discente.

Confira depoimentos dos alunos pesquisadores nos eventos SPC, SIC E SIT em Parnaíba

  1. Por Clara Monte 

“Esse projeto busca encorajar os novos membros do curso, proporcionando-lhes uma rede de apoio que os motiva a persistir e não desistir da jornada acadêmica. No âmbito do projeto, os membros do grupo  dos petianos, assumem a responsabilidade de adotar um calouro por um período de três semestres. Durante esse período, eles oferecem auxílio nas atividades acadêmicas, além de orientações sobre o conteúdo do curso. Fico muito feliz pela oportunidade de poder compartilhar essa iniciativa para mais alunos e professores, além de ser uma chance de aprimorar meus conhecimentos”.

Esse foi o depoimento do discente Eudes dos Santos Pinheiro, do curso de Física sediado em Teresina. Ele compartilha seu envolvimento no projeto intitulado “Petiano, adote seu Calouro”. O objetivo dessa iniciativa é oferecer suporte, monitoramento e orientação aos novos calores que ingressam no curso de Física.

Eudes e muitos outros estudantes da UESPI e de outras universidades estão participando dos eventos organizados Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI): XXIII Simpósio de Produção Científica (SPC)XXII Seminário de Iniciação Científica (SIC) e o II Seminário de Inovação Tecnológica (SIT). Nesta terça-feira(17), acontece o segundo dia da ação.

Os eventos têm como objetivo divulgar os resultados das pesquisas e inovações desenvolvidas pelos docentes, discentes e técnicos da UESPI vinculados ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), além de projetos que envolvam demais pesquisadores, estudantes de pós-graduações e até mesmo pesquisas de outras instituições.

 

Eudes dos Santos Pinheiro, aluno de Física do campus de Teresina.

Francisco Hiago, estudante de Física, também de Teresina, compartilha sua paixão pelos conceitos complexos de  seu curso. Seu projeto se concentra em levar uma abordagem simplificada às escolas públicas integrada à residência pedagógica. A principal meta é tornar os conteúdos de física mais acessíveis, utilizando experimentos para demonstrar de maneira envolvente como a física pode ser divertida e aprendida de maneira lúdica e criativa.

“É a minha primeira vez na UESPI de Parnaíba e estou contente com a estrutura. Meu projeto visa tornar a educação mais acessível, proporcionando uma abordagem mais cativante para a física. Meu objetivo é fazer com que as crianças vejam a física como algo interessante, menos intimidante e tedioso. Embora os cálculos sejam inevitáveis, buscamos apresentar uma maneira mais criativa e envolvente de educar. Durante este momento de troca de conhecimento, percebo uma dinâmica em que aprendo com meus colegas, ao mesmo tempo em que compartilho meu aprendizado com eles”.

Francisco Hiago, estudante de Física do campus de Teresina.

André Luís de Nunes, estudante do curso de Licenciatura em Química, em Teresina, explica que seu trabalho é sobre Propriedades fotoeletroquímicas de filmes de CuWO4 dopados com Lítio ou Magnésio, pesquisa essa que tem como  intuito gerar uma fonte de energia limpa e renovável. Para ele, a oportunidade de apresentar seu trabalho em um simpósio é uma experiência incrível. Ele destaca o valor dessa ocasião, onde pode compartilhar sua pesquisa com um grande número de pessoas, ampliando a divulgação dos resultados de seu estudo.

“É gratificante estar aqui usufruindo desta excelente estrutura que nos permite apresentar nossas pesquisas. Sinto que este momento é altamente qualificador, proporcionando-me a oportunidade de me expressar e demonstrar todo o desenvolvimento da minha pesquisa, desde a concepção até os resultados alcançados”.

André Luís de Nunes, estudante do curso de Licenciatura em Química, campus de Teresina.

Jessica Rodrigues, estudante de Agronomia do Campus de Parnaíba, compartilha sua pesquisa centrada nos desafios enfrentados no manejo psícola durante a pandemia da Covid-19 na cidade de Parnaíba-PI. Ela ressalta a relevância de seu trabalho, especialmente no contexto da visibilidade econômica da tilápia e do tambaqui, dada a localização litorânea da cidade e a grande demanda no mercado.

