Comentários desativados em II Seminário Nacional de Gênero e Direitos Humanos irá debater ética e não-violênciagênero, história
Por Davi Petrola
Nos dias 12, 13 e 14 de novembro, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) sediará o II Seminário Nacional de Gênero e Direitos Humanos, com uma programação inteiramente online e gratuita. Organizado pelo Grupo de Pesquisa em História, Cultura e Gênero da UESPI, o evento tem como objetivo promover discussões interdisciplinares sobre gênero, ética e não-violência. A transmissão ocorrerá ao vivo pelo canal do YouTube “generouespi,” e as sessões de simpósios temáticos serão realizadas pelo Google Meet, com a participação de pesquisadores e docentes de diversas partes do Brasil.
Coordenado pelo professor Ruan Nunes Silva, o seminário ocorre em um momento de crescente necessidade de debater os direitos humanos e formas de resistência ética na sociedade.
Programação e Discussões
O evento contará com mesas-redondas, simpósios temáticos e conferências que abordarão temas de grande relevância social e acadêmica. Entre os simpósios temáticos serão discutidos assuntos como “História, gênero, escrita e visualidades,” conduzido pelo professor Reginaldo Sousa Chaves (UESPI); “Gênero, cultura e intersecções,” com a professora Olívia Candeia Lima Rocha (UFPI) e outros convidados; e “A mulher na antiguidade,” com os professores José Petrúcio de Farias Júnior e Gizeli da Conceição Lima (UFPI).
Inscrições e Participação
As inscrições são abertas a estudantes de graduação e pós-graduação, além de docentes e demais interessados nas temáticas abordadas. Os participantes terão a oportunidade de submeter trabalhos acadêmicos, incluindo pesquisas de iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso (TCC), dissertações e teses.
Segundo os organizadores, o evento busca consolidar-se como um espaço de diálogo transdisciplinar, ampliando o alcance e a profundidade das discussões sobre direitos humanos e ética. Ao integrar diversas perspectivas e áreas do conhecimento, o seminário visa contribuir para a construção de novos modos de resistência ética que promovam a igualdade e o respeito entre gêneros.
A mulher na antiguidade
Modalidade: on-line
Prof. Dr. José Petrúcio de Farias Júnior ( UFPI )
Prof. Ma. Gizeli da Conceição Lima ( UFPI )
ST 02
Gênero, cultura e intersecções
Modalidade: on-line
Prof. Dr. Olívia Candeia Lima Rocha ( UFPI)
Prof. Ma. Erika Ruth Melo da Silva ( UFPI)
Prof. Me. Iago Tallys Silva Luz ( UNICAMP )
ST 03
Direitos humanos e cultura: lombadas quebra-molas e ondulações nos caminhos possíveis
Modalidade: on-line
Ruan Nunes Silva ( UESPI)
Rubenil da Silva Oliveira (UFMA)
Renata Cristina da Cunha ( UESPI)
ST 04
A crítica pós-colonial e os estudos sobre gênero raça e ensino de historia: diálogos emergentes para o campo das ciências humanas e sociais
Modalidade: on-line
Prof. Dr. Silmária Reis dos Santos ( UFCG )
ST 05
História, gênero, escrita e visualidades
Modalidade: on-line
Prof. Reginaldo Sousa Chaves ( UESPI )
Comentários desativados em Estudante da UESPI selecionado para intercâmbio no caminhos Amefricanoshistória, intercâmbio
Por Roger Cunha
Antônio Francisco Oliveira Rocha Filho, um estudante de 22 anos do curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), foi selecionado para participar do programa internacional Caminhos Amefricanos, uma iniciativa que visa promover a internacionalização acadêmica e o combate ao racismo. Membro do Núcleo de Estudos e Documentação em História, Sociedade e Trabalho (NEHST), Antônio tem se destacado em sua pesquisa sobre racismo ambiental, um dos principais focos de seu trabalho.
Antônio Francisco Oliveira Rocha Filho, um estudante do curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), foi selecionado para participar do programa internacional Caminhos Amefricanos.
Orientado pela professora Drª Cristiana Costa da Rocha e coorientado pelo professor Me. Lucas Ramyro de Brito, Antônio desenvolve um estudo que se insere no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sua pesquisa concentra-se na história ambiental brasileira, com um olhar atento às questões do racismo ambiental.
A motivação de Antônio Francisco para estudar racismo ambiental surgiu de sua vivência como jovem negro morador de periferia. Ele menciona que sua comunidade é frequentemente impactada por problemas ambientais graves, como alagamentos, queimadas e empreendimentos que não consideram os resíduos gerados em seus processos. No início de sua trajetória acadêmica, não refletia sobre essas questões com profundidade, pois “num processo de naturalização, incorporava-as em meu cotidiano”.
No entanto, sua percepção mudou a partir de conversas e trocas de experiências com sua orientadora do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), a professora Drª Cristiana Costa da Rocha. Ele destaca que foi “somente a partir de conversas e trocas de vivências” com ela que se conscientizou sobre temas como História Ambiental e Racismo Ambiental. Através dessas discussões, Antônio compreendeu que esses problemas ambientais não eram isolados, mas estavam diretamente relacionados às desigualdades sociais e raciais.
Com essa nova perspectiva, ele decidiu se aprofundar no tema e, juntamente com sua orientadora, “nos propusemos a somar esforços e submetemos no mesmo ano um projeto de pesquisa no Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC), aprovado com financiamento desta IES em 2022”. Assim, sua formação em História e suas vivências pessoais se entrelaçaram, dando origem a uma pesquisa focada na relação entre racismo e meio ambiente, buscando discutir a luta por justiça climática.
Após o início do projeto de Iniciação Científica, Antônio se integrou ao NEHST, coordenado pela professora Cristiana Costa e coorientado pelo Me. Lucas Ramyro de Brito. O projeto envolveu visitas a órgãos e entidades da sociedade civil, além de atividades de digitalização de fontes e organização de acervos digitais. Essas ações foram fundamentais para alcançar os objetivos da pesquisa, que visava o levantamento de fontes para a História Agrária da Região do Meio-Norte e, posteriormente, para a investigação sobre as enchentes na mesma região.
De acordo com a Professora Cristiana Costa, “além de contribuir para o combate e a superação do racismo no Brasil, um dos objetivos do programa Caminhos Amefricanos, é importante para estimular a inclusão de nossos estudantes em projetos que possibilitam a internacionalização”.
Entre os principais achados, ele destaca a riqueza das fontes encontradas, que trouxeram informações valiosas sobre o cenário ambiental no Piauí e Maranhão. “A documentação encontrada foi rica em apresentar os aspectos do cenário acerca do meio ambiente no Piauí e Maranhão […] e a conjuntura de tensões que ultrapassavam as expectativas iniciais”. As fontes, localizadas em acervos como o do Centro Piauiense de Ação Cultural (CEPAC) e do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), além da bibliografia indicada pela professora Cristiana, permitiram uma análise mais aprofundada dos conflitos socioambientais que atravessam a sociedade contemporânea.
Outro aspecto importante foi o compartilhamento dos resultados parciais e finais em eventos acadêmicos, congressos e seminários, o que, segundo Antônio, “foi de suma importância para que pudéssemos aprimorar as discussões e nos situarmos num debate nacional e, agora, internacionalizarmos nossa pesquisa também”. Esses eventos possibilitaram o refinamento das conclusões e a ampliação das perspectivas, levando a pesquisa para um nível de reconhecimento internacional.
Antônio Francisco e sua orientadora e a professora Drª Cristiana Costa da Rocha
A professora Doutora Cristiana Rocha acredita que o programa Caminhos Amefricanos terá um impacto significativo na conscientização sobre racismo e história ambiental entre os estudantes, especialmente pela aplicação prática das pesquisas que Antônio desenvolve na universidade. Seu projeto envolve intercâmbios em Cabo Verde e na Colômbia, buscando integrar a história ambiental com discussões sobre racismo e valorizando a tradição oral como uma metodologia central. Sob orientação da professora Cristiana, Antônio é incentivado a aplicar suas descobertas acadêmicas em futuras práticas docentes, com o objetivo de “instigar em meus futuros alunos que questionem o meio em que estão, as mazelas que os cercam e as questões que os provocam diariamente”.
O discente acredita que o Piauí, e mais especificamente Teresina, por ser uma região com forte presença de comunidades tradicionais e uma economia baseada em atividades do setor primário, oferece um cenário ideal para reconhecer e valorizar essas culturas, especialmente a tradição oral. “Desejo reconhecer e valorizar esses sujeitos, juntamente com suas culturas, como a tradição da Oralidade também na centralidade”, afirma. Ele vê a metodologia da História Oral como uma ferramenta poderosa para dar voz a essas comunidades, ajudando a preservar e transmitir seus conhecimentos.
A participação no intercâmbio em Cabo Verde é especialmente significativa para Antônio, pois o continente africano é conhecido por sua “tradição viva”, onde a história oral tem um papel central na preservação e transmissão de saberes. “Adeptos da metodologia da História Oral, desejo obter novos aprendizados, ensinamentos e técnicas no intercâmbio para Cabo Verde”, ressalta. Ele acredita que essas novas técnicas e ensinamentos aprimorarão sua capacidade de aplicar a História Oral em suas práticas docentes e em futuros projetos de pesquisa, enriquecendo sua compreensão sobre as relações entre cultura, racismo e meio ambiente.
Ao combinar a conscientização sobre racismo ambiental com a valorização da tradição oral, Antônio espera que os estudantes passem a refletir criticamente sobre as injustiças ambientais e sociais que os cercam, enquanto desenvolvem um respeito mais profundo pelas culturas tradicionais. Esse processo de conscientização é visto como uma forma de transformação, tanto no ambiente educacional quanto na sociedade, ao trazer à tona as experiências e histórias muitas vezes marginalizadas.
Antônio Francisco compartilha que sua reação ao ser selecionado como o único representante do Piauí para o programa Caminhos Amefricanos foi de grande felicidade. Ele destaca que a ansiedade aumentou com os adiamentos do resultado final, inicialmente previsto para agosto, mas que só foi publicado no dia 8 de outubro. “Tomei conhecimento no dia seguinte e comemorei bastante com toda minha família e namorado”, conta. Após compartilhar a notícia com seus entes queridos, comunicou sua orientadora e coorientador.
Ser o único selecionado do Piauí tem um significado especial para Antônio, não apenas como uma realização pessoal, mas também como uma responsabilidade de incentivar outros estudantes a participar de futuras edições do programa. “Me instiga a, em próximas edições, colaborar com amigos de curso e da instituição para que participem do processo de seleção do programa e aumentemos nossa presença piauiense no quadro de participantes”, afirma. Ele enxerga essa conquista como uma oportunidade de abrir portas para mais colegas, contribuindo para aumentar a representatividade do Piauí em intercâmbios acadêmicos internacionais.
Antônio Francisco e coorientado professor Me. Lucas Ramyro de Brito
Além disso, vê o programa como uma chance de promover práticas docentes que abordem questões raciais e incentivem a superação do racismo na educação. Ele valoriza a troca de experiências de vida e de pesquisa que o intercâmbio proporciona, destacando como isso contribuirá para seu aprimoramento acadêmico e pessoal. “Nos aprimorando de forma significativa, tendo a oportunidade de apresentar nossa pesquisa em instituições de ensino superior ao redor do mundo”, conclui, enfatizando a dimensão internacional do programa e o impacto positivo que espera alcançar ao compartilhar suas descobertas com uma audiência global.
Ele reconhece que o apoio do PIBIC e o financiamento do CNPq foram fundamentais para a realização de seu projeto em 2023. Ele destaca que, sem esse suporte, a viabilidade do trabalho estaria comprometida, tanto em termos práticos, como os deslocamentos necessários para acessar os acervos em diferentes órgãos, quanto na participação em eventos acadêmicos em outros estados e cidades. “Sem o apoio do PIBIC e financiamento do CNPq na proposta de 2023, a viabilidade do projeto estaria comprometida”, afirma.
Além disso, ele menciona o importante apoio do Grupo Equatorial, que também contribuiu para a realização da pesquisa. A combinação desses esforços permitiu uma ampliação das análises e contribuições do projeto, refinando os resultados que seriam compartilhados com a comunidade acadêmica. Antônio destaca que essas parcerias foram essenciais para o sucesso da pesquisa e para garantir que o projeto tivesse impacto e alcance maiores. Ele acredita que sua participação no programa Caminhos Amefricanos terá um impacto significativo em sua trajetória acadêmica e profissional. Vê essa oportunidade como fundamental para sua formação, já que permitirá um contato direto com as práticas desenvolvidas na Universidade de Cabo Verde (UniCV) e suas interlocuções. “Conseguir participar desta edição do Programa será de suma importância para minha formação”, conclui.
Comentários desativados em Semana de História e II Simpósio Regional Profhistoria da UESPIhistória, parnaíba
Por Ayeska Rodrigues
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) se prepara para receber a IV Semana de História e o II Simpósio Regional ProfHistória, que acontecerão nos dias 21, 22 e 23 de novembro de 2024, no campus Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba. Com o tema “Protagonismo Social, Modos de Vida, Identidades e (Re)Existência”, o evento promete ser um espaço significativo para discussão e reflexão sobre as múltiplas dimensões da história e suas interações com a sociedade contemporânea.
As inscrições para o evento já estão abertas, a expectativa é reunir estudantes, professores, pesquisadores e membros da comunidade em geral interessados nas temáticas centrais do evento, que exploram o papel do indivíduo e dos grupos sociais na construção da história e na formação de identidades.
Entre as atividades programadas, destacam-se as apresentações de trabalhos acadêmicos, que serão realizadas de forma oral e presencial. Os participantes inscritos poderão compartilhar suas pesquisas e reflexões sobre o tema do evento. Para isso, os organizadores disponibilizaram um campo específico no formulário de inscrição destinado ao envio de resumos dos trabalhos que . Os participantes terão a oportunidade de discutir como as identidades são moldadas por fatores socioculturais e como esses elementos influenciam as vivências e lutas da sociedade.
“Nosso objetivo é promover um espaço para a troca de saberes e experiências, onde a história possa ser vista como um campo dinâmico e em constante relação com o presente. Queremos destacar a importância do protagonismo social, especialmente em tempos em que as vozes marginalizadas buscam reconhecimento e dignidade”, ressalta o professor Fernando Bagiotto Botton, um dos organizadores do evento.
O evento é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e para a população em geral se envolverem com temáticas relevantes e atuais. Além disso, promove a integração entre os estudantes de História e a sociedade local, estimulando uma reflexão crítica e informada sobre a história do Brasil e do mundo.
O professor Fábio Nadson Bezerra Mascarenhas, docente do curso de Licenciatura Plena em História no campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, é o criador do projeto de extensão “Conversas no Jenipapo”, iniciativa que tem ganhado espaço ao ampliar o diálogo entre a Universidade Estadual do Piauí e a comunidade local. O projeto transforma uma rádio local em um veículo de comunicação acadêmica e cultural.
“Conversas no Jenipapo”, diálogo entre a UESPI e a comunidade local.
O professor Fábio Nadson explica que o principal objetivo do projeto é estreitar os laços entre o campus Heróis do Jenipapo e a sociedade campomaiorense, indo além dos muros da universidade. “A motivação parte da ideia de estabelecer um diálogo com a comunidade do nosso campus, mas, principalmente, com a comunidade externa, tentando alcançar a sociedade como um todo”, afirma. O “Conversas no Jenipapo” visa reforçar a função da universidade como espaço de conhecimento que deve ser acessível a todos.
O formato do projeto é simples, mas impactante: um programa de entrevistas transmitido pela rádio Cidade FM 87.9 de Campo Maior e pelas plataformas digitais. A cada sábado, das 13h às 14h, o professor Fábio Nadson e seus colaboradores conversam com pesquisadores e especialistas sobre temas históricos, sociais, culturais e religiosos, não só de Campo Maior, mas de um contexto mais amplo. “Observamos que tratar exclusivamente sobre aspectos de Campo Maior poderia gerar limitação, então ampliamos o escopo para uma conversa no Jenipapo, e não do Jenipapo”, explica o professor.
Professor Fábio Nadson durante o programa.
O projeto tem se mostrado uma importante ferramenta de aprendizado prático para os alunos da UESPI. Com o envolvimento de egressos e graduandos do curso de História, o “Conversas no Jenipapo” proporciona uma experiência colaborativa e formativa. “Não existe capacitação formal; vamos aprendendo na prática, acertando e errando, e os alunos ganham experiência ao lidar com a diversidade de opiniões e exercitando paciência, educação e empatia”, destaca o professor.
Além do professor Fábio Nadson, que atua como o entrevistador principal, o projeto conta com a participação de Girleudo Silva, egresso do curso e radialista, e do professor Caio Teixeira, também graduado em História pela UESPI, que colabora na condução das entrevistas. As alunas Jadilene, Julia e Fernanda, responsáveis pelas mídias sociais, são fundamentais na escolha dos entrevistados e na produção dos episódios.
“Conversas no Jenipapo”rádio é transmitido no Cidade FM 87.9 de Campo Maior e pelas plataformas digitais. A cada sábado, das 13h às 14h,
O sucesso do projeto na rádio motivou a expansão para as plataformas digitais. As entrevistas são transmitidas ao vivo pelo Instagram (@conversa_no_jenipapo) e pelo canal da rádio Cidade FM no YouTube (@fmcidadecampomaior), onde os episódios ficam disponíveis para quem quiser assistir posteriormente. “A ideia é criar um diálogo contínuo com a comunidade, e as redes sociais se tornaram ferramentas essenciais para isso”, comenta o professor.
O público pode interagir durante as transmissões ao vivo, enviando perguntas e comentários tanto pelo Instagram quanto pelo WhatsApp da rádio. A participação ativa dos ouvintes tem sido um dos fatores que mantém o projeto relevante e conectado às demandas da comunidade.
Sigam o projeto no instagram: @conversas_no_jenipapo
Embora já tenha expandido para novas mídias, o projeto “Conversas no Jenipapo” mantém suas portas abertas para novas possibilidades de expansão. O professor Fábio Nadson revela que o grupo está sempre aberto a explorar novos formatos e alcançar ainda mais pessoas, levando o debate acadêmico de forma acessível e direta para a sociedade.
Com um formato inovador e uma abordagem inclusiva, o “Conversas no Jenipapo” se consolida como um exemplo de como a universidade pode – e deve – dialogar com a sociedade ao seu redor, levando conhecimento, reflexão e cultura para além das salas de aula.
Comentários desativados em Semana de História celebra 30 anos do curso no Campus Poeta Torquato Netohistória, Semana de História
Por Raíza Leão
Nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2024, o curso de História do Campus Poeta Torquato Neto da Universidade Estadual do Piauí vai realizar a Semana de História. O evento, que vai acontecer no auditório do Palácio do Pirajá, celebra os 30 anos do curso e contará com uma programação variada, incluindo palestras e debates sobre temas atuais e relevantes para a comunidade acadêmica.
Semana de História
Organizada pelo Centro Acadêmico de História, a Semana de História destaca a importância dessa comemoração, homenageando o legado educacional do curso e proporcionando uma reflexão sobre os avanços e desafios do ensino de História ao longo das décadas. Durante três dias, o evento oferecerá atividades presenciais, como oficinas, mesas-redondas, minicursos e palestras, enriquecendo o debate acadêmico e promovendo o engajamento entre alunos e professores.
A abertura do evento será marcada pela presença de uma defensora pública, que discutirá questões de interesse social. Além disso, professores da UESPI e especialistas de outras universidades vão trazer diferentes perspectivas sobre temas relevantes, promovendo um diálogo enriquecedor e oportunidades de troca de conhecimentos.
A Semana de História foi cuidadosamente planejada para atender tanto a veteranos quanto a calouros, com o objetivo de promover a integração entre os alunos e estimular a reflexão sobre tópicos inovadores e pertinentes. É uma oportunidade única para os alunos ampliarem seu conhecimento histórico e cultural, interagirem com especialistas e explorarem novas abordagens do campo da História.
Geovana Moraes, Presidenta do Centro Acadêmico de História, convida toda a comunidade acadêmica, especialmente os alunos do curso de História do Campus Poeta Torquato Neto, a participar deste evento especial. “Este evento foi planejado com muito cuidado para integrar todos os estudantes e a comunidade em geral. Teremos palestrantes de diversas áreas e especialistas de diferentes instituições, com currículos impressionantes. Estamos trazendo temas relevantes e inéditos, fundamentais para todos, e esperamos que todos se juntem a nós”, afirma Geovana.
Com uma programação focada em temas inovadores e importantes, a Semana de História busca não apenas celebrar os 30 anos do curso, mas também fortalecer a conexão entre alunos, professores e a comunidade, proporcionando momentos significativos de aprendizado e diálogo.
Comentários desativados em Comunidade acadêmica de História promove Feira do Patrimônio “Therezina: passado e presente”Feira do Patrimônio, história
Por Clara Monte
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promove, no dia 4 de junho, a Feira do Patrimônio “Therezina: passado e presente”, que acontecerá no Espaço Marcello ATTA – CCSA. A inciativa é organizada pela professora Viviane Marini Pedrazzani, do curso de História, e pelos alunos da disciplina de Prática Pedagógica III, do campus Torquato Neto.
A Feira do Patrimônio é uma exposição que visa destacar o Patrimônio Cultural de Teresina, tanto material quanto imaterial. O foco será nas praças históricas da Bandeira, Saraiva e Pedro II, nas lendas locais, e no patrimônio gastronômico, como a cajuína e o prato típico maria isabel.
De acordo com a organizadora, Profª. Viviane Marini Pedrazzani, os alunos envolvidos na organização estarão expondo imagens, maquetes e alimentos típicos da região. As imagens incluirão tanto fotos antigas quanto atuais, algumas tiradas pelos próprios alunos e outras obtidas da internet. As maquetes representarão as praças e os edifícios históricos em seus arredores.
“Esse evento é destinado tanto à comunidade acadêmica da UESPI quanto ao público geral. Nós queremos promover um maior conhecimento e reconhecimento do Patrimônio Cultural de Teresina, destacando sua importância na memória e identidade da cidade. Além disso, a feira visa proporcionar aos licenciados em História a oportunidade de desenvolver e aplicar metodologias de educação patrimonial, que poderão ser utilizadas futuramente na educação básica”.
A exposição é livre e aberta ao público, não sendo necessário realizar inscrição prévia.
“Vamos contribuir para a construção de uma memória histórica mais completa e acessível do Piauí, utilizando as ferramentas digitais para promover a inovação no ensino de História”, explica o Professor Dr. Fernando Bagiotto, Coordenador do Projeto “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro”, que foi contemplado no Edital UESPI-TECH da Universidade Estadual do Piauí.
O UESPI-TECH é um edital para impulsionar a pesquisa e a inovação na Universidade. Ele contemplou 20 projetos, cada um recebendo um financiamento de 25 mil reais.
Com o objetivo de resgatar, preservar e disponibilizar documentos e memórias regionais, além de promover subsídios pedagógicos digitais para o ensino de História do Piauí, a iniciativa promete revolucionar a educação e a preservação da história local. “Este investimento representa um marco na busca por uma memória histórica mais abrangente e acessível, utilizando tecnologia para inovar no ensino. Este projeto não apenas beneficia a comunidade piauiense, mas também exemplifica o compromisso da universidade com o progresso e o desenvolvimento da região”, conclui o pesquisador.
Acervos históricos e materiais didáticos:
Os pesquisadores irão coletar, digitalizar e preservar acervos históricos por meio do Laboratório de Documentação, Digitalização e Pesquisa Histórica (LADIPH) do campus Professor Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba. O material digitalizado será disponibilizado no Repositório Digital da UESPI, que já conta com um amplo acervo de entrevistas, documentos, livros, revistas, jornais e registros históricos.
A partir desses materiais, a equipe de cientistas irá produzir subsídios pedagógicos digitais como jogos interativos, quizzes, podcasts, blogs, redes sociais e instrumentos avaliativos digitais.
“Esses materiais serão disponibilizados gratuitamente para professores e alunos de todo o estado, com o objetivo de dinamizar as aulas de história e tornar o aprendizado mais lúdico e interessante”, destaca o Dr. Fernando Bagiotto, coordenador.
Estrutura do Projeto e Impactos:
O ensaio conta com a participação de quatro doutores em História, que desempenham papéis fundamentais na pesquisa, coleta de fontes documentais, produção de materiais de apoio pedagógico e orientação de trabalhos acadêmicos relacionados ao tema. A presença desses doutores contribui para a qualidade e aprofundamento das atividades desenvolvidas no projeto.
Projeção 3D do laboratório. Imagens: Arquivo pessoal
O projeto “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” da UESPI pretende impactar principalmente no âmbito social, a história e a memória do Piauí e da Planície Litorânea. Além disso, busca qualificar, aprofundar e introduzir novas metodologias no ensino de História regional, ampliando a consciência social e comunitária. A proposta também visa fortalecer a comunicação entre a produção científica e acadêmica, as demandas das comunidades escolares e universitárias, e as empresas, criando um elo de comunicação.
Benefícios para a comunidade piauiense:
A pesquisa “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” tem potencial para beneficiar toda a comunidade piauiense, contribuindo para a preservação da memória e da história da região, e oferecendo novas ferramentas para o ensino de História nas escolas públicas e privadas.
“Acreditamos que estes estudos irão contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que reconhecem a importância da história local para a construção de um futuro melhor para o Piauí”, comenta o professor.
Relembre o Edital UESPI-TECH:
O Tesouro Estadual do Piauí liberou R$ 500 mil para os beneficiários do edital de financiamento de projetos de grupos de pesquisa denominado Uespi-Tech, cujo resultado foi anunciado no final do ano 2023.
Cada projeto selecionado recebeu a quantia de R$ 25 mil. Esta iniciativa contempla 20 grupos, abrangendo todos os campi da universidade. O principal propósito do Uespi-Tech é promover o empreendedorismo e a inovação em diversas áreas do conhecimento. Além de incentivar a pesquisa na universidade, essa ação irá contribuir para o progresso do estado.
Comentários desativados em Programa PIBID promove oficinas e minicursos para a comunidade acadêmicahistória, pibid
Por João Fernandes
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, do Curso de História, promove, entre os dias 04 e 09 de março, o I Webinário do PIBID. Essa iniciativa tem como objetivo integrar os bolsistas e os demais graduandos do curso com foco em apresentações de resultados dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos. O evento será totalmente online, com oferta de certificados de 4h a 30h de participação.
Para isso, durante os três dias de evento ocorrerá apresentações das atividades dos “pibidianos”, como são conhecidos os membros do Programa, além de outras atividades intercaladas entre: apresentações orais, oficinas e minicursos. Os interessados podem se inscrever por meio do Formulário Eletrônico. Quem optar por participar como ouvinte, receberá certificados de 30h, já quem acompanhar as palestras e minicursos receberá certificados de 4h.
De acordo com os organizadores essa iniciativa busca debater as formas como o processo de ensino-aprendizagem pode ser aperfeiçoado e, principalmente, as possibilidades de temas e metodologias que podem ser aplicadas na prática docente.
Além de palestras e oficinas, o Webnário do PIBID terá espaços para minicursos com diferentes temas, tais como, História Oral e Memória: Narrativas de Resistências; Construindo Pontes entre o Presente e o Passado: Fontes documentais do Século XIX; Intelectuais, Antirracismo e Movimento Negro no Século XX.
A programação do Webnário inclui também uma apresentação sobre Politica de Ações Afirmativas e os Programas de Assistência e Permanência Estudantil da UESPI.
Para o discente Antônio Francisco, membro da comissão organizadora do Webnário, o evento é de extrema relevância para a comunidade acadêmica, tendo em vista a diversidade de temas importantes que serão abordados. Segundo o discente, há uma grande expectativa dos pidianos para ver os trabalhos que foram executados nas escolas e seus resultados de PIBID. “O processo de ensino-aprendizagem só será efetivado quando este estiver em constante diálogo com a realidade daqueles que estamos dispostos a ensinar. Então, todo licenciando que desejar promover em sua prática verdadeiras significativas mudanças deveria participar de eventos como esse”, comenta o aluno.
Ele acrescenta que eventos como esse reforçam a necessidade de um olhar e compromisso firmes para o desenvolvimento de novas práticas e metodologias que atendam as questões urgentes da realidade brasileira.
A coordenadora do projeto, Cristiana Rocha, explica que o I Webinário será resultado de um esforço da coordenação e dos estudantes do PIBID que vêm desenvolvendo atividades desde novembro de 2022, em três escolas de Teresina. “Nosso objetivo é oportunizar um aprofundamento na formação teórico-metodológica dos participantes. Ademais, ele tem como alvo os pibidianos dos subprojetos de História, como também os graduandos de áreas afins e docentes do ensino básico, por isso, acreditamos que ele será uma excelente oportunidade para disseminar conhecimento e experiências em diversas áreas”, destaca a professora.
Comentários desativados em Confira mais sobre o X Congresso Regional de História da UESPI/Oeirascongresso, história, oeiras
Por Anny Santos
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Possidônio Queiroz, em Oeiras, realizará o X Congresso Regional de História da UESPI/Oeiras: Trajetórias Silenciadas, entre os dias 30 de janeiro e 02 de fevereiro de 2024. As inscrições já estão abertas e devem ser realizadas no site do evento.
Gabriela Berthou, professora organizadora do Congresso, juntamente com Débora Strieder Kreuz e outros docentes e discentes, destaca que a décima edição do evento tem desempenhado um papel importante na formação de futuros pesquisadores e professores de história. Além de participar da organização, os estudantes são estimulados a apresentarem os resultados das pesquisas, ações extensionistas e projetos de ensino que participam.
“É também um momento de diálogos com educadores, pesquisadores, ativistas da cidade e do Estado. Nesta edição, vamos refletir sobre trajetórias historicamente silenciadas, sejam pelos poderes políticos e econômicos instituídos ou pelo próprio campo historiográfico. Pretendemos criar estratégias para a construção de pesquisas e de práticas de ensino comprometidas com a diversidade e com o combate às desigualdades que marcam a sociedade brasileira”, destaca.
Segundo a professora, diversos espaços educacionais e de pesquisa permanecem invisibilizando agentes históricos fundamentais para a construção do Brasil. Além disso, muitos destes sujeitos continuam excluídos ou desproporcionalmente representados nos espaços de poder e de fala, inclusive nas Universidades, o que torna relevante a organização do Congresso com mesas redondas, conferências, minicursos e exposições que permitam refletir e elaborar estratégias de ação sobre os temas em questão.
Desde as décadas de 1960/70, estudos voltados para a história das mulheres, de gênero, do protagonismo das populações indígenas e negras em diferentes contextos já apontavam para a urgência do alargamento do campo historiográfico brasileiro. A temática central foi estabelecida a partir de um diálogo entre corpo docente e discente do curso de Licenciatura em História. A escolha expressa um esforço de formação de professores, pesquisadores e cidadãos comprometidos com a transformação da sociedade.
Para Débora Strieder Kreuz, a ideia é manter o Congresso como uma tradição do curso de história da USPI de Oeiras, já alcançando sua décima edição. “O tema escolhido para esse ano trata sobre as trajetórias silenciadas pela historiografia, pensando sujeitos que até pouco tempo estavam ausentes da produção historiográfica. Essa vai ser a discussão central do evento, que retorna com suas atividades de forma presencial”.
De acordo com João Pedro Viana, aluno do 5° bloco do curso de Licenciatura em História e um dos discentes organizadores, com o evento, pretende-se criar estratégias para a construção de pesquisas e de práticas de ensino comprometidas com a diversidade e com o combate das desigualdades que marcam a sociedade brasileira.
“Foram graças às trocas de conhecimentos proporcionados pelas palestras, minicursos e apresentações de trabalhos presentes no evento que me influenciaram a descobrir o meu interesse pela história da população afro-brasileira. Eu me encontrei no curso e grande parte por causa do evento, mais também pelos grandes profissionais que nos ensinam e nos inspiram”, finaliza.
Comentários desativados em “Histórias, Narrativas e Trajetórias Sociais” é o novo lançamento da editora da UESPIe-book, eduespi, história
Por Vitor Gaspar
“Histórias, Narrativas e Trajetórias Sociais” é a nova publicação da Editora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Organizada pelas professoras Lêda Rodrigues Vieira e Nilsângela Cardoso Lima, a coletânea reúne ao longo de doze capítulos um conjunto de pesquisas da área da História, Comunicação, Educação, Arquitetura, Políticas Públicas sobre distintos sujeitos sociais e contextos históricos.
Do período colonial à contemporaneidade, o e-book apresenta narrativas e memórias examinadas por pesquisadores e pesquisadoras envolvidos nas complexidades do patrimônio, política, saúde, ensino, jornalismo, mídia, sertão, entre outros temas. Cada autor, de maneira única, contribui com uma abordagem metodológica e um conjunto teórico que enriquecem a reflexão sobre o objeto de estudo proposto.
Nesse sentido, a coletânea foi dividida em duas partes, com estudos que refletem sobre representações do passado brasileiro e os seus impactos no tempo presente, abordando temáticas como:
– A exploração agrícola, no Piauí, na primeira metade do século XX;
– O resgate do patrimônio arquitetônico moderno em Teresina;
– A leitura de imagens do Brasil colonial nos livros didáticos;
– As histórias em quadrinhos como instrumento de comunicação;
– As representações da ditadura militar na produção literária brasileira;
– O protagonismo das mulheres potiguares no ensino da história local;
– O jornalismo digital em meio à epidemia de Covid-19 no Brasil;
– As marchas de protesto ocorridas em junho de 2013;
– As representações do sertão e do sertanejo na historiografia brasileira;
– Os impactos da modernidade e da modernização em uma comunidade rural do sertão do Piauí;
– A utilização do jornal para a construção do capital político na disputa pelo poder no Piauí, no período de 1910 a 1930, e a valoração (ou não) das vozes das classes populares no discurso jornalístico sobre a pobreza.
De acordo com a professora Lêda Rodrigues, docente do curso de História do Campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, os autores que compõem a coletânea foram selecionados por apresentarem em suas trajetórias acadêmicas contribuições relevantes aos estudos da história local e regional, bem como, acerca das preocupações que afetam consideravelmente a sociedade na contemporaneidade.
“Principalmente, devido a necessidade do fortalecimento do pensamento crítico em tempo de acesso desenfreado de informações provenientes de diferentes canais de comunicação que, muitas vezes, não apresentam o cuidado com as narrativas dos fatos”.
A docente faz parte do Grupo de pesquisa e estudos sobre patrimônio e memória vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Estudos em Cidade, Memória e Patrimônio (NUPECIMP) da UESPI, Campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira e, ao GT História, Cidades e Memória (ANPUH-PI).
A ideia surgiu da necessidade que as professoras organizadoras observaram durante a pandemia, de ampliar a divulgação do conhecimento produzido em algumas universidades do país para um público mais amplo. Elas buscam estreitar os laços acadêmicos como forma de fortalecer a construção do conhecimento em suas variadas perspectivas, bem como ampliar as relações entre diferentes áreas da Ciências Humanas e Sociais, tornando sua presença mais acessível e, ao mesmo tempo, resistindo ao negacionismo científico que o país vivenciou nos últimos anos.
Comentários desativados em Projeto promove “III Seminário Nacional de História Social dos Sertões: Territorialidades Indígenas e Quilombolas”extensão; floriano; curso, história, oeiras
Por Anny Santos
O “III Seminário Nacional de História Social dos Sertões: Territorialidades Indígenas e Quilombolas”, que ocorrerá entre os dias 02 e 06 de outubro, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, Campus de Floriano, e carrega o mesmo nome do projeto da UESPI que o origina, objetiva criar espaços para construção coletiva de conhecimentos acerca dos sertões em suas múltiplas temporalidades.
A proposta é estabelecer como foco das reflexões os protagonismos indígenas e quilombolas nestes territórios. A organização do evento acontece no âmbito do GT: Os Povos Indígenas na História, vinculado à Associação Nacional de História, seção Piauí (ANPUH/Piauí).
O grupo envolvido na organização é composto por docentes e discentes da Universidade Estadual do Piauí (Oeiras e Floriano), do Instituto Federal do Piauí (Floriano), da Universidade Federal do Piauí (Picos) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (São Raimundo Nonato).
Segundo Gabriela Berthou e Tatiana Gonçalves, professoras do curso de História, em Oeiras e Floriano, respectivamente, atuantes na idealização e organização do evento, destacam que, nesta edição, as palestras, mesas redondas, rodas de memória e simpósios temáticos abordarão temas relacionados à história e à educação indígena e quilombola, tendo em vista que as construções materiais e conceituais dos sertões no Brasil nunca puderam ser feitas e nem pensadas sem os povos indígenas e quilombolas.
“Contaremos com participação de lideranças indígenas e quilombolas e de pesquisadoras/es do Piauí, Maranhão, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A organização do III SEHIS envolve docentes e discentes vinculados ao GT: Povos Indígenas na História”, afirma Gabriela Berthou.
Nos últimos anos, pesquisadores do Piauí tem desenvolvido projetos de pesquisa e extensão de caráter científico-acadêmico voltados para a compreensão dos sertões. Ao considerar fundamental a inserção em redes de diálogos mais amplas, o grupo propôs sediar, em ação de continuidade com as edições anteriores, o III SEHIS.
Rebeca Freitas Lopes, aluna do sétimo período do curso de História, em Floriano, ressalta que a iniciativa buscar debater importantes temáticas que afetam diretamente (e indiretamente) à sociedade em geral, como questões relacionadas aos direitos territoriais, a luta pela terra, os conflitos agrários e a luta pelos direitos indígenas e direitos quilombolas. Tudo isso trazendo o Piauí para o centro dessas discussões.
“A escolha do evento ser em Floriano, por exemplo, e não em Teresina foi uma escolha estratégica. Por que não trabalhar os sertões no próprio sertão? As maiores contribuições desse evento serão as importantes discussões levantadas sobre a temática”, finaliza.
O Prof. Me. Gisvaldo Oliveira, também de Floriano, pontua que criar espaços para construção coletiva de conhecimentos acerca dos sertões em suas múltiplas temporalidades é de suma importância. “O evento conta com ampla participação de pesquisadoras e pesquisadores de diferentes partes do Brasil. É uma oportunidade de inserção em redes acadêmicas mais amplas”.
Comentários desativados em Curso de História promove o Ciclo de Debates: Educação Interdisciplinar e Direitos Humanoshistória, palestras
Por João Fernandes
O Curso de História, campus Ariston Dias Lima, em São Raimundo Nonato, promove mais uma edição do Ciclo de Debates: Educação Interdisciplinar e Direitos Humanos. O evento ocorre entre os dias 19 e 21 de junho, nas dependências do Campus, e buscará atender aos interessados da comunidade interna e externa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).
Na prática, a ação visa promover a interlocução de saberes e conhecimentos científicos produzidos por pesquisadores, graduandos de diferentes cursos e instituições de ensino, sobre as temáticas relacionadas à educação, interdisciplinaridade e Direitos Humanos.
O Ciclo de Debates contará com conferências, mesas redondas, rodas de conversa para apresentação de comunicações orais e minicursos com temáticas relacionadas a história do Piauí e de São Raimundo Nonato, ambos apresentados pelos discentes do Curso de História e por integrantes do Programa de Residência Pedagógica.
A Profa. Dra. Maria Vitória Barbosa Lima, uma das organizadoras do evento, afirma que as discussões são de suma importância, uma vez que o principal objetivo do evento é gerar um encontro dinâmico e envolvente capaz de gerar reflexões sobre determinados assuntos e debater sobre a criação de uma cultura de direitos, que nos afasta de movimentos que estimulem o ódio.
“O evento permite confraternizarmos saberes e isso nos dará a oportunidade de entendermos a função social do professor/pesquisador e a formação acadêmica, que qualifica e habilita esses profissional a exercer sua função”, acrescenta a professora.
Confira a programação
Participam convidados renomados em suas áreas para abrir o evento, como Karla Araújo de Andrade Leite (mestranda do PPGSC/UESPI e Defensora Pública) e Hildebrando Pires (Graduado em História – Cáritas Brasileira Regional), que discutirão a temática: Territorialidade e Direitos Humanos.
No dia 20, a Prof. Janilde de Melo Nascimento, Diretora do Campus de São Raimundo Nonato, e Marian Rodrigues (Instituto Olho d’Água/Centro de Memórias dos Povos da Serra da Capivara) discutirão Educação Ambiental e Educação Patrimonial, e, para finalizar, no dia 21, o Prof. Robson Carlos da Silva discutirá a temática Educação e Capoeira.
Inscrições
O evento é aberto ao público e podem participar os interessados nas temáticas do evento. Para participar é necessário se inscrever através do Formulário Eletrônico. No link, você também encontra a programação completa e outras informações sobre o evento.
Trazendo uma proposta inovadora, os alunos do curso de licenciatura Plena História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promoveram, na manhã desta quarta-feira (1), primeiro de fevereiro, uma feira cultural com o tema “Como você seria na idade média”, no campus Poeta Torquato Neto. Um evento que contempla potencialidades e metodologias numa verdadeira viagem na história.
Feira de História Medieval integra alunos e Docentes
O evento foi uma realização dos alunos do segundo bloco da disciplina Prática Pedagógica II. A ideia é aproximar os licenciados das potencialidades e costumes que são adotadas nos conteúdos de história medieval trazendo-os para o contexto da feira cultural.
Para o aluno João Gabriel, discente do quarto período de História e um dos visitantes dos espaços da feira, o evento é uma excelente oportunidade para desmistificar curiosidades e algumas impressões que criamos baseados em contos e filmes que retratam esse período.
“Os alunos conseguiram recriar uma excelente ambientação, que nos insere a contextos históricos desse período. É comum criarmos uma falsa impressão que a Idade Média é um período de trevas e tristeza. A iniciativa dos alunos nos prova que essa não é a realidade, nos transportando a um período rico culturalmente”, destaca o aluno.
Os participantes se dividiram em grupos, com cada um sendo responsável por fazer uma exposição sobre temas medievais.
De acordo com a aluna, Yasmim Nascimento, a ideia da feira é criar uma interação com o público, tirando dúvidas e também ajudando a desmistificar algumas ideias sobre a idade média. “O diferencial da nossa feira é conseguir reunir em um único espaço características próprias da era medieval, trouxemos roupas comidas e figuras para que essa troca de conhecimento seja ainda mais rica. Além disso, a feira consegue trazer um grande momento de interação e troca de conhecimento com alunos de outros cursos”, acrescenta a aluna.
Os alunos trabalharam os assuntos em cada grupo, fazendo um paralelo sobre os costumes, trajes, educação, saúde, economia, culinária, moradia, literatura e aspectos físicos, desde a época medieval até os dias atuais.
Feira de História Medieval integra alunos e Docentes
Segundo a professora da disciplina, Viviane Pedrazzane, a feira conseguiu proporcionar uma rica socialização com outros cursos, isso porque apresentamos a eles um tema que gera bastante curiosidades. nossa proposta é mostrar um cotidiano das pessoas que viviam naquela época tratando várias realidades a fim de desmistificar algumas fantasias criadas sobre a idade média.
‘A Universidade precisa ter movimentos como este, gerando mais conhecimentos e momentos de interação e assim conseguir disseminar ainda mais conhecimento” , destaca a professora.
Os alunos do curso de Licenciatura Plena em História promovem uma Feira Cultural com o tema “Como você seria na Idade Média?”, no dia 01 de fevereiro, a partir de 09h30, no campus Poeta Torquato Neto, em Teresina
A ação acontece nas salas 01 e 02 do setor 12 do campus. Esse é um projeto que está sendo desenvolvido na disciplina Prática Pedagógica II com o objetivo de desenvolver nos licenciandos as potencialidades e metodologias que serão aplicadas nos conteúdos de História Medieval no formato de Feira Cultural.
De acordo com a aluna Francisca dos Santos a turma foi dividida em grupos, com cada um sendo responsável por fazer uma exposição sobre temas medievais. Ela também aproveita para fazer um convite: “A comunidade em geral da UESPI é convidada a participar, conhecer os contextos do período medieval de acordo com as temáticas abordadas”, comenta a discente.
Vão ser trabalhadas diversas temáticas relacionadas a esse período histórico e também ajudando a desmitificar algumas ideias sobre a Idade Média. Segundo a professora da disciplina, Viviane Pedrazzane, acontece muito dentro do ensino passado a reprodução de conteúdos que esteriotipam a Idade Média.
“Trabalhamos também para desconstruir aquele imaginário de que esse era o período em que existiam dragões, de trevas e algumas outras coisas, como em muitas vezes os filmes e os livros fazem essa alusão. Então, aproveitando o espaço da Universidade, uma vez que esses alunos ainda são de blocos iniciais, é uma oportunidade para que eles possam adquirir essa experiência em sala de aula”.
O que foi a Idade Média?
A Idade Média é o nome do período da história localizado entre os anos 476 e 1453. A nomeação Idade Média é utilizada pelos historiadores dentro de uma periodização que engloba quatro idades: Antiga, Média, Moderna e Contemporânea. A Idade Média iniciou-se com a desagregação do Império Romano do Ocidente, no século V. Isso deu início a um processo de mescla da cultura latina, oriunda dos romanos, e da cultura germânica, oriunda dos povos que invadiram e instalaram-se nas terras que pertenciam a Roma, na Europa Ocidental.
Turmas do curso de licenciatura em História do segundo e quinto bloco da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) do campus de São Raimundo Nonato, fizeram uma visita no último domingo (22), ao Parque da Nacional da Serra da Capivara. O passeio foi referente a disciplina de Introdução à Arqueologia ministrada pela Profª Dr. Maria da Vitória.
Turmas do segundo e quinto bloco de História no Parque Nacional da Serra da Capivara.
O objetivo foi compreender as diferentes formas de expressão dos antigos povos que viveram na região, identificar as diferentes tradições da arte rupestre existentes na área que forma o Parque Nacional Serra da Capivara e os estilos dessas tradições, sobretudo o estilo Serra da Capivara, entre outros.
Segundo Vitoria Macedo, discente do quinto bloco, explica que a disciplina permitiu que muitos dos alunos que ainda não conhecia o Parque tivessem o privilégio de finalmente ir até lá. Ela pontua que mesmo como estudante de História, sua percepção sobre a Arqueologia era limitada e através do passeio conseguiu amplificar seus conhecimentos.
“Uma das minhas paixões é estudar sobre a História Antiga, e poder fazer isso no nosso território é enorme privilégio. Ao entrar no Parque da Serra da Capivara é quase como passar por uma espécie de portal para outro mundo, outra dimensão. Desde os primeiros povoamentos, São Raimundo Nonato é um lugar cheio de histórias incríveis. Os primeiros habitantes que aqui estiveram deixaram suas marcas, seus registros e suas histórias. Histórias essas que nós contamos a partir daquilo que restou e daquilo que é possível perceber através dos nossos olhos contemporâneos, mas que já muito falam da origem da humanidade. O Parque possui um extremo valor arqueológico, histórico e cultural”.
A Profª Dr. Maria da Vitória, destaca que ao alinhar teoria e prática torna mais fácil o ensino-aprendizagem.” A junção de teoria e prática permite aos alunos compreenderem o processo de construção do conhecimento arqueológico e as abordagens interdisciplinares que utiliza”.
O guia passando as informações para as turmas.
Para a discente Betanha de Castro, do quinto bloco, a ideia de ir ao campo compreender os espaços além da sala de aula e trazer o que aprende para se colocar em prática, é muito importante e enriquecedor ao aprendizado.
“Foi uma experiência muito boa dado ao fato que temos essa possibilidade de ter uma interdisciplinaridade, como por exemplo nesse caso a arqueologia, o quê considero muito importante. Pois abrangem nossas possibilidades de pesquisa sobretudo sobre a região de São Raimundo Nonato que é muito rica nesse quesito e permite abrangermos vários temas diferentes, e neste caso, o parque serra da capivara compõe um núcleo imenso de informações sobre a formação da humanidade no continente americano, além de ser um cenário deslumbrante para se apreciar e aprender”.
Confira mais fotos do passeio:
Os condutores credenciados no Parque: Denilson Castro (graduando em História) e Arlete Ribeiro (geógrafa). Ambos fazem/fizeram seus cursos na Uespi.
Alex Alcântara, aluno de História, bloco 5. Mestre capoeira, “estilo” beija-flor.
Alunos do curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, realizaram na última terça-feira (21) a “Feira do Patrimônio Cultural” na Escola Municipal Dep. Antônio Gayoso, localizada na zona norte de Teresina.
A ação é fruto de um projeto idealizado pela professora Viviane Pedrazani, por meio da disciplina de Prática Pedagógica 8, com o intuito de difundir a educação patrimonial e vislumbrar uma valorização do patrimônio cultural de Teresina. Os discentes organizaram salas com encenação das lendas do Cabeça de Cuia e da Num se Pode. Além de salas sobre o patrimônio arquitetônico, alimentação e costumes.
De acordo com a professora Viviane Pedrazani, todos os alunos da disciplina participaram ativamente, sendo divididos em dois grupos, onde cada grupo possuía sob supervisão na escola três turmas do Ensino Fundamental. No total foram trabalhadas seis turmas para a Feira. “Os beneficiados são nossos alunos da universidade, alunos e funcionários da Escola e a comunidade pelo desdobramento da ação que realizamos. O Patrimônio Cultural de Teresina fica melhor conhecido. Assim, ampliamos as possibilidades de preservação”, destaca a docente.
Nádia Aguiar, discente e uma das organizadoras, afirma que foram apresentadas duas lendas teresinenses, Num Se Pode e a lenda do Cabeça de Cuia, encenadas e narradas por alunos do 6° ano. Os alunos do 7° ano ficaram a cargo de apresentar a arquitetura patrimonial de Teresina, como as igrejas e praças que narram a história da nossa cidade, além disso expuseram um varal de fotos antigas mostrando o antes e o depois das nossas praças, palácios, teatro, museus e afins.
Já os alunos do 9° ano apresentaram a culinária da nossa cidade como Patrimônio material/imaterial, nossa Cajuína e todo o seu processo de feitura até a comercialização, assim como o prato típico da região a Maria Isabel.
“A minha experiência enquanto acadêmica foi primorosa e de muito conhecimento agregado, pois acredito que a Educação Patrimonial seja uma temática de suma relevância para a educação básica das nossas crianças. Acredito que nossos alunos precisam partilhar dessa experiência unindo a academia e a escola, a Universidade precisa chegar nesses espaços e levar essas informações até as crianças, fiquei extremamente feliz porque o conhecimento que estamos produzindo na UESPI está atravessando os muros da universidade e atingindo quem realmente nos interessa, os alunos da rede pública de ensino. Eles amaram a Feira, fizeram com muito amor e dedicação e nos discentes também, foi uma experiência única e incrível, estamos felizes com a culminância do projeto”, finaliza Nádia.
Para Pablo Passos, também um dos discentes organizadores, a experiência o fez perceber de perto a interação que os alunos da escola tiveram com o projeto e a dedicação para realizá-lo. Ele afirma acreditar fortemente que os alunos se tornarão bons cidadãos que cuidarão do patrimônio cultural. “Como professor deles eu estou orgulhoso. Como aluno da UESPI me preparei para entrar em sala de aula e quando isso aconteceu utilizei os conhecimentos que aprendi na Universidade e apliquei. Conseguindo assim realizar um ótimo trabalho. Com esse projeto pude adquirir mais experiência e me tornar mais apto a assumir a profissão que eu amo e respeito”.
O curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Prof. Possidônio Queiroz em Oeiras, promove o IX Congresso Regional De História UESPI/Oeiras com temática “Autoritarismo Político e Sociedade: História e Historiografia Indígena e Afro-brasileira” entre os dias 25 e 28 de janeiro.
De acordo com o Prof. Reginaldo Sousa Chaves, um dos organizadores, a iniciativa surgiu do corpo docente e discente do curso de História que buscam manter uma bem-sucedida ação de nove anos de realização de debates públicos sobre temas relevantes sobre o cenário histórico piauiense e brasileiro.
“Eu e a Profa. Valderlany Mendes Dantas coordenamos com organização composta por estudantes e professores do Colegiado do Curso de História da UESPI/Oeiras-PI. Toda a comunidade interna e externa interessada em discutir autoritarismo e a história afro-brasileira e dos povos originários. Esperamos contar especialmente com participação acadêmicos e profissionais da educação de Oeiras-PI e do Território do Vale do Canindé”.
Abordando o tema Autoritarismo Político e Sociedade: História e Historiografia Indígena e Afro-brasileira o evento se propõe a proporcionar a construção de um debate público sobre as diversas formas de manifestação históricas de autoritarismos (presentes e passados) e a representatividade afro-brasileira e dos povos originários no campo sociopolítico piauiense e brasileiro.
“No ano de 2013 foi realizado no Campus o primeiro de uma série de eventos acadêmicos na área de História e Ciências Humanas. Essa partilha de saberes foi o início de uma série regular de discussões anuais. A edição de 2023, intitulada Autoritarismo Político e Sociedade: História e Historiografia Indígena e Afro-brasileira, permitirá trocas e circulação de conhecimento científico. As conferências, mesas redondas, minicursos, simpósios temáticos visam proporcionar debates de amplo interesse com objetivo de fortalecer a educação básica e superior do Estado do Piauí”, finaliza o professor.
Para Francisco Jackson da Silva, aluno do 8° período do curso de Licenciatura Plena em História e um dos organizadores, participar do Congresso tem sido uma experiência enriquecedora, sobretudo porque será uma temática ampla e extremamente importante no universo acadêmico e fora dele. Segundo Francisco, trabalhar com a História e a historiografia indígena e afro-brasileira em eventos universitários e abertos a comunidade é de grande importância para compartilhar conhecimentos científicos e lutas sociais importantes com toda a comunidade.
“A minha experiência, enquanto discente colaborador, é a de criar as artes de divulgação e ajudar nas mídias sociais, o que é crucial para atrair o maior número de público para o nosso evento, enquanto universitário participar e organizar eventos desse tipo colabora grandemente com a nossa formação intelectual e abre novos horizontes para a interpretação e o entendimento dessas temáticas”.
O mês de novembro é lembrado como mês da Consciência Negra, diante disso, o Curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Dr. Josefina Demes em Floriano promove na próxima terça feira (22/11) o 7° Encontro da Consciência Negra. O evento acontece em função do Dia Nacional da Consciência Negra, criado em 9 de janeiro de 2003, através da lei 10.639 e comemorado no dia 20 de novembro.
O 7° Encontro da consciência Negra contará com a apresentação de projetos de leitura sobre o Livro Torto Arado, de Itamar Vieira Jr, além do lançamento do Livro A Escola do Estabelecimento Rural de São Pedro de Alcântara, escrito pelo jornalista e pedagogo, Jalinson Rodrigues de Sousa.
Segundo Robson Pereira, professor do curso de História e um dos organizadores do evento, a ideia é apresentar para a comunidade acadêmica os resultados de pesquisas relacionadas a comunidade negra, além dos resultados de projetos leituras feitas por alunos e docentes. “Neste ano vamos trazer novas perspectivas históricas sobre a comunidade negra, trazendo ralações entre os livros literários e artigos científicos vistos em sala, além disso, faremos provocações de leituras sobre estes temas”, destacou o professor.
O evento é gratuito acontece presencialmente no auditório do campus, a partir das 19h. A ação engloba uma série de atividades promovidas pela Secretaria de Cultura de Floriano em parceria com instituições de ensino da cidade.
O curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Parnaíba, realiza o evento de extensão “Roda de discussão sobre teoria e ensino de história não-eurocêntrica”, a partir desta quinta-feira (10/11). O evento busca novas formas de pensar o ensino de história a partir do conhecimento e contribuições de povos indígenas.
Os encontros são quinzenais, em salas virtuais e ocorrem nas quintas a partir de 19h. O intuito é realizar leituras e discussões voltados para o diálogo interdisciplinar entre antropologia e história no sentido de refletir uma Teoria de História a partir de contribuições de pensamentos de indígenas americanos.
Para Fernando Botton, professor e coordenador do curso de História, a ideia é que os participantes leiam os textos previamente definidos e que haja diálogos sobre eles, de igual para igual, buscando encontrar novas perspectivas de maneira coletiva.
“A partir das rodas de discussão, a proposta é refletir sobre teorias da história baseadas nos conhecimentos dos povos ameríndios e, assim, privilegiar o conhecimento dos povos originários do Brasil e criar uma nova concepção de história sem interferências de pressupostos europeus”, contou o professor.
Confira a lista de leituras:
Tim Ingold – Sobre levar os outros a sério; Similaridade e Diferença In. Antropologia: Pra que serve?
Philippe Descola – Outras naturezas, outras culturas.
Linda Tuhiwai Smith – Imperialismo, história, escrita e teoria. In: Descolonizando Metodologias
Kaka Werá Jecupé – Ayvu Rapita – Os fundamentos do Ser. In: Tupã Tenodé
Eduardo Viveiros de Castro – Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. In. A Inconstância da Alma Selvagem.
Daniel Munduruku – Contos indígenas brasileiros
Davi Kopenawa e Bruce Albert – Desenhos de Escrita; O primeiro xamã. In. A queda do céu.
Patrícia Perez Morales. Espaço-tempo e ancestralidade na educação ameríndia
As inscrições estão abertas e disponíveis através de uma página do Google formulários.
O grupo de Pesquisa em História, Cultura e Gênero, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), realiza o I Seminário Nacional de Gênero e Direitos Humanos com o tema “Os fundamentos, as perspectivas e as experiências contemporâneas”.
O evento ocorrerá nos dias 25 de novembro e 05,06 e 07 de dezembro na modalidade virtual, com transmissão pelo Canal generouespi no Youtube.
A ação tem uma programação variada de atividades que contemplam 40h , com realização de conferências, mesas-redondas (com transmissão pelo Canal Gênero UESPI no Youtube), simpósios temáticos (via Google Meet). O objetivo é debater as potencialidades de diálogos entre Gênero e Direitos Humanos.
A professora Ângela Maria Macedo de Oliveira, uma das organizadoras do evento, convida a todos para participarem e destaca que a finalidade será oportunizar aos participantes reflexões críticas e atualizadas relativas as potencialidades de diálogos entre Gênero e Direitos Humanos, seja no cotidiano como nas pesquisas acadêmicas, como o reconhecimento e a viabilização dos direitos mais básicos, como o direito a vida, o direito a dignidade humana e o direito a uma vida sem violência.
“Associar os Estudos de Gênero com a discussão sobre Diretos Humanos permite não só debater as desigualdades sociais, a violência doméstica e familiar, o feminicidio, as masculinidades, dentro outros temas que serão debatidos durante o evento, mas também refletir sobre lutas por reconhecimento, avanços e desafios legislativos. Os direitos humanos são fundamentais na luta contra todas as formas de violências de gênero. O I Seminário Nacional de Gênero e Direitos Humanos estará integrado ao calendário de campanha mundial dos 16 dias de ativismos pelo fim da violência contra as mulheres”.
Nos quatro dias do evento participarão das palestras e das mesas-redondas renomados profissionais de diversas áreas do conhecimento: História, Direito, Sociologia, Jornalismo, Pedagogia, Letras e Serviço Social.
Inscrições
As inscrições para ouvintes e para as comunicações orais são gratuitas.
O Curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Campo Maior promove, de 07 a 11 de novembro, o “I Seminário de Ensino de História Local”. O evento acontece em parceria com a Academia de História dos Municípios Originários de Campo Maior (AHMOCAMP).
A abertura do evento aconteceu presencialmente no auditório do campus e contou com a presença de alunos e docentes. Ao longo da semana, as apresentações devem refletir sobre experiências de Ensino de História Local por meio da implementação ou adoção de conteúdos em livros didáticos de educação básica do município.
O objetivo é inspirar projetos e iniciativas educacionais em Campo Maior, sobretudo contribuir para a implementação da Lei Municipal, que desde 1990, estipula através do artigo 123°, que História, Geografia e Meio-Ambiente seja obrigatório nas escolas. Segundo o Professor Edmundo Ximenes Rodrigues Neto, professor do curso de História e um dos organizadores do evento, os encontros visam fornecer subsídios para a formação de educadores de História local em todo o território dos carnaubais, bem como o conhecimento sobre a importância no desenvolvimento e implementação curricular a partir das reflexões sobre como a história está sendo ensinada em algumas cidades do Piauí, Maranhão e Ceará.
“Este evento visa divulgar e refletir sobre as experiências no domínio da teoria-prática aproveitando o que funciona bem, estimulando ideias e novas perspectivas sobre o ensino de História, na Cidade de Campo Maior, além disso trata de experiências de implementação de recursos em livros didáticos da educação municipal”, declarou o professor.
O primeiro dia de evento contou com a palestra do Dr. Felipe Augusto da UESPI de Parnaíba e do programa de Mestrado Profissional em Ensino de História, na ocasião, o professor fez reflexões sobre o ensino de História local e produção de materiais didáticos.
A programação do I Seminário de Ensino continua ao longo desta semana e segue até o dia 11 de novembro. Confira a programação: PROGRAMAÇÃO OFICIAL A.pdf – Google Drive
Lara Kelly Ribeiro da Silva, egressa do curso de Licenciatura Plena em Química na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), vai participar do “Lindau Nobel Laureate Meetings”, conferência científica anual realizada em Lindau, Baviera, na Alemanha, encontro que reúne jovens cientistas para promover o intercâmbio científico entre diferentes gerações, culturas e disciplinas.
Ela se formou em 2016 e fez o Mestrado em Química Inorgânica pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) em 2019. Atualmente é aluna de doutorado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), fazendo parte do grupo de Cerâmica do Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica (LIEC), vinculado ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) com cotutela pela Universidad de Jaume I na Espanha.
Lara Ribeiro representando o Brasil no encontro internacional na Alemanha
Durante o seu período enquanto estudante da UESPI, ela destaca histórias, curiosidades, os professores nos quais teve o maior contato, agradecendo sempre todo o processo educacional adquirido e afirmando a Universidade Estadual do Piauí como o seu berço e a base do seu conhecimento atingido até hoje. A Assessoria de Comunicação da UESPI realizou uma entrevista com a egressa para conhecer um pouco da sua trajetória. Confira abaixo:
Ascom: Como e quando você ingressou na UESPI?
Eu ingressei justamente no último ano de prova específica da UESPI em 2012, fiz a prova no ano anterior e fui aprovada para o curso de Licenciatura Plena em Química.
Ascom: O curso de Química sempre foi algo que almejou desde o Ensino Médio?
Sim. O meu interesse por Química começou por volta da 8º série, que atualmente corresponde ao 9° ano. Eu lembro de ver aquele efeito do arco-íris, das gotículas de água ficarem de colorações diferentes., lembro de ver as gotículas de água refletirem e eu achava aquilo muito incrível e queria saber o porquê que acontecia aquilo, sabendo que tinha algo muito mais atomístico por trás, então o meu interesse persistiu no Ensino Médio, também tive bons professores na minha escola que tinha um laboratório pequeno que tive acesso na época, então tudo isso foi aguçando o meu interesse pela Química e a vontade de cursar no Ensino Superior.
Ascom: Como foi a recepção inicial na UESPI e os primeiros contatos com o curso?
A minha recepção inicial foi bem positiva. Tenho muitas lembranças boas, posso inclusive falar que a UESPI foi minha casa, pois foram quatro anos em que passei e consegui deixar a minha marca na Universidade e ela também deixou a marca em mim. Lembro que no início tive uma aula inicial com os professores já falando sobre oportunidades, isso já me abriu muito pra visualizar que ali não era brincadeira, não era mais o Ensino Médio. E então eu fui conhecendo mais pessoas na época do quarto período, que já haviam vivenciado bastante coisa e me falavam de todas as oportunidades, quem eram os melhores professores e eu como uma pessoa visionária, fui atrás desses professores que sempre foram muito solícitos quanto aos alunos que estavam chegando e para explicar mesmo esse novo mundo, então eu me sinto muito agradecida por ter sido na UESPI esse meu primeiro com o meu mundo profissional.
A egressa conversando com um amigo nos corredores da UESPI
Ascom: Quais professores você gostaria de destacar durante o curso?
Eu gostaria de destacar os meus antigos orientadores Geraldo Eduardo da Luz Júnior e Láecio Santos Calvacante. Esses dois foram a minha base na pesquisa, primeiro que o Geraldo me abriu as portas para o laboratório, tendo o meu primeiro contato com a pesquisa, além do professor Laécio que meu deu a primeira percepção das pesquisas em São Paulo me possibilitando pensar em fazer um doutorado fora. Posso destacar ainda mais outros professores que me ajudaram como a professora Maria das Graças Ciríaco, Benilde Moraes que sempre acreditaram no meu potencial e na minha carreira, e o professor Nouga Batista que é da minha cidade natal de Monsenhor Gil e químico, sendo uma referência no município e na minha área de atuação.
O seu primeiro local de pesquisa: Laboratório GERATEC da UESPI
Ascom: Como foi o seu primeiro contato com a pesquisa e o desenvolvimento de projetos? Fez PIBIC, PIBIT ou PIBEU?
Iniciei no PIBIC em 2012, já no meu primeiro semestre em uma oportunidade oferecida pelo professor Geraldo, eu lembro que ele estava a procura de um aluno que estivesse com vontade de ingressar na pesquisa e eu mesmo sem saber como que seria o processo para entrar nesses editais, mesmo sem saber se era preciso ter experiência eu fui atrás do professor e me coloquei a disposição, o meu primeiro projeto foi na área de catálise e depois passei a trabalhar com materiais semicondutores que trabalho até hoje. No total foram quatro anos de PIBIC, entrei nesse mundo sem saber de absolutamente nada, então eu falo que a UESPI foi minha mãe de pesquisa, tudo o que sei, o meu porte de pesquisadora, o meu amor por esse segmento veio da UESPI com todos os profissionais muito qualificados.
Ascom: Em qual ou quais as áreas de pesquisa você já gostou de atuar?
A Química é dividida em quatro grandes áreas: Analítica, Psicoquímica, Inorgânica e Orgânica. Eu atuo principalmente na área de Inorgânica que é a minha especialização até hoje e um pouco também em Psicoquímica. Essas duas são as que eu tenho mais facilidade de atuação, claro me aventuro também nas outras áreas, porém as que eu mais gosto são realmente essas.
Interação com os colegas pesquisadores no laboratório GERATEC
Ascom: Após a conclusão do curso, você seguiu para o mestrado? Onde foi?
Primeiramente eu terminei o curso em agosto de 2016 e já entrei em um concurso para professor seletivo do estado onde atuei até o fim do ano e em seguida, segui para a minha atuação no mestrado na Universidade Federal do Piauí (UPFI), pois tive a chance de seguir atuando com o professor Geraldo conseguindo atuar dentro da UESPI, o que foi algo planejado e bem pensado por mim previamente.
Ascom: Como surgiu a oportunidade de fazer o doutorado?
Eu faço meu doutorado hoje na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com cotutela pela Universidad de Jaume I na Espanha. Eu conheci esse laboratório onde trabalho hoje por intermédio do professor Laécio Santos que também fez seu doutorado e pós neste laboratório, ele conhecia exatamente todos os professores e tudo mais, contando para nós do grande centro tecnológico que era. Em um belo dia, ele levou o chefe desse centro lá no Geratec na UESPI para nos conhecer e batermos um papo, tendo assim o meu primeiro contato com o professor que hoje é o chefe do nosso centro de departamento. Naquela época eu era apenas aluna de Iniciação Científica, não sabia muito ainda o que fazer, então ouvi vários conselhos do Professor Elson Longo e aquilo ficou no meu coração, aquela vontade de futuramente fazer uma pós graduação com ele, que é uma pessoa com uma visão muito linda da ciência, muito visionária. Depois que terminei o meu mestrado, eu enviei um e-mail para esse senhor, mas infelizmente todas as bolsas já estavam preenchidas, porém ele me encaminhou para a professora Ieda Viana, minha atual orientadora de doutorado.
Pesquisando no laboratório de ZEbrafish na UFSCar
Ascom: Como surgiu a oportunidade de estudar fora do país?
Na Universidade Federal de São Carlos comecei a atuar no CDMF (Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais) e na UFSCar como também, bem como outras universidades, existe um acordo jurídico entre partes aonde garante que o seu aluno possa estudar em outro país. Eu comecei a pesquisar as universidades, os centros de pesquisa fora do Brasil e descobri que o meu tem forte colaboração com a Universidad de Jaume I na Espanha, lá nós temos o professor Ruan Andrez que me recebeu muito bem, além de todo o departamento de química.
Seu novo ambiente de pesquisa: Laboratório da Universidad de Jaume I na Espanha
Ascom: Destaca como é esse projeto entre os melhores cientistas do mundo em que você foi indicada.
Existem algumas iniciativas de alguns governos fora do Brasil que visam enaltecer os pesquisadores mostrando que eles têm reconhecimento e uma delas é o Encontro de Lindau, um evento que acontece anualmente abarcando diferentes áreas reunindo pesquisadores, alunos e pessoas que estão interessadas naquele assunto. Terão pesquisas sobre economia, tem obra de física, química e etc, colocando você diante de grandes pensadores. No ano passado, nós recebemos um edital por parte universidade no qual falava sobre esse Lindau e suas perspectivas, destacando que seriam selecionadas no mundo 600 pessoas seguindo alguns critérios de seleções como a juventude, ou seja, um encontro voltado para os jovens pesquisadores. Eu entrei, pois ninguém da Universidade sabia como se inscrevia, então eu como sempre visionária, desde o início desde da Iniciação Científica me colocando à disposição das pessoas pra trabalhar fui lá e perguntei como que participa desse evento. Assim, me explicaram como funcionava os vários processos seletivos, e assim entrei junto com meu colega de laboratório. Fui aprovada muito porque eu trabalhei em diversas etapas com diversas parcerias, com várias pessoas, inclusive do Piauí, pois hoje eu faço pesquisa com a galera do Piauí que são meus colaboradores assim, professor Geraldo, professor Laécio e os alunos dele hoje são também meus colaboradores tornando meu currículo ainda mais interdisciplinar.
Lara (canto inferior direito da imagem) ao lado de pesquisadoras e do astrofísico estadunidense Brian P. Schmidt (ao centro)
Interação junto ao físico e químico estadunidense William Esco Moerner
Ascom: Gostaria que destacasse ao final, a importância que a Universidade Estadual do Piauí tem para a sua vida e como ela contribuiu para onde você chegou até hoje.
Eu sou muito grata a Universidade Estadual do Piauí, porque foi o meu berço e o local que me mostrou que as oportunidades aparecem, dá a oportunidade de lhe transformar em um grande pesquisador, um bom professor, já que eu também sou docente, eu aprendi a educar na UESPI. Eu digo que só consegui tudo isso que conquistei até hoje graças a Universidade Estadual do Piauí que foi um divisor de águas na minha vida.
O minicurso “TUCÍDIDES PARA TODOS: A ‘FORTUNA DE PILOS’ E AS RELEITURAS DE SUA HISTÓRIA NO SÉCULO XXI”, promovido pelo curso de licenciatura plena em História do campus de São Raimundo Nonato, encerra nesta quarta-feira (17).
O curso é ministrado pela Prof. Dra. Maria Elizabeth Bueno de Godoy, sob coordenação do Prof. Dr. Gustavo de Andrade Durão e da Profª Emanuela de Morais da Universidade do Estado do Piauí (UESPI). As atividades estão acontecendo de forma hibrida, no campus prof. Ariston Dias Lima e via Google Meet, desde o dia 15 de agosto.
A proposta em formato de minicurso traz a obra de Tucídides como marco referencial às considerações sobre os (des)caminhos dos estudos históricos e historiográficos na atualidade, em que será trabalhado o mito, tragédia, historiografia antiga e relação da história com arqueologia.
Com isso, apresenta uma breve jornada a escrita histórica tucidideana em suas polissemias, dissonante nos ecos que dão ricos sentidos aos silenciamentos de seu relato, possibilitando na leitura ‘árvore de muitos galhos’ uma surpreendente relevância ao século atual, no que reitere a valia da própria História e possibilite algum sentido de dignidade política, cívica e humana.
O Prof.Dr. Gustavo Durão salienta que é uma das primeiras vezes que é ofertado um minicurso sobre História Antiga em uma perspectiva interdisciplinar no Campus de São Raimundo Nonato. “Esse curso é de extrema importância porque vai reabilitar os debates de História Antiga colocando em relevo a Historiografia, os mitos e as Histórias em uma perspectiva multidisciplinar”.
Destaca ainda que a professora convidada Maria Elizabeth Godoy trouxe a obra Tucídides para mostrar suas ligações com a Arqueologia, Antropologia, Filosofia e Letras reabilitando a História dos antigos.
Vitoria Macedo, discente do 4º período de História , uma das monitoras do evento, resume o curso como uma inovação. Ela ressalta que as discussões sobre a história feita por Tucídides em relação a batalha na região de Pilos na Grécia clássica entre Atenas e Esparta, trouxeram uma conexão com a atualidade, quando se trata de estratégias (virtudes) dos exércitos, bem como a fortuna (sorte) que transitou entre os dois.
“A professora nos trouxe muitas reflexões sobre essa virtude e fortuna, que acaba por se refletir nas sociedades, principalmente em períodos de guerras, que se expressam na virada de jogo nesses ambientes políticos”.
A aluna do 6° período também do curso História, Glenda Mesquita, e monitora também do evento, ressalta que está sendo uma ótima oportunidade de aprofundar conhecimento em História Antiga , uma disciplina ofertada já no primeiro período do curso.
“O minicurso está sendo incrível! Conhecer Tucídides e todo esse mundo grego antigo possibilita uma reflexão sobre os dias atuais, seja no campo filosófico, na política, na História, enfim, proporciona a reflexão sobre nós mesmos. Sem dúvidas, uma experiência inesquecível”.
O Wesley César é estudante do do 8° período e monitor do minicurso , evidencia que a importância do evento é a visão de mundo que traz consigo, não apenas no meio acadêmico, mas para a vida em si. Para ele, um dos primeiros pontos a salientar em relação ao evento, é sua importância tanto para indivíduos mergulhado no campo historiográfico, quanto para outras áreas em geral, uma vez que, traz consigo um paradigma essencial para a metodologia de investigação academia: a História (e o trabalho do historiador) não em seu caráter fabuloso, em seu adorno narrativo, mas sim priorizando a corrente dos fatos.
“Essa concepção impõe credibilidade ao trabalho de um investigador social e o impede, de certo modo, cometer anacronismo ou mesmo distorcer certos acontecimentos em detrimento de concepções e ideologia próprias”.
O evento possui carga horária de 10 horas/aula.
Confira a programação de encerramento e fotos do evento:
“A Fortuna de Pilos: um eco dissonante no silêncio tucidideano do século XXI.”
Encontro do dia 17/08/2022, das 08:30h às 11:30
O Livro IV e a provocativa dissonância trágica na escrita da História. Se
“natureza humana”, como não a ser plena em toda sua tragicidade? O humano
que não se desprende daquele que vê (ópsis), ouve (akoé), registra (graphós),
sofre (páthos), age (érga), combate (ágon). O homem da pólis, polítes, político;
antigo, contemporâneo, sempiterno. O legado clássico no limbo. Tucídides para todos.
Prof.Dra Maria Elizabeth Godoy ministrando o minicurso
Maria Clara Lima e Letícia Vasconcelos, egressas do curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, em Teresina, publicam artigo “El origen de la extrema derecha y sus consecuencias en el contexto brasileño actual” em revista internacional, no México, chamada Horizonte Histórico.
Maria Clara e Letícia Vasconcelos destacam o trabalho como resultado de um ensaio iniciado na disciplina de História Contemporânea II e, ao obterem nota máxima, decidiram transforma-lo em um artigo com o intuito de publicarem em revistas ou congressos.
Letícia Vasconcelos e Maria Clara Lima
O artigo “El origen de la extrema derecha y sus consecuencias en el contexto brasileño actual” aborda a origem da extrema direita e suas consequências no contexto atual do Brasil, tendo em vista o momento político.
Letícia Vasconcelos relembra que ingressou na UESPI em 2017, juntamente com sua colega de pesquisa, e que tiveram professores que sempre as estimulavam para a pesquisa acadêmica. “A pesquisa científica é de extrema importância para todos os alunos da graduação, principalmente para quem almeja uma pós-graduação e quer crescer na academia. A área da História é bastante ampla e interdisciplinar, o que faz ser bem mais prazeroso, além de ser possível abordar diversos assuntos do passado e do mundo contemporâneo”, pontua Letícia.
Para Maria Clara Lima a pesquisa é importante por abordar aspectos que ligam o passado ao presente nesse cenário político. Segundo ela, o tema clareia características e particularidades da sociedade em que vivemos.
“A pesquisa, para mim, além de significar o exercício da minha profissão, também me traz o sentimento de compreensão sobre o meu país, meu Estado e cidade. Entender como éramos, porque somos e como estamos. Apesar de exaustiva, a pesquisa nos ensina a desvendar, investigar e descobrir informações, fatos ou até instigar mais perguntas e problemas. A UESPI abriu portas para a realização de pesquisas científicas através dos professores e seus incentivos, eventos e simpósios também realizados por eles”, finaliza.
Horizonte Histórico é uma revista semestral que é publicada duas vezes por ano, com início no ano de 2009, sendo um espaço no qual estudantes de diversas instituições de ensino superior podem publicar seus trabalhos acadêmicos, relacionados à história.
Novidade! Agora o campus da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), professor Alexandre Alves de Oliveira, localizado em Parnaíba, integra a Rede Nacional do Programa de Mestrado Profissional em História (PROFHISTÓRIA).
A aula inaugural do PROFHISTÓRIA em Parnaíba aconteceu na última sexta-feira (01) e contou com a presença do reitor da UESPI, Evandro Alberto, do diretor do campus, Eyder Rios, do coordenador do PROFHISTÓRIA, Felipe Ribeiro, além de professores e alunos da UESPI.
Aula inaugural do PROFHISTÓRIA
De acordo com o reitor da UESPI, professor Evandro Alberto, o PROFHISTÓRIA é o primeiro Mestrado a ser ofertado fora da capital Teresina.
“Nós queremos externar os nossos agradecimentos a todos os professores e ingressantes que fazem parte do Programa e desejar muito sucesso com o Mestrado. Essa é mais uma ação da UESPI para ampliar a qualidade da formação no nosso Estado”, ressalta o reitor.
Segundo o diretor do campus de Parnaíba, Eyder Rios, a intenção de trazer o Programa para o campus surgiu após conversas com o corpo docente de História.
“Quando o PROFHISTÓRIA finalmente foi aprovado e aceito nós tivemos uma surpresa maravilhosa na época das inscrições, sendo o curso de Parnaíba com o segundo maior número de inscritos em todo país. Para todos nós é um grande orgulho e desejamos boas-vindas sucesso para todos”, destaca.
O coordenador do PROFHISTÓRIA da UESPI, professor Felipe Ribeiro, destacou o perfil dos alunos que fazem parte do Programa. “São professores e professoras que conhecem a educação básica e hoje estão no Mestrado Profissional de História refletindo, discutindo e propondo ações e intervenções para transformação da escola”, aponta.
Público presente na aula inaugural
Programa Nacional
O ProfHistória é um programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC), oferecimento em Rede Nacional.
Liderado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Programa tem como objetivo proporcionar formação continuada aos docentes de História da Educação Básica, com o objetivo de dar qualificação certificada para o exercício da profissão, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino.
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), através do curso de graduação em História de Parnaíba e o Mestrado Profissional no Ensino de História (PROFHISTÓRIA), promove a palestra Prática de Ensino de História a Partir de um Quadrinho-jogo. A palestra acontece nessa sexta (18), às 18h30, de forma online e gratuita, transmitida via YouTube no canal do Núcleo de Pesquisa Cidade, Memória e Patrimônio (NUPECIMP).
A palestra será ministrada pelo produtor do quadrinho-jogo Grifos, professor Mateus Buffone, com o intuito de abordar o uso de materiais paradidáticos, como o próprio material produzido por ele, no ensino de História Antiga. A palestra tem como função principal a formação pedagógica, portanto o público alvo são professores e estudantes de licenciatura, especialmente da área de história e humanidades. Porém, como o jogo é de caráter lúdico, a palestra pode ser interessante para qualquer pessoa da comunidade acadêmica.
A iniciativa surgiu de uma constante demanda dos alunos do curso de graduação em História, que é uma licenciatura, bem como dos mestrandos-professores do PROFHISTÓRIA, que desejavam utilizar materiais e técnicas didáticas novas e desafiadoras. O emprego de novas metodologias no ensino de história poderá contribuir para que novas estratégias pedagógicas sejam praticadas pelos futuros professores, contribuindo também com sua formação profissional.
“Como conhecíamos a excelente qualidade dos projetos da Fundação Cultural de Curitiba, que financia e disponibiliza materiais gratuitos por meio de seus editais de fomento, encontramos o projeto Grifos de autoria do professor Matheus Buffone, que se propunha a produzir um quadrinho-jogo para o ensino de História Antiga. Entramos em contato e ele se disponibilizou a contribuir com nossa instituição com uma palestra. Com isso fizemos uma parceria com ele e a Fundação Cultural de Curitiba para distribuir gratuitamente o quadrinho-jogo Grifos. Serão sorteadas 20 edições do material para aquelas pessoas que estarão participando da palestra”, pontua o professor de História da UESPI, Fernando Botton.
O professor Fernando Botton também destaca a importância da palestra para que ideias didáticas e inovadoras sejam inspiradas pelos atuais e futuros professores. “Também valerá a pena pela divulgação desse projeto incrível realizado pelo professor Matheus. Contribuindo tanto para a comunidade acadêmica enquanto formação, quanto para a comunidade escolar enquanto a possibilidade de emprego de novos materiais didáticos instigantes, pedagógicos e, principalmente, divertidos”, finaliza.