UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

XVI Simpósio de Geografia celebra 30 anos do curso da UESPI

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) vai realizar entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2024, no campus “Poeta Torquato Neto”, em Teresina, o XVI Simpósio de Geografia. Este evento, que marca os 30 anos do curso de Licenciatura em Geografia, traz o tema “30 anos do Curso de Geografia da UESPI: conquistas e desafios” e acontecerá em formato híbrido, com atividades presenciais e virtuais.

“30 anos do Curso de Geografia da UESPI: conquistas e desafios”

A escolha do tema “30 anos do Curso de Geografia da UESPI: conquistas e desafios” para o XVI Simpósio de Geografia reflete uma combinação de celebração e análise crítica. Segundo a professora Elisabeth Baptista, organizadora do evento, o tema marca um importante marco histórico do curso. “O Curso de Geografia do Campus ‘Poeta Torquato Neto’ fez neste ano de 2024 trinta anos de sua oferta. Então, o tema do Simpósio além de fazer uma referência a seu ‘aniversário’,traz uma reflexão sobre a formação docente em Geografia no contexto educacional piauiense, bem como as possibilidades de atuação dos profissionais da Geografia formados pela UESPI no decorrer deste recorte temporal”, destacou a professora.

Um dos destaques do XVI Simpósio de Geografia da UESPI é o formato híbrido, que combina atividades presenciais e virtuais. Para a professora Elisabeth Baptista, organizadora do evento, essa abordagem traz um benefício crucial: a ampliação das oportunidades de participação. “Sem dúvida nenhuma, o formato híbrido amplia as oportunidades de participação de estudantes, professores e pesquisadores de Geografia de diferentes localidades do Brasil, visando assim promover maior articulação entre os estudiosos e suas pesquisas no âmbito da Geografia, expandindo o alcance do evento”, afirmou.

Com essa estratégia, o simpósio busca integrar pesquisadores de diferentes contextos e enriquecer os debates, fortalecendo a troca de conhecimentos e promovendo um diálogo mais inclusivo e abrangente na área de Geografia.

O simpósio visa promover debates sobre a trajetória do curso e sua relevância no cenário acadêmico piauiense e brasileiro. Os organizadores esperam estimular a troca de experiências entre profissionais e estudantes de Geografia, além de fortalecer a integração entre ensino, pesquisa e extensão na UESPI. Entre os objetivos específicos, destacam-se:

  • Discutir a produção científica do curso ao longo das últimas três décadas;
  • Refletir sobre os desafios enfrentados no cenário contemporâneo;
  • Aprofundar o conhecimento geográfico em diversas abordagens teórico-práticas.

A terceira edição do Encontro de Diálogos sobre o Litoral do Piauí (DIALIT) é um dos destaques do XVI Simpósio de Geografia da UESPI. Segundo a professora Elisabeth Baptista, organizadora do evento, o DIALIT é promovido pelo Núcleo de Estudos sobre o Litoral do Piauí (NEZCPI), um grupo de pesquisa vinculado ao Curso de Geografia, com o objetivo de reunir pesquisadores, professores, estudantes e a comunidade para discutir temas relacionados ao litoral piauiense e outros espaços regionais. “O DIALIT é um evento que vem sendo realizado e promovido pelo NEZCPI, que tem por finalidade reunir pesquisadores/professores que discutem a área foco, bem como estudantes e comunidade em geral interessados no conhecimento sobre esta, e sobre outros espaços piauienses. Neste sentido, se considerou relevante integrar a terceira edição do DIALIT às atividades do XVI Simpósio de Geografia da UESPI, na perspectiva de contribuir com as discussões inerentes aos 30 anos do Curso de Geografia do Campus ‘Poeta Torquato Neto’ e otimizar a participação de interessados”, destacou.

Além do DIALIT, o simpósio também abrange workshops de Geografia Física, Geografia Urbana e Ensino de Geografia, organizados por outros núcleos de pesquisa, como o Núcleo de Estudos de Geografia Física da UESPI (NEGEO) e o Núcleo de Estudos Rurais e Regionais (NUPERRE). Esses espaços, segundo Elisabeth, são fundamentais para relatos de experiências que se consolidam a cada edição do evento, enriquecendo as discussões e fortalecendo a formação acadêmica e profissional.

XVI Simpósio de Geografia

Ao longo dos 30 anos do curso de Geografia da UESPI, importantes avanços marcaram sua trajetória, abrangendo desde o ensino até a atuação profissional e o desenvolvimento da pesquisa. A professor destacou que a ampliação e a atualização das reflexões teóricas e metodológicas foram acompanhadas por uma significativa formação de professores e geógrafos qualificados. “Se constitui importante destacar a significativa proporção de professores de Geografia formados por este curso e o desenvolvimento destes em diferentes segmentos de atuação da área, da Educação Básica ao Ensino Superior, mas também em setores de monitoramento, pesquisa e planejamento”, ressaltou.

Entre os avanços, ela pontuou o número expressivo de profissionais formados que atuam na Educação Básica e Superior, além de integrarem instituições públicas em níveis municipais, estaduais e federais, contribuindo em áreas como planejamento, desenvolvimento e meio ambiente.

Outro aspecto relevante foi o fortalecimento da pesquisa, impulsionado pelo aumento do número de docentes com titulação de doutorado. Esses professores têm liderado grupos de estudo e coordenado projetos em diversas áreas da Geografia. Esses avanços consolidam o curso como uma referência acadêmica e científica, tanto no estado do Piauí quanto no cenário nacional.

O XVI Simpósio de Geografia da UESPI desempenha um papel essencial no fortalecimento do curso e na integração da comunidade acadêmica. Para a professora Elisabeth Baptista, a iniciativa vai além da simples participação, envolvendo alunos e professores diretamente em seu planejamento e organização. “Ao reunir e congregar os discentes e docentes do Curso de Geografia, não somente na participação no evento, mas essencialmente em seu planejamento e organização, se promove maior interação entre todos, favorecendo a compreensão sobre a importância deste para a formação individual de cada um, bem como para a relação coletiva que construiu e constrói o curso ao longo de sua existência”, explicou.

Essa dinâmica colaborativa contribui para o fortalecimento do curso e também para a consolidação da comunidade acadêmica da UESPI, reforçando os laços entre seus integrantes e promovendo um espaço de aprendizado e troca de experiências. A professora aproveitou para convidar todos os interessados a participarem das atividades do evento, que celebra os 30 anos do curso de Geografia.

O evento contará com uma ampla programação, incluindo:

  • Workshops Temáticos: Geografia Física do Piauí, Ensino de Geografia e Geografia Urbana;
  • III Encontro de Diálogos sobre o Litoral do Piauí (DIALIT): socialização de estudos interdisciplinares sobre o espaço litorâneo do estado;
  • Apresentação de Trabalhos Acadêmicos: nas modalidades oral e pôster, organizados em cinco eixos temáticos, como geografia e questões ambientais, cultura, turismo e movimentos sociais;
  • Minicursos, Oficinas e Feira Científica;
  • Lançamento de Livros e Atividades Culturais;
  • Palestras e Mesas-Redondas com especialistas renomados.

Datas de Inscrição

  • Com submissão de trabalhos: 15 a 29 de novembro de 2024.
  • Sem submissão de trabalhos: até o início do evento, conforme disponibilidade de vagas.

Os interessados poderão submeter até dois trabalhos por inscrição, na forma de resumos simples, abordando eixos como geografia urbana, ensino, questões ambientais, e história do litoral do Piauí. Detalhes sobre a formatação estão disponíveis no site oficial do evento.

Além de celebrar as conquistas do curso, o simpósio busca fortalecer os laços entre os participantes, incentivando a colaboração e a troca de ideias. A expectativa é fomentar discussões que enriqueçam o conhecimento dos alunos e promovam avanços no ensino de Geografia.

Mais informações podem ser encontradas no site: https://www.even3.com.br/xvi-simposio-do-curso-de-geografia-509846/?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAab_CHeSMCZSHGygLOcRnBG3LER64JIQpGI8WiKlTB6t0MtUGCWFDAGGT-w_aem_m6NJ58OjS206iskw498rXg

e também no instagram: https://www.instagram.com/_cageo_/

Ciclo de palestras aborda desafios e inovações no ensino de geografia

Por Roger Cunha 

No auditório do NEAD, ocorreu o ciclo de palestras focado nas inovações e desafios do ensino de geografia nas universidades. Com o tema “Estratégias Pedagógicas e Metodologias de Aprendizagem em Geografia“, o evento reuniu interessados em discutir práticas e metodologias que podem transformar o ensino da geografia no século XXI.

Ensino na universidade: estratégias pedagógicas e metodologias de aprendizagem em geografia.

O professor Edson Osterne foi o palestrante do evento. Em sua apresentação, ele destacou a importância de incorporar novas estratégias pedagógicas no ambiente universitário, sublinhando a urgência da colaboração e da inovação no ensino.

O docente destacou a necessidade de colaboração e atualização nas práticas pedagógicas. “Essa temática é de extrema importância, pois, enquanto profissionais em formação na geografia, percebemos a necessidade de colaboração entre professores e alunos”. Ao falar sobre metodologias que podem facilitar a aprendizagem, o professor mencionou algumas práticas que têm se mostrado eficazes no ensino: “Existem diversas estratégias, como oficinas pedagógicas que promovem a prática reflexiva, o uso de trilhas de aprendizagem que conectam teoria e prática, e rodas de conversa que fomentam debates críticos.”

Além disso, o professor Edson Osterne também abordou os desafios enfrentados pelos educadores, especialmente em relação à carga horária das aulas. “Um dos principais desafios é a redução da carga horária disponível. Embora os professores tenham muitas ideias e metodologias para aplicar, o tempo é um limitador significativo”.

O ciclo de palestras veio proporcionar uma oportunidade de reflexão e aprendizado sobre o ensino de geografia, permitindo que educadores e estudantes explorem novas abordagens e superem os desafios atuais.

Dia do Geógrafo: evento no Campus de Floriano reconhece a importância dessa profissão

Por João Fernandes

No dia 29 de maio é comemorado o Dia do Geógrafo, a data foi criada em alusão a criação do Instituto Nacional de Estatística, atual Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. No mesmo dia, no Campus Dra. Josefina Demes, em Floriano, um evento pretende reunir professores, alunos e profissionais da área para debaterem sobre a Agroecologia.

Os objetivos desse evento, além de celebrar o Dia do Geógrafo, é promover o lançamento do Livro Diálogos e Práticas em Geografia e levar para a comunidade acadêmica discussão de temas relevantes relacionados à Geografia. Para isso, uma das convidadas é a pesquisadora Andrea P. Sosa Varrotti, doutora em Ciências Sociais (Universidad de Buenos Aires) e Estudos Rurais (Université de Toulouse).

Segundo o professor Daniel César, organizador do evento, a importância de debater a Agroecologia a nível global é extremamente relevante, pois essa abordagem representa uma alternativa sustentável e holística para a produção de alimentos. 

“Essa abordagem representa uma alternativa sustentável e holística para a produção de alimentos, além disso, quem participar do evento terá a oportunidade de ampliar conhecimentos, trocar experiências com especialistas renomados e fortalecer o networking dentro da área de Geografia”, destaca.

O professor complementa que o evento é um reconhecimento da importância dessa profissão na sociedade. “Os geógrafos desempenham um papel fundamental na compreensão e análise do espaço geográfico, contribuindo para o planejamento urbano, gestão ambiental, análise socioeconômica, entre outros. Suas principais contribuições incluem a produção de conhecimento sobre o espaço terrestre, a identificação de problemas e soluções relacionados ao meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável”, pontua. 

O evento será gratuito e o link para inscrições e sala virtual serão disponibilizados nas páginas @sidigeo e @uespifloriano, um dia antes do evento.

UESPI Campo Maior: Professora Ana Fani Alessandri Carlos conduzirá aula de Geografia Urbana

Na terça-feira (16), o curso de Geografia do campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, terá uma aula com Profa. Dra. Ana Fani Alessandri Carlos. Professora Titular do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), e professora do programa de Pós-graduação em Geografia Humana da FFLCH-USP

Com uma vasta experiência acadêmica, a Dra. Ana Fani já ministrou aulas nas Universidade de Barcelona, na Espanha, na Universidade de Buenos Aires, na Argentina, e a Pontifícia Universidade Bolivariana de Medellín, na Colômbia, entre outras instituições de renome internacional. Além disso, ela coordena o Grupo de Estudos sobre São Paulo (GESP) e o Grupo de “Teoria Urbana crítica-” do IEA- Instituto de Altos

O evento, organizado pela turma de Geografia do IV bloco, sob a orientação do Prof. Dr. Antonio Castelo Branco, será realizado no contexto da disciplina de Geografia Urbana. Destinado aos estudantes que estão cursando esta disciplina, a palestra tem como objetivo provocar uma reflexão sobre as desigualdades decorrentes do processo de urbanização.

O professor Castelo explica que o processo de urbanização no Brasil é relativamente recente e acelerado o que promove uma série de situações problemas. “Neste sentido, é necessária uma reflexão sobre a produção do espaço urbano e crescente desigualdade social. Sabendo que a professora Ana Fani é autoridade no assunto, eu fiz um convite a ela que prontamente aceitou”.

Embora o evento seja voltado para os alunos da disciplina, ele será transmitido ao vivo pelo YouTube, permitindo que um público mais amplo tenha acesso às ideias e reflexões compartilhadas pela Profa. Dra. Ana Fani.

UESPI Campo Maior: Aula Prática no Laboratório da UESPI

Por Giovana Andrade

No Laboratório de Informática da UESPI do campus de Campo Maior, foram realizadas duas aulas práticas da disciplina de Geografia Agrária, no curso de Licenciatura Plena em Geografia durante os dias 26 e 27 de outubro.

Nestas aulas, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer uma das principais plataformas de coleta de dados estatísticos do Brasil, o SIDRA. O SIDRA é um Banco de tabelas estatísticas que tem como principal objetivo armazenar e disponibilizar os dados de pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Através dessa plataforma, os alunos puderam aprender a gerar tabelas, gráficos e cartogramas relacionados a informações populacionais, econômicas e ambientais, entre outros.

Alunos de Geografia na aula prática.

O objetivo principal das aulas foi apresentar o SIDRA aos alunos e demonstrar, na prática, como eles podem coletar dados estatísticos para a realização de seus trabalhos acadêmicos.

A Coordenadora do curso de Geografia, Cíntia dos Santos Lins, explica que durante as atividades realizadas no laboratório, os alunos tiveram a possibilidade de atualizar os dados estatísticos associados à expansão do agronegócio no Nordeste, mostrar o processo evolutivo, além de construir gráficos, tabelas e cartogramas.” Foi gratificante a oportunidade de oferecer aos nossos alunos uma aula com maior dinamismo, o que proporcionou maior entendimento do assunto em estudo, além disso, eles aprenderam a construir gráficos, tabelas e cartogramas para melhor representar esses dados”.

Discentes do Curso de Licenciatura em Geografia da UESPI realizam feira com alunos do Liceu Piauiense

Por João Fernandes

Alunos de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, realizaram na manhã desta quarta-feira (11), uma atividade pedagógica com alunos do Colégio Estadual Zacarias de Góis – Liceu Piauiense. Na oportunidade, discentes do Curso atuaram como supervisores da ExpoGeo, uma feira voltada para o ensino de Geografia da Instituição de Ensino.

A ExpoGeo é uma anualmente no Liceu Piauiense e em 2023, a feira foi organizada pelos alunos do colégio acompanhados por discentes do Programa de Residência Pedagógica (PRP), envolvendo toda a comunidade escolar.

Na oportunidade, os alunos foram estimulados a criarem maquetes ilustrativas do Sistema Solar e a apresentar seminários explicativos sobre conhecimentos geográficos, tudo feito em colaboração com os discentes do PRP sob orientação da professora Clemilda Bandeira. Durante a exposição dos trabalhos, alunos, professores e convidados de outras instituições de ensino  prestigiaram as apresentações.

Aprendizado na Prática 

Ketlen Aguiar, discente do 8° período do curso de geografia, pontua que foi muito gratificante a experiência de campo, já que estimula os alunos a saírem da rotina de um ambiente fechado da sala de aula.  Além de ser uma oportunidade para aperfeiçoar suas habilidades para além dos estágios e da graduação. 

“É muito importante essa parceria entre a Residência Pedagógica da UESPI e a a disciplina de Geografia do Colégio Liceu para realizar essa ação, pois os alunos jovens trazem criatividade e bagagem de novos conhecimentos. Dessa forma, juntos com os professores, conseguem fazer um trabalho excepcional, tornando o aluno protagonista de suas próprias experiências. Além disso, essa ação ajuda a saímos da Universidade com uma segurança maior para a nossa atuação profissional”, comenta a discente.

Para a professora Clemilda Bandeira, preceptora da Residência Pedagógica no Liceu Piauiense, a interação com os residentes é uma oportunidade de troca de conhecimento. A docente ressalta o compromisso do programa em estimular o aperfeiçoamento e desenvolvimento da formação prática dos acadêmicos do curso de Licenciatura.

É uma parceria que ambas as instituições ganham. Juntos, alunos do Liceu Piauiense e discentes que compõem a Residência Pedagógica da UESPI, fortalecem o ensino da Geografia. A colaboração deles foi essencial para o resultado positivo desta Feira. Ademais, com este apoio,  nossos alunos se sentem mais motivados e  seguros para  expor os resultados de seus trabalhos, obtendo um aprendizado dinâmico e interativo”, contou a professora.

Para Valdenilson Carvalho, discente do 8° período do curso de Geografia, é muito importante vivenciar e acompanhar o cotidiano dos professores e conhecer de perto a prática pedagógica. Para ele, projetos como a ExpoGeo são essenciais para  vivenciar e aprender de forma funcional a execução de projetos de Geografia.

“É de grande importância para minha formação. Tendo em vista que a colaboração com a Residência Pedagógica é importante pois beneficia tanto a formação dos futuros professores em formação quanto a experiência prática dos alunos, permitindo que eles vejam na prática como os assuntos de geografia são aplicados. Isso torna o aprendizado mais significativo e enriquecedor para todos os envolvidos”, conclui o discente.

Ensino de solos: projeto da UESPI propõe metodologias inovadoras no ensino de Geografia

Por João Fernandes

O ensino das ciências tem exercido papel fundamental para formação de cidadãos com capacidade de interpretar o mundo à sua volta. Nessa perspectiva, professora e discentes do curso de Geografia, campus Poeta Torquato Neto, desenvolveram o projeto “Solos na Educação: Jogos como Instrumento Lúdico no ensino de Geografia”, que leva oficinas pedagógicas para escolas como forma de incentivar o ensino e aprendizagem de conceitos da Geografia. 

O projeto busca utilizar jogos didáticos, visando tornar o conteúdo mais acessível e interessante para os alunos da educação básica. Com isto, a ideia é propor uma metodologia inovadora e lúdica para o ensino de geografia, que pode contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e para o aumento do interesse dos alunos pelo tema. 

Para a Profa. Dra. Maria Luzineide Gomes Paula, Coordenadora do projeto, a pesquisa pode servir como base para o desenvolvimento de novas metodologias de ensino em outras áreas do conhecimento, dando suporte a outros professores que buscam alternativas metodológicas inovadoras para a construção de uma educação eficaz .

“A atividade lúdica e os jogos intervêm de maneira positiva no aprendizado em sala de aula. Ao longo do processo educativo é essencial aproveitar tudo aquilo que o discente tem de conhecimento no seu campo cognitivo e utilizar como norte para o desenvolvimento da aprendizagem. Para que essa aprendizagem aconteça o aluno deve ter vontade em aprender, ou todo o esforço por parte do professor tornará a aprendizagem mecanizada”, destaca a professora.

Projeto na prática

As primeiras atividades práticas foram realizadas na Oficina Pedagógica de 2022 em uma escola particular de Teresina, com alunos dos anos finais do ensino fundamental. Na ocasião, foram apresentados jogos feitos com recursos não convencionais como forma de apresentar temas ecológicos de forma lúdica, despertando à discussão da ciência dos solos como ferramenta de ensino de geografia.

O aluno Edson Osterne da Silva Santos, discente do 8° período de geografia, considera que o ensino da geografia enfrenta obstáculos que impedem de tornar o ensino mais efetivo nos ciclos básicos, por isso, o projeto propõe uma adequação dos materiais didáticos  e uma mudança nos métodos atuais de ensino, visando o docente e sua formação.

“A atividade com jogos rompe com as práticas conservadoras, dando ao aluno a oportunidade de aprimorar a sua capacidade cognitiva e o desenvolvimento crítico na formação do conhecimento. Medidas como o uso de estratégias metodológicas de recursos didáticos não convencionais potencializam uma aprendizagem significativa, caso sejam bem aplicadas”, comenta o aluno.

Livya Calyne Linhares de Moura Costa, uma das integrantes do projeto, destaca que a iniciativa demonstrou a eficácia de atividades práticas e estimulou que os futuros profissionais  exercessem métodos mais eficientes.  

“Construímos jogos ecológicos a partir de materiais recicláveis como papelão, rolo de papel higiênico, tampinhas e até elementos do solo, tudo isso pensado para o ensino do conteúdo de solos. No âmbito acadêmico essa experiência estimulou minhas habilidades e competências de criatividade, organização, trabalho em equipe, dentre outros requisitos essenciais para o desempenho profissional na área da educação”, finaliza a aluna.

Em breve será publicado algumas outras contribuições dessa pesquisa de PIBIC como o Relatório Final do projeto em formato de resumo simples com titulação “Trabalhando os jogos ecológicos para o ensino de solos na Geografia” e também um Resumo simples e Expandido no III Seminário Didático – Pedagógico (SEMDIPE) do CCHL com o título  “A importância das oficinas pedagógicas a partir do uso de jogos ecológicos relacionados ao conteúdo de solos nos anos finais do Ensino Fundamental”.

 

Discente realiza pesquisa sobre Vulnerabilidade Socioambiental em áreas com risco para enchentes

Por Giovana Andrade

As enchentes urbanas são fenômenos frequentes que têm impactos significativos na vida das pessoas, especialmente daquelas que já se encontram em situação de vulnerabilidade socioambiental. Nessa perspectiva, o discente João Carlos Cardoso, do curso de Geografia, realizou uma pesquisa sobre “Vulnerabilidade Socioambiental em áreas com risco para enchentes: Estudo de Caso da Rua Cedro no Bairro Poti Velho”, sob orientação da Profª.Msc. Francisca Cardoso Da Silva Lima.

João Carlos Cardoso apresentando seu TCC.

A pesquisa foi seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e teve como objetivo analisar o fenômeno das vulnerabilidades socioambientais de risco a enchentes ocasionadas na rua Cedro, pelos rios Parnaíba e rio Poti, no bairro Poti Velho, região norte de Teresina-PI. A análise ocorreu no período de novembro de 2021 a maio de 2023.

João Carlos Cardoso assinando a ata de apresentação de seu TCC

 

Na pesquisa, João Carlos identificou os impactos socioambientais decorrentes deste fenômeno e sugeriu medidas ambientais educativas que minimizassem os impactos negativos  na região estudada. Segundo os resultados obtidos na investigação feita pelo discente, os principais problemas observados são considerados de longa data, como o fato do bairro Poti Velho ter sido criado às margens do rio Poti em decorrência do crescimento urbano desordenado fazendo com que muitas famílias migrassem para essas regiões com o objetivo de ter um local para morar. Dessa forma, a pesquisa observou que esses locais são considerados de risco e composto em sua maioria por pessoas em situação de vulnerabilidade.

“A fim de amenizar esse problema, a conclusão foi: primeiro, a construção de conjuntos habitacionais para abrigar as famílias que atualmente vivem em áreas de risco, já que essa é uma situação recorrente na região estudada. Além disso, a realização de um planejamento e execução de um plano de ação preventivo, que seja aplicado antes que ocorram calamidades que afetem a população ribeirinha local”, explica o discente.

João Carlos Cardoso e as professoras que compuseram a sua banca de avaliação de TCC

 

A Profª Francisca Cardoso, orientadora da pesquisa, afirma que o TCC de João Carlos, desempenha um papel crucial na conscientização da população residente da área de estudo sobre os riscos de alagamento e das autoridades para os problemas socioambientais. “Por meio da disseminação do conhecimento científico e de dados embasados em evidências, é possível promover uma maior compreensão dos problemas associados às enchentes, incentivando ações preventivas e o desenvolvimento de soluções eficazes para amenizar os impactos socioambientais e proteger a vida e o patrimônio das comunidades urbanas vulneráveis”, comenta a professora.

Alunos de Geografia realizam aula de campo na Unidade Escolar Dom Severino

Por Giovana Andrade

Alunos do curso de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizaram aulas de campo na Unidade Escolar Dom Severino com o alunos do Ensino Médio. O curso faz parte do Programa de Residência Pedagógica (PRP) ligado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

A atividade foi desenvolvida a partir da disciplina Trilhas do Piauí: Aventure-se, que é ministrada pela professora preceptora da Unidade Escolar Dom Severino, Luciane Silva de Carvalho, e também pelos residentes do PRP do Curso de Geografia: Edson Osterne da Silva Santos, Maria Laura Rodrigues dos Santos, Cleyton Felipe de Oliveira Barbosa, Leonardo Rafael Santos Côelho, Elysson Carlos da Silva Araujo, e Luís Felipe de Freitas Costa.

A professora Luciane Silva de Carvalho destacou a  importância das atividades de campo para o aprendizado de quem ministra e de quem recebe as informações. “As aulas de campo é vista como um momento mágico e muito esperado não só pelos alunos da educação básica, mas também pelos acadêmicos, pois, teremos a oportunidade de ter várias vivências e o amadurecimento desse conhecimento”.

Professora. Luciane Silva de Carvalho.

Durante as aulas de campo os residentes levaram os alunos para visitar o museu Dom Avelar, localizado no Bairro Cristo Rei, em Teresina. Luís Felipe, aluno do 8° período, pontuou que foi muito gratificante a experiência de campo, porque saem da rotina de um ambiente fechado de sala de aula.

“Dentro do programa de residência pedagógica, buscamos oferecer atividades diferentes aos alunos, atividades que tenham um impacto positivo sobre eles, levando em conta os conteúdos abordados nas aulas de Geografia. De modo geral, podemos perceber que os alunos ansiavam bastante por essa aula de campo, que já tínhamos avisado a eles. E no momento da interação com o museu foi percebido que os alunos ficaram bastante interessados nos objetos de amostragem do museu, o feedback que foi retornado pelos alunos foi bastante satisfatório”.

Estudante de Geografia do 8º período, Luís Felipe de Freitas Costa.

Para Edson Osterne, estudante do 8° período, a atividade proporciona uma troca de conceitos para todos os participantes e isso estabelece uma relação próxima e significativa entre eles.

“É importante criar um ambiente de aprendizagem que seja acolhedor e propício para as trocas de conhecimento entre professores e alunos. Isso significa proporcionar um espaço onde os alunos se sintam à vontade para expressar suas opiniões, fazer perguntas e compartilhar suas experiências. Além disso, buscamos fazer com que os alunos entendam que a prática de ensino ela não acontece somente em sala de aula, mas que a partir da sala ela se expande e a aula de campo ao museu teve o objetivo de mostrar aos alunos a importância dos patrimônios culturais, preservar os vestígios que marcaram a nossa história e a história da humanidade”.

Edson Osterne, estudante do 8° período de Geografia.

O programa tem duração de 18 meses e é dividido em 3 módulos, onde ao final cada residente tem que desenvolver um relatório das atividades realizadas, bem como as aulas de campo que foram propostas ao longo dessa caminhada.

Fotos dos residentes que também fazem parte do programa:

Elysson Carlos da Silva Araujo, estudante de Geografia do 8 período. “A aula de campo é sem sombra de dúvidas uma atividade essencial para estimular o senso de observação e crítico dos alunos, através do olhar do espaço histórico e vivido, para que o aluno possa descobrir o conteúdo que é primeiramente teórico na prática em um novo ambiente”.

