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Alunos de História da UESPI de Oeiras realizam oficina para professores da rede municipal e fortalecem debates sobre relações étnico-raciais

Por Mikael Lopes

Acadêmicos do curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Possidônio Queiroz, em Oeiras, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED), promoveram uma oficina para professores da rede municipal durante o Encontro Artístico de Identidade e Cultura de Oeiras, realizado na última sexta-feira (28). Na atividade, foram trabalhados temas como escravidão, resistência e literatura.

A oficina teve como propósito promover uma discussão crítica sobre as relações étnico-raciais e a herança político-cultural da escravidão em Oeiras e no Piauí, baseada na obra “Vaqueiro e Visconde” (1986), de José Expedito Rêgo. A atividade foi supervisionada pelos docentes Dr. Reginaldo Sousa Chaves e Dra. Pedrina Nunes Araújo.

“O percurso metodológico desenvolveu-se em sete etapas, englobando desde o embasamento teórico sobre ficção, política e estruturas do racismo, até o resgate histórico da escravidão no Piauí e a análise literária da obra, culminando na elaboração de material didático e aplicação da oficina”, explicou o professor Dr. Reginaldo Sousa Chaves.

A ação proporcionou aproximação entre a universidade e profissionais da educação, fortaleceu a troca de conhecimentos e possibilitou que os professores levem para a sala de aula leituras mais reflexivas. A aluna extensionista do curso de História, Luana Borges, participou da condução da oficina e destacou a importância do momento.

“Levar essa discussão para os professores da rede é essencial, pois evidencia como determinadas narrativas literárias podem continuar reproduzindo estruturas racistas, ainda que apresentem, em alguns momentos, uma suposta crítica social. Ao oferecer essa leitura mais sensível e atenta, contribuímos para que os docentes desenvolvam práticas pedagógicas mais conscientes, capazes de estimular reflexões profundas nos estudantes”, ressaltou Luana.

A Coordenadora de rede de História e Arte da SEMED, Valderlany Mendes, pontua que a parceria e a oficina oferecida aos educadores foram positivas e estratégicas para o fortalecimento da formação continuada dos docentes da rede municipal, com avaliação amplamente motivadora por parte dos participantes.

“A parceria com a UESPI possibilitou o acesso a pesquisas atualizadas, abordagens metodológicas contemporâneas e a um diálogo qualificado entre universidade e escola básica. O retorno dos professores foi amplamente positivo. Muitas falas destacaram que a oficina foi motivadora, reflexiva e necessária, ressaltando que o diálogo com pesquisadores da UESPI trouxe consistência teórica e inspiração para práticas pedagógicas. Os professores avaliaram a experiência como enriquecedora, formativa e de grande relevância pedagógica”, disse Valderlany.

Os resultados gerados a partir dos debates apontam, segundo o professor Dr. Reginaldo Sousa Chaves, que todos os campi da UESPI trabalham para aproximar a produção acadêmica da sociedade.

“Os resultados da atividade são observados em diversas esferas: no âmbito social e institucional, a oficina consolidou uma importante parceria de extensão entre a UESPI e a SEMED-Oeiras, qualificando a formação continuada dos professores e levando o debate para fora dos muros da universidade; academicamente, a experiência proporcionou aos discentes o exercício prático da pesquisa, a discussão de tópicos socialmente relevantes e a integração efetiva com a comunidade, reforçando seu papel profissional”, afirmou o docente.

UESPI promove a quinta edição da “UESPI Negra” com foco em educação antirracista e diálogo com comunidades tradicionais

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Campus Professor Ariston Dias Lima, em São Raimundo Nonato, realizou entre os dias 5, 6 e 7 de novembro a V edição da “UESPI Negra: Educação Antirracista e Diálogos Transversais”. O evento reuniu estudantes, professores, pesquisadores e membros da comunidade para discutir pautas sobre educação, diversidade, inclusão e resistência das populações negras, quilombolas e indígenas.

A programação contou com palestras, mesas-redondas, minicursos, oficinas, apresentações culturais e grupos de trabalho, que abordaram temas como educação pública, racismo ambiental, formação docente, empreendedorismo negro e culturas populares. A iniciativa integra o conjunto de ações institucionais da UESPI voltadas para a promoção da igualdade racial e fortalecimento de políticas educacionais inclusivas, destacando-se como um dos principais espaços de debate sobre educação antirracista no interior do estado.

Mesa com organizadores e palestrantes.

De acordo com a professora Marla Arianne, uma das organizadoras do evento, a proposta da UESPI Negra é ampliar os espaços de fala e reflexão sobre as vivências e desafios enfrentados pelas populações negras e periféricas. “O evento está sendo muito bem-sucedido. Ele trata de várias pautas que permeiam a vida do povo negro. Falamos de educação, mas também de diálogos transversais que atravessam a formação da população negra, indígena, quilombola e periférica. A conferência de abertura foi um passeio pela história da educação e mostrou como o racismo impacta até hoje o perfil da escola pública”, destacou.

Durante os três dias de programação, os participantes discutiram formas de resistência e mobilização comunitária, com foco no debate sobre racismo ambiental e os impactos de grandes empreendimentos sobre territórios periféricos e tradicionais.

Um dos momentos mais marcantes da edição foi o “Roteiro do Quilombo”, vivência realizada no Quilombo Lagoas, encerrando o evento no sábado (9). A atividade envolveu 40 participantes em uma imersão de campo que incluiu diálogo com os quilombolas, partilha de saberes e experiências culturais, além da degustação de pratos típicos locais.

“A UESPI Negra sempre tem essa preocupação de não apenas chamar a comunidade para falar ou ouvir sobre ela, mas também de ir até esses espaços, vivenciar e aprender com as pessoas que mantêm viva a memória e a resistência quilombola”, explicou a professora Marla.

Registro da visita ao Quilombo Lagoas

Para o estudante André Rodrigues de Oliveira, do quinto bloco do curso de Licenciatura Plena em História, a participação na 5ª UESPI Negra foi uma experiência marcante e inspiradora. “Foi uma experiência transformadora, porque nos cinco blocos que estou aqui, esse foi o primeiro grande evento que consegui visualizar na universidade. Pela primeira vez, vimos a UESPI cheia, com grande participação de visitantes, professores, técnicos e alunos, todos em sintonia, trabalhando juntos para entregar o melhor que podíamos. Foi um evento planejado com dedicação, e os professores estiveram conosco desde o início, orientando e ajudando a sintonizar o tom do que seria esse grande momento”, afirmou o discente.

A V edição da UESPI Negra reafirma o compromisso da universidade com a formação cidadã, a valorização da diversidade e a transformação social. Ao fortalecer o diálogo entre academia e comunidade, a UESPI consolida-se como um espaço de reflexão, inclusão e luta por uma educação verdadeiramente plural e antirracista.

UESPI realiza III Semana Acadêmica de História em celebração aos 100 anos de Clóvis Moura

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Licenciatura em História do Campus Dra. Josefina Demes, em Floriano, realiza, entre os dias 04 e 07 de novembro de 2025, a III Semana Acadêmica de História, com o tema “100 anos de Clóvis Moura: entre as lutas antirracista e anticapitalista”. O evento tem como objetivo discutir as contribuições intelectuais e políticas de Clóvis Moura no centenário de seu nascimento, promovendo reflexões sobre sua obra e sua importância para a compreensão da sociedade brasileira e das relações raciais.

A iniciativa integra as ações de ensino, pesquisa e extensão da UESPI e busca aprofundar o debate sobre a produção de Clóvis Moura, intelectual piauiense de destaque nacional, cuja trajetória está marcada pela luta contra o racismo e pela crítica ao sistema capitalista. O evento também pretende fortalecer o diálogo entre universidade, estudantes e comunidade, estimulando a construção de saberes comprometidos com a diversidade e a justiça social.

O professor Valério Negreiros, docente do curso de História e organizador da Semana Acadêmica, destaca a relevância do tema. “Por que discutir Clóvis Moura na Semana Acadêmica de História? Principalmente por duas pautas fundamentais: a pauta antirracista e a pauta anticapitalista. Tudo isso perpassa a produção de Clóvis Moura enquanto intelectual e enquanto entusiasta de um debate que pensa o lugar do racismo e o lugar do negro na sociedade brasileira”, explica o docente.

A programação contará com palestras, mesas-redondas, minicursos e apresentações de trabalhos acadêmicos, reunindo pesquisadores e estudantes de diferentes instituições, como a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Instituto Federal do Piauí (IFPI).

Entre os temas que serão debatidos, destacam-se: “Clóvis Moura e a luta de classes no Brasil”, “Racismo estrutural e resistência negra”, “Movimentos sociais e consciência histórica” e “O legado político e intelectual de Clóvis Moura”. Além das mesas temáticas, o evento também promoverá sessões de comunicações científicas, nas quais os estudantes poderão apresentar suas pesquisas e reflexões sobre a obra do autor e temas correlatos.

A III Semana Acadêmica do curso de História reafirma o papel da UESPI como instituição pública comprometida com a formação integral, o pensamento crítico e o fortalecimento da cidadania. Ao promover o diálogo sobre o legado de Clóvis Moura, a universidade estimula a valorização da memória, da diversidade e da inclusão social, consolidando seu compromisso com a transformação da realidade por meio da educação.

As inscrições estão abertas até o dia 24 de outubro de 2025 e estão disponíveis no link abaixo:

https://historiafrn.wixsite.com/website

UESPI recebe doação de mais de 600 livros para fortalecer ensino e pesquisa no Campus Clóvis Moura

por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) recebeu, no início de setembro, a doação de mais de 600 livros especializados para o Campus Clóvis Moura, em Teresina. A coleção, pertencente à professora aposentada Tanya Maria Pires Brandão (UFPI/UFPE), reúne décadas de dedicação acadêmica e agora integra o acervo do Laboratório de Pesquisa e Ensino de História “Anselmo Dias”, ampliando as possibilidades de ensino, pesquisa e extensão na área de História.

Acervo doado a biblioteca da UESPI

Segundo o professor Marcelo de Sousa Neto, coordenador do Laboratório e docente do curso de História do campus, a iniciativa representa um marco para a formação de novos historiadores. “A doação fortalece significativamente o ensino e a pesquisa em História, disponibilizando bibliografia diversificada em áreas fundamentais como História do Piauí, teoria da História e metodologia de pesquisa. Além disso, potencializa as atividades do GPHED, abrindo novas possibilidades de linhas de pesquisa e projetos de iniciação científica”, destacou o docente.

O processo contou com o apoio da Administração Superior da UESPI, que, por meio da Pró-Reitoria de Administração e do Setor de Transportes, viabilizou a coleta e o transporte do acervo da cidade de Recife, onde residia a professora Tanya, até Teresina. O esforço institucional foi essencial para garantir que o material chegasse em segurança ao campus.

Para a professora Tanya Brandão, a doação simboliza um gesto de retribuição à sociedade piauiense. “Eu sou formada pela Universidade Federal do Piauí, e queria devolver à sociedade todo o material que estudei e pesquisei ao longo da minha vida acadêmica. Esses livros representam uma tentativa de devolução, para que todos os piauienses e demais interessados possam estudar e aprender com eles”, afirmou a professora aposentada.

A doação de bibliotecas inteiras é rara e de grande valor para a universidade. Normalmente, as contribuições são de volumes menores ou avulsos, o que reforça a excepcionalidade da iniciativa da professora Tanya. Segundo o professor Marcelo, interessados em doar obras à UESPI devem procurar as bibliotecas da instituição, que orientam sobre os procedimentos e avaliam a relevância acadêmica de cada contribuição.

A chegada do acervo ao Campus Clóvis Moura reflete a relevância da UESPI na preservação do conhecimento histórico, na valorização da pesquisa regional e na formação integral dos estudantes. A iniciativa fortalece a cidadania, a inclusão e a transformação social por meio da educação pública de qualidade.

GPHENT da UESPI promove cursos gratuitos e amplia formação em História e Cultura

Por Roger Cunha 

Criado em 2019, o Grupo de Pesquisa em História, Educação e Narrativas Transnacionais (GPHENT) nasceu a partir da iniciativa de professores que passaram a lecionar no curso de Licenciatura em História da UESPI, campus de São Raimundo Nonato, em 2018. A coordenadora, professora Cristiane Maria, explica que a motivação principal foi reunir interesses de pesquisa em um espaço coletivo. “Sentimos a necessidade de criar um grupo que pudesse agregar nossos interesses de pesquisa e representar o Colegiado frente à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP)”, afirma.

