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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Curso de Direito realiza Seminário de Psicologia Jurídica, Psicanálise e Neurociência

Por Filipe Benson

Aprofundando o debate interdisciplinar entre Direito, Psicologia e Neurociência, o Curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Clóvis Moura, promoveu entre os dias 5 e 7 de junho o “Seminário de Psicologia Jurídica, Psicanálise e Neurociência, realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reunindo estudantes, professores e profissionais de diversas áreas.

O evento foi organizado pelo professor Jardel de Carvalho, coordenador do grupo de pesquisa “Teoria Crítica, Teorias da Justiça e Direitos Humanos”, e nasceu da proposta de expandir os debates da disciplina de Psicologia Jurídica para além da sala de aula, por meio de uma ação de extensão. “A ideia era criar um espaço de diálogo com outros profissionais, aprofundando temas atuais e relevantes da Psicologia Jurídica, incluímos discussões sobre os novos desenvolvimentos da Neurociência, a questão da memória e outras contribuições importantes que a Psicanálise pode oferecer para o campo do Direito”, explicou o docente.

Durante o seminário, especialistas abordaram tópicos como o funcionamento da mente humana em contextos jurídicos, os desafios éticos e técnicos do uso de evidências neurocientíficas nos tribunais, e as interfaces entre inconsciente, subjetividade e responsabilidade legal. O papel da memória como elemento-chave em processos judiciais, e suas fragilidades, também foi tema central.

Alunos e palestrantes reunidos na sede da OAB

O professor Lucas Dannilo, docente adjunto de Psicodiagnóstico do curso de Psicologia da UESPI, contribuiu para o evento com uma instigante reflexão sobre a avaliação e o diagnóstico da psicopatia no contexto forense. Em sua exposição, abordou as principais teorias que fundamentam o entendimento clínico desse transtorno, especialmente em situações que envolvem decisões judiciais.  “Eventos como esse contribuem para ampliar o conhecimento e para a formação de futuros profissionais da área, considerando principalmente o destaque que têm para a prática interdisciplinar e a compreensão psicológica do funcionamento da mente humana e dos principais processos comportamentais que influenciariam decisões de magistrados e outros operadores do direito”, sua fala reforçou a importância de integrar o saber psicológico às práticas jurídicas, promovendo uma leitura mais sensível e técnica dos sujeitos envolvidos em processos legais.

Professor Jardel de Carvalho e Professor Lucas Dannilo

A estudante Alícia Maria Rodrigues Torres Cunha, do 6º bloco do curso de Bacharelado em Direito destacou a importância do seminário ao aproximar os estudantes da dimensão humana do exercício jurídico. “Como estudante de Direito, vou trabalhar muito com pessoas, só que durante a nossa graduação, querendo ou não, a gente se afasta um pouco delas, porque fica muito na teoria. A prática não tem tanto essa conexão, sabe? Isso pode influenciar bastante, porque a gente vai, em determinadas situações, defender alguém que está num estado psicológico bem frágil, que não vai conseguir lidar com determinadas situações, e aí cabe a nós mediar isso”,relatou a discente.

 

UESPI lança Auxílio-Creche para fortalecer permanência de estudantes com filhos

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) lançou o Edital nº 50/2025 para o programa Auxílio-Creche, visando oferecer suporte financeiro a estudantes com filhos, auxiliando nos custos com os cuidados enquanto se dedicam às atividades acadêmicas.

O auxílio consiste em uma bolsa mensal de R$ 300,00, com duração de até dois anos. O objetivo principal é apoiar estudantes que possuam filhos de até 5 anos, 11 meses e 29 dias. Contudo, o programa também contempla casos de filhos com deficiência comprovada, estendendo o benefício para crianças de até 11 anos, 11 meses e 29 dias. É importante notar que o benefício é concedido para apenas um(a) filho(a) por estudante. O valor recebido deve ser utilizado exclusivamente para despesas relacionadas aos cuidados da criança. O auxílio-creche pode ser acumulado com outras bolsas e auxílios oferecidos pela UESPI.

Podem se inscrever estudantes matriculados em cursos presenciais de graduação ou tecnológicos da UESPI. É indispensável estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total de até três salários mínimos. Além disso, o estudante deve estar inscrito no Cadastro Único (CADÚNICO) 10, ter a guarda legal do(a) filho(a) e residir com ele(a)

Serão concedidos um total de 100 auxílios, distribuídos entre 12 campi da UESPI. Os campi com maior número de vagas são: Teresina (Poeta Torquato Neto): 43 vagas; Teresina (Clóvis Moura): 10 vagas; Parnaíba: 10 vagas; Floriano e Picos: 7 vagas cada. Os demais campi terão entre 2 e 4 vagas disponíveis

O processo seletivo ocorrerá em quatro etapas: inscrição online via SIGAA, com o envio da documentação necessária; análise socioeconômica; entrevista social, caso seja considerada necessária; e classificação final por menor renda per capita.

Em caso de empate ou para desempate, serão considerados os seguintes critérios de prioridade: discentes mães solo; discentes com deficiência; discentes com filhos com deficiência; discentes que ingressaram por ações afirmativas; e maior idade.

Os documentos que podem ser solicitados incluem: RG, CPF e comprovante de matrícula; certidão de nascimento da criança; comprovantes de renda e de inscrição no CADÚNICO; e declaração de guarda e/ou residência com o(a) filho(a)17. Documentação do cuidador também pode ser solicitada, se houver. A UESPI reserva o direito de solicitar novos documentos a qualquer momento.

Auxílio-Creche da UESPI: Suporte Essencial para Mães e Pais Universitários no Piauí

O Auxílio-Creche da UESPI vai além do suporte financeiro, buscando proporcionar tranquilidade e segurança para que essas mães possam focar em seus estudos. “É uma comunidade que precisa de acolhimento, mãe solo, principalmente que tem vulnerabilidade social, que está dentro da política do CadÚnico. Então nós precisamos, de fato, trazer uma segurança para essas mães, para essas pessoas que tanto precisam desse apoio”, pontuou o Professor Evandro.

Para o Reitor da UESPI, Professor DR Evandro Alberto, este programa é um testemunho do esforço conjunto entre diferentes esferas do governo. “Por isso, reunindo aqui, numa grande ação, o Governo do Estado e o Pacto pela Criança e a Universidade Estadual do Piauí, é mais um benefício que leva a marca do governador Rafael Fonteles, que leva a marca do pacto pela criança nesse belíssimo importante trabalho realizado pela primeira-dama do estado do Piauí, a doutora Isabel Fonteles, e a Universidade Estadual do Piauí, que vai beneficiar as mães que encontram-se dentro desta modalidade de auxílio”, declarou, enaltecendo a colaboração institucional.

A visão da universidade é clara: “Essa é a missão da universidade, acolher e acolher bem essas mães”, concluiu o Professor Evandro. Além do auxílio-creche, o Reitor mencionou outra iniciativa crucial para o desenvolvimento infantil. “Mais do que isso, eu quero também trazer aqui a informação de que a pedido da primeira-dama, doutora Isabel Fonteles, nós fizemos um curso de brinquedistas para melhorar a qualidade do brincar na infância, com a política de primeira infância, qualificamos ali 7…” A UESPI, em parceria com o Governo do Estado, reafirma seu papel social e educacional, buscando impactar positivamente a vida de seus estudantes e, por extensão, de toda a comunidade piauiense.

Auxílio-Creche da UESPI: Suporte Essencial para Mães e Pais Universitários no Piauí

A coordenadora do Pacto pelas Crianças do Piauí, Isabel Fonteles, também destacou o caráter transformador do programa. “Olha, esse programa do Auxílio Creche, que é uma bolsa no valor de 300 reais mensais para pais e mães solo que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômica, é uma política importantíssima para a manutenção dessas mães e desses pais aqui nos estudos, aqui dentro da universidade”, afirmou.

A parceria entre a UESPI e o Pacto pelas Crianças do Piauí é um exemplo de como a colaboração entre instituições pode gerar políticas públicas eficazes e de longo alcance. “Eu queria aproveitar essa oportunidade para agradecer essa parceria tão importante da Universidade Estadual do Piauí, com o Pacto pelas Crianças do Piauí, no compromisso, no apoio à política pública prioritária que é a política de primeira infância aqui no Estado”, disse Isabel Fonteles. Ela enfatizou o alinhamento do auxílio com as diretrizes da política de primeira infância, que reconhece a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento humano. “Então eu acredito que será uma política pública revolucionária que vai mudar a realidade socioeconômica do nosso Estado”, concluiu, expressando a expectativa de que o Auxílio-Creche da UESPI sirva como um modelo para outras iniciativas no combate à pobreza e na promoção da educação.

Auxílio-Creche da UESPI: Suporte Essencial para Mães e Pais Universitários no Piauí

A Pró-Reitora de Extensão e Ações Estudantis e Comunitárias (PREX), Professora Dra. Ivoneide Alencar, também expressou sua satisfação com o programa, descrevendo-o como um marco para a instituição. “Primeiro é dizer da nossa alegria, da nossa satisfação, de dizer que de fato isso é um marco divisor de águas na universidade, é a universidade sendo sensível, é a universidade sendo inclusiva”, declarou a Professora Ivoneide, enfatizando o caráter transformador da iniciativa. 

Ela destacou a dedicação incansável da equipe da PREX no estudo minucioso que antecedeu o lançamento do edital, um processo fundamental para garantir que o programa atendesse às reais necessidades dos estudantes. “Nós entendemos, a Pró-Reitoria de Extensão e Ações Estudantis e Comunitária, ela tem essa premissa de cuidar, de zelar, mas, acima de tudo, de ser sensível, e nós compreendemos isso, nós fizemos um estudo minucioso, que era aqui agradecer a todo o time da Prex, em nome da DAEC, da professora Aline Deolindo, da Silvane, toda a equipe que nós temos de assistentes sociais, os estagiários, todos eles compreenderam e colaboraram para que nós estivéssemos hoje realizando isso.

O Auxílio-Creche representa um avanço para a UESPI e para o estado do Piauí, ao reconhecer e responder às necessidades de um grupo de estudantes que historicamente enfrenta grandes desafios para conciliar a vida acadêmica com as responsabilidades parentais. Ao proporcionar um suporte financeiro direto para os cuidados com os filhos, o programa não apenas alivia a carga econômica de mães e pais em vulnerabilidade, mas também promove a equidade e a inclusão no ambiente universitário. É um investimento no futuro desses estudantes e de suas famílias, fortalecendo o acesso e a permanência no ensino superior. Fique atento às datas importantes: Inscrições: 16 de junho a 01 de julho de 2025; Análise socioeconômica: 03 de julho a 22 de julho de 2025; Entrevistas (se necessário): 28 e 29 de julho de 2025; Resultado final: 08 de agosto de 2025; Assinatura do Termo de Compromisso: 11 a 22 de agosto de 2025; Reunião de acolhimento online: 26 de agosto de 2025. Para mais informações e para realizar a inscrição, os estudantes devem acessar o sistema SIGAA da UESPI.

SEI_GOV-PI – 018601637 – Edital

Curso de Educação Física promove competição de atletismo entre os alunos do segundo bloco

Por Jésila Fontinele 

Curso de Educação Física da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Torquato Neto, realizou hoje (10) de junho, por meio da disciplina de práticas pedagógicas sob a coordenação do professor Galba Coelho, a competição de atletismo entre as turmas 1 e 2 do segundo bloco.
A competição tinha como objetivo encerrar a disciplina com a integração entre as duas turmas, além da culminância para a confraternização.

Bloco 2 de Educação Física

A realização da competição de atletismo entre as turmas do segundo bloco do curso de Educação Física representa uma etapa fundamental no processo de formação dos futuros profissionais. Além de possibilitar a aplicação prática dos conteúdos teóricos aprendidos durante a disciplina, a atividade promove a integração entre os estudantes, fortalecendo o espírito de cooperação.

Coordenador Galba Coelho

O coordenador Galba Coelho responsável por ministrar a disciplina ressaltou sobre os jogos cooperativos trabalhados durantes as aulas. “Para que eles possam executar os exercícios que eles futuramente vão ensinar para os alunos, então eles vão ver no vídeo, ver no slide, a gente tem a explicação do professor, tem as microaulas, e agora eles vão realmente disputar entre eles, como uma forma de congregar as duas coisas”,  concluiu o professor sobre a integração entre as duas turmas.

A estudante e líder de sala Fabrícia, falou sobre a experiência e a interação das turmas, já que a turma do  segundo bloco são dividas em duas salas, assim atividades como essa, além de educativas, também promovem integração entre eles. “Uma competição, mas no âmbito saudável, e é uma experiência muito legal reunir as turmas, com dinamismo, um clima bacana,” disse Fabrícia. O estudante Matheus Bacelar completou frisando sobre a experiência enriquecedora proporcionada pela confraternização. “Aprendemos na teoria e agora estamos executando na prática, por meio de uma competição amistosa e, ao mesmo tempo, competitiva”, pontuou.

 

 

 

Coral da UESPI integra apresentação da Missa de Alcaçuz em celebração à música nordestina

Por Roger Cunha 

Unindo a força da música erudita com os ritmos e sonoridades populares do Nordeste, o Coral da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participa da emocionante apresentação da Missa de Alcaçuz, obra do renomado compositor potiguar Danilo Guanais.

O espetáculo reúne também o Coral da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Madrigal Vox Populi, sob a regência do maestro Vladimir Silva e a direção artística de Cássio Martins e Pedro Furtado (UESPI). A apresentação acontece no dia 11 de junho de 2025, às 19h, no SESC Cajuína, em Teresina, prometendo ser um marco na cena cultural piauiense.

Celebração da Música Nordestina e Erudita em Teresina

A ideia de unir diferentes corais na produção de grandes obras musicais, integrando músicos de diversas instituições e movimentando o cenário erudito da cidade, é um pilar fundamental deste projeto. Essa iniciativa nasceu de uma conversa entre Pedro Furtado, diretor artístico da UESPI, e Vladimir Silva. “A ideia é unir forças colaborativas através da união entre esses corais, na produção de grandes obras musicais, integrando músicos de diferentes instituições e movimentando o cenário erudito da cidade”, explica Furtado.

No ano passado, Furtado, Silva e Cássio Martins já haviam colaborado na realização do Requiem de Gabriel Fauré, seguindo a mesma visão de trabalho conjunto. Este ano, o projeto ganha uma dimensão ainda maior com a presença do próprio compositor da Missa de Alcaçuz, Danilo Guanais, que está ministrando uma oficina de Composição no Instituto Federal de Educação Tecnológica do Piauí (IFPI). Ao seu lado, o maestro Vladimir Silva conduz a oficina de Regência Coral, aberta a alunos do IFPI e à comunidade em geral, reforçando o compromisso com a formação e a disseminação do conhecimento musical.

A Missa de Alcaçuz é uma obra contemporânea que tece uma ponte magistral entre a estrutura tradicional da missa católica e os vibrantes elementos rítmicos e melódicos da cultura popular do Nordeste. A proposta do espetáculo é valorizar a identidade cultural da região por meio da música, promovendo uma experiência artística rica, sensível e acessível.

Para Pedro Furtado, essa obra possui um encanto particular: “Eu já havia cantado a obra com o Coro de Câmara de Campina Grande, Paraíba, na cidade de Natal, RN, e fiquei encantado. Sempre quis realizá-la em Teresina”. Ele destaca o que torna a Missa de Alcaçuz tão singular: “A mistura entre o erudito (através de influências de Mozart, Bach, Vivaldi e outros) e o popular, em uma miscelânea de criatividade composicional e influências, é um diferencial com relação a essa obra. Elementos musicais, como ritmos e instrumentos nordestinos – a exemplo do triângulo, zabumba – são inseridos em uma peça cantada em latim, fortalecendo nosso caráter identitário e de pertencimento.” Essa fusão cria uma experiência sonora que transcende fronteiras, celebrando a riqueza cultural do Brasil.

A participação do Coral da UESPI neste projeto representa um momento crucial para a universidade e, em especial, para a formação artística de seus integrantes. O envolvimento com uma obra dessa dimensão proporciona um aprendizado técnico aprofundado, uma vivência coletiva enriquecedora e o contato com repertórios diversificados.

O maestro ressalta a importância desse processo para os cantores da UESPI: “Para os cantores da UESPI, esse processo é importante para seu crescimento vocal, artístico e ganho de experiência. Através da vivência com novos maestros e músicos, naturalmente, as exigências e demandas serão outras, contribuindo para agariarem uma série de novos conhecimentos musicais e sociais.” Ele também aponta o nível de exigência técnica da Missa de Alcaçuz, que é “mais complexo que o exigido pelo Requiem de Fauré, realizado no ano passado, demonstrando que o processo é sempre focado em superar barreiras e concluir um objetivo”. Essa abordagem não apenas aprimora a técnica musical, mas também incute uma noção de responsabilidade que se estende ao social, promovendo o trabalho coletivo, a superação, a atenção e a autoestima.

A montagem foi construída de forma colaborativa entre os grupos envolvidos, com semanas intensas de ensaios e preparação conjunta. Contudo, preparar uma obra com três corais diferentes apresentou seus desafios. “Foi o primeiro grande desafio, pois cada coral tem uma sonoridade e níveis técnicos diferentes, e torná-la mais homogênea foi de primeiro, o grande desafio”, revela Furtado. Além disso, a transmissão das melodias para cantores que não leem partitura e a exigência estético-vocal também foram superadas com dedicação e empenho.

A presença de solistas, orquestra instrumental e a união de diferentes vozes prometem uma apresentação potente, com forte carga simbólica e emocional. O espetáculo destaca não apenas o talento dos músicos, mas também a capacidade das instituições públicas de ensino em fomentar e produzir cultura de qualidade, acessível a todos.

Pedro Furtado conclui com uma visão apaixonada sobre o impacto no público: “Assistir a um espetáculo dessa magnitude levará o público a um estado de pertencimento, de identificação cultural e fascínio pela beleza das melodias, harmonias e ritmos.” Será uma noite memorável, onde a música transcende o palco e se conecta diretamente com a alma da cultura nordestina.

Alunos de Jornalismo da UESPI ministram oficina sobre fake news na UNATI

Por: Ryan Nunes

Discentes do quarto período de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí transformaram a teoria em prática ao ministrar uma aula de educação midiática para integrantes da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI).

Folheto entregue para os discentes.

A atividade realizada como parte da disciplina de Crítica da Mídia, focou em ensinar idosos a identificar fake news e refletir criticamente sobre o consumo de informações. A oficina foi um encontro de curta duração que buscou ensinar os idosos a identificar os perigos da desinformação. Com dinâmicas interativas, jogos e exemplos práticos, a aula promoveu uma reflexão sobre o fim da ingenuidade no consumo de conteúdo digital.

Alunos do quarto período e discentes da UNATI.

 

Segundo Filipe Benson, um dos discentes que ministrou a aula, o trabalho com o público da terceira idade foi particularmente interessante, por se tratar de um grupo que, por vezes, se encontra mais distante da realidade digital e necessita de auxílio para navegar em seus processos. “O que a gente aprendeu foi que muitas pessoas da terceira idade elas não estão inseridas ainda dentro do processo no mundo digital. Muitas deles ali falaram que nem usavam redes sociais, ou que não gostavam, ou que tinham só baixado o aplicativo, mas não tinham muito interesse de mexer. E falaram que muitas vezes isso é porque não tem ninguém pra ensinar a mexer, não tem ninguém ensinando a discernir o que é falso, o que é real nas redes sociais. Então você vê que existe um grupo da população ainda que está a par disso. É algo muito interessante que a gente não conhecia ainda, a gente não sabia dessa realidade”, destacou o discente.

 

Discentes da UNATI.

A aula foi bem recebida pelos participantes da UNATI. A discente Rosileide Rios destacou que o principal aprendizado para o grupo foi o de desenvolver a percepção para diferenciar uma notícia verdadeira de uma falsa. “Olha, para nós, que já somos pessoas idosas e temos um pouco de dificuldade com a tecnologia, essa aula foi muito importante. Hoje em dia, a vida acontece muito pelo celular, e isso às vezes nos confunde e nos deixa inseguros. A gente recebe uma mensagem, um vídeo, e fica naquela dúvida: Será que isso é verdade?. Ficamos com receio de acreditar em uma mentira, mas também de ignorar um aviso que seja sério. Essa aula foi muito importante, pois os alunos nos mostraram, com calma e com exemplos bem interativos, o que a gente precisa observar para não cairmos em fake news diariamente”, afirmou a discente.

Programa “Piauí Viva +” promove saúde integral e autocuidado para servidores do Estado

Por: Raíza Leão

Servidores públicos estaduais do Piauí passarão a contar com uma nova política de cuidado com a saúde física e emocional. Trata-se do “Programa Piauí Viva +”, uma iniciativa que une a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e o Centro Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público (Ciaspi), com apoio da Secretaria de Administração (Sead).

A ação terá início nas Secretarias da Justiça (Sejus) e da Segurança Pública (SSP), priorizando públicos com alta carga emocional, e será expandida gradualmente para outros órgãos estaduais.

De acordo com o professor da UESPI, Prof. Vinícius Oliveira, coordenador da proposta, a ação é um desdobramento do projeto “Se Cuida”, voltado originalmente à saúde mental de servidores do Tribunal de Justiça. “Esse projeto nasce da experiência do “Se Cuida”, que já desenvolvíamos com rodas de conversa, relaxamento muscular, práticas integrativas e atendimento psicológico. Começamos presencialmente e depois criamos um ambiente virtual com prontuário eletrônico e suporte de estudantes capacitados”, relata.

Samuel Nascimento, Secretário de Administração do Estado do Piauí e o Professor da UESPI Vinícius Oliveira.

Agora, o “Piauí Viva +” amplia seu escopo para uma atenção mais abrangente. “Avançamos para a saúde integral. A ideia é acompanhar aspectos como sono, respiração, atividades físicas e humor em tempo real, com auxílio de aplicativo e chatbot desenvolvidos pelo nosso grupo de pesquisa”, afirma. Para o professor, o uso da tecnologia permite que o programa alcance servidores de todo o estado. “Sabemos que os serviços de saúde historicamente se concentram nas capitais. Com essa ferramenta, conseguimos romper essa barreira e oferecer cuidado personalizado onde quer que o trabalhador esteja”, pontua.

Entre os recursos inovadores está um termômetro emocional, que envia semanalmente perguntas simples aos participantes. “Com essas respostas, criamos uma linha do tempo que permite identificar sinais de sofrimento psíquico antes que se agravem. Mesmo que a pessoa não peça ajuda diretamente, conseguimos intervir”, explica. A escolha das secretarias da Justiça e da Segurança Pública como público inicial se deve ao alto nível de estresse enfrentado por esses profissionais. “São áreas com grande carga emocional. Lidar diariamente com violência, pressão e situações-limite impacta diretamente a saúde mental. E, no fim do dia, esses profissionais são pessoas que voltam para suas famílias. Precisamos protegê-los também nesse aspecto”, defende.

O programa contará com cerca de 50 bolsistas da UESPI, entre alunos de Medicina, Enfermagem, Psicologia, Fisioterapia e Educação Física. Todos serão capacitados para atuar em plantões psicológicos e atendimentos breves. “Esses estudantes vão prestar suporte tanto para demandas espontâneas quanto a partir das informações que coletamos por meio do sistema digital”, esclarece o docente.

Para o professor Vinícius Oliveira, o “Programa Piauí Viva +” representa um novo modelo de cuidado. “Mais do que tratar quem já adoeceu, buscamos prevenir, promover qualidade de vida e garantir que o trabalhador esteja bem para servir com excelência. Cuidar do funcionalismo é cuidar do futuro do nosso estado”, finaliza.

UESPI lança revista científica NEXOSFERA com proposta multidisciplinar e foco em inovação acadêmica e social

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) celebra, neste mês de junho, o lançamento oficial da Revista NEXOSFERA, um novo periódico científico de caráter multidisciplinar que nasce com a proposta de integrar diferentes áreas do conhecimento em torno de temas emergentes e relevantes para a sociedade contemporânea. 

O evento de lançamento acontece no dia 11 de junho, às 8h30, no Palácio Pirajá no campus Torquato Neto, em Teresina, com a presença de autoridades acadêmicas, professores, estudantes e convidados de instituições parceiras.

Idealizada em 2025, a NEXOSFERA é fruto de uma articulação entre docentes da UESPI e colaboradores externos que reconhecem a necessidade de um espaço de diálogo científico frente à crescente complexidade dos problemas globais. O professor Dr. Daniel César, um dos coordenadores da iniciativa, explica o contexto de criação e os propósitos do projeto. “A globalização e a crescente complexidade dos problemas contemporâneos tornaram evidente a necessidade de um espaço de diálogo entre diferentes campos do saber. Em 2025, idealizamos a NEXOSFERA para responder a esse desafio, criando um periódico multidisciplinar que articule pesquisas de humanidades, ciências exatas, biológicas, da saúde e áreas profissionais. Nosso principal objetivo é promover a disseminação de trabalhos originais que integrem perspectivas distintas, acelerando o acesso à informação e fomentando inovações acadêmicas e sociais”.

A proposta editorial da revista abrange uma ampla gama de áreas do conhecimento, entre elas Geografia, História, Pedagogia, Educação Física, Enfermagem, Ciências da Computação, Biologia, Direito, Contabilidade e Administração. A intenção é acolher estudos que dialoguem com diferentes campos e que tragam contribuições relevantes para a sociedade, o meio ambiente e a economia. De acordo com o professor Daniel César, a NEXOSFERA tem como público-alvo pesquisadores, docentes, estudantes de graduação e pós-graduação da UESPI e de outras instituições, além de profissionais que atuam com aplicação de resultados científicos em diversos setores da sociedade.

O processo de elaboração da revista envolveu docentes de diversos cursos da UESPI, bem como professores parceiros da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto Federal do Piauí (IFPI), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Essa diversidade de instituições representadas no Comitê Editorial e na equipe de pareceristas garantiu um escopo abrangente e uma perspectiva colaborativa desde os primeiros passos do projeto.

“Iniciamos com reuniões de professores dos cursos da UESPI e docentes parceiros de outras instituições para definir escopo e fluxos editoriais. Tanto o Comitê Editorial quanto a equipe de pareceristas incluíram representantes das principais unidades acadêmicas da UESPI, além de representantes da UFPI, IFPI, UNICAMP e UFMG, garantindo uma visão ampla e colaborativa”, destaca o professor.

A Revista NEXOSFERA também representa uma oportunidade estratégica para ampliar a visibilidade dos trabalhos desenvolvidos na UESPI, especialmente pelos discentes dos cursos de graduação e pós-graduação. “Não só para os alunos da Geografia, mas para toda a comunidade acadêmica, a revista oferece um canal de visibilidade aos trabalhos produzidos, estimula colaborações internas e externas e reforça o compromisso da universidade com a produção de conhecimento relevante ao Piauí e ao Brasil”, afirma o professor Daniel César.

