UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Relatório Situacional de Parnaíba – 2022

A elaboração deste relatório situacional foi fundamentada no pretexto de monitorização, prevenção e análise da situação de saúde do município de Parnaíba-PI, acerca das doenças e agravos de notificação compulsória registradas em 2022. Dessa forma, observou-se que, ao longo do ano, foram notificadas um total de 25 doenças/agravos nos diversos serviços de saúde disponibilizados na área de abrangência municipal. Com isso, verificou-se enorme variedade de enfermidades detectadas em Parnaíba, as quais diferem entre si em suas formas de transmissão, manifestações clínico-epidemiológicas e profilaxia.

INFPAC promove evento online sobre Ações Educativas e Estratégias de comunicação em Vigilância em Saúde nos Territórios

Por João Fernandes

O INFPAC – Informação para a Ação como estratégia de enfrentamento às doenças e agravos de notificação compulsória no município de Parnaíba, grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), reuniu especialistas para falar sobre “Ações Educativas e Estratégias de comunicação em Vigilância em Saúde nos Territórios”.

O encontro aconteceu nesta quinta-feira (24) por meio do canal no youtube (PNVS COMUNIDADE), com debates relevantes sobre a importância de parcerias e colaborações entre diferentes setores, como saúde, educação e mídia para alcançar resultados impactantes. Estiveram no encontro o Professor Orlando Berti, Diretor de Relações Internacionais da UESPI, a professora Gisele Bezerra, ela foi diretora da UTI COVID na época da pandemia, e a enfermeira Carlyane Araujo, ela destacou sua experiência com relação às fake news durante a pandemia na atenção básica.

INFPAC contemplado com edital PNVS

O INFPAC foi o único projeto piauiense contemplado no edital do PNVS Comunidade do Ministério da Saúde e Universidade de Brasília. Este edital fomenta 20 projetos de extensão de todo Brasil, cujo objetivo é apoiar a implementação da Política Nacional de Vigilância à Saúde.

O evento desta quinta-feira foi idealizado pelo Programa Nacional e se constitui em um dos vários eventos planejados em cronograma para o compartilhamento de conhecimentos e experiências no âmbito da Vigilância em Saúde.

Para a professora Dra. Thatiana Araújo Maranhão, uma das orientadoras do grupo,  tratar do tema “Fake News” e Estratégias de comunicação em Vigilância em Saúde trouxe inúmeras reflexões sobre a importância de combater a epidemia da desinformação, tendo em vista que esta já trouxe inúmeras consequências prejudiciais para a sociedade.

“Decidimos reunir especialistas para explicar a parte mais técnica do problema das ‘fake news’ e da desinformação na área da saúde. Destacando, principalmente, como as notícias falsas podem ser utilizadas como estratégias propositais para literalmente desinformar”, destaca a professora.

O professPr Dr. Orlando Berti explica que, no contexto atual, considerado pós-pandêmico, tem influenciado à sociedade a refletir sobre vigilância constante sobre as questões relacionadas a saúde e  porque a vacinação permanece importante, não só para a covid, mas para as outras doenças e, principalmente, as políticas de prevenção de saúde.

“Nós apresentamos caminhos para combater tudo isso e o combate relacionado às fake news, a desinformação está muito na cidadania, ou seja, no poder de escolha da pessoa que consome, no poder de conferir se determinada informação é verdadeira ou não e, principalmente, na responsabilidade de passar isso para as outras pessoas. Com isto, apresentamos mecanismos usados para influenciar pessoas a se travestir de uma informação não verdadeira para poder manipular, gerar caos, insegurança e  medo”, comenta o professor.

A live completa está disponível no Youtube e você pode conferir através deste link.

Projeto de Extensão lança Boletim Epidemiológico sobre Hanseníase em Parnaíba

Por João Fernandes

O INFPAC – Informação para a Ação como estratégia de enfrentamento às doenças e agravos de notificação compulsória no município de Parnaíba, grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus de Parnaíba, lançou, recentemente, um Boletim Epidemiológico da Hanseníase como parte de suas estratégias de enfrentamento às doenças e agravos de notificação compulsória no município.

Os trabalhos do projeto consistem em  desenvolver atividades com o intuito de conhecer a situação da saúde do município, através da elaboração de Boletins Epidemiológicos e ações voltadas à disseminar conhecimentos científicos para subsidiar ações de saúde.
O novo boletim epidemiológico lançado pelo INFPAC visa fornecer informações atualizadas sobre a incidência, prevalência e distribuição geográfica da Hanseníase em Parnaíba.

De acordo com dados apresentados pelo projeto, o ano de 2020 apresentou menos registros entre os anos analisados. Tal fato vai de encontro com o período pandêmico em que houve diversos problemas relacionados à notificação dos demais agravos no Brasil. Apesar disso, o panorama mostra que, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 2017 e 2021, o Piauí teve 5.372 casos de Hanseníase notificados.

Outra constatação importante do Boletim é que o Município de Parnaíba pode ser considerado um território com altíssima incidência da doença (20 a 39 casos por 100 mil habitantes). Este indicador revela baixos níveis de condições de vida, de desenvolvimento socioeconômico e de atenção à saúde. 

A profa. Dra. Thatiana Araújo Maranhão, uma das orientadoras do grupo, ressalta a necessidade de intensificar as ações de controle e prevenção da doença, bem como de promover a conscientização da população sobre os sinais, sintomas e tratamento da Hanseníase.

O aumento da taxa de detecção não necessariamente é preocupante. Pode indicar também que as estratégias de rastreio e diagnóstico estão sendo mais efetivas. Uma vez que a doença seja diagnosticada, o tratamento é instituído e a proporção de pessoas curadas e contatos examinados é maior. O principal desafio do município, sem dúvidas, é a redução das taxas de  grau 2 de incapacidade, de modo que seja possível atingir as metas estabelecidas pela OMS”, acrescenta a professora.

Os números apesar de parecerem pequenos, acendem um alerta quando se leva em consideração as estatísticas nacionais, isso porque, a Hanseníase afeta quase 30 mil pessoas por ano no Brasil, colocando o país em segundo lugar no mundo no número de incidências da enfermidade.

A professora destaca ainda que os dados da Hanseníase foram fornecidos pela Vigilância Epidemiológica do município de Parnaíba, importante parceira neste projeto de extensão. Para ela, com o boletim epidemiológico em mãos, as autoridades de saúde de Parnaíba terão acesso a informações atualizadas e relevantes para a tomada de decisões estratégicas no enfrentamento da Hanseníase.

BOLETIM HANSENÍASE 2017-2021 (1)

Mais ações do INFPAC

O INFPAC também realiza campanhas de conscientização sobre diversas doenças de notificação compulsória visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população parnaibana.

Nesta segunda-feira (22) o projeto realizou ações nas UBS da cidade para divulgar o relatório situacional do Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA de Parnaíba. Na ocasião, foram feitas palestras e distribuídos folders sobre prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis.