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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Uespi reforça papel estratégico no desenvolvimento do Piauí ao integrar o Programa “Mais Formação, Mais Renda” e prepara expansão de novos campi

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) consolidou sua posição como uma das instituições mais estratégicas no novo ciclo de desenvolvimento educacional e econômico do estado, ao integrar o Programa Mais Formação, Mais Renda – maior iniciativa de qualificação profissional da história do Piauí, lançada pelo Governo do Estado com investimento superior a R$ 750 milhões até 2030. Com foco em ampliar o acesso à formação profissional alinhada ao mercado de trabalho, o programa estabelece a expansão da oferta de cursos técnicos, graduação, pós-graduação e qualificação nas áreas mais dinâmicas da economia piauiense, como energias renováveis, tecnologia, agro, logística, serviços e turismo.

Nesse contexto, a Uespi se destaca tanto pelo alcance territorial quanto pela capacidade de formar profissionais qualificados em todas as regiões do Piauí. A expansão anunciada pelo governo, que inclui a reabertura dos campi de Valença, Paulistana e União, além da transformação do núcleo de Barras em campus representa um novo momento para a universidade, que ampliará de 12 para 16 campi, fortalecendo sua presença no interior e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional.

Durante a solenidade de lançamento, o reitor da UESPI, professor Evandro Alberto, destacou que o programa responde a uma preocupação central do governo estadual: garantir que a formação educacional seja um caminho real e concreto para a entrada no mercado de trabalho e para o aumento da renda da população. Ele enfatizou, em suas palavras, que “a qualificação profissional precisa alcançar quem mais precisa e deve ser pensada como política estratégica, não como ação pontual”. O reitor também afirmou que a proposta do Mais Formação, Mais Renda nasceu justamente da necessidade de criar oportunidades sólidas para estudantes de todo o estado, alinhando o avanço educacional à empregabilidade. Segundo ele, a expansão da UESPI foi planejada dentro dessa estratégia, de modo a permitir que mais jovens tenham acesso a cursos que dialoguem diretamente com as novas demandas econômicas. “Estamos direcionando a universidade para áreas que já movimentam a economia piauiense e para setores que crescerão ainda mais na próxima década”, afirmou.

O reitor ressaltou que o plano prevê não apenas a ampliação física da universidade, mas também a construção de um ecossistema de formação que garanta renda e empregabilidade para os piauienses. Ao mencionar a reabertura dos campi citados pelo governador, ele afirmou que a universidade já trabalha para se estruturar internamente e garantir que toda essa expansão seja incorporada ao planejamento institucional. “Nosso desafio, agora, é preparar a infraestrutura acadêmica e administrativa para que essa expansão seja sustentável e efetiva”, disse. O processo, segundo Evandro Alberto, será conduzido em diálogo contínuo com o Governo do Estado e com a gestão que assumirá a reitoria em 2026, visto que as implementações das novas unidades estão previstas para ocorrer a partir dessa data. Ele destacou ainda que, ao lado do reitor eleito, professor Paulo Henrique, a UESPI seguirá alinhada às diretrizes do programa. “Estamos construindo uma transição muito responsável e planejada, porque o impacto desse programa será sentido por muitos anos”, afirmou.

O reitor eleito, professor Paulo Henrique, reforçou essa perspectiva ao afirmar que a participação da UESPI é essencial devido ao papel histórico da universidade na formação superior do estado. Ele destacou que a UESPI tem “o Piauí no seu DNA”, por sua forte capilaridade e presença consolidada tanto na capital quanto no interior. Para ele, o anúncio da reabertura dos campi representa não apenas um avanço institucional, mas também uma grande oportunidade para ampliar o acesso à educação pública e gratuita, contribuindo de forma direta para a melhoria da renda e das condições de vida da população piauiense.

Segundo o reitor eleito, a transformação de Barras em campus e a reabertura das unidades de Valença, União e Paulistana permitirão que a universidade chegue a 16 campi distribuídos por todo o território piauiense, reforçando sua missão de interiorizar o ensino superior. Ele destacou que essa expansão é coerente com o propósito do programa estadual e abre espaço para que a UESPI amplie ainda mais sua oferta de cursos alinhados às áreas estratégicas do desenvolvimento econômico do Piauí. Paulo Henrique também mencionou que os próximos meses serão dedicados ao alinhamento institucional com o Governo do Estado, especialmente no que diz respeito ao cronograma de implementação dos novos campi e ao fortalecimento das formações que compõem o programa.

A participação da UESPI no Mais Formação, Mais Renda vai além da infraestrutura e do aumento da oferta de vagas. A universidade, por meio de seus docentes, pesquisadores, alunos e egressos, já consolida pesquisas e projetos que dialogam com demandas essenciais do estado, como energias renováveis, meio ambiente, saúde pública e tecnologias emergentes. Durante a cerimônia, esse protagonismo foi evidenciado pelo depoimento de egressos e pesquisadores que atuam em áreas inovadoras, demonstrando como a formação oferecida pela UESPI tem gerado impactos reais na vida da população e nas cadeias produtivas do estado. Ao comentar esse aspecto, o reitor Evandro Alberto acrescentou: “A universidade pública precisa mostrar resultados, e os resultados estão aqui: nossos egressos estão inseridos nas áreas estratégicas do Piauí e contribuindo para transformar a economia local”.

Entre esses relatos, o egresso Renato Sousa destacou pesquisas desenvolvidas no âmbito do grupo Greentech, envolvendo sistemas de óxidos condutores ativados pela luz solar para aplicações de interesse social. Segundo ele, o trabalho busca soluções científicas voltadas às mudanças climáticas, ao meio ambiente e à saúde pública.

Renato explicou que uma das linhas de pesquisa envolve a produção de revestimentos bactericidas para ambientes hospitalares, utilizando materiais foto catalisadores capazes de reduzir contaminações por bactérias. “São soluções que têm impacto direto na vida da população, sobretudo no cuidado com a saúde”, afirmou.

Ele também mencionou pesquisas dedicadas ao tratamento de água no semiárido, com tecnologias ativadas por luz solar para melhorar a qualidade de reservatórios em regiões que enfrentam dificuldades no acesso ao recurso. O projeto, segundo o egresso, tem apoio do Governo do Estado. Além dessas frentes, Renato citou estudos voltados à produção de hidrogênio a partir da água, reforçando a busca por alternativas sustentáveis e alinhadas ao debate global sobre transição energética e clima.

O pesquisador ressaltou a importância dos investimentos na UESPI para ampliar oportunidades e fortalecer a pesquisa aplicada. “Investir na UESPI é tornar a educação mais justa, criando novas vagas, fortalecendo a ciência e contribuindo para a inovação. A pesquisa não para. Estamos sempre buscando gerar soluções que dialoguem com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e tragam melhorias reais para a sociedade”, declarou, agradecendo ao governo pela iniciativa do programa Mais Formação, Mais Renda.

Ao integrar o Programa Mais Formação, Mais Renda, a UESPI passa a desempenhar um papel ampliado na política estadual de qualificação profissional. A expansão de campi, o reforço das ações de pós-graduação, o investimento em infraestrutura e tecnologia e a oferta de cursos alinhados a setores estratégicos da economia compõem o conjunto de medidas previstas para os próximos anos. As iniciativas têm como objetivo ampliar o acesso à formação no estado e apoiar a preparação de novos profissionais para atender às demandas de um mercado de trabalho em transformação.

UESPI encerra ciclo de avaliações do ENADE 2025 com prova dos Bacharelados

Por Raíza Leão

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) concluiu, neste domingo (23), o ciclo de avaliações nacionais de desempenho de 2025 com a aplicação do ENADE para os cursos de Bacharelado. Com isso, a instituição finaliza uma série de exames iniciada em outubro e considerada estratégica para o fortalecimento da qualidade do ensino superior.

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) é uma avaliação do Ministério da Educação (MEC) que mede a qualidade do ensino superior no Brasil, analisando o desempenho dos estudantes ao final da graduação. O exame serve para monitorar o aprendizado, avaliar cursos e instituições, subsidiar políticas públicas e contribuir para a autoavaliação das universidades.

Segundo a coordenadora do Conecta Enade, Prof.ª Nadja Pinheiro, “a UESPI fechou com chave de ouro o ciclo de Exames de Desempenho de 2025”, destacando o compromisso institucional ao longo de todas as etapas. Ela lembrou que, antes da prova deste domingo, a universidade participou do ENAMED, em 19 de outubro, e do ENADE das Licenciaturas, no dia 26 do mesmo mês.

A professora ressalta que o conjunto de avaliações reflete um trabalho contínuo: “Esses momentos são fruto do trabalho de todo um ano, no qual a Administração Superior, a equipe do Conecta Enade, as direções de Centro, coordenações de curso, professores e alunos desenvolvem ações de orientação, engajamento e suporte logístico e psicológico a todos os envolvidos”.

O Programa “Conecta Enade”, criado pela Reitoria em julho de 2023, é uma iniciativa permanente que prepara os concluintes para todas as etapas do exame. Ele reúne três equipes: técnica, de Língua Portuguesa e pedagógica, que orientam os estudantes sobre o SINAES, a estrutura da prova, estratégias de leitura e escrita e conteúdos específicos de cada curso. O programa também reforça que o ENADE é componente curricular obrigatório para a colação de grau, aproximando o aluno do processo avaliativo. Para isso, promove oficinas, seminários, palestras e rodas de conversa que abordam a prova, metodologias de estudo e os indicadores de qualidade da educação superior.

De acordo com a coordenadora, a avaliação de desempenho é um componente curricular obrigatório e mobiliza toda a estrutura acadêmica da UESPI. Os Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) revisam conteúdos e discutem provas anteriores com os alunos, enquanto as coordenações e direções de curso organizam atividades de acolhimento, reflexão e apoio no dia da aplicação.

A UESPI também amplia o suporte através de suas equipes internas, incluindo o Serviço de Psicologia, garantindo atendimento integral às demandas dos estudantes.“Em 2025, os coordenadores e suas equipes foram protagonistas, se engajando em todas as etapas. Os alunos se sentiram mais dentro das propostas”, enfatiza Nadja Pinheiro. Apesar dos avanços, a professora cita que ainda há desafios operacionais nacionais. “O INEP ainda está tentando encontrar um formato que forneça suporte, com o sistema apresentando inconsistências. Porém, todos os problemas foram trabalhados em conjunto com a Procuradoria Educacional Institucional, responsável direta pelas avaliações”.

A docente reforça ainda que o Conecta Enade é coordenado pela Reitoria e Vice-Reitoria, mantendo vínculo direto com a Administração Superior e garantindo alinhamento estratégico no processo de avaliação institucional. Com o encerramento das aplicações em 2025, a UESPI aguarda agora a divulgação dos resultados, que devem contribuir para o aprimoramento dos cursos e fortalecimento dos indicadores de qualidade da universidade.

UESPI desenvolve projeto GIMMEVOX por meio do edital UESPITECH II, com foco em tecnologias assistivas inclusivas

Por: Lucas Ruthênio

O GIMMEVOX, projeto desenvolvido no âmbito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e contemplado pelo edital UESPITECH II, desponta como uma das iniciativas mais promissoras no campo das tecnologias assistivas voltadas à comunicação aumentativa e alternativa (CAA) no estado.

A proposta integra a segunda edição do programa que financia soluções científicas e tecnológicas alinhadas às diretrizes do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável Piauí 2050, fortalecendo ações inovadoras que impactam diretamente realidades sociais sensíveis. Com investimento de até R$ 25 mil para cada uma das propostas selecionadas, o edital incentiva o desenvolvimento de projetos que reforçam o papel da universidade pública como agente transformador, sobretudo em áreas como educação, saúde, tecnologia, inclusão social e inovação digital.

Tecnologia assistiva que nasce da vivência e da necessidade real

O GIMMEVOX surgiu a partir de uma necessidade real identificada por docentes e pesquisadores que lidam cotidianamente com crianças que enfrentam dificuldades complexas de comunicação, um público para o qual o acesso a recursos especializados ainda é significativamente limitado no Piauí.

O professor Alcemir Rodrigues explica que a concepção do projeto nasceu dentro do doutorado da professora Olívia Mafra, mãe atípica que vivencia diretamente os desafios vividos por crianças que não conseguem emitir voz, embora compreendam plenamente o ambiente ao redor. Segundo ele, “a ideia surgiu durante o doutorado da Profa. Olívia Mafra. Ela, mãe atípica, resolveu pesquisar sobre tecnologias assistivas durante o seu doutorado, que ainda está em andamento. No contexto piauiense, identificamos a partir da vivência da Profa. Olívia e da experiência da Profa. Nadja, na educação especial, que educadores e terapeutas têm dificuldade de acesso a esse tipo de tecnologia assistiva para educação e terapia de crianças com dificuldades complexas de comunicação”. Essa união entre vivência pessoal, prática profissional e pesquisa acadêmica moldou os alicerces da proposta, evidenciando a importância de soluções tecnológicas pensadas a partir da escuta da comunidade e das demandas concretas de quem convive com essas barreiras diariamente.

A construção do aplicativo foi orientada por critérios técnicos e pedagógicos cuidadosamente planejados para atender diferentes níveis de limitação comunicacional. O professor Alcemir Rodrigues destaca que a equipe optou por uma abordagem focada no essencial, concentrando o aplicativo em uma funcionalidade central de acesso imediato para o usuário. Ele explica que “o aplicativo gira em torno de uma única funcionalidade: emitir voz. Que é de onde vem o nome do mesmo. Crianças com necessidades complexas de comunicação, apesar de entenderem, não conseguem emitir voz. Pedagogicamente, o app deverá poder se adaptar ao nível de comunicação da criança”. Em vez de construir uma plataforma complexa e multifacetada, a equipe priorizou uma solução simples, direta e intuitiva, capaz de vocalizar frases digitadas ou selecionadas pela criança, facilitando sua interação com professores, familiares, terapeutas e colegas.

Usabilidade como eixo central da inovação

Para isso, o GIMMEVOX se fundamenta em tecnologias acessíveis, como o recurso nativo de smartphones conhecido como Texto-to-Speech, que transforma texto em áudio. Esse mecanismo permite que frases montadas no aplicativo sejam vocalizadas de forma clara e funcional, promovendo autonomia e independência para crianças que enfrentam barreiras comunicacionais. A proposta também se diferencia por considerar, desde o início, o contexto socioeconômico das famílias piauienses, reconhecendo que soluções inclusivas devem ser adaptáveis, configuráveis e sensíveis à realidade local. Como afirma o professor Alcemir Rodrigues, “o GIMMEVOX é uma aplicação que busca amadurecer a ideia de um dispositivo dedicado à vocalização de frases. Além disso, a ideia é que o aplicativo possa ser configurado pelas famílias atípicas e/ou terapeutas que supervisionarem o processo terapêutico e educacional”.

Embora o aplicativo ainda esteja em fase de desenvolvimento e não tenha sido finalizado, a equipe já planeja a etapa de validação em parceria com terapeutas, profissionais da educação especial e famílias atípicas. O professor Alcemir Rodrigues ressalta que essa etapa será decisiva, pois permitirá ajustes finos na usabilidade, na adaptação do conteúdo e na experiência geral do usuário. Ele explica que “o aplicativo ainda não está finalizado. Espera-se, como passos seguintes, contar com o apoio de terapeutas e famílias atípicas para a validação e refinamento do aplicativo”. Essa fase também envolve desafios importantes, especialmente no que diz respeito à modelagem do conteúdo e à adequação da ferramenta às diferentes particularidades comunicacionais de cada criança. De acordo com o docente, “o principal desafio tem sido a modelagem do conteúdo, de maneira a melhor se adequar às necessidades dos usuários. Temos tido contato recorrente com terapeutas e recorrido à literatura científica para detalhes específicos do aplicativo”.

A construção do GIMMEVOX também envolve uma forte articulação interdisciplinar que integra áreas como tecnologia, linguística, educação especial e design. Essa integração é fundamental para garantir que o aplicativo seja, ao mesmo tempo, funcional, claro, acessível e acolhedor. O professor Alcemir Rodrigues explica que “enquanto a linguística e a educação moldam o conteúdo do aplicativo, o design busca melhorar a apresentação do mesmo”, reafirmando que a eficácia de tecnologias assistivas depende de uma combinação multidisciplinar que leve em conta aspectos técnicos, pedagógicos, visuais e emocionais.

Os impactos sociais esperados com a implementação do GIMMEVOX são amplos e profundos. O professor Alcemir Rodrigues destaca que o objetivo central do projeto é democratizar o acesso a tecnologias assistivas no Piauí, ampliando a autonomia e a qualidade de vida de crianças que dependem de alternativas comunicacionais para expressar desejos, emoções e necessidades básicas. Ele afirma que “espera-se dar acesso a tecnologia assistiva a mais pessoas. Assim como toda tecnologia assistiva, a nossa pretende melhorar a qualidade de vida daqueles que dependem dela e de seus responsáveis, dando, principalmente, uma maior independência a eles”. A vocalização de frases simples pode transformar a rotina dessas crianças e seus cuidadores, reduzindo frustrações, fortalecendo vínculos e abrindo novas possibilidades de desenvolvimento cognitivo, educacional e socioemocional.