O periódico será disponibilizado inicialmente em formato digital e de acesso aberto, com o objetivo de democratizar o conteúdo e garantir ampla distribuição.

O lançamento da NEXOSFERA ocorrerá na manhã do dia 11 de junho, com início às 08h30, e contará com uma vasta programação. O evento é gratuito e aberto a toda a comunidade universitária  (professores, estudantes e técnicos) além de convidados externos, como representantes de outras instituições de ensino. Todos os participantes receberão declaração de presença.

A NEXOSFERA será publicada semestralmente, com chamadas abertas duas vezes ao ano. Após as duas primeiras edições regulares, a equipe editorial pretende submeter o periódico a processos de indexação em bases nacionais e na rede SciELO, ampliando ainda mais sua relevância e alcance.

Acesse a revista: https://revistanexosfera.com.br

UESPI firma parceria com deputado Fábio Novo para melhorias em infraestrutura dos campi

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) recebeu, nesta segunda-feira, 09, a visita do deputado estadual Fábio Novo. A reunião, realizada na Reitoria em Teresina, resultou em novos encaminhamentos para o fortalecimento da infraestrutura da instituição, com foco na requalificação de auditórios e na aquisição de uma van para o campus de Bom Jesus. A ação é fruto da articulação entre a gestão superior da universidade e o mandato parlamentar do deputado.

Investimentos fortalecem estrutura da UESPI em diversos campi

O Reitor da UESPI, Professor Dr. Evandro Alberto, destacou a importância da iniciativa dentro do esforço contínuo da gestão em modernizar os espaços acadêmicos da universidade e aproximar o poder público das reais necessidades da comunidade universitária. Segundo ele, a interlocução com o deputado estadual Fábio Novo representa um exemplo de parceria efetiva entre a universidade e o legislativo estadual, voltada para o fortalecimento do ensino superior público no Piauí. “É um grande projeto. Nós temos aqui um grande parceiro, que é o deputado Fábio Novo, um deputado que exerce um mandato popular, trabalhando para atender cultura, educação, saúde e, neste caso, com foco específico na estrutura universitária. Hoje nós firmamos com ele esse compromisso de melhorar os auditórios da universidade”, explicou o reitor.

Segundo o Reitor, os espaços serão requalificados para funcionar em modelo semelhante a salas de cinema, com infraestrutura adequada para eventos acadêmicos e culturais. “Vamos estruturar com toda a acústica, equipamento de som, imagem e projeção, para atender toda a comunidade. É uma ação que beneficia diretamente o ensino, a pesquisa e a extensão”, completou o gestor. Além dos auditórios, a visita consolidou também a destinação de recursos para a aquisição de uma van que atenderá o campus de Bom Jesus. “O deputado abraçou o projeto da van e agora vai iniciar a tratativa com o Estado para liberar esse transporte, que será essencial para as atividades acadêmicas e de extensão naquele campus”, disse o reitor.

Investimentos fortalecem estrutura da UESPI em diversos campi

O Deputado Estadual Fábio Novo reafirmou o compromisso com a educação pública superior e lembrou que os investimentos fazem parte de um plano mais amplo. “Nossa UESPI passa por uma grande transformação. Como líder do governo Rafael na Assembleia, recebi o projeto que previa investimentos na reestruturação das estruturas físicas da universidade em todas as regiões do estado. Estamos aqui para nos somarmos a esse esforço”, afirmou.

Fábio Novo destacou ainda o acompanhamento que tem feito das demandas do campus de Bom Jesus. “Sou filho de Bom Jesus, acompanho de perto. No ano passado, já tínhamos destinado R$ 300 mil para climatizar as 12 salas do campus. Agora, destinamos nova emenda para garantir a van que vai dar suporte às ações de pesquisa e extensão”, disse. “Além disso, vamos investir também na melhoria dos auditórios. Nosso compromisso é entregar espaços com climatização, boa estrutura de assentos, sistema de som e projeção”.

O deputado informou que os primeiros auditórios beneficiados serão os dos campi de Bom Jesus, Corrente, Oeiras e dois auditórios em Teresina. “Esses recursos já estão em andamento. Para o próximo ano, vamos discutir a inclusão de novos auditórios conforme indicação da própria universidade”, pontuou.

O Diretor do campus de Bom Jesus, professor Dr. Gasparino Batista de Sousa, destacou que as melhorias chegam em um momento estratégico. “Temos vários projetos de pesquisa e extensão em andamento. A van será uma ferramenta essencial para o deslocamento das equipes. Já o auditório, com padrão de sala de cinema, vai ampliar nosso alcance cultural e acadêmico, atendendo também à comunidade da região”, explicou.

Investimentos fortalecem estrutura da UESPI em diversos campi

A estudante Dartyelle Martins, do curso de Direito do campus de Bom Jesus, também reforçou a importância das iniciativas. “A nova infraestrutura do auditório será muito bem aproveitada. E a van é essencial, principalmente para os projetos de pesquisa e extensão que já temos agendados. Essas melhorias vão contribuir diretamente para um aprendizado de mais qualidade”, afirmou.

Ao final da agenda, o deputado Fábio Novo e membros da Administração Superior da UESPI realizaram uma visita aos espaços do campus Torquato Neto, em Teresina. Durante a caminhada, puderam conhecer de perto os setores recentemente revitalizados, as construções em andamento e as áreas previstas para novas instalações. A visita reforça o compromisso com a melhoria contínua da infraestrutura da universidade, que vem passando por um processo de transformação, com impacto direto na qualidade dos serviços oferecidos à comunidade acadêmica e na valorização do ensino superior público no estado.

Alunos de Pedagogia Debatem a Importância da Educação Indígena e Quilombola

Por: Eduarda Sousa

Na manhã desta sexta-feira (06), os alunos do 3º período do curso de Pedagogia participaram da atividade intitulada “Movimentos em Defesa da Educação Indígena e Quilombola”. A ação faz parte da metodologia da disciplina Educação e Movimentos Sociais, que, em um primeiro momento, abordou as concepções de movimentos sociais  tanto clássicos quanto contemporâneos e sua relação com os processos educacionais, escolares e não escolares.

Discentes do 3° período de pedagogia debatem a importância da educação indígena e quilombola

O principal objetivo da atividade foi ampliar o conhecimento dos estudantes sobre a educação indígena e quilombola, tema que ainda é pouco discutido de forma aprofundada na sociedade. A professora Lucineide Barros, responsável pela disciplina, destacou a importância do reconhecimento dessas lutas históricas. “Muitas pessoas não conhecem a construção desses movimentos. Não sabem, por exemplo, que, para chegarmos à Lei de Cotas para indígenas e quilombolas, houve um longo processo de lutas lutas no mundo, no Brasil, no Piauí e em Teresina. Hoje, mencionamos o caso do MNU (Movimento Negro Unificado), que existe desde os anos 1970 e teve forte influência na conquista das cotas. Também falamos de teóricas como Lélia Gonzalez, uma grande referência nesses estudos, e do movimento indígena brasileiro, que tem forte presença na região amazônica, além do movimento indígena latino-americano, especialmente na região andina que inclusive, nós temos dois estudantes da pós-graduação da UESPI, do programa Sociedade e Cultura, que estão fazendo mestrado sanduíche na Bolívia”, destacou a professora.

Além de proporcionar aprendizado, a atividade buscou sensibilizar os participantes sobre a relevância desses movimentos como parte integrante da sociedade. “Quando falamos dos movimentos quilombola e indígena, não estamos falando apenas de causas exclusivas desses grupos. Estamos tratando de uma luta de toda a sociedade. Se a sociedade abraçar a diversidade que a constitui, teremos muito mais possibilidades de construir uma convivência mais rica e inclusiva”, finalizou a professora.

O discente Luís Alves, participante da atividade, reforçou a importância dessas discussões dentro do ambiente acadêmico. “Acho essencial termos momentos como este na universidade, dentro da sala de aula, para compreendermos melhor como se forma a nossa identidade, a cultura, a sociedade. Também é importante para entendermos como surgem os movimentos sociais e suas lutas por direitos, por educação e pela liberdade de existir e viver plenamente”.

Em sala de aula, alunos de Pedagogia refletem sobre os desafios e a valorização da educação indígena e quilombola

Durante a atividade, os alunos também participaram da roda de conversa que incentivou a troca de experiências e reflexões sobre o papel da universidade na valorização das culturas indígenas e quilombolas. Foram apresentados dados que evidenciam os desafios enfrentados por essas comunidades na luta por acesso a uma educação de qualidade, que respeite suas identidades e saberes tradicionais.

 

Curso de Biologia realiza encerramento da Semana do Meio Ambiente e culminância de exposição de projetos

Por Jésila Fontinele

Foi realizado na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Torquato Neto, o encerramento da Semana de Biologia desenvolvida pelo Centro Acadêmico (CABIO), em conjunto com a culminância do projeto de Biologia do Núcleo de Educação Ambiental Paulo Freire, com a coordenação da professora Dra. Carla Ledi. O evento integrou arte, comunicação e diversas formas de expressão por meio de trabalhos que promoveram a conscientização ambiental.

Encerramento da Semana do Meio Ambiente

Nadilson Borges, integrante do CA, pontuou sobre a integração dos alunos de todos os períodos do curso que se interessaram e atuaram nessas ações. “Nosso programa busca agregar e trazer para a sociedade esse ganho e nós nos sentimos extremamente realizados do ponto de vista da docência por fazer parte desse projeto”. A estudante Artemísia Alexandre destacou as atividades desenvolvidas na Semana do Meio Ambiente, especialmente a oficina “Modelando a Ecologia, uma abordagem ativa com maquetes no ensino básico”.  “Evidenciamos a importância da participação docente, trazendo materiais didáticos que eles possam utilizar de forma tangível e criativa”, referindo-se ao trabalho desenvolvido nas escolas de ensino básico com a criação de maquetes.

A Semana do Meio Ambiente se encerrou com a apresentação de banners das atividades desenvolvidas em campo. Os alunos promoveram palestras, oficinas e demonstrações de trabalhos. Essa semana de conscientização foi de fundamental importância, pois ultrapassou os limites da universidade, promovendo conscientização e senso crítico sobre o meio ambiente.

A culminância, coordenada pela professora Dra. Carla Ledi, buscou, por meio de formas criativas, provocar a comunidade acadêmica sobre a educação ambiental. Isso foi realizado através de cordéis, banners de exposição e maquetes com explicações sobre pautas que, embora pouco destacadas, precisam ser relembradas, principalmente em relação ao meio ambiente. Entre os temas abordados estavam estações de tratamento de esgoto, tratamento de água, legislação ambiental, cordéis sobre a seca no sertão e no inverno, além de maquetes que ilustravam processos como condensação, precipitação, evapotranspiração, escoamento e evaporação.

A professora Dra. Carla Ledi destacou sobre a proposta de levar às pessoas a reflexão, como “O que muda uma muda?”, de maneira crítica, para despertar o interesse em compreender as reais mudanças, além de atitudes transformadoras. “Aqui os alunos trabalharam a questão da seca, usaram a arte de cordel, abordaram como a água chega e retorna às nossas casas a partir das estações de tratamento. Não nos limitamos a dizer temos que fechar as torneiras, temos que cuidar da nossa parte, tentamos contextualizar”, concluiu a professora.

UESPI de Piripiri promove ciclo de palestras sobre Educação das Relações Étnico-Raciais

Por: Lucas Ruthênio

O curso de Pedagogia do campus da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em Piripiri, concluiu, no último dia 04 de junho, o projeto de extensão “Educação das Relações Étnico-raciais: entre falas e experiências”, um ciclo de oito palestras transmitidas ao vivo pelo YouTube com foco no debate das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais. 

A iniciativa teve como objetivo fomentar reflexões sobre temas fundamentais para a construção de uma educação mais inclusiva, plural e antirracista.

Docentes da UESPI discutem a educação das relações étnico-raciais em live sobre currículos e materiais didáticos.

Coordenado pelos professores Alex Mesquita e Dalva Araújo, ambos docentes do curso de Pedagogia, o projeto foi realizado entre os dias 23 de abril e 04 de junho, reunindo aproximadamente 250 inscritos, entre professores da educação básica e estudantes de graduação. As transmissões, que permanecem disponíveis no canal Educação das Relações Étnico-Raciais no YouTube, alcançaram até 480 visualizações por palestra.

Segundo o professor Alex Mesquita, a concepção do projeto nasceu da articulação entre os campos de pesquisa desenvolvidos por ele e pela professora Dalva Araújo. “Eu pesquiso povos indígenas e a professora Dalva pesquisa educação quilombola. Ao longo do trabalho conjunto em disciplinas como Educação e Movimentos Sociais, Fundamentos Antropológicos da Educação e História Indígena e Afro-Brasileira, percebemos que essas temáticas fundamentais para a compreensão crítica da realidade brasileira vinham sendo tratadas de forma superficial nos espaços acadêmicos”, afirma. Essa lacuna evidenciada no cotidiano das aulas e reflexões motivou a construção do projeto, com o objetivo de aprofundar o debate sobre as relações étnico-raciais na educação e promover uma abordagem mais crítica e comprometida com a diversidade e a justiça social.

A escolha das temáticas também dialoga diretamente com a realidade local. O município de Piripiri e as cidades vizinhas possuem comunidades indígenas e quilombolas, o que torna ainda mais urgente o debate sobre as especificidades dessas populações no contexto educacional. “Temos duas etnias indígenas em Piripiri e, em Lagoa de São Francisco, município vizinho, há uma comunidade indígena e o Museu Indígena do Piauí. A UESPI de Piripiri recebe alunos de toda essa região, então tudo que trabalhamos no projeto está diretamente conectado à realidade social, cultural e educacional do nosso território”, destaca o professor Alex Mesquita.