Desde sua fundação, o grupo assumiu caráter interdisciplinar, estimulando o diálogo entre graduandos, pós-graduandos, docentes da UESPI, professores da educação básica e pesquisadores de instituições nacionais e internacionais. “Desde o início, buscamos construir um espaço aberto, capaz de articular diferentes áreas e promover debates com a comunidade que nos cerca”, completa Cristiane Maria.

GPHENT consolida prática docente e amplia horizontes de pesquisadores

As pesquisas desenvolvidas pelo GPHENT abrangem temáticas como História do Brasil, História do Piauí, diálogos Brasil-África, História da América, Ensino de História, História da Educação, narrativas históricas e relações étnico-raciais. Segundo a coordenadora, o objetivo é expandir a produção científica e aproximar a universidade da sociedade. “Nossos maiores interesses são contribuir para a expansão das pesquisas científicas, valorizar o diálogo constante com a comunidade e compartilhar metodologias de ensino inovadoras”, destaca.

Atualmente, o grupo conta com oito linhas de pesquisa, fruto da diversidade temática de seus integrantes. Entre elas, destacam-se: História e Estudos sobre a África e Diáspora Africana; História Social, Cultura e Política nas relações interamericanas; História, Território e Identidade; Ensino de História, História da Educação e Relações Étnico-Raciais; História e Educação Ambiental no Piauí; História, Memória, Política e Cultura Popular; Escritas da História, Cultura Histórica e Representações; e História, Cidade, Política e Memória. Cada linha é coordenada por professores da UESPI e de outras instituições, o que reforça o caráter plural e colaborativo do grupo.

A formação de novos professores também está no centro das preocupações do GPHENT. “Buscamos incentivar os licenciandos a adquirirem saberes científicos e didáticos atualizados, além de estimular a prática profissional como instrumento de transformação social”, explica Cristiane. Atualmente, cinco graduandos do curso de História desenvolvem pesquisas de iniciação científica vinculadas ao grupo, com foco em aspectos da História do Piauí.

O caráter interdisciplinar também se reflete nas parcerias já consolidadas. O grupo integra professores das áreas de História, Ciências Sociais, Antropologia e Pedagogia, vinculados não apenas à UESPI, mas também à Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), além de secretarias estaduais e municipais de Educação. “Essas parcerias fortalecem nosso trabalho. São colegas que participam ativamente das nossas atividades, ofertando cursos, oficinas e eventos, o que enriquece o grupo”, pontua a coordenadora. O próximo passo, segundo ela, é ampliar as conexões. “Temos a perspectiva de estabelecer parcerias com pesquisadores e instituições internacionais, para expandir ainda mais o alcance das nossas pesquisas”, projeta.

Para o segundo semestre de 2025, já estão previstas quatro atividades principais: o curso de formação continuada “Metodologias para o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena do território Serra da Capivara”, com certificação de 120 horas; o curso gratuito “Noções Básicas de Paleografia e Diplomática”, com carga de 60 horas; um evento online coordenado pela linha de pesquisa Escritas da História, Cultura Histórica e Representações; e um minicurso virtual sobre História, Território e Identidade. Todas as atividades são abertas à comunidade acadêmica e ao público em geral. “Nosso compromisso é democratizar o acesso ao conhecimento científico e fortalecer a valorização da História, tanto no Piauí quanto em diálogo com outros contextos”, conclui Cristiane Maria.

A atuação do GPHENT também tem sido decisiva para os seus integrantes, que encontram no grupo um espaço de formação contínua, amadurecimento intelectual e prática colaborativa. O pesquisador Danilo Ferreira lembra que conheceu o grupo no final da graduação e que a motivação para integrar-se veio da percepção de que a pesquisa coletiva amplia horizontes e enriquece reflexões. “Cheguei ao GPHENT motivado pela busca de aprofundamento teórico e metodológico. O interesse em participar surgiu da compreensão de que a pesquisa coletiva potencializa reflexões e amplia horizontes”, afirma.

Atualmente, ele desenvolve pesquisas relacionadas à metodologia do ensino de História, ao ensino de História local e às relações étnico-raciais. Essas experiências, segundo Danilo, têm sido fundamentais para o seu amadurecimento intelectual e consolidação da prática docente. “O GPHENT tem sido fundamental para meu amadurecimento intelectual e consolidação da minha prática docente. Ao oferecer um espaço de debate crítico, o grupo me possibilita aprimorar minha capacidade de análise”, explica.

A interação com colegas e pesquisadores de diferentes áreas também tem contribuído para a ampliação do repertório acadêmico. Para ele, o coletivo proporciona a construção de redes de colaboração que dão maior alcance e relevância às pesquisas. “Essa interação promove não apenas a ampliação do repertório acadêmico, mas também a construção de redes de colaboração que dão maior alcance e relevância às nossas pesquisas”, destaca.

Entre os maiores aprendizados, Danilo reforça a importância da pesquisa coletiva e da compreensão da História como campo em permanente diálogo com o presente. “O maior aprendizado tem sido compreender a História como um campo em permanente diálogo com o presente. Essa experiência tem sido decisiva para afirmar meu compromisso com a História e importante para minha atualização profissional”, finaliza.

GPHENT consolida prática docente e amplia horizontes de pesquisadores

A linha de pesquisa “Ensino de História, história da Educação e relações étnico-raciais” oferece o Curso de Formação Continuada: Metodologias para o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena do território Serra da Capivara, voltado especialmente para docentes da educação básica, nos anos finais do ensino fundamental. O curso, totalmente gratuito, conta com certificação de 120 horas e busca capacitar professores/as para a aplicação de metodologias que valorizem a diversidade cultural e histórica do território. Os interessados podem acessar o edital e realizar a inscrição por meio do link: https://linktr.ee/gphent?utm_source=linktree_profile_shareCheck.

GPHENT consolida prática docente e amplia horizontes de pesquisadores

Além disso, a linha de pesquisa “História, História da África e Diáspora Africana” oferece o Curso de Noções Básicas de Paleografia e Diplomática, aberto a todos/as os/as interessados/as e também totalmente gratuito, com certificação de 60 horas. A proposta do curso é introduzir os participantes às técnicas de leitura e interpretação de documentos históricos, contribuindo para a formação acadêmica e profissional dos alunos. O formulário de inscrição pode ser acessado pelo link: https://linktr.ee/gphent?utm_source=linktree_profile_shareCheck.

Ao longo dos últimos anos, o grupo vem ampliando suas parcerias e consolidando sua presença na comunidade acadêmica, com o objetivo de tornar a pesquisa cada vez mais acessível e relevante para a sociedade. Sua atuação contribui não apenas para o avanço científico, mas também para a inserção da UESPI no cenário de debates contemporâneos sobre História, Educação e diversidade cultural.

Estudantes de História da UESPI produzem vídeos sobre trajetórias negras, indígenas e educacionais

Por Raíza Leão

Alunos do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de São Raimundo Nonato, desenvolveram uma série de vídeos biográficos com o objetivo de divulgar e valorizar as trajetórias de personagens negros, indígenas e educadores. A produção foi realizada no primeiro semestre de 2025, como parte das atividades das disciplinas “História do Brasil Monárquico” e “História da Educação Brasileira”, ministradas pela professora Cristiane Maria Marcelo.

Os vídeos estão disponíveis no canal “Ouvindo a História” no YouTube, criado em 2021 durante a pandemia para divulgar produções audiovisuais do curso. Segundo a professora Cristiane Maria Marcelo, a iniciativa surgiu da preocupação em oportunizar aos estudantes o desenvolvimento de habilidades e competências úteis para sua atuação profissional futura.

Os vídeos estão disponíveis no canal “Ouvindo a História” no YouTube

“Acredito que os vídeos podem ser usados em sala de aula, pois as fontes audiovisuais são cada vez mais utilizadas como estratégia didática para chamar a atenção e mediar o processo de aprendizagem dos alunos da educação básica”, afirma.

Na disciplina sobre o Brasil Monárquico, os discentes foram incentivados a escolher personagens negros ou indígenas do século XIX. Já na disciplina de História da Educação, puderam abordar instituições ou figuras relevantes do campo educacional. Cada vídeo foi acompanhado por um trabalho escrito, promovendo a integração entre teoria e prática.

O projeto também teve impactos significativos na formação dos alunos. “A produção exigiu que os estudantes mergulhassem em pesquisas bibliográficas e buscassem fontes diversas sobre trajetórias até então desconhecidas. Além disso, eles precisaram aprender técnicas básicas de edição de vídeo e elaboração de roteiros atrativos”, destaca a docente. Para ela, essas competências são fundamentais na formação de professores preparados para os desafios da contemporaneidade, especialmente diante da crescente presença do audiovisual no ambiente escolar.

Entre os personagens retratados estão figuras como Maria Felipa de Oliveira, Maria Firmina dos Reis, Paulo Freire, Ariston Dias Lima, Damiana da Cunha e Chiquinha Gonzaga. Para Cristiane Maria Marcelo, trazer à tona essas histórias é uma forma de ampliar a representatividade no ensino de História: “Divulgar a trajetória destes homens e mulheres que ousaram romper os grilhões da dominação ou que perceberam a educação como um caminho de transformação social é essencial para que nos sintamos representados. É através de exemplos como estes que sujeitos historicamente marginalizados se enxergam, se inspiram e se sentem validados”.

Os vídeos estão disponíveis no canal “Ouvindo a História” no YouTube

A aluna Débora dos Santos, do primeiro bloco do curso de História, participou da produção do vídeo sobre o professor Ariston Dias Lima, educador reconhecido no município. Para ela, a experiência foi transformadora: “Estudar a trajetória do professor Ariston Dias Lima me fez perceber a importância de valorizar quem constrói conhecimento. Pude observar o tamanho da contribuição dele para a educação aqui no município e o quanto ele fez a diferença. Aprendi muito mais sobre ele do que conseguiria apenas lendo um texto; mergulhei na sua vida, nas suas ideias e no impacto que teve na área em que atuou”, relata.

A discente também destaca o aprendizado envolvido no processo de produção: “Aprendi a pesquisar de forma mais aprofundada, a organizar as informações e, principalmente, a olhar para a História com mais sensibilidade. Foi a primeira vez que desenvolvemos um trabalho desse tipo, então foi desafiador. Trabalhei com as colegas Sabrina Felix e Débora Almeida. Tivemos que organizar as ideias, estruturar o roteiro em ordem cronológica, selecionar as informações mais relevantes e, depois, gravar as falas, escolher as imagens e montar tudo no vídeo. A edição ficou por conta da Sabrina, que também enfrentou o desafio de editar um vídeo assim pela primeira vez. No fim, foi muito gratificante ver o resultado e perceber que aprendi uma nova forma de comunicar a História”.

A aluna Bárbara Rodrigues, do 4º bloco, participou da produção sobre Maria Felipa de Oliveira, mulher negra e ex-escravizada que atuou na luta pela independência da Bahia. Para ela, o projeto ampliou a compreensão sobre vozes historicamente silenciadas: “Esse projeto fez com que eu e meus colegas enxergássemos essas personalidades negras e indígenas de uma forma muito mais profunda. A escola tradicional foca em figuras brancas e ligadas ao poder, e acabamos não conhecendo as trajetórias de pessoas negras, indígenas e das camadas populares que resistiram, produziram saberes e marcaram a história do Brasil”.

Acesse os vídeos:

UESPI realiza campanha educativa sobre enfrentamento à violência contra a mulher

Por: Eduarda Sousa 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, está promovendo uma campanha educativa por meio do projeto de extensão Enfrentamento à Violência contra a Mulher e Lei Maria da Penha”. A iniciativa tem como objetivo destacar a importância da Lei Maria da Penha e conscientizar a população, especialmente mulheres, sobre seus direitos e as diversas formas de violência de gênero.

Campanha educativa: Enfretamento a violência contra a mulher

A ação extensionista é voltada à comunidade do território dos Carnaubais e busca, por meio da educação popular, esclarecer a população sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, abordando tipos de violência que muitas vezes são invisibilizados, como os abusos psicológico, moral, sexual e patrimonial.

