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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Alunos de Enfermagem e Fisioterapia apresentam trabalhos com o tema “Sistema Cardiovascular”

Por Eric Souza

Cerca de cem alunos dos cursos de Enfermagem e Fisioterapia, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), participaram da Mostra de Trabalhos de Conclusão das Disciplinas (TCDs) Fisiologia, Patologia e Farmacologia com o tema “Sistema Cardiovascular”. Na primeira edição da atividade interdisciplinar, os participantes abordaram conteúdos sobre a fisiopatologia e o tratamento farmacológico de doenças cardiovasculares.

O evento foi organizado na Faculdade de Ciências Médicas (FACIME), no último dia 20 de novembro, pelos professores Antônio Luiz Martins Maia Filho, que ministra as disciplinas de Fisiologia e Patologia; José Zilton Lima Verde Santos, docente de Patologia; e Rosemarie Brandim Marques, de Farmacologia. Segundo Rosemarie, a escolha do tema se justifica pela importância do sistema cardiovascular para o pleno funcionamento do organismo humano. “O sistema cardiovascular é muito importante para o organismo, pois o sangue que bombeia pelo coração irriga todos os outros órgãos para que funcionem bem. É necessário conhecer as principais patologias e o melhor tratamento para que todo o resto continue funcionando de forma satisfatória”, apontou.

Para Maia Filho, os trabalhos de conclusão de disciplinas surgem da “necessidade de aprimoramento das práticas pedagógicas” e, por meio da interdisciplinaridade, visam alcançar a transdisciplinaridade. “Na fisiologia trabalhamos as temáticas das influências do sistema nervoso sobre o controle do funcionamento do músculo cardíaco e do sistema renal sobre o controle da pressão arterial. Já na patologia abordamos a hiperemia e o edema; a hemorragia e o choque; a trombose e a embolia; a isquemia e o infarto. Desta forma, os alunos puderam observar que os conteúdos estão conectados, apesar de as disciplinas e os blocos serem diferentes”, salientou.

Dentre os critérios exigidos para a apresentação dos TCDs, os alunos regularmente matriculados precisaram elaborar um banner explicativo. Por outro lado, os professores assumiram a função de avaliadores e observaram requisitos específicos, esclareceu José Zilton. “Em uma ficha de avaliação preenchida pelos professores e por convidados de outras disciplinas, havia aspectos como qualidade do material apresentado, desenvoltura do aluno no momento da apresentação, domínio do conteúdo e sua relevância. Os conteúdos trabalhados na amostra se interconectam, sedimentando e facilitando a compreensão e auxiliando os discentes na sua práxis laboral”, elencou o docente.

Dentre os critérios exigidos para a apresentação dos TCDs, os alunos regularmente matriculados precisaram elaborar um banner explicativo. Por outro lado, os professores assumiram a função de avaliadores e observaram requisitos específicos, esclareceu José Zilton. “Em uma ficha de avaliação preenchida pelos professores e por convidados de outras disciplinas, havia aspectos como qualidade do material apresentado, desenvoltura do aluno no momento da apresentação, domínio do conteúdo e sua relevância. Os conteúdos trabalhados na amostra se conectam, sedimentando e facilitando a compreensão e auxiliando os discentes na sua práxis laboral”, elencou o docente.

“Em uma ficha de avaliação preenchida pelos professores e por convidados de outras disciplinas, havia aspectos como qualidade do material apresentado, desenvoltura do aluno no momento da apresentação, domínio do conteúdo e sua relevância. Os conteúdos trabalhados na amostra se interconectam, sedimentando e facilitando a compreensão e auxiliando os discentes na sua práxis laboral”, elencou o docente.

Uma das participantes da Mostra foi a aluna de Enfermagem Débora Pires. No segundo período do curso, a discente recebeu o tema “influência do sistema renal sobre a manutenção da pressão arterial”. Com o apoio dos colegas de grupo, desenvolveu um esquema de mapa conceitual no qual expôs, de forma simples e didática, os assuntos aprendidos em sala de aula.

“De início, o TCD me assustou, pois seria apresentado para todo o CCS e eu nunca tinha apresentado esse tipo de trabalho, ainda mais com avaliadores. Ao final, superou minhas expectativas e espero que continue nos próximos períodos. É importante para que possamos sair e nos enxergar além do mundo em sala. Trabalhos como esse ajudam a preparar os discentes para apresentações dos mais diversos tipos, por exemplo, em congressos, e principalmente o TCC, além de incentivar o conhecimento e o interesse pela pesquisa”, ressaltou.

Outra discente a contribuir com o evento foi Dellane Rocha, que atualmente cursa o quarto bloco de Fisioterapia. A aluna discorreu sobre a relação entre infarto e isquemia, debatida pelo professor Maia Filho nas aulas de Patologia, o que facilitou a escolha dos tópicos mais relevantes a serem incluídos na apresentação, já que os discentes devem ater-se ao tempo reduzido.

“Destacamos a importância da compreensão desses temas na prática clínica e aprofundamos condições comuns no dia-a-dia de um profissional da Fisioterapia. A temática possui grande relevância para a saúde pública, já que a disseminação de informações precisas sobre isquemia e infarto pode auxiliar a prevenção e o manejo eficaz dessas doenças”, enfatizou.

 

Ao expor o TCD intitulado “Trombose e Embolia: Patologia e Tratamento Efetivo”, a aluna Najla Hardi, do terceiro período de Enfermagem, trouxe dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que revelam um aumento considerável no número de mortes por doenças cardíacas: de 2 milhões, em 2000, para 9 milhões, em 2019. Assim, defendeu a participante da Mostra, o amplo debate sobre as enfermidades cardiovasculares deve ter ênfase entre os profissionais da saúde.

“A trombose e a embolia não são muito mencionadas em relação ao infarto. Alguns não sabem que um paciente acamado por um longo período pode desenvolver trombose por estase sanguínea, ocasionada por situações de imobilidade, as quais geram o aumento dos fatores de coagulação. Vê-se a importância de estudarmos e nos aprofundarmos nas patologias cardiológicas para repassá-las aos leigos”, completou Najla.

Discentes da UESPI realizam Enade

Por Henrique/ Orientação: Profa. Sammara Jericó

Neste último domingo (26), discentes da UESPI tiveram a oportunidade de realizar a prova do exame nacional de desempenho dos estudantes (ENADE), totalizando 358 inscritos. Os estudantes da UESPI estão tendo a oportunidade de se prepararem para a avaliação através do Programa Conecta ENADE da Universidade Estadual do Piauí.

Professores do Programa organizaram estrutura e suporte presencial para os estudantes que iriam realizar a prova

O exame trata-se de uma prova escrita aplicada anualmente usada para avaliação dos cursos de ensino superior brasileiros. A aplicação da prova é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Foram no total 16 cursos, com 6 campus e 3 centros de estudantes participantes do Enade 2023. UESPI registrou uma participação de alunos quase na sua totalidade, considerando uma evasão de 2%.

Os cursos avaliados foram Engenharia Agronômica, Zootecnia, Engenharia Elétrica, Engenharia Civil, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Odontologia. Na UESPI, os alunos têm tido a oportunidade de se preparar para a avaliação Através do Programa Conecta ENADE, de iniciativa da Reitoria e da Vice-Reitoria, representados com o objetivo de avaliar e acompanhar o processo de aprendizagem e o desempenho acadêmico dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos, previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de graduação, de modo a atender aos ciclos do Enade e ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).

De acordo com a professora Márcia Edilene, Coordenadora institucional do programa, a segunda edição do Conecta Enade auxíliou  os concluintes dos Cursos de saúde  e das engenharias. “O que podemos presenciar, ontem, em todos os campim da nossa Uespi, foi um compromisso  do  nosso aluno com a prova Enade. Os nossos alunos às  11h já começaram  a chegar nos nossos pontos de acolhimento e antes  das 13h todos já tinham se dirigido às salas de aplicação das provas.  O testemunho,  após resolução  das provas, foi de elogio e satisfação para  com as questões  da prova”.

Alguns professores e coordenadores realizaram no dia da prova uma ação com estrutura e suporte presencial para aqueles que iriam realizar a prova, através de orientações psicológicas e acessórios, desde kits e lanches que foram distribuídos no local. Segundo a professora de psicologia Nadja Sousa, todo o suporte demonstra a preocupação e o cuidado para aquele aluno que está passando por uma etapa importante na vida acadêmica.

Ação contou com a distribuição de lanches, kits para realizar a prova e suporte psicológico

“Os nossos alunos já possuem uma rotina de atividades muito pesada, estudam bastante, e pensando nisso, nós professores decidimos criar uma estrutura que pudesse proporcionar o mínimo de conforto e suporte psicológico para os estudantes executarem a prova, com canetas, água e kits de lanches. Uma estrutura que de fato demonstre uma preocupação e cuidado. ”

A professora Artemaria, Diretora do Centro de Tecnologia e Urbanismo- CTU, juntamente com as coordenadoras dos cursos de Engenharia civil e Elétrica, prof. Margarita Gil e Daniele Queiroz, estiveram também com a equipe da UESPI no ponto de aplicação das provas do Enade. Alguns alunos relataram sua experiência com a aplicação da prova, como é o caso da Ana Clara, do 12° período de Medicina, que realizou a prova neste domingo.

“Achei o Conecta Enade super necessário! Foi um momento de acolhimento muito importante pra gente. Me senti bem tranquila com a prova depois de todas as orientações e todo cuidado que tiveram. Acho que a UESPI mostrou que se preocupa com seus alunos! A profa Samylla, o Dr Miguel e a profa Luciana foram essenciais nesse processo de organização pro ENADE no curso de Medicina! Agradeço muito a eles!”

Conforme o edital N° 37 de 25 de maio de 2023 que normatiza o exame nacional de desempenho dos estudantes (ENADE) anexo III (critérios para o deferimento de dispensa de prova)

Quais o procedimentos para aqueles alunos que não participaram do exame?

Para aqueles que não puderam comparecer no dia da aplicação da prova, segue algumas orientações que devem ser feitas pelo aluno que se enquadram nos requisitos:

Solicitar pelo sistema Enade a coordenação do curso a sua dispensa, de 4 de janeiro até o dia 20 de fevereiro de 2024. Caso seja indeferido, solicitar no mesmo período a dispensa junto ao INEP (Instituto nacional de estudos e pesquisas educacionais Anísio Teixeira). Está disponível o relatório de regularidade dos alunos inscritos no Enade 2023, conforme edital, dia 4 de janeiro de 2024.

Cerimonial Universitário: calendário de colação de grau em separado 2024

O Cerimonial Universitário da UESPI torna público o calendário de Colações de Grau em separado de 2024.

CALENDARIO COLAÇÃO EM SEPARADO 2024

Como acontece a cerimônia?

A Colação de Grau em Separado é realizada de forma simplificada, composta somente pelo juramento e leitura do termo de outorga de grau, não havendo uso de vestimenta tradicional (beca), entrega de canudos e pronunciamentos, exceto da autoridade outorgante;

Para solicitar a Colação de Grau em Separado o estudante deve:

1- Acessar o site da UESPI;

2- Na sessão “Serviços”, disponível na home do site, acessar a opção “Protocolo“;

3- Na página do protocolo acessar o link “Formulário do Aluno“;

4- O aluno deve:

• Imprimir o documento;
• Preencher;
• Digitalizar;
• Enviar para o e-mail: dcad@preg.uespi.br

Para colação de grau em separado o aluno deve anexar o histórico acadêmico atualizado, disponível no aluno online, com o comprovante de pagamento de depósito ou transferência Banco do Brasil (Agência 3791-5; Conta 7286-9), no valor de R$40,00.

A Colação de Grau em Separado também pode ser solicitada pelos coordenadores de curso quando uma turma completa, com no mínimo 10 (dez) formandos, tenha optado por não realizar a Colação Convencional. Neste caso, os coordenadores devem enviar ao DCAD, via processo SEI ou e-mail (dcad@preg.uespi.br), o nome completo e o número da matrícula curricular dos acadêmicos aptos a colarem grau. Lembrando que como se trata de um número igual ou superior a 10 (dez) formandos, estes ficam isentos da taxa de pagamento. Assim como também podem escolher uma data dentro ou fora do nosso calendário em dias úteis e em horário de funcionamento da instituição.

Reforçamos, ainda, que se a turma possuir 9 (nove) ou menos formandos é necessário que cada acadêmico, por conta própria, e individualmente faça sua solicitação. O estudante deverá pagar a taxa no valor de R$40,00.

Alunos de enfermagem visitam Parque da Serra da Capivara

Por Giovana Andrade

Os alunos do 2º período do curso de Enfermagem pertencentes ao Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus de Teresina, realizaram uma viagem a São Raimundo Nonato entre os dias 17 a 19 deste mês. O propósito dessa viagem foi a visita ao Parque da Serra da Capivara, sendo esta atividade uma extensão da disciplina de “Antropologia do corpo e da saúde”, ministrada pela Prof.ª Suelma Regina Cardoso.

O objetivo dessa ação foi explorar um dos mais importantes patrimônios culturais pré-históricos da humanidade com o intuito de estudar a herança cultural desse povo. A execução da viagem contou com o suporte  da coordenação do curso de enfermagem, bem como do setor de transportes da UESPI, que disponibilizou o ônibus para o transporte dos alunos e da professora. Além disso, houve a colaboração da Direção do campus da UESPI, em São Raimundo Nonato.

A profª Suelma Cardoso pontua que o propósito foi  conhecer um dos mais antigos parques pré-históricos da humanidade em locus para introjetar em seu conhecimento a história do homem americano, conhecendo a teoria de Niéde Guidon sobre o povoamento das Américas. “Fomos observar como viviam, se alimentavam, como residiam , como conviviam com a fauna e a flora do período em que viviam. Buscamos entender os legados culturais deixados por esses povos ao povo do Piauí e conhecer as pinturas rupestres que são uma forma de comunicação desses povos”.

Matheus Lira, estudante do curso, ressalta que participar do passeio foi de extrema significância e importância para o enriquecimento e aprendizagem cultural sobre o Piauí e a história da evolução do homem na América. “Eu sou de Bacabal do Maranhão, então, ir visitar a Serra da Capivara no sul do Piauí, o berço do homem americano através da Universidade Estadual do Piauí, para mim foi surreal! Ver de perto a história contada de milhares de anos nas paredes da Serra da Capivara e todo o apanhado histórico nos museus do Homem Americano e da Natureza foi mais algo magnífico! Através de nossa visita, iremos produzir também um documentário visto que toda nossa experiência foi em torno e por conta de nossa disciplina Antropologia”.

Rafaela Moura, outra estudante do curso, explicou que, de acordo com ela, a experiência da viagem foi renovadora e enriquecedora. Ela destacou, inicialmente, que o curso possui uma dinâmica muito intensa e que a aula em campo de Antropologia da Saúde proporcionou uma maneira de quebrar essa dinâmica, garantindo ainda mais sabedoria e gerando um sentimento de equidade. A compreensão da origem da humanidade, segundo Rafaela, levou-os a perceber que os seres humanos são frágeis e necessitam viver com base no coletivo. Essa percepção foi metaforizada como uma preparação para a futura experiência como profissionais da enfermagem, enfatizando a importância do cuidado e da valorização da vida de todos como um bem coletivo.

“Ademais, a visitas aos museus nos trouxe uma maior experiência tanto educativa, com base no impacto do homem dentro da natureza, quanto cultural, que permitiu de termos o contato com fósseis que carregam valor histórico na nossa sociedade. Fazendo com que valorizássemos cada vez mais o nosso Estado, o Piauí, que é rico na sua diversidade cultural e biológicas, sendo um destaque na história da humanidade. Consequentemente, essa viagem foi uma vivência calorosa de descobrir e desbravar o nosso Estado, dando uma grande importância e orgulho do mesmo. Além, de voltamos restaurados e termos a perspectiva que, talvez, em um futuro, não tão distante, seremos também objetos de estudo para o desenvolvimento da ciência e de uma história posterior a nossa. E gerando uma perspectiva de uma inevitável igualdade final, a qual todos estão propícios”.

Ana Clara, uma discente do curso, comenta que o aspecto mais fascinante da experiência é que, durante seus estudos sobre pré-história no ensino fundamental, os professores já forneciam uma base e explicavam sobre a Serra da Capivara, apresentando-a como o berço da humanidade. Para ela, é uma riqueza da qual têm o privilégio de fazer parte. Agora, a professora Suelma proporcionou a oportunidade valiosa de adquirir conhecimento de perto, algo inestimável. Ana Clara expressa sua felicidade e emoção ao presenciar cada detalhe dos museus, tanto do homem americano quanto do museu da Natureza, que mostra a evolução de forma tecnológica e extremamente rica em informações. Além disso, ela destaca o sítio arqueológico mencionando que mesmo conhecendo bem a parte da pedra furada, que é o que inicialmente instiga a conhecer o lugar, ficou maravilhada quando os guias turísticos apresentaram os demais locais que compõem o sítio, descrevendo a experiência como algo extraordinariamente lindo e muito especial.

“Cada detalhe, cada lugar com sua beleza única é de se apaixonar e se emocionar com tamanha beleza da qual a natureza se dispôs a compor ao longo do tempo e que o homem não conseguiria projetar tal raridade, como as pedras moldadas pelo tempeirismo, os poços de água, os locais dos quais encontramos as figuras rupestres mais famosas que realmente serve de abrigo tanto para chuva quanto para o sol. Eu realmente me senti muito emocionada com tamanha beleza e cada detalhe singelo é principalmente pelo privilégio de conhecer. Quero voltar mais vezes pois existem outros locais no sítio para conhecer”.

Confira mais fotos do passeio:

 

PRIL realiza I Semana de Matemática, em Santa Cruz do Piauí

Por João Fernandes

O Programa Institucional de Fomento  e Indução da Formação Inicial Continuada de Professores e Diretores Escolares – PRIL, realizou a  Semana de Matemática, em Santa Cruz do Piauí. A ação aconteceu nesta quinta-feira (23) e reuniu professores e membros da administração do Núcleo de Educação a Distância da UESPI – NEAD, para apresentação dos trabalhos.

Segundo a professora Márcia Percilia, Diretora do NEAD, a iniciativa objetiva congregar os três pilares da Universidade, aprimorando o Ensino, Pesquisa e Extensão.   “Essa é uma das várias atividades que o Programa de Incentivo à Licenciatura promovidas pelo PRIO desenvolve nos municípios em que está instalado. Aqui em Santa Cruz do Piauí, ofertamos para a população local o curso de licenciatura em matemática. Então é uma demanda que vai trazer muito”, comenta a diretora.

Para o Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, o evento reflete o compromisso da Universidade em levar ensino superior público de qualidade para todas as regiões do Estado.

“Por meio deste programa vamos promover um aperfeiçoamento aos profissionais que já atuam na educação básica e aqueles que ainda vão atuar, assim, nós estamos fazendo a extensão universitária, trazendo-a para a comunidade de Santa Cruz do Piauí. Dessa forma, vamos fazer com que as a conhecer o que a universidade produz, e o que os alunos da matemática estão produzindo, além de ajudar a trazer novos conhecimentos para a população”, destaca o reitor.

Já a aluna Alanda França acredita que o PRIL fortalece o ensino da região, promovendo a capacitação de professores de matemática e atendendo a demanda por esses profissionais. “Essa oportunidade veio pra gente como uma oportunidade muito grande, tendo em vista que aqui em nossa microrregião é muito carente por professores de matemática. Então, essa oportunidade veio pra somar na qualidade de ensino ofertada e aprimorar nossa formação”, pontua a aluna.

O professor Me. Anderson Meneses, Coordenador Acadêmico do Curso de Matemática do PRIL,  ressalta o compromisso do programa em formar novas turmas qualificadas para atender as demandas da região.

“Nossa meta é interiorizar o Ensino Superior de Qualidade, já que muita gente não tem condição de ir para a capital ou para grandes cidades para estudar, por conta do custo financeiro muito grande que isso exige Então, percebemos aqui o êxito do programa. A população está bem feliz com nossa atuação e empolgada para também fazer parte do projeto”, finaliza o professor.

UESPI agora conta com Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher

Por João Fernandes

Nesta sexta-feira (24), a  Universidade Estadual do Piauí (UESPI) em parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Piauí (SSP – PI), inauguraram o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, no Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina.  A ideia é que este espaço seja usado para acolher mulheres que enfrentam violências dentro ou fora da Universidade.

O Núcleo será responsável por acolher, ouvir e orientar mulheres pertencentes ao corpo discente, docente, técnico administrativo e colaboradores da UESPI, que enfrentam violências, a fim de encaminhá-las para as redes de apoio necessárias. 

Segundo a Psicóloga Vitória Antão, o Núcleo de enfrentamento à Violência representa um passo importante da Universidade na construção  de trabalhos focados em combater a violência e promover a conscientização da comunidade acadêmica sobre este tema.

“As Universidade são espaços de construção de conhecimentos fundamentais  para formação de saberes que podem refletir na consciência social sobre os direitos das mulheres. Então, ao utilizarmos estes espaços para falar e prevenir a violência temos muito mais chances de reduzir essa triste realidade e alcançar a sociedade com nossas ideias”, destaca a psicóloga. 

A Superintendente de Cidadania e Defesa Social da SSP, Coronel Elizete Lima, defende que o espaço será essencial para integrar a Universidade e a Secretaria de Segurança Pública com foco no desenvolvimento de estratégias efetivas de prevenção e de políticas que garantam o direito das mulheres.

“É de suma importância integrar esse projeto amparado pela UESPI, tendo em vista que a comunidade universitária merece essa atenção especial na área das políticas públicas e este Núcleo surge como uma forma de complementar essas iniciativas. Além disso,  discutir esse tema  é  importante para que nós mulheres nos sintamos cada vez mais integradas numa sociedade que prima pela igualdade, sem misoginia, longe do machismo”, comenta a superintendente.


O vice-reitor da UESPI, Dr. Jesus Abreu, considera a iniciativa necessária, provando que a Universidade está sintonia com a implementação de políticas públicas de proteção às mulheres.

A partir da implementação deste núcleo, vamos alinhar nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão focados em construir iniciativas capazes de sobrepor os muros da Universidade, para isso, vamos trabalhar na sugestão de projetos, pesquisas e parcerias que vão colaborar na formação de políticas públicas para as mulheres. Nesse sentido, nossos profissionais se inserem como formadores de opinião e pessoas capacitadas para promover projetos que vão influenciar a sociedade”, pontua o Vice-reitor.

O Núcleo terá um grupo de trabalho formado por representantes da Universidade e da Secretaria, que irão elaborar os instrumentos e campanhas que guiarão os participantes dos Núcleos de Enfrentamento à Violência contra a Mulher nos campi da UESPI.

Para o Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, o Núcleo chega em um momento em que a sociedade discute a importância da equidade de gênero e da ocupação das mulheres em diversos espaços, bem como a necessidade da consolidação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento da violência. 

“Nosso foco é dar mais segurança para as relações sociais de gênero na Universidade e trabalhar para construir mecanismo que nos ajude a alcançar a equidade de gênero e garantir os direitos das mulheres. Ademais, a implementação do Núcleo possibilitará que a UESPI esteja presente nas discussões sobre a participação das mulheres em locais de poder, bem sua participação na formação de ideias para mudar essa realidade”, destaca o reitor.  

A iniciativa se fundamenta nos princípios da igualdade, segurança, respeito, inclusão e dignidade das mulheres. Os principais objetivos deste termo incluem também o funcionamento de um espaço de acolhimento psicossocial e jurídico para mulheres, que já está funcionando no Campus Poeta Torquato Neto, de segunda-feira à sexta-feira, entre 14h e 20h.

 

Processo seletivo para licenciaturas da UAB/UESPI: ERRATA 09

A Universidade Estadual do Piauí – UESPI, por intermédio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação – PREG, do Núcleo de Educação a Distância – NEAD e da Coordenação da Universidade Aberta do Brasil (UAB/UESPI), em conformidade com a Portaria Nº 183, de 21 de outubro de 2016, a Portaria nº 15, de 23 de janeiro de 2017, a Portaria Nº 139, de 13 de julho de2017, a Instrução Normativa Nº 2, de 19 de abril de 2017 e a Portaria Nº 102, de 10 de maio de 2019, torna pública a seguinte retificação:

EDITAL NEAD/UESPI/UAB Nº 004-2023 – ERRATA 09

358 alunos da UESPI farão o ENADE neste domingo

Por Giovana Andrade

Neste domingo (26), 358 discentes irão realizar a prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), uma prova escrita, aplicada anualmente, usada para avaliação dos cursos de ensino superior brasileiros. A aplicação da prova é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), uma entidade federal vinculada ao Ministério da Educação.

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) é uma das avaliações que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Foi instituído pela Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004. Na UESPI, os alunos têm tido a oportunidade de se preparar para a avaliação através do Programa Conecta ENADE.

O Programa é de iniciativa da Reitoria e da Vice-Reitoria, representados pelo Prof. Dr. Evandro Alberto e o Prof. Dr. Jesus Abreu, respectivamente, com o objetivo de avaliar e acompanhar o processo de aprendizagem e o desempenho acadêmico dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de graduação.

Neste domingo, os cursos que serão avaliados serão: Engenharia Agronômica, Zootecnia, Engenharia Elétrica, Engenharia Civil, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Odontologia,  bem como, nos respectivos campus: Poeta Torquato Neto, CCA, CTU, CCS, Campus de Corrente, Campus de Floriano, Campus de Parnaíba, Campus de Picos e Campus de Uruçuí.

A professora Márcia Edilene, Coordenadora institucional do programa Conecta Enade, relata que as expectativa é que esta seja uma prova altamente proveitosa para todos eles, visto que houve um investimento na preparação por meio do programa Conecta ENADE, em colaboração com as coordenações de curso e as direções dos campi.

” A maioria dos alunos concluiu o preenchimento dos formulários respeitando o prazo estabelecido até o dia 25. Todos os cursos passaram por capacitação abrangente sobre a estrutura do ENADE, seus distratores e possíveis gabaritos corretos. Os professores também dedicaram esforços para preparar os alunos quanto ao conteúdo específico de cada curso. Assim, confiamos que, mais uma vez, alcançaremos excelentes notas”.

Ainda de acordo com a Profª Márcia Edilene haverá um momento de acolhimento nos pontos de aplicações das provas onde os professores, coordenadores e diretores dos campi estarão presente entregando água, caneta e outro mimos. “É importante os alunos se atentarem ao horário de  fechamento dos portões que será 13h ,  então os alunos devem chegar às 12h e a aplicação da aprova ocorrerá 13:30h”.

O programa é constituído de três componentes: equipe técnica (responsável pelas informações sobre o Enade e o SINAES); equipe de Língua Portuguesa (responsável pelas informações sobre a estrutura da prova do Enade – características do item, tipos de itens, gabaritos e distratores – e desenvolvimento de estratégias de leitura, interpretação e produção textual) e equipe pedagógica (responsável pelas informações dos conteúdos específicos de cada curso).

EQUIPE:

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA CONECTA ENADE:

Evandro Alberto De Sousa

Jesus Antônio De Carvalho Abreu

TÉCNICA:

Maria Rosario de Fatima Ferreira Batista

Kely Anee de Oliveira Nascimento

Josimar Alcantara de Oliveira

Samylla Miranda Monte Muniz

Tales Antão de Alencar Carvalho

LÍNGUA PORTUGUESA:

Márcia Edlene Mauriz Lima

Shirlei Marly Alves

Herasmo Braga De Oliveira Brito

Lília Brito Da Silva

Mônica Maria Feitosa Braga Gentil

Energias Renováveis e Sistemas para Internet UAPI: divulgação de matrículas deferidas e indeferidas da terceira chamada de classificados

A Universidade Aberta do Piauí (UAPI), através da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação – PREG, Núcleo de Educação a Distância – NEAD, divulga a lista de matrículas deferidas e indeferidas, referente à terceira chamada dos candidatos classificados no processo seletivo para os cursos superiores de Tecnologia em Energias Renováveis e Tecnologia em Sistemas para Internet.

Os candidatos com matrícula indeferida podem entrar com recurso ao resultado no período de 23 a 26 de novembro de 2023, dentro da plataforma de matrículas: https://sigpreg.uespi.br/matriculauapi. O resultado dos recursos será divulgado no dia 30 de novembro.

MATRÍCULAS DEFERIDAS NA 3ª CHAMADA DE CLASSIFICADOS

MATRÍCULAS INDEFERIDAS NA 3ª CHAMADA DE CLASSIFICADOS

E-MAIL PARA DÚVIDAS E QUESTÕES TÉCNICAS: vest.uapi2023@uespi.br

UBS Farma: laboratório de pesquisas da UESPI lança plataforma para gestão de medicamentos

Por João Pedro Nunes

No dia 29 de novembro, na cidade de Parnaíba, o Laboratório de Estudos em Negócios, Inovação, Aplicação Tecnológica e Criatividade (ENIAC) da UESPI lança a UBS Farma, uma plataforma que tem como objetivo oferecer uma gestão inteligente dos estoques nas farmácias comunitárias, melhorando o trabalho dos farmacêuticos na atenção básica junto às Unidades Básicas de Saúde.

O UBS Farma foi desenvolvida pelo ENIAC com a coordenação do prof. Dr. Rodrigo Baluz, tendo como bolsista PIBIC o aluno do curso de Ciência da Computação, campus Parnaíba, Weslley Moraes. O projeto tem como cooperação técnica o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica e Saúde da Família (PRMSF), da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), coordenado pela profa. Dra. Natasha Teixeira.

Apresentação do projeto durante os eventos XXIII Simpósio de Produção Científica (SPC), XXII Seminário de Iniciação Científica (SIC) e o II Seminário de Inovação Tecnológica (SIT) da UESPI em Parnaíba.

O prof. Dr. Rodrigo Baluz enfatiza a necessidade de cada vez mais a Universidade se aproximar das instituições públicas e privadas, na busca por criar soluções que possam melhorar os processos da gestão pública e atendimento à população. “A implantação do UBS Farma além de contribuir com o trabalho dos profissionais que atuam nas farmácias comunitárias, trará um ganho aos cofres públicos a partir do acompanhamento dos indicadores nos estoques de materiais e medicamentos nas UBS”, explica.

Segundo o docente a plataforma fará uma gestão eficiente dos medicamentos nas farmácias dando mais efetividade às atividades. “O UBS Farma trará uma melhor administração dos medicamentos dentro das farmácias comunitárias, facilitando a atuação dos residentes dentro das Unidades Básicas de Saúde, além de contribuir para redução de custos pela administração pública, evitando desperdícios e descarte de medicamentos por prazo de validade”, completa.

Apresentação da página inicial da plataforma UBS Farma

Com a finalização do desenvolvimento técnico do projeto, o UBS Farma seguirá para etapa de implantação e validação dentro das Farmácias Comunitárias. Esta etapa será conduzida pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba, parceira do projeto, onde seus alunos em regime de residência médica irão testar a aplicação nos atendimentos à população. Pretende-se, após a validação por meio de questionário junto aos profissionais e população, que a plataforma se torne uma solução oficial nas Unidades de Saúde em Parnaíba.

Durante a cerimônia institucional de lançamento da plataforma será feita a apresentação do UBS Farma e suas funcionalidades, além de tratativas para seu funcionamento e uso por parte dos farmacêuticos na atenção primária à saúde. Na ocasião, estarão presentes os representantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) e da Secretaria Municipal de Saúde de Parnaíba.

Parceria entre UESPI e TJPI visa projetos para inovações tecnológicas

Por Clara Monte

Na manhã desta terça-feira (21), a Reitoria da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) se reuniu com representantes do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) para discutir uma futura parceria voltada para inovações tecnológicas. Na oportunidade, foi apresentado o projeto JuLIA, que corresponde a “Justiça Auxiliada por Inteligência Artificial”, uma iniciativa do TJPI que emprega a Inteligência Artificial (IA) em diversas atividades.

A reunião aconteceu na sala da reitoria, no palácio Pirajá

O projeto JuLIA engloba funcionalidades como acesso a informações, serviço de mensagem para comunicação automatizada via WhatsApp com cidadãos, servidores e representantes processuais, análise e indicação de jurisprudência, consulta e acompanhamento processual, além da análise de petições.

O Secretário Executivo do Laboratório de Inovação do TJPI, Glaydson Vilanova, enfatizou que o projeto JuLIA foi concebida para atender à necessidade de adaptar o Tribunal de Justiça às demandas contemporâneas, visando o avanço e a modernização dos sistemas. Ele destacou que a implementação da IA pode ser uma solução eficaz para lidar com o aumento significativo de processos judiciais e agilizar o trâmite processual.

“Estivemos na UESPI para apresentar nossos projetos de inovação, com destaque para a JuLIA, como uma ferramenta ideal para automatizar tarefas rotineiras, como a classificação de processos, identificação de duplicidade de processos e elaboração de minutas de decisões judiciais. Pretendemos formalizar uma parceria com a UESPI, a fim de promover diversos cursos, como Ciências da Comunicação, Matemática e Direito. Nosso objetivo é cultivar a semente da inovação, proporcionando benefícios para ambas as instituições”, afirmou o Secretário.

O Reitor da UESPI, Evandro Alberto, ressaltou a relação harmoniosa existente entre a Universidade e o Tribunal, evidenciando os frutos dessa colaboração. Para ele, é importante haver trabalhos conjuntos com o TJPI e o ambiente acadêmico como meio de promover projetos de extensão capazes de atender às demandas da sociedade.

“Hoje, houve a apresentação de uma nova inteligência artificial voltada para facilitar o acesso a informações do Poder Judiciário, criando uma comunicação mais fácil e acessível para qualquer cidadão. A Universidade entra nesse contexto para oferecer ideias, integração formativa e contribuir para que essas inovações cheguem à sociedade, proporcionando maior acesso comunicativo aos processos judiciais”, afirmou o Reitor.

Projeto JuLIA
A criação de um chatbot para o Tribunal de Justiça do Piauí é uma iniciativa que pode trazer inúmeros benefícios tanto para a instituição quanto para os cidadãos que precisam acessar seus serviços. Em um momento em que a tecnologia se apresenta como uma grande aliada na busca por maior eficiência e agilidade nos serviços públicos, a criação de um chatbot para o TJPI segue uma tendência que vem ganhando espaço em todo o mundo.

O chatbot pode ser programado para responder a perguntas frequentes, dar orientações sobre procedimentos jurídicos e tirar dúvidas sobre o funcionamento do tribunal. Além disso, o chatbot pode ser utilizado para agendar atendimentos, emitir certidões e até mesmo realizar petições iniciais de processos judiciais de menor complexidade, como ações de cobrança, por exemplo.

PARCERIAS ENTRE UESPI E TRIBUNAL DE JUSTIÇA

A UESPi e o Tribunal de Justiça já tem bons exemplos de projetos e parcerias consideradas bem-sucedidas, como a que aconteceu na última segunda-feira, dia 20, no auditório da Facime – Painel: Justiça Restaurativa na Educação”.

O evento reuniu discentes dos cursos de psicologia, Direito e Pedagogia

O evento foi organizado através de um trabalho conjunto do curso de Psicologia da UESPI com o Comitê Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.

 

Inscrições abertas para minicurso sobre a história da saúde da população negra

Por Vitor Gaspar

A Liga Acadêmica de Saúde da População Negra (LASPN) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) está promovendo um minicurso online sobre a História da Saúde da População Negra. O evento acontece neste sábado (25), às 15h, e as INSCRIÇÕES estão abertas para interessados de todas as áreas.

Com o propósito de fomentar discussões acerca da saúde da população negra e destacar a influência da cultura negra na sociedade, o minicurso oferece uma Certificação de 05 horas para os participantes.

A iniciativa conta com a participação da Professora Doutora em História Social, Iraneide Soares e Yasmin Assis, estudante do curso de Psicologia da UESPI e Presidenta da Liga, que destaca a importância do evento como um ponto de partida essencial para os estudos sobre a saúde da população negra. Ela enfatiza que o minicurso não se destina apenas a profissionais da saúde, mas também abrange diversas outras áreas, especialmente a História.

“É fundamental compreender a história da saúde da população negra, pois só a partir do conhecimento do passado podemos discutir a saúde no presente. Vamos discutir a ideia de saúde para os povos não brancos, a luta do movimento negro unificado pelas políticas de saúde para a população negra, as especificidades da saúde dessa população, entre outras temáticas”.

Liga Acadêmica de Saúde da População Negra

No Centro de Ciências da Saúde (CCS), a Liga acadêmica surgiu com o propósito de ser um ponto de intercâmbio de conhecimento interdisciplinar sobre a saúde da comunidade negra. Além de funcionar como um ambiente para impulsionar o ensino, a pesquisa e a extensão, a LASPN serve como um espaço de apoio para seus membros, predominantemente compostos por estudantes afrodescendentes.

A Liga também realiza iniciativas como apresentações em escolas e outras instituições de ensino superior, diálogos com a comunidade, interações com mulheres ativistas, estudantes e mesas redondas sobre a saúde da comunidade negra. Isso inclui a produção de material informativo, treinamentos para os membros sobre os principais temas relacionados à proposta da liga, e desempenha um papel político ao participar de protestos e eventos dedicados à promoção da saúde da comunidade negra

UESPI e SSP-PI lançam Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher

Por João Fernandes

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) em uma ação conjunta com a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Piauí (SSP – PI) lançam, na próxima sexta-feira (24), o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. A ideia é que este espaço seja usado para acolher mulheres que enfrentam violências dentro ou fora da Universidade.

O Núcleo será responsável por acolher, ouvir e orientar mulheres pertencentes ao corpo discente, docente, técnico administrativo e colaboradores da UESPI, que enfrentam violências no ambiente universitário, a fim de encaminhá-las para as redes de apoio necessárias.

Para isso, os trabalhos do Núcleo serão divididos em três vertentes: proteção, enfrentamento à violência e prestação de apoio. Serão realizados cursos, palestras, rodas de conversa, seminários e estudos dentro da universidade, com o intuito de educar e conscientizar a comunidade universitária sobre a violência contra as mulheres no ambiente acadêmico, bem como promover a prevenção e a denúncia.

O termo de cooperação entre a UESPI e a Secretaria de Segurança foi assinado em agosto deste ano.  Confira.

O Núcleo terá um grupo de trabalho formado por representantes da Universidade e da Secretaria, que irão elaborar os instrumentos e campanhas que guiarão os participantes dos Núcleos de Enfrentamento à Violência contra a Mulher nos campi da UESPI.

Segundo Vitória Antão, Psicóloga do Serviço de Psicologia da UESPI, é importante que a universidade incorpore esse trabalho para combater a violência contra a mulher e promover a conscientização. 

É fundamental que todas as instituições governamentais abordem questões ligadas à violência de gênero, tendo em vista que é uma demanda presente em todos os espaços e responsável por diversos impactos na vida das mulheres. Por isso, o Núcleo é importante para formar uma consciência crítica sobre este assunto a fim de prevenir a violência de gênero”, comenta a psicóloga. 

A iniciativa se fundamenta nos princípios da igualdade, segurança, respeito, inclusão e dignidade das mulheres. Os principais objetivos deste termo inclui também o funcionamento de um espaço de acolhimento psicossocial e jurídico para mulheres, que já está funcionando no Campus Poeta Torquato Neto, de segunda-feira à sexta-feira, entre 14h e 20h.

Brenda Alves de Carvalho, Diretora de Defesa Social da SSP-PI, acrescenta que o núcleo será essencial para integrar os campis da Universidade, com foco no desenvolvimento de estratégias efetivas de prevenção e de políticas que garantam o direito das mulheres.

“Essa é uma política muito importante porque visa a garantia de direito das mulheres de estarem estudando e não serem perturbadas. As mulheres que estão nos campi universitários querem estudar e não se preocupar com a violência ou de estar andando pelo campus e ser atacada, perseguida, assediada seja por um outro aluno ou seja por um professor. Então o Núcleo visa proteger essas mulheres de todas as violências, seja ela  psicológica, moral ou física”, acrescenta a diretora.

A Diretora ressalta que o núcleo irá promover apoio tanto para as mulheres quanto para sua família. Tendo em vista que a família dessa mulher precisa de apoio psicológico. A cerimônia de lançamento do Núcleo acontece na próxima sexta-feira (24), a partir das 10h, no auditório do Palácio Pirajá e contará com representantes da Administração Superior e da Secretaria de Segurança.  

Uespi recebe doação de equipamentos da Receita Federal

Por Anny Santos

Em reunião que ocorreu nesta manhã, dia 22 de novembro, com o Auditor-Fiscal da Receita Federal, Del. André Luiz da Silva dos Santos, e o Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, a Universidade recebeu uma doação de equipamentos que juntos equivalem a R$ 126.787,70.

Segundo o Reitor a iniciativa se faz muito importante para o setor de tecnologia, pois além de contribuir para o desenvolvimento de pesquisas, auxilia na velocidade e na qualidade da internet distribuída nos campus. “A doação de hoje demonstra a confiança que a Universidade passa para a Receita. Temos credibilidade junto aos órgãos que reconhecem o papel social da nossa instituição e também o seu potencial transformador”.

Para além das novas doações, a instituição desenvolve um projeto importante que objetiva receber essas apreensões de equipamentos realizadas pela Polícia e a Receita Federal, os transformando e os utilizando em pesquisas, que possibilitam a criação de novos equipamentos. “Estamos trabalhando nesse grande projeto de transformação, mas, hoje, sendo específico, as doações irão melhorar a distribuição de internet para a unidade a qual o equipamento for destinado”.

O Del. André Luiz segue reforçando e agradecendo a parceria firmada entre a Receita e a UESPI. “Nada mais justo do que repassar à Universidade e reaproveitar um equipamento que utilizamos, mas segue em perfeito estado de conservação, que merece e muito esse tipo de contribuição”.

Desenvolvimento tecnológico

A UESPI reafirma seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico, impulsionando o avanço acadêmico e a inovação em todo o Estado. Como evidência desse empenho, a instituição inaugurou recentemente 12 novos laboratórios de informática em diversos campi, ampliando assim o acesso dos estudantes a internet. Essa iniciativa reflete a busca da instituição por proporcionar um ambiente educacional atualizado e alinhado com as demandas da atual gestão.

UESPI conquista primeiro lugar no Prêmio Destaque do Controle Interno do 5º Fórum Piauiense de Controle Interno

Por Giovana Andrade

A Universidade Estadual do Piauí conquistou o primeiro lugar no Prêmio Destaque do Controle Interno do 5º Fórum Piauiense de Controle Interno na última terça (21) por alcançar excelentes índices de desempenho no exercício de 2023. Essa conquista é especialmente significativa, pois a instituição se destacou entre os órgãos com orçamento situado na faixa de 20 milhões a 70 milhões de reais.

Neste ano, o evento abordou o tema “Abordagens na Transformação Digital” e foi direcionado aos servidores públicos do Poder Executivo do Estado, com foco nos que atuam nos Núcleos de Controle Interno. O objetivo principal foi promover o intercâmbio de boas práticas na gestão pública e estimular o debate de temas relevantes para o desenvolvimento do controle interno. A iniciativa buscou levar conhecimento aos servidores como instrumento de qualificação, contribuindo para fomentar a boa governança pública.

O Reitor da UESPI,  Prof. Evandro Alberto, destaca que alcançar excelentes índices é uma missão e essa missão se concretizou por meio do excelente desempenho de toda a equipe.

Estamos aqui hoje para expressar nossa gratidão por essa primeira colocação, que reflete o esforço e a dedicação de todos os membros da equipe. A vitória nessa categoria significativa de Controle Interno ressalta a eficiência na gestão pública, na execução de projetos e no alcance de índices. A UESPI continua a aprimorar-se e a progredir a cada ano, elevando-se ainda mais nas conquistas. Portanto, esta conquista é significativa para a Universidade Estadual do Piauí, reforçando nosso compromisso com a excelência. Estamos orgulhosos de ter alcançado a primeira colocação“.

Joana Moreira e Clara Elis, membros do controle interno da UESPI, destacam a gratificação ao receber a premiação. Elas ressaltam que dedicaram um ano inteiro para a constante busca de aprimoramento e evolução e que a premiação representa o reconhecimento de todo o esforço dedicado. “Esse prêmio é a cereja do bolo com o final do trabalho do ano todo” pontuou Clara Elis.

Ana Paula, Coordenadora interna da UESPI, explica que sente muita gratidão pelo resultado, pelo papel que conseguiu desempenhar ao longo do ano em conjunto com os outros setores.

“Estamos sempre orientando, buscando aperfeiçoar o trabalho da nossa instituição. Ser reconhecida dessa forma é muito gratificante, pois trabalhamos para sermos premiados. Ver a universidade em primeiro lugar pela primeira vez é incrível“.

 

Confira mais sobre o X Congresso Regional de História da UESPI/Oeiras

Por Anny Santos

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Possidônio Queiroz, em Oeiras, realizará o X Congresso Regional de História da UESPI/Oeiras: Trajetórias Silenciadas, entre os dias 30 de janeiro e 02 de fevereiro de 2024. As inscrições já estão abertas e devem ser realizadas no site do evento.

Gabriela Berthou, professora organizadora do Congresso, juntamente com Débora Strieder Kreuz e outros docentes e discentes, destaca que a décima edição do evento tem desempenhado um papel importante na formação de futuros pesquisadores e professores de história. Além de participar da organização, os estudantes são estimulados a apresentarem os resultados das pesquisas, ações extensionistas e projetos de ensino que participam.

“É também um momento de diálogos com educadores, pesquisadores, ativistas da cidade e do Estado. Nesta edição, vamos refletir sobre trajetórias historicamente silenciadas, sejam pelos poderes políticos e econômicos instituídos ou pelo próprio campo historiográfico. Pretendemos criar estratégias para a construção de pesquisas e de práticas de ensino comprometidas com a  diversidade e com o combate às desigualdades que marcam a sociedade brasileira”, destaca.

Segundo a professora, diversos espaços educacionais e de pesquisa permanecem invisibilizando agentes históricos fundamentais para a construção do Brasil. Além disso, muitos destes sujeitos continuam excluídos ou desproporcionalmente representados nos espaços de poder e de fala, inclusive nas Universidades, o que torna relevante a organização do Congresso com mesas redondas, conferências, minicursos e exposições que permitam refletir e elaborar estratégias de ação sobre os temas em questão.

Desde as décadas de 1960/70, estudos voltados para a história das mulheres, de gênero, do protagonismo das populações indígenas e negras em diferentes contextos já apontavam para a urgência do alargamento do campo historiográfico brasileiro. A temática central foi estabelecida a partir de um diálogo entre corpo docente e discente do curso de Licenciatura em História. A escolha expressa um esforço de formação de professores, pesquisadores e cidadãos comprometidos com a transformação da sociedade.

Para Débora Strieder Kreuz, a ideia é manter o Congresso como uma tradição do curso de história da USPI de Oeiras, já alcançando sua décima edição. “O tema escolhido para esse ano trata sobre as trajetórias silenciadas pela historiografia, pensando sujeitos que até pouco tempo estavam ausentes da produção historiográfica. Essa vai ser a discussão central do evento, que retorna com suas atividades de forma presencial”.

De acordo com João Pedro Viana, aluno do 5° bloco do curso de Licenciatura em História e um dos discentes organizadores, com o evento, pretende-se criar estratégias para a construção de pesquisas e de práticas de ensino comprometidas com a diversidade e com o combate das desigualdades que marcam a sociedade brasileira.

“Foram graças às trocas de conhecimentos proporcionados pelas palestras, minicursos e apresentações de trabalhos presentes no evento que me influenciaram a descobrir o meu interesse pela história da população afro-brasileira. Eu me encontrei no curso e grande parte por causa do evento, mais também pelos grandes profissionais que nos ensinam e nos inspiram”, finaliza.

Comunidade acadêmica de enfermagem conquista 1° lugar em Congresso Internacional

Por Clara Monte 

Comunidade acadêmica de enfermagem da Universidade Estadual do Piauí conquistou o 1° lugar no Terceiro Congresso Internacional Latino-americano de Ferida, Estomias e Incontinência, realizado na Costa Rica. A vitória resultou de uma colaboração efetiva com a coloproctologia e o apoio da Fundação Municipal de Saúde – Centro Integrado Lineu Araújo e HGV. O 2° e 3° lugar também foram destinados ao Brasil.

Projeto da UESPI conquista 1° lugar

A professora responsável pelo trabalho premiado, Sandra Marina, relata que ela, juntamente com o Prof. Dr. Miguel Arcoverde, estudantes, egressos da graduação, especialização em estomaterapia e enfermeiros do Lineu Araújo participaram e contribuíram para o projeto. De acordo com Sandra Marina esse estudo mostrou o impacto da universidade na promoção de políticas públicas, pois envolveu a avaliação e mapeamento de todas as pessoas com estomia do Piauí, durando cerca de dois anos de pesquisa.

“A pesquisa revelou que o custo de manutenção de pacientes com estomia temporária é substancialmente superior ao investimento na reconstrução do trânsito intestinal. Como desdobramento positivo desse projeto conjunto, houve a transferência responsável para convênios do estado do Maranhão das pessoas avaliadas. Além disso, observamos a reativação e fortalecimento da Associação de Ostomizados do Piauí (AOSEPI). O projeto também contribuiu para a orientação e melhoria da qualidade de vida das pessoas com estomia, incluindo a indicação adequada do equipamento (bolsa coletora) e orientação sobre o corte correto para redução de vazamentos, que é o maior problema enfrentado por essas pessoas. Adicionalmente, foi possível encaminhar para o Coloproctologista as pessoas avaliadas e com necessidade de avaliação pré-operatória ou outras intervenções, contando com a valiosa parceria com a coloproctologia, que agilizou a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal”.

Professora de enfermagem da UESPI, Sandra Marina.

Iaggo Henrique de Sousa, estudante do 9° período de enfermagem da UESPI, foi um dos colaboradores  na organização dos dados coletados. Para ele, participar desse projeto possibilitou ricos conhecimentos na área da Estomaterapia e na assistência às pessoas com estomias de eliminação. Além disso, o estudante afirma considerar um tema que precisa de sensibilização e uma assistência adequada por parte dos profissionais.

“O projeto teve impacto significativo em todo o Estado, especialmente no centro de saúde onde o estudo foi conduzido – uma referência fundamental para o Piauí e cidades vizinhas de outros Estados, atendendo pacientes de diversas localidades. É uma honra para mim ver o trabalho sendo premiado e sinto-me orgulhoso por ter contribuído para essa pesquisa. Testemunhar o Piauí ocupando um lugar de destaque nos motiva a aprimorar continuamente nosso trabalho. Como estudante no final da graduação, percebo que essas experiências podem impulsionar minha capacidade de contribuir ainda mais para transformar diversas realidades no futuro. Além disso, a proximidade que desenvolvi com essa pesquisa abriu portas para realizar outras pesquisas dentro dessa área”.

Terceiro Congresso Internacional Latino-americano de Ferida, Estomias e Incontinência, na Costa Rica.

Matéria especial: Dia da Consciência Negra – dia de luta pela igualdade e contra a discriminação racial

Por Vitor Gaspar

Instituído oficialmente pela Lei n° 12.519, de 10 de novembro de 2011, o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado na data de 20 de novembro, faz referência à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, comunidade que existiu na região da Serra da Barriga, no atual estado de Alagoas, durante o período colonial, sendo o maior e mais conhecido quilombo do Brasil.

O quilombo foi fundado no início do século XVII e resistiu por quase 100 anos, até ser destruído pelas forças coloniais, em 1694. Durante esse período, Palmares se tornou um refúgio para escravizados fugitivos que buscavam a liberdade das plantações de cana-de-açúcar. A comunidade cresceu e chegou a abrigar milhares de pessoas.

Ao lembrar dessa comunidade quilombola e a figura de Zumbi, a celebração destaca a resistência e a busca pela liberdade, reforçando a importância de se trabalhar pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária, livre de discriminação racial.

Pintura representa o ambiente no Quilombo dos Palmares/ Pintura: Antônio Parreiras

A formanda do curso de História da Uespi do campus de Oeiras, a historiadora Larissa Ramos, afirma que compreender a importância da luta do Quilombo dos Palmares como símbolo de resistência negra ajuda a reafirmar a história e identidade afro-brasileira. Segundo ela, conhecer, reconhecer e promover reflexão sobre a influência da cultura negra dos povos africanos na formação da cultura brasileira é crucial, pois os quilombos, formados por escravizados fugitivos, resistiram a diversas tentativas de destruição, revelando diferentes formas de resistência.

Larissa Ramos ainda afirma que Zumbi dos Palmares, líder abolicionista, representa um importante símbolo de resistência ligado à prática da cultura africana no Brasil Colonial e que, até os dias atuais, seu legado é inspiração na luta antiescravista e antirracista. Reconhecer as conquistas da população afro-brasileira vinculadas às políticas públicas é essencial, segundo a historiadora, para enfrentar as desigualdades históricas que são debatidas, em especial, no Dia da Consciência Negra.

“A escolha dessa data representa a resistência e, principalmente, o resgate cultural do que foi o Quilombo dos Palmares e da representatividade de seu líder. O 20 de novembro marca uma reflexão identitária acerca das discussões do papel dos negros na sociedade, além de uma homenagem que se torna marca histórica para o movimento brasileiro, pois retoma discussões sobre o que foi avançado e o que se pode avançar ainda mais para as populações negras”.

Larissa, durante banca de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

Ainda em busca de igualdade e contra o preconceito

A população negra no Brasil tem conquistado avanços no reconhecimento e garantia de direitos ao longo do tempo, embora desafios persistentes ainda existam. Diversas legislações e políticas foram implementadas para promover a igualdade racial e combater a discriminação, como as cotas nas universidades e no mercado de trabalho, lei de crimes raciais, políticas de ações afirmativas, o reconhecimento da cultura afro-brasileira, dentre outras.

Para o Prof. Dr. Alcir Nunes, docente da UESPI no curso de Direito, essas políticas demonstram que os governos, ao longo dos anos, entenderam a necessidade de políticas afirmativas para a inclusão do negro em todos os espaços, principalmente em posições de maior destaque como na política, em concursos públicos e nas universidades, o que abre espaço para a inclusão e aprendizados entre os membros da sociedade.

“A legislação aponta para medidas transitórias, como as políticas afirmativas, que vigorariam até que o país alcançasse uma maior homogeneidade e presença de negros em posições de destaque em várias áreas. Recentemente, houve uma revisão da política pelo Governo Federal. É importante acompanhar essas mudanças, já que tudo isso reflete fragilidades e distúrbios na nossa sociedade, que precisam ser corrigidos”, afirma o Diretor do campus de Corrente, Prof. Alcir.

O professor, durante participação em evento do Diretório Esperança Garcia.

No Piauí, houve um aumento de 55% no número de pessoas que se autodeclararam pretas ao longo de uma década de acordo com um estudo conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento destaca uma mudança na autoidentificação racial ao longo desse período.

Maria Antônia Vieira, estudante de Ciências Sociais da UESPI, acredita que esse aumento está relacionado a atuação do movimento negro nas últimas décadas, que ajudou no fortalecimento da autoestima das pessoas de se reconhecerem como negros e de reafirmarem esse fato se sentindo mais confortáveis e orgulhosos.

“Levando em consideração que passamos por um período difícil de escravidão, onde as pessoas eram subjugadas e que isso influía diretamente nesse processo de autoestima e de estigma dessas pessoas negras, nos últimos anos há um incentivo muito maior entre a população negra com relação a esse conhecimento e reconhecimento. Isso incentiva cada vez mais os movimentos de seguirem atuando nesse processo de compreensão e de identificação da nossa sociedade”.

A estudante de Ciências Sociais atua em movimentos focados na juventude negra

Desde a fundação da UESPI, há 37 anos, existe um compromisso contínuo com políticas de inclusão, se destacando o sistema de cotas como uma dessas iniciativas. Durante cada processo seletivo para os cursos de graduação, no mínimo, metade das vagas é reservada para estudantes que concluíram integralmente o Ensino Médio em escolas da rede pública, desde que a renda per capita não ultrapasse 1,5 salários mínimos. Neste contingente, 45% são direcionados a indivíduos autodeclarados negros, pardos, pertencentes a comunidades quilombolas ou grupos indígenas.

Além disso, segundo o último censo da Educação Superior, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), a UESPI conta com 750 professores autodeclarados negros e pardos. Dentro desse contexto, a universidade, através de seus professores e alunos, desenvolve e apoia diversas ações que visam contribuir para a equidade racial e a conscientização sobre as questões relacionadas à comunidade negra por meio de projetos de extensão, pesquisa, como os trabalhos de conclusão de curso dos estudantes.  Alguns exemplos dessas ações incluem:

Reconhecimento da cultura afro-brasileira

Sobre o reconhecimento da cultura afro-brasileira pode-se citar a Umbanda, uma religião que tem forte ligação com a cultura africana, refletindo a influência das tradições religiosas do continente africano, especialmente aquelas trazidas pelos escravizados para o Brasil durante o período colonial.

A recém formada no curso de Jornalismo, Jhoária Carneiro, produziu um documentário premiado nacionalmente na Conferência Brasileira de Folkcomunicação, que teve como objetivo demonstrar o papel do pai de santo nas formas de comunicação, que estão enraizadas nessa tradição cultural e nas práticas cotidianas da Umbanda da Cabana de Vovó Maria Conga.

Ela conta que por ser jornalista e umbandista, expressou que sempre integrou ambas as áreas em sua vida e ao abordar a elaboração de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), destacou a decisão de incorporar no contexto acadêmico. 

Ainda segundo a egressa, existe um processo de marginalização da Umbanda e dos povos de terreiro, que é resultado de um processo histórico de racismo, que remonta ao período de escravização dos africanos que chegaram ao Brasil. Por ser uma religião afro-brasileira, a Umbanda carrega consigo essa carga histórica, resultando em preconceito religioso e intolerância, especialmente para aqueles que a praticam.

“Como uma pessoa negra, jornalista e umbandista, decidi abordar essa temática em meu documentário. No projeto, busquei destacar como é ser integrante de umbanda e também ser parte da comunicação, sendo esse o tema principal do meu trabalho.  É uma evidência de que as comunidades consideradas “minorias”, entre aspas, na verdade, constituem a maioria das pessoas negras, marginalizadas, tidas como minorias. Acredito que estamos avançando na direção certa, reivindicando nosso espaço e fortalecendo nossa comunidade”, destacou a egressa.

Jhoária acredita que esse é um processo contínuo e tem confiança de que a comunidade negra vai continuar ganhando espaço e reafirmando sua presença na sociedade.

Projeto de Extensão: Ler o Brasil: Um olhar sobre a negritude

Em Corrente, o projeto “Ler o Brasil: Um Olhar sobre a Negritude”, coordenado no campus Dep. Jesualdo Cavalcante pela professora Maria Andreia Nunes em uma parceria com a professora Isabel Cristina Gomes e a pedagoga Kelly França, criaram uma sala de leitura que possibilita a formação de um grupo engajado na troca de ideias literárias, focado, especialmente, em autores brasileiros negros.

Após realizar um levantamento bibliográfico, as docentes observaram a escassez de escritores negros brasileiros conhecidos e a limitada familiaridade com suas obras. Esses escritores, em sua maioria, abordam questões relacionadas à negritude, ao racismo e à integração na democracia racial. Diante desse cenário, a proposta do projeto é concentrar as leituras nos trabalhos desses autores para ampliar o conhecimento nessas temáticas.

A dinâmica das reuniões assemelha-se a um grupo de apoio, proporcionando um espaço para discussões temáticas.

O projeto de extensão não se restringe apenas aos estudantes da UESPI, ele é um convite aberto a todos que desejam participar desse grupo de leitura com o objetivo de estimular a leitura na comunidade em geral, oferecendo um espaço para a discussão das obras, o compartilhamento de ideias e o aprendizado coletivo.

A professora Nunes afirma que a leitura compartilhada amplia a compreensão das obrase  proporciona discussões enriquecedoras e prazerosas, nas quais a diversidade de perspectivas destaca aspectos, muitas vezes, não percebidos individualmente e que participar do grupo transcende a experiência solitária da leitura, gerando diálogos ricos, ora divertidos, ora sentimentais, conforme os participantes exploram suas vivências pessoais em relação às obras discutidas. “Ao longo dos encontros, percebemos o quanto a leitura compartilhada ajudou a enriquecer as discussões. Neste momento, o grupo de leitura está imerso na compreensão do que significa ser negro e no impacto dessa identidade na vida das pessoas”.

Liga Acadêmica de Saúde da População Negra

No Centro de Ciências da Saúde (CCS), a Liga acadêmica nasceu com o intuito de ser um local de troca de conhecimento transdisciplinar sobre saúde da população negra. Além de ser um local pra fomentar o ensino, a pesquisa e a extensão, a LASPN atua como um espaço de acolhimento para seus ligantes, que são, em sua maioria, estudantes negros.

“Sendo uma liga transdisciplinar, nós abordamos o cuidado em saúde da população negra de forma completa, levando em conta varias áreas do conhecimento e saberes. Temos ligantes não só dos cursos da saúde mais de cursos como direito, história, ciências sociais, etc. E inclusive fazendo uma troca de saberes com a comunidade, que é o papel da extensão”, afirma a coordenadora geral Yasmin Assis, estudante de Psicologia da UESPI.

A Liga também promove atividades como palestras em escolas e  em outras instituições de ensino superior, rodas de conversa com a comunidade, com mulheres ativistas, com estudantes, mesas sobre saúde da população negra, produção de conteúdo informativo, formações com os ligantes sobre os principais aspectos relacionados a temática da liga e ainda exercem seu papel político de participar de manifestações e espaços que visam lutar por promoção de saúde da população negra.

Na última semana, os ligantes promoveram a Roda de Conversa “Ser Negro na Universidade: Vivências e Resistências”.

Projeto de Pesquisa estuda a influência de Clóvis Moura nos debates intelectuais sobre a negritude

Em Bom Jesus, o professor de História da UESPI, Bruno Vasconcelos, desenvolve um projeto de pesquisa intitulado: “Por uma epistemologia negra da produção historiográfica: os atravessamentos da produção de Clóvis Moura nos debates intelectuais negros nas décadas de 1950 a 1980”. A pesquisa foi desenvolvida com base na análise de mais de 1.400 correspondências trocadas por Clóvis Moura durante esse período, especialmente, na oposição que o autor piauiense tinha em relação a proposta de conciliação racial de Gilberto Freyre, buscando destacar o papel da resistência escrava no protagonismo das próprias existências negras.

Nascido em Amarante-PI, Clóvis Moura dá nome a um campus da UESPI, localizado no bairro Dirceu, em Teresina

O autor da pesquisa, Prof. Bruno Vasconcelos, explica que a teoria freiriana da conciliação e harmonia entre as três raças, principalmente na obra “Casa Grande & Senzala”, de 1933, se tornou um marco para o primeiro regime na Nova República, liderado por Vargas, na década de 1930, e era uma proposta de conciliação de um país em conflito naquela época, incluindo negros, brancos e indígenas, numa visão de harmonia na formação brasileira.

No entanto, Clovis Moura discordou dessa perspectiva e argumentou que a resistência escrava foi presente do início ao fim. Em 1959, Moura consolidou suas ideias no livro “Rebeliões da Senzala,” focando no estudo da resistência escrava no nordeste brasileiro, especialmente na Bahia.

Entre as correspondências e produções intelectuais, Clóvis Moura se destaca na formação de uma sólida rede de apoio e amizades com outros pensadores negros, como Manuel Zapata Olivella (Colômbia), Nicomedes Santa Cruz (Peru), Benjamin Pinto Bull (Guiné-Bissau/Senegal) e outros. Outra descoberta da pesquisa foi a criação de um núcleo pan-africanista dedicado à pesquisa da história e cultura negra. Este núcleo não se limitou ao contexto brasileiro, estendendo-se a outros países na América Latina e na África.

“A partir desse trabalho, ele passou a ser reconhecido como um intelectual dedicado às questões dos povos escravizados e à cultura negra. Em 1973, foi convidado para um colóquio em Dakar, no Senegal, sobre negritude e América Latina, organizado pelo presidente do Senegal à época, Leopold Sedar Senghor, um dos fundadores do termo negritude e, a partir desse evento, intensificou sua comunicação com autores negros”, afirma o pesquisador.

A pesquisa é fruto da tese de doutorado do docente

Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro

O NEPA (Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro) tem como principal objetivo promover e defender a pesquisa acadêmico-científica, priorizando pesquisadores e pesquisadoras negros e negras. Trata sobre temas de interesse do direto das populações negras no Piauí, além de abranger questões relevantes para a construção e ampliação do conhecimento humano. Além disso, visa contribuir para o desenvolvimento sócio-político e cultural da sociedade como um todo.

O professor Élio Ferreira, líder do NEPA se notabilizou por escritas de poemas que envolvam a cultura e literatura negra

O professor Silvino Filho que responde pelo grupo atualmente, comenta que o Brasil ingressa no século XXI com mais de 50% de sua população composta por pessoas negras, homens e mulheres. No entanto, esse grupo continua sendo o mais marginalizado em diversas instituições, espaços públicos e esferas políticas do país. O 20 de novembro se destaca como um momento crucial para denunciar a persistência do racismo e reforçar a necessidade de reconhecimento e luta pelos direitos dos negros.

O docente destaca o evento África Brasil que é organizado pelo Núcleo e realizado a cada dois anos, onde se destacam atividades que promovem discussões sobre as artes, culturas e a história negra nas Américas. Essas iniciativas, promovidas pelo NEPA, tornaram-se fundamentais na Universidade Estadual do Piauí e na região Nordeste, proporcionando encontros entre pessoas de diversas partes do Brasil e do exterior.

“O NEPA busca promover diálogos com universidades dos Estados Unidos e da América do Sul, se concentrando especialmente nas questões relacionadas aos negros nas Américas, considerando o histórico de escravidão do povo africano. As disciplinas de afrodescendência, literatura afro-brasileira e literatura africana na universidade reforçam a importância dessas pautas no cotidiano acadêmico”, afirma.

O professor Silvino Filho tem experiências na área de educação, com ênfase na literatura brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: afrodescendência, literatura afro-brasileira, africanidades e diáspora negra

O Núcleo atua no fortalecimento profissional de pesquisadores/as, na consolidação de campos temáticos de pesquisa e a institucionalização de grupos e instâncias relacionadas e se destaca por incorporar estudos sobre relações raciais e sobre as populações historicamente discriminadas, buscando assim contribuir ativamente para um ambiente acadêmico mais inclusivo e reflexivo.

“Histórias, Narrativas e Trajetórias Sociais” é o novo lançamento da editora da UESPI

Por Vitor Gaspar

“Histórias, Narrativas e Trajetórias Sociais” é a nova publicação da Editora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Organizada pelas professoras Lêda Rodrigues Vieira e Nilsângela Cardoso Lima,  a coletânea reúne ao longo de doze capítulos um conjunto de pesquisas da área da História, Comunicação, Educação, Arquitetura, Políticas Públicas sobre distintos sujeitos sociais e contextos históricos.

Do período colonial à contemporaneidade, o e-book apresenta narrativas e memórias examinadas por pesquisadores e pesquisadoras envolvidos nas complexidades do patrimônio, política, saúde, ensino, jornalismo, mídia, sertão, entre outros temas. Cada autor, de maneira única, contribui com uma abordagem metodológica e um conjunto teórico que enriquecem a reflexão sobre o objeto de estudo proposto.

Nesse sentido, a coletânea foi dividida em duas partes, com estudos que refletem sobre representações do passado brasileiro e os seus impactos no tempo presente, abordando temáticas como:

– A exploração agrícola, no Piauí, na primeira metade do século XX;

– O resgate do patrimônio arquitetônico moderno em Teresina;

– A leitura de imagens do Brasil colonial nos livros didáticos;

– As histórias em quadrinhos como instrumento de comunicação;

– As representações da ditadura militar na produção literária brasileira;

– O protagonismo das mulheres potiguares no ensino da história local;

– O jornalismo digital em meio à epidemia de Covid-19 no Brasil;

– As marchas de protesto ocorridas em junho de 2013;

– As representações do sertão e do sertanejo na historiografia brasileira;

– Os impactos da modernidade e da modernização em uma comunidade rural do sertão do Piauí;

– A utilização do jornal para a construção do capital político na disputa pelo poder no Piauí, no período de 1910 a 1930, e a valoração (ou não) das vozes das classes populares no discurso jornalístico sobre a pobreza.

De acordo com a professora Lêda Rodrigues, docente do curso de História do Campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, os autores que compõem a coletânea foram selecionados por apresentarem em suas trajetórias acadêmicas contribuições relevantes aos estudos da história local e regional, bem como, acerca das preocupações que afetam consideravelmente a sociedade na contemporaneidade.

“Principalmente, devido a necessidade do fortalecimento do pensamento crítico em tempo de acesso desenfreado de informações provenientes de diferentes canais de comunicação que, muitas vezes, não apresentam o cuidado com as narrativas dos fatos”.

A docente faz parte do Grupo de pesquisa e estudos sobre patrimônio e memória vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Estudos em Cidade, Memória e Patrimônio (NUPECIMP) da UESPI, Campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira e, ao GT História, Cidades e Memória (ANPUH-PI).

A ideia surgiu da necessidade que as professoras organizadoras observaram durante a pandemia, de ampliar a divulgação do conhecimento produzido em algumas universidades do país para um público mais amplo. Elas buscam estreitar os laços acadêmicos como forma de fortalecer a construção do conhecimento em suas variadas perspectivas, bem como ampliar as relações entre diferentes áreas da Ciências Humanas e Sociais, tornando sua presença mais acessível e, ao mesmo tempo, resistindo ao negacionismo científico que o país vivenciou nos últimos anos.

Campus de Parnaíba: alunos promovem feira sobre curiosidades das Ciências Biológicas

Por João Fernandes

A turma do 5° período do Curso de Biologia, do campus Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, promoveu, na última terça-feira (14),  a ação extensionista “Mostra Científica e Didática: Mamíferos e Aves”. A ação aconteceu durante todo o dia levando para os corredores do Campus conceitos e curiosidades ligadas às ciências biológicas.

Os discentes utilizaram materiais didáticos e reuniram peças que compõem o Laboratório de Biologia do Campus, que foram expostas no dia do evento. Durante a Mostra Científica, os alunos apresentaram trabalhos científicos, exposição de maquetes e materiais fósseis de diversos animais. 

Segundo o Professor Felipe Augusto Gonçalves, um dos organizadores do evento, a iniciativa surgiu como forma de aproveitar o material didático comumente utilizado em aulas práticas da Disciplina de Zoologia de Vertebrados, e assim divulgar aspectos relacionados à evolução e biologia desses grupos. Para ele, promover a Mostra Científica é uma oportunidade de explorar o protagonismo dos alunos expondo o conteúdo da disciplina para o público.

“Esse material didático é geralmente utilizado apenas para aulas práticas. E, dessa vez, a gente vai aproveitar para uma exposição. Por exemplo, vamos expor os ossos e estes são materiais que recebemos nos últimos 10, 15 anos, muitos foram coletados por nossa comunidade acadêmica e transformado em material didático”, destaca o professor.

O docente comenta ainda que durante o evento os discentes tiveram a oportunidade de trocar conhecimentos com alunos de outras áreas, além de promover um intercâmbio de experiências vivenciadas por docentes e graduandos na área de ensino da biologia da UESPI e de outras instituições.

Aprendizado na prática

Apresentando características gerais dos mamíferos, o discente Ramon José Santos, acredita que a Mostra Científica foi essencial para esclarecimento à todos da comunidade acadêmica, tendo em vista que aqueles que não cursam biologia tiveram a possibilidade de compreender sobre diversos aspectos relacionados a área.  

“Repassar conhecimento traz benefícios tanto para os discentes quanto para os docentes, porque levo em consideração a possibilidade de treinar a comunicação, raciocínio lógico e interação com outros discentes.  Todos do grupo, tiramos dúvidas e apresentamos algumas curiosidades deste grupo de animais”, destaca o aluno.

A discente Larissa Fernanda Cardoso também participou da Mostra. O grupo dela explorou o mundo das aves, juntos, os discentes criaram cartazes sobre características das aves, espécies em extinção e um mural com 38 fotos de aves do Piauí e nordestinas.

“Acredito que a Mostra Científica foi mais uma grande construção de conhecimento.  Adquirimos novas experiências na criação de eventos, exploração da criatividade e trabalho em grupo. Estes objetivos são fundamentais por se tratar de um curso de licenciatura. A experiência ficará marcada e usarei de referência na minha vida docente futura”, comenta a aluna.

A aluna reforça que o principal benefício foi trabalhar o conteúdo estudado em sala de aula e em aulas práticas, alem de utilizar o conhecimento sobre aves e mamíferos, se  aprofundando no tema e descobrindo uma série de novas informações.

 “Optamos por fazer um cartaz de fácil compreensão, para isto foi pensado em um mural com um guia com curiosidades de cada espécie, enumeradas e os seus respectivos sons foram mostrados Além disso, apresentamos  alguns exemplares de penas e crânio 3D adquiridos em colaboração com a UFDPAR, acrescenta a aluna.

CRI UESPI: resultado da seleção interna para estágio nos Estados Unidos

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), através da Coordenação de Relações Internacionais torna público o resultado final da seleção interna para o 2024 Study of the United States Institute (SUSI) for Student Leaders on Climate Change and the Environent (Estudo do Instituto dos Estados Unidos (SUSI) para Líderes Estudantis sobre Mudanças Climáticas e Meio Ambiente).

RESULTADO DA SELEÇÃO INTERNA – 2024 Study of the United States Institute (SUSI) for Student Leaders on Climate Change and the Environent

Comunidade de Oeiras promove mesas de debates no dia da Consciência Negra

Por Clara Monte 

No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, docentes do campus da UESPI, em Oeiras, irão realizar uma mesa de debates centrada em temas de valorização e reconhecimento do povo negro. Essa iniciativa representa o compromisso contínuo do campus em promover a divulgação construtiva, destacando a importância da diversidade e buscando fortalecer a compreensão sobre as questões que afetam a comunidade negra.

De acordo com o Diretor do campus, Prof. Harlon Lacerda, através deste evento, o campus reafirma seu papel ativo na promoção da igualdade, proporcionando um espaço vital para reflexões sobre a importância do pensamento e da comunidade negra no Brasil. “A comunidade negra é cotidianamente vilipendiada em todos os espaços da sociedade brasileira. Assim, pessoas negras, intelectuais e pesquisadores e pesquisadoras negras precisam usar seus espaços de fala para transformar a sociedade. O debate é sempre fundamental nesse sentido”.

Para o professor organizador, Leandro Nassoza, a cidade de Oeiras tem uma relação forte com a história e cultura afro-brasileira, sendo visível o quanto a cidade tem representantes afros nos seus espaços públicos, além de várias manifestações culturais e comunidades quilombolas que precisam de visibilidade. Para ele, este evento tem como principal objetivo ofertar visibilidade a temática na cidade, trazer discussões e iniciar um processo de reparação social.

“O impacto desse tipo de ação pode ser de curto, médio e longo prazo. Iniciando com uma transformação na autoestima dos estudantes negros, reforçando sua identidade e sua ancestralidade. Fazendo com que eles cada vez mais busquem espaços sociais e de poder, levando a representatividade afro nas várias esferas sociais. Além de buscar na sociedade de uma forma geral o debate sobre o tema “racismo”, o quanto ele é atual e necessário na formação docente, buscando equilíbrio e justiça social no ofício”.

Ainda de acordo com Prof. Leandro Nassoza, após o projeto de extensão “História e Cultura Afro-brasileira Oeirense”, em 2022, muitas questões relacionada a temática afro começaram a ser desenvolvidas, tanto na universidade como na sociedade de uma forma geral. Algumas delas, foram:  parceria com o Movimento Negro da cidade de Oeiras, produção de eventos temáticos, e  pesquisas acadêmicas que resultaram em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

“Espero que esse evento contribua para a continuidade do desenvolvimento da temática na cidade e na universidade, dando visibilidade as manifestações históricas e culturais dos grupos afro-brasileiros, resgatando identidades e protagonismos sociais”.

 

Energias Renováveis e Sistemas para Internet UAPI: terceira chamada de classificados

A UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI, por intermédio do Núcleo de Educação a Distância – NEAD e da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, da Universidade Estadual do Piauí – UESPI no uso de suas atribuições legais, torna pública a CONVOCAÇÃO EM TERCEIRA CHAMADA DOS CLASSIFADOS DO EDITAL 001-2023 — PROCESSO SELETIVO PARA INGRESSO NO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ENERGIAS RENOVÁVEIS E CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS PARA INTERNET PELA UNIVERSIDADE ABERTA DO PIAUÍ – UAPI/NEAD/UESPI 2023.2, mediante as condições estabelecidas no referido Edital.

LISTA DA CONVOCAÇÃO DA TERCEIRA CHAMADA: TERCEIRA CHAMADA DE CLASSIFICADOS UAPI – EDITAL 01/2023

Estão sendo convocados os candidatos classificados em terceira chamada, dentro da quantidade de vagas disponíveis por Polo, para efetivar a Matrícula Institucional, por ordem de classificação, considerando as opções de Ampla Concorrência e Ações Afirmativas por Cotas. Os candidatos CLASSIFICADOS,  e convocados na lista de segunda chamada, na Universidade Aberta do Piauí (UAPI) deverão realizar a matrícula institucional IMPRETERIVELMENTE no período de 17 a 20 de novembro de 2023, até as 23:59hs, respeitando o cronograma do publicado no EDITAL DE CONVOCAÇÃO.

PLATAFORMA DE MATRÍCULAS: https://sigpreg.uespi.br/matriculauapi/index.php

E-MAIL PARA DÚVIDAS E QUESTÕES TÉCNICAS: vest.uapi2023@uespi.br

Processo seletivo para licenciaturas da UAB/UESPI: segunda convocação para matrícula institucional

A UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI, por intermédio do Núcleo de Educação a Distância – NEAD, da Universidade Estadual do Piauí – UESPI no uso de suas atribuições legais, torna público a CONVOCAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA MATRÍCULA INSTITUCIONAL NOS CURSOS DE LICENCIATURA NA MODALIDADE A DISTÂNCIA PELO SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB – UESPI/2023.1, DO EDITAL 004-2023 — PROCESSO SELETIVO PARA INGRESSO DOS CURSOS DE LICENCIATURA NA MODALIDADE A DISTÂNCIA PELO SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL- UAB-UESPI/2023, mediante as condições estabelecidas no referido Edital.

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Uespi Floriano: Alunas de pedagogia realizaram visita ao Museu dos Povos Indígenas do Piauí (MUPI)

Por Giovana Andrade

Alunas do segundo e quarto período do curso de Pedagogia do Campus Drª Josefina Demes, em Floriano, realizaram uma visita ao Museu dos Povos Indígenas do Piauí (MUPI). O museu está localizado na Comunidade Indígena Nazaré, a 193 km da capital do Estado, em terras dos Tabajara e Tapuio, situado no município de Lagoa de São Francisco-PI.

A visita fez parte da disciplina Cultura Afro-brasileira e Indígena, orientada pelo Professor Me. Sociólogo Robison Pereira. A aula aconteceu sob a batuta das mestras Tabajara e Tapuio, que apresentaram o conhecimento histórico do povo.

O Professor Me. Robison Pereira explica que foi possível perceber que mesmo diante de algumas conquistas, a curto prazo existe uma tripla dimensão da luta quanto a terra, saúde e educação. “Eles ainda reivindicam o que é de direito dos povos indígenas, como a demarcação do território, pois a comunidade recebeu apenas uma doação do Governo do Estado – 160 hectares de terras – , mas a demarcação é competência do Governo Federal. A saúde indígena é outra luta, pois mesmo com os atendimentos oferecidos pelo município, ainda esperam que o Governo Federal faça a sua parte com a construção de um polo base de saúde, pois acreditam que a saúde indígena deve contemplar também a medicina alternativa, como uso de plantas medicinais. Por fim, a educação escolar indígena é outro ponto de luta. A educação oferecida deve ser diferenciada em razão da contribuição dos Troncos Velhos, Cacique, Pajé, todos contribuindo com seus saberes, com ênfase na realidade do cotidiano dos indígenas, ou seja, uma educação contextualizada, contemplando a história e cultura, os saberes e o modo de viver de cada um”.

De acordo com o Prof. Robison, no Brasil, a história em relação aos indígenas é marcado por um processo de apagamento e extermínio. “Aqui no Piauí, a organização de muitos desses povos e o apoio de pesquisas científicas importantes, uma nova concepção acerca da resistência e existência dessas comunidades foi edificada”.

Allane Oliveira, estudante do 4° bloco, ressalta que a visita ao Museu indígena dos Povos Tabajara Tapuio Itamaraty foi enriquecedora. Durante a visita, ela afirma que adquiriu conhecimentos sobre a cultura dos povos indígenas de uma maneira única, que difere do aprendizado em sala de aula. “A visita fez a gente refletir sobre a valorização da identidade desses povos e sensibilização da importância de viver de uma forma sustentável. Os povos indígenas desempenham um papel importante na preservação ambiental e manutenção da biodiversidade. Foi uma experiência única que nos proporcionou uma visão diferente sobre a situação que se encontra sobre a cultura desses povos originários”, finalizou

Pesquisadores da UESPI tem artigo publicado em revista internacional

Por Vitor Gaspar

Seis pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) tiveram seu artigo intitulado “Mortalidade por doenças tropicais negligenciadas no Brasil no século XXI: análise de tendências espaciais e temporais e fatores associados” publicado na Revista Pan-Americana de Salud Publica.

Os discentes Izabel Félix Rocha (autora principal), Wady Soares, Madalena Frota e Thalis Araujo, junto aos docentes  Thatiana Maranhão e Augusto Cezar Filho, analisaram a distribuição espaço temporal da mortalidade por doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no Brasil no período de 2000 a 2019 e identificaram os fatores associados a essas mortes.

A Revista faz parte da Organização Pan-Americana de Saúde Pública (OPAS) e tem como objetivo disseminar informações científicas, além de promover o avanço do conhecimento em saúde pública nas Américas. O periódico abrange uma ampla gama de tópicos relacionados à saúde pública, incluindo epidemiologia, saúde ambiental, políticas, sistemas e promoção da saúde, além de prevenção de doenças.

A autora principal do estudo, Izabel Félix Rocha, comenta que a realização desse feito foi resultado de uma dedicação constante ao estudo. Ela conta que além da revista, o artigo conquistou a segunda colocação no Seminário de Iniciação Científica e que todo esse  reconhecimento foi ainda mais forte após a publicação na Revista Pan-Americana de Saúde Pública.

“Esse evento representou uma combinação de alegria e orgulho em relação à minha jornada até o momento, especialmente por se tratar de uma revista reconhecida internacionalmente. O artigo sobre DTNs apresenta sete coautores que me ajudaram na realização desse artigo, através de revisões da escrita e do método abordado, os quais são profissionais e alunos de enfermagem exemplares que agregaram bastante nas melhorias do artigo”.

A discente está no 9° bloco do curso de Enfermagem, no campus Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba

Doenças tropicais são um conjunto de enfermidades infecciosas que predominam em regiões de climas quentes e úmidos, comumente encontradas nos trópicos. Essas condições climáticas propiciam a proliferação de vetores, como mosquitos, moscas e carrapatos, que desempenham um papel crucial na transmissão dessas doenças.

No total, foram consideradas 15 doenças, incluindo doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, ascaridíase, ancilostomíase, oncocercose, infestação por Taenia solium, cisticercose, equinococose, filariose, hanseníase, tracoma, raiva, outras infestações por trematódeos e dengue.

A conclusão apontou aglomerados de óbitos principalmente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia e Piauí. Além disso, foi possível destacar que quanto menor o desenvolvimento humano e maior a vulnerabilidade social, maior é a mortalidade, fator que segundo os pesquisadores, deve direcionar as ações de prevenção e controle das DTNs.

A professora Thatiana Maranhão destaca que todo pesquisador que trabalha com estudos epidemiológicos objetiva que os resultados obtidos em seus estudos sirvam para nortear a tomada de decisões dos gestores do setor saúde.  Ela afirma que a pesquisa apontou as características socioeconômicas dos municípios que estão influenciando a mortalidade e a expectativa é de que os gestores se apropriem destes resultados para planejar estratégias que visem combater as DTNs nesses territórios e, consequentemente, a mortalidade por estas doenças.

“Vimos que os resultados obtidos tinham muita relevância para o Brasil e, especialmente, para os locais que se mostraram prioritários visto a alta taxa de mortalidade. Então, decidimos submeter à revista da OPAS para que esta pesquisa tenha um maior alcance, não só para o Brasil mas também para a comunidade científica internacional”, afirma.

A professora Thatiana Maranhão, docente do campus de Parnaíba

Os pesquisadores ressaltam que embora o termo “doenças tropicais” esteja associado a regiões geográficas específicas, algumas dessas enfermidades podem se espalhar para outras áreas devido a fatores como migração, mudanças climáticas e globalização. Portanto, o controle dessas doenças requer esforços colaborativos e abordagens globais para enfrentar os desafios únicos que elas apresentam.

“Os achados deste estudo demonstram a necessidade de melhoria das condições de vida e de desenvolvimento humano da população brasileira, bem como melhoria do acesso e da assistência prestada à população, uma vez que um dos achados do estudo evidencia que a mortalidade por DTNs é maior quando relacionada, sobretudo, a um baixo desenvolvimento humano e a uma situação de vulnerabilidade social maior”, afirma o professor Augusto Cezar Filho, um dos coautores da pesquisa.

Augusto Cezar, docente do campus Josefina Demes em Floriano.

A pesquisa científica sobre doenças tropicais ajudou no aprendizado dos alunos envolvidos em alguns aspectos. Ao mergulharem no estudo dessas enfermidades, os estudantes podem aprofundar seu conhecimento sobre não apenas as características clínicas das doenças, mas também os fatores epidemiológicos, sociais e ambientais associados a essas condições.

“Desde que entrei na graduação me encantei com a parte da pesquisa, sabia o quão importante era a produção científica pra nossa profissão, até porque é partir dos estudos desenvolvidos que conseguimos respaldo nas nossas ações, conseguimos definir a melhor forma de agir dentro da profissão, além de outros fatores. Saber que eu e meu grupo de pesquisa conseguimos de alguma forma contribuir não só pra nossa realidade local, mas de forma internacional me enche de orgulho e vontade de ir além nesse campo“.

Importância da pesquisa científica 

A pesquisa científica desempenha um papel fundamental no avanço do conhecimento humano e no desenvolvimento da sociedade. Ela é um processo sistemático de investigação que busca responder a perguntas, solucionar problemas e contribuir para o entendimento mais profundo do mundo que nos cerca. A importância da pesquisa científica é multifacetada e abrange diversas áreas, desde a medicina até a tecnologia, passando pelas ciências sociais e ambientais.

Um dos coautores dessa pesquisa,  Thalis Araújo acredito que a pesquisa científica é uma das principais ferramentas capazes de transformar a sociedade. Segundo ele, através dela é possível obter recursos que possibilita identificar as mazelas e determinar caminhos para combatê-las. ” Estar na graduação e já ter a possibilidade de fazer ciência é uma oportunidade única, pois permite que o aluno saia do papel de espectador e passe a ser um produto do conhecimento científico”.

A pesquisa científica é considerada a principal fonte de expansão do conhecimento humano. Ela permite que os pesquisadores descubram novos fatos, compreendam fenômenos desconhecidos e aprofundem a compreensão sobre temas existentes.

O coautor Wady Wendler acredita que a pesquisa científica desempenha um papel muito importante, pois é através de investigações sobre temáticas relevantes para a sociedade que se pode solucionar problemas sociais, desde questões de saúde até desafios ambientais e econômicos. Assim, a pesquisa pode fornecer insights e evidências que podem orientar políticas públicas e práticas eficazes.

“Para mim, a pesquisa abriu oportunidades de aprendizagem para o resto da vida, desde como redigir um texto científico até entender o quanto é importante analisar problemáticas para auxiliar a população a como resolvê-las. Por fim, agradecer aos professores e colegas que, juntos, conseguimos trabalhar em equipe, superar as dificuldades e conseguir a tão sonhada publicação em uma revista renomada”.

UESPI reforça pontualidade nos pagamentos de bolsas e auxílios disponibilizados pela instituição

Em um compromisso com seus estudantes, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reitera o mantimento rigoroso dos prazos de pagamento das bolsas e auxílios oferecidos pela instituição. A Universidade reafirma seu comprometimento em garantir que os recursos destinados a esses benefícios alcancem os beneficiários, viabilizando o suporte financeiro para a comunidade acadêmica.

A Pró-Reitoria de Planejamento e Finanças (PROPLAN), é o órgão vinculado à Reitoria responsável por planejar, organizar, controlar, acompanhar, avaliar e supervisionar as atividades relacionadas ao registro e execução orçamentária, financeira e contábil dos recursos oriundos de arrecadação, convênios e aqueles provenientes dos Tesouros Nacional e Estadual.

O professor Lucídio Beserra Primo, Pró-reitor da PROPLAN, explica que a folha de pagamento é elaborada no início de cada mês, geralmente na primeira semana, para que se possa efetuar todos os pagamentos ao final do mês, nos dias 30 e 31. “Não há o que se falar sobre atrasos da folha de pagamento das bolsas e auxílios assistenciais da UESPI, pois todos estão sendo pagos rigorosamente em dia de acordo com o calendário estabelecido pelo Estado”.

Ajuste nas bolsas e auxílios

Em fevereiro deste ano, o Presidente Lula reajustou as bolsas de graduação, pós-graduação e de iniciação científica. No que se refere a UESPI, as bolsas de monitoria, PIBID, PIBEU, PIBIT e PIBIC, por exemplo, mudaram de R$ 400,00 para R$700,00. As bolsas de mestrado passaram de R$ 1.500,00 para R$ 2.100,00, enquanto o Programa Bolsa Trabalho saiu de R$ 400,00 para R$ 900,00.

Em 16 de março, ainda nesse ano, no Palácio de Karnak, foram anunciados os reajustes nos auxílios estudantis que são ofertados pela UESPI em um percentual de 50%. O valor passou de R$ 200,00 para R$ 300,00. Ao todo, foram contempladas 2.500 vagas para o Auxílio Alimentação e 500 vagas para o Auxílio Moradia.

Os auxílios possuem a característica de viabilizar o acesso e a permanência, dentro do ambiente acadêmico, dos alunos em vulnerabilidade social. Já as bolsas possuem o papel de contribuir para a formação profissional dos discentes contemplados.

Sobre os programas

A Monitoria acadêmica consiste em atividades de ensino desenvolvidas pelo estudante para aproximá-lo da docência. Na prática, o aluno atua como uma espécie de professor, desenvolvendo tarefas nos campos científico e pedagógico, com a supervisão do docente.

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é uma política governamental de formação de docentes em nível superior. Já o Programa Institucional de Bolsas em Extensão Universitária (PIBEU) tem como objetivo estimular e apoiar o desenvolvimento das ações extensionistas como prática acadêmica e sociocultural.

Além destes, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) são voltados aos alunos de graduação e servem como incentivo à formação de novos pesquisadores.

A UESPI também disponibiliza o Estágio não-obrigatório para os mais diversos cursos, sendo realizado como atividade opcional, com o intuito de complementar a formação do estudante. A bolsa dessa modalidade se fixa em R$ 1.023,00 ao mês.

Curso de Psicologia promove ” Painel: Justiça Restaurativa na Educação”

Por Giovana Andrade

O curso de Psicologia da Universidade Estadual do Piauí juntamente com a equipe do Comitê Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí organizam “Painel: Justiça Restaurativa na Educação“, no dia 20 deste mês, às 18h no auditório do CCS da UESPI.

O curso de Psicologia tem em seu programa de curso estágios básicos e um deles, ofertado a partir do 6º bloco, é o Estágio Básico em Psicologia Jurídica. O campo de psicologia jurídica é bem amplo e abarca desde prestar assessorias/assistências às instituições jurídicas até atuações e estudos na interseção entre os aspectos jurídicos e psicossociais.

A Profª Liliane Leite Moreira explica que durante o estágio, que envolveu 11 alunos do 7º bloco de Psicologia da UESPI, surgiu a ideia de se fazer um evento para concretizar a iniciativa de caráter nacional do Conselho Nacional de Justiça  (CNJ)  que, no Piauí, se dá por meio de parceria entre a CGJ, o COJUR e a SEDUC e, Ensino Superior, no caso a UESPI.

“O evento Justiça Restaurativa na Educação é uma campanha nacional promovida pelo Conselho Nacional de Justiça para todos os Tribunais do país, que teve lançamento pela Ministra do CNJ, Rosa Weber, no início do ano de 2023. O Painel Justiça Restaurativa na Educação inicia as ações do Núcleo de Justiça Restaurativa-NUJUR/TJPI na Semana Internacional da Justiça Restaurativa no Brasil”.

O evento, no formato de painel está direcionado para docentes e discentes da UESPI, mais especificamente dos cursos de Direito, Psicologia e Pedagogia. Os temas envolvem a Justiça Restaurativa e serão apresentados pelas Juizas Dra. Maria Luiza de Moura Mello e Freitas e Dra. Lisabeth Maria Marchetti – representante do comitê gestor de Justiça Restaurativa.

 Justiça Restaurativa

A Educação é um dos alicerces da Justiça Restaurativa por compreender que o ser está em constante mudança. A Educação é uma ferramenta de base para alcançar o reequilíbrio, a harmonia e a solução dos conflitos internos consigo e com o outro em relação contínua. A Justiça Restaurativa acolhe todas as histórias vividas pelas pessoas, por entender que a pessoa humana possui múltiplas faces nas situações em convivência consigo, com o outro e com o meio que está inserido, o que traz várias dimensões de conflitos a serem vistas, ouvidas e cuidadas.

O ponto forte da Justiça Restaurativa é o próprio ser humano, quando em convivência comunitária, pois é aqui o lugar que as histórias humanas são geradas e colocadas em evidência. A Justiça Restaurativa se desenvolve no círculo de conversas, no coletivo, com apoio de entidades sociais e da comunidade de pessoas diretamente relacionada ao conflito dando oportunidade de todos envolvidos no conflito dizerem o que é justo para a melhor solução do problema e assim todos estarem de acordo, todos a contento.

A Justiça Restaurativa trabalha com o Princípio da Voluntariedade, ou seja, a pessoa que vai dizer se quer participar, dando assim destaque à vontade de cada pessoa envolvida e todos os facilitadores são capacitados pela equipe do Comitê Gestor.

Minicurso apresenta as contribuições, à literatura, cultura e as histórias de autoras africanas

Por João Fernandes

Compreender a literatura, a cultura e as histórias africanas é um dos objetivos do minicurso que será ministrado pela professora Dr. Algemira Mendes, docente do curso de Letras Portugues, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). O minicurso acontece online e conta com a participação de professores do Ensino Básico, alunos de graduação e pós- graduação da área de Letras de diversas instituições.

Trabalhando a temática “Escritas de Resistência Produzidas por Mulheres nas Literaturas”, o minicurso explora textos narrativos e poéticos de escritoras Moçambicanas, Cabo Verdianas e Santomenses. O objetivo é  identificar a presença de vozes de resistências, marcas identitárias e questões memorialistas que estejam presentes nas obras das escritoras africanas de língua portuguesa.

Para isso, as aulas foram divididas em duas partes, a primeira, aconteceu nesta segunda-feira (13), e alcançou um público de 90 participantes. Durante o primeiro encontro, foram discutidos aspectos ligados à ancestralidade, resistências sobre a questão política, questões ligadas ao colonialismo, questões de gênero, identitárias, além de outras  subjugações vivência no período de domínio português.

Todo o referencial teórico do minicurso foi pensado para oferecer uma visão geral das literaturas africanas de língua portuguesa e entender questões ligadas aos colonialismos e suas dependências. Estão sendo usadas as obras de Maria Nazareth Soares Fonseca (2015); Afeto e Poesia, de Carmen Lúcia Tindó Secco (2014); A Magia das Letras Africanas, Angola e Moçambique, de Tindó Secco (2021).

A professora Dr. Algemira Mendes, explica que as obras dialogam entre si, sendo possível identificar nelas as questões que estão sendo trabalhadas, observando como as personagens vivenciam essas experiências e como eles se ressignificam todos esses questionamentos, as guerras e os processos de independência das colônias.

“Uma das autoras apresentadas é Paulina Chiziane, primeira escritora moçambicana a escrever um romance, ganhadora de prêmios, como o prêmio Camões. Através destas perspectivas, debatemos como a língua do colonizador foi imposta e a língua natural, a língua dos povos que habitavam nesses países foram subjugadas”, comenta a professora. 

O segundo encontro acontece, hoje, dia 14 de novembro, com discussões voltadas a questões de gênero e identidade, além de questões de resistência ao patriarcado e resistência ao poder político.

Parcerias e incentivos para a qualificação Docente em programas de Mestrado e Doutorado

Por Clara Monte 

Em busca de aprimoramento profissional, mais de 90 docentes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) investem em ampliação de conhecimentos através de programas de mestrado e doutorado. Ao total, no momento, são 3 docentes em programas de mestrado, 83 no doutorado, e 4 estão envolvidos em programas de pós-doutorado.

O Pró-Reitor da PROP, Professor Dr. Rauirys Alencar, conta que a UESPI mantém parcerias por meio de Projetos de Cooperação entre Instituições para Qualificação de Profissionais de Nível Superior (PCI). De acordo com ele, atualmente, no âmbito da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PROP/UESPI, a instituição está formando Doutores por meio do Doutorado Interinstitucional em Linguística em parceria com a Universidade de São Paulo – USP; e por meio do Doutorado Interinstitucional em Enfermagem com a Universidade Federal do Piauí – UFPI. Além disso, a UESPI já está em busca para a oferta de Mestrado Interinstitucional (MINTER) e Doutorado Interinstitucional (DINTER) pelo Acordo de Cooperação Técnica com Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO.

“Tal parceria tem o objetivo de qualificar docentes e técnicos que possam atuar nos laboratórios da UESPI, nos processos de acreditação de produtos e serviços de toda a região. As parcerias vão para além da formação, pois inúmeras instituições são parceiras no sentido de que muitos dos docentes da UESPI atuam em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, ministrando aulas e orientando discentes, contribuição para a produtividade docente, cujos resultados são transformados em melhor resultados e índices na avaliação da UESPI junto ao MEC, à Capes, ao CNPq e ao Conselho Estadual de Educação – CEE”.

O Pró-Reitor da PROP, destaca também o incentivos que a universidade oferece aos seus docentes para a busca de aprimoramento acadêmico. Dentre elas: a liberação dos encargos docentes, permitindo que o professor se dedique integral ou parcialmente aos estudos sem prejuízo salarial conforme estabelecido pela Resolução CONAPLAN n. 001/2014 e a parceria com a FAPEPI, que amplia as oportunidades, uma vez que a instituição lança editais destinando uma porcentagem de bolsas de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado para os docentes aprovados em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu fora do Estado.

“A UESPI tem entre os objetivos a construção de ações associadas e complementares, sob os aspectos da oferta regular de Cursos de Pós-Graduação e da capacitação permanente de professores e técnicos. Para cumprir tais objetivos e manter essa visão institucional, o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, ainda destaca que se deve: “Incentivar membros de seu corpo discente e docente a buscarem qualificação, como docentes/discentes de Programas de Pós-Graduação”; e “Estimular membros de seu quadro técnico-administrativo a buscarem qualificação, em Programas de Pós-Graduação na UESPI e/ou outras IES”.

Exemplo de docente aprovado recentemente para mais uma qualificação, Prof. Harlon Lacerda, conta que sua proposta de pós-graduação intitulada “TEORIA DA NARRATIVA LITERÁRIA NUMA COSMOPERCEPÇÃO CONTRACOLONIAL E AMEFRICANA”, foi aceita pela Universidade de Coimbra (Portugal). Para ele, a qualificação docente é fundamental para garantir o tripé ensino-pesquisa-extensão na UESPI, além de trazer investimentos, visibilidade e credibilidade para a instituição.

“Ao longo de um período de 24 meses, sob a orientação da Professora Dra. Patrícia Vieira, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, minha intenção é realizar uma contribuição significativa para a reflexão acerca do objeto literário, da crítica literária e da teoria literária em si. Este projeto de pós-doutoramento não apenas busca aprimorar meu conhecimento acadêmico, como também visa estreitar os laços institucionais entre a Universidade de Coimbra, uma das instituições mais antigas e respeitadas do Ocidente, e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Ao final dessa jornada, um livro será publicado, aperfeiçoando também toda a comunidade acadêmica sobre esse tema”.