Encontro virtual reúne docentes e discentes da UESPI para debater educação antirracista e práticas pedagógicas inclusivas.

Um dos principais diferenciais do projeto foi a diversidade de seu público. Além de estudantes das licenciaturas da UESPI, participaram também docentes de outras instituições da região, professores da educação básica, gestores escolares e até professores do ensino superior. “Recebemos retornos muito positivos dos participantes. Muitos destacaram a importância não só de discutir esses temas, mas de refletir sobre metodologias práticas para trabalhar com eles em sala de aula, especialmente no que se refere à educação antirracista”, pontua o professor.

Inicialmente, o projeto seria realizado via Google Meet, mas a alta demanda obrigou a equipe a buscar outra alternativa. “Com o número elevado de inscritos, percebemos que o Meet não comportaria o público e que também não seria tão didático. Optamos por usar o Streamyard com transmissão no YouTube, o que permitiu manter as palestras gravadas e acessíveis posteriormente”, relata.

Debate na UESPI aborda o ensino de História e as relações étnico-raciais.

O sucesso do projeto e o engajamento dos participantes reforçaram a importância de manter esse debate ativo dentro da universidade. “A nossa ideia é que esse diálogo seja permanente no campus de Piripiri. Queremos fortalecer essa abordagem por meio das disciplinas, das pesquisas orientadas no PIBIC e no TCC, além de eventos como esse e outros que estamos planejando. Também estamos estudando a criação de um grupo de estudos e pesquisas voltado para as questões étnico-raciais, com foco na educação indígena, quilombola e do campo”, conclui o professor Alex Mesquita.

Evento destaca protagonismo indígena e conquistas por representatividade e ocupação de espaços.

Bolsas Internacionais da Comissão Fulbright para egressos, técnicos, professores e pesquisadores

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Coordenação de Relações Internacionais (CRI), anuncia a abertura de inscrições para quatro programas de bolsas oferecidos pela Comissão Fulbright. As oportunidades são voltadas para egressos, professores, técnicos administrativos, pesquisadores e demais profissionais ligados ao serviço público e ao ensino superior.

As iniciativas contemplam desde programas de aperfeiçoamento profissional até experiências de ensino e pesquisa nos Estados Unidos. Os interessados devem ficar atentos aos prazos e requisitos específicos de cada seleção.

O Programa FLTA (Foreign Language Teaching Assistant)

Voltado para jovens professores de Língua Portuguesa e/ou Inglesa, o FLTA selecionará 12 bolsistas para atuarem como assistentes de ensino de português como segunda língua em universidades norte-americanas, durante nove meses.

Inscrições até: 03 de agosto de 2025

Requisitos: Ser egresso de cursos de licenciatura ou bacharelado em Letras (Português ou Inglês); Ter até 30 anos completos até 31 de agosto de 2026; Ter proficiência em inglês e Residir no Brasil durante todo o processo seletivo

Benefícios: Passagem aérea;  Ajuda de custo mensal; Taxa de visto; Seguro de saúde e acidentes e Apoio variado conforme a universidade americana de destino

Inscreva-se em: https://fulbright.org.br/bolsas-para-brasileiros/flta-quer-ensinar-portugues-nos-eua

O Programa de Visitas de Especialistas dos EUA a Programas de Pós-Graduação no Brasil (PVCD)

Essa iniciativa apoia até 20 Programas de Pós-Graduação brasileiros que receberão especialistas norte-americanos para compartilhar experiências por um período de duas a quatro semanas. Na UESPI, os PPGs elegíveis são: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociedade e Cultura e o Programa de Pós-Graduação em Letras

Inscrições até: 31 de julho de 2025

Benefícios: Custeio completo da visita do especialista; R$ 3.000,00 para despesas incidentais dos PPGs e Apoio financeiro para missão de trabalho do coordenador brasileiro aos EUA

Inscreva-se em: https://fulbright.org.br/bolsas-para-brasileiros/pvcd-2024

O Fulbright Visiting Scholar (Professor e Pesquisador Visitante nos EUA)

Professores doutores com dedicação exclusiva poderão atuar como pesquisadores, palestrantes ou ministrantes de cursos avançados em instituições dos EUA.

Inscrições até: 03 de agosto de 2025

Modalidades: 1 visita de 4 meses; 2 visitas de 2 meses e 1 visita de 3 meses

Requisitos: Doutorado completo; Proficiência em inglês e Estar no Brasil durante todo o processo seletivo

Benefícios: Passagens aéreas; Acomodação e manutenção nos EUA e Seguro saúde e cobertura de vistos

Inscreva-se em: https://fulbright.org.br/bolsas-para-brasileiros/professor-pesquisador-visitante-nos-eua

O Humphrey Fellowship: Aperfeiçoamento Profissional para Líderes do Setor Público

Com duração de 10 meses, o programa promove o desenvolvimento acadêmico e profissional de profissionais que atuam em organizações públicas ou do terceiro setor. Os participantes também fazem um curso intensivo de inglês antes do início do programa.

Inscrições até: 06 de julho de 2025

Requisitos: Graduação completa (mínimo de 4 anos); 5 anos de experiência profissional em tempo integral e Proficiência em inglês

Público-alvo: Técnicos, professores, pesquisadores e gestores com perfil de liderança

Áreas contempladas: Desenvolvimento institucional; Direitos humanos e liberdades civis; Sustentabilidade e Desenvolvimento comunitário

Benefícios: Curso de inglês prévio (3 meses); Auxílio manutenção, passagens, seguro saúde, anuidades e taxas acadêmicas

Inscreva-se em:
https://fulbright.org.br/bolsas-para-brasileiros/hubert-h-humphrey-fellowship-program-para-aperfeicoamento-profissional-nos-eua

Essas bolsas representam uma oportunidade concreta de crescimento acadêmico, profissional e pessoal, fortalecendo a internacionalização da UESPI e o protagonismo de seus estudantes, técnicos e docentes no cenário global.

A Coordenação de Relações Internacionais (CRI) convida toda a comunidade acadêmica a conhecer mais sobre os programas e se inscrever. É hora de ampliar seus horizontes, viver uma experiência transformadora fora do país e levar o nome da UESPI ainda mais longe.

Não perca essa chance. As inscrições já estão abertas!

Em caso de dúvidas, a CRI está disponível para orientações e pode ser contatada pelo e-mail: cri@uespi.br.

Relatório CRI Programa Humphrey – Resumo (1) Relatório CRI FLTA – Resumo Relatório CRI FULBRIGHT VISITING SCHOLAR AWARD, CICLO 2026–2027 – Resumo (1) Relatório CRI PVCD 2025 Resumo (1)

Curso de Turismo da UESPI promove a 3ª Edição do Simpósio de Desenvolvimento Turístico do Piauí

Por Jésila Fontinele

Os alunos do 4º período do curso de Turismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promoveram a 3ª Edição do Simpósio de Desenvolvimento Turístico do Piauí, sob a organização da professora Sarany Fernandes, além de contar com a presença de representantes da Secretária de Turismo do Piauí (SETUR).

O evento abordou aspectos da sustentabilidade relacionados ao turismo, bem como estratégias para a promoção de ações conscientes. Sávio Normando, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (SEMDEC), iniciou sua fala com um pedido de silêncio em homenagem à arqueóloga Niéde Guidon, que faleceu na quarta-feira (04), um momento fundamental para relembrar a importância da pesquisadora  para a história da arqueologia.

O secretário deu continuidade à sua fala parabenizando a realização do simpósio, destacando Teresina como um local que promove eventos de qualidade, assim como em todo o estado do Piauí, em referência a realização do momento a partir da disciplina de eventos. “É importante essa aproximação entre a universidade e a área educacional com o setor produtivo, para que possam surgir oportunidades, busquem parcerias, integrações, isso é de significativa importância”.

O professor Allen da Costa Araújo, presente no evento como representante do reitor da UESPI, professor Dr. Evandro Alberto, pontuou sobre a realização do III SEMDETUPI, frisando a importância para  formação acadêmica do alunos. “Trata-se de uma discussão sobre como manter os espaços turísticos sustentáveis em um momento de transformação do estado, no qual surgirão novos ambientes turísticos e novas formas de exploração dos nossos espaços públicos. O turismo inova ao promover esse debate sobre sustentabilidade e preservação desses locais”, afirmou o professor, reforçando a importância da reflexão sobre a sustentabilidade nos elementos turísticos.

A aluna Gilvanyelle Dias, do curso de Turismo, descreveu o evento como importante diante do momento crítico que se observa em relação à natureza e à humanidade, destacando que o simpósio aborda pontos relevantes sobre a sustentabilidade. “Nossa turma do quarto período propõe um espaço para que as pessoas debatam e reflitam sobre a preservação e a valorização da nossa natureza, especialmente no Brasil, que possui uma fauna de grande importância para o mundo,” afirmou.

A diretora de Planejamento Turístico da Secretaria de Turismo (SETUR), Samara Pereira, que representou o secretário no evento,  falou sobre o impacto positivo do simpósio em relação ao turismo no estado, além das ações que têm sido desenvolvidas. “Um simpósio que integra os segmentos governamentais, as associações, como as de turismólogos, de condutores de turismo, de organizadores de eventos, e os estudantes que estão em processo de formação e que trazem uma série de provocações e possibilidades para que possamos fortalecer a política pública de turismo no estado do Piauí’, pontuou a diretora de Planejamento.

Ela também evidenciou o impacto positivo da terceira edição do simpósio dentro do contexto de fortalecimento do turismo enquanto atividade econômica, geradora de renda, oportunidades e de valorização da identidade regional.

A realização da 3ª Edição do Simpósio de Desenvolvimento Turístico do Piauí consolida-se como uma iniciativa de grande relevância para o fortalecimento do diálogo entre a academia, o setor público e o mercado de turismo. O evento não apenas proporciona um espaço de troca de conhecimentos e experiências, mas também incentiva a formação crítica e engajada dos futuros profissionais da área.

UESPI na Brazil Energy Conference

Por: Eduarda Sousa

A Universidade Estadual do Piauí marca presença no segundo dia do maior evento de transição energética do país, destacando pesquisas em hidrogênio verde e energia solar. Docentes e discentes compartilham experiências e reforçam o protagonismo do Piauí no cenário das energias renováveis.

Discentes do curso de energias renováveis na Brazil energy conference 

 

A Brazil Energy Conference, que ocorre de 4 a 7 de junho de 2025, em Teresina, Piauí, é um evento internacional híbrido (presencial e online) focado na transição energética sustentável. O evento reúne especialistas, líderes governamentais e empresariais para discutir soluções inovadoras e práticas sustentáveis no setor energético e tem como objetivo consolidar o Piauí como referência nacional em energias renováveis e fortalecer sua posição como protagonista da transição energética no país.

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participa ativamente do evento, apresentando projetos na área de energias renováveis. O professor Paulo Sérgio Menezes, que está participando  no  estande da universidade, destacou a importância da presença da instituição. “Eu faço parte do Green Tech, que é um grupo de pesquisa em energias renováveis. Lá, desenvolvemos pesquisas tanto na área de produção de energia de hidrogênio verde quanto na fabricação de células solares. É um grupo importante, que vem realizando um trabalho significativo nessa área, e a UESPI tem contribuído de forma direta para esse desenvolvimento. Por isso, é essencial que nosso trabalho esteja sendo apresentado em um evento como este, para atrair mais investimentos e para que mais pessoas se engajem nesse projeto de grande importância para o estado do Piauí”.

O discente do curso de Energias Renováveis, Alexandre Renato, também ressaltou a relevância do evento para a formação acadêmica e profissional dos estudantes. “O aquecimento global é enorme, a tendência agora é investir em energia renovável. Este evento traz uma oportunidade única para nós, alunos, desenvolvermos habilidades, acompanhamos as tendências do mercado e colaborarmos com um futuro mais sustentável. Isso pode trazer grandes investimentos para o nosso estado e beneficiar o planeta que é o foco principal do evento e da nossa formação”.

A participação da UESPI na Brazil Energy Conference também reforça sua posição de pioneirismo na formação acadêmica na área de energias limpas. “A UESPI é a primeira a oferecer esse curso presencialmente aqui em Teresina. A importância da formação vai além da descarbonização e da transição para uma matriz energética limpa. A energia renovável é praticamente inesgotável, e é essencial estudarmos e investirmos nisso, porque é, sem dúvida, o futuro do país e do mundo”, destacou o discente Ramon Abraão.

A presença da UESPI no evento destaca o papel da universidade na construção de um futuro energético sustentável, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento científico e ambiental do Piauí.

 

 

UESPI promove programa de Extensão CIDADH: Direitos Humanos, Políticas Públicas e Participação Social

Por Jésila Fontinele

O Programa de Extensão “Direitos Humanos, Políticas Públicas e Participação Social: Construindo Diálogos” é um projeto coordenado pela professora Fábia Buenos Aires, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em parceria com os alunos do curso de Direito.
A iniciativa tem como objetivo debater temas relevantes relacionados à discriminação, racismo e desigualdades, entre outros temas fundamentais a serem discutidos, integrando a sociologia jurídica, as mídias sociais e o engajamento social.

O programa nasceu do desejo de duas professoras do curso de Direito, Profª Ivoneide Alencar e Profª Fábia Buenos Aires, de desenvolver uma iniciativa que promovesse ganhos reais para a comunidade acadêmica e para a sociedade, indo além da simples repercussão. A proposta, estruturada por meio de atividades de extensão, deu origem ao programa extensionista CIDADH.

A coordenadora do projeto, Profª Fábia, e também Pró-reitora da PRAD, destacou a urgência dos temas abordados relacionados a problemas sociais. “Falar de cidadania, de direitos humanos, tratar das políticas públicas, esses sistemas transversais, contribui para formar no estudante, futuro profissional do Direito, um senso de responsabilidade social muito maior. À medida que ele adquire conhecimento nessa área e se apropria desses conteúdos, passa a propor ideias e ações que beneficiam a sociedade”, afirmou a professora, que  também mencionou  outras ações que envolvem mediação escolar, mediação de conflitos, com atuação da professora Ivoneida Alencar, Pró-reirora da PREX. O projeto vai ser desenvolvido com a produção de conteúdos no Instagram, incluindo cards informativos, vídeos, podcasts, enquetes, além da criação de uma cartilha digital com acesso aberto ao público.

Um dos temas já debatidos e divulgados no Instagram foi a violência contra a pessoa idosa, com informações sobre os diferentes tipos de violência: negligência, violência patrimonial, psicológica de suas definições e dos números de emergência para denúncia e apoio.

De acordo com o aluno, Maycks Filho, o objetivo do programa é incentivar os discentes a refletirem sobre problemas sociais relevantes, com a proposta de alcançar o maior número possível de pessoas. “Nessas redes, os alunos serão responsáveis por produzir todo o conteúdo postado, sempre com o objetivo de conscientizar a comunidade, utilizando uma linguagem acessível a todos. Além disso, será divulgada uma cartilha para cada tema proposto, na qual o assunto será abordado de forma mais aprofundada”, explicou.

Para o estudante, o projeto, além de ser importante para a sociedade, também contribui para o desenvolvimento de habilidades interpessoais e para o aprofundamento dos conhecimentos relacionados aos temas tratados. “A comunidade se beneficia muito com esse projeto, uma vez que ele aborda problemas presentes no meio social em que está inserida, e o objetivo é justamente fazer com que essas questões sejam debatidas e, sempre que possível, solucionadas”, concluiu.

O curso de Direito da UESPI vai promover entre os dias 5,6 e 7 de junho o Seminário de Psicologia Jurídica, Psicanálise e Neurociência

Por Jésila Fontinele 

O curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Clóvis Moura, vai realizar nos dias 5, 6 e 7 de junho o Seminário de Psicologia Jurídica, Psicanálise e Neurociência. O evento é organizado pelo grupo de pesquisa Teoria Crítica, Teorias da Justiça e Direitos Humanos, sob a coordenação do Dr. Jardel de Carvalho Costa.

A abertura contará com a palestra sobre Traumas herdados: até onde a justiça nos alcança?”, ministrada pela palestrante Thaiany Quevedo Melo.

O evento será realizado na OAB Piauí, com duração de três dias e carga horária de 24 horas/aula. A programação inclui palestras, mesas-redondas e um minicurso, sendo o último dia realizado de forma online. O professor Dr. Jardel de Carvalho Costa destacou a importância do evento e da iniciativa que surgiu a partir da disciplina de Psicologia Jurídica. “Difundir os novos desenvolvimentos da psicologia, psicanálise e neurociências no âmbito do direito”, concluiu.

A aluna e também organizadora do evento, Mariana Monte, ressaltou os temas escolhidos, os quais refletem o compromisso com a interdisciplinaridade e com a atualidade das discussões que permeiam o Direito, a Psicologia, a Psicanálise e a Neurociência. “Assuntos como traumas herdados, psicopatia forense, abuso sexual infantil, livre-arbítrio e os impactos psíquicos da pandemia em espaços confinados revelam uma preocupação em aproximar o conhecimento científico das realidades jurídicas e sociais”, afirmou. Mariana também destacou que esses temas foram pensados de forma a fomentar o pensamento crítico. “Ampliar a compreensão do comportamento humano em contextos jurídicos”.

O seminário abordará temáticas como Traumas herdados: até onde a justiça nos alcança?, Efeitos jurídicos da morte e do morrer, a mesa-redonda O problema do testemunho no Direito Penal, a palestra; Existe livre-arbítrio? Ou nossas escolhas são apenas produto da nossa química cerebral?, além da discussão sobre; Pandemia em espaços confinados: a realidade das prisões e o impacto da COVID-19, entre outros temas.

Mariana ainda concluiu sobre o impacto positivo do seminário, além da expectativa do evento que vai proporcionar um ambiente de aprendizado profundo. “A diversidade dos palestrantes e das abordagens promete enriquecer o debate acadêmico e inspirar novas linhas de pesquisa e atuação profissional” concluiu.

Para mais informação sobre o evento e inscrição, acesse o link:https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSca3Ah5ZZsJVrAYejP_DKUJpnJYC8QrOxQ8QBDe0rWd6E8jzg/formResponse

WebLeia e UESPI TECH II impulsionam pesquisa e inovação na UESPI

Por Roger Cunha 

Com foco na valorização da produção científica e no estímulo à inovação tecnológica, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou o lançamento oficial da plataforma WebLeia e da segunda edição do edital UESPI TECH.
A solenidade, promovida pelo Laboratório de Leitura e Escrita Acadêmica (LEIA), ocorreu em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), nesta quarta-feira (04).

UESPI Lança Plataforma WebLeia e Novo Edital para Incentivar Inovação e Escrita Acadêmica

Durante a cerimônia, a coordenadora do LEIA, Profª Drª Bárbara Olímpia Ramos de Melo, explicou que a ideia da WebLeia nasceu da observação recorrente sobre as dificuldades enfrentadas por estudantes da graduação e da pós-graduação em relação à escrita acadêmica. Segundo ela, embora o laboratório já ofertasse cursos de extensão voltados para essa finalidade, foi por meio do edital UESPI TECH 2023 que o projeto pôde ser estruturado como um software. “A WebLeia surgiu a partir de uma inquietação de professores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Letras e ao Campus Clóvis Moura, que percebiam dificuldades recorrentes na produção textual dos discentes. Com o edital, conseguimos financiar a construção da ferramenta tecnológica, cuja propriedade intelectual já foi registrada. A proposta é que ela funcione como um ambiente de orientação para a escrita de textos que circulam na esfera acadêmica, como resumos, resenhas, projetos e artigos”, destacou.

A plataforma, segundo a professora, se configura como um recurso pedagógico e tecnológico que pode ser incorporado às práticas formativas da universidade: “Ela fomenta os letramentos acadêmicos tanto na graduação quanto na pós-graduação. A WebLeia foi pensada para ser um instrumento de apoio contínuo ao ensino e à pesquisa”.

UESPI Lança Plataforma WebLeia e Novo Edital para Incentivar Inovação e Escrita Acadêmica

O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, apontou a WebLeia como um dos produtos do edital UESPI TECH que, em sua primeira edição, destinou recursos para vinte grupos de pesquisa. “É um projeto que nasce dentro de uma política de financiamento da própria universidade. Temos acompanhado iniciativas com potencial de desdobramento em startups, e a WebLeia demonstra a capacidade dos nossos pesquisadores em desenvolver soluções relevantes para o contexto acadêmico. Estamos ampliando parcerias, como a que firmamos com a FAPEPI, que hoje se compromete a cofinanciar o próximo edital com mais R$ 500 mil, totalizando um aporte potencial de R$ 1,5 milhão para novas iniciativas”, declarou.

Durante o evento, o Diretor-Presidente da FAPEPI, Prof. Dr. João Xavier, formalizou o apoio à ampliação do financiamento e ressaltou o valor simbólico e prático da WebLeia. “Essa ferramenta representa uma ação desenvolvida a partir da competência de professores, técnicos e estudantes da UESPI. Trata-se de um produto com origem no Piauí, e isso tem um significado importante quando se fala em soberania intelectual. A FAPEPI está comprometida em fortalecer ações como essa, que integram ensino, pesquisa e inovação em benefício da sociedade”, afirmou.

O Vice-Reitor da UESPI, Prof. Dr. Jesus Antonio de Carvalho Abreu, destacou o caráter extensionista da plataforma e sua origem colaborativa. “A WebLeia é uma iniciativa que aproxima a universidade da comunidade. Ela foi construída por discentes dos cursos de Computação e Letras, e tem como proposta contribuir com a formação escrita de quem a utilizar. Trata-se de um exemplo concreto do potencial transformador de ações que integram diferentes áreas do conhecimento”, pontuou.

Para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Prof. Dr. Rauirys Alencar de Oliveira, a plataforma evidencia como áreas tradicionalmente ligadas às ciências humanas também podem responder a editais voltados à inovação. “Quando falamos em desenvolvimento, há uma tendência em se restringir o foco à tecnologia da informação, ao agronegócio, entre outros setores. No entanto, a proposta do Programa de Pós-Graduação em Letras mostra que a linguagem e a escrita são fundamentais para sustentar o avanço de qualquer área. A WebLeia se apresenta como uma ferramenta que pode qualificar a comunicação acadêmica de forma abrangente”, refletiu.

UESPI Lança Plataforma WebLeia e Novo Edital para Incentivar Inovação e Escrita Acadêmica

Durante a apresentação técnica do projeto, o Prof. Dr. John Hélio Porangaba de Oliveira explicou que a plataforma opera com base na interpretação de enunciados e na estruturação retórica dos textos. “A WebLeia permite que os usuários compreendam os objetivos comunicativos dos textos acadêmicos, favorecendo uma construção textual fundamentada. Ela ajuda a interpretar o enunciado, a entender o propósito discursivo e a reconhecer movimentos retóricos característicos dos gêneros da escrita acadêmica, como resumos e resenhas. Isso é essencial para promover autonomia no processo de produção textual”, afirmou. O professor acrescentou ainda que a ferramenta, além de ser gratuita, poderá ser utilizada tanto por professores e estudantes universitários quanto por docentes e discentes da educação básica.

A WebLeia está vinculada ao grupo de pesquisa LETAC (Estudos Teóricos e Aplicados sobre Gêneros e Letramentos nos Contextos Acadêmicos e Científicos), associado ao Programa de Pós-Graduação em Letras da UESPI. A expectativa é que a plataforma se consolide como um recurso de suporte à formação acadêmica, ao mesmo tempo em que inspira novas iniciativas voltadas à inovação educacional. E a plataforma já está disponível gratuitamente no link https://webleia.uespi.br 

UESPI Lança Plataforma WebLeia e Novo Edital para Incentivar Inovação e Escrita Acadêmica

Lançamento do edital UESPI TECH II

Também foi lançado o Edital UESPI TECH II, que prevê o financiamento de até R$ 25 mil para 20 projetos de inovação científica e tecnológica. As propostas devem alinhar-se às diretrizes do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável – Piauí 2050, abrangendo áreas como educação, saúde, energias renováveis, tecnologias da informação, turismo e práticas pedagógicas inovadoras.

O Pró-Reitor Rauirys Alencar ressaltou que o edital representa um avanço estratégico para o fomento à pesquisa aplicada e ao desenvolvimento tecnológico na universidade. “A iniciativa amplia a integração entre o conhecimento acadêmico e as demandas sociais e econômicas do Piauí, posicionando a UESPI como um polo de inovação regional”, destacou.

Além do financiamento direto, o edital oferece bolsas de produtividade em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, viabilizadas por meio de parcerias com a FAPEPI. Essas bolsas contemplam pesquisadores experientes e estudantes de pós-graduação, fortalecendo a cadeia de formação científica.

Todos os editais foram publicados oficialmente durante o evento, detalhando modalidades e vagas, reafirmando o compromisso da universidade com a transparência e a ampla participação da comunidade acadêmica. Para o Pró-Reitor, o UESPI TECH II integra uma política institucional que visa consolidar a UESPI como um centro de inovação alinhado às necessidades do Piauí 2050.

UESPI lamenta falecimento da arqueóloga Niède Guidon, referência mundial em pré-história

Por: Eduarda Sousa 

Faleceu nesta quarta-feira (4), aos 92 anos, a arqueóloga Niède Guidon, uma das maiores referências mundiais em pré-história. Reconhecida internacionalmente, ela dedicou sua vida ao estudo da região da Serra da Capivara, no Piauí, e suas contribuições transformaram a arqueologia brasileira.

Imagem: Reprodução / Internet

Em 1973, Guidon iniciou suas pesquisas na região após firmar parceria com o governo francês para a criação de uma missão arqueológica no Brasil. Ao longo de décadas de trabalho, coordenou escavações que revelaram mais de 1.200 sítios arqueológicos, com destaque para abrigos rochosos com pinturas rupestres datadas de até 25 mil anos. Essas descobertas desafiaram teorias clássicas sobre o povoamento das Américas, defendendo a possibilidade de presença humana no continente há cerca de 100 mil anos.

Além da importância científica, Niède também foi responsável pela fundação da Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM), sediada em São Raimundo Nonato (PI). A instituição se tornou um polo de pesquisa e desenvolvimento local, contribuindo com projetos de educação patrimonial, preservação ambiental e inclusão social por meio da ciência.

A professora Viviane Marini, pesquisadora da área de arqueologia da UESPI, destaca que Niède Guidon foi responsável por colocar o Piauí no centro dos debates arqueológicos internacionais, especialmente por propor novas teorias sobre o povoamento das Américas. “Não só no Brasil, como no mundo, ela colocou o Piauí em um cenário de importância nacional e internacional. Isso porque, com seus achados na Serra da Capivara, Niède trouxe inovações à discussão sobre o povoamento do continente americano. Suas pesquisas propuseram uma nova concepção sobre as temporalidades e rotas migratórias humanas, quebrando paradigmas antigos como a teoria da entrada do homem pelo estreito de Bering. Ela elaborou novas teorias a partir de evidências locais, o que promoveu uma verdadeira revolução na forma como entendemos a presença humana nas Américas”, afirmou.