Leonardo Rafael Santos Côelho, estudante de Geografia do 6 período. “Conciliar teoria e prática é sempre ótimo. Visto que o aluno tem dificuldades para compreender o conteúdo que é posto em aula, e como nós estávamos ministrando aula de eletiva (nas trilhas do Piauí), algo totalmente novo, foi bom para a disciplina”.

Cleyton Felipe de Oliveira Barbosa, estudante de Geografia do 6 período. “A experiência composta por uma aula de campo é transformadora para os estudantes, pois oferece novas perspectivas e acaba motivando-os a compreender o aprendizado”.

Maria Laura Rodrigues dos Santos, estudante de Geografia do 6 período. ” A experiência da aula de campo foi fundamental para os alunos e para os licenciandos, pois permite que conheçamos um espaço da nossa cidade e mostrar que a Geografia não está presa a sala de aula, mas vai muito além disso.”

 

Alunos do Curso de Geografia constroem Painel Climatológico de Teresina

Por João Fernandes

Um grupo de estudantes do Curso de Geografia, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) campus Poeta Torquato Neto, realizaram um projeto para aprofundar os conhecimentos sobre o clima de Teresina. A iniciativa surgiu a partir da construção de um Painel Climatológico, que reuniu dados coletados durante 90 dias sobre elementos atmosféricos com o objetivo de compreender a dinâmica climática da cidade. 

O trabalho foi realizado a partir da disciplina de Climatologia e utilizando a metodologia de natureza quali/quantitativa, combinando a coleta de dados diária de temperatura, umidade do ar, fotografias e níveis pluviométricos combinados com a leitura do céu baseada na nebulosidade.

A construção do Painel foi baseada em dados coletados entre os anos de 2018, 2019 e 2022, contemplando as estações do outono, inverno, primavera e verão. Ao todo, foram reunidos dados de seis períodos distintos, proporcionando uma observação uma visão abrangente das variações climáticas ao longo do tempo.

Após a coleta de dados, os estudantes processaram as informações e elaboraram gráficos e tabelas que compõem o painel climatológico. A organização cronológica dos dados possibilitou uma análise comparativa das variações climáticas ocorridas nos anos estudados.

 

Pinel climatológico do ano de 2022

Painel Climatológico 2022, dados dos autores

Diante dessas observações, a professora Maria Suzete Sousa, orientadora do grupo, destacou as perspectivas futuras para o clima de Teresina, afirmando que é importante ressaltar que as projeções climáticas são complexas e envolvem uma série de fatores interconectados. 

“Com base nos dados coletados e nas análises realizadas, podemos inferir que a região de Teresina pode enfrentar um aumento na temperatura média ao longo dos próximos anos. Além disso, é possível que ocorram variações na distribuição de chuvas, com períodos de maior intensidade e outros de menor precipitação a depender das interferências que a cidade possa sofrer”, destaca a professora.

A professora explica ainda que uma análise do clima de Teresina é de suma importância devido a suas condições climáticas diferentes e interferências continentais que a difere de outras capitais do Nordeste. Ela explica que esses eventos atmosféricos, embora imperceptíveis, podem influenciar, por exemplo, na sensação térmica e umidade relativa do ar. 

“Teresina reflete uma condição de continentalidade, as massas de ar estão relacionadas à posição geográfica da cidade, que fica afastada, por exemplo, da influência marítima. Embora os ventos alísios vindos do oceano trazem chuvas, eles também podem determinar o clima de Teresina, influenciando na temperatura e na umidade do ar”, comenta a professora.

A docente destaca ainda a relevância do estudo para a compreensão dos impactos das mudanças climáticas na região. “Compreender as perspectivas futuras do clima é fundamental para que possamos nos preparar e adotar medidas que minimizem os impactos das mudanças climáticas em nossa cidade. É necessário, investir em tecnologias limpas e no monitoramento do clima, para que haja o entendimento das mudanças climáticas locais e suas implicações”, afirmou a professora.

Painel climatológico do ano de 2019

Para João Carlos dos Santos, discente do 8° período, a realização de práticas do curso de Geografia é de grande relevância, tendo em vista que a sistematização dos dados coletados podem ajudar a compreender a dinâmica climática de um determinado lugar, levando em consideração, o levantamento dados necessário para a construção de painéis climatológicos. Para ele, a prática possibilita ainda aproximar os alunos ao ambiente em que estão inseridos.

“Durante o processo de participação na atividade prática, foi possível observar a dinâmica dos elementos e fatores climáticos na área de estudo, sendo possível identificar fatores que estariam influenciando a dinâmica climática da capital, tais como a continentalidade e eventuais efeitos marítimos. Ao longo desse período, discutimos e observamos na prática conceitos relacionados ao tempo e ao clima da nossa cidade”, comenta o aluno.

Alunos do curso de Geografia apresentam pesquisas em evento que acontece no Ceará

Por Anny Santos

Alunos do curso de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, divulgarão trabalhos feitos a partir das vivências no Programa Residência Pedagógica (PRP), no evento “X Fala Professor”, que será realizado em Fortaleza. A décima edição do encontro ocorrerá na capital cearense entre os dias 17 e 22 de julho.

A iniciativa surgiu a partir das experiências proporcionadas através do Programa Residência Pedagógica voltado para o aperfeiçoamento de docentes que instiga diariamente a realização de pesquisas voltadas para a área de educação, proporcionando uma formação completa por intermédio da pesquisa, sendo um dos elementos que compõem a formação profissional do professor.

A partir da prática docente é possível questionar, investigar, problematizar e ser produtor de conhecimento, nesse sentido, busca-se sempre a realização de pesquisas científicas a partir de alguma problemática identificada durante a formação docente no ambiente escolar ou universitário.

As pesquisas foram orientadas pela professora Dra. Maria Teresa de Alencar, Coordenadora do Programa Residência Pedagógica, e pela professora Dra. Liége de Souza Moura, colaboradora do Programa Residência Pedagógica. Os estudantes foram Edson Osterne da Silva Santos, João Carlos dos Santos Cardoso, Livya Calyne Linhares de Moura Costa e Luís Felipe de Freitas Costa.

Para Edson Osterne é importante que os professores busquem diversificar suas práticas docentes in loco, tornando-as mais dinâmicas e práticas. “Essa busca é uma ação coletiva de suma relevância se permitir vivenciar as adversidades, bem como o uso de trocas de experiências em grupos para que a aprendizagem seja mais contextualizada na formação de cidadãos críticos e conscientes como agentes de mudança”.

Edson Osterne da Silva Santos

O Encontro Nacional de Ensino de Geografia, mais conhecido como “Fala Professor(a)!”, realiza-se a cada quatro anos desde 1987, reunindo geógrafos e estudantes de graduação e pós-graduação e todos aqueles que pensam e agem no mundo a partir da Geografia para debater os rumos do ensino de Geografia no Brasil.

O ato de pesquisar serve para a base científica e o desenvolvimento acadêmico dos pesquisadores, bem como a contribuição pessoal, acadêmica e social na construção e reconstrução dos conhecimentos fornecendo soluções ou mesmo na divulgação da busca por melhorias educacionais. Além, disso, a pesquisa suscitando a busca por novas respostas, contribui de maneira significativa, trazendo progresso para sociedade em geral, sendo um dos papéis da Universidade enquanto instituição de ensino, na qual se torna indispensável tanto na formação inicial como continuada dos licenciandos.

Livya Calyne Linhares acredita que a importância do evento é especialmente a produção de conhecimento e a socialização coletiva das pesquisas e das experiências. “O evento reunirá a comunidade acadêmica para um encontro a nível nacional para debater temáticas referentes à ciência geográfica e o papel do ensino de Geografia na educação brasileira no contexto contemporâneo. Então acredito que representar a UESPI, no evento, seja justamente apresentar nossas pesquisas para os demais estudiosos das Instituições de Ensino Superior e para a sociedade”.

Livya Calyne Linhares de Moura Costa

Para João Cardoso e Luís Costa, também membros da equipe que representará a UESPI, acreditam que é um momento ímpar na contribuição de troca de saberes docentes, agregando e dando um retorno à sociedade do trabalho realizado enquanto pesquisadores no ambiente universitário. Além disso, esses trabalhos são importantes dentro da comunidade acadêmica, permitindo o enriquecimento do saber acadêmico, além de somar na formação dos discentes como pesquisadores.

João Carlos dos Santos Cardoso

Luís Felipe de Freitas Costa

Professores e alunos realizam atividade com os povos indígenas Tabajara e Tapuiu do Piauí

 Por Giovana Andrade

Docentes e discentes dos cursos de Licenciatura Plena em Ciências Sociais e de Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI)  realizaram um trabalho de Campo Exploratório com o  povo Indígena Tabajara, na Comunidade Nazaré localizada no município de Lagoa do São Francisco/PI. A atividade estava sob a orientação do Prof. Me. Marcelo Reges Pereira e do Prof. Dr. Fábio Martinez Serrano Pucci e aconteceu no último dia 03.

Visita ao Povo Indígena Tabajara na Comunidade Nazaré.

A ação faz parte das Disciplinas Fundamentos Antropológicos da Educação e Iniciação à Antropologia e o objetivo geral da pesquisa de campo exploratória foi utilizar as ferramentas metodológicas e os conceitos fornecidos pela Antropologia para a que os estudantes pudessem compreender o que é a atividade de campo, bem como, a observação participante como métodos científicos.

O Prof. Me. Marcelo Reges, que também  é artista plástico com o nome artístico Sete Genet-Piauí, na oportunidade, entregou uma de suas pinturas para o Museu Indígena Anízia Maria dos Povos Tabajara e Tapuio Itamaraty. Segundo o artista, a obra é uma homenagem as fundadoras da comunidade Antônia Jacinta e Josefa Jacinta. A pintura retrata as duas como heroínas que enfrentaram todas as dificuldades impostas para os povos indígenas no Séc. XVIII para chegar a região e fundar a comunidade.

“Acredito que não podem existir  heroínas sem rostos. Eu queria da um rosto para as Jacintas. Já fiz quadros sobre Deuzeli Vanines, Madu Ladino e Esperança Garcia, que são pessoas que enfrentaram muitas dificuldades para serem vistas e para garantirem seus direitos. Quando conheci a história das Jacintas, sabia que era meu dever, como antropólogo e artista plástico, dar visibilidade a estas mulheres. Elas contam um história do Piauí de resistência dos povos indígenas. Hoje, os Tabajara e os Tapuio Itamaraty são exemplos de resistência do poder de organização dos povos indígenas no Brasil. Um exemplo não só para o Piauí e para o Brasil, mas para o mundo”, afrmou.

Além de uma aula voltada para a parte científica, o prof. Marcelo Reges  recitou uma poesia para a comunidade visitada. A poesia se chama “Jacintas as Mães do Povo Tabajara ou Os Espíritos das Onças Paridas” e, segundo o Docente, trata-se de uma homenagem as “mães do povo Tabajara”.

 

Título da obra : Jacintas as Mães do Povo Tabajara ou Os Espíritos das Onças Paridas Técnica Acrílica, tinta metálica sobre tela (100x100cm) Sete Genet-Piauhy.

Fotos: John Lucas Pereira Cruz (estudante do 6 Bloco de Ciências Sociais).

 

 

 

Curso de Geografia de Campo Maior promove evento em homenagem ao dia do Geógrafo

Por Clara Monte 

No dia 29 de maio acontece o evento “Dia do Geógrafo: Ciclo de Palestras“, promovido pela comunidade acadêmica do curso de Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior. O evento será presencial, na biblioteca do campus, e também sendo disponibilizado um link via Google Meet para os demais interessados.

O projeto foi idealizado pelo professor do curso de Geografia, Bruno Maia, que tem como objetivo mostrar aos alunos a importância da profissão para à sociedade, além de prestar homenagem ao Dia Internacional do Geógrafo(a), recordando os maiores nomes dos profissionais da área no Estado do Piauí.

“Esse é o primeiro evento que vamos organizar no ano para o curso, onde todos do departamento de geografia estão engajados no debate sobre o papel do profissional no século XXI, nas mais diversas áreas onde podemos atuar. Será discutida, nos ciclos de palestras, a contextualização de áreas físicas, culturais, políticas e de ensino”, pontua o professor.

A oportunidade é mais uma ação desenvolvida pela coordenação do curso com o intuito de promover restruturações de melhorias na formação dos alunos. A professora Cíntia dos Santos, uma das organizadoras do evento, afirma que o encontro marca uma continuidade do curso em desenvolvimento de uma série de atividades e projetos.

“Nós professores, juntamente com a direção da UESPI e os alunos, estamos em uma busca constante por melhorias para o nosso curso, como a criação de projeto ecológico associados a materiais reciclados do campus, projetos de pesquisa e extensão, horta comunitária para práticas e elaboração de um controle acadêmico para nossos discentes. Esse evento significa muito para nós geógrafos, pois, além de servir como homenagem ao nosso dia, é a integração de todos as ações em um só momento, impulsionando o ensino de qualidade”.

A docente destaca, ainda, que a oportunidade contará com ciclos de palestras com temas ligados ao raciocínio geográfico na educação básica e estratégias didáticas nas áreas da geografia cultural, política e outras, na qual geógrafos de renome de outras cidades foram convidados para participação, além de dois egressos do curso da UESPI que irão contribuir contanto suas experiências dentro do campo em formação e no mercado de trabalho.

“Nossa intenção é fazer com que os alunos tenham contato com profissionais de outros lugares, resultando em mais conhecimento e informações, explorando o máximo de áreas de estudo, além de incentivá-los na organização de eventos, motivando nossa comunidade de discentes a promoção de ciclos de palestras que geram maior nível de interação entre eles, permitindo a estimulação de pesquisas e projetos”, finaliza a professora.

Marcelo Alves, um dos egressos que irá palestrar no evento, comenta que ficou muito feliz com o convite para participar e que suas expectativas são as melhores possíveis, tendo em vista que contribuirá para visibilidade do campus. “Esse momento é essencial para incentivar os graduandos a se dedicarem aos estudos e focarem na continuidade de sua formação, sempre buscando aperfeiçoamento em sua carreira de professor-pesquisador, ver como é o campo de atuação funciona, e como lograr êxito na carreira”.

Curso de Geografia da UESPI realiza monitoramento da linha de costa em praias do litoral piauiense

Por Vitor Gaspar

Os professores Jorge Paula e Maria Luzineide, junto com o estudante Phillipe Freitas, do curso de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participam de um projeto de consciência cidadã,  que trabalha com o monitoramento da linha de costa em praias do Nordeste, incluindo duas em Parnaíba (Pedra do Sal e Praia do Coqueiro).

O CoastSnapNE atua com base no monitoramento comunitário e participativo de mudanças na praia. Ele foi criado em 2017, na Water Research Laboratory, da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, Austrália. Esse é um método de baixo custo que está se expandindo, tendo, hoje em dia, cerca de 200 estações distribuídas em 21 países e que possibilita a participação da comunidade na produção da ciência, fazendo com que as pessoas possam se ver como pesquisadores (pesquisador-cidadão). Além disso, permite a integração de projetos de Iniciação Científica e/ou de Extensão que gerem debates relacionados a preocupação com o ambiente através de palestras e/ou oficinas.

Nesse sentido, dois professores do curso de Geografia da UESPI se integraram ao projeto através de convite do Laboratório de Geologia e Geomorfologia Costeira, Oceânica e Ambiental (LGCO) da Universidade Estadual do Ceará (UECE) que está conduzindo o monitoramento no nordeste, sob coordenação do Prof. Dr. Davis Paula. Esse trabalho reúne pesquisadores de várias universidades e consiste na instalação de uma estação, contendo uma estrutura que permite a instalação de smartphones por parte da população e a partir disso, fazem fotografias que são compartilhadas através das redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter) por moradores e turistas que visitam as estações do projeto. Desse modo, de acordo com posição e o ângulo da câmera, é possível estabelecer as características da praia e fornecer um registro preciso da posição do litoral no momento da captura da fotografia possibilitando a análise por parte dos pesquisadores.

A estrutura posicionada na Praia Pedra do Sal com orientações para o envio das imagens via QR Code

O Professor Jorge Paula explica que o equipamento consta de uma estaca e um suporte metálico posicionado de forma estratégica para o registro de imagens que são analisadas a partir de um decodificador, além da produção de como trabalhar com o uso dessas imagens para tirar a linha de corte e todas as informações importantes, como a erosão, que é comum em alguns pontos do litoral piauiense. Segundo ele, a instalação dessas estações facilitam os estudos, pois permite que a qualquer momento os pesquisadores possam receber essas informações, não precisando do deslocamento físico até o litoral. O docente também ressaltou a importância desse trabalho para os empreendimentos que estão posicionados nas praias.

“O monitoramento é muito importante para a gestão costeira, pois ele permite que os gestores tenham uma ideia de como funciona o litoral e pensar ações relacionadas a isso. Se estiver havendo um recuo em um determinado espaço de tempo sem recuperação dessas praias naturais, ele pode pensar onde alocar e determinar alguns empreendimentos urbanos. Será que seria importante, por exemplo, apenas recuperar as praias que caíram na Pedra do Sal? Não. É melhor considerar esses estudos para que seja feito um trabalho de prevenção e ordenamento”, explica.

Momento em que o equipamento é instalado na Pedra do Sal

Além disso, os estudos podem auxiliar na prevenção ao risco do banho de mar, pois o litoral piauiense possui uma frequência de visitação esporádica (feriados, férias), diferente de outros estados, onde existem capitais litorâneas com uma maior circulação de pessoas. Dessa forma, isso provoca um desconhecimento por parte das pessoas com relação a área submersa que apresenta riscos as pessoas durante um banho de mar, portanto, esses estudos também ajudam nesse sentido, com informações úteis nesse trabalho de prevenção de acidentes que possam vir a acontecer.

Um morador fazendo seu registro na instalação localizada na Praia do Coqueiro

A Professora Maria Luzineide acrescenta que as ações do projeto CoastSnap devem dar abertura para agregar outros projetos, que visem por exemplo a sensibilização ambiental, o destaque para que crianças e jovens das comunidades próximas da estação, tanto possam contribuir com o envio de imagens como também possam se sensibilizar com ações outras que possam trazer a ideia de uma participação social na área.

“Assim, no plano do projeto CoastSnap está prevista a realização de uma aproximação com escolas da região para se promover ações como oficinas e palestras. Lembrando que estamos na década do Oceano, onde o mundo todo deve se preocupar com ações com a sustentabilidade do litoral e do oceano”, encerra a professora.

Os pesquisadores instalando o equipamento na Praia do Coqueiro

A proposta permite o implemento de projetos de pesquisa dentro do trabalho para que estudantes também possam participar. Assim sendo, os professores da UESPI levaram a ideia que chegou até Phillipe Freitas, aluno do 3º bloco de Geografia. O discente comenta que foi muito gratificante ter sido convidado para participar do projeto, que marca o seu ingresso na produção de pesquisa científica e destacou mais detalhes  sobre os procedimentos realizados.

“Com o levantamento das fotos, nós produzimos perfis, nos quais observamos as oscilações na costa, as diferenças, as razões intempéries, de erosão e outros pontos que marcam a função do nosso projeto, que é a analisar a modificação existente lá. Com o levantamento podemos ver os riscos de erosão para fazer o trabalho de prevenção e de estar conscientizando sobre os riscos para que todos possam estar cientes”, afirma.

Atualmente o projeto está sendo desenvolvidos nos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, com a intenção de ampliação para outros estados futuramente. Acesse o SITE do CoastSnapNE e confira mais detalhes.

 

Aluno da UESPI desenvolve pesquisa envolvendo informação, wikipédia e o litoral piauiense

Por Anny Santos

O aluno Edson Osterne, do 8º período do curso de Licenciatura Plena em Geografia e bolsista PIBIC 2022/2023 da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, desenvolve a pesquisa “Wikipédia como fonte de informações históricas e geográficas sobre o litoral piauiense: o município de Luís Correia em foco”.

Sob a orientação da professora Dra. Elisabeth Mary de Carvalho Baptista, a pesquisa possui o objetivo de analisar a qualidade e veracidade das informações sobre o município de Luís Correia presentes na Wikipédia, uma das principais fontes de informação da atualidade, especialmente para estudantes. Para isso, são realizadas pesquisas bibliográficas e análises comparativas entre as informações presentes na Wikipédia.

Segundo o aluno, a análise busca, ainda, avaliar o papel da Wikipédia como fonte de informação para a construção da memória histórica e geográfica do litoral piauiense. Os resultados da pesquisa podem contribuir para a melhoria da qualidade das informações, bem como para a valorização do litoral do Piauí.

Os benefícios do projeto de pesquisa para o bolsista e os demais integrantes do grupo incluem o desenvolvimento de habilidades importantes, como a pesquisa bibliográfica e análise crítica de fontes de informação na internet. Além disso, a pesquisa está contribuindo para a conscientização sobre o uso adequado da plataforma, desde que sejam utilizadas fontes confiáveis e sejam tomados os cuidados necessários.

“A pesquisa traz vários benefícios importantes para a sociedade. Ela contribui para o avanço do conhecimento, desenvolve habilidades importantes, valoriza a história e a cultura, melhora a qualidade das informações disponíveis em fontes públicas, promove o uso adequado de fontes de informação e fomenta a cooperação entre instituições. Todos esses benefícios podem ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e na evolução do conhecimento em diferentes áreas do saber”, destaca o aluno e pesquisador.

Além do bolsista PIBIC e da professora orientadora, a pesquisa conta com apoio dos docentes colaboradores Marcus Pierre de Carvalho Baptista e Brenda Rafaele Viana da Silva, além dos discentes colaboradores Livya Calyne Linhares de Moura Costa, Luis Felipe de Freitas Costa e João Pedro do Amarante Santos.

Para comunidade acadêmica, o projeto pode ajudar a desenvolver novos conhecimentos e teorias sobre a confiabilidade das informações na Wikipédia e seu papel na construção de memória histórica e geográfica, além de melhorar as habilidades de pesquisa dos envolvidos. Já para a comunidade externa, o projeto pode disseminar informações confiáveis sobre o município de Luís Correia, além de conscientizar sobre a importância do uso de fontes confiáveis no mundo digital, ajudando a combater a desinformação.

Edson Osterne acredita que a pesquisa é fundamental para sua formação acadêmica, pois ela proporciona a oportunidade de desenvolver suas habilidades críticas e reflexivas, além de expandir seu conhecimento e contribuir para a construção de uma sociedade mais informada. “Encorajo meus colegas de graduação a se envolverem em projetos de pesquisa e a aproveitarem todas as possibilidades que essa experiência pode oferecer”.

Alunos do 4º e do 7º Bloco do curso de Geografia apresentam trabalhos no Campus Clóvis Moura

Por Vitor Gaspar

Estudantes do 4° e 7° período do curso de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) do campus Clóvis Moura em Teresina, apresentaram trabalhos de encerramento de período referente as disciplinas de Geografia Urbana e Geografia do Piauí, respectivamente.

Ambas as disciplinas foram ministradas pelo professor Carlos Rerisson Costa e as duas atividades foram realizadas em paralelo. A apresentação dos mapas, da atividade Piauí em Mapas, com alunos do Bloco 7, e a II Jornada de Geografia Urbana do CCM/UESPI, com alunos do Bloco 4.

Os alunos do 4° Bloco apresentaram resultados de resenhas que abordaram temas como: moradia, produção do espaço em Teresina, dentre outros. Esses apresentaram, na forma de banner, artigos finais elaborados sobre temas relacionados à urbanização de Teresina. Essa atividade visava proporcionar aos discentes um momento de apresentação pública e diálogo com os demais discentes do curso de Geografia e demais interessados nas temáticas expostas.

 

Momentos em que os alunos apresentavam os trabalhos

Já os discentes do 7° período produziram mapas confeccionados durante as aulas que trouxeram temáticas relacionadas a produção de culturas, como feijão e milho, focada nos impactos dessa produção no PIB do Piauí. O material ficou exposto no pátio do Campus Clóvis Moura, no bairro Dirceu Arcorverde, na zona sudeste de Teresina.

Mais um registro da apresentação feita no campus Clóvis Moura

A atividade foi intitulada “Piauí em Mapas” fez parte da disciplina de Geografia do Piauí ministrada esse semestre e visava produzir mapas temáticos do Piauí para discussão de aspectos tratados ao longo da disciplina, além de também proporcionar um momento de formação aos alunos quanto às técnicas do geoprocessamento, utilizando o Laboratório de Geomática e Estudos Ambientais do Curso de Geografia do CCM. “No Laboratório apresentei o Software utilizado, as ferramentas e técnicas necessárias para a elaboração daquele tipo de representação cartográfica e trabalhamos a elaboração dos mapas que permeavam as discussões teóricas trabalhadas em sala de aula”, explica o Professor Carlos Herisson Costa”.

Para Dilson Sousa, aluno da turma, a experiência foi interessante e ajudou a dinamizar as aulas. “Esses trabalhos ficaram prontos para pesquisa de quem possa se interessar pelos temas. Foi muito bom montar e ver o resultado do nosso trabalho”, afirmou.

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA DA UESPI

O licenciado em Geografia trabalha como professor em instituições de ensino que oferecem cursos de nível fundamental e médio. Poderá ainda atuar em editoras e em órgãos públicos e privados que produzem e avaliam programas e materiais didáticos para o ensino presencial e a distância. Além disso, atua em espaços de educação não formal, como feiras de divulgação científica, museus e unidades de conservação, em empresas que demandam sua formação específica e em instituições que desenvolvem pesquisas educacionais. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria, conforme os Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação/ Secretaria de Educação Superior.

 

Curso de Geografia realiza I Feira de Geociências da UESPI

Por João Fernandes

Buscando trazer amostras de experiências e ações didáticas, nesta quarta feira (08), aconteceu a I Feira de Geociências da UESPI, organizada pelo curso de Licenciatura em Geografia, do Campus Poeta Torquato Neto, a atividade de extensão tem como objetivo aproximar a Universidade com escolas da Rede Estadual de Ensino, fazendo com que os futuros professores tenham contato com seu ambiente de trabalho.

Durante a feira foram apresentados trabalhos desenvolvidos por alunos do Curso de Geografia, que realizaram pesquisas e sistematizaram com a proposta de mediarem o conteúdo científico para os alunos da educação básica, totalizando cerca de 13 estações temáticas.

Para Marcelo Henrique, discente do quarto bloco, a iniciativa proporcionou aos visitantes a capacidade de vislumbrar elementos da natureza que estão presentes em nosso dia a dia, mas não conseguimos perceber. “Estamos repassando o conteúdo que aprendemos este semestre, usando metodologias que possibilitem  entender o funcionamento de alguns sistemas terrestres, tudo pensado e criado por nós. O projeto torna os alunos protagonistas da atividade”.

Foram apresentados conteúdos científicos para os alunos da educação básica

Segundo a Profa. Dra. Maria Luzineide Gomes, uma das coordenadoras da Feira, a iniciativa é a culminância de ações de planejamento, pesquisa, orientação, confecção de materiais, contato com as escolas e planos de logística, o que torna a feira um campo fértil de aprendizagens.

“Apresentamos aqui elementos das disciplinas de Geologia, Geomorfologia e Elementos da pedagogia , com recursos didáticos focados em discussões ambientais, para trazer da melhor forma novos conhecimentos aos alunos visitantes. Além de ser uma excelente oportunidade para discentes do curso de Geografia e demais cursos conhecerem o que está sendo estudado e ensinado”, destaca a professora.

Na oportunidade, os discentes colocaram em prática, além do conhecimento científico específico das disciplinas, a oralidade, ação didática e a interação com os visitantes. O ensino da Geografia, através da feira, possibilitou maneiras interessantes de conhecer o mundo e as esferas que o compõem.

Confira algumas amostras:

Geografia UESPI: curso realiza I Feira de Geociências

Por Anny Santos

Alunos do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, promovem a I Feira de Geociências no dia 08 de fevereiro, das 14h às 17h, no espaço de convivência do CCHL.

Sob coordenação da Profa. Dra. Maria Luzineide Gomes e do Prof. Dr. Jorge Eduardo de Abreu, a feira surge de forma experimental com o objetivo de apresentar diversos recursos didático-metodológicos para o estudo e ensino da área de Geociências, totalizando cerca de 13 estações temáticas. Segundo a professora Maria Luzineide, a atividade será apresentada pelos discentes das disciplinas de Elementos de Geologia, Geomorfologia e Elementos de Pedologia.

“As feiras ocorriam nas escolas e separadamente. Neste semestre os professores idealizaram algo na própria UESPI, pensando ser uma possibilidade dos alunos das escolas virem à Universidade. Além deles, para os próprios discentes do curso de Geografia e demais cursos conhecerem o que está sendo estudado e ensinado”.

Podem participar alunos de escolas (de nível fundamental e médio) e a comunidade acadêmica. Na oportunidade, os discentes do curso de Geografia devem colocar em prática, além do conhecimento científico específico das disciplinas, a oralidade, ação didática e a interação com os visitantes. O ensino da Geografia, através da feira, possibilita maneiras interessantes de conhecer o mundo e as esferas que o compõe.

O Prof. Dr. Jorge Abreu acredita que a iniciativa pode possibilitar, posteriormente, que mais disciplinas sejam agregadas, promovendo um ensino com mais interdisciplinaridade, o que já vem sendo direcionado pelo currículo escolar das redes como propõe a BNCC. “A feira pode ainda se tornar um evento/atividade de valorização de nosso curso e de nossa UESPI”.

Além das estações temáticas os visitantes poderão conhecer mais de 20 tipos de rochas, experimentar o magnetismo do solo e entender o funcionamento de alguns sistemas terrestres e suas esferas. Todas essas atividades estarão abertas à visitação sem necessidade prévia de inscrição, mas será disponibilizado um certificado de participação elaborado pelo Núcleo de Estudos de Geografia Física da UESPI (NEGEO), cadastrado nos grupos de pesquisa do CNPq.

Para Marcelo Borges, aluno do 4° bloco e um dos organizadores da feira, a experiência vem como uma oportunidade de repassar e apresentar aquilo que foi aprendido durante o semestre, além de ser muito importante para o desenvolvimento das habilidades didáticas. “Para nós, futuros professores, esse momento é de extrema importância, pois com ele poderemos desenvolver nossas habilidades didáticas e desenvolver novas metodologias de ensino que no futuro serão de grande importância para a nossa carreira. Esse momento também é essencial para o nosso currículo e estou extremamente ansioso para desfrutar dele”.

Alunos do curso de Geografia desenvolvem pesquisa sobre os efeitos socioambientais das enchentes no período chuvoso

Por Anny Santos

Alunos do 7° período do curso de Licenciatura Plena em Geografia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Poeta Torquato Neto, realizam pesquisa intitulada “Ocupação do leito do rio Poti e os efeitos socioambientais das enchentes no período chuvoso (2022/2023) em Teresina-PI”, proveniente do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC).

Realizada pelo aluno de iniciação cientifica, João Carlos dos Santos Cardoso, e outros três discentes colaboradores, Edson Osterne da Silva Santos, Luis Felipe de Freitas Costa, Maria Laura Rodrigues dos Santos, a pesquisa aborda o estudo dos efeitos socioambientais causados pelas enchentes em áreas mais afetadas de Teresina e tem a orientação da professora e Coordenadora do projeto, Maria Suzete Sousa Feitosa.

De acordo com a professora Maria Suzete, nos últimos anos, a cidade vem passando por um processo de crescimento urbano horizontal e vertical sem planejamento que atenda o ordenamento territorial do crescimento urbano. A ocupação do rio Poti acarreta consequências socioambientais para as aglomerações urbanas que vivem suscetíveis ao risco recorrente no período de chuvas intensas na cidade.

“A pesquisa busca evidenciar as áreas sujeitas a enchentes para que assim identifique e se evite futuras ocupações dessas áreas de risco. Queremos com isso contribuir para se evitar desastres naturais. Acrescenta-se que, no campo geográfico, a pesquisa contribui, sobretudo, para um confronto com o espaço geográfico produzido as margens dos canais fluviais, possibilitando desvelar aspectos da realidade socioambiental no espaço urbano em foco, este materializado mediante as relações que se estabelecem”, ressalta a professora.

A iniciativa surgiu a partir dos eventos ocorridos em 2022, enchentes decorrentes do período chuvoso da época que aumentou a cota de inundação do referido rio. Diante disso, diversas famílias foram atingidas por estarem licalizadad em áreas impróprias para moradia, acarretando danos irreparáveis.

Para os alunos o PIBIC contribui significativamente na formação acadêmica, pois projetos de Iniciação Científica consistem em uma ferramenta de investigação, que possibilita vivenciar na prática uma experiência de ensino mais aprofundada em determinado assunto científico. O projeto também tem o intuito de colaborar na busca de soluções para os problemas estudados.

João Cardoso destaca que, a partir da pesquisa, passou a ter uma formação mais especializada e focada na ciência, favorecendo aspectos importantes para o seu desenvolvimento acadêmico e influenciando no crescimento profissional, sendo imprescindível para a formação continuada, no que se refere a pós-graduação. “Em relação a minha experiência e dos demais envolvidos no projeto tem sido ótima, ao passo que nos aproximamos com o mundo da pesquisa, ampliamos o conhecimento cientifico, bem como senso crítico e o olhar sobre o mundo”.

Aluno de iniciação cientifica, João Carlos dos Santos Cardoso

Aluno de iniciação cientifica, João Carlos dos Santos Cardoso

O estudo dos efeitos socioambientais e o conhecimento das áreas mais afetadas da capital piauiense contribui para compreensão da dinâmica fluvial do rio Poti durante o período chuvoso, que podem acarretar enchentes.

“Será construído um quadro resumo que servirá de base de dados no que se refere a essas ocupações territoriais e as famílias que se encontram em vulnerabilidade após as enchentes no período estudado. Tais resultados deverão contribuir para estudos e pesquisas de natureza técnico-científico, didática, social no âmbito acadêmico da Geografia e áreas afins, aplicáveis no ensino, na pesquisa e extensão universitária, servindo como base para o poder público no subsidio para o ordenamento territorial da cidade com políticas públicas para enfrentamento de eventos de enchentes”, pontua o aluno.

Pesquisadores da UESPI participam de evento sobre mudanças climáticas

Por Vitor Gaspar

Pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participam do VIII Semeares, evento que trata sobre o impacto das mudanças climáticas entre os dias 23 e 26 de novembro.

O evento acontece na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e estão convidados a participarem do encontro docentes da UESPI, entre eles, o Prof. Werton Costa, do curso de Licenciatura Plena em Geografia, e Tatiana Oliveira do curso de Licenciatura Plena em História.

Segundo a organização, neste ano, o tema será a “Ação contra a mudança global do clima”, que visa proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.

A UESPI já desenvolve, a partir de seus pesquisadores, um trabalho pioneiro na questão da climatologia geográfica e, atualmente, conta com dois pesquisadores que trabalham, entre eles o Prof. Werton, do campus Clóvis Moura, e a Prof. Suzete Feitosa, do campus Poeta Torquato Neto, ambos de Teresina. As duas linhas de pesquisa possuem suas características próprias, no entanto, ambas convergem para emponderar as pessoas com informações estratégicas, principalmente, na informação acerca dos riscos e dos desastres socio-naturais.

Para o Prof. Werton Costa, que foi convidado a dar uma palestra sobre o tema a “Ética, mudanças climáticas e desenvolvimento territorial”, o foco do trabalho é que os alunos sejam sensibilizados sobre o papel que o clima exerce na economia e na vida das pessoas de forma geral e que eles possam ser multiplicadores dessa cultura preventiva de riscos.

“Quando nós falamos de mudanças e emergências climáticas, observamos que no cenário atual de intensificação de fenômenos severos e extremos, sabemos que os mais penalizados são os mais vulneráveis, então, a Universidade cumpre, de forma ampliada, a sua função social, tendo a compreensão de que o papel do professor é um papel cidadão buscando conscientizar o seu entorno para construir uma resiliência e uma capacidade de adaptação e de resistência”, completa o climatologista.

Professor da UESPI, Werton Costa, especialista em Climatologista

Mudanças climáticas

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) as mudanças climáticas se referem a transformações de longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Essas alterações podem ser naturais, mas, desde o século XVIII, as atividades humanas têm sido a principal causa, principalmente por causa da queima de combustíveis fósseis (como carvão, petróleo e gás), que produzem gases que retêm o calor.

Entre as principais consequências que esse fenômeno causa estão temperaturas mais altas, tempestades mais severas, aumento da seca, um oceano cada vez mais quente e maior, perda de espécies, desabastecimento, riscos para a saúde, pobreza e deslocamento.

Para discutir essas questões está acontecendo em Sharm El Sheikh no Egito a 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 27, reunindo líderes mundiais em busca de uma parceria entre todos os países do mundo a fim de desacelerar o impacto que essas mudanças vão gerar em todo o globo.

Curso de Geografia promove mais uma edição da Oficina do Solo

Por Vitor Manoel

Os alunos do 4º Bloco do curso de Licenciatura Plena em Geografia promovem mais uma edição da “Oficina do Solo” no Colégio Pro Campus, localizado no Centro Sul de Teresina.

Profa. Maria Luzineide (3º da esquerda para a direita) junta com alunos do 4º Bloco e voluntários

A ação é destinada para alunos do 6º e 7º Ano do Ensino Fundamental e que estejam com o conteúdo programático na escola voltado ao estudo dos solos na disciplina de Geografia. O objetivo do projeto é ampliar o conhecimento dos estudantes de forma lúdica e com atividades práticas facilitando o entendimento de todo o conteúdo, além disso, auxilia os alunos de Licenciatura a organizarem e conviverem com o ambiente escolar, projetando a sua futura área de trabalho.

A Profa.Dra. Maria Luzineide Gomes destaca que essa é a primeira edição da Oficina depois da pandemia e que essa prática é fundamental para os alunos de Licenciatura, pois eles passam por todo o processo de confecção dos materiais e podem aprender praticando.

“É muito importante para os alunos da UESPI vivenciar a prática da docência, pois essa é a forma no qual eu posso ver se realmente eles estão compreendendo o conteúdo passado em sala de aula. Para os alunos da escola também é muito relevante que eles possam ampliar o conhecimento, para além do livro didático, pois aqui eles tem a oportunidade de tocarem nos materiais e ver como eles são produzidos. No fim das contas ganham os dois com a promoção desse evento”.

Momento de interação com os alunos da escola

A Oficina do Solo conta com exposição de materiais que mostram todo o processo como a formação, textura, as cores, o potencial artístico, confecção de tintas ecológicas, os problemas como a erosão, o manejo do solo, a questão da compostagem, dentre outras temáticas.

Luís Santiago, discente do 4º período ressalta que o evento propõe o conhecimento da preservação e conservação do solo, com dinâmicas diferentes sendo oferecidas. “Aqui nós temos jogos, brincadeiras com a tinta, as crianças ficaram impressionadas com a minhoca. Essa atividade para a gente junto com esses meninos na escola é muito importante para termos esse contato”.

Menina pintando um desenho com tinta confeccionada na Oficina

Yasmin Paula, estudante do colégio Pro Campus, comenta que todo o conteúdo foi ensinado de forma simples, de um fácil entendimento com os alunos e trazendo ótimos exemplos, mostrando a estrutura e textura dos materiais, além de conteúdos e curiosidades, que segundo ela, muitas vezes os livros não tem. “Foi muito legal para a gente ver esse conteúdo de outra forma, vendo tudo isso na vida real, podendo pegar nos materiais. Foi muito legal de se aprender”.

João Santos, egresso do curso, atualmente está realizando um mestrado e realizou uma visita ao local, curtindo todas as faces e interfaces propostas e lembrando do seu período enquanto estava praticando essa atividade. “Dá uma nostalgia até ver a oficina sendo realizada, principalmente de volta depois da pandemia e bate até um filme, pois eu lembro de  todo esse processo e fico muito feliz que a atividade continua sendo realizada e integrando esses alunos aqui no Ensino Fundamental”.

Os alunos puderam deixar sua marca com a tinta confeccionada

A Oficina do Solo acontece desde 2015 e já fez parte de Projetos de Extensão e Projetos de pesquisa estando sempre integrados com o curso de Licenciatura Plena em Geografia.

O coordenador da escola, Karpigianne Medeiros, destaca a importância dessa integração entre a escola e a Universidade e demonstra estar satisfeito com a interação entre as crianças e os universitários. “Os alunos já vão ampliando o horizonte,  já tem meninos aqui que podem tá vislumbrando já uma possível profissão por exemplo. Então é muito importante quando a gente traz essas ferramentas, essas experiências para eles é muito enriquecedora”, encerra.

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CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA DA UESPI

O licenciado em Geografia trabalha como professor em instituições de ensino que oferecem cursos de nível fundamental e médio; poderá ainda atuar em editoras e em órgãos públicos e privados que produzem e avaliam programas e materiais didáticos para o ensino presencial e a distância. Além disso, atua em espaços de educação não formal, como feiras de divulgação científica, museus e unidades de conservação; em empresas que demandam sua formação específica e em instituições que desenvolvem pesquisas educacionais. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria, conforme os Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação/ Secretaria de Educação Superior.

 

 

Nossas cidades estão preparadas para enfrentar essas mudanças climáticas cada vez mais perceptíveis?

Por Anny Santos

Em alusão ao Dia do Geógrafo, celebrado no dia 29 de maio, propomos uma reflexão acerca dos impactos provocados pelas mudanças climáticas, e consequentemente o aquecimento global, em decorrência da ação humana, nas cidades brasileiras.  Nossas cidades estão preparadas para enfrentar essas mudanças climáticas cada vez mais perceptíveis?

O tempo de agir em defesa das cidades e das populações já começou!

A Profa. Dra. Maria Suzete Feitosa, membro do corpo docente do curso de Geografia da nossa UESPI, destaca que as mudanças climáticas sempre existiram em nosso planeta, mas o aquecimento global se deve ao efeito estufa antropogênico, isto é, causado pela ação humana, somado ao efeito estufa natural. Ela afirma que essas mudanças são objetos de debates no meio científico devido ao fato de estarem diretamente relacionadas a falta de saneamento básico, desmatamento, queimadas e poluição, que denotam alterações atmosféricas em decorrência dos materiais lançados na atmosfera.

Profa. Dra. Maria Suzete Feitosa

Profa. Dra. Maria Suzete Feitosa chama a atenção para o debate que deve existir na sociedade

Segundo a professora, em relação as nossas cidades no enfrentamento dessas mudanças climáticas, a poluição tem sido um fator importante a ser debatido, pois tem afetado a qualidade de vida da população e contribuído para o desequilíbrio ambiental, social e econômico, em especial no espaço urbano. “A emissão de CO², proveniente da urbanização e da industrialização, o desmatamento e a poluição contribuem para o aumento das temperaturas e outros eventos climáticos que provocam consequências negativas em nossas cidades. A aceleração do crescimento das cidades, com a urbanização, impacta diretamente a atual crise ambiental”.

Outro importante fator ressaltado pela Profa. Dra. Maria Feitosa são as consequências trazidas pelo crescimento desordenado das cidades, com a redução de áreas verdes e construções em áreas indevidas, pondo em questão as enchentes e os deslizamentos em encostas devido à habitação humana em locais impróprios e à retirada da cobertura vegetal de áreas de relevo acidentado.

“Em relação a esses impactos, é de fundamental importância abordar a ausência de medidas práticas que controlem os impactos que esses aglomerados urbanos resultam. O lixo, por exemplo, é uma produção resultante do consumo e da ação humana e as políticas públicas não estão conseguindo dar conta devido a aceleração dessa produção. Outra questão importante em relação a falta de planejamento urbano é a contaminação dos mananciais, proveniente da poluição dos rios. É necessário promover políticas públicas capazes de reduzir as consequências dessas ações para amenizar os impactos dessas enchentes, inundações, deslizamentos e as outras consequências negativas. Tudo isso para melhorar a qualidade de vida da nossa população”, finaliza.

Para o Prof. Dr. Daniel César de Carvalho, docente do curso de Geografia da nossa UESPI, em Floriano, as cidades brasileiras foram planejadas a curto prazo, sem previsões acerca do crescimento exponencial da população e outras demandas importantíssimas são postas em segundo plano. Isso inclui projetos de escoamento superficial das águas pluviais, fomento a construções com eficiência térmica, maiores espaços arborizados, dentre outros. Segundo ele, a cidade só será preparada para as mudanças climáticas com gestão inteligente e educação ambiental. 

Prof. Dr. Daniel César de Carvalho

Prof. Dr. Daniel César de Carvalho chama a atenção para um planejamento permanente das cidades

“O crescimento exponencial da população aliado à falta de planejamento criam ilhas de calor, um grande problema nas zonas urbanas. Mais do que isso, com o desequilíbrio climático, todo o ecossistema é afetado e as cidades desordenadas sofrem cada vez mais com os extremos. O calor excessivo, frios que batem recordes históricos, índices pluviométricos elevados, etc. Há a necessidade de se pensar no amanhã, pois o colapso dos centros urbanos avança à medida em que esses desequilíbrios se acentuam”, destaca o professor.

Além disso, o professor pontua que o fomento à educação ambiental é o alicerce, pois, sem uma população consciente, toda ação governamental pode ruir. Ele cita a implantação de energia limpa, aumento dos espaços verdes, reciclagem de resíduos, incentivo à logística reversa de componentes eletrônicos e melhorias no transporte coletivo como possíveis medidas a serem adotadas. “A solução de imediato é a gestão eficiente da coleta de resíduos sólidos e o fomento à educação ambiental, aliado à isso, a identificação dos pontos mais vulneráveis a esses problemas e a montagem de um plano de contenção de danos, para evitar principalmente a perda de vidas humanas. O Estado não pode esperar morrer gente para tomar uma atitude, as ações devem vir antes e uma gestão inteligente de longo prazo pode evitar esses problemas”, finaliza.

A importância do Geógrafo

O profissional entende a dinâmica do espaço e auxilia o planejamento das ações do homem sobre ele. Os aspectos inseridos nos estudos da Geografia são imprescindíveis para a manutenção da vida em sociedade. Não apenas para entender as formas de relevo, os fenômenos climáticos, as composições sociais e os hábitos humanos em seus espaços, mais para manter a vida como a conhecemos ou promover adaptações e melhorias.

Para a Profa. Dra. Maria Suzete Feitosa ser geógrafa é desvendar, identificar e descrever os fenômenos que se materializam na superfície da terra e que resultantes da relação do homem com o meio onde vive. “Levamos o conhecimento da espacialidade desses fenômenos que resultam dessa relação para tornar a sociedade consciente do seu papel na produção dos mesmos. Promover esse conhecimento é de fundamental importância“.

Já para o professor Prof. Dr. Daniel César de Carvalho, o profissional de geografia é de extrema importância para “localizar” os indivíduos em um mundo globalizado, onde se faz necessário compreender como a politica é conduzida, como o meio ambiente está sendo cuidado e como todos nós podemos contribuir positivamente para uma sociedade mais justa e ambientalmente responsável.