O papel do UESPITECH II no avanço da pesquisa

Imagem ilustrativa gerada por IA

O edital UESPITECH II foi determinante para o avanço do projeto, permitindo que a equipe tenha acesso a recursos essenciais para o desenvolvimento técnico da proposta. O financiamento viabiliza a aquisição de equipamentos necessários à prototipagem, modelagem e testes práticos, bem como acessórios voltados à ergonomia e adaptação dos dispositivos que serão utilizados na validação. O professor Alcemir Rodrigues destaca que “o edital permitirá a aquisição de equipamentos para a prototipagem e modelagens dos dispositivos dedicados, bem como de acessórios para a ergonomia dos smartphones a serem utilizados para o desenvolvimento e validação da aplicação”. Sem esses recursos, muitas etapas estruturais seriam inviáveis, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento de um hardware próprio uma das metas do projeto.

Com relação ao futuro, a equipe enxerga perspectivas positivas de continuidade e expansão, com possibilidades de parcerias institucionais e aplicação prática em escolas, clínicas multidisciplinares e programas de educação especial. O professor Alcemir Rodrigues afirma que o objetivo é levar o GIMMEVOX para além dos muros da universidade e torná-lo uma ferramenta disponível em diferentes contextos terapêuticos e educacionais. Ele explica que “o aplicativo deverá ser comercializado, para escolas, clínicas, profissionais de terapia e educação especial de crianças com tais necessidades especiais. Pretende-se ainda construir um dispositivo dedicado, para não depender de smartphones”. A ideia é que a tecnologia desenvolvida na UESPI seja capaz de atender não apenas à demanda local, mas também se tornar uma referência regional e potencialmente nacional no campo das tecnologias assistivas de comunicação.

Assim, o GIMMEVOX se consolida como um projeto que sintetiza os objetivos do UESPITECH II: inovação alinhada à realidade local, pesquisa aplicada com impacto social e fortalecimento da UESPI como produtora de conhecimento comprometido com inclusão e desenvolvimento humano. O projeto, atualmente em fase de desenvolvimento, propõe um recurso de comunicação assistiva voltado a crianças com dificuldades complexas de fala, e segue avançando conforme as etapas técnicas previstas pela equipe responsável. Com a continuidade das pesquisas e dos testes de validação, a iniciativa poderá subsidiar futuras aplicações em contextos educacionais e terapêuticos, dependendo dos resultados obtidos ao longo do processo.

UNATI encerra disciplina com Workshop que resgata memórias afetivas

Por Ryan Alves

A Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) encerrou as atividades da disciplina “Felicidade e Bem-Estar” em um clima de emoção e celebração com o “Workshop da Saudade”, evento dedicado ao resgate afetivo das memórias da infância e da juventude.

UNATI celebra memórias e encerra semestre com o emocionante “Workshop da Saudade”.

Durante o workshop, a programação reuniu brincadeiras antigas, comidas típicas, um desfile inspirado nos anos 70, músicas marcantes e uma mostra de objetos que fizeram parte das vivências dos participantes. A proposta fortaleceu os vínculos do grupo e reafirmou o papel da UNATI como espaço de convivência, acolhimento e reconstrução de histórias.

UNATI valoriza histórias de vida em evento especial de encerramento.

 

Para a discente da UNATI Rosileide Rios, o encontro foi ainda mais especial, pois a proposta do workshop trouxe à tona memórias profundas da infância, reavivadas pelas dinâmicas, objetos, músicas e comidas que marcaram época. Segundo ela, revisitar esse passado é também revisitar a própria identidade. “Recordar a infância por meio das atividades de hoje despertou lembranças muito fortes. Nós voltamos para um tempo em que as brincadeiras eram simples, mas cheias de significado. Corríamos na rua, inventávamos jogos, criávamos histórias e usávamos muito da imaginação, porque era isso que nos guiava. Hoje, muitas crianças estão deixando de viver esse período tão precioso muito cedo. E com esse workshop eu pude sentir tudo de novo, a alegria, a inocência, a simplicidade. Foi como reencontrar a criança que ainda existe dentro de mim”, confirmou a discente.

 

Afeto e memória guiam encerramento de disciplina na Universidade Aberta à Terceira Idade.

A professora Majaci Sousa, que administrou a disciplina durante todo o semestre, destacou que o encerramento traduz a essência da UNATI ao promover experiências que fortalecem a autoestima, a socialização e a recuperação de memórias afetivas. “Com o encerramento da disciplina, eu quis trazer um momento que realmente tocasse cada um dos nossos estudantes, despertando lembranças, emoções e histórias da infância e da juventude. A UNATI nos permite reviver experiências únicas, que muitas vezes não vivemos nem mesmo com a família ou em outros grupos sociais. Aqui a gente dança, estuda, lê e cria amizades, o que é fundamental para a terceira idade. Nos faz sentir vivos e viver essa fase de forma integrada. E com esse workshop nós conseguimos trazer essas lembranças de forma leve e afetiva, resgatando brincadeiras, músicas, objetos e sabores que marcaram gerações. Foi um reencontro com quem fomos e com quem continuamos sendo”, relatou a docente.

Memória afetiva marca encerramento da disciplina Felicidade e Bem-Estar na UNATI.

A discente da UNATI Socorro Braga, que participa do programa há mais de 10 anos, também comentou sobre a importância do evento e sobre como a UNATI transforma o cotidiano dos idosos ao oferecer vivências marcadas pelo afeto, pela troca e pelo sentimento de pertencimento. Para ela, o encerramento da disciplina sintetizou a energia, o acolhimento e a alegria que o programa proporciona diariamente. “Esse encerramento foi maravilhoso, porque trouxe à tona tudo aquilo que vivemos ao longo da disciplina, a alegria, o acolhimento e aquela vontade boa de reviver nossa história. Foi um momento preparado com muito carinho, que fez a gente lembrar da infância, da juventude e de tudo o que nos marcou. E a UNATI é isso. Aqui a gente encontra oportunidades que nos fortalecem e dão sentido ao nosso dia a dia”, afirmou a aluna.

UNATI encerra disciplina com Workshop especial de resgate de memórias.

A atividade evidenciou, na prática, como momentos de partilha e memória coletiva fortalecem a autoestima, o pertencimento e as conexões afetivas entre os participantes. O encontro também mostrou o valor do diálogo entre instituições e comunidade, criando vínculos e ampliando espaços de convivência acolhedora.

NUCEPE/UESPI vai realizar Processo Seletivo da SEMEC com 269 vagas para professores substitutos

A Fundação Universidade Estadual do Piauí (FUESPI), por meio do Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (NUCEPE), será a responsável pela execução do Processo Seletivo da Secretaria Municipal de Educação de Teresina (SEMEC), que disponibiliza 269 vagas para professores substitutos.

O Edital SEMEC nº 009/2025 estabelece todas as regras do certame, que será aplicado integralmente pelo NUCEPE, órgão da UESPI especializado em avaliações públicas e reconhecido pela condução de concursos e seleções de grande porte em todo o estado.

Com 269 vagas, seletivo da SEMEC será executado pelo NUCEPE/UESPI

Nos últimos anos, o NUCEPE tem ampliado sua atuação junto a órgãos municipais, estaduais e federais, fortalecendo a credibilidade institucional da UESPI como parceira técnica do poder público. Esse contexto de crescimento e qualificação constante também envolve a NUCEPE entidade nacional que articula instituições responsáveis por certames públicos , reforçando a profissionalização das avaliações realizadas no Piauí. É nesse cenário de cooperação e continuidade que o diretor do NUCEPE, professor Izídio de Sousa, destaca a relevância estratégica da parceria com a SEMEC. “A importância é grande porque dá continuidade às relações entre a Prefeitura Municipal de Teresina, o Governo do Estado e a Universidade, que faz a mediação da seleção por meio do Núcleo de Concursos e Eventos da UESPI. Em 2024, já havíamos realizado o concurso para pedagogo e psicopedagogo e, agora, executamos a seleção de professores que atuarão na polivalência e nas áreas do 6º ao 9º ano”.

O Edital SEMEC nº 009/2025 atribui ao NUCEPE a responsabilidade total pelas etapas avaliativas. Isso inclui planejamento, logística, definição de locais de prova, elaboração das avaliações, análise documental e condução das comissões específicas. A atuação segue protocolos internos rigorosos, alinhados a normativas nacionais para certames públicos.

É importante esclarecer que esse modelo de operação centralizada, no qual o NUCEPE conduz todas as fases possibilita maior padronização dos procedimentos, segurança jurídica e redução de falhas, fortalecendo a transparência e a confiança no processo seletivo. “Todas as etapas da seleção são feitas pelo NUCEPE. Há uma comissão da SEMEC que acompanha o processo, e as etapas consistem na Prova Objetiva, que será realizada em janeiro, seguida das análises das comissões de pretos e pardos (PNP) e, posteriormente, das pessoas com deficiência (PCD).” Explicou o diretor da NUCEPE.

A Prova Escrita Objetiva terá 40 questões e será aplicada exclusivamente em Teresina. Os candidatos classificados nessa etapa passam para a fase de análise das comissões de heteroidentificação e avaliação da documentação PCD, ambas também conduzidas pelo NUCEPE.

Uma marca consolidada dos certames realizados pelo NUCEPE é o rigor dos protocolos de segurança. O órgão trabalha com equipes internas e externas, incluindo setores administrativos, psicopedagógicos, jurídicos e de fiscalização, garantindo que o processo aconteça de forma íntegra e monitorada. Essas medidas abrangem desde o controle de acesso às salas de prova até a verificação de objetos permitidos, além da presença de forças policiais e observadores técnicos. Também recebem atenção especial os candidatos que solicitam atendimento diferenciado, como pessoas com deficiência, surdos ou indivíduos que necessitam de adaptações específicas. “A transparência está no próprio edital, com cuidados que proíbem celulares e objetos que comprometam a segurança. Também contamos com o apoio das polícias Civil e Militar em todas as etapas. Além disso, temos atenção especial aos candidatos que solicitam atendimento especializado, surdos, pessoas com deficiência — garantindo que recebam o suporte necessário durante a prova”.

O processo seletivo contempla:

  • 154 vagas para Professor de Polivalência (1º ciclo);

  • Vagas nas áreas de Arte, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática e Ensino Religioso (2º ciclo).

O edital prevê ainda:

  • 25% das vagas reservadas para candidatos negros e pardos (PNP);

  • 5% para Pessoas com Deficiência (PCD).

As inscrições serão realizadas exclusivamente no site do NUCEPE, no valor de R$ 90,00. O contrato dos selecionados poderá ter validade de até 48 meses, conforme a legislação municipal.

Confira o Edital Completo: EDITAL_PROC_SEL_SEMEC_009-2025

Turma 44 de Fisioterapia realiza atividades práticas com foco em saúde do trabalhador na UESPI

Por Roger Cunha 

A Turma 44 do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou mais uma etapa das atividades práticas da disciplina Fisioterapia do Trabalho e Ergonomia, ministrada pela professora Larissa Sales. A ação tem como objetivo aproximar os estudantes dos desafios reais vivenciados por trabalhadores que executam atividades repetitivas e fisicamente exigentes no ambiente universitário, reforçando a importância da prevenção e da promoção da saúde ocupacional.

Atividade prática integra teoria e cuidado com trabalhadores em ação da Turma 44 de Fisioterapia

Durante a prática, os acadêmicos aplicaram técnicas de massoterapia e conduziram orientações ergonômicas, com foco na redução de tensões musculares e na correção de posturas inadequadas que podem comprometer a saúde do trabalhador ao longo do tempo. A iniciativa busca integrar os conteúdos teóricos estudados em sala de aula com situações reais, estimulando a percepção crítica e o desenvolvimento de habilidades clínicas fundamentais na formação do fisioterapeuta.

Os profissionais da limpeza participaram ativamente da ação, recebendo instruções sobre como realizar suas atividades com mais segurança, adotando estratégias simples que podem minimizar desgastes físicos, prevenir dores e reduzir o risco de lesões repetitivas. Essa aproximação permite que os estudantes compreendam, de forma concreta, as demandas e os impactos que determinadas rotinas podem gerar na saúde musculoesquelética dos trabalhadores.

Atividade prática integra teoria e cuidado com trabalhadores em ação da Turma 44 de Fisioterapia

A professora Larissa Sales, responsável pela disciplina, enfatiza que atividades como essa fazem parte de uma proposta pedagógica que valoriza o aprendizado vivencial. Ela explica que o objetivo vai além da prática técnica, abrangendo uma formação capaz de desenvolver sensibilidade, responsabilidade social e capacidade de intervenção profissional qualificada. Segundo a docente, compreender o trabalhador dentro de seu contexto é essencial para uma atuação eficaz na área de saúde ocupacional. “Correlacionar o estudo teórico com a aplicação prática de informações e conceitos que implicam nos processos de saúde e doença ocupacional capacita o aluno a investigar e intervir nesse processo”, afirma.

A professora ressalta que essa vivência fortalece competências centrais da Fisioterapia do Trabalho. “Essas atividades consolidam o conhecimento teórico estudado em Ergonomia e Saúde do Trabalhador, desenvolvendo a capacidade de análise ergonômica, diagnóstico dos locais de trabalho e autonomia para elaboração de protocolos, intervenções e desenvolvimento dessas ações”, destaca.

Atividade prática integra teoria e cuidado com trabalhadores em ação da Turma 44 de Fisioterapia

Ao analisar os principais problemas ergonômicos observados durante a atividade, Larissa explica que muitas queixas estão ligadas ao tipo de esforço físico desempenhado diariamente. “Os problemas posturais decorrem, principalmente, do carregamento inadequado de cargas e do manuseio incorreto das ferramentas de trabalho, o que acarreta no desenvolvimento de dorsolombalgias, tendinites e cervicalgias”, detalha.

Ela também reforça que a abordagem da equipe vai além das questões musculoesqueléticas, contemplando uma visão integral da saúde. “Olhamos o trabalhador globalmente em sua saúde. Medimos pressão arterial, sobrepeso, hábitos de vida e aspectos socioemocionais, orientando a busca por apoio médico ou psicológico quando necessário, reforçando a importância de manter uma vida ativa e alimentação saudável”, pontua.

Para a professora, promover ergonomia dentro da UESPI é essencial para criar consciência e corresponsabilidade entre os trabalhadores. “Conscientizar sobre ergonomia desenvolve o senso de autonomia e corresponsabilidade com a própria saúde. O ser humano é um todo e não uma parte”, reforça.

Atividade prática integra teoria e cuidado com trabalhadores em ação da Turma 44 de Fisioterapia

Além da perspectiva docente, a ação possibilitou uma experiência rica para os estudantes, que puderam vivenciar situações reais relacionadas à análise de risco, comunicação com trabalhadores e condução de orientações preventivas. O discente Guilherme Silva, que participou ativamente da atividade, explica que vivências como essa representam um ponto de virada na formação, pois permitem aplicar o conteúdo do curso em contextos reais, desenvolvendo segurança e percepção profissional. Ele avalia que participar da atividade fortaleceu sua capacidade de análise e intervenção.
“Foi uma experiência muito importante para desenvolver um olhar clínico e identificar mais facilmente riscos ergonômicos e propor ajustes na forma que essas pessoas exercem seu trabalho na instituição”, afirma.

Guilherme Silva destaca que a prática também contribui de forma significativa para o desenvolvimento de habilidades essenciais no exercício da fisioterapia. “Contribui na melhora de habilidades de comunicação e trabalho em equipe. É através da prática que conseguimos reforçar o que vimos em sala de aula e aumentar nossa segurança em conduzir avaliações, orientações e diálogo com essas pessoas”, destaca.

Ao comentar sobre o impacto das orientações posturais para os trabalhadores, o estudante ressalta o impacto a médio e longo prazo. “A longo prazo, essas orientações vão fornecer mais conforto e qualidade de vida, ajudando a prevenir lesões e reduzir desconfortos no dia a dia”, explica.

Atividade prática integra teoria e cuidado com trabalhadores em ação da Turma 44 de Fisioterapia

Para ele, a fisioterapia tem papel estratégico na promoção de saúde dentro da universidade. “A fisioterapia tem um papel importante em mapear riscos ergonômicos e promover ações educativas para evitar futuros desconfortos e lesões, melhorando a qualidade de vida desses trabalhadores”, afirma. Guilherme Silva finaliza destacando que a experiência é base para quem pretende atuar em ambientes corporativos e ocupacionais no futuro. “Vamos levar uma melhor compreensão da prevenção, comunicação efetiva e um olhar atento às necessidades de cada trabalhador, seja ajustando a forma de sentar, digitar, varrer ou levantar cargas pesadas”, conclui.

UESPI realiza XIV Semana Científica da Psicologia com foco em diálogos entre saberes brasileiros e latino-americanos

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizará, nos dias 27, 28 e 29 de novembro de 2025, a XIV Semana Científica da Psicologia, que neste ano tem como tema central “Diálogos de uma Psicologia Brasileira e Latino-Americana”.

O evento será sediado no Convívio Cultural Dom Barreto, na Rua Gabriel Ferreira, 616, Centro (Sul), em Teresina, reunindo estudantes, docentes e profissionais em um dos mais importantes espaços de formação, troca de experiências e divulgação científica do curso de Psicologia da instituição. Em sua 14ª edição, a Semana reafirma uma proposta voltada à compreensão de saberes situados, atentos à diversidade sociocultural e aos desafios contemporâneos que atravessam o exercício profissional.

A professora Rafaella Sá, coordenadora do evento, destaca que a edição de 2025 dá continuidade ao êxito alcançado no ano anterior e reforça a importância da territorialização do conhecimento. “A temática ‘Diálogos de uma psicologia brasileira e latino-americana’ fundamenta-se na necessidade de territorializar os saberes científicos, centralizando questões ligadas às especificidades da atuação profissional no contexto sociocultural em que nossa graduação está inserida”, afirma. Segundo ela, a programação incorpora discussões e saberes contemporâneos que, muitas vezes, extrapolam os limites tradicionais da academia. A docente ressalta ainda que “este evento terá como princípio norteador o acolhimento desta pluralidade epistemológica e a promoção de debates que integrem estas múltiplas visões, pontuando tanto as suas convergências como as suas divergências”.

A Semana foi planejada para promover debates amplos, incentivar a produção científica e reforçar a formação ética e crítica dos futuros profissionais. Entre as atividades previstas, estão mesas, rodas de conversa, oficinas, sessões de pôsteres, apresentações orais e atrações culturais conduzidas por professores, pesquisadores convidados, egressos e profissionais de diversas áreas, favorecendo o intercâmbio de perspectivas e metodologias diversas.

A programação contempla uma série de temas urgentes e relevantes. Entre as mesas confirmadas está “Deslocamentos forçados, migração e refúgio: A atuação da psicologia com migrantes, refugiados e pessoas em trânsito no continente”, que contará com Lucas Martins e Henrique Galhano Balieiro (online), sob mediação de João Pedro Melo. Outro momento de destaque será a discussão “Intervenções psicológicas antirracistas, subjetivação negra e cuidado com população preta e parda”, com participação de Gabriela Marques Souza e Sara Naieli Alves Mello (Negract/UFDPar), mediada por Nayeli Ellen. A programação inclui ainda a mesa “Psicologia e comunidades tradicionais: Saberes ancestrais e o cuidado em diálogo com a diversidade cultural”, apresentada por Nita Tuxá (online) e Iraneide Silva, abordando relações entre epistemologias ancestrais, território e práticas de cuidado.

Além dessas mesas, o público terá acesso a discussões sobre infâncias e juventudes na realidade piauiense, psicologia e espiritualidades, saúde mental materno-infantil, neurociências, práticas universitárias, vulnerabilidade social, descolonização do saber psicológico, artes e subjetividades, gênero e diversidade sexual na América Latina, psicologia ambiental e cuidado em comunidades tradicionais. As oficinas incluem temas como acolhimento, práticas lúdicas, atuação em serviços universitários, regulação emocional e fundamentos da Psicologia Negra e Decolonial.

Ao longo dos três dias, a programação se estende com atividades culturais, exibição de documentários, apresentações científicas e sessões de pôsteres, garantindo a participação ativa de estudantes e pesquisadores. A distribuição das atividades busca promover uma articulação equilibrada entre teoria, prática e reflexão crítica, permitindo que diferentes abordagens encontrem espaço para diálogo.

A XIV Semana Científica da Psicologia é um espaço dedicado à circulação e ao aprofundamento de pesquisas, projetos e debates relevantes para a formação acadêmica. A edição de 2025 busca fortalecer o intercâmbio entre diferentes perspectivas teóricas e práticas, ampliando o contato dos participantes com discussões contemporâneas presentes em diversos contextos do Brasil e da América Latina. A programação também inclui um momento cultural de encerramento, marcado pela apresentação musical do artista Zé Quaresma, que ocorrerá no dia 29 de novembro, às 15h. Com atividades distribuídas ao longo de três dias e voltadas à qualificação científica e ao diálogo entre múltiplas abordagens, o evento se apresenta como uma oportunidade para ampliar a compreensão sobre dinâmicas sociais, culturais e territoriais que atravessam o campo da Psicologia.

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Campus de Oeiras promoverá a VIII Semana de Letras com debates contracoloniais e ética no uso da inteligência artificial

Por Mikael Lopes

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Letras Português do campus Professor Possidônio Queiroz, em Oeiras, realizará a VIII Semana de Letras, com a temática “Vozes locais, redes globais: linguagens, tecnologias e literaturas em perspectivas inclusivas e contracoloniais”, entre os dias 24 e 27 de novembro. O evento será híbrido e gratuito, com inscrições abertas até segunda-feira (24).

A Semana de Letras tem o objetivo de promover o diálogo entre saberes, linguagens e práticas produzidas em lugares e experiências historicamente invisibilizadas, além de destacar ações inclusivas. A programação engloba palestras, mesas-redondas, minicursos, oficinas, comunicações individuais, atividades culturais e o sarau lítero-musical. Por meio dessas atividades, serão debatidos temas como ecologia, inclusão e o uso da língua em países africanos.

A abertura do evento se destaca por abordar uma temática em evidência nos últimos anos: a questão ética no uso da inteligência artificial no campo da pesquisa.

“A palestra de abertura ‘Inteligência artificial, ética e pesquisa científica: um debate atual e necessário’ foi escolhida porque o próprio tema geral da Semana envolve linguagens, tecnologias e redes globais; a IA é uma tecnologia que impacta profundamente o ensino, a pesquisa e as práticas de linguagem, e porque a questão ética é central quando se discute produção de conhecimento e a circulação de informações em ambientes diversos, especialmente o acadêmico”, enfatiza a professora Dra. Angélica Gondim, da organização.

A realização de ações como esta é uma forma de fortalecer os saberes dos acadêmicos e o tripé da Universidade de ensino, pesquisa e extensão, segundo a professora Dra. Angélica.

“Nossa Semana de Letras fortalece a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, possibilitando a construção de um espaço de divulgação de pesquisas, práticas pedagógicas e experiências extensionistas. O evento promove debates sobre inclusão, saberes locais, literaturas e tecnologias (temas fundamentais para a prática docente contemporânea), estimulando práticas pedagógicas críticas, inclusivas e contracoloniais”, avalia.

A aluna do curso de Letras, Flávia Borges, participará de sua terceira edição consecutiva. Para ela, o evento é sempre uma oportunidade de ampliar diálogos e complementar sua formação.

“Na minha avaliação, ter acesso a eventos como a Semana de Letras da UESPI – Professor Possidônio Queiroz é de extrema importância para a formação acadêmica e humana dos estudantes. Trata-se de um momento em que a Universidade se abre para o diálogo, para a circulação de saberes e para a ampliação das perspectivas que normalmente desenvolvemos ao longo do curso. A Semana de Letras não apenas complementa a formação oferecida em sala de aula, mas também reafirma o compromisso da Instituição com a construção crítica e plural do conhecimento, aproximando-nos de pesquisas, debates e experiências que enriquecem nossa trajetória universitária”, ressalta a discente.

O evento é aberto à comunidade. As inscrições gratuitas podem ser realizadas pelo site: https://www.even3.com.br/viii-semana-de-letras-deoeiras-633329

NEVIM capacita docentes e servidores durante curso “UESPI Livre de Assédio” sobre prevenção e acolhimento

Por Raíza Leão

O Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (NEVIM) realizou, no Auditório Pirajá, campus Torquato Neto, o curso “UESPI Livre de Assédio”, voltado à capacitação de docentes e servidores para a aplicação da Resolução CONSUN nº 007/2024, que orienta ações de prevenção ao assédio e o acolhimento adequado de possíveis vítimas no ambiente universitário.

A iniciativa integrou as ações contínuas do NEVIM para fortalecer a rede de proteção da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), ampliando a preparação de profissionais que lidam diretamente com estudantes e com demandas sensíveis relacionadas à violência de gênero.

Segundo a psicóloga do NEVIM, Vitória Antão, o curso surgiu da necessidade identificada no atendimento às mulheres da comunidade acadêmica. “Percebemos que era preciso qualificar os professores, porque essa demanda da violência de gênero vem muito para dentro da universidade. Os docentes tinham que lidar com isso e muitas vezes tinham dificuldade de saber o que fazer, para onde encaminhar. É importante ampliar essa rede de proteção, para que além do NEVIM como equipe técnica, os professores e servidores possam auxiliar os alunos e construir uma cultura de paz, reduzindo comportamentos de assédio moral ou sexual”, explicou.

A coordenadora do núcleo, Malena Alves, destacou que a formação é essencial para garantir a segurança física e emocional das mulheres da UESPI. “Nosso principal objetivo é treinar e formar docentes e servidores para proteger mulheres que sofrem algum tipo de violência, dentro ou fora da universidade. Precisamos que essa rede de apoio funcione e que todos nós, enquanto sociedade e enquanto universidade, assumamos a responsabilidade de proteger essas mulheres”, afirmou.

O curso foi estruturado em quatro módulos, com abertura conduzida pelo Reitor Evandro Alberto. A programação contou ainda com explicações do NEVIM e da Ouvidoria da UESPI, que apresentou o fluxo de denúncias e o funcionamento dos processos institucionais relacionados ao enfrentamento do assédio.

Para conhecer mais sobre o trabalho desenvolvido pelo NEVIM, acesse o Instagram @nevim.uespi ou o site: uespi.br/nevim.

 

UESPI entrega nova van ao Campus Cerrado do Alto Parnaíba e fortalece ensino, pesquisa e extensão em Uruçuí

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou, na noite de terça-feira (18), em Uruçuí, a entrega oficial da nova van do Campus Cerrado do Alto Parnaíba. O veículo, aguardado pela comunidade acadêmica, passa a apoiar diretamente as atividades de ensino, pesquisa e extensão, garantindo deslocamento seguro para visitas técnicas, ações comunitárias e participação em eventos acadêmicos.

Alunos ao lado da gestão no momento da entrega.

O ChatGPT disse:

A aquisição integra as ações institucionais de fortalecimento da infraestrutura universitária e ampliará as condições de acesso às práticas formativas. Com a entrega, a UESPI reafirma seu compromisso com a formação integral, a inclusão e o desenvolvimento regional nos campi do interior do estado, como já aconteceu em Oeiras, Floriano e Corrente, seguindo o planejamento da Administração Superior.

Durante a solenidade, o diretor do campus, Francisco Leonardo, destacou o esforço coletivo para garantir o novo equipamento: “Chegou a tão esperada van. É o resultado do nosso trabalho desde o início do ano e agora somos contemplados com esse excelente investimento. Isso amplia nosso acesso à pesquisa, ao ensino e à extensão, permitindo levar os estudantes para novas experiências e transportá-los com qualidade”, afirmou o gestor.

A coordenadora do curso de Pedagogia reforçou o impacto institucional da aquisição: “Para mim, representa o avanço que estamos tendo enquanto universidade pública e gratuita. É um investimento no ensino, pesquisa e extensão. Todo o nosso alunado, corpo docente e a instituição como um todo ganham com essa conquista”, apontou a professora.

Van entregue no campi de Uruçui.

O veículo será integrado a uma programação contínua de atividades acadêmicas, incluindo aulas de campo, projetos de extensão, visitas técnicas e participação em eventos científicos. A nova estrutura ampliará as possibilidades de aprendizagem prática e fortalecerá a presença da UESPI em ações na comunidade da região.

Entre os estudantes, a chegada da van foi recebida com entusiasmo. Leonardo, discente de Pedagogia, destacou a importância do transporte para as vivências acadêmicas: “A gente estava precisando muito dessa van para realizar os trabalhos de extensão nas comunidades e garantir que possamos chegar a todos os lugares necessários. Isso fortalece o que fazemos e o que aprendemos”, explica o aluno.

A entrega da van fortalece o papel da UESPI como instituição comprometida com a cidadania, a formação integral e a transformação social. Ao investir em infraestrutura e garantir condições adequadas para atividades acadêmicas externas, a universidade reafirma sua missão de promover educação pública de qualidade e contribuir para o desenvolvimento da comunidade sul-piauiense.

 

PREX: resultado da prova prática do seletivo do corpo de dança

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX), em conformidade com o disposto no Edital PREX/DPPE nº 057/2025, torna público o Resultado da Prova Prática do processo seletivo destinado à composição do Grupo Cultural Corpo de Dança do Campus Professor Barros Araújo – Picos/PI.

RESULTADO_DA_PROVA_PRATICA

Curso de Jornalismo da UESPI encerra ciclo de debates sobre ética, jornalismo e educação midiática com participação de profissionais

Por Raíza Leão

O curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) encerrou, nesta semana, o ciclo de debates promovido pela disciplina “Ética, Deontologia, Legislação e Jornalismo”, ministrada pelo professor Daniel Solon para a turma do 2º período de Jornalismo. As atividades integraram a carga horária de Extensão Curricular (ACE) e reuniram temáticas atuais e urgentes para a prática jornalística e para a sociedade.

Segundo o professor Daniel Solon, o semestre foi estruturado para aproximar alunos e profissionais, permitindo vivências reais sobre questões contemporâneas. “Metade da carga horária da disciplina é dedicada às atividades curriculares de extensão. Tivemos a oportunidade de trazer várias temáticas importantes para a sociedade, desde a precarização do trabalho até coberturas de tragédias em escolas e debates sobre sensacionalismo no jornalismo”, explicou. Ele destacou ainda o encerramento das atividades com o debate sobre educação midiática e práticas jornalísticas no combate ao racismo, alinhado à Semana Nacional da Consciência Negra. “Os estudantes puderam conviver com problemas urgentes da sociedade e vivenciar falas de vários profissionais. Foi uma experiência bastante positiva, trazendo temáticas sociais relevantes e aproximando a sociedade da universidade”, completou.

Para os alunos, a experiência ampliou o olhar crítico e reforçou a importância da formação humanizada. A estudante Rafaela Ketley ressaltou o impacto da diversidade de temas e perspectivas. “A gente teve vários pontos de vista. Cada grupo trabalhou um tema específico e isso contribuiu tanto para o pessoal quanto para o profissional. Tivemos contato direto com profissionais da área, o que foi excelente para nossa formação”, afirmou.

Entre as convidadas da programação, esteve a jornalista Marta Alencar, criadora da agência nordestina de checagem COAR Notícia, que ministrou debate sobre educação midiática. Ela destacou que compreender como a notícia é produzida é essencial tanto para futuros jornalistas quanto para o público geral. “A educação midiática é fundamental. A gente explica como funciona o processo de produção da notícia, enfatizando a apuração. Muitas vezes o público desconhece esse trabalho, e nosso intuito é fazer com que ele tenha um senso crítico para analisar reportagens e conteúdos jornalísticos”, pontuou.

Marta reforçou ainda a relevância de trazer esse debate para os estudantes. “Somos a única iniciativa nordestina reconhecida como educação midiática no Brasil e produzimos materiais inéditos com linguagem regional. Isso é fundamental para o Nordeste, para o Piauí, e incentiva os alunos a serem protagonistas da própria história. Se nós conseguimos, eles também podem”, declarou.

Alunos do IEMA de Matões visitam a UESPI e conhecem o curso de Jornalismo

Por Raíza Leão

Quatro alunos do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) de Matões visitaram, nesta terça-feira, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Torquato Neto, para conhecer de perto o curso de Jornalismo. A atividade faz parte do projeto “Conecta IEMA”, desenvolvido na escola com foco em comunicação, tecnologia e protagonismo juvenil.

A iniciativa da visita surgiu a partir de uma parceria entre o professor Jefferson, do IEMA, e a estudante do 2º período de Jornalismo da UESPI, Letícia Kelly, que articulou a programação junto à coordenação do curso. Segundo ela, proporcionar essa experiência aos alunos era uma forma de aproximá-los do ambiente universitário e dar a eles uma visão real sobre a formação em Jornalismo. “A ideia começou através do professor Jefferson, que sempre me acompanha nas redes sociais. Ele comentou que tinha alunos com muito potencial para o Jornalismo e perguntou como seria trazer esses estudantes para passar um dia na UESPI. Fui explicando, alinhamos com a coordenação e deu tudo certo. Eles estão aqui e estou muito feliz com isso”, explicou Letícia. 

Para ela, proporcionar essa vivência aos estudantes é uma forma de mostrar como funciona o ambiente acadêmico. “Acho muito importante porque abre a mente deles. São quatro alunos muito inteligentes, que sempre se destacaram quando eu estive no IEMA. Essa experiência vai ampliar horizontes e mostrar, na prática, como funciona o curso. Eles assistiram a uma ótima palestra e isso certamente abrirá portas”, completou.

Entre os visitantes estava Kaio Roney, aluno do 2º ano do Ensino Médio, que destacou a oportunidade de relacionar o que aprende no projeto escolar com a vivência universitária. “Eu faço parte do projeto de Ciberjornalismo, que integra comunicação, tecnologia e educação. A gente produz informações dentro da escola e incentiva o protagonismo juvenil. Estar aqui foi muito importante porque vivemos isso diariamente e queríamos ver como funciona o curso na UESPI. Fiquei impressionado com o nível dos debates e com o quanto tudo é estudado de forma aprofundada. Estou muito feliz por ter participado”, afirmou Caio.

Durante a programação, os estudantes também conheceram a Assessoria de Comunicação da UESPI (ASCOM) e puderam entender como funciona a rotina de produção institucional dentro da universidade.

A visita dos alunos foi acompanhada pelo professor Rikelmy dos Santos Rocha, que ressaltou o impacto da atividade para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes. “Conheço os meninos pelo projeto “Conecta IEMA” e vejo o empenho deles em praticar o saber jornalístico e informar toda a comunidade escolar. Trazer eles até aqui é muito proveitoso, porque amplia horizontes e fortalece o desejo que muitos já têm de ingressar no curso de Jornalismo. É uma experiência muito importante para o futuro deles”, destacou o professor.

Curso de Letras – Inglês da UESPI promove ação solidária no Lar da Criança

Por Ana Raquel Costa

Os alunos das disciplinas Reading II (turnos manhã e tarde), Análise do Discurso e Prática Pedagógica III do curso de Letras – Inglês do Campus Poeta Torquato Neto da UESPI estão desenvolvendo, sob orientação da professora Maria Eldelita Franco Holanda, o projeto “Celebrating Emotions at Lar da Criança”. A iniciativa reúne estudantes de diferentes blocos para promover uma experiência de sensibilidade, acolhimento e aprendizado junto às crianças atendidas pela instituição. A ação será realizada no dia 1º de dezembro de 2025, envolvendo atividades nos turnos manhã e tarde.

As doações podem ser entregues diretamente na Coordenação de Letras Inglês do campus.

Como parte da iniciativa, a turma está arrecadando fraldas G e GG (para crianças e adultos) e produtos de higiene, como sabonete líquido. As doações podem ser entregues diretamente na Coordenação de Letras Inglês do campus.

De acordo com a professora Maria Eldelita Franco Holanda, organizadora do projeto, a proposta vai além da visita comemorativa ao Dia das Crianças: “O objetivo da ação é promover um momento social de acolhimento e convivência com as crianças do Lar, para que as emoções sejam abundantes em um ambiente de lazer, carinho e presença afetiva. Queremos proporcionar experiências que despertem alegria, segurança e vínculos, permitindo que os alunos compreendam o poder transformador das relações humanas no processo educativo.” Ela reforça que a ação também integra o desenvolvimento de competências trabalhadas nas disciplinas, articulando teoria, prática pedagógica e cidadania.

Entre os participantes, a estudante Amanda Sousa, do Bloco III, destaca que a motivação para integrar o projeto veio do desejo antigo de participar de atividades sociais e educativas: “O que me motivou foi por sempre querer participar de um projeto assim. Nunca tinha tido a chance, e agora que tenho vou aproveitar muito. Minhas expectativas são contribuir de forma responsável para o ambiente educativo delas e compreender, com mais profundidade e respeito, a realidade das crianças.”

Amanda também ressalta que o conhecimento adquirido no curso tem papel fundamental na atuação dos estudantes durante a ação.

“O que aprendi no curso pode contribuir de forma significativa, como as metodologias de ensino que ajudam a criar estratégias, tornando a experiência mais dinâmica para os dois lados. Acredito que esse projeto vai significar muito na minha carreira acadêmica, pessoal e profissional.”

A comunidade acadêmica está convidada a colaborar com doações e apoiar os estudantes na construção de uma ação que une educação, sensibilidade e impacto social.

I Mostra de Projetos de Ensino de História reúne projetos pedagógicos na UESPI

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou, no dia 19 de novembro, a I Mostra de Projetos de Ensino de História, um evento que marcou o ápice de um processo de dois anos de experimentação pedagógica conduzido nas disciplinas de Metodologia do Ensino de História e Práticas Pedagógicas.
A mostra funcionou como um espaço de síntese formativa, oferecendo ao público acadêmico a oportunidade de acompanhar como os estudantes construíram abordagens didáticas capazes de articular debates historiográficos contemporâneos, referências da BNCC e o uso de múltiplas linguagens pedagógicas.

Em torno do eixo temático “Guerras, Conflitos e Revoluções”, escolhido por dialogar tanto com o currículo escolar quanto com o calendário de efemérides históricas, especialmente os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, os alunos apresentaram doze subprojetos desenvolvidos ao longo do semestre, consolidando não apenas produtos pedagógicos, mas uma reflexão profunda sobre o papel do professor de História e da pesquisa no cotidiano escolar.

Desde as primeiras horas da manhã até o fim da tarde, o Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), no campus Torquato Neto, manteve suas salas tomadas por pôsteres, microaulas, apresentações e discussões que revelaram a variedade de estratégias metodológicas exploradas pelos estudantes. Cada grupo apresentou um recorte específico dentro da temática macro, demonstrando domínio teórico, repertório historiográfico, compreensão da BNCC e capacidade de traduzir conteúdos complexos para linguagens acessíveis aos estudantes da educação básica.

Esse esforço de mediação aparece como um dos elementos centrais da proposta, como explica a professora Clarisse Sousa, idealizadora da atividade, ao destacar que a Mostra simboliza o amadurecimento de um percurso formativo iniciado ainda em 2023. Antes de apresentar suas considerações ao público, a docente relembrou que o projeto foi estruturado em três etapas, discussões teóricas sobre ensino de História, elaboração fundamentada de planos de aula e produção de microaulas orientadas pelo uso de linguagens diversas, modelo pensado para aproximar os alunos da prática profissional desde o início da graduação.

Em sua fala, a professora Clarisse Sousa enfatizou que essa construção coletiva reflete não apenas técnica pedagógica, mas também o entendimento ampliado do que significa produzir ciência em História. “Bom, esse trabalho já veio em desenvolvimento há dois anos na universidade, na disciplina de metodologia do ensino e de prática pedagógica. E nesse semestre, os alunos de metodologia e prática pedagógica 2 aceitaram o desafio de, além da gente trabalhar em sala de aula com esse projeto, a gente pudesse expor para a comunidade”, explicou. Ao aprofundar sua reflexão, a docente detalhou ainda os motivos que levaram à escolha do tema macro e os critérios que orientaram o processo.

“Como esse ano a gente está comemorando o Brasil todo, o mundo todo, o final da guerra, dos 80 anos da guerra, a gente resolveu comemorar de uma outra forma, vamos fazer o uso desse macro tema, guerras, conflitos e revolução. E vocês, dentro desse macro tema, escolham temas, conteúdos históricos do ensino fundamental para trabalhar isso por meio de micro aulas”, afirmou, destacando que a intenção era permitir aos alunos a vivência de uma prática que unisse teoria, crítica e materialidade didática. Ao final, a professora Clarisse Sousa reforçou a dimensão científica desse tipo de produção: “Muitas vezes a gente acha que fazer ciência, quando está se falando de história, tem que ir para o arquivo, né? (…) Mas a gente em sala de aula, trabalhando, analisando, fundamentando materiais didáticos, isso também é ciência, isso também é pesquisa, e isso também pode ser mostrado através de um trabalho extensionista, como a gente está fazendo agora”.

A participação discente na organização do evento também ganhou destaque, revelando não apenas o engajamento dos estudantes, mas a compreensão de que ações extensionistas demandam coordenação, planejamento e corresponsabilidade. Entre os organizadores, o aluno João Pedro Avelino, monitor da disciplina e um dos responsáveis pela estruturação logística, relatou os bastidores da preparação da Mostra e a dimensão formativa que essa atuação proporcionou. Antes de sua fala, o discente comentou sobre o desafio de pensar um evento acadêmico desde a divulgação até a montagem dos espaços de exposição, especialmente para um curso em que a maioria dos estudantes está vivenciando suas primeiras experiências com eventos institucionais. Em suas palavras, o esforço coletivo exigiu organização, dedicação e bastante diálogo.

“Bem, ser organizador de um evento tão grande realmente é um trabalho complicado que demanda um pouco de tempo, um pouco não, demanda muito tempo, demanda muita coisa. (…) Mas o importante é que a gente conseguiu planejar isso com bastante antecedência, deu tudo certo, temos aqui vários trabalhos maravilhosos na área da história falando da parte do ensino e das práticas pedagógicas”, afirmou. Ele destacou ainda que o processo de aprendizagem não se limita ao conteúdo histórico, mas envolve compreender a sala de aula como um espaço vivo, que exige sensibilidade, postura e clareza metodológica. “A gente está trabalhando aqui justamente a questão do povo dentro da sala de aula. Porque a gente está aqui para ser professores e exercitando tanto o campo da pesquisa quanto o campo do ensino. Esse evento é muito importante para mim porque acaba auxiliando muito dentro da formação, tanto no currículo, como nas abordagens e na convivência com os alunos”, completou, ressaltando que o contato com múltiplos temas e estratégias didáticas amplia a percepção do aluno sobre seu próprio papel enquanto futuro docente.

Entre os trabalhos expostos, um dos que mais despertou atenção foi o subprojeto desenvolvido pelo estudante Renan Santos, do 2º período do curso, que abordou a temática da democracia e cidadania ateniense sob uma perspectiva crítica e comparativa com o contexto político atual. Antes de apresentar seu pôster e explicar a microaula, o discente contextualizou que seu grupo buscou, desde o início, dialogar com problemáticas existentes nas salas de aula do ensino básico, de modo a transformar o estudo da Antiguidade em ferramenta para debate contemporâneo. Essa abordagem não apenas aproxima a História da vida cotidiana dos alunos, como também estimula a reflexão sobre estruturas de poder e participação política.

Em sua fala, o discente Renan Sousa detalhou como o grupo chegou ao recorte temático e quais foram as reflexões que orientaram o desenvolvimento da proposta: “Essa ideia surgiu por conta de que a professora propôs para a gente conciliar os debates historiográficos com os debates que estavam acontecendo no ensino básico. E o nosso grupo teve a ideia de trazer esse tema, democracia e a cidadania ateniense, porque a gente vê que esse conceito era muito excludente, onde muitas pessoas não tinham participação”, explicou. Ao aprofundar o paralelo histórico, ele destacou que a reflexão se torna ainda mais potente quando o aluno percebe que exclusões estruturais persistem. “Você se pega e para para pensar: será que esse panorama realmente mudou? Será que as pessoas hoje em dia também têm participação política”, questionou, convidando o público a refletir sobre os limites e contradições da democracia representativa.

A microaula do grupo utilizou uma charge como elemento central, estratégia que, segundo o discente , permite sintetizar situações complexas de maneira acessível e crítica. “Ela de maneira satírica retrata de forma perfeita como era a democracia ateniense (…) e por isso a gente escolheu essa charge”, explicou o estudante. Ao comentar sobre o impacto da Mostra em sua própria formação, o aluno Renan Sousa ressaltou a importância do processo de planejar, fundamentar e executar uma aula, algo que, para ele, deveria fazer parte do cotidiano formativo de todo futuro professor. “A gente passou por três passos: fazer o plano de aula, ir atrás de materiais e preencher lacunas, e depois escolher uma linguagem. Esse exercício ajuda muito na formação”, concluiu.

A I Mostra de Projetos de Ensino de História encerrou suas atividades destacando a diversidade de abordagens didáticas e a integração entre conteúdos historiográficos e propostas metodológicas voltadas ao ensino básico. O evento reuniu diferentes produções acadêmicas elaboradas pelos estudantes ao longo do semestre, apresentando ao público um panorama das práticas desenvolvidas nas disciplinas envolvidas. A iniciativa contribuiu para a socialização dos trabalhos e para o registro das etapas formativas realizadas no curso de História da UESPI.

Curso de Agronomia da UESPI avança em pesquisa sobre inseticidas de baixo impacto ambiental por meio do UESPITech II

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Agronomia do Campus Cerrado do Alto Parnaíba, em Uruçuí, iniciou um projeto de pesquisa voltado ao desenvolvimento de alternativas sustentáveis para o controle da traça-das-crucíferas (Plutella xylostella).
A iniciativa integra o segundo edital do programa UESPITech II, lançado pela instituição para fomentar inovação, tecnologia e empreendedorismo, com recursos próprios destinados a pesquisas aplicadas de impacto social, ambiental e econômico. O projeto, coordenado pelo professor Tadeu Barbosa Marquinhos Silva, recebeu investimento de R$ 25 mil e envolve estudantes de graduação em atividades práticas e laboratoriais.

O UESPITech II consolida mais uma etapa da política institucional de incentivo à ciência e ao desenvolvimento de soluções tecnológicas no estado. Nesse contexto, o estudo da Plutella xylostella contribui diretamente para o avanço de métodos agrícolas mais eficientes e menos poluentes, alinhando-se aos objetivos de inovação e responsabilidade socioambiental previstos no edital.

Segundo o professor Tadeu Barbosa, que atua há 12 anos na UESPI e desenvolve pesquisas na área de fitossanidade e toxicologia de inseticidas, o projeto analisa a resposta da traça-das-crucíferas a dois compostos de risco reduzido: a azadiractina, derivada de planta, e o Bacillus thuringiensis, bactéria amplamente utilizada em biocontrole. “A traça-das-crucíferas é o inseto com maior número de relatos de resistência a inseticidas no mundo. Nosso objetivo é testar moléculas capazes de controlar a praga com menor dependência de produtos de amplo espectro, que afetam também insetos benéficos no campo”, explica o professor.

A pesquisa se destaca por propor soluções que diminuem a persistência de resíduos no solo, na água e no ar, reduzindo riscos de contaminação ambiental e retardando o surgimento de resistência nas populações da praga. As moléculas testadas, por apresentarem rápida degradação, alinham-se às exigências de mercados internacionais que demandam produtos agrícolas com menores índices de resíduos químicos. “Esses compostos permanecem menos tempo no ambiente e representam menor risco para quem aplica. O estudo tem potencial para facilitar exportações, melhorar práticas agrícolas e fortalecer um modelo mais sustentável de produção”, afirma Tadeu Barbosa.

Professor Tadeu Barbosa, Coordendor do projeto.

A iniciativa tem potencial para gerar ganhos diretos para agricultores e consumidores, ao possibilitar práticas mais assertivas no manejo da praga. Isso pode elevar a produtividade, reduzir custos de produção e oferecer alimentos mais seguros ao consumidor final. “Esperamos contribuir com informações que ampliem a produtividade e reduzam a incidência de doenças associadas à intoxicação por resíduos químicos. Com aplicações mais precisas, o custo também diminui, beneficiando toda a cadeia produtiva”, acrescenta o coordenador.

Segundo o professor, aqueles estudantes do curso de Agronomia que participarão da execução do projeto, irão atuar em coleta de insetos no campo, manutenção das colônias em laboratório, realização dos bioensaios e análise dos resultados. Essa participação direta está entre as metas do UESPITech II, que incentiva a capacitação científica e o protagonismo estudantil nos processos de inovação.

O projeto reforça o papel da UESPI como agente de transformação social, estimulando práticas científicas que unem inovação, responsabilidade ambiental e desenvolvimento econômico. Ao integrar o UESPITech II, a pesquisa fortalece a presença da universidade em debates regionais e nacionais sobre manejo de pragas, além de promover formação integral e impacto positivo na comunidade agrícola piauiense.

UESPI entrega novo ônibus ao Campus Possidônio Queiroz e fortalece mobilidade acadêmica em Oeiras

Por Filipe Benson

O Campus Possidônio Queiroz, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), recebeu nesta semana um novo ônibus para atender estudantes e servidores da unidade em Oeiras. A entrega, contou com a presença da Administração Superior da UESPI, gestores públicos e representantes políticos, que destacaram a importância do transporte para garantir deslocamento acessível, permanência estudantil e fortalecimento das atividades acadêmicas.

Novo ônibus entregue no Campus

A iniciativa integra o conjunto de ações estruturantes que a UESPI vem realizando em seus campi no interior do estado, ampliando a infraestrutura e assegurando melhores condições para ensino, pesquisa e extensão. Durante o evento, interior do estado, o reitor da UESPI, professor Evandro Alberto, ressaltou que a entrega do veículo faz parte de um esforço contínuo de revitalização da unidade. “Momento histórico aqui no Campus Possidônio Queiroz, em Oeiras. Aqui se juntou amigos, pessoas dedicadas ao município, que têm um compromisso também com a nossa universidade. Já entregamos uma van, estamos entregando agora o ônibus e também preparando a obra de recuperação do prédio, acessibilidade, drenagem e muro. São muitas conquistas e o apoio de vocês tem sido decisivo”, afirmou.

A entrega do ônibus foi viabilizada por meio de articulação com o ex-deputado estadual Mauro Tapety, em diálogo com a Secretaria de Educação do Estado e o senador Marcelo Castro. Para o parlamentar, a iniciativa atende uma demanda urgente da comunidade acadêmica. “Esse apoio, professor, é por causa do entusiasmo com Oeiras e do seu carinho com a nossa cidade. A gente sabe que esse ônibus era uma das coisas mais importantes que os alunos precisavam aqui”, apontou o ex-deputado.

Reitor Evandro Alberto e administradores publicos presentes na entrega

O momento também contou com a participação de estudantes, que celebraram a chegada do novo veículo. Para a aluna, Lara kermily, a melhoria na mobilidade representa mais do que conforto, significa permanência e inclusão. “Incrível, assim como foi a van. O ônibus traz uma emoção enorme. Eu falava para o reitor que reivindiquei esse ônibus, e ver essa conquista acontecendo, ver os estudantes tendo essa possibilidade, é gigantesco. Com certeza vai aumentar muito a permanência dos discentes na UESPI”, destacou a discente.

