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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Setembro roxo: curso de pedagogia do campus Torquato Neto promove roda de conversa sobre Hanseníase

Por Giovana Andrade

Os docentes José Silva e Dalva Stella, ambos do curso de pedagogia do campus de Teresina, estão organizando uma roda de conversa sobre “Hanseníase: Sintomas, Tratamentos e Cura”. O evento contará com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) e do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN). O evento está relacionado ao Setembro Roxo e ocorrerá no dia 03, no espaço de convivência do CCHL, Setor 08, Pirajá e terá como palestrante Lucimar Batista da Costa, Coordenadora MORHAN Piauí , Diretora do MORHAN Nacional e Conselheira estadual de politica para as Mulheres.

A ação será aberta a toda a comunidade acadêmica. A professora Dalva Stella explica que o Setembro Roxo é o mês estadual de combate e prevenção à hanseníase, o que o torna de grande importância, pois chama a atenção da população em geral para a doença. “O aspecto mais crucial é a redução do estigma. Ao diminuir o estigma, espera-se que a incidência da doença também diminua, já que as pessoas, ao perceberem os primeiros sintomas e sinais, buscarão atendimento e iniciarão o tratamento, interrompendo assim a cadeia de transmissão.”

Ela enfatiza que a universidade desempenha um papel muito importante nesse contexto, como instituição de ensino, pesquisa e extensão.

Professora e alunos de enfermagem realizam ação alusiva ao dia D de combate a hanseníase

Por Anny Santos

Nesta terça-feira (12), a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Faculdade de Ciências Médicas (FACIME) e do curso de Enfermagem, realiza uma ação alusiva ao dia D de combate a hanseníase, a partir das 12h30, no Hall do Centro de Ciências da Saúde (CCS), com informativos em saúde, jogos interativos e seminário ministrado pela Dr. Olivia Dias Araújo.

A iniciativa é um Projeto de Ensino ligado a disciplina Didática Aplicada a Enfermagem, que parte da professora Dra. Joelma Maria Costa e dos alunos do 4° período do curso, tendo por objetivo colocar em prática os conhecimentos de planejamento e educação em saúde.

Segundo a professora, discentes de todos os cursos da FACIME podem participar, pois a ação proporciona uma ampliação do aprendizado, sendo uma atividade de ensino e também de informação. “Formamos na UESPI profissionais para o SUS, sendo assim o exercício de atividades de promoção de saúde voltados para uma doença negligenciada e endêmica no Piauí é de suma importância”.

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. Essa doença é caracterizada pela alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos, podendo gerar incapacidades permanentes.

Para Maria Eduarda Gomes, uma das alunas responsáveis pela ação, é primordial a participação dos discentes, tanto na produção quanto no decorrer das atividades, pois assim os aproxima da área profissional na prática, firmando laços com os demais alunos das turmas e de outros cursos, além de promover informações sobre um tema tão importante quanto a Hanseníase.

Alunos produzindo materiais para a ação

“O desenvolvimento dessa ação externa, proporcionada pela disciplina de Didática e a professora Joelma, estimulou o nosso despertar por projetos de extensão além da dedicação com a extensão que a própria Uespi estimula em seus discentes”, finaliza.

Sobre o Setembro Roxo

Esse mês, duas ações ganham destaque no chamado “Setembro Roxo“, que promove a atenção para o combate à hanseníase e a conscientização sobre a fibrose cística.

A campanha “Setembro Roxo” nos lembra da importância de combater a hanseníase, uma doença que, mesmo sendo tratável, ainda afeta muitas pessoas em todo o mundo. A detecção precoce e o tratamento adequado são cruciais para evitar complicações e o estigma associado a essa condição.

Além disso, a conscientização sobre a fibrose cística é fundamental. Essa é uma doença genética rara que afeta principalmente os sistemas respiratório e digestivo. Com informação e apoio adequados, é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e contribuir para a pesquisa em busca de tratamentos mais eficazes.

Confira mais ações que estão acontecendo

Projeto de Extensão lança Boletim Epidemiológico sobre Hanseníase em Parnaíba

Por João Fernandes

O INFPAC – Informação para a Ação como estratégia de enfrentamento às doenças e agravos de notificação compulsória no município de Parnaíba, grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus de Parnaíba, lançou, recentemente, um Boletim Epidemiológico da Hanseníase como parte de suas estratégias de enfrentamento às doenças e agravos de notificação compulsória no município.

Os trabalhos do projeto consistem em  desenvolver atividades com o intuito de conhecer a situação da saúde do município, através da elaboração de Boletins Epidemiológicos e ações voltadas à disseminar conhecimentos científicos para subsidiar ações de saúde.
O novo boletim epidemiológico lançado pelo INFPAC visa fornecer informações atualizadas sobre a incidência, prevalência e distribuição geográfica da Hanseníase em Parnaíba.

De acordo com dados apresentados pelo projeto, o ano de 2020 apresentou menos registros entre os anos analisados. Tal fato vai de encontro com o período pandêmico em que houve diversos problemas relacionados à notificação dos demais agravos no Brasil. Apesar disso, o panorama mostra que, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 2017 e 2021, o Piauí teve 5.372 casos de Hanseníase notificados.

Outra constatação importante do Boletim é que o Município de Parnaíba pode ser considerado um território com altíssima incidência da doença (20 a 39 casos por 100 mil habitantes). Este indicador revela baixos níveis de condições de vida, de desenvolvimento socioeconômico e de atenção à saúde. 

A profa. Dra. Thatiana Araújo Maranhão, uma das orientadoras do grupo, ressalta a necessidade de intensificar as ações de controle e prevenção da doença, bem como de promover a conscientização da população sobre os sinais, sintomas e tratamento da Hanseníase.

O aumento da taxa de detecção não necessariamente é preocupante. Pode indicar também que as estratégias de rastreio e diagnóstico estão sendo mais efetivas. Uma vez que a doença seja diagnosticada, o tratamento é instituído e a proporção de pessoas curadas e contatos examinados é maior. O principal desafio do município, sem dúvidas, é a redução das taxas de  grau 2 de incapacidade, de modo que seja possível atingir as metas estabelecidas pela OMS”, acrescenta a professora.

Os números apesar de parecerem pequenos, acendem um alerta quando se leva em consideração as estatísticas nacionais, isso porque, a Hanseníase afeta quase 30 mil pessoas por ano no Brasil, colocando o país em segundo lugar no mundo no número de incidências da enfermidade.

A professora destaca ainda que os dados da Hanseníase foram fornecidos pela Vigilância Epidemiológica do município de Parnaíba, importante parceira neste projeto de extensão. Para ela, com o boletim epidemiológico em mãos, as autoridades de saúde de Parnaíba terão acesso a informações atualizadas e relevantes para a tomada de decisões estratégicas no enfrentamento da Hanseníase.

BOLETIM HANSENÍASE 2017-2021 (1)

Mais ações do INFPAC

O INFPAC também realiza campanhas de conscientização sobre diversas doenças de notificação compulsória visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população parnaibana.

Nesta segunda-feira (22) o projeto realizou ações nas UBS da cidade para divulgar o relatório situacional do Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA de Parnaíba. Na ocasião, foram feitas palestras e distribuídos folders sobre prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis.