Por: Lucas Ruthênio
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) consolidou sua posição como uma das instituições mais estratégicas no novo ciclo de desenvolvimento educacional e econômico do estado, ao integrar o Programa Mais Formação, Mais Renda – maior iniciativa de qualificação profissional da história do Piauí, lançada pelo Governo do Estado com investimento superior a R$ 750 milhões até 2030. Com foco em ampliar o acesso à formação profissional alinhada ao mercado de trabalho, o programa estabelece a expansão da oferta de cursos técnicos, graduação, pós-graduação e qualificação nas áreas mais dinâmicas da economia piauiense, como energias renováveis, tecnologia, agro, logística, serviços e turismo.
Nesse contexto, a Uespi se destaca tanto pelo alcance territorial quanto pela capacidade de formar profissionais qualificados em todas as regiões do Piauí. A expansão anunciada pelo governo, que inclui a reabertura dos campi de Valença, Paulistana e União, além da transformação do núcleo de Barras em campus representa um novo momento para a universidade, que ampliará de 12 para 16 campi, fortalecendo sua presença no interior e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional.
Durante a solenidade de lançamento, o reitor da UESPI, professor Evandro Alberto, destacou que o programa responde a uma preocupação central do governo estadual: garantir que a formação educacional seja um caminho real e concreto para a entrada no mercado de trabalho e para o aumento da renda da população. Ele enfatizou, em suas palavras, que “a qualificação profissional precisa alcançar quem mais precisa e deve ser pensada como política estratégica, não como ação pontual”. O reitor também afirmou que a proposta do Mais Formação, Mais Renda nasceu justamente da necessidade de criar oportunidades sólidas para estudantes de todo o estado, alinhando o avanço educacional à empregabilidade. Segundo ele, a expansão da UESPI foi planejada dentro dessa estratégia, de modo a permitir que mais jovens tenham acesso a cursos que dialoguem diretamente com as novas demandas econômicas. “Estamos direcionando a universidade para áreas que já movimentam a economia piauiense e para setores que crescerão ainda mais na próxima década”, afirmou.
O reitor ressaltou que o plano prevê não apenas a ampliação física da universidade, mas também a construção de um ecossistema de formação que garanta renda e empregabilidade para os piauienses. Ao mencionar a reabertura dos campi citados pelo governador, ele afirmou que a universidade já trabalha para se estruturar internamente e garantir que toda essa expansão seja incorporada ao planejamento institucional. “Nosso desafio, agora, é preparar a infraestrutura acadêmica e administrativa para que essa expansão seja sustentável e efetiva”, disse. O processo, segundo Evandro Alberto, será conduzido em diálogo contínuo com o Governo do Estado e com a gestão que assumirá a reitoria em 2026, visto que as implementações das novas unidades estão previstas para ocorrer a partir dessa data. Ele destacou ainda que, ao lado do reitor eleito, professor Paulo Henrique, a UESPI seguirá alinhada às diretrizes do programa. “Estamos construindo uma transição muito responsável e planejada, porque o impacto desse programa será sentido por muitos anos”, afirmou.
O reitor eleito, professor Paulo Henrique, reforçou essa perspectiva ao afirmar que a participação da UESPI é essencial devido ao papel histórico da universidade na formação superior do estado. Ele destacou que a UESPI tem “o Piauí no seu DNA”, por sua forte capilaridade e presença consolidada tanto na capital quanto no interior. Para ele, o anúncio da reabertura dos campi representa não apenas um avanço institucional, mas também uma grande oportunidade para ampliar o acesso à educação pública e gratuita, contribuindo de forma direta para a melhoria da renda e das condições de vida da população piauiense.
Segundo o reitor eleito, a transformação de Barras em campus e a reabertura das unidades de Valença, União e Paulistana permitirão que a universidade chegue a 16 campi distribuídos por todo o território piauiense, reforçando sua missão de interiorizar o ensino superior. Ele destacou que essa expansão é coerente com o propósito do programa estadual e abre espaço para que a UESPI amplie ainda mais sua oferta de cursos alinhados às áreas estratégicas do desenvolvimento econômico do Piauí. Paulo Henrique também mencionou que os próximos meses serão dedicados ao alinhamento institucional com o Governo do Estado, especialmente no que diz respeito ao cronograma de implementação dos novos campi e ao fortalecimento das formações que compõem o programa.
A participação da UESPI no Mais Formação, Mais Renda vai além da infraestrutura e do aumento da oferta de vagas. A universidade, por meio de seus docentes, pesquisadores, alunos e egressos, já consolida pesquisas e projetos que dialogam com demandas essenciais do estado, como energias renováveis, meio ambiente, saúde pública e tecnologias emergentes. Durante a cerimônia, esse protagonismo foi evidenciado pelo depoimento de egressos e pesquisadores que atuam em áreas inovadoras, demonstrando como a formação oferecida pela UESPI tem gerado impactos reais na vida da população e nas cadeias produtivas do estado. Ao comentar esse aspecto, o reitor Evandro Alberto acrescentou: “A universidade pública precisa mostrar resultados, e os resultados estão aqui: nossos egressos estão inseridos nas áreas estratégicas do Piauí e contribuindo para transformar a economia local”.
Entre esses relatos, o egresso Renato Sousa destacou pesquisas desenvolvidas no âmbito do grupo Greentech, envolvendo sistemas de óxidos condutores ativados pela luz solar para aplicações de interesse social. Segundo ele, o trabalho busca soluções científicas voltadas às mudanças climáticas, ao meio ambiente e à saúde pública.
Renato explicou que uma das linhas de pesquisa envolve a produção de revestimentos bactericidas para ambientes hospitalares, utilizando materiais foto catalisadores capazes de reduzir contaminações por bactérias. “São soluções que têm impacto direto na vida da população, sobretudo no cuidado com a saúde”, afirmou.
Ele também mencionou pesquisas dedicadas ao tratamento de água no semiárido, com tecnologias ativadas por luz solar para melhorar a qualidade de reservatórios em regiões que enfrentam dificuldades no acesso ao recurso. O projeto, segundo o egresso, tem apoio do Governo do Estado. Além dessas frentes, Renato citou estudos voltados à produção de hidrogênio a partir da água, reforçando a busca por alternativas sustentáveis e alinhadas ao debate global sobre transição energética e clima.
O pesquisador ressaltou a importância dos investimentos na UESPI para ampliar oportunidades e fortalecer a pesquisa aplicada. “Investir na UESPI é tornar a educação mais justa, criando novas vagas, fortalecendo a ciência e contribuindo para a inovação. A pesquisa não para. Estamos sempre buscando gerar soluções que dialoguem com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e tragam melhorias reais para a sociedade”, declarou, agradecendo ao governo pela iniciativa do programa Mais Formação, Mais Renda.
Ao integrar o Programa Mais Formação, Mais Renda, a UESPI passa a desempenhar um papel ampliado na política estadual de qualificação profissional. A expansão de campi, o reforço das ações de pós-graduação, o investimento em infraestrutura e tecnologia e a oferta de cursos alinhados a setores estratégicos da economia compõem o conjunto de medidas previstas para os próximos anos. As iniciativas têm como objetivo ampliar o acesso à formação no estado e apoiar a preparação de novos profissionais para atender às demandas de um mercado de trabalho em transformação.

































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A construção dessas propostas envolve um processo gradual, que inicia com hackathons internos e desafios lançados para áreas estratégicas da universidade, como logística, serviços, tecnologia, sustentabilidade, estrutura física e desenvolvimento de aplicativos. Em seguida, os estudantes participam de oficinas de inovação aberta, utilizando ferramentas como o canvas adaptado para o contexto da instituição. A proposta permite que cada grupo identifique problemas reais e desenvolva caminhos possíveis para solucioná-los, sempre com apoio docente. Em sua avaliação, a professora Kátia Brasil destaca que “temos dentro da instituição alunos que são extremamente criativos, que só precisam muitas vezes das oportunidades”.






