Alunos do Campus Possidônio Queiroz recebendo o novo ônibus

Com a chegada do novo ônibus, a UESPI reafirma seu compromisso com a formação integral dos estudantes, garantindo condições mais dignas e seguras para deslocamento, ampliando a participação nas atividades acadêmicas e fortalecendo a permanência estudantil. A iniciativa reforça a missão institucional de promover inclusão, cidadania e transformação social por meio de uma universidade pública presente e atuante em todo o Piauí.

UESPI realiza programação alusiva ao Dia da Consciência Negra em diferentes campi

Por Mikael Lopes

O Dia da Consciência Negra no Brasil é celebrado em 20 de novembro, data definida como uma homenagem à luta, resistência e contribuições da população negra na construção do país. Em alusão à data e à sua importância, diferentes campi da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promoveram momentos de debate e reflexão ao longo do mês.

Em 2023, o dia 20 de novembro passou a ser oficialmente reconhecido como feriado nacional, com a sanção da Lei 14.759/2023. A escolha da data homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência contra a escravidão, reforçando a relevância de atividades que combatam o racismo e valorizem a cultura afro-brasileira.

Tributo em Floriano

No Campus Dra. Josefina Demes, em Floriano, o curso de Pedagogia, com o apoio do professor Me. Robison Pereira, realizará o momento “Tributo à Cultura Negra” no dia 19 de novembro, na Rua Defala Attem, no Centro da cidade, às 19h. O objetivo do evento é promover o reconhecimento, a valorização e a celebração das diversas expressões culturais afro-brasileiras, combatendo estereótipos e preconceitos.

O professor e sociólogo Robison destaca a importância da iniciativa. “Estamos promovendo a exposição e a difusão: apresentar manifestações artísticas, culturais, históricas e gastronômicas afro-brasileiras por meio de exposições. Sempre buscando, através da educação, sensibilizar o público sobre a importância da contribuição dessas culturas na formação da identidade nacional, desmistificando visões preconceituosas”, pontua o docente.

O evento é resultado da disciplina Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena e foi pensado a partir da história do Brasil, sua diversidade cultural, das contribuições da população negra e suas raízes africanas.

“Desde a chegada dos primeiros africanos ao Brasil, em meados do século XVI, até os dias atuais, a cultura afro-brasileira se manifesta em diversas áreas, como música, dança, culinária, religião e artes. Este tributo é um reconhecimento da importância do legado africano na formação da identidade brasileira e uma celebração da resistência e resiliência de um povo que, apesar das adversidades, continua a enriquecer a sociedade brasileira”, analisa.

A noite de tributos valorizará tradições e costumes de diversas etnias africanas trazidas ao Brasil, destacando música e outras manifestações culturais debatidas ao longo do semestre em sala de aula.

“Esse aprendizado foi construído nos últimos três meses e meio, por meio de aulas, palestras, mesas-redondas, entre outros. Agora, chegou o momento de socializar esses conhecimentos com colegas da universidade e com a comunidade. Portanto, vamos celebrar o conhecimento e as culturas afro-brasileiras. Em síntese, esta homenagem ao povo negro e à cultura africana e afro-brasileira é um convite à reflexão sobre a importância dessas contribuições para a formação da identidade nacional”, destaca o docente.

A aluna de Pedagogia, Vanessa Bueno, compartilha que o acesso aos debates e estudos raciais ampliou seu conhecimento sobre a cultura africana e indígena, incluindo costumes, tradições e religiosidade. Para ela, os estudantes têm papel central no fortelecimento de uma universidade inclusiva.

“Os estudantes têm um papel fundamental na construção de uma universidade mais inclusiva, crítica e consciente das questões raciais. Cabe a nós promover debates, propor projetos como o Tributo à Cultura Negra e atuar com empatia e respeito à diversidade. Ao trazer temas como a história e cultura afro-brasileira para o centro das discussões acadêmicas, contribuímos para quebrar preconceitos, valorizar identidades e fortalecer uma educação comprometida com a igualdade racial e social”, reflete a estudante.

O evento é aberto à comunidade em geral.

Palestra em Campo Maior

No Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, o auditório da instituição sediou, no dia 13 de novembro, um debate sobre a população negra, organizado pelo professor de História Reinaldo Barroso. O momento contou com solenidades, palestras e mesas-redondas com especialistas em religião afro, quilombos e escravidão.

A ação teve como objetivo promover reflexão sobre o Dia da Consciência Negra, discutindo também a trajetória e as experiências da população negra na história do Brasil e do mundo. Para o professor Reinaldo, o evento ganha ainda mais relevância devido ao perfil do campus.

“A maior parte do Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, é composta por pessoas negras. Então, acaba sendo significativo para a gente parar para refletir a nossa ancestralidade com o grupo, com as pessoas que estão ali, os alunos que estão ali. Então, impacta na universidade e acaba impactando também fora da universidade, porque a maior parte desses, agora, alunos dos nossos cursos de licenciatura no Campus Heróis do Jenipapo serão futuramente professores. Então, ajuda a formar sua consciência, ajuda a valorizar sua história”, enfatiza.

Segundo o professor, momentos como esse fortalecem o vínculo com a comunidade acadêmica e ampliam a experiência social dentro e fora do campus, projetando a cultura negra para diferentes espaços.

“Quando a gente tem um participante do quilombo, um participante das religiões afro, um pesquisador que se identifica como negro, isso tudo ajuda a valorizar, reconhecer, estabelecer um mérito, um reconhecimento do passado. E, assim, a gente constrói uma trajetória de positividade, de valorização e de reconhecimento da cultura negra dentro do campus e projetando isso para experiências também que sejam fora do campus”, explica o professor.

A participação discente também marcou o momento, trazendo percepções sobre o impacto das discussões realizadas. A aluna de História Janyelly Santiago ressaltou como a programação contribuiu para ampliar sua compreensão sobre identidade, ancestralidade e pesquisa acadêmica envolvendo populações negras.

“Considero o evento profundamente enriquecedor. Tanto a palestra quanto a mesa-redonda proporcionaram reflexões amplas, contemplando não apenas a temática da Consciência Negra, mas também os distintos campos que permeiam a pesquisa acadêmica, a religiosidade e a vivência quilombola. Foi uma experiência formativa e de grande relevância sociocultural”, compartilhou a aluna.

Projeto do UESPITech II transforma o ensino com inovação e sustentabilidade

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) segue fortalecendo a pesquisa científica e a inovação tecnológica no estado. Com o lançamento do UESPITech II, uma chamada interna coordenada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) e pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), a instituição busca incentivar pesquisas alinhadas às demandas do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Piauí – Piauí 2050. O edital destina um total de R$ 500 mil para financiar até 20 projetos, com bolsas de até R$ 25 mil para cada proposta aprovada.

Com foco em temas estratégicos como energias renováveis, tecnologia da informação, saúde, educação e práticas pedagógicas inovadoras, o programa visa apoiar iniciativas que promovam impacto social, desenvolvimento econômico e inovação científica na universidade e em suas áreas de atuação. Os projetos devem ser vinculados a grupos de pesquisa certificados e a laboratórios cadastrados no SIGAA, e a coordenação deve ser de professores doutores com produção científica registrada e currículo atualizado.

Entre as propostas aprovadas no edital está o projeto “Eco Sustentabilidade e Tecnologias Inteligentes: Plataforma Educacional Integrada para o Ensino de Energias Renováveis, IA e Robótica”, coordenado pelo professor Antônio de Macedo Filho, que visa desenvolver ferramentas pedagógicas inovadoras para o ensino de Física com foco na transição energética. A iniciativa tem como base o contexto atual de mudanças climáticas e de avanço tecnológico, propondo unir teoria e prática na formação de estudantes do Ensino Médio e professores da rede básica.

Segundo o professor, a proposta surgiu da necessidade de criar um mecanismo tecnológico que ajude a ensinar Física a partir da realidade energética do país. “A ideia surgiu da necessidade de se criar um mecanismo tecnológico para ensinar Física com base no processo de transição energética em que o Brasil e o mundo estão envolvidos”, explica. Ele destaca que o Piauí, com seu vasto potencial de produção de energias como solar e eólica, demanda a formação de profissionais e cidadãos capacitados para entender e atuar nesse cenário. Isso está diretamente ligado às metas do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável Piauí 2050, que busca integrar ciência, educação e desenvolvimento regional.

O principal objetivo do projeto é criar uma Plataforma Educacional Integrada que promova o ensino de energias renováveis, inteligência artificial, aprendizado de máquina e robótica educacional. Esse ambiente virtual permitiria que estudantes e professores tivessem acesso a experimentos físicos e simulações em um contexto interativo e inovador. “Estamos propondo algo que deve relacionar conhecimentos teóricos de Física a temas reais relacionados à vida prática de cada estudante por meio da geração de produtos tecnológicos voltados para o ensino”, pontua o professor.

A plataforma será composta por recursos como experimentos virtuais envolvendo energia renovável, roteiros de experimentação física baseada em aprendizado de máquina e kits com arduinos e linguagens de programação. A ideia é que o estudante construa seus próprios experimentos, aproximando-se da prática científica de forma contextualizada. Além disso, o projeto se integra diretamente ao Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), oferecido no campus da UESPI em Piripiri, potencializando seu alcance e aplicabilidade em sala de aula.

Para viabilizar a proposta, o recurso do UESPITech II está sendo usado na compra de equipamentos como computadores, impressora 3D, materiais de laboratório e, possivelmente, uma máquina de corte a laser. “Toda essa estrutura proporcionará e facilitará alcançar os objetivos apresentados no projeto”, resume o pesquisador.

Para o professor Antônio de Macedo Filho, iniciativas como essa representam um avanço necessário no ensino superior público. “Investir em educação é prioritário. Não há educação de qualidade sem investimento, independemente do nível. Investir em tecnologia e inovação no ensino público superior é necessário, é onde estamos formando material humano de qualidade”, defende. Ele conclui afirmando que, ao qualificar profissionais nesse contexto, a universidade contribui diretamente para o desenvolvimento social e tecnológico do estado.

O UESPITech II se confirma, portanto, como uma política estratégica da UESPI para fortalecer a cultura da pesquisa aplicada e da inovação tecnológica no Estado. Ao incentivar iniciativas como “Eco Sustentabilidade e Tecnologias Inteligentes”, a universidade reafirma seu compromisso de transformar conhecimentos acadêmicos em soluções práticas capazes de impactar positivamente a sociedade. Além de fomentar a produção científica, o edital promove o desenvolvimento de tecnologias alinhadas ao futuro sustentável do Piauí e contribui para a formação de profissionais preparados para os desafios de um mundo cada vez mais digital, energético e inovador.

UESPI investe R$ 600 mil em reforma estrutural do Campus Possidônio Queiroz, em Oeiras

Por: Lucas Ruthênio

Após inaugurar, nesta terça-feira (12), o primeiro Laboratório de Inteligência Artificial (IA) instalado fora da capital, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) anunciou um investimento de R$ 600 mil em obras de requalificação no Campus Professor Possidônio Queiroz, em Oeiras. A ordem de serviço, assinada no mesmo dia, autoriza uma série de intervenções voltadas à manutenção estrutural e à melhoria das condições de segurança e acessibilidade da unidade.

As obras incluem recuperação do muro, drenagem, manutenção de calhas e cobertura, revitalização de calçadas, pintura e instalação de dispositivos de combate a incêndio. A reitoria destacou que os serviços atendem às necessidades mais urgentes do campus, especialmente em razão dos impactos provocados pelo período chuvoso.

Durante a visita técnica, o reitor Evandro Alberto explicou os pontos prioritários da intervenção. “Aqui no Campus Possidônio Queiroz, nós estamos com o engenheiro da Pavicon, que vai fazer a recuperação do muro da instituição e obras de drenagem, além da recuperação das calhas para evitar vazamentos. A gente sabe que agora temos períodos em que as chuvas são muito fortes, então vamos agir preventivamente”, afirmou.

Representando a Diretoria de Engenharia da UESPI, a engenheira Tallyta Sousa detalhou o escopo da obra. “Aqui é a obra de 600 mil. Saiu a ordem de serviço hoje e ela contempla reforma do muro, acessibilidade, drenagem, cobertura, pintura e também as calçadas”, explicou.

A direção do campus recebeu o anúncio como a concretização de uma demanda antiga. O diretor João Batista da Silva Conrado destacou a espera pela liberação dos serviços. “Há muito tempo a gente vem lutando e buscando. Esperava esse momento. A gente entende que as coisas do Estado têm suas burocracias necessárias, mas agora ficamos satisfeitos que o serviço será concretizado”, afirmou.

A execução ficará sob responsabilidade da empresa Pavcon. De acordo com o engenheiro Váltero, os trabalhos iniciarão pela manutenção do telhado e das calhas. “A previsão é começar agora na próxima semana, iniciando pela manutenção do telhado e das calhas, seguindo para o muro. A expectativa é que até o final de dezembro a gente conclua os serviços”, informou.

Servidores e estudantes ressaltaram a importância da intervenção para o funcionamento do campus. O técnico administrativo Arlam Marques avaliou que a reforma contribuirá para o atendimento ao público. “Nós teremos o nosso campus recuperado para que a gente tenha cada vez mais condições de atender bem a nossa comunidade”, afirmou.

O estudante Pedro, representante do DCE do campus, também destacou a relevância do investimento. “A aprovação dessa ordem de serviço para a reestruturação de parte do campus é muito importante para a manutenção da estrutura e para a permanência do estudante”, disse.

 

Docentes apontaram a necessidade de manutenção periódica, mesmo em unidades consideradas novas. O professor Thiago Reisdorfer reforçou os riscos associados à estação chuvosa. “Essa reforma, principalmente a das calhas, é essencial para manter a qualidade do ambiente, que está tão legal nos últimos anos e precisa continuar assim”, declarou.

A diretora do Departamento de Modernização e Sustentabilidade da Gestão, Marilene Maria de Oliveira, considerou a intervenção necessária para a preservação do espaço. “Vai ser uma grande melhoria para o campus, que é muito bonito e novo. E nós temos que manter isso para o bom andamento dos alunos e para o atendimento à comunidade de Oeiras”, afirmou.

Com a liberação do investimento e o início das obras previsto para os próximos dias, o Campus Possidônio Queiroz passa por uma etapa de requalificação voltada à manutenção e ao funcionamento adequado da infraestrutura, acompanhando as necessidades estruturais identificadas pela universidade e pela comunidade acadêmica.

UESPI promove nova edição do StartADM e reforça cultura de inovação e empreendedorismo

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou mais uma edição do Programa StartADM, iniciativa do curso de Administração que vem consolidando o campus Torquato Neto como um ambiente de estímulo à inovação, ao empreendedorismo e ao desenvolvimento de soluções aplicadas à realidade institucional. O encontro integrou apresentações de pitches de inovação aberta e a oficina “Mão na Massa para o Centelha 3”, momento voltado a orientar estudantes sobre o principal edital estadual de fomento à inovação. De acordo com a organização do programa, “realizamos mais uma ação do Programa StartADM, fortalecendo o ecossistema de inovação da UESPI e estimulando nossos alunos a transformarem ideias em soluções reais”.

Coordenado pelos professores Kátia Brasil e Tales Antão, com colaboração das docentes Samaira Souza e Thyciane Pinheiro, o StartADM integra ações do Grupo de Estudos em Mercado, Trabalho, Inovação e Sustentabilidade (GEMTIS). O programa se estrutura como uma atividade extensionista que busca transformar ideias acadêmicas em propostas aplicáveis à universidade ou à comunidade externa. A professora Kátia Brasil, coordenadora da iniciativa, explica que o StartADM nasce de uma compreensão ampliada sobre o papel formativo do curso de Administração ao afirmar que o objetivo é “tirar do aluno as melhores ideias, soluções possíveis para a instituição ou para a comunidade ao redor da UESPI”.

A construção dessas propostas envolve um processo gradual, que inicia com hackathons internos e desafios lançados para áreas estratégicas da universidade, como logística, serviços, tecnologia, sustentabilidade, estrutura física e desenvolvimento de aplicativos. Em seguida, os estudantes participam de oficinas de inovação aberta, utilizando ferramentas como o canvas adaptado para o contexto da instituição. A proposta permite que cada grupo identifique problemas reais e desenvolva caminhos possíveis para solucioná-los, sempre com apoio docente. Em sua avaliação, a professora Kátia Brasil destaca que “temos dentro da instituição alunos que são extremamente criativos, que só precisam muitas vezes das oportunidades”.

As ideias geradas nessas etapas são posteriormente apresentadas a uma banca formada por professores da UESPI, que avalia viabilidade, impacto e potencial de desenvolvimento. O processo também busca integrar diferentes disciplinas e fortalecer uma compreensão sistêmica dos desafios institucionais. Para a coordenação, essa é uma dimensão essencial da formação empreendedora. Como ressalta Kátia Brasil, “o aluno precisa pensar não só coletivamente, mas sistemicamente, ou seja, em todas as áreas, vendo as possibilidades”.

Entre as participantes, a ação foi recebida como uma oportunidade de aplicar o conteúdo teórico de forma prática e vivenciar a construção de projetos reais. A discente Raiane, estudante do curso de Administração, destaca que atividades como essa ampliam a formação e aproximam os alunos do mercado de trabalho. Em suas palavras, “é bem interessante a gente ter esse tipo de projeto porque a gente pode aplicar a teoria que aprende dentro de sala de aula na prática. Isso já estimula a gente a futuros projetos e também prepara e capacita a gente para o mercado de trabalho”. Sobre a experiência de apresentar o pitch diante da banca avaliadora, ela acrescenta que “foi um sentimento muito bom ver o projeto sendo apresentado aqui”.

Nesta edição, três propostas foram selecionadas e apresentadas: duas delas voltadas para tecnologias educacionais, com potencial de desenvolvimento como EdTechs, e uma voltada à gestão de micro e pequenos negócios, conectando a universidade a empreendedores locais. Para a coordenação do StartADM, as três propostas representam avanços na formação dos estudantes e ampliam oportunidades de atuação no mercado. A avaliação sintetizada durante o evento destacou que “todas as três ideias são oportunidades que colocam o aluno como centro de atenção e de oportunidades para o mercado, de uma maneira geral, desenvolvendo as competências de todos eles”.

Encerrando a programação, a oficina voltada ao Centelha 3 auxiliou os estudantes na adaptação das ideias ao formato exigido pelo edital, facilitando o ingresso dos projetos no ecossistema de inovação do Estado. Com mais uma edição concluída, o StartADM reforça seu papel como um dos principais espaços de experimentação, criatividade e formação empreendedora na UESPI, contribuindo para que a Universidade siga como referência na transformação de ideias acadêmicas em soluções reais para desafios institucionais e sociais.

 

UESPI encerra ciclo de intercâmbio com assistentes americanas do Programa Fulbright e PARFOR/EQUIDADE

Por Raíza Leão 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) encerrou um importante ciclo de intercâmbio acadêmico com as assistentes  norte-americanas Christina Bertrand e Vasti Cruz, que atuaram na instituição ao longo dos últimos oito meses por meio do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR/EQUIDADE, em parceria com o Programa CAPES/Fulbright de English Teaching Assistant (ETA) 2025–2027.

Durante o período em que estiveram na universidade, as  assistentes  contribuíram diretamente com o curso de Letras/Inglês, com o PARFOR/EQUIDADE e com ações da Coordenação de Relações Internacionais (CRI), promovendo um rico intercâmbio cultural e acadêmico entre Brasil e Estados Unidos. Entre as ações desenvolvidas, destacou-se o English Conversation Club (ECC), projeto de imersão linguística conduzido pelas ETAs, que ofereceu aos participantes oportunidades práticas de aprimoramento em listening, speaking e reading.

A representante da Relações Internacionais da UESPI, Adriana Reis, destacou o impacto positivo da presença das educadoras norte-americanas na instituição. Segundo ela, o ciclo encerra uma etapa importante para a internacionalização da universidade: “O programa Fulbright aqui na UESPI foi uma experiência incrível. Elas chegaram em março deste ano e desenvolveram diversas atividades com o PARFOR Equidade, coordenado pela professora Nadja Pinheiro e pela Diretora Geral, professora Francisca de Sousa. Também colaboraram com o Departamento de Relações Internacionais, dando suporte documental e atuando tanto em sala de aula quanto na organização de documentos internacionais. Elas agregaram bastante à universidade. Estamos muito felizes com os frutos dessa parceria em 2025 e temos grandes expectativas para os próximos ETAs que chegarão em março de 2026”.

A assistente  Vasti Cruz, natural do estado de Oregon (EUA), ressaltou a riqueza de viver o Piauí e compartilhar aspectos da cultura americana com estudantes de diferentes regiões: “Foi muito bom ter essa experiência junto com a Christina. A gente desbravou muita coisa que não esperava. Chegamos na capital, mas também fomos aos interiores dar palestras e aulas. Amamos compartilhar a cultura americana, comemoramos datas como 4 de julho, Halloween e Ação de Graças. Os alunos eram muito curiosos e foi um prazer enorme estar aqui”.

A Christina Bertrand, da Flórida (EUA), também destacou o acolhimento e o envolvimento com a comunidade acadêmica: “Os alunos, eu amo. Já estou com saudades. Eles eram muito curiosos e participativos. Minha experiência em Teresina e no Piauí foi muito especial. As pessoas foram muito hospitaleiras e fico feliz por tudo que vivenciei aqui”.

UESPI desenvolve projeto AGROTECH Mucambo por meio do edital UESPITECH II, com foco em tecnologias sustentáveis

Por: Lucas Ruthênio

O AGROTECH Mucambo, projeto desenvolvido no Campus Professor Barros Araújo (Picos), é um dos destaques do UESPITECH II, que chega à segunda edição financiando iniciativas de inovação científica e tecnológica alinhadas ao Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável – Piauí 2050. Com apoio de até R$ 25 mil para cada uma das 20 propostas aprovadas, o programa fortalece a pesquisa aplicada dentro da universidade e estimula soluções voltadas às áreas de educação, saúde, energias renováveis, tecnologias da informação, turismo e práticas pedagógicas inovadoras.

Imagem ilustrativa gerada por IA

Imagem ilustrativa gerada por IA

A proposta do UESPITECH II é reforçar o papel da universidade pública como produtora de conhecimento voltado às necessidades sociais do Piauí. Para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UESPI, Rauirys Alencar, o edital representa um marco no fortalecimento da pesquisa aplicada dentro da instituição. Ele destaca que a iniciativa amplia a presença da UESPI como agente de transformação regional ao aproximar ciência, desenvolvimento tecnológico e demandas locais. Segundo Rauirys Alencar, “a iniciativa amplia a integração entre o conhecimento acadêmico e as demandas sociais e econômicas do Piauí, posicionando a UESPI como um polo de inovação regional”.

Além do financiamento dos projetos, o edital prevê bolsas de produtividade em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, viabilizadas por meio de parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI). Trata-se de uma medida que fortalece a formação de pesquisadores e incentiva estudantes de pós-graduação, consolidando a cadeia científica da universidade.

O AGROTECH Mucambo, desenvolvido no Campus Professor Barros Araújo (Picos), se destaca por propor soluções tecnológicas para o uso racional da água e a otimização da produção agrícola em comunidades rurais do semiárido. A iniciativa envolve docentes e discentes do curso de Engenharia Agronômica, com foco na comunidade Chapada do Mocambo, composta majoritariamente por mulheres agricultoras, em uma região onde o acesso a tecnologias sustentáveis ainda é limitado.

Tecnologia e energia limpa aplicadas ao cotidiano das agricultoras

O AGROTECH Mucambo é coordenado pelo professor Wagner Rogério Leocádio Soares Pessoa, do curso de Engenharia Agronômica. A partir da observação das condições de trabalho da comunidade Chapada do Mocambo, o docente identificou a necessidade de soluções que reduzissem o esforço físico das agricultoras e tornassem o manejo hídrico mais eficiente. Ele explica que a proposta nasceu exatamente da junção entre a dimensão ambiental e a demanda social das mulheres rurais.

Segundo Wagner Rogério Leocádio Soares Pessoa, “a proposta surgiu em aliar sistemas de menor impacto ambiental através de fontes renováveis de energia e aliado a isso o menor esforço das mulheres associadas à comunidade Chapada do Mocambo”.

Essa integração entre tecnologias limpas, energia renovável e melhoria das condições produtivas é o que estrutura o projeto. O coordenador aponta como diferencial o foco na autossuficiência e no uso de fontes alternativas nas atividades agrícolas. Ele afirma que “a diferença está principalmente em aliar fontes alternativas, renováveis, limpas e autossuficientes com o menor esforço das cooperadas, aumento de produção e oferta de alimentos regulares durante todo o ano”.

A perspectiva ambiental e socioeconômica adotada pelo AGROTECH Mucambo está alinhada às tendências observadas nas principais agências de fomento nacionais. Para o docente, essa é uma característica que situa o projeto dentro do cenário mais amplo da pesquisa científica brasileira. Como ele afirma, “isso está direta e indiretamente relacionado à maioria dos projetos voltados a todas as agências de fomento, não só no Piauí, mas no Brasil como um todo”.

Embora aprovado e já financiado, o projeto ainda não iniciou sua etapa prática. Os recursos foram creditados em setembro, mas a execução depende da chegada dos materiais e da organização da equipe para dar andamento às atividades. O professor Wagner Rogério ressalta que os resultados ainda não podem ser mensurados, afirmando que “ainda não houve aplicação efetiva dos recursos disponibilizados, pois temos que aguardar os mesmos chegarem e a disponibilidade da equipe para a realização das etapas”. Ele reforça que o trabalho ainda se encontra em fase inicial: “não temos como explanar os resultados, pois o projeto ainda não entrou na parte prática”.

Entre as próximas ações previstas está a aplicação de questionários com as agricultoras da comunidade, visando registrar mudanças antes e depois da instalação dos sistemas. O coordenador comenta que esse será um dos principais instrumentos de acompanhamento do impacto do projeto.

 

 

Mesmo antes da execução prática, o professor destaca a intenção da equipe de transformar a experiência em um modelo que possa ser replicado em outras regiões do semiárido nordestino. Ele explica que “a nossa proposta é justamente essa. Criar no Piauí, e por que não no Nordeste como um todo, iniciativas como esta. Tomando como modelo esse projeto, para que essa iniciativa se propague na região, melhorando consideravelmente a vida dos produtores do semiárido”.

Para ele, criar mecanismos de permanência das mulheres no campo, evitar o êxodo rural e promover o uso racional da água são metas compatíveis com o papel institucional da UESPI. O docente ressalta que, mesmo com 35 anos de existência, a universidade deve manter-se na liderança da pesquisa e extensão no estado, afirmando que “a UESPI, apesar de seus poucos 35 anos de atuação no Piauí, tem que estar na vanguarda de pesquisa, extensão e inovação no estado”.

A formação acadêmica como eixo central do projeto

Além da dimensão tecnológica e social, o AGROTECH Mucambo exerce um papel formativo essencial para os estudantes que integram a equipe. A participação discente reforça a articulação entre sala de aula, pesquisa e realidade rural, aproximando os futuros agrônomos das demandas do semiárido.

Carolina Santos, discente de Engenharia Agronômica, integrante do projeto AGROTECH Mucambo.

A discente Carolina Santos, do curso de Engenharia Agronômica, destaca que participar de um projeto que une tecnologia, sustentabilidade e impacto social amplia a compreensão sobre a prática profissional. Para ela, vivenciar um projeto com esse tipo de alcance transforma a forma como os estudantes percebem o papel da universidade.
Segundo a discente, “é de imenso prazer participar de um projeto tão amplo, que visa um melhor manejo de produção para as agricultoras. Além de ser uma oportunidade de aprendizado e convivência para nós futuros agrônomos”.

Carolina Santos explica que a equipe ainda aguarda o início das atividades práticas, mas já se dedica ao acompanhamento das etapas preparatórias. Sobre essa fase, ela afirma: “é um projeto que vamos começar a desenvolver e acompanhar os professores, mas com certeza será muito enriquecedor para nós”.

A presença feminina dentro do projeto também é significativa para a discente, que observa como iniciativas desse tipo contribuem para ampliar a atuação das mulheres no campo da tecnologia agrícola. Ela afirma que “ainda é um ambiente predominantemente masculino, mas essa oportunidade transforma essa visão e nos traz muitas oportunidades dentro desse contexto”.

A estudante comenta ainda a importância do edital para o incentivo à pesquisa dentro da universidade pública. Para ela, “vemos que os investimentos estão sendo colocados nos lugares corretos. É um orgulho fazer parte da universidade pública e torcemos para que cada dia mais aumentem os investimentos e os esforços para um ensino público de qualidade”.

A discente Luana Soares Silva, também de Engenharia Agronômica, reforça essa percepção ao destacar que participar do AGROTECH Mucambo representa uma oportunidade de compreender como tecnologias e práticas sustentáveis podem impactar diretamente o cotidiano rural. Segundo ela, “está sendo uma experiência muito enriquecedora. Eu sempre ouvi falar sobre inovação e tecnologia, mas viver isso especialmente voltado ao campo é algo totalmente diferente”.

Luana Soares Silva, discente de Engenharia Agronômica, participante do projeto AGROTECH Mucambo.

Luana Soares Silva destaca ainda que o grupo está na fase de planejamento, mas que a expectativa para o início do trabalho de campo é grande. Ela afirma que “por enquanto, ainda não atuei na parte prática do projeto, mas estou envolvida nas etapas de preparação e entendimento das metodologias que serão aplicadas”.

Assim como Carolina Santos, a estudante ressalta a relevância do protagonismo feminino em áreas onde sua presença ainda é reduzida. Para ela, “fazer parte desse projeto é também uma forma de ocupar e afirmar esse lugar. É um sentimento de orgulho, de saber que estou abrindo caminhos”.

Sobre o impacto do edital UESPITECH II na visão da comunidade acadêmica, a estudante comenta que “esse incentivo faz toda a diferença. Mostra que a universidade pública tem um papel essencial na transformação da sociedade”.

 

Um projeto que dialoga com o presente e projeta o futuro

Em sua essência, o AGROTECH Mucambo representa uma iniciativa que traduz os objetivos do UESPITECH II: promover a inovação sem perder de vista a realidade local, integrar diferentes áreas do conhecimento e fortalecer a trajetória formativa dos estudantes da UESPI. Apesar de ainda estar na fase inicial de execução, o projeto reúne expectativas significativas para as atividades que serão realizadas nas próximas etapas.

Ao propor soluções tecnológicas para o uso racional da água e ao direcionar suas ações para uma comunidade formada majoritariamente por mulheres agricultoras, o projeto aponta caminhos possíveis para o desenvolvimento sustentável do semiárido piauiense, em consonância com as diretrizes do Piauí 2050

Curso de Letras/Inglês da UESPI realiza o I Congresso Regional de Linguagem, Literatura e Ensino de Língua Inglesa

Por Raíza Leão

O curso de Letras/Inglês da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Torquato Neto, realizou nesta segunda-feira (17) o primeiro dia do “I Congresso Regional de Linguagem, Literatura e Ensino de Língua Inglesa”(CRLLEI). A abertura ocorreu no auditório do NEAD, reunindo pesquisadores, professores e estudantes para discutir temas essenciais ao ensino, à literatura e à formação crítica em língua inglesa. O evento segue até 19 de novembro, com programações também na sala 2 do CCHL.

A programação reúne palestras, minicursos, apresentações orais de trabalhos e uma mostra cultural, integrando ensino, pesquisa e extensão. Entre os temas discutidos estão ensino e aprendizagem de língua inglesa, multimodalidade e letramentos, decolonialidade, literatura anglófona e crítica literária, além de outros assuntos propostos pelos acadêmicos.

O professor Dr. Adriano de Alcântara Oliveira Sousa, docente do curso e organizador do congresso, destacou os desafios de realizar a primeira edição do evento. “Desafios são muitos, porque a gente tem que mobilizar os alunos, incentivar que tragam os trabalhos que preparam e movimentar a universidade com a presença dos palestrantes. Espero que seja um excelente evento, que todos aproveitem, aprendam e produzam conhecimento. Essa é a nossa principal missão”, afirmou. Ele também detalhou os eixos das discussões: “Na palestra de abertura, trabalhamos com literatura anglófona, com foco em teoria crítica e Shakespeare. Já na palestra de encerramento, teremos linguística aplicada, discutindo formação de professores, aquisição de língua estrangeira, teoria crítica e decolonialidade”.

 

Para os alunos que ajudaram a construir o congresso, o momento representa um marco histórico para o curso. A estudante Yasmin Maria Nascimento Brito, do 7º período, relatou o processo de organização. “Foi bem desafiador. É o primeiro congresso do curso dentro da UESPI, organizado pelo professor Adriano e por nós, estudantes. Não tínhamos uma base, então todas as ideias foram surgindo e se juntando até formar o congresso que temos agora”, contou. Ela também destacou o impacto da iniciativa para a comunidade acadêmica: “É importante porque fica algo mais próximo. Muitos congressos são fora, com custos de viagem e hospedagem. Aqui na UESPI, temos oportunidades de apresentar trabalhos, conhecer novas pessoas e viver novas experiências, tudo dentro do nosso alcance”.

Entre os palestrantes convidados está o professor Dr. Jivago Araújo, do campus de Piripiri, que integra a mesa de literatura anglófona. Ele ressaltou a relevância de compartilhar pesquisas com um público mais amplo. “É muito interessante porque temos a oportunidade de fazer as ideias desenvolvidas nas pesquisas e extensões circularem para além da sala de aula. Houve boa adesão do público e hoje vamos debater literatura anglófona”, disse. Sobre sua fala específica, ele explicou: “Vou tratar do tema da tragédia, recorrente nos estudos de língua inglesa. A tragédia mobiliza conceitos como destino, sofrimento, cultura, indivíduo, dor e luto. Vamos discutir essas ideias e oferecer aos alunos uma visão mais específica sobre a tragédia inglesa renascentista”.