A campanha também reforça o papel social da universidade, que ultrapassa os muros acadêmicos ao dialogar diretamente com a comunidade. “O aluno aprende o conteúdo teórico em sala de aula, mas também compartilha com a sociedade. Leva informação para as pessoas nas ruas e atinge justamente um público que geralmente não tem acesso a esse tipo de conteúdo, especialmente as mulheres mais pobres. Dados oficiais mostram que o perfil mais atingido em casos de violência doméstica são mulheres com baixo nível de escolaridade. É pensando nelas que a atividade de extensão sai da universidade e vai às ruas. Quanto mais mulheres receberem informação sobre a Lei Maria da Penha, maiores serão as chances de reduzir estes índices criminais. O importante é que as mulheres entendam que violência não é apenas agressão física ela pode ser também psicológica, moral, sexual e patrimonial”, destacou a professora coordenadora do projeto Mara Fernandes.

Professora Mara Fernandes na ação de panfletagem

A professora pontua ainda que a campanha fortalece a conexão entre o ensino e a extensão universitária. “A universidade também tem seu papel em discutir o problema, analisar dados e elaborar estudos sobre a violência de gênero. Mas outra resposta que podemos oferecer é ir pessoalmente até a população. Conversando de forma simples, sem palavras difíceis ou termos acadêmicos, conseguimos nos conectar com as pessoas e mostrar que a violência contra a mulher é crime e deve ser combatida. É fundamental que as mulheres saibam que existem dispositivos de proteção garantidos por lei. Quanto mais informação, menos mulheres serão vitimadas”.

A campanha teve início com uma ação de panfletagem de conscientização no dia 11 de junho, em locais públicos de Campo Maior. A iniciativa segue agora com atividades nas redes sociais, visando ampliar o alcance da mensagem.

Panfletagem de conscientização

A etapa final do projeto ocorrerá no dia 18 de junho, no campus Heróis do Jenipapo, quando os alunos apresentarão os resultados da campanha, por meio de uma mostra com painéis informativos e uma roda de conversa aberta a toda a comunidade acadêmica. A ideia é socializar o conhecimento construído ao longo da campanha e envolver outros estudantes na discussão sobre os direitos das mulheres e a importância da denúncia e prevenção da violência de gênero.

UESPI promove evento de extensão sobre História Ambiental e Pós-Modernidade

Por: Raíza Leão

No dia 12 de junho, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realiza o evento de extensão “História Ambiental e Pós-Modernidade”, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura (PPGSC). A atividade será realizada no auditório do Palácio do Pirajá, no campus Torquato Neto, em Teresina, com início às 8h e encerramento previsto para às 20h.

História Ambiental e Pós-Modernidade

 

A participação é aberta ao público e voltada especialmente para estudantes de graduação e pós-graduação, professores e demais interessados em temas relacionados à história, meio ambiente e ciências humanas.

O evento reunirá pesquisadores, acadêmicos e estudiosos para discutir as interações entre sociedade e natureza sob a perspectiva da pós-modernidade. A programação contará com palestras, mesas-redondas e debates ao longo do dia.

I Seminário de História do Piauí com foco em identidade nacional e literatura

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Grupo de Pesquisa Canidé, promove o I Seminário de História do Piauí com o tema “História, literatura e identidade nacional”. O evento ocorre nos dias 28 e 29 de maio no Campus de São Raimundo Nonato, reunindo estudantes, pesquisadores e professores.

História e literatura regional são temas de seminário promovido pela UESPI em São Raimundo Nonato

Coordenado pelo professor Dr. Gustavo Vilhena, o seminário marca uma etapa da atuação do Grupo Canindé, formado por docentes dos campi de Oeiras, Floriano e São Raimundo Nonato. O grupo desenvolve pesquisas voltadas à história do Piauí, com ênfase na produção, sistematização e divulgação de conhecimento científico sobre o estado. Segundo o professor  Gustavo Vilhena, o seminário está inserido na proposta do grupo, que alia produção acadêmica à democratização de documentos históricos e à formação discente. “Criamos o Grupo Canidé com o objetivo de reunir pesquisadores da UESPI que atuam com história do Piauí. Uma de nossas metas é tornar a documentação mais acessível, não apenas aos alunos, mas a qualquer pessoa interessada na história do estado”, explica.

O evento abordará temas como a construção da identidade nacional brasileira no século XIX e a contribuição da literatura piauiense oitocentista nesse processo. Autores como Hermínio Castelo Branco, com Lira Sertaneja, e Francisco Gil Castelo Branco, com Ataliba o Vaqueiro, serão discutidos a partir de sua relevância no debate sobre brasilidade e formação do imaginário nacional. “Quando o Brasil inicia seu processo de independência, há um esforço para responder à pergunta: o que nos define como nação? Essa questão está presente tanto no campo político quanto cultural”, contextualiza o coordenador. Ele cita a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) como parte desse movimento de construção de uma memória nacional.

A escolha dos autores piauienses se justifica pelo papel que suas obras desempenharam na elaboração de imagens do sertão, da seca e da cultura popular nordestina. Para o professor Vilhena, esses textos contribuem para a compreensão de aspectos relevantes da identidade brasileira e merecem ser retomados no ambiente acadêmico. Outro objetivo do seminário é estimular o interesse dos estudantes pela história do Piauí e pela literatura regional. “Queremos apresentar esse patrimônio historiográfico aos alunos e despertar o interesse pela pesquisa. Nossa produção depende da renovação das gerações de pesquisadores”, afirma o docente. Além disso, o evento busca incentivar a leitura. “Observamos um certo distanciamento dos alunos em relação à leitura. Por isso, propomos retomar esse contato por meio de autores que tratam de temas relacionados à nossa realidade histórica e cultural”, completa.

O Seminário também está inserido em um contexto mais amplo: a consolidação dos cursos de História da UESPI nos campi do interior do estado. “Hoje temos cursos estruturados, com professores que vêm de diferentes regiões do país. Isso tem ampliado o horizonte das pesquisas e proporcionado um intercâmbio acadêmico significativo”, destaca o professor.

A programação do seminário é composta por quatro encontros presenciais, divididos entre a Sala 04 e a Sala de Conferência do campus, sempre com professores convidados que são referência em suas áreas. A abertura, no dia 29 de maio, será ministrada pelo Prof. Dr. Gustavo Henrique Ramos de Vilhena com o tema “O Segundo Reinado no Brasil e a Construção da Identidade Nacional”.

No segundo encontro, em 5 de junho, a Prof.ª Dra. Maria Regina Santos de Souza abordará “A Guerra do Paraguai e os Batalhões Patrióticos no Brasil”, destacando a participação nordestina nesse conflito. Já no dia 13 de junho, o Prof. Me. Ítalo José de Sousa, do Campus de Oeiras, tratará da “Seca de 1877: a Emergência do Sertão-problema e a Estética da Fome”, dialogando com os impactos sociais e culturais da seca mais devastadora da história nordestina.

Encerrando a programação, no dia 18 de junho, o Prof. Dr. Gustavo Vilhena retorna com a palestra “Imagens de Sertão e Cidade na Literatura Piauiense”. Com certificado de 60 horas, o evento reúne palestrantes de diferentes campi da universidade para aprofundar o debate sobre temas históricos e literários relacionados ao Nordeste e à formação da identidade brasileira.

I Simpósio BioHistória discute eugenia, bioética e genética

Por Raíza Leão

Nos dias 22 e 23 de maio, o Campus Heróis do Jenipapo, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em Campo Maior, recebe o I Simpósio BioHistória: Eugenia, Bioética, Genética e Populações. O evento interdisciplinar discutirá o controle populacional sob uma perspectiva histórica e científica. A iniciativa, organizada pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em História (LEPH), conta com o apoio dos cursos de Biologia e História da UESPI e financiamento da FAPEPI.

I Simpósio BioHistória: Eugenia, Bioética, Genética e Populações.

O professor Leonardo Dallacqua de Carvalho, doutor em História pela FIOCRUZ e docente da UESPI, explica que o simpósio busca aprofundar as discussões sobre as continuidades entre as formas de controle populacional no pós-Segunda Guerra Mundial e os discursos eugênicos e bioéticos.

“O I Simpósio BioHistória mapeia como essas questões são recebidas na universidade e incentiva novos estudos sobre os impactos dos discursos eugênicos nos séculos XX e XXI”, afirma Leonardo Dallacqua. Suas pesquisas investigam esterilizações forçadas e teorias da hereditariedade, como a eugenia, no Brasil e no Nordeste, com foco nos estados do Piauí e Maranhão.

A programação do I Simpósio BioHistória inclui a participação do pesquisador internacional Daniel Florence Giesbrecht, da Universidade de Coimbra (FLUC), que apresentará a palestra “Eugenia à Portuguesa: Trajetórias e Contradições na Escrita Histórica”. O professor Leonardo Dallacqua abordará o tema “Eugenia e populações no pós-Guerra: esterilizações de mulheres no Nordeste”.

No segundo dia, os professores Rodrigo Ferreira de Morais (UESPI) e Maria Claudene Barros (UEMA) apresentarão a discussão “A revolução genômica: implicações evolutivas e bioéticas”.

O I Simpósio BioHistória: Eugenia, Bioética, Genética e Populações é aberto ao público e oferecerá certificação aos participantes. A proposta visa envolver alunos de diferentes cursos da UESPI e de outras instituições, ampliando o alcance da discussão.

“O tema ainda é pouco explorado, e o diálogo internacional fortalece essa abordagem. Esperamos participantes de diversos estados”, destaca o professor Leonardo Dallacqua de Carvalho.

Para mais informações, acesse o perfil do Laboratório de Estudos e Pesquisas em História (LEPH) no Instagram: @leph.uespi.

Universidade Estadual do Piauí (UESPI) recebe o estudante de Medicina Sebastián Alejandro González Cassanga, da Universidad Católica del Norte, no Chile

Por Jésila Fontinele

Por meio da parceria entre a IFMSA Brazil e a Coordenadoria de Relações Públicas (CRI), a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) está recebendo o estudante de Medicina Sebastián Alejandro González Cassanga, da Universidad Católica del Norte, no Chile. O intercâmbio de um mês, que visa promover o compartilhamento de experiências acadêmicas e culturais, oferece ao estudante a oportunidade de expandir seus conhecimentos e vivências no contexto universitário brasileiro no campo da medicina.

Sebastián González é estudante do 5º ano de Medicina (10º período) e ressaltou que, por meio do intercâmbio, busca entender como é a prática da medicina em outros países, além de aprender sobre a cultura, os lugares, as pessoas e o idioma. O estudante falou sobre as diferenças culturais e destacou o famoso calor piauiense. “Aqui faz muito calor”, disse, acrescentando que ficou impressionado com a simpatia das pessoas e com a recepção calorosa que recebeu. “As pessoas são muito simpáticas, gosto daqui, estou muito feliz por me receberem tão bem”, ressaltou.

Sebastián González também mencionou sua participação na Fundação Maria Carvalho Santos, em Teresina, onde está atuando sob a orientação do professor Ayrton Santos Júnior. “Também participei de algumas cirurgias com o Dr. Ayrton, obviamente relacionadas a câncer, não necessariamente câncer de mama, mas de patologias mamárias”, explicou o estudante, referindo-se à experiência como muito enriquecedora. Ele destacou a importância da experiência  não apenas no nível teórico, mas também na prática, observando e ajudando em cirurgias, o que tem grande relevância para sua formação como profissional.

O coordenador de Relações Internacionais da UESPI, professor Orlando Berti, enfatizou a importância da vinda de Sebastián, pois ele contribui com o compartilhamento de conhecimentos acadêmicos, culturais e sociais do Chile. “Além de aprendermos com ele, também podemos enviar nossos alunos não só para o Chile, mas para outros países. A partir do momento que o Sebastián vem para cá e a Andressa vai para outro lugar, e que recebemos pessoas do Chile e de outros lugares, estamos ajudando a compartilhar conhecimentos”, destacou o professor.

Andressa Lima, presidente da IFMSA Brazil UESPI, falou sobre a federação e os processos pelos quais o intercambista passou.  “A IFMSA é uma federação internacional, e como existe a IFMSA no país dele, ele conseguiu estabelecer essa comunicação conosco para estar aqui hoje”, explicou Andressa.

Ela ainda comentou sobre os processos seletivos pelos quais Sebastián passou. “Primeiro, ele participou de um processo seletivo no Chile, foi aprovado, e, em seguida, passou por outro processo aqui no Brasil”, explicou. Andressa também destacou como funciona o processo para os intercambistas: “Ele procurou, primeiramente, o comitê local no país dele para conseguir chegar ao Brasil, aqui, nós estudantes de Medicina da UESPI, também podemos procurar nosso comitê local e conversar com o diretor de intercâmbios internacionais para obter informações sobre prazos e requisitos.”

Aluno de História da UESPI retornou de um intercâmbio na África

Além de receber intercambistas, recentemente o aluno de História da UESPI retornou de um intercâmbio na África, em Cabo Verde, por meio do Ministério da Igualdade Racial do MEC e da CAPES. Segundo o aluno, o programa “Caminhos AmeFricanos” foi desenvolvido para pessoas matriculadas em cursos de licenciatura, com base na Lei nº 10.639, que estabelece o ensino sobre África e a cultura afro-brasileira.

“Esse programa foi criado com foco na questão do ensino antirracista, e estudantes de todo o Brasil puderam se inscrever, fui o único representante do Piauí, representando a UESPI, desenvolvi pesquisa na área de História, que é a minha área de atuação, e foi uma experiência muito enriquecedora. Durante esses 15 dias, ficamos na Unicv que é a Universidade de Cabo Verde, na cidade da Praia, a capital, onde realizamos pesquisas e aprendemos mais sobre a realidade do povo africano a partir da perspectiva deles”, destacou o aluno Antônio.

SOBRE A COORDENAÇÃO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS (CRI): 

A Coordenação de Relações Internacionais (CRI) é um órgão executivo suplementar componente da estrutura da Universidade Estadual do Piauí. Ela tem a função de assessorar a Administração Superior, docentes, discentes e servidores técnico-administrativos em articulações de relações internacionais.

Para ter acesso a informações sobre intercâmbios:

E-mail: cri@uespi.br

A memória da educação em debate na II Mostra da História da Educação da UESPI

Por Roger Cunha

No dia 11 de dezembro, às 15h, o campus Alexandre Alves de Oliveira da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) será palco da II Mostra De História da Educação, o evento vai abrir um importante espaço de discussão sobre o legado educacional e a construção da memória histórica. Com o tema “Espaço Documento: A voz dos sujeitos e a escola”, a mostra busca explorar a escola não apenas como um ambiente de ensino, mas como um verdadeiro “documento vivo” que guarda as experiências e vivências dos indivíduos ao longo do tempo.

II Mostra De História da Educação

A professora e coordenadora Maria de Jesus abordou a relevância do tema “Espaço Documento: A Voz dos Sujeitos e a Escola”, ela destacou a necessidade de reavaliarmos a forma como a história tradicionalmente foi tratada. Segundo ela, essa abordagem sempre deu ênfase ao documento escrito e às classes economicamente privilegiadas, deixando de lado as histórias de outros sujeitos. “O tema escolhido nos leva a rever o modo como a história tradicional sempre tratou os fatos históricos, dando relevo somente ao documento escrito e à ênfase às classes privilegiadas economicamente. Com base nos estudos sobre a Nova História e as reflexões feitas durante a disciplina de História da Educação, no bloco 1, do curso de Pedagogia da UESPI, em Parnaíba”, afirmou.

Ela também explicou que os principais objetivos do evento são proporcionar tanto aos acadêmicos quanto ao público em geral a oportunidade de observar, por meio de documentos, depoimentos e imagens, as transformações que ocorreram na educação ao longo do século XX. “O objetivo é refletir sobre como a educação tem transformado a vida das pessoas ao longo dos anos, evidenciando as mudanças e o impacto desses processos na sociedade”, afirmou a professora, destacando a importância de compreender o papel fundamental da educação na construção das identidades e na transformação social.

A coordenadora também destacou a importância da voz dos sujeitos na construção da história, ressaltando que a metodologia da História Oral e da História de Vida vai além dos fatos tradicionais. “Através das narrativas dos sujeitos, podemos revelar aspectos que muitas vezes não são captados pela história convencional”, afirmou. Ela também enfatizou o papel da escola, que, com seus artefatos, documentos e imagens, se torna um importante guardião da memória histórica. “Preservar essa memória é uma tarefa de todos nós”, concluiu, convidando o público a refletir sobre como a educação, e a história dela registrada, são fundamentais para o entendimento das transformações da sociedade ao longo dos anos.

Essa abordagem revela a relevância de iniciativas como a II Mostra Tratos e Retratos da História da Educação, que propõe dar voz a esses sujeitos históricos, permitindo uma visão mais ampla e inclusiva da educação, ao mesmo tempo que reforça a importância da documentação e da memória como ferramentas de aprendizado e reflexão para as futuras gerações.

A II Mostra Tratos e Retratos da História da Educação vem desempenhar um papel crucial na ampliação dos estudos sobre a História da Educação. Ao proporcionar aos acadêmicos a oportunidade de entrar em contato com uma ampla gama de fontes — como livros, estudos acadêmicos, sites especializados, museus e outros recursos —, o evento possibilita uma compreensão mais aprofundada sobre a importância da preservação da memória histórica da educação. Dessa forma, a Mostra contribui para enriquecer o conhecimento dos alunos, ao mesmo tempo em que fortalece o compromisso com a valorização e a reflexão crítica sobre o legado educacional, reconhecendo a pluralidade de vozes e perspectivas que moldaram a educação ao longo dos anos.

II Seminário Nacional de Gênero e Direitos Humanos irá debater ética e não-violência

Por Davi Petrola

Nos dias 12, 13 e 14 de novembro, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) sediará o II Seminário Nacional de Gênero e Direitos Humanos, com uma programação inteiramente online e gratuita. Organizado pelo Grupo de Pesquisa em História, Cultura e Gênero da UESPI, o evento tem como objetivo promover discussões interdisciplinares sobre gênero, ética e não-violência. A transmissão ocorrerá ao vivo pelo canal do YouTube “generouespi,” e as sessões de simpósios temáticos serão realizadas pelo Google Meet, com a participação de pesquisadores e docentes de diversas partes do Brasil.

Coordenado pelo professor Ruan Nunes Silva, o seminário ocorre em um momento de crescente necessidade de debater os direitos humanos e formas de resistência ética na sociedade.

Programação e Discussões

O evento contará com mesas-redondas, simpósios temáticos e conferências que abordarão temas de grande relevância social e acadêmica. Entre os simpósios temáticos serão discutidos assuntos como “História, gênero, escrita e visualidades,” conduzido pelo professor Reginaldo Sousa Chaves (UESPI); “Gênero, cultura e intersecções,” com a professora Olívia Candeia Lima Rocha (UFPI) e outros convidados; e “A mulher na antiguidade,” com os professores José Petrúcio de Farias Júnior e Gizeli da Conceição Lima (UFPI).

Inscrições e Participação

As inscrições são abertas a estudantes de graduação e pós-graduação, além de docentes e demais interessados nas temáticas abordadas. Os participantes terão a oportunidade de submeter trabalhos acadêmicos, incluindo pesquisas de iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso (TCC), dissertações e teses.

Segundo os organizadores, o evento busca consolidar-se como um espaço de diálogo transdisciplinar, ampliando o alcance e a profundidade das discussões sobre direitos humanos e ética. Ao integrar diversas perspectivas e áreas do conhecimento, o seminário visa contribuir para a construção de novos modos de resistência ética que promovam a igualdade e o respeito entre gêneros.

As inscrições podem ser feitas pelo site Gêneros Uespi.

Confira os simpósios temáticos:

 

ST 01

A mulher na antiguidade
Modalidade: on-line
Prof. Dr. José Petrúcio de Farias Júnior ( UFPI )
Prof. Ma. Gizeli da Conceição Lima ( UFPI )

ST 02

Gênero, cultura e intersecções
Modalidade: on-line
Prof. Dr. Olívia Candeia Lima Rocha ( UFPI)
Prof. Ma. Erika Ruth Melo da Silva ( UFPI)
Prof. Me. Iago Tallys Silva Luz ( UNICAMP )

ST 03

Direitos humanos e cultura: lombadas quebra-molas e ondulações nos caminhos possíveis
Modalidade: on-line
Ruan Nunes Silva ( UESPI)
Rubenil da Silva Oliveira (UFMA)
Renata Cristina da Cunha ( UESPI)

ST 04

A crítica pós-colonial e os estudos sobre gênero raça e ensino de historia: diálogos emergentes para o campo das ciências humanas e sociais
Modalidade: on-line
Prof. Dr. Silmária Reis dos Santos ( UFCG )

ST 05

História, gênero, escrita e visualidades
Modalidade: on-line
Prof. Reginaldo Sousa Chaves ( UESPI )

Estudante da UESPI selecionado para intercâmbio no caminhos Amefricanos

Por Roger Cunha 

Antônio Francisco Oliveira Rocha Filho, um estudante de 22 anos do curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), foi selecionado para participar do programa internacional Caminhos Amefricanos, uma iniciativa que visa promover a internacionalização acadêmica e o combate ao racismo. Membro do Núcleo de Estudos e Documentação em História, Sociedade e Trabalho (NEHST), Antônio tem se destacado em sua pesquisa sobre racismo ambiental, um dos principais focos de seu trabalho.

Antônio Francisco Oliveira Rocha Filho, um estudante do curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), foi selecionado para participar do programa internacional Caminhos Amefricanos.

Orientado pela professora Drª Cristiana Costa da Rocha e coorientado pelo professor Me. Lucas Ramyro de Brito, Antônio desenvolve um estudo que se insere no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sua pesquisa concentra-se na história ambiental brasileira, com um olhar atento às questões do racismo ambiental.

A motivação de Antônio Francisco para estudar racismo ambiental surgiu de sua vivência como jovem negro morador de periferia. Ele menciona que sua comunidade é frequentemente impactada por problemas ambientais graves, como alagamentos, queimadas e empreendimentos que não consideram os resíduos gerados em seus processos. No início de sua trajetória acadêmica, não refletia sobre essas questões com profundidade, pois “num processo de naturalização, incorporava-as em meu cotidiano”.

No entanto, sua percepção mudou a partir de conversas e trocas de experiências com sua orientadora do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), a professora Drª Cristiana Costa da Rocha. Ele destaca que foi “somente a partir de conversas e trocas de vivências” com ela que se conscientizou sobre temas como História Ambiental e Racismo Ambiental. Através dessas discussões, Antônio compreendeu que esses problemas ambientais não eram isolados, mas estavam diretamente relacionados às desigualdades sociais e raciais.

Com essa nova perspectiva, ele decidiu se aprofundar no tema e, juntamente com sua orientadora, “nos propusemos a somar esforços e submetemos no mesmo ano um projeto de pesquisa no Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC), aprovado com financiamento desta IES em 2022”. Assim, sua formação em História e suas vivências pessoais se entrelaçaram, dando origem a uma pesquisa focada na relação entre racismo e meio ambiente, buscando discutir a luta por justiça climática.

Após o início do projeto de Iniciação Científica, Antônio se integrou ao NEHST, coordenado pela professora Cristiana Costa e coorientado pelo Me. Lucas Ramyro de Brito. O projeto envolveu visitas a órgãos e entidades da sociedade civil, além de atividades de digitalização de fontes e organização de acervos digitais. Essas ações foram fundamentais para alcançar os objetivos da pesquisa, que visava o levantamento de fontes para a História Agrária da Região do Meio-Norte e, posteriormente, para a investigação sobre as enchentes na mesma região.

De acordo com a Professora Cristiana Costa, “além de contribuir para o combate e a superação do racismo no Brasil, um dos objetivos do programa Caminhos Amefricanos, é importante para estimular a inclusão de nossos estudantes em projetos que possibilitam a internacionalização”.

Entre os principais achados, ele destaca a riqueza das fontes encontradas, que trouxeram informações valiosas sobre o cenário ambiental no Piauí e Maranhão. “A documentação encontrada foi rica em apresentar os aspectos do cenário acerca do meio ambiente no Piauí e Maranhão […] e a conjuntura de tensões que ultrapassavam as expectativas iniciais”. As fontes, localizadas em acervos como o do Centro Piauiense de Ação Cultural (CEPAC) e do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), além da bibliografia indicada pela professora Cristiana, permitiram uma análise mais aprofundada dos conflitos socioambientais que atravessam a sociedade contemporânea.

Outro aspecto importante foi o compartilhamento dos resultados parciais e finais em eventos acadêmicos, congressos e seminários, o que, segundo Antônio, “foi de suma importância para que pudéssemos aprimorar as discussões e nos situarmos num debate nacional e, agora, internacionalizarmos nossa pesquisa também”. Esses eventos possibilitaram o refinamento das conclusões e a ampliação das perspectivas, levando a pesquisa para um nível de reconhecimento internacional.

Antônio Francisco e sua orientadora e a professora Drª Cristiana Costa da Rocha

A professora Doutora Cristiana Rocha acredita que o programa Caminhos Amefricanos terá um impacto significativo na conscientização sobre racismo e história ambiental entre os estudantes, especialmente pela aplicação prática das pesquisas que Antônio desenvolve na universidade. Seu projeto envolve intercâmbios em Cabo Verde e na Colômbia, buscando integrar a história ambiental com discussões sobre racismo e valorizando a tradição oral como uma metodologia central. Sob orientação da professora Cristiana, Antônio é incentivado a aplicar suas descobertas acadêmicas em futuras práticas docentes, com o objetivo de “instigar em meus futuros alunos que questionem o meio em que estão, as mazelas que os cercam e as questões que os provocam diariamente”.

O discente acredita que o Piauí, e mais especificamente Teresina, por ser uma região com forte presença de comunidades tradicionais e uma economia baseada em atividades do setor primário, oferece um cenário ideal para reconhecer e valorizar essas culturas, especialmente a tradição oral. “Desejo reconhecer e valorizar esses sujeitos, juntamente com suas culturas, como a tradição da Oralidade também na centralidade”, afirma. Ele vê a metodologia da História Oral como uma ferramenta poderosa para dar voz a essas comunidades, ajudando a preservar e transmitir seus conhecimentos.

A participação no intercâmbio em Cabo Verde é especialmente significativa para Antônio, pois o continente africano é conhecido por sua “tradição viva”, onde a história oral tem um papel central na preservação e transmissão de saberes. “Adeptos da metodologia da História Oral, desejo obter novos aprendizados, ensinamentos e técnicas no intercâmbio para Cabo Verde”, ressalta. Ele acredita que essas novas técnicas e ensinamentos aprimorarão sua capacidade de aplicar a História Oral em suas práticas docentes e em futuros projetos de pesquisa, enriquecendo sua compreensão sobre as relações entre cultura, racismo e meio ambiente.

Ao combinar a conscientização sobre racismo ambiental com a valorização da tradição oral, Antônio espera que os estudantes passem a refletir criticamente sobre as injustiças ambientais e sociais que os cercam, enquanto desenvolvem um respeito mais profundo pelas culturas tradicionais. Esse processo de conscientização é visto como uma forma de transformação, tanto no ambiente educacional quanto na sociedade, ao trazer à tona as experiências e histórias muitas vezes marginalizadas.

Antônio Francisco compartilha que sua reação ao ser selecionado como o único representante do Piauí para o programa Caminhos Amefricanos foi de grande felicidade. Ele destaca que a ansiedade aumentou com os adiamentos do resultado final, inicialmente previsto para agosto, mas que só foi publicado no dia 8 de outubro. “Tomei conhecimento no dia seguinte e comemorei bastante com toda minha família e namorado”, conta. Após compartilhar a notícia com seus entes queridos, comunicou sua orientadora e coorientador.

Ser o único selecionado do Piauí tem um significado especial para Antônio, não apenas como uma realização pessoal, mas também como uma responsabilidade de incentivar outros estudantes a participar de futuras edições do programa. “Me instiga a, em próximas edições, colaborar com amigos de curso e da instituição para que participem do processo de seleção do programa e aumentemos nossa presença piauiense no quadro de participantes”, afirma. Ele enxerga essa conquista como uma oportunidade de abrir portas para mais colegas, contribuindo para aumentar a representatividade do Piauí em intercâmbios acadêmicos internacionais.

Antônio Francisco e coorientado professor Me. Lucas Ramyro de Brito

Além disso, vê o programa como uma chance de promover práticas docentes que abordem questões raciais e incentivem a superação do racismo na educação. Ele valoriza a troca de experiências de vida e de pesquisa que o intercâmbio proporciona, destacando como isso contribuirá para seu aprimoramento acadêmico e pessoal. “Nos aprimorando de forma significativa, tendo a oportunidade de apresentar nossa pesquisa em instituições de ensino superior ao redor do mundo”, conclui, enfatizando a dimensão internacional do programa e o impacto positivo que espera alcançar ao compartilhar suas descobertas com uma audiência global.

Ele reconhece que o apoio do PIBIC e o financiamento do CNPq foram fundamentais para a realização de seu projeto em 2023. Ele destaca que, sem esse suporte, a viabilidade do trabalho estaria comprometida, tanto em termos práticos, como os deslocamentos necessários para acessar os acervos em diferentes órgãos, quanto na participação em eventos acadêmicos em outros estados e cidades. “Sem o apoio do PIBIC e financiamento do CNPq na proposta de 2023, a viabilidade do projeto estaria comprometida”, afirma.

Além disso, ele menciona o importante apoio do Grupo Equatorial, que também contribuiu para a realização da pesquisa. A combinação desses esforços permitiu uma ampliação das análises e contribuições do projeto, refinando os resultados que seriam compartilhados com a comunidade acadêmica. Antônio destaca que essas parcerias foram essenciais para o sucesso da pesquisa e para garantir que o projeto tivesse impacto e alcance maiores. Ele acredita que sua participação no programa Caminhos Amefricanos terá um impacto significativo em sua trajetória acadêmica e profissional. Vê essa oportunidade como fundamental para sua formação, já que permitirá um contato direto com as práticas desenvolvidas na Universidade de Cabo Verde (UniCV) e suas interlocuções. “Conseguir participar desta edição do Programa será de suma importância para minha formação”, conclui.

Semana de História e II Simpósio Regional Profhistoria da UESPI

Por Ayeska Rodrigues

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) se prepara para receber a IV Semana de História e o II Simpósio Regional ProfHistória, que acontecerão nos dias 21, 22 e 23 de novembro de 2024, no campus Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba. Com o tema “Protagonismo Social, Modos de Vida, Identidades e (Re)Existência”, o evento promete ser um espaço significativo para discussão e reflexão sobre as múltiplas dimensões da história e suas interações com a sociedade contemporânea.

As inscrições para o evento já estão abertas, a expectativa é reunir estudantes, professores, pesquisadores e membros da comunidade em geral interessados nas temáticas centrais do evento, que exploram o papel do indivíduo e dos grupos sociais na construção da história e na formação de identidades.

Entre as atividades programadas, destacam-se as apresentações de trabalhos acadêmicos, que serão realizadas de forma oral e presencial. Os participantes inscritos poderão compartilhar suas pesquisas e reflexões sobre o tema do evento. Para isso, os organizadores disponibilizaram um campo específico no formulário de inscrição destinado ao envio de resumos dos trabalhos que . Os participantes terão a oportunidade de discutir como as identidades são moldadas por fatores socioculturais e como esses elementos influenciam as vivências e lutas da sociedade.

“Nosso objetivo é promover um espaço para a troca de saberes e experiências, onde a história possa ser vista como um campo dinâmico e em constante relação com o presente. Queremos destacar a importância do protagonismo social, especialmente em tempos em que as vozes marginalizadas buscam reconhecimento e dignidade”, ressalta o professor Fernando Bagiotto Botton, um dos organizadores do evento.

O evento é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e para a população em geral se envolverem com temáticas relevantes e atuais. Além disso, promove a integração entre os estudantes de História e a sociedade local, estimulando uma reflexão crítica e informada sobre a história do Brasil e do mundo.

link das inscrições

https://sites.google.com/view/historiauespi

Projeto “Conversas no Jenipapo” promove diálogo entre UESPI e comunidade de Campo Maior

Por Roger Cunha 

O professor Fábio Nadson Bezerra Mascarenhas, docente do curso de Licenciatura Plena em História no campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, é o criador do projeto de extensão “Conversas no Jenipapo”, iniciativa que tem ganhado espaço ao ampliar o diálogo entre a Universidade Estadual do Piauí e a comunidade local. O projeto transforma uma rádio local em um veículo de comunicação acadêmica e cultural.

“Conversas no Jenipapo”, diálogo entre a UESPI e a comunidade local.

O professor Fábio Nadson explica que o principal objetivo do projeto é estreitar os laços entre o campus Heróis do Jenipapo e a sociedade campomaiorense, indo além dos muros da universidade. “A motivação parte da ideia de estabelecer um diálogo com a comunidade do nosso campus, mas, principalmente, com a comunidade externa, tentando alcançar a sociedade como um todo”, afirma. O “Conversas no Jenipapo” visa reforçar a função da universidade como espaço de conhecimento que deve ser acessível a todos.

O formato do projeto é simples, mas impactante: um programa de entrevistas transmitido pela rádio Cidade FM 87.9 de Campo Maior e pelas plataformas digitais. A cada sábado, das 13h às 14h, o professor Fábio Nadson e seus colaboradores conversam com pesquisadores e especialistas sobre temas históricos, sociais, culturais e religiosos, não só de Campo Maior, mas de um contexto mais amplo. “Observamos que tratar exclusivamente sobre aspectos de Campo Maior poderia gerar limitação, então ampliamos o escopo para uma conversa no Jenipapo, e não do Jenipapo”, explica o professor.

Professor Fábio Nadson durante o programa.

O projeto tem se mostrado uma importante ferramenta de aprendizado prático para os alunos da UESPI. Com o envolvimento de egressos e graduandos do curso de História, o “Conversas no Jenipapo” proporciona uma experiência colaborativa e formativa. “Não existe capacitação formal; vamos aprendendo na prática, acertando e errando, e os alunos ganham experiência ao lidar com a diversidade de opiniões e exercitando paciência, educação e empatia”, destaca o professor.

Além do professor Fábio Nadson, que atua como o entrevistador principal, o projeto conta com a participação de Girleudo Silva, egresso do curso e radialista, e do professor Caio Teixeira, também graduado em História pela UESPI, que colabora na condução das entrevistas. As alunas Jadilene, Julia e Fernanda, responsáveis pelas mídias sociais, são fundamentais na escolha dos entrevistados e na produção dos episódios.

“Conversas no Jenipapo”rádio é transmitido no Cidade FM 87.9 de Campo Maior e pelas plataformas digitais. A cada sábado, das 13h às 14h,

O sucesso do projeto na rádio motivou a expansão para as plataformas digitais. As entrevistas são transmitidas ao vivo pelo Instagram (@conversa_no_jenipapo) e pelo canal da rádio Cidade FM no YouTube (@fmcidadecampomaior), onde os episódios ficam disponíveis para quem quiser assistir posteriormente. “A ideia é criar um diálogo contínuo com a comunidade, e as redes sociais se tornaram ferramentas essenciais para isso”, comenta o professor.

O público pode interagir durante as transmissões ao vivo, enviando perguntas e comentários tanto pelo Instagram quanto pelo WhatsApp da rádio. A participação ativa dos ouvintes tem sido um dos fatores que mantém o projeto relevante e conectado às demandas da comunidade.

Sigam o projeto no instagram: @conversas_no_jenipapo

Embora já tenha expandido para novas mídias, o projeto “Conversas no Jenipapo” mantém suas portas abertas para novas possibilidades de expansão. O professor Fábio Nadson revela que o grupo está sempre aberto a explorar novos formatos e alcançar ainda mais pessoas, levando o debate acadêmico de forma acessível e direta para a sociedade.

Com um formato inovador e uma abordagem inclusiva, o “Conversas no Jenipapo” se consolida como um exemplo de como a universidade pode – e deve – dialogar com a sociedade ao seu redor, levando conhecimento, reflexão e cultura para além das salas de aula.

 

Semana de História celebra 30 anos do curso no Campus Poeta Torquato Neto

Por Raíza Leão

Nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2024, o curso de História do Campus Poeta Torquato Neto da Universidade Estadual do Piauí vai realizar a Semana de História. O evento, que vai acontecer no auditório do Palácio do Pirajá, celebra os 30 anos do curso e contará com uma programação variada, incluindo palestras e debates sobre temas atuais e relevantes para a comunidade acadêmica.

Semana de História

Organizada pelo Centro Acadêmico de História, a Semana de História destaca a importância dessa comemoração, homenageando o legado educacional do curso e proporcionando uma reflexão sobre os avanços e desafios do ensino de História ao longo das décadas. Durante três dias, o evento oferecerá atividades presenciais, como oficinas, mesas-redondas, minicursos e palestras, enriquecendo o debate acadêmico e promovendo o engajamento entre alunos e professores.

A abertura do evento será marcada pela presença de uma defensora pública, que discutirá questões de interesse social. Além disso, professores da UESPI e especialistas de outras universidades vão trazer diferentes perspectivas sobre temas relevantes, promovendo um diálogo enriquecedor e oportunidades de troca de conhecimentos.

A Semana de História foi cuidadosamente planejada para atender tanto a veteranos quanto a calouros, com o objetivo de promover a integração entre os alunos e estimular a reflexão sobre tópicos inovadores e pertinentes. É uma oportunidade única para os alunos ampliarem seu conhecimento histórico e cultural, interagirem com especialistas e explorarem novas abordagens do campo da História.

Geovana Moraes, Presidenta do Centro Acadêmico de História, convida toda a comunidade acadêmica, especialmente os alunos do curso de História do Campus Poeta Torquato Neto, a participar deste evento especial. “Este evento foi planejado com muito cuidado para integrar todos os estudantes e a comunidade em geral. Teremos palestrantes de diversas áreas e especialistas de diferentes instituições, com currículos impressionantes. Estamos trazendo temas relevantes e inéditos, fundamentais para todos, e esperamos que todos se juntem a nós”, afirma Geovana.

Com uma programação focada em temas inovadores e importantes, a Semana de História busca não apenas celebrar os 30 anos do curso, mas também fortalecer a conexão entre alunos, professores e a comunidade, proporcionando momentos significativos de aprendizado e diálogo.

Para fazer sua inscrição, acesse o link: https://www.even3.com.br/semana-de-historia-30-anos-do-curso-de-historia-480212?organizador=8cc51855-4238-4988-a2a4-455dff2cebed&share=false&unique=true&private=true.

Confira a programação completa:

Comunidade acadêmica de História promove Feira do Patrimônio “Therezina: passado e presente”

Por Clara Monte 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promove, no dia 4 de junho, a Feira do Patrimônio  “Therezina: passado e presente”, que acontecerá no Espaço Marcello ATTA – CCSA. A inciativa é organizada pela professora Viviane Marini Pedrazzani, do curso de História, e pelos alunos da disciplina de Prática Pedagógica III, do campus Torquato Neto.

A Feira do Patrimônio é uma exposição que visa destacar o Patrimônio Cultural de Teresina, tanto material quanto imaterial. O foco será nas praças históricas da Bandeira, Saraiva e Pedro II, nas lendas locais, e no patrimônio gastronômico, como a cajuína e o prato típico maria isabel.

De acordo com a organizadora, Profª. Viviane Marini Pedrazzani, os alunos envolvidos na organização estarão expondo imagens, maquetes e alimentos típicos da região. As imagens incluirão tanto fotos antigas quanto atuais, algumas tiradas pelos próprios alunos e outras obtidas da internet. As maquetes representarão as praças e os edifícios históricos em seus arredores.

“Esse evento é destinado tanto à comunidade acadêmica da UESPI quanto ao público geral. Nós queremos promover um maior conhecimento e reconhecimento do Patrimônio Cultural de Teresina, destacando sua importância na memória e identidade da cidade. Além disso, a feira visa proporcionar aos licenciados em História a oportunidade de desenvolver e aplicar metodologias de educação patrimonial, que poderão ser utilizadas futuramente na educação básica”.

A exposição é livre e aberta ao público, não sendo necessário realizar inscrição prévia.

 

UESPI-TECH lança projeto para o ensino de História do Piauí

Por: Danilo Kelvin 

“Vamos contribuir para a construção de uma memória histórica mais completa e acessível do Piauí, utilizando as ferramentas digitais para promover a inovação no ensino de História”, explica o Professor Dr. Fernando Bagiotto, Coordenador do Projeto  “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro”, que foi contemplado no Edital UESPI-TECH da Universidade Estadual do Piauí.

O UESPI-TECH é um edital para impulsionar a pesquisa e a inovação na Universidade. Ele contemplou 20 projetos, cada um recebendo um financiamento de 25 mil reais.

Com o objetivo de resgatar, preservar e disponibilizar documentos e memórias regionais, além de promover subsídios pedagógicos digitais para o ensino de História do Piauí, a iniciativa promete revolucionar a educação e a preservação da história local. “Este investimento representa um marco na busca por uma memória histórica mais abrangente e acessível, utilizando tecnologia para inovar no ensino. Este projeto não apenas beneficia a comunidade piauiense, mas também exemplifica o compromisso da universidade com o progresso e o desenvolvimento da região”, conclui o pesquisador.

Acervos históricos e materiais didáticos:

Os pesquisadores irão coletar, digitalizar e preservar acervos históricos por meio do Laboratório de Documentação, Digitalização e Pesquisa Histórica (LADIPH) do campus Professor Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba. O material digitalizado será disponibilizado no Repositório Digital da UESPI, que já conta com um amplo acervo de entrevistas, documentos, livros, revistas, jornais e registros históricos.

A partir desses materiais, a equipe de cientistas irá produzir subsídios pedagógicos digitais como jogos interativos, quizzes, podcasts, blogs, redes sociais e instrumentos avaliativos digitais.

“Esses materiais serão disponibilizados gratuitamente para professores e alunos de todo o estado, com o objetivo de dinamizar as aulas de história e tornar o aprendizado mais lúdico e interessante”, destaca o Dr. Fernando Bagiotto, coordenador.

Estrutura do Projeto e Impactos:

O ensaio conta com a participação de quatro doutores em História, que desempenham papéis fundamentais na pesquisa, coleta de fontes documentais, produção de materiais de apoio pedagógico e orientação de trabalhos acadêmicos relacionados ao tema. A presença desses doutores contribui para a qualidade e aprofundamento das atividades desenvolvidas no projeto.

Projeção 3D do laboratório. Imagens: Arquivo pessoal

O projeto “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” da UESPI pretende impactar principalmente no âmbito social, a história e a memória do Piauí e da Planície Litorânea. Além disso, busca qualificar, aprofundar e introduzir novas metodologias no ensino de História regional, ampliando a consciência social e comunitária. A proposta também visa fortalecer a comunicação entre a produção científica e acadêmica, as demandas das comunidades escolares e universitárias, e as empresas, criando um elo de comunicação.

Benefícios para a comunidade piauiense:

A pesquisa “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” tem potencial para beneficiar toda a comunidade piauiense, contribuindo para a preservação da memória e da história da região, e oferecendo novas ferramentas para o ensino de História nas escolas públicas e privadas.

“Acreditamos que estes estudos irão contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que reconhecem a importância da história local para a construção de um futuro melhor para o Piauí”, comenta o professor.

Relembre o Edital UESPI-TECH:

O Tesouro Estadual do Piauí liberou R$ 500 mil para os beneficiários do edital de financiamento de projetos de grupos de pesquisa denominado Uespi-Tech, cujo resultado foi anunciado no final do ano 2023.

Cada projeto selecionado recebeu a quantia de R$ 25 mil. Esta iniciativa contempla 20 grupos, abrangendo todos os campi da universidade. O principal propósito do Uespi-Tech é promover o empreendedorismo e a inovação em diversas áreas do conhecimento. Além de incentivar a pesquisa na universidade, essa ação irá contribuir para o progresso do estado.

Confira o edital completo na página do SIGPROP.

Programa PIBID promove oficinas e minicursos para a comunidade acadêmica

Por João Fernandes

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, do Curso de História, promove, entre os dias 04 e 09 de março, o I Webinário do PIBID. Essa iniciativa tem como objetivo integrar os bolsistas e os demais graduandos do curso com foco em apresentações de resultados dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos. O evento será totalmente online, com oferta de certificados de 4h a 30h de participação

Para isso, durante os três dias de evento ocorrerá apresentações das atividades dos “pibidianos”, como são conhecidos os membros do Programa, além de outras atividades intercaladas entre: apresentações orais, oficinas e minicursos. Os interessados podem se inscrever por meio do Formulário Eletrônico. Quem optar por participar como ouvinte, receberá certificados de 30h, já quem acompanhar as palestras e minicursos receberá certificados de 4h.

De acordo com os organizadores essa iniciativa busca debater as formas como o processo de ensino-aprendizagem pode ser aperfeiçoado e, principalmente, as possibilidades de temas e metodologias que podem ser aplicadas na prática docente.

Além de palestras e oficinas, o Webnário do PIBID terá espaços para minicursos com diferentes temas, tais como, História Oral e Memória: Narrativas de ResistênciasConstruindo Pontes entre o Presente e o Passado: Fontes documentais do Século XIX; Intelectuais, Antirracismo e Movimento Negro no Século XX.

A programação do Webnário inclui também uma apresentação sobre Politica de Ações Afirmativas e os Programas de Assistência e Permanência Estudantil da UESPI.

Para o discente Antônio Francisco, membro da comissão organizadora do Webnário, o evento é de extrema relevância para a comunidade acadêmica, tendo em vista a diversidade de temas importantes que serão abordados. Segundo o discente, há uma grande expectativa dos pidianos para ver os trabalhos que foram executados nas escolas e seus resultados de PIBID.  “O processo de ensino-aprendizagem só será efetivado quando este estiver em constante diálogo com a realidade daqueles que estamos dispostos a ensinar. Então, todo licenciando que desejar promover em sua prática verdadeiras significativas mudanças deveria participar de eventos como esse”, comenta o aluno.

Ele acrescenta que eventos como esse reforçam a necessidade de um olhar e compromisso firmes para o desenvolvimento de novas práticas e metodologias que atendam as questões urgentes da realidade brasileira.  

A coordenadora do projeto, Cristiana Rocha, explica que o I Webinário será resultado de um esforço da coordenação e dos estudantes do PIBID que vêm desenvolvendo atividades desde novembro de 2022, em três escolas de Teresina. “Nosso objetivo é oportunizar um aprofundamento na formação teórico-metodológica dos participantes. Ademais, ele tem como alvo os pibidianos dos subprojetos de História, como também os graduandos de áreas afins e docentes do ensino básico, por isso, acreditamos que ele será uma excelente oportunidade para disseminar conhecimento e experiências em diversas áreas”, destaca a professora.

Mais informações e link de inscrição

Confira mais sobre o X Congresso Regional de História da UESPI/Oeiras

Por Anny Santos

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Possidônio Queiroz, em Oeiras, realizará o X Congresso Regional de História da UESPI/Oeiras: Trajetórias Silenciadas, entre os dias 30 de janeiro e 02 de fevereiro de 2024. As inscrições já estão abertas e devem ser realizadas no site do evento.

Gabriela Berthou, professora organizadora do Congresso, juntamente com Débora Strieder Kreuz e outros docentes e discentes, destaca que a décima edição do evento tem desempenhado um papel importante na formação de futuros pesquisadores e professores de história. Além de participar da organização, os estudantes são estimulados a apresentarem os resultados das pesquisas, ações extensionistas e projetos de ensino que participam.

“É também um momento de diálogos com educadores, pesquisadores, ativistas da cidade e do Estado. Nesta edição, vamos refletir sobre trajetórias historicamente silenciadas, sejam pelos poderes políticos e econômicos instituídos ou pelo próprio campo historiográfico. Pretendemos criar estratégias para a construção de pesquisas e de práticas de ensino comprometidas com a  diversidade e com o combate às desigualdades que marcam a sociedade brasileira”, destaca.

Segundo a professora, diversos espaços educacionais e de pesquisa permanecem invisibilizando agentes históricos fundamentais para a construção do Brasil. Além disso, muitos destes sujeitos continuam excluídos ou desproporcionalmente representados nos espaços de poder e de fala, inclusive nas Universidades, o que torna relevante a organização do Congresso com mesas redondas, conferências, minicursos e exposições que permitam refletir e elaborar estratégias de ação sobre os temas em questão.

Desde as décadas de 1960/70, estudos voltados para a história das mulheres, de gênero, do protagonismo das populações indígenas e negras em diferentes contextos já apontavam para a urgência do alargamento do campo historiográfico brasileiro. A temática central foi estabelecida a partir de um diálogo entre corpo docente e discente do curso de Licenciatura em História. A escolha expressa um esforço de formação de professores, pesquisadores e cidadãos comprometidos com a transformação da sociedade.

Para Débora Strieder Kreuz, a ideia é manter o Congresso como uma tradição do curso de história da USPI de Oeiras, já alcançando sua décima edição. “O tema escolhido para esse ano trata sobre as trajetórias silenciadas pela historiografia, pensando sujeitos que até pouco tempo estavam ausentes da produção historiográfica. Essa vai ser a discussão central do evento, que retorna com suas atividades de forma presencial”.

De acordo com João Pedro Viana, aluno do 5° bloco do curso de Licenciatura em História e um dos discentes organizadores, com o evento, pretende-se criar estratégias para a construção de pesquisas e de práticas de ensino comprometidas com a diversidade e com o combate das desigualdades que marcam a sociedade brasileira.

“Foram graças às trocas de conhecimentos proporcionados pelas palestras, minicursos e apresentações de trabalhos presentes no evento que me influenciaram a descobrir o meu interesse pela história da população afro-brasileira. Eu me encontrei no curso e grande parte por causa do evento, mais também pelos grandes profissionais que nos ensinam e nos inspiram”, finaliza.

“Histórias, Narrativas e Trajetórias Sociais” é o novo lançamento da editora da UESPI

Por Vitor Gaspar

“Histórias, Narrativas e Trajetórias Sociais” é a nova publicação da Editora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Organizada pelas professoras Lêda Rodrigues Vieira e Nilsângela Cardoso Lima,  a coletânea reúne ao longo de doze capítulos um conjunto de pesquisas da área da História, Comunicação, Educação, Arquitetura, Políticas Públicas sobre distintos sujeitos sociais e contextos históricos.

Do período colonial à contemporaneidade, o e-book apresenta narrativas e memórias examinadas por pesquisadores e pesquisadoras envolvidos nas complexidades do patrimônio, política, saúde, ensino, jornalismo, mídia, sertão, entre outros temas. Cada autor, de maneira única, contribui com uma abordagem metodológica e um conjunto teórico que enriquecem a reflexão sobre o objeto de estudo proposto.

Nesse sentido, a coletânea foi dividida em duas partes, com estudos que refletem sobre representações do passado brasileiro e os seus impactos no tempo presente, abordando temáticas como:

– A exploração agrícola, no Piauí, na primeira metade do século XX;

– O resgate do patrimônio arquitetônico moderno em Teresina;

– A leitura de imagens do Brasil colonial nos livros didáticos;

– As histórias em quadrinhos como instrumento de comunicação;

– As representações da ditadura militar na produção literária brasileira;

– O protagonismo das mulheres potiguares no ensino da história local;

– O jornalismo digital em meio à epidemia de Covid-19 no Brasil;

– As marchas de protesto ocorridas em junho de 2013;

– As representações do sertão e do sertanejo na historiografia brasileira;

– Os impactos da modernidade e da modernização em uma comunidade rural do sertão do Piauí;

– A utilização do jornal para a construção do capital político na disputa pelo poder no Piauí, no período de 1910 a 1930, e a valoração (ou não) das vozes das classes populares no discurso jornalístico sobre a pobreza.

De acordo com a professora Lêda Rodrigues, docente do curso de História do Campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, os autores que compõem a coletânea foram selecionados por apresentarem em suas trajetórias acadêmicas contribuições relevantes aos estudos da história local e regional, bem como, acerca das preocupações que afetam consideravelmente a sociedade na contemporaneidade.

“Principalmente, devido a necessidade do fortalecimento do pensamento crítico em tempo de acesso desenfreado de informações provenientes de diferentes canais de comunicação que, muitas vezes, não apresentam o cuidado com as narrativas dos fatos”.

A docente faz parte do Grupo de pesquisa e estudos sobre patrimônio e memória vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Estudos em Cidade, Memória e Patrimônio (NUPECIMP) da UESPI, Campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira e, ao GT História, Cidades e Memória (ANPUH-PI).

A ideia surgiu da necessidade que as professoras organizadoras observaram durante a pandemia, de ampliar a divulgação do conhecimento produzido em algumas universidades do país para um público mais amplo. Elas buscam estreitar os laços acadêmicos como forma de fortalecer a construção do conhecimento em suas variadas perspectivas, bem como ampliar as relações entre diferentes áreas da Ciências Humanas e Sociais, tornando sua presença mais acessível e, ao mesmo tempo, resistindo ao negacionismo científico que o país vivenciou nos últimos anos.

Projeto promove “III Seminário Nacional de História Social dos Sertões: Territorialidades Indígenas e Quilombolas”

Por Anny Santos

O “III Seminário Nacional de História Social dos Sertões: Territorialidades Indígenas e Quilombolas”, que ocorrerá entre os dias 02 e 06 de outubro, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, Campus de Floriano, e carrega o mesmo nome do projeto da UESPI que o origina, objetiva criar espaços para construção coletiva de conhecimentos acerca dos sertões em suas múltiplas temporalidades.

A proposta é estabelecer como foco das reflexões os protagonismos indígenas e quilombolas nestes territórios. A organização do evento acontece no âmbito do GT: Os Povos Indígenas na História, vinculado à Associação Nacional de História, seção Piauí (ANPUH/Piauí).

O grupo envolvido na organização é composto por docentes e discentes da Universidade Estadual do Piauí (Oeiras e Floriano), do Instituto Federal do Piauí (Floriano), da Universidade Federal do Piauí (Picos) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (São Raimundo Nonato).

Segundo Gabriela Berthou e Tatiana Gonçalves, professoras do curso de História, em Oeiras e Floriano, respectivamente, atuantes na idealização e organização do evento, destacam que, nesta edição, as palestras, mesas redondas, rodas de memória e simpósios temáticos abordarão temas relacionados à história e à educação indígena e quilombola, tendo em vista que as construções materiais e conceituais dos sertões no Brasil nunca puderam ser feitas e nem pensadas sem os povos indígenas e quilombolas.

“Contaremos com participação de lideranças indígenas e quilombolas e de pesquisadoras/es do Piauí, Maranhão, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A organização do III SEHIS envolve docentes e discentes vinculados ao GT: Povos Indígenas na História”, afirma Gabriela Berthou.

Nos últimos anos, pesquisadores do Piauí tem desenvolvido projetos de pesquisa e extensão de caráter científico-acadêmico voltados para a compreensão dos sertões. Ao considerar fundamental a inserção em redes de diálogos mais amplas, o grupo propôs sediar, em ação de continuidade com as edições anteriores, o III SEHIS.

Rebeca Freitas Lopes, aluna do sétimo período do curso de História,  em Floriano, ressalta que a iniciativa buscar debater importantes temáticas que afetam diretamente (e indiretamente) à sociedade em geral, como questões relacionadas aos direitos territoriais, a luta pela terra, os conflitos agrários e a luta pelos direitos indígenas e direitos quilombolas. Tudo isso trazendo o Piauí para o centro dessas discussões.

“A escolha do evento ser em Floriano, por exemplo, e não em Teresina foi uma escolha estratégica. Por que não trabalhar os sertões no próprio sertão? As maiores contribuições desse evento serão as importantes discussões levantadas sobre a temática”, finaliza.

O Prof. Me. Gisvaldo Oliveira, também de Floriano, pontua que criar espaços para construção coletiva de conhecimentos acerca dos sertões em suas múltiplas temporalidades é de suma importância. “O evento conta com ampla participação de pesquisadoras e pesquisadores de diferentes partes do Brasil. É uma oportunidade de inserção em redes acadêmicas mais amplas”.

Curso de História promove o Ciclo de Debates: Educação Interdisciplinar e Direitos Humanos

Por João Fernandes

O Curso de História, campus Ariston Dias Lima, em São Raimundo Nonato, promove mais uma edição do Ciclo de Debates: Educação Interdisciplinar e Direitos Humanos. O evento ocorre entre os dias 19 e 21 de junho, nas dependências do Campus, e buscará atender aos interessados da comunidade interna e externa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).

Na prática, a ação visa promover a interlocução de saberes e conhecimentos científicos produzidos por pesquisadores, graduandos de diferentes cursos e instituições de ensino, sobre as temáticas relacionadas à educação, interdisciplinaridade e Direitos Humanos.

O Ciclo de Debates contará com conferências, mesas redondas, rodas de conversa para apresentação de comunicações orais e minicursos com temáticas relacionadas a história do Piauí e de São Raimundo Nonato, ambos apresentados pelos discentes do Curso de História e por integrantes do Programa de Residência Pedagógica.

A Profa. Dra. Maria Vitória Barbosa Lima, uma das organizadoras do evento, afirma que as discussões são de suma importância, uma vez que o principal objetivo do evento é gerar um encontro dinâmico e envolvente capaz de gerar reflexões sobre determinados assuntos e debater sobre a criação de uma cultura de direitos, que nos afasta de movimentos que estimulem o ódio.

“O evento permite confraternizarmos saberes e isso nos dará a oportunidade de  entendermos a função social do professor/pesquisador e a formação acadêmica, que qualifica e habilita esses profissional a exercer sua função”, acrescenta a professora.

Confira a programação

Participam convidados renomados em suas áreas para abrir o evento, como Karla Araújo de Andrade Leite (mestranda do PPGSC/UESPI e Defensora Pública) e Hildebrando Pires (Graduado em História – Cáritas Brasileira Regional), que  discutirão a temática: Territorialidade e Direitos Humanos.

No dia 20, a Prof. Janilde de Melo Nascimento, Diretora do Campus de São Raimundo Nonato, e Marian Rodrigues (Instituto Olho d’Água/Centro de Memórias dos Povos da Serra da Capivara) discutirão Educação Ambiental e Educação Patrimonial, e, para finalizar, no dia 21, o Prof. Robson Carlos da Silva discutirá a temática Educação e Capoeira.

Inscrições

O evento é aberto ao público e podem participar os interessados nas temáticas do evento. Para participar é necessário se inscrever através do Formulário Eletrônico. No link, você também encontra a  programação completa e outras informações sobre o evento.

Feira de História Medieval integra alunos e Docentes da UESPI

Por João Fernandes

Trazendo uma proposta inovadora, os alunos do curso de licenciatura Plena História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promoveram, na manhã desta quarta-feira (1), primeiro de fevereiro, uma feira cultural com o tema “Como você seria na idade média”, no campus Poeta Torquato Neto. Um evento que contempla  potencialidades e metodologias numa verdadeira viagem na história.

Feira de História Medieval integra alunos e Docentes

O evento foi uma realização dos alunos do segundo bloco da disciplina Prática Pedagógica II. A ideia é aproximar os licenciados das potencialidades e costumes que são adotadas nos conteúdos de história medieval trazendo-os para o contexto da feira cultural.

Para o aluno João Gabriel, discente do quarto período de História e um dos visitantes dos espaços da feira, o evento é uma excelente oportunidade para desmistificar curiosidades e algumas impressões que criamos baseados em contos e filmes que retratam esse período.

 “Os alunos conseguiram recriar uma excelente ambientação, que nos insere a contextos históricos desse período. É  comum criarmos uma falsa impressão que a Idade Média é um período de trevas e tristeza. A iniciativa dos alunos nos prova que essa não é a realidade, nos transportando a um período rico culturalmente”, destaca o aluno. 

 Os participantes se dividiram em grupos, com cada um sendo responsável por fazer uma exposição sobre temas medievais.

De acordo com a aluna, Yasmim Nascimento, a ideia da feira é criar uma interação com o público, tirando dúvidas e também ajudando a desmistificar algumas ideias sobre a idade média. “O diferencial da nossa feira é conseguir reunir em um único espaço características próprias da era medieval, trouxemos roupas comidas e figuras para que essa troca de conhecimento seja ainda mais rica. Além disso, a feira consegue trazer um grande momento de interação e troca de conhecimento com alunos de outros cursos”, acrescenta a aluna.

Os alunos trabalharam os assuntos em cada grupo, fazendo um paralelo sobre os costumes, trajes, educação, saúde, economia, culinária, moradia, literatura e aspectos físicos, desde a  época medieval até os dias atuais.

Feira de História Medieval integra alunos e Docentes

Segundo a professora da disciplina, Viviane Pedrazzane, a feira conseguiu proporcionar uma rica socialização com outros cursos, isso porque apresentamos a eles um tema que gera bastante curiosidades. nossa proposta é mostrar um cotidiano das pessoas que viviam naquela época tratando várias realidades a fim de desmistificar algumas fantasias criadas sobre a idade média.

‘A Universidade precisa ter movimentos como este, gerando mais conhecimentos e momentos de interação e assim conseguir disseminar ainda mais conhecimento” , destaca a professora.

Professora da disciplina, Viviane Pedrazzane.

Turma do 2° Bloco de História promove Feira Cultural com temática sobre Idade Média

Por Vitor Gaspar

Os alunos do curso de Licenciatura Plena em História promovem uma Feira Cultural com o tema “Como você seria na Idade Média?”, no dia 01 de fevereiro, a partir de 09h30, no campus Poeta Torquato Neto, em Teresina

A ação acontece nas salas 01 e 02 do setor 12 do campus. Esse é um projeto que está sendo desenvolvido na disciplina Prática Pedagógica II com o objetivo de desenvolver nos licenciandos as potencialidades e metodologias que serão aplicadas nos conteúdos de História Medieval no formato de Feira Cultural.

De acordo com a aluna Francisca dos Santos a turma foi dividida em grupos, com cada um sendo responsável por fazer uma exposição sobre temas medievais. Ela também aproveita para fazer um convite: “A comunidade em geral da UESPI é convidada a participar, conhecer os contextos do período medieval de acordo com as temáticas abordadas”, comenta a discente.

Vão ser trabalhadas diversas temáticas relacionadas a esse período histórico e também ajudando a desmitificar algumas ideias sobre a Idade Média. Segundo a professora da disciplina, Viviane Pedrazzane, acontece muito dentro do ensino passado  a reprodução de conteúdos que esteriotipam a Idade Média.

“Trabalhamos também para desconstruir aquele imaginário de que esse era o período em que existiam dragões, de trevas e algumas outras coisas, como em muitas vezes os filmes e os livros fazem essa alusão. Então, aproveitando o espaço da Universidade, uma vez que esses alunos ainda são de blocos iniciais, é uma oportunidade para que eles possam adquirir essa experiência em sala de aula”.

O que foi a Idade Média?

A Idade Média é o nome do período da história localizado entre os anos 476 e 1453. A nomeação Idade Média é utilizada pelos historiadores dentro de uma periodização que engloba quatro idades: Antiga, Média, Moderna e Contemporânea. A Idade Média iniciou-se com a desagregação do Império Romano do Ocidente, no século V. Isso deu início a um processo de mescla da cultura latina, oriunda dos romanos, e da cultura germânica, oriunda dos povos que invadiram e instalaram-se nas terras que pertenciam a Roma, na Europa Ocidental.

Campus de São Raimundo Nonato: Turmas de História fazem visita ao Parque Nacional da Serra da Capivara

Por Giovana Andrade

Turmas do curso de licenciatura em História do segundo e quinto bloco da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) do campus de São Raimundo Nonato, fizeram uma visita no último domingo (22), ao Parque da Nacional da Serra da Capivara. O passeio foi referente a disciplina de Introdução à Arqueologia ministrada pela Profª Dr. Maria da Vitória.

Turmas do segundo e quinto bloco de História no Parque Nacional da Serra da Capivara.

O objetivo foi compreender as diferentes formas de expressão dos antigos povos que viveram na região, identificar as diferentes tradições da arte rupestre existentes na área que forma o Parque Nacional Serra da Capivara e os estilos dessas tradições, sobretudo o estilo Serra da Capivara, entre outros.

Segundo Vitoria Macedo, discente do quinto bloco, explica que a disciplina permitiu que muitos dos alunos que ainda não conhecia o Parque tivessem o privilégio de finalmente ir até lá. Ela pontua que mesmo como estudante de História, sua percepção sobre a Arqueologia era limitada e através do passeio conseguiu amplificar seus conhecimentos.

“Uma das minhas paixões é estudar sobre a História Antiga, e poder fazer isso no nosso território é enorme privilégio. Ao entrar no Parque da Serra da Capivara é quase como passar por uma espécie de portal para outro mundo, outra dimensão. Desde os primeiros povoamentos, São Raimundo Nonato é um lugar cheio de histórias incríveis. Os primeiros habitantes que aqui estiveram deixaram suas marcas, seus registros e suas histórias. Histórias essas que nós contamos a partir daquilo que restou e daquilo que é possível perceber através dos nossos olhos contemporâneos, mas que já muito falam da origem da humanidade. O Parque possui um extremo valor arqueológico, histórico e cultural”.

A Profª Dr. Maria da Vitória, destaca que ao alinhar teoria e prática torna mais fácil o ensino-aprendizagem.” A junção de teoria e prática permite aos alunos compreenderem o processo de construção do conhecimento arqueológico e as abordagens interdisciplinares que utiliza”.

O guia passando as informações para as turmas.

Para a discente Betanha de Castro, do quinto bloco, a ideia de ir ao campo compreender os espaços além da sala de aula e trazer o que aprende para se colocar em prática, é muito importante e enriquecedor ao aprendizado.

“Foi uma experiência muito boa dado ao fato que temos essa possibilidade de ter uma interdisciplinaridade, como por exemplo nesse caso a arqueologia, o quê considero muito importante. Pois abrangem nossas possibilidades de pesquisa sobretudo sobre a região de São Raimundo Nonato que é muito rica nesse quesito e permite abrangermos vários temas diferentes, e neste caso, o parque serra da capivara compõe um núcleo imenso de informações sobre a formação da humanidade no continente americano, além de ser um cenário deslumbrante para se apreciar e aprender”.

Confira mais fotos do passeio:

Os condutores credenciados no Parque: Denilson Castro (graduando em História) e Arlete Ribeiro (geógrafa). Ambos fazem/fizeram seus cursos na Uespi.

Alex Alcântara, aluno de História, bloco 5. Mestre capoeira, “estilo” beija-flor.

Curso de História: alunos realizam “Feira do Patrimônio Cultural”

Por Anny Santos

Alunos do curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, realizaram na última terça-feira (21) a “Feira do Patrimônio Cultural” na Escola Municipal Dep. Antônio Gayoso, localizada na zona norte de Teresina.

A ação é fruto de um projeto idealizado pela professora Viviane Pedrazani, por meio da disciplina de Prática Pedagógica 8, com o intuito de difundir a educação patrimonial e vislumbrar uma valorização do patrimônio cultural de Teresina. Os discentes organizaram salas com encenação das lendas do Cabeça de Cuia e da Num se Pode. Além de salas sobre o patrimônio arquitetônico, alimentação e costumes.

De acordo com a professora Viviane Pedrazani, todos os alunos da disciplina participaram ativamente, sendo divididos em dois grupos, onde cada grupo possuía sob supervisão na escola três turmas do Ensino Fundamental. No total foram trabalhadas seis turmas para a Feira. “Os beneficiados são nossos alunos da universidade, alunos e funcionários da Escola e a comunidade pelo desdobramento da ação que realizamos. O Patrimônio Cultural de Teresina fica melhor conhecido. Assim, ampliamos as possibilidades de preservação”, destaca a docente.

Nádia Aguiar, discente e uma das organizadoras, afirma que foram apresentadas duas lendas teresinenses, Num Se Pode e a lenda do Cabeça de Cuia, encenadas e narradas por alunos do 6° ano. Os alunos do 7° ano ficaram a cargo de apresentar a arquitetura patrimonial de Teresina, como as igrejas e praças que narram a história da nossa cidade, além disso expuseram um varal de fotos antigas mostrando o antes e o depois das nossas praças, palácios, teatro, museus e afins.

Já os alunos do 9° ano apresentaram a culinária da nossa cidade como Patrimônio material/imaterial, nossa Cajuína e todo o seu processo de feitura até a comercialização, assim como o prato típico da região a Maria Isabel.

“A minha experiência enquanto acadêmica foi primorosa e de muito conhecimento agregado, pois acredito que a Educação Patrimonial seja uma temática de suma relevância para a educação básica das nossas crianças. Acredito que nossos alunos precisam partilhar dessa experiência unindo a academia e a escola, a Universidade precisa chegar nesses espaços e levar essas informações até as crianças, fiquei extremamente feliz porque o conhecimento que estamos produzindo na UESPI está atravessando os muros da universidade e atingindo quem realmente nos interessa, os alunos da rede pública de ensino. Eles amaram a Feira, fizeram com muito amor e dedicação e nos discentes também, foi uma experiência única e incrível, estamos felizes com a culminância do projeto”, finaliza Nádia.

Para Pablo Passos, também um dos discentes organizadores, a experiência o fez perceber de perto a interação que os alunos da escola tiveram com o projeto e a dedicação para realizá-lo. Ele afirma acreditar fortemente que os alunos se tornarão bons cidadãos que cuidarão do patrimônio cultural. “Como professor deles eu estou orgulhoso. Como aluno da UESPI me preparei para entrar em sala de aula e quando isso aconteceu utilizei os conhecimentos que aprendi na Universidade e apliquei. Conseguindo assim realizar um ótimo trabalho. Com esse projeto pude adquirir mais experiência e me tornar mais apto a assumir a profissão que eu amo e respeito”.

UESPI Oeiras: curso de História promove IX Congresso Regional de História UESPI/Oeiras em janeiro de 2023

Por Anny Santos

O curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Prof. Possidônio Queiroz em Oeiras, promove o IX Congresso Regional De História UESPI/Oeiras com temática “Autoritarismo Político e Sociedade: História e Historiografia Indígena e Afro-brasileira” entre os dias 25 e 28 de janeiro.

De acordo com o Prof. Reginaldo Sousa Chaves, um dos organizadores, a iniciativa surgiu do corpo docente e discente do curso de História que buscam manter uma bem-sucedida ação de nove anos de realização de debates públicos sobre temas relevantes sobre o cenário histórico piauiense e brasileiro.

“Eu e a Profa. Valderlany Mendes Dantas coordenamos com organização composta por estudantes e professores do Colegiado do Curso de História da UESPI/Oeiras-PI. Toda a comunidade interna e externa interessada em discutir autoritarismo e a história afro-brasileira e dos povos originários. Esperamos contar especialmente com participação acadêmicos e profissionais da educação de Oeiras-PI e do Território do Vale do Canindé”.

Abordando o tema Autoritarismo Político e Sociedade: História e Historiografia Indígena e Afro-brasileira o evento se propõe a proporcionar a construção de um debate público sobre as diversas formas de manifestação históricas de autoritarismos (presentes e passados) e a representatividade afro-brasileira e dos povos originários no campo sociopolítico piauiense e brasileiro.

“No ano de 2013 foi realizado no Campus o primeiro de uma série de eventos acadêmicos na área de História e Ciências Humanas. Essa partilha de saberes foi o início de uma série regular de discussões anuais. A edição de 2023, intitulada Autoritarismo Político e Sociedade: História e Historiografia Indígena e Afro-brasileira, permitirá trocas e circulação de conhecimento científico. As conferências, mesas redondas, minicursos, simpósios temáticos visam proporcionar debates de amplo interesse com objetivo de fortalecer a educação básica e superior do Estado do Piauí”, finaliza o professor.

Para Francisco Jackson da Silva, aluno do 8° período do curso de Licenciatura Plena em História e um dos organizadores, participar do Congresso tem sido uma experiência enriquecedora, sobretudo porque será uma temática ampla e extremamente importante no universo acadêmico e fora dele. Segundo Francisco, trabalhar com a História e a historiografia indígena e afro-brasileira em eventos universitários e abertos a comunidade é de grande importância para compartilhar conhecimentos científicos e lutas sociais importantes com toda a comunidade.

“A minha experiência, enquanto discente colaborador, é a de criar as artes de divulgação e ajudar nas mídias sociais, o que é crucial para atrair o maior número de público para o nosso evento, enquanto universitário participar e organizar eventos desse tipo colabora grandemente com a nossa formação intelectual e abre novos horizontes para a interpretação e o entendimento dessas temáticas”.

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Curso de História promove VII Encontro da Consciência Negra de Floriano

Por João Fernandes

O mês de novembro é lembrado como mês da Consciência Negra, diante disso, o Curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Dr. Josefina Demes em Floriano promove na próxima terça feira (22/11) o 7° Encontro da Consciência Negra. O evento acontece em função do Dia Nacional da Consciência Negra, criado em 9 de janeiro de 2003, através da lei 10.639 e comemorado no dia 20 de novembro.

O 7° Encontro da consciência Negra contará com a apresentação de projetos de leitura sobre o Livro Torto Arado, de Itamar Vieira Jr, além do lançamento do Livro A Escola do Estabelecimento Rural de São Pedro de Alcântara, escrito pelo jornalista e pedagogo, Jalinson Rodrigues de Sousa. 

Segundo Robson Pereira, professor do curso de História e um dos organizadores do evento, a ideia é apresentar para a comunidade acadêmica os resultados de pesquisas relacionadas a comunidade negra, além dos resultados de projetos leituras feitas por alunos e docentes.  “Neste ano vamos trazer novas perspectivas históricas sobre a comunidade negra, trazendo ralações entre os livros literários e artigos científicos vistos em sala, além disso, faremos provocações de leituras sobre estes temas”, destacou o professor.

O evento é gratuito acontece presencialmente no auditório do campus, a partir das 19h. A ação engloba uma série de atividades promovidas pela Secretaria de Cultura de Floriano em parceria com instituições de ensino da cidade.