“Meu trabalho teve como foco a análise da dinâmica do mercado durante os anos da pandemia, examinando seu funcionamento e os principais desafios enfrentados nessa área. Sinto uma grande gratidão por participar desse momento, pois ele integra os diversos cursos e proporciona valiosas oportunidades para nós, alunos. Além disso, contribui significativamente para nossa bagagem de conhecimento e enriquece nosso currículo”.

Jessica Rodrigues, estudante de Agronomia do Campus de Parnaíba.

Ana Clara Lira, estudante do curso de Odontologia no campus de Parnaíba, compartilha seu projeto que consiste na avaliação do nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre a violência contra a mulher. Ela destaca a crescente incidência de lesões na região bucal e no pescoço, tornando os dentistas profissionais fundamentais na identificação e tratamento das vítimas desse tipo de violência.
“Dada a gravidade das lesões e o aumento de casos observados, torna-se fundamental avaliar o conhecimento dos profissionais sobre esse tema. Além disso, é crucial ter esse espaço para apresentar nossos resultados e destacar essa questão de outra perspectiva. As palestras ministradas aqui também são de grande importância, pois impulsiona novas curiosidades e ajuda na integração entre cursos e temas, proporcionando trocas de experiências”.

Ana Clara Lira, estudante do curso de Odontologia no campus de Parnaíba.

 

II Encontro de Saberes e VII Mostra de Ciências da Floresta Nacional de Palmares

Por Clara Monte

Nos dias 27 e 28 de outubro, acontece o II Encontro de Saberes e VII Mostra de Ciências da Floresta Nacional de Palmares. O evento acontece de forma online na Flona de Palmares (VII Mostra de Ciências), Canal do YouTube do Mestrado em Geografia da UFPI. 

A Floresta Nacional de palmares (ou Flona de Palmares) é uma unidade de conservação ambiental localizada ntre os municípios de Altos e Teresina. Possui 170 hectares e tem como bioma a caatinga. A Flona de Palmares foi criada em 2005 por meio de um decreto do então Presidente Luis Inácio Lula da Silva. De acordo com o disposto no Decreto, o objetivo foi “promover o manejo de uso múltiplo dos recursos florestais, a manutenção de banco de germoplasma in situ de espécies florestais nativas, e das características de vegetação de cerrado e caatinga, a manutenção e a proteção dos recursos florestais e da biodiversidade, a recuperação de áreas degradadas e a educação ambiental”.

A finalidade do Encontro é colaborar com a disseminação e atualização de saberes produzidos na Flona com a participação de entidades e da sociedade civil, cujas atividades estiveram principalmente voltadas para o avanço completo e emancipatório da Floresta. O Encontro defende a educação ambiental e a conscientização cívica, compartilhando vivências inspiradoras.
Na programação, destacam-se: uma mesa redonda sobre Educação Ambiental na FLONA de Palmares, uma abordagem sobre a Biodiversidade e suas conexões Paleontológicas com a FLONA de Palmares, uma reflexão sobre Conservação e Sustentabilidade abordando suas múltiplas funções. Além disso, haverá uma palestra enfocando os Aspectos Paisagísticos da Floresta Nacional de Palmares, com relevância para a conservação, bem como rodas de conversa e apresentações de projetos.
O Prof. Antonio Rafael Barbosa de Almeida, representante da UESPI no Conselho gestor do evento, destaca a importância significativa deste encontro em promover um diálogo mais amplo com a FLONA, além de ser uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica compartilhar pesquisas e estudos.
“Esse evento reside no aprofundamento do diálogo com a FLONA, na divulgação das iniciativas de ensino, pesquisa e extensão da UESPI e nas oportunidades de conhecer mais sobre a gestão da unidade de conservação. Além disso, o evento oferece uma plataforma para compartilhar as atividades científicas relacionadas ao manejo e à preservação da FlonaLONA, provenientes de outras instituições de ensino”.
O representante acrescenta que para aqueles que possuem interesse no tema, é relevante mencionar que, ano passado, ele e a Prof. Ana Angélica Fonseca Costa publicaram um guia abordando os parques e unidades de conservação em Teresina, no qual a FLONA foi incluída. O e-book esta disponível na editora da UESPI.

Os grandes eventos de pesquisa da UESPI estão chegando!!! Confira a programação.

Por Clara Monte

Está chegando o grande momento do campo da pesquisa na Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Através da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), vai ter início o XXIV Simpósio de Produção Científica (SPC) no XXIII Seminário de Iniciação Científica (SIC) e no II Seminário de Inovação Tecnológica (SIT). 

Neste ano, as atividades ocorrerão no formato híbrido entre os dias 16 e 18 de outubro com as apresentações presenciais, sendo realizadas no campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba-PI.

O Diretor do Departamento de Pesquisa, Professor Gustavo Gusmão, afirma que os participantes inscritos no Seminário de Iniciação Científica com cursos sediados em Parnaíba deverão comparecer pessoalmente para realizar as apresentações. Para os estudantes de outros campi, a participação presencial é opcional, exceto quando seus trabalhos forem escolhidos pelo Comitê Interno de Pesquisa para apresentação oral e concorrência aos prêmios por área. Neste grupo, somente alunos da UESPI que conduzem projetos de PIBIC e PIBIT podem se envolver.

“Este evento tem como propósito a divulgação dos resultados das pesquisas e inovações promovidas pelos docentes e discentes de nossa instituição, com foco especial naqueles vinculados aos programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). Além disso, a busca envolve não apenas os específicos em iniciar suas atividades de pesquisa, mas também promover a interação dentro da comunidade acadêmica científica da UESPI, bem como de outras instituições”.

De acordo com a programação divulgada pela PROP, no primeiro dia de evento, pela manhã, será realizada a Solenidade de abertura e apresentação cultural. Pela tarde, ocorrerá Sessão de Pôster Presencial II Áreas: Ciências Agrárias, Ciências Exatas e da Terra, Engenharia. Na terça-feira(16), acontecerá palestras, Sessão de Pôster Presencial, Sessões assíncronas de vídeo pôsteres e Comunicações Orais II (por Videoconferências)  II Áreas: Ciências da Saúde, Multidisciplinar, Ciências Biológicas.

No último dia de evento, pela manhã, a programação terá as palestras: “Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Cultural de Parnaíba-PI e suas potencialidades turísticas”, e Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e Comitê de Ética no Uso de Animais. Pela tarde, Sessões assíncronas de vídeo-pôsteres, comunicação Orais (por Videoconferências), e Sessão de Pôster Presencial III Áreas: Áreas: Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Sociais Aplicadas.

Programação Simpósio (5.1)

Para mais informações acesse o edital.

 

 

 

Conep informa a abertura de consulta pública: comunidade científica deve participar

Por Clara Monte 

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) anuncia a abertura de uma consulta pública.  A consulta permanecerá disponível para recebimento de contribuições até o dia 20 de outubro, sendo acessível por meio de um prático formulário eletrônico disponível no seguinte link: Formulário de Consulta Pública.

A ação tem o objetivo de coletar opiniões da sociedade para melhoria do sistema CEP/CONEP de gerenciamento de Pesquisas que envolvem seres humanos, direta ou indiretamente. As sugestões serão analisadas e debatidas para compor resolução específica acerca dos aspectos éticos, relacionados à constituição, gerenciamento e utilização de bancos de dados, com finalidade de pesquisa científica, envolvendo seres humanos.

A Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa UESPI, Profa. Luciana Saraiva, destaca que o sistema CEP/CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) elabora e norteia as pesquisas com seres humanos em todo o país através de normativas e que as resoluções são elaboradas e atualizadas para manter o bom funcionamento de todos os CEP’s brasileiros.

“Por isso, você que é pesquisador e que gostaria de ofertar sua sugestão para a melhoria desse sistema quanto ao processo constituição, gerenciamento e utilização de bancos de dados, não deve perder a oportunidade essa oportunidade”.

UESPI de Picos: Liga Acadêmica de Jornalismo, Educação e Memória lança edital para novos membros

Por:  João Pedro Nunes e Maysa Martins (LabCom)

A Liga Acadêmica de Jornalismo, Educação e Memória (Joeme), criada em 2019, informa que as inscrições já estão abertas para os discentes interessados em participar do grupo de estudo e pesquisa. 

Edital de admissão

A Liga Joeme é um grupo científico formada pela comunidade discente e Professores do curso de Jornalismo da UESPI, campus Professor Barros Araújo, com o intuito de estimular estudos e realizar produções científicas sobre jornalismo, educação e memória.

Segundo Thaila Vitória, estudante de Jornalismo e presidente da Liga, essa é uma oportunidade para quem deseja aprofundar conhecimento e ter uma visão crítica sobre as temáticas estudadas pelo grupo.