A aluna Dália Melo, do 6º período, que apresentou trabalho no evento, ressaltou o quanto a experiência amplia a formação acadêmica. “Ter esse tipo de evento na universidade tira a gente da zona apenas da sala de aula. Podemos ouvir outros professores falando sobre literatura, sobre perspectivas do nosso futuro como docentes. Apresentar nossos trabalhos também motiva outros estudantes a encontrarem áreas de pesquisa e atuação”, destacou.

UESPI promove roda de conversa com a CPPD para orientar docentes sobre progressões, licenças e desenvolvimento na carreira

Por: Sara Caland

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Comissão Permanente do Pessoal Docente (CPPD), realizará no dia 18 de novembro uma roda de conversa destinada a todos os docentes da instituição, abrangendo os campi da capital e do interior. O encontro tem como objetivo esclarecer dúvidas e orientar sobre direitos, procedimentos e etapas relacionadas ao desenvolvimento na carreira docente.

Como ação preparatória, no dia 17 de novembro, os membros da CPPD estarão disponíveis presencialmente para atendimento individualizado, oferecendo orientações específicas, conferência de documentação e suporte direto aos professores que necessitarem de esclarecimentos detalhados.

A CPPD é um órgão de assessoramento da Reitoria e da Administração Superior da UESPI, com atuação fundamentada no Art. 45 da Lei Complementar nº 061/2005 e na Lei Complementar nº 124/2009. Sua atribuição inclui supervisionar, avaliar e fiscalizar atividades relacionadas à carreira docente, emitindo pareceres e orientações referentes a afastamentos para pós-graduação e pós-doutorado, alterações de regime de trabalho, estágio probatório, licenças (capacitação e prêmio), além dos processos de progressão e promoção funcional. O colegiado é composto por seis membros e dois suplentes, escolhidos pelo(a) Reitor(a) entre docentes efetivos e estáveis, com mandato de quatro anos. A presidência é exercida por um professor com titulação de Doutor(a) ou Pós-Doutor(a). Atualmente, a Comissão é presidida pelo Prof. Sammy Sidney Rocha.

O presidente da CPPD destaca que a roda de conversa foi planejada para democratizar o acesso às informações e garantir que os professores compreendam seus direitos e as etapas necessárias para conduzir corretamente seus processos funcionais. Ele ressalta a importância da participação da categoria nesse momento formativo.

“Convidamos todos os docentes da UESPI, da capital e do interior, a participarem da nossa roda de conversa. Será um espaço para esclarecer dúvidas sobre promoção, progressão, mudança de regime de trabalho e as licenças às quais os professores têm direito. Esse momento é fundamental para que cada docente compreenda seus processos e possa conduzir sua carreira de forma segura e informada.”, afirmou o presidente. Ele reforçou ainda que, no dia 17, toda a equipe da CPPD estará disponível para atendimento direto aos docentes.

Durante sua fala, o professor Sammy Sidney também explicou as diferenças entre as licenças mais demandadas pelos docentes. A Licença-Prêmio é um benefício assegurado apenas aos professores que ingressaram na UESPI até o ano de 2001; a partir de 2002, o direito deixou de ser previsto para novas nomeações. Já a Licença Capacitação permanece como direito de todos os docentes efetivos e pode ser requerida a cada quinquênio, permitindo afastamento de até 90 dias para realização de cursos com carga mínima de 120 horas. O presidente alertou que o benefício não é acumulativo, sendo necessário utilizá-lo dentro do período previsto para evitar perda do direito. Ele acrescentou que temas como promoções, progressões e solicitações de alteração de regime de trabalho também serão abordados com profundidade no encontro, garantindo compreensão completa sobre cada tipo de processo.

A iniciativa busca fortalecer a relação entre a CPPD e o corpo docente, promovendo um ambiente de transparência, diálogo e segurança institucional. Ao reunir professores da capital e do interior, a Comissão reafirma seu compromisso com uma gestão participativa e acessível, que prioriza o desenvolvimento profissional e a valorização da carreira docente na UESPI.

A programação inclui atendimento individual no dia 17 de novembro, seguido da roda de conversa no dia 18, das 10h às 12h, com transmissão on-line pelo link: https://meet.google.com/dod-sqoe-eax. A CPPD reforça que a presença dos docentes é fundamental para o fortalecimento das políticas acadêmicas da UESPI e para o aprimoramento contínuo da carreira universitária.

UAPI divulga resultado da análise curricular do seletivo de professores para o curso de Tecnologia em Energias Renováveis

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI), tornoa público o Resultado da Análise Curricular referente ao Processo Seletivo Simplificado para composição do corpo docente do curso Tecnologia em Energias Renováveis, ofertado na modalidade a distância com mediação tecnológica.

O resultado contempla as funções de Professor Formador, Professor Assistente, Professor Orientador e Professor Supervisor, conforme estabelecido no Edital UAPI/NEAD/UESPI Nº 003/2025 – Retificado II. A análise curricular é uma das etapas essenciais do processo seletivo, garantindo a avaliação dos títulos e experiências profissionais dos candidatos inscritos.

Os candidatos podem consultar o resultado completo no portal NEAD Seletivos e página de Editais da UAPI acompanhar as próximas etapas previstas no edital.

Curso de Letras Português de Oeiras promove “IV Literatura e Vida, na Fazenda Bom Jesus dos Passos”

Por Mikael Lopes

O curso de Letras Português da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Prof. Possidônio Queiroz, em Oeiras, realizou, na última quinta-feira (13), a culminância do projeto de extensão “IV Literatura e Vida, na Fazenda Bom Jesus dos Passos: Poesia e Prosa Portuguesa ecoando em Histórias Brasileiras”.
O encontro, realizado na Fazenda da Esperança de Oeiras, é coordenado pela professora Dra. Elimar Barbosa.

Corpo acadêmico e acolhidos da Fazenda da Esperança

Os objetivos do projeto estão interligados – oferecer aos acadêmicos de Letras Português uma oportunidade de exercício da docência e, ao mesmo tempo, favorecer a formação de leitores em um espaço além da sala de aula. Para a professora responsável, a cada edição, as metas estão sendo alcançadas. 

“A experiência tem se mostrado particularmente significativa por criar momentos de interlocução, oferecendo leituras, temas e reflexões que incentivam os acolhidos a dialogarem entre si, fortalecendo vínculos e abrindo horizontes simbólicos de reflexão sobre a vida”, destaca a professora.

Momento de interação entre alunos e acolhidos

A realização de ações como esta aproxima a comunidade da universidade e valoriza movimentos sociais que buscam transformar vidas, como a Fazenda da Esperança, aponta a docente.

“O projeto, realizado por meio de parcerias, contribui para visibilizar e valorizar o trabalho da Fazenda da Esperança, instituição dedicada ao resgate da dignidade humana, tantas vezes ameaçada ou perdida em decorrência da drogadição”, pontua.

O responsável pela Fazenda Bom Jesus dos Passos, Flávio Nogueira, avalia que o desenvolvimento da atividade impactou positivamente os acolhidos, tanto nos saberes quanto no convívio.

“Foi muito produtivo, os acolhidos aprenderam muito. Teve uma interação muito produtiva também, fizeram músicas a respeito dos textos. Fortaleceu, melhorou a convivência, trouxe mais conhecimento, melhorou também até a espiritualidade por meio da leitura dos meninos, na evolução pessoal. Eu vejo também que foi muito edificante e produtivo. O resultado, com certeza, foi bem positivo”, ressalta Flávio.

Para os estudantes que participaram da atividade, o projeto proporcionou um espaço de formação sensível, permitindo reflexões sobre diferentes realidades sociais.

“Pude vivenciar momentos que ultrapassam a teoria e tocam profundamente a prática do cuidado, da escuta e da empatia. Cada atividade, cada conversa e cada partilha me fizeram compreender ainda mais a importância do acolhimento e da presença humana. Voltei para casa transformada, com o coração mais sensível e a mente mais aberta, consciente de que a educação vai muito além da sala de aula”, compartilha a acadêmica Divina Ellen.

O acadêmico de Letras Cícero Júnior, que também esteve presente na fazenda, destaca que o momento mais marcante da culminância foi perceber que os acolhidos estavam desenvolvendo habilidades artísticas a partir das discussões conduzidas.

“O momento mais marcante, para a minha pessoa, foi quando cada um dos recuperandos, a partir da reflexão dos textos trabalhados, conseguiu assimilar e atualizar para as suas vidas e, consequentemente, apresentar excelentes trabalhos artísticos (no campo da escrita, desenho e música) que mesclavam o contato com o literário e a própria experiência adquirida através dos anos”, finalizou o discente.

Produções artísticas

Professor Dr. Paulo Henrique Pinheiro é eleito novo Reitor da Universidade Estadual do Piauí

Por Roger Cunha

Com uma trajetória marcada pela dedicação à ciência, à pesquisa e à defesa de uma universidade pública de qualidade, o professor Dr. Paulo Henrique da Costa Pinheiro foi eleito o novo Reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Docente do curso de Medicina, onde ministra as disciplinas de Parasitologia Humana e Imunologia, e do curso de Enfermagem, na disciplina de Parasitologia Geral, o professor Paulo Henrique representa uma nova fase de fortalecimento institucional e avanço científico para a UESPI, reafirmando o papel da universidade como espaço estratégico para o desenvolvimento humano, social e tecnológico do Piauí.

Gestão 2026–2029: Paulo Henrique Pinheiro lidera novo ciclo de fortalecimento e inovação na UESPI

Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) em 1995, Paulo Henrique iniciou sua trajetória acadêmica motivado pelo desejo de compreender de forma aprofundada os processos biológicos que influenciam a saúde humana e o meio ambiente. Essa inquietação o levou a ampliar sua formação, concluindo uma segunda graduação em Ciências Biológicas, também pela UFPI, em 2005 passo que consolidou sua vocação para a docência e a pesquisa científica.

A busca por novos conhecimentos e pelo rigor metodológico o conduziu à Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde cursou o Mestrado em Microbiologia e Imunologia (2002–2004), na tradicional Escola Paulista de Medicina. Sob orientação da professora Clara Lúcia Barbiéri Mestriner, desenvolveu a pesquisa intitulada “Avaliação das respostas imunes celulares em humanos e cães com leishmaniose visceral induzidas pela cisteína proteinase de Leishmania (Leishmania) chagasi”. O trabalho investigou os mecanismos de defesa imunológica em humanos e animais infectados, contribuindo para a compreensão de respostas celulares associadas à doença. A pesquisa destacou a relevância científica da imunologia aplicada à saúde pública e reforçou o compromisso do pesquisador em produzir conhecimento voltado à melhoria da qualidade de vida das populações afetadas.

Dando continuidade à sua trajetória científica, Paulo Henrique obteve o Doutorado em Microbiologia e Imunologia (2004–2009), também pela UNIFESP, sob orientação da mesma pesquisadora. Sua tese, intitulada “A cisteína proteinase de Leishmania (Leishmania) chagasi (rLdccys1): alvo para o diagnóstico e imunização protetora de cães em uma área endêmica de leishmaniose visceral, Teresina/PI”, aprofundou o estudo sobre os potenciais diagnósticos e imunoprofiláticos da proteína parasitária em regiões afetadas pela doença. O trabalho apresentou resultados inovadores e abriu caminhos para estratégias de controle da leishmaniose visceral, uma das principais endemias do Nordeste brasileiro.

Paulo Henrique e Fábia Buenos Aires vencem a eleição para Reitor e Vice-Reitora da UESPI

Desde 2006, o professor Paulo Henrique integra o quadro efetivo da Universidade Estadual do Piauí, onde vem construindo uma trajetória marcada pela dedicação à docência, à pesquisa e à gestão acadêmica. Ao longo dos anos, contribuiu para a consolidação dos cursos da área biológica e para o fortalecimento dos programas de pesquisa aplicada, atuando em projetos que articulam ciência e responsabilidade social. Reconhecido pela capacidade de liderança e diálogo, o novo Reitor defende uma universidade que une inovação científica, compromisso público e valorização da comunidade acadêmica.

Nascido no interior do Ceará e criado em Campo Maior (PI), o novo Reitor carrega consigo uma história marcada pela superação e pelo exemplo familiar de valorização do estudo. Ao relembrar suas origens, ele destaca o papel fundamental da educação em sua própria formação e como esse legado moldou sua trajetória profissional. “Sou filho de um sertanejo do interior do Ceará, que migrou para Campo Maior e construiu sua base familiar em cima da educação. Talvez por isso eu tenha já 35 anos dedicados à educação do Estado do Piauí, inicialmente na educação básica, depois na educação superior e aqui na UESPI já são, desses 35 anos, 23 dedicados ao ensino e à gestão da nossa universidade”, afirma.

Da sala de aula à Reitoria: uma caminhada marcada por dedicação e serviço público

A relação do Professor Dr. Paulo Henrique com a UESPI começou ainda em 2002, quando ingressou como professor substituto. Desde então, construiu uma trajetória sólida, ocupando cargos de destaque em diferentes gestões e contribuindo de forma decisiva para o crescimento institucional da universidade. Sua experiência abrange desde a docência até funções estratégicas na administração superior, demonstrando uma compreensão profunda dos desafios e potencialidades da instituição.

O novo Reitor eleito lembra com orgulho os diversos momentos dessa caminhada e como cada etapa fortaleceu seu compromisso com a universidade e com o ensino público. “Comecei em 2002 como professor substituto, depois em 2006 como efetivo. Em 2003, tornei-me dedicação exclusiva, e na gestão do professor Nouga Cardoso fui convidado para assumir a direção do CCS. Depois, em 2014, tornei-me pró-Reitor adjunto de Ensino de Graduação, posteriormente, em 2016 e 2017, pró-Reitor de Planejamento e Finanças, e agora, na gestão do professor Evandro, fui pró-Reitor de Ensino de Graduação. A UESPI representa para mim um propósito de vida, de dedicação à educação superior e ao povo do Piauí”.

Essa vivência diversificada fez de Paulo Henrique um profundo conhecedor da estrutura e da missão social da UESPI. Ele reforça que a instituição é um dos maiores patrimônios públicos do Estado, com presença em todas as regiões e forte identificação com o povo piauiense. “A UESPI é uma universidade de altíssima capilaridade no estado e, com certeza, a universidade pública de maior identidade com o povo do Piauí”.

Paulo Henrique e Fábia Buenos Aires vencem a eleição para Reitor e Vice-Reitora da UESPI

A crença na educação como instrumento de transformação

Entre os valores que norteiam sua trajetória profissional, a defesa da educação pública ocupa lugar central. Paulo Henrique acredita que o ensino é uma das ferramentas mais poderosas para a superação das desigualdades e para a construção de uma sociedade mais justa. Sua visão vai além da sala de aula, ele enxerga a educação como um processo emancipador, capaz de ressignificar vidas e oferecer novas perspectivas.

Ao longo de 35 anos de atuação, o novo Reitor acompanhou de perto histórias de transformação pessoal e coletiva proporcionadas pela escola e pela universidade. Essas experiências, segundo ele, são a principal fonte de inspiração para continuar servindo à educação pública.  “O que mais me inspira a trabalhar com a educação pública é a possibilidade que ela tem de transformar vidas. Ao longo desses 35 anos, vi diversas pessoas saírem de situações de extrema vulnerabilidade e alcançarem conquistas grandiosas graças à educação. Ousaria até dizer que vi vidas salvas pela educação”.

O aprendizado que nasce da convivência universitária

A jornada de Paulo Henrique dentro da UESPI também foi marcada por aprendizados humanos e institucionais. A convivência com colegas docentes, técnicos e estudantes reforçou nele o sentimento de pertencimento e o reconhecimento da importância que a universidade tem para o povo piauiense. Ele acredita que a UESPI é um reflexo da própria identidade cultural e social do Estado, construída com o esforço coletivo de gerações.

Para ele, compreender essa ligação entre universidade e sociedade é essencial para conduzir uma gestão sensível às necessidades da comunidade acadêmica e ao papel social da instituição.  “O principal aprendizado que levo é o sentimento de empatia que a sociedade do Piauí tem com a UESPI e o sentimento de unidade em torno de uma instituição que simboliza tanto para o povo desde o final da década de 1980”.

Paulo Henrique e Fábia Buenos Aires vencem a eleição para Reitor e Vice-Reitora da UESPI

A maturidade de uma candidatura construída no diálogo

A chegada de Paulo Henrique à Reitoria representa também o amadurecimento de um projeto pessoal e institucional. Sua candidatura é fruto de anos de dedicação, tentativas e aprendizados. Após duas experiências anteriores, ele conseguiu consolidar um plano de gestão baseado na escuta e na cooperação, reunindo apoios em diferentes segmentos da universidade.

Com serenidade, o novo Reitor eleito relembra essa trajetória e ressalta que o tempo e a vivência trouxeram a maturidade necessária para liderar a UESPI neste novo ciclo. “Já é a terceira vez que tento viabilizar uma candidatura. Em 2017 fui pré-candidato, em 2021 inscrevi uma chapa, mas não conseguimos a homologação. Agora, mais maduro e conhecendo melhor a universidade e as pessoas que a fazem, acredito que temos uma possibilidade concreta de construir uma gestão sólida e participativa”.

Durante todo o processo eleitoral, Paulo Henrique priorizou o diálogo e a construção coletiva de propostas, defendendo a ética e o respeito como valores inegociáveis na condução das relações institucionais. “A mensagem do diálogo como base para o planejamento institucional e para a interlocução com órgãos públicos e privados foi o que norteou toda a nossa caminhada. Também defendemos a ética, a serenidade e o respeito como pilares da nossa atuação”.

Desafios e visão de futuro para a UESPI

Ao assumir o comando da Universidade Estadual do Piauí, Paulo Henrique reconhece os desafios que o aguardam, especialmente em um contexto de transformações tecnológicas e demandas crescentes por qualidade e inovação no ensino superior. Ele reforça o compromisso de liderar uma equipe unida em torno do objetivo comum de fortalecer a universidade como referência em ensino, pesquisa e extensão.

Com olhar voltado para o futuro, ele reafirma o desejo de consolidar a UESPI como a principal universidade pública do Estado, reconhecida pela excelência acadêmica e pelo compromisso social. “O significado maior de liderar a universidade nesse momento é colocar a UESPI no patamar que todos nós sempre desejamos: ser a maior e melhor universidade pública do Piauí. Esse é um compromisso coletivo, construído por gestores, professores, técnicos e estudantes ao longo de quase quatro décadas”.

Para o novo Reitor eleito, a universidade é peça indispensável para o desenvolvimento do Piauí, atuando como agente de transformação científica, cultural e econômica. Ele destaca que a estrutura técnica e humana da instituição deve ser utilizada de forma estratégica pelo Estado. “O Estado do Piauí não pode prescindir da UESPI em nenhum de seus projetos de desenvolvimento. Somos uma universidade com mais de mil professores efetivos, 365 técnicos e mais de 13 mil estudantes. Essa estrutura humana e técnica é um patrimônio público que deve ser colocado a serviço do crescimento do Estado”.

Paulo Henrique e Fábia Buenos Aires vencem a eleição para Reitor e Vice-Reitora da UESPI

Gratidão, esperança e compromisso com o futuro

Com a responsabilidade de conduzir a UESPI pelos próximos quatro anos, o professor Paulo Henrique Pinheiro expressa gratidão aos estudantes, técnicos e docentes que confiaram em seu projeto. Ele reafirma o compromisso de manter uma gestão transparente, participativa e pautada pelo diálogo. “A mensagem que deixo é de otimismo. Tudo aquilo que levamos durante a campanha, as propostas, os compromissos e as mensagens positivas serão colocados em prática com transparência e diálogo”.

Encerrando sua fala com a serenidade de quem acredita na força da esperança e no poder do planejamento coletivo, o novo Reitor cita uma das frases que marcaram sua campanha e que sintetizam sua visão sobre o futuro da universidade. “Como dizia Ariano Suassuna, o otimista é um tolo e o pessimista é um chato. Eu prefiro ser um realista esperançoso. Tenho esperança, com base na realidade, no planejamento e na ética, de que construiremos dias melhores para a nossa universidade.”

Com o início da gestão referente ao quadriênio 2026–2029, o Reitor Professor Dr. Paulo Henrique Pinheiro assume o compromisso de conduzir a Universidade Estadual do Piauí em um novo ciclo de desenvolvimento, marcado pela valorização das pessoas, pela inovação acadêmica e pela consolidação da UESPI como referência em ensino, pesquisa e extensão. Sua proposta de gestão reforça os princípios de diálogo, ética e responsabilidade pública, buscando integrar os diversos campi da instituição e fortalecer o papel social da universidade em todas as regiões do Estado. O novo Reitor eleito reafirma que cada ação do próximo quadriênio será guiada pelo propósito de ampliar oportunidades, promover a excelência acadêmica e garantir que a UESPI continue sendo um patrimônio do povo piauiense e um instrumento de transformação social duradoura.

Alunos de Turismo da UESPI promovem Recreatur com o tema “Brincadeiras Antigas” no Parque Nova Potycabana

Por Raíza Leão

Os alunos do 5º bloco do curso de Bacharelado em Turismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizam, no dia 22 de novembro, das 16h30 às 19h30, o “Recreatur”, animação cultural desenvolvida como prática da disciplina de Animação Turística. O evento, que acontecerá na Quadra Poliesportiva 2 do Parque Nova Potycabana, será exclusivo para estudantes de Turismo da universidade, oferecerá certificação de 4h e contará ainda com um lanche coletivo opcional.

De acordo com o professor Fábio Teixeira, responsável pela disciplina, o Recreatur tem como principal objetivo aproximar teoria e prática no processo formativo dos alunos. “O objetivo do evento é alinhar a prática e a teoria na disciplina de Animação Turística. A ideia surgiu através de vários seminários que fizemos para escolher uma modalidade de animação, e a escolhida foi a recreadora, a recriação alinhada ao turismo”, explica.

Podem participar estudantes de todos os blocos do curso. “Quem pode participar do evento, no momento, são todos os alunos dos blocos de Turismo. Ou seja, contamos com os blocos 2, 3, 5, 6 e o bloco final, que está se formando. Todos os alunos do curso irão participar com a gente, além dos professores”, afirma o docente.

A programação terá como eixo o tema “Brincadeiras Antigas”, buscando resgatar práticas lúdicas tradicionais e incentivar a interação social. “É uma forma de deixar um pouco o meio digital de lado e resgatar essa forma de interagir com as pessoas. Teremos atividades como pega-bandeira, queimada, corrida de sacos, perguntas e respostas. Vai ser um momento de muita interação social e o intuito maior é fazer com que as turmas de Turismo possam interagir entre si e criar laços”, destaca Fábio Teixeira.

O evento contará ainda com um momento especial de zumba conduzido pela professora Joana Darc, que já participou de programa nacional apresentando seu projeto social de balé para comunidades carentes. As inscrições para o Recreatur devem ser feitas pelo formulário.

Para mais informações acesse o instagram @recreatur.uespi

Prof.ª Dr.ª Fábia Buenos Aires é eleita Vice-Reitora da UESPI

Por Roger Cunha 

Com uma trajetória construída entre a pesquisa, a defesa dos direitos humanos, a gestão pública universitária e a dedicação à formação de novas gerações de profissionais, a professora Dr.ª Fábia de Kássia Mendes Viana Buenos Aires foi eleita a nova Vice-Reitora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Sua presença na chapa eleita representa uma fase de consolidação institucional, modernização administrativa e fortalecimento das políticas acadêmicas, reafirmando a UESPI como patrimônio educacional, social e cultural do Estado.

Fábia Buenos Aires: trajetória acadêmica e compromisso público marcam a nova Vice-Reitora da UESPI

Doutora e Mestra em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), pós-graduada em Direito Público, Direito Constitucional e Direito Administrativo, Fábia Buenos Aires é docente efetiva do curso de Direito da UESPI, onde construiu uma carreira marcada pela ética, pelo pensamento crítico e pela atuação interdisciplinar. Com experiência consolidada em áreas como Constitucional, Administrativo, Processual, Ciências Sociais e Políticas Públicas, coordena programas e linhas de pesquisa voltadas aos direitos humanos, mediação de conflitos e justiça restaurativa, campus que se tornaram marcas de sua atuação acadêmica e institucional.

Além da docência e da pesquisa, exerce o cargo de Pró-Reitora de Administração e Recursos Humanos (PRAD), função na qual liderou processos estruturantes, modernização administrativa, revisão de fluxos internos e fortalecimento da governança pública da universidade. Sua trajetória integra o campo jurídico, a pesquisa aplicada e a gestão pública, compondo um perfil técnico e humano que agora chega à Vice-Reitoria.

Uma trajetória orientada pelo serviço público e pela missão de fortalecer a educação superior

A história de Fábia Buenos Aires com o serviço público e com o ensino superior começou muito antes de sua chegada à Universidade Estadual do Piauí. Sua formação acadêmica é marcada por uma busca constante por rigor metodológico, aprofundamento crítico e compromisso social. Bacharel em Direito pela UESPI desde 2004, ainda na graduação desenvolveu pesquisas sobre acesso à Justiça, temática que se tornaria um dos pilares centrais de sua carreira.

Com o Mestrado em Políticas Públicas (2008), analisou os Juizados Especiais como política pública de democratização do acesso à Justiça, pesquisa orientada pelo professor Washington Bonfim, destacando obstáculos, problemas e soluções para a concretização desse direito. No Doutorado (2017), aprofundou o estudo sobre participação social no controle das contas públicas, analisando a atuação da sociedade civil por meio da Ouvidoria do Tribunal de Contas do Estado. Seu trabalho investigou, de maneira inédita no Piauí, os mecanismos institucionais de participação cidadã e controle social, temas que influenciam diretamente sua visão de gestão.

Ao comentar como sua trajetória acadêmica e profissional a conduziu à UESPI, Fábia Buenos Aires contextualiza a relação entre sua formação, seu compromisso público e a escolha pela docência. Segundo ela, essa caminhada é resultado de anos de dedicação a políticas públicas e à gestão universitária. “Sou professora de Direito e servidora pública dedicada à gestão universitária, natural de uma trajetória construída com muito trabalho, estudo e compromisso com o serviço público. Atuar na UESPI foi um passo natural na minha missão de contribuir com a educação superior no estado do Piauí”, afirma.

Fábia Buenos Aires: trajetória acadêmica e compromisso público marcam a nova Vice-Reitora da UESPI

Da sala de aula à gestão universitária

A entrada de Fábia Buenos Aires na UESPI ocorreu inicialmente como docente, experiência que lhe permitiu estabelecer vínculo direto com estudantes, compreender as necessidades formativas dos cursos e fortalecer o compromisso com a instituição. Com o passar dos anos, a professora ampliou sua atuação para a gestão universitária, assumindo responsabilidades cada vez mais complexas.

Sua vivência em áreas como Direito Administrativo, gestão de contratos, processos estruturantes, licitações e governança pública consolidou sua atuação técnica e contribuiu para que se tornasse uma referência dentro da instituição, especialmente em temas relacionados à eficiência administrativa e responsabilidade pública.

Ao relembrar o início dessa caminhada, a nova Vice-Reitora destaca a importância da universidade para seu crescimento humano e profissional. “Minha caminhada na UESPI começou a partir da sala de aula, como docente, e rapidamente se expandiu para a gestão administrativa, onde descobri novas formas de servir à universidade e à sociedade. A UESPI representa para mim um espaço de transformação, tanto pessoal quanto coletiva”, explica.

Para ela, essa expansão de atuação exigiu não apenas técnica, mas sensibilidade, escuta ativa e compreensão do impacto social das políticas universitárias. “Aqui, aprendi que a gestão pública universitária exige, além de técnica, sensibilidade e escuta. A UESPI me ensinou sobre o poder que a educação tem de mudar realidades e me deu a chance de contribuir para isso concretamente”, reforça.

A educação pública como instrumento de justiça social

A atuação de Fábia Buenos Aires é atravessada por um eixo central: a crença na educação pública como ferramenta de transformação social. Essa convicção, construída a partir de anos de pesquisa e experiência com políticas públicas, orienta sua visão de universidade e fundamenta suas ações como gestora.

A professora explica que seu trabalho é movido pela compreensão de que cada decisão administrativa afeta diretamente a vida de estudantes, professores e técnicos.  “A convicção de que a educação pública é uma ferramenta de justiça social. Trabalhar com seriedade para que políticas públicas funcionem, que contratos sejam executados com responsabilidade, que recursos sejam aplicados de forma eficiente, tudo isso impacta diretamente na qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão”, afirma.

Para ela, atuar na gestão universitária significa influenciar a vida cotidiana da comunidade acadêmica, garantindo que a infraestrutura funcione, que os espaços estejam adequados e que os processos sejam eficientes. “Saber que cada processo que gerimos contribui para manter um laboratório funcionando, um campus bem estruturado ou um estudante com acesso ao básico, é o que me move diariamente”, completa.

Fábia Buenos Aires: trajetória acadêmica e compromisso público marcam a nova Vice-Reitora da UESPI

Aprendizados que moldaram uma visão de gestão ética, humana e inclusiva

A trajetória de Fábia Buenos Aires na UESPI também foi marcada por desafios que exigiram resiliência, criatividade e trabalho em equipe. Em um contexto de orçamento limitado, alta demanda e necessidade constante de modernização administrativa, cada avanço foi resultado de esforço coletivo e capacidade de articulação.

Ela destaca que os desafios vividos ao longo dos anos contribuíram para consolidar uma visão de gestão baseada na valorização das pessoas, no diálogo institucional e na construção coletiva. “Os desafios são muitos e não escondo isso. Trabalhar com orçamento restrito, burocracias complexas e uma estrutura que precisa de investimentos constantes exige criatividade, compromisso e, principalmente, trabalho em equipe”, comenta.

Essa experiência fortaleceu nela a convicção de que uma boa gestão é aquela que integra conhecimento técnico e sensibilidade humana. “Aprendi que a boa gestão passa pela valorização das pessoas, pela construção de soluções conjuntas e pela capacidade de ouvir e dialogar. Isso moldou minha visão: uma gestão que seja técnica, sim, mas também humana e inclusiva”, reforça.

Da PRAD à Vice-Reitoria

A decisão de compor a chapa e assumir a Vice-Reitoria é vista por Fábia Buenos Aires como a continuidade natural de um trabalho já desenvolvido com responsabilidade, ética e compromisso institucional. Sua experiência como Pró-Reitora de Administração e Recursos Humanos a aproximou dos fluxos internos, das demandas administrativas e da dinâmica cotidiana que sustenta a universidade.

Com essa bagagem, ela afirma que aceitou o convite movida pelo entendimento de que poderia contribuir de forma ainda mais integrada e estratégica. “Aceitei esse convite com o senso de missão. Compor a chapa é, para mim, a continuação de um trabalho que venho desenvolvendo com responsabilidade, mas agora com um olhar mais ampliado e estratégico sobre a universidade como um todo”, declara.

Fábia Buenos Aires acredita que este é um momento de fortalecer políticas acadêmicas, aprimorar processos e ampliar o diálogo com a comunidade universitária. “Sinto que posso contribuir com uma gestão integrada, ética e comprometida com o futuro da UESPI. E acredito que, ao lado do novo Reitor, podemos aprofundar avanços, corrigir rumos e fortalecer nossa universidade”, pontua.

 UESPI como pilar do desenvolvimento científico, cultural e social do Piauí

A nova Vice-Reitora reconhece que a UESPI é uma das instituições mais estratégicas para o desenvolvimento do Piauí. Em seus diferentes campi, a universidade fomenta oportunidades educacionais, promove cidadania e movimenta a economia local.

Ao projetar os próximos anos, Fábia Buenos Aires apresenta prioridades alinhadas à necessidade de modernização acadêmica e administrativa. “A UESPI é um pilar fundamental para o desenvolvimento do estado. Em cidades onde ela está presente, ela transforma tudo ao seu redor: gera oportunidades, qualifica pessoas, movimenta a economia local e promove cidadania”, observa.

Entre as principais metas, ela destaca valorização das carreiras docente e técnica, expansão da infraestrutura, digitalização de processos e fortalecimento das condições de ensino, pesquisa e extensão. “Para os próximos anos, acredito que nossas prioridades devem estar na valorização da carreira docente e técnica, na modernização da infraestrutura, na digitalização de processos e, sobretudo, na ampliação das condições para que o ensino, a pesquisa e a extensão floresçam com qualidade e equidade”, analisa.

Fábia Buenos Aires: trajetória acadêmica e compromisso público marcam a nova Vice-Reitora da UESPI

Mensagem à comunidade acadêmica: esperança, compromisso e construção coletiva

Ao se dirigir a estudantes, professores e técnicos, Fábia Buenos Aires adota um tom que combina realismo, esperança e responsabilidade institucional. Sua visão de futuro está ancorada na crença de que a universidade é construída coletivamente e que o fortalecimento da UESPI depende do engajamento de toda a comunidade.

De forma serena e firme, ela sintetiza seu compromisso para os próximos quatro anos. “A minha mensagem é de esperança e compromisso. Sabemos das dificuldades, mas também conhecemos o potencial da nossa universidade. Quero ajudar a construir uma UESPI mais forte, mais moderna, mais próxima das pessoas e mais preparada para enfrentar os desafios do presente e do futuro”, afirma.

Por fim, destaca o sonho coletivo que deseja ajudar a concretizar. “Uma universidade onde o estudante encontre acolhimento e oportunidade, onde o professor tenha condições de ensinar e pesquisar com qualidade, e onde os técnicos sejam reconhecidos como fundamentais para que tudo funcione. Esse é o sonho coletivo que espero ajudar a tornar realidade”, conclui.

Com a eleição da Prof.ª Dr.ª Fábia Buenos Aires para a Vice-Reitoria, a Universidade Estadual do Piauí inicia um novo ciclo administrativo que articula experiência acadêmica, visão estratégica e sensibilidade institucional. Sua trajetória polivalente que reúne pesquisa, ensino, gestão e compromisso com os direitos humanos, fortalece a condução da universidade rumo a um modelo mais moderno, participativo e alinhado às demandas da sociedade piauiense.