A docente também enfatiza que o impacto de Niède Guidon ultrapassou o campo científico. Sua atuação foi decisiva para a criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, em um processo que envolveu tanto a proteção ambiental quanto o diálogo com as comunidades locais. “Além do legado arqueológico das pesquisas e de toda uma escola que ela promove de arqueologia no Piauí e no mundo, é preciso olhar para sua trajetória e compreender o papel fundamental que teve na formação do Parque Nacional da Serra da Capivara. Ela valorizou os achados arqueológicos como parte do patrimônio cultural brasileiro e promoveu a conscientização das populações locais sobre a importância da preservação desses vestígios”.

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Conexão com a UESPI: ensino, pesquisa e extensão inspirados por seu legado

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), como instituição comprometida com o desenvolvimento regional, mantém ações acadêmicas diretamente ligadas à área de atuação de Niède Guidon. Cursos como História e Geografia realizam visitas técnicas e atividades de campo no Parque Nacional da Serra da Capivara, com o objetivo de proporcionar aos estudantes uma vivência prática e multidisciplinar sobre a importância histórica, científica e cultural da região.

Além das atividades pedagógicas, docentes da universidade desenvolvem projetos de pesquisa vinculados ao parque. Um exemplo é o projeto “Registros de Angiospermas do Parque Nacional da Serra da Capivara”, que cataloga espécies vegetais da região e envolve estudantes em práticas científicas ligadas à biodiversidade e conservação ambiental.

Legado reconhecido por lideranças acadêmicas

O reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), professor Evandro Alberto, destacou a dimensão do legado deixado por Guidon, tanto para a ciência quanto para a cultura brasileira. “Niède Guidon contribuiu profundamente para a história e para a humanidade. Até então, acreditava-se que o homem americano teria chegado há cerca de 14 mil anos, mas os estudos dela indicam registros de presença humana com mais de 50 mil anos. Ela mudou a história. Mas sua atuação foi além da arqueologia, Niède foi uma defensora da cultura, da fauna e da flora piauiense. Dedicou sua vida à região de São Raimundo Nonato, uma grande pesquisadora, uma mulher guerreira e forte, que inspira gerações. Acreditava que, através do estudo e da preservação da natureza, seria possível enriquecer não só a história, mas também preservar a humanidade. Que sua memória esteja sempre presente nos achados da Serra da Capivara, do Parque Sete Cidades, onde ela atuou com tanto empenho. A natureza agradece o trabalho da Niède Guidon”, afirmou.

A diretora do campus Prof. Ariston Dias Lima de São Raimundo Nonato, Janilde Melo ressaltou o impacto de Guidon para a arqueologia e o meio ambiente local. “Niède Guidon deixa um grande legado de conhecimento científico voltado para a história do homem pré-histórico do Brasil, sendo pioneira em defender com base arqueológica o povoamento do continente americano, contribuindo também para a conservação da fauna e flora do Piauí e do domínio fitogeográfico da Caatinga”.

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A Universidade Estadual do Piauí se solidariza com familiares, amigos e admiradores de Niède Guidon, e reforça seu compromisso em manter viva a memória e o impacto do trabalho dessa grande cientista, que transformou a história da arqueologia no Brasil e projetou o Piauí no cenário internacional da ciência.

Semana de Geografia da UESPI convida alunos da rede pública para apresentarem projeto de Hidrogênio Verde

Por Filipe Benson 

A Semana Acadêmica de Geografia (SEMAGEO) do campus Clóvis Moura da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), que teve início dia 2 de Junho, destacou-se por promover a integração entre universidade, escolas públicas e a comunidade científica. E um dos momentos mais marcantes foi a apresentação dos alunos do Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) Professora Júlia Nunes Alves, que demonstraram, por meio de um protótipo funcional, o processo de produção de hidrogênio verde.

Cirineu Lemos, aluno do curso de Geografia e um dos organizadores do evento, categorizou o projeto dos discentes, como uma forma incentivar a educação científica e a conscientização ambiental entre os jovens. “A questão do hidrogênio verde é um marco importante para toda a comunidade e é muito relevante esse trabalho que eles vêm executando e que deve estar sendo visto no estado todo”, afirmou.

Alunos e professores do CETI Júlia Nunes apresentando o projeto na UESPI

O projeto foi desenvolvido pelos próprios alunos da rede pública, sob a orientação da professora de química Júlia Menge Brito Rocha, que relatou o processo de evolução do projeto. “No início, nosso equipamento era muito rústico ainda, usávamos uma bateria, somente, posteriormente, passamos para as placas solares. Foi nesse momento que  conseguimos realizar a produção do Hidrogênio verde. Agora, conseguimos  separar o hidrogênio do oxigênio, realizando a quebra da molécula de água, através de uma energia limpa”, explicou a professora.

A iniciativa dos alunos da rede pública na SEMAGEO reflete as atuais discussões sobre transição energética, uma vez que o hidrogênio verde é considerado uma das principais apostas quando se aborda o tema, pois é produzido a partir de fontes renováveis e não emite gases de efeito estufa. No Piauí, o potencial para a produção desse combustível é significativo, devido à abundância de recursos naturais como sol, vento e água. O estado já conta com projetos em andamento, como o Green Energy Park, em Parnaíba, que prevê investimentos bilionários e a geração de milhares de empregos, consolidando o Piauí como um polo estratégico na produção de hidrogênio verde.

Alunos demonstrando o processo de produção do hidrogênio verde

O aluno do 3° ano do ensino médio, Diego Rânio, participa do projeto e destacou como a iniciativa tem levado a novos espaços  e a novos conhecimentos. “No projeto, aprendemos como a partir da eletrólise da água podemos gerar energia limpa, o que é eficiente para o Piauí e para o mundo, além de que podemos estar participando de eventos como esse na UESPI. Também vamos estar na Feira de tecnologias e ciências renováveis, no Centro de Convenções”, disse o jovem empolgado com as novas possibilidades que a ciência e inovação tem lhe apresentado.

Alunos de Zootecnia realizam 1ª Feira de Apicultura e Meliponicultura na Quitanda Familiar

Por: Eduarda Sousa

Nesta terça-feira (03), os alunos do 8º período do curso de Zootecnia realizaram a 1ª Feira de Apicultura e Meliponicultura na Quitanda Familiar da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). A iniciativa surgiu a partir de uma atividade em sala de aula, com o objetivo de apresentar à comunidade acadêmica os conhecimentos adquiridos no curso, além de destacar a importância das abelhas para a conservação ambiental e a produção de alimentos.

1ª feira de apicultura e meliponicultura

A feira também buscou desmistificar a ideia de que todas as abelhas possuem ferrão. “Hoje, na produção urbana, é possível trabalhar com abelhas sem ferrão, sem qualquer problema. É importante difundir o conhecimento sobre essas duas espécies, pois tanto as com ferrão quanto as sem ferrão têm relevância ambiental, econômica e social seja na produção de alimentos, subprodutos ou na geração de renda para os produtores”, destacou a professora Ginna Azar.

O evento foi organizado em quatro equipes temáticas. Uma delas apresentou os produtos da apicultura e meliponicultura, outra abordou a anatomia e morfologia das abelhas, a terceira explicou os equipamentos e materiais utilizados na produção, e a quarta detalhou a flora apícola e melípona plantas que fornecem néctar e pólen essenciais para a produção de mel.

Durante a feira, foi apresentada a estrutura corporal das abelhas. “O nosso trabalho basicamente consiste em explicar a anatomia e morfologia das abelhas. Nele, mostramos como funciona a cabeça, o tórax, o abdômen e todas as partes que compõem esse pequeno ser, que tem tanta importância para a nossa vida. Também explicamos o ciclo de vida das abelhas, passando pelas fases de larva, pupa, até chegar à fase adulta”, pontuou a discente Karol Alves.

Anatomia e morfologia das abelhas

A equipe responsável pela flora apícola destacou a importância das plantas que servem de alimento para as abelhas. “A flora apícola é, basicamente, o alimento das abelhas. É fundamental estudarmos essas espécies vegetais, pois são essenciais não apenas para a produção do mel que é o produto mais conhecido, mas também para o equilíbrio ambiental, a sustentabilidade e a economia”, destacou a discente Bianca Lígia.

O estande “Tesouros da Colmeia” trouxe uma exposição dos principais produtos das indústrias de apicultura e meliponicultura, como mel, própolis, cera e derivados. A atividade contou com a parceria da empresa Abmel, distribuidora especializada em mel de abelhas nativas. O estande apresentou uma linha variada de produtos, incluindo velas artesanais, sabonetes de mel, desodorante a base de mel, panos de cera de abelha e méis variados. “Também trouxemos kits para presente e uma seleção de mel para degustação, com o objetivo de mostrar a diversidade dos produtos e aproximar o público do que é produzido na indústria”, explicou a aluna Adrielle Araújo.

João Victor, integrante da equipe que apresentou os equipamentos utilizados na prática apícola, destacou os itens de segurança e manejo. “Mostramos aqui os EPIs, como chapéu, jaleco e botas, feitos com materiais resistentes como brim e ilonita, que protegem o apicultor e evitam danos à colmeia. Também trouxemos o fumigador, que emite fumaça vegetal como de caveto ou folhas secas usada para acalmar as abelhas e facilitar o manejo durante a extração do mel e do pólen”, explicou.

Itens de segurança utilizados na prática apícola

Além disso, os alunos apresentaram caixas de melíponas, abelhas nativas sem ferrão para demonstrar as particularidades do manejo dessas espécies. A feira proporcionou uma verdadeira imersão no universo das abelhas, aproximando o público da realidade produtiva, científica e sustentável da apicultura e meliponicultura no Piauí.

Campus Parnaíba terá mestrado voltado à formação de professores de Língua Portuguesa

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) teve aprovada a implantação do Programa de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS), no Campus de Parnaíba. A aprovação, oficializada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), insere a UESPI entre as instituições selecionadas em ampla concorrência para integrar a Rede Nacional do PROFLETRAS, voltada à qualificação de professores de Língua Portuguesa da educação básica.

Parnaíba terá mestrado voltado à formação de professores de Língua Portuguesa

Fruto de um trabalho coletivo, a aprovação foi impulsionada pela iniciativa da Profa. Dra. Rita Alves, que liderou a submissão da proposta, e pelo engajamento do corpo docente do curso de Letras Português, sob a coordenação da Profa. Silvana dos Santos. Para a comunidade acadêmica, trata-se de um passo decisivo rumo ao fortalecimento da pós-graduação na região norte do estado.

A proposta de adesão do Campus de Parnaíba à Rede Nacional do PROFLETRAS nasceu da análise da realidade local e da ausência de um mestrado em Letras no território norte do Piauí. “Nasceu, inicialmente, da nossa observância, in loco, da carência de uma unidade do PROFLETRAS aqui no Norte do nosso Estado. Já formamos no Campus de Parnaíba uma média de 25 turmas de graduados em Letras-Português, de 2000 a 2024”, afirma a Profa. Dra. Rita Alves Vieira. Segundo ela, a ausência de oferta de pós-graduação na área, em uma cidade com esse volume de egressos, justificava a iniciativa.

A professora também aponta dados recentes do exame nacional de acesso ao programa como indicativo da demanda. “No último exame nacional de acesso ao programa, em 2024, a unidade do Piauí, em Teresina, destacou-se como a mais procurada entre as 48 unidades participantes, com 282 inscritos. Esse alto índice de interesse demonstra uma demanda reprimida por formação avançada na área de Letras”, explica. Para ela, a expansão do PROFLETRAS contribui para a formação de profissionais da educação e para a interiorização do ensino stricto sensu.

Ao comentar o significado da aprovação para o curso de Letras e para a universidade, a docente é direta. “Representa um marco histórico na trajetória do curso de Letras-Português, do campus de Parnaíba e da UESPI em geral”. Rita também lembra que muitos egressos expressaram ao longo dos anos o desejo de continuar os estudos sem precisar sair da cidade. “Essa unidade do PROFLETRAS em Parnaíba realiza esse sonho acadêmico que não é só dos referidos egressos e dos professores do curso, mas também da sociedade e das cidades circunvizinhas à Parnaíba”.

Sobre os impactos formativos, a professora Rita Alves aponta que o novo curso promoverá discussões e práticas voltadas para a atuação docente na educação básica. “Teremos um curso que vai trazer pertinentes aportes e reflexões para o ensino de língua portuguesa, literatura, produção e recepção de textos/discursos”, detalha. Para ela, o PROFLETRAS é uma oportunidade de qualificação contínua e atualizada para professores que já atuam nas redes de ensino.  As expectativas para a implantação também são claras. “É a realização de um sonho: um curso de mestrado vinculado à área de linguagem. Tudo isso alinhado à real necessidade de oportunizar à região um avançar do processo formativo de licenciados em Letras e em Pedagogia”, afirma. Ela também lembra que o programa é aberto a profissionais da Pedagogia, o que amplia ainda mais seu alcance na formação de professores.

Parnaíba terá mestrado voltado à formação de professores de Língua Portuguesa

A inclusão do campus de Parnaíba na Rede Nacional do PROFLETRAS é compreendida, pela gestão da UESPI, como parte de um processo mais amplo de expansão estratégica da pós-graduação stricto sensu. Para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Prof. Dr. Rauirys Alencar, a aprovação do mestrado profissional em Letras consolida um projeto institucional que tem como eixos a ampliação da pós-graduação e a interiorização do ensino superior público no estado do Piauí. “É um projeto da gestão, não só a ampliação dos cursos stricto sensu da universidade, como a interiorização”, explica. Desde o início da atual administração, liderada pelo reitor Prof. Dr. Evandro Alberto, a UESPI conseguiu aprovar e implantar quatro programas de mestrado e dois de doutorado.

 Dentre esses avanços, o Pró-reitor destaca que dois programas foram implantados no interior: o mestrado profissional em Física, em Piripiri e, agora, o PROFLETRAS, em Parnaíba. “Esse é o segundo curso da universidade a integrar a Rede Nacional, somando-se ao ProfHistória, que também já funciona no campus Parnaíba e que, inclusive, teve seu doutorado aprovado e com edital previsto para breve”, completa.

Segundo Rauirys Alencar, o significado da aprovação vai além da oferta de um novo curso. Representa uma mudança concreta no acesso à formação avançada em regiões distantes da capital. “É importante chegar porque a universidade tem essa função de incentivar, estimular o desenvolvimento do estado pela capacitação dos profissionais”, afirma. Ele reforça que o mestrado precisa estar próximo do seu público-alvo, especialmente quando este é formado por professores da educação básica, que têm rotinas de trabalho intensas e nem sempre conseguem se deslocar para centros maiores. “A gente sabe que programas como mestrado e doutorado requerem uma dedicação muito grande do aluno, e considerando que esse aluno também é professor, é importante que o programa se aproxime dele”, avalia. Para ele, esse é um dos pilares da política institucional: promover qualificação continuada sem excluir docentes que vivem e atuam no interior do estado. “O interior começa a se desenvolver também nessas questões”, pontua.

O pró-reitor também destaca que o fortalecimento da pós-graduação tem impacto direto na avaliação da universidade, tanto interna quanto externamente. “Esses programas impactam porque também impactam na pesquisa. A pesquisa anda muito junto da pós-graduação”, afirma. Ele lembra que, embora a iniciação científica na graduação tenha papel relevante, a presença de programas de mestrado e doutorado permite o desenvolvimento de pesquisas mais robustas, de longo prazo, com maior potencial de captação de recursos e de qualificação do corpo docente. “Quando o docente começa a ministrar aulas na pós-graduação, orientar dissertações e teses, ele se fortalece academicamente. Isso prepara a universidade para futuras propostas de novos programas, amplia a capacidade de produção científica e melhora os indicadores institucionais, inclusive os conceitos de cursos e os resultados no ENADE”, finaliza.

Reitor da UESPI participa da posse de Auderi Martins no TRE-PI

Por Vitor Gaspar

O Reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), professor Evandro Alberto, participou na manhã desta segunda-feira (2), da solenidade de posse do advogado Auderi Martins Carneiro Filho como juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI). A cerimônia foi realizada no auditório do TRE, em Teresina, e reuniu autoridades, familiares e representantes de instituições públicas.

Advogado Auderi Martins com o Reitor Evandro Alberto

Auderi Martins assume a vaga na Corte Eleitoral na categoria de jurista, para o biênio 2025-2027, em substituição ao advogado Guilardo Cesá Medeiros Graça. A escolha ocorreu após votação do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), que definiu a lista tríplice posteriormente enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Presidência da República, responsável pela nomeação oficial.

Alderi Martins Carneiro (Foto: Gabriel Paulino)

O Reitor destacou a trajetória profissional e a capacidade técnica de Auderi Martins, reforçando sua atuação em diferentes áreas do conhecimento e seu compromisso com a sociedade. Segundo ele, a posse no Tribunal Regional Eleitoral representa uma importante conquista não só para o novo juiz, mas também para a Justiça Eleitoral piauiense.

“Auderi Martins é um grande advogado, já foi defensor público e agora integra o Tribunal Regional Eleitoral. Temos certeza de que fará um grande trabalho, pela sua qualidade técnica e pelo compromisso que sempre demonstrou com a sociedade. É uma pessoa ligada à educação, com atuação em várias áreas do conhecimento, e trará uma contribuição significativa à Corte Eleitoral. Parabéns ao Auderi, pelo profissional que é, pela liderança que exerce e pela postura cidadã que o acompanha.”

A cerimônia também contou com a presença do Governador Rafael Fonteles (Foto: Gabriel Paulino)

Natural de Fortaleza (CE), Auderi Martins tem 41 anos e construiu sua trajetória profissional em Picos e região. É graduado em Direito pela Universidade de Fortaleza (Unifor), com especialização em Ciências Penais e mestrado em Direito Privado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Já atuou como servidor do INSS, defensor público no Pará, conselheiro seccional da OAB/PI e ocupou, mais recentemente, o cargo de Diretor Secretário-Geral Adjunto da instituição.

Em seu discurso, o novo juiz substituto do TRE-PI afirmou: “Recebo o ingresso na Justiça Eleitoral como um desafio na minha carreira, mas um desafio que eu recebo com muita felicidade. É um biênio em que teremos eleições gerais e a Justiça Eleitoral instrumentaliza o poder do cidadão, previsto no texto constitucional, que diz que todo poder emana do povo”.

O Presidente da ALEPI, Deputado Severo Eulálio e o presidente do TRE-PI, desembargador Sebastião Ribeiro Martins também estiveram presentes

União entre os campi de Oeiras e Uruçuí transforma salas de aula com oficinas artísticas

Por Roger Cunha 

Unir arte, educação e cidadania é a proposta do programa de extensão Espetáculos e Oficinas Itinerantes: desenvolvendo educação e arte em escolas públicas do ensino fundamental, idealizado por docentes e discentes dos campi da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) em Oeiras e Uruçuí.

A iniciativa tem transformado salas de aula em palcos de descobertas artísticas, ampliando horizontes para crianças da rede pública de ensino.

Arte e educação caminham juntas em projeto da UESPI no interior do Piauí

Coordenado pelas professoras Lorena Raquel de Alencar Sales de Morais (Campus de Oeiras) e Rosa Maria Borges de Queiroz Rosado (Campus de Uruçuí), o projeto visa fortalecer a formação cidadã por meio de atividades como teatro de bonecos, contação de histórias, oficinas de leitura, saraus e ações de arte com material reciclável. Com duração prevista de dois anos (de junho de 2024 a junho de 2026), o programa atua em escolas públicas de Oeiras, Teresina e Uruçuí, com carga horária anual de 200 horas.

A professora Rosa Maria explica que a ideia do projeto nasceu da observação da rotina pedagógica nas escolas. “Percebemos que as turmas do 5º ano realizam muitas atividades direcionadas aos conteúdos das disciplinas de Português e Matemática, pois as escolas se preocupam com a aprendizagem de conhecimentos dessas disciplinas, que são tão cobrados nas avaliações externas. Então, consideramos que a arte pode proporcionar momentos de comunicação, expressão e ludicidade para os(as) alunos(as) do 5º ano”, destaca.

Arte e educação caminham juntas em projeto da UESPI no interior do Piauí

Uma das participantes do programa, a estudante de Pedagogia Pollyana Gomes Martins, compartilha que inicialmente se interessou pela carga horária complementar, mas rapidamente se encantou pela proposta. “Desde o primeiro dia em sala com eles, já me encantei pelo projeto. Além de ensinar, aprendo muito com cada um. É gratificante poder compartilhar o pouco que sabemos e, ao mesmo tempo, aprender com eles. Está sendo uma experiência incrível! Cada história apresentada torna o processo ainda mais especial”.

Pollyana Gomes observa com entusiasmo o impacto das oficinas no desenvolvimento das crianças. “Já é possível perceber o desenvolvimento das crianças a partir das atividades realizadas. Tenho notado avanços na forma como elas se expressam, na autonomia ao criar, no cuidado com os materiais e até na colaboração com os colegas durante os momentos de produção. Cada atividade revela um pouco mais do olhar único de cada criança”.

Arte e educação caminham juntas em projeto da UESPI no interior do Piauí

Além disso, a vivência no projeto tem sido decisiva em sua formação como futura docente. “Ele me permite vivenciar, na prática, aquilo que aprendo na teoria, fortalecendo minha compreensão sobre o papel do educador. Aprendo a olhar para cada criança de forma única e a valorizar suas expressões, ideias e vivências. É uma experiência que reafirma minha escolha pela docência e me prepara para atuar com mais consciência, sensibilidade e responsabilidade no futuro”.

Na Escola Municipal Genésia Neiva, em Uruçuí, as ações vêm acontecendo com alunos do 5º ano, sempre às quintas-feiras, no turno da tarde. Em abril, os estudantes participaram da contação da história “Apuka”, apresentada em formato de cineminha, seguida de atividades como preenchimento de fichas de leitura. Em maio, outras histórias foram trabalhadas em sala, como “Uma estátua diferente” e “O domador de monstros”. As oficinas seguem em junho com o recontar das histórias lidas em grupos e apresentações dos contos para os colegas, incentivando a oralidade, o trabalho em equipe e o gosto pela leitura.

Para a professora Rosa Maria, a arte tem papel essencial na formação integral dos estudantes. “Durante a realização das atividades do programa, as crianças descobrem habilidades e desenvolvem novas competências. O uso da linguagem das artes visuais, do conto, da poesia e do teatro pode favorecer a aprendizagem da leitura das palavras como a leitura de mundo”, afirma.

Arte e educação caminham juntas em projeto da UESPI no interior do Piauí

Ela ressalta que, por meio das experiências artísticas e literárias, as crianças expandem seus horizontes para além do conteúdo curricular. “A comunicação e o conhecimento não se adquire apenas no universo dos livros, mas no contato com as artes. As diversas linguagens colaboram para a construção da subjetividade, da formação cultural e cidadã dos(as) alunos(as).”

Com planejamento semanal nos campi da UESPI e encontros quinzenais nas escolas, o projeto fortalece os laços entre universidade e comunidade escolar. Ao final de cada ciclo, as atividades culminam em apresentações abertas como feiras, saraus e espetáculos, consolidando uma experiência educacional que valoriza a expressão artística como parte do processo formativo e da cidadania.

 

 

UESPI realiza Semana do Meio Ambiente com foco em sustentabilidade e educação ambiental crítica

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Ciências Biológicas do campus Torquato Neto, iniciou, hoje, a Semana do Meio Ambiente e  segue até sexta-feira (06).
O evento é promovido pelo Centro Acadêmico de Biologia e visa incentivar debates e práticas que estimulem uma visão crítica sobre os desafios contemporâneos da sustentabilidade e o papel transformador da educação ambiental.

A abertura da programação contou com a palestra da Profª Drª Carla Ledi, com o tema “Os Novos Caminhos da Sustentabilidade”. Em sua fala, a docente convidou os participantes a refletirem sobre o uso recorrente e superficial do termo “sustentabilidade” e propôs uma abordagem mais profunda e contextualizada. “A palestra, na realidade, era justamente para a gente refletir sobre o que é realmente sustentabilidade. O que nós queremos alcançar com sustentabilidade. Muitas vezes a gente fala essa palavra de forma superficial. Vamos chegar no desempenho sustentável, vamos atingir a sustentabilidade. Mas o que significa realmente todas as dimensões que estão relacionadas com o consumo? De que forma o consumo pode mudar? Porque o regulamento sustentável é praticamente agregado pelo mercado”, destacou.

A professora ressaltou ainda que o conceito de sustentabilidade deve ser pensado de maneira ampla, incluindo as dimensões sociais, culturais, ambientais e humanas. “Quando a gente fala que quer a sustentabilidade, temos que pensar se ela é possível e levar em consideração todas essas dimensões. A questão da liberdade, da cultura, do bem-viver. Foi isso que abordei na palestra: reflexões sobre o que é sociedade e como a sustentabilidade se insere nesse contexto”, explicou.

Outro ponto central da discussão foi o papel da educação ambiental como instrumento de transformação. Segundo a professora Carla Ledi, a educação ambiental deve ser compreendida como um meio e não como um fim em si. “Educação ambiental não é um objetivo. A gente não quer alcançar a educação ambiental, ela é um meio para se alcançar algo maior. Assim como a sustentabilidade, ela precisa considerar o contexto histórico, social e a realidade das pessoas. A educação ambiental precisa fazer sentido para quem a vivencia e isso exige uma abordagem crítica, reflexiva e situada”, pontuou.

Professora Dra. Carla Ledi abre a Semana do Meio Ambiente na UESPI com palestra sobre os novos caminhos da sustentabilidade.

A Semana do Meio Ambiente segue com uma programação diversificada ao longo de toda a semana, incluindo oficinas de jardinagem, pigmentação vegetal, construção de terrários e pintura com elementos naturais. Também estão previstas rodas de conversa sobre preservação da fauna silvestre, etologia animal, o papel das abelhas sem ferrão na manutenção dos ecossistemas e o uso de plantas medicinais na cultura popular.

Na sexta-feira (06), as atividades serão encerradas com a apresentação de trabalhos acadêmicos desenvolvidos por estudantes do curso de Ciências Biológicas, no Laboratório de Artes do campus Torquato Neto. Os trabalhos abordarão diferentes temáticas ambientais, integrando perspectivas teóricas e práticas voltadas à construção de uma sociedade mais consciente e sustentável.

Alunos de Jornalismo da UESPI produzem documentário sobre o jornal O Dia e ganham destaque

Por: Eduarda Sousa 

Alunos do primeiro período do curso de Jornalismo produziram um documentário sobre o Jornal O Dia, que vem ganhando grande destaque. A produção faz parte das atividades da disciplina Introdução à Comunicação, ministrada pelo professor Orlando Berti.

Três alunos de jornalismo, Alyce Santos, Rafaela Ketley e Andrey Assunção seguram uma edição do jornal impresso no arquivo da TV O Dia

Na disciplina, os discentes trabalham as diferentes interfaces comunicacionais, refletindo também sobre o papel do jornalismo na sociedade. “Como nós estávamos trabalhando as interfaces comunicacionais, também quisemos explorar as interfaces jornalísticas. Ou seja, entender o que é o jornalismo, o poder do jornalismo, o poder da mediação e como essa mediação ocorre hoje, principalmente numa realidade ligada às questões de Teresina e seus respectivos interlocutores”, destacou o professor Orlando Berti.

Intitulado “O Último Impresso do Piauí, o Jornal O Dia”, o documentário é uma produção de curta duração que resgata a memória e o impacto do último jornal impresso em circulação no estado. Com imagens de arquivo, cenas na redação e entrevistas marcantes, o filme faz uma reflexão sensível sobre o fim de uma era e a permanência da memória no papel. Mais do que contar a história de um veículo de comunicação, a obra levanta reflexões sobre as transformações no jornalismo, a identidade cultural e o valor simbólico do impresso em tempos digitais. Em meio à velocidade da informação online, o documentário convida o público a olhar para aquilo que resiste: tinta, papel e história. A produção é assinada por Rafaela Ketley, Andrey Assunção e Alyce Santos.

A ideia surgiu a partir de uma sugestão do próprio professor, que não imaginava que a turma abraçaria o desafio. “Ele não imaginava que a gente fosse comprar a ideia. Por sermos alunos do primeiro período de Jornalismo, parecia algo muito fora da caixinha. Ele não estava cobrando isso da gente, mas foi uma ideia que a gente olhou e pensou: Nossa, muito legal! A gente abraçou em grupo e correu atrás”, pontuou Rafaela Ketley, integrante do grupo.

O processo de produção foi dinâmico, bem organizado e o resultado teve repercussão extremamente positiva. “Foi muito gratificante. Não foi um trabalho difícil, e sim uma grande obra que a gente criou. Foi uma ideia muito boa, que chegou até nós, e nós abraçamos. Conseguimos trabalhar em cima dela. É muito emocionante ser visto dessa maneira. Foi muito gratificante, não tenho nem palavras pra descrever”, destacou Alyce Santos, também integrante da equipe.

Alyce Santos, Andrey Assunção e Rafaela Ketley responsáveis pela produção do documentário

Para os discentes, toda a experiência foi enriquecedora desde o acolhimento da equipe do Jornal O Dia até a repercussão do trabalho, tanto dentro quanto fora da sala de aula. “Foi muito prazeroso. Desde a recepção do pessoal do O Dia, que ajudou muito na construção desse projeto, até o apoio que recebemos. A repercussão foi muito natural, mas, ao mesmo tempo, nos deixou muito felizes. Afinal, é um trabalho acadêmico, nosso primeiro documentário na universidade. O sentimento é de muita gratidão por ter tido essa oportunidade, por ter documentado isso e por ver que o trabalho foi feito com muito carinho. E, principalmente, que a gente conseguiu realizar”, concluiu Rafaela Ketley.

O documentário, além de ser uma oportunidade de aprendizado prático, também reforça a importância de aproximar os estudantes da realidade profissional desde os primeiros períodos do curso. A produção serviu como um exercício de construção coletiva, superação de desafios e desenvolvimento de habilidades fundamentais para a prática jornalística.

O Último Impresso do Piauí, o Jornal O Dia

Curso de pedagogia da Uespi de Floriano realiza palestra online sobre a importância da brinquedoteca

Por Jésila Fontinele 

Vai ser realizado amanhã, (03), às 19h, a palestra sobre  “A importância da brinquedoteca como espaço de desenvolvimento lúdico da criança na Educação Infantil”, na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Doutora Josefina Demes, em Floriano. O evento vai ser transmitido de forma online, por meio da plataforma Google Meet, e conta com emissão de certificados com carga horária de 4 horas.

A participação é gratuita e aberta a estudantes de pedagogia e pedagogos interessados na temática.

De acordo com a professora Marina Costa, organizadora do evento, a palestra marca a abertura oficial do projeto de extensão e tem como objetivo promover uma reflexão sobre o papel da brinquedoteca no contexto da Educação Infantil. “A palestra é importante, pois inaugura nosso projeto de extensão com uma discussão para situar as contribuições da brinquedoteca na educação infantil, focando nos aspectos teóricos e nas experiências práticas do palestrante”, ressaltou.

O professor Dr. Allan Figueiredo pontuou que a brinquedoteca é um espaço fundamental tanto para o desenvolvimento social quanto para o cognitivo e emocional das crianças. “Nesse ambiente, as crianças têm a oportunidade de explorar, criar e aprender de forma lúdica e interativa”. O professor ainda afirmou que a palestra visa destacar a importância desses espaços na educação infantil. “Com 120 horas de atividades previstas até o final do próximo semestre, esse projeto promete enriquecer nossa compreensão sobre o papel da brinquedoteca no desenvolvimento das crianças”, concluiu o professor.

O responsável por ministrar a palestra é o Professor Me. Deyves Castro, profissional com ampla experiência na área da Educação Infantil no município de Teresina (PI). Sua atuação se destaca pelo enfoque na ludicidade como ferramenta pedagógica, na qual promove práticas que valorizam o brincar como elemento fundamental no processo de aprendizagem. Dessa forma, a temática abordada é  fundamental considerando que a brinquedoteca desempenha um papel crucial no desenvolvimento infantil, entre diversos outros aspectos. Nesse sentido, a discussão sobre o tema, tanto entre alunos quanto entre profissionais já formados, contribui significativamente para o aprimoramento da educação.

Projeto de extensão da UESPI leva alunos de escolas públicas e particulares para aprender química e física na prática

Por: Eduarda Sousa

Alunos de uma escola do município de Barras participaram de uma atividade prática do projeto de extensão “Laboratório de Química e Física: Aprendizado na Prática”, do campus de Piripiri, na última quinta-feira (29). As aulas acontecem semanalmente e o projeto tem como objetivo oferecer experiências laboratoriais que possibilitem a conexão entre os conteúdos teóricos vistos em sala de aula e a prática científica.

Experimento prático de química e física

O projeto, sob a coordenação dos professores Leonel Oliveira e Neymar Cavalcante, surge como uma alternativa para suprir uma lacuna existente nas escolas da região. Por meio da iniciativa, os alunos têm a oportunidade de realizar experimentos, manusear materiais e compreender, de forma mais concreta, os fenômenos que estudam no cotidiano escolar.

O projeto foi pensado exatamente para isso, para que os estudantes pudessem vivenciar a química e a física na prática, algo que muitas vezes não é possível nas escolas”, pontuou o coordenador do projeto Leonel Oliveira.

Alunos da escola pública de Barras participam de atividades práticas no Laboratório de Química e Física da UESPI

A atividade não se restringe apenas à cidade de Piripiri. O projeto atende, semestralmente, diversas escolas da microrregião dos Cocais, como Barras, Piracuruca, Pedro II, Capitão de Campos, Piripiri, entre outras. Desde sua criação, mais de 600 alunos já passaram pelo laboratório da UESPI, participando ativamente das experiências propostas.

Além de beneficiar estudantes da educação básica, o projeto também é uma oportunidade de formação para os próprios alunos dos cursos de Licenciatura em Química e Física da UESPI, que atuam como monitores e facilitadores nas atividades. Dessa forma, a ação integra a comunidade acadêmica com a sociedade, cumprindo o papel social da universidade por meio da extensão.

Os resultados são bastante positivos, alguns alunos que participaram das atividades em anos anteriores se interessaram tanto pela ciência que hoje estão cursando Física ou Química na própria UESPI. Eles não vêm só para assistir. Participam ativamente, colocam a mão na massa, fazem os experimentos e se envolvem de verdade. Isso é muito motivador, tanto para eles quanto para nossos alunos que atuam no projeto”, destaca o professor Leonel Oliveira.

Centro Acadêmico de Direito realiza evento que impulsiona a pesquisa jurídica na UESPI

Por Filipe Benson

O uso ético de inteligências artificiais no meio universitario, estratégias para se desenvolver na área da pesquisa e novas perspectivas internacionais para o campo acadêmico foram alguns dos principais temas abordados no evento “Pesquisa Jurídica em Ação” organizado pelo Centro Acadêmico Miguel Almeida Lima, do curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Clovis Moura, realizado nessa quarta-feira (27/05) e que contou com vários convidados.

O presidente do centro acadêmico direito, Maycks Filho, definiu o evento como uma porta de entrada no mundo acadêmico para os novos estudantes do curso. “Aqui visamos iniciar a vida do acadêmico nessa vida cientifica, que é extremamente importante, vamos abordar a pesquisa no âmbito internacional, o processo para descobrir um tema interessante para se pesquisar e o uso de inteligência artificial no meio cientifico”, explicou o discente.

Entre os palestrantes convidados estava o Dr.Maged Elgebaly, Coordenador do curso de graduação em letras da Aswan University no Egito. Em sua fala o professor trouxe a perspectiva internacional para a pesquisa no campo do direito, reforçando a positividade de trocas culturais e acadêmicas entre universidades e países. “Vivemos um momento ótimo de aproximação do brasil com vários países, especialmente países árabes, tanto na área econômica, quanto na cultural e também na educação, isso sem dúvida vai abrir muitas possibilidades de intercambio para os alunos da UESPI”, afirmou o professor, apontando para um horizonte cada vez mais globalizado.

Dr. Maged Elgebaly recebendo certificado de participação do evento

O professor Wenner Melo, Diretor da Escola Superior de Advocacia (ESA) do Piauí, ficou responsável por abordar aspectos essenciais para a pratica da pesquisa acadêmica. “Nós não conseguimos escrever, se nós não lermos, ler é muito importante para o pesquisador, não só ler como ler muito”, reforçou o palestrante colocando a pratica da leitura como pilar central da pratica acadêmica.

A temática do uso de inteligência artificial (IA) dentro da academia ficou por conta da Mestranda em Direito, Ana Clarissa Araújo, que discutiu junto dos alunos as novas mudanças e desafios que essas inovações trazem para o universo jurídico. “Muitos profissionais temem ser substituídos pela IA, por isso é imprescindível estudarmos e conhecermos mais sobre essas ferramentas, para que a gente possa se adequar e conseguir utilizá-la para potencializar nossas qualidades como profissional e ser humano”, disse a advogada que defende um caminho de integração ética e consciente das inteligências artificiais no cenário da universidade e mercado de trabalho.

Os três convidados reunidos

Na plateia, a aluna do bloco 3 de direito, Amanda Paula, relatou ter se sentido envolvida tanto pelas temáticas, quanto pela forma como os convidados conduziram as palestras. “Eu sai de lá entendendo tudo que foi falado, eles não usaram uma linguagem difícil nem rebuscada; até agora dos eventos de direito que eu já fui, esse foi o mais rico, eles souberam aproveitar muito bem o tempo e prender nossa atenção em cada momento” disse a estudante, deixando claro a contribuição desse tipo de evento para a formação dos discentes.

Reitor visita obras de melhorias e ampliação nos campus de Floriano e Uruçuí

Por: José Emmanuel (estágio supervisonado)

O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, visitou os campi Josefina Demes, em Floriano, e Cerrado do Alto Parnaíba, em Uruçuí, para inspeção do andamento das obras de reforma e ampliação das instalações. A visita foi nesta terça e quarta-feira (27 e 28 de maio).

As melhorias incluem a construção de novos polos de ensino e a ampliação de blocos de salas de aulas, além da revitalização de laboratórios e espaços de convivência. Ao todo, o investimento nos dois campi somam 8 milhões de reais.

Durante a visita ao campus de Floriano, o Reitor percorreu as obras em andamento acompanhado da Diretora Luzinete Rodrigues, que destacou a importância das melhorias. “Elas estão acontecendo para atender toda à comunidade acadêmica, bem como também todos os segmentos técnico e docente e, por isso, vejo esse momento de forma muito positiva pois estávamos necessitando dessa grande reforma. Para nós é muita alegria ver o andamento das obras”.

O Reitor foi acompanhado da Pró-reitora de Administração, professora Doutora Fábia Buenos Aires

Já no campus de Uruçuí, onde as reformas das estruturas são gerais, o Reitor também foi recebido pelo Diretor Francisco Leonardo e a equipe, onde foi possível observar possíveis alterações que não impactem o andamento das obras, além de discutir o cronograma de execução.

“Vamos ter mais salas de aula, amplas e climatizadas, com um ambiente propício para o estudo, além de áreas de interação acadêmica, locais com acessibilidade adaptados para portadores de deficiência, banheiros adequados, então, é uma obra de modernização para atender todas as exigências”, pontuou o Diretor.

As obras estruturais atingem todos os 12 campi da universidade

O Prof. Evandro Alberto também ressaltou a importância do andamento contínuo nas melhorias estruturais no campus de Uruçuí, onde 76% das reformas já foram concluídas. “Aqui a gente está trabalhando em conjunto para fazer realmente essa grande entrega o mais rápido possível, pois já era uma demanda antiga e, hoje estamos encaminhando a conclusão com o prazo já definido”, destacou.

As obras do campus Josefina Demes, em Floriano, estão previstas para serem entregues em maio de 2026, enquanto no campus Cerrado do Alto Parnaíba, em Uruçuí, a previsão é que as reformas estruturais sejam entregues até o final deste ano.

As obras de melhoria e ampliação nos campus representam mais do que investimentos em infraestrutura, são passos concretos em direção a uma universidade mais inclusiva, moderna e preparada para os desafios do futuro.