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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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UESPI e SESC firmam convênio com benefícios para servidores e oportunidades de estágio para estudantes

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) firmou dois convênios com o Serviço Social do Comércio (SESC) para oferecer benefícios exclusivos aos servidores e dependentes da instituição, além de oportunidades de estágio curricular e extracurricular para os alunos da UESPI. A parceria reforça o compromisso das duas entidades em promover o desenvolvimento educacional, cultural e profissional no estado do Piauí.

Assinatura do convênio entre UESPI E SESC

O Reitor da UESPI, Professor Dr. Evandro Alberto, destacou a importância da iniciativa tanto para os servidores quanto para os estudantes, celebrando o fortalecimento da relação com o SESC. Segundo ele, a parceria representa um marco significativo na integração entre as instituições. “Muito importante, estamos animados. Recebemos aqui hoje o presidente do SESC que esteve conosco pactuando duas importantes ações para a Universidade Estadual do Piauí. Primeiro, um convênio para estágio extracurricular e curricular, inserindo os nossos estudantes na estrutura do SESC. Outro é justamente a utilização e acolhimento dos serviços. SESC é uma instituição muito importante para o país e para o estado do Piauí, e nós celebramos esses dois convênios.

O Reitor também ressaltou os benefícios diretos para os servidores e dependentes da FUESPI, que agora poderão usufruir da ampla estrutura do SESC. “A partir de agora, os nossos profissionais e servidores já podem procurar o SESC, fazer a sua carteirinha e utilizar o convênio para obter descontos em diversos serviços oferecidos pelo SESC no estado. É uma parceria muito importante, que traz desenvolvimento e acolhimento”, afirmou.

Assinatura do convênio entre UESPI E SESC

O presidente em exercício do SESC, Denis Cavalcante, reforçou o entusiasmo da instituição em firmar a parceria com a UESPI, destacando o impacto positivo na comunidade acadêmica. “Considerando a importância da Universidade Estadual para a comunidade piauiense, é motivo de orgulho e satisfação para o SESC estar próximo de entidades como essa. Hoje, firmamos duas parcerias: renovamos a parceria de estágios curriculares e extracurriculares e também garantimos que os colaboradores e servidores da UESPI utilizem toda a estrutura do SESC com valores diferenciados na categoria de conveniado”, explicou.

Além dos benefícios diretos para os servidores e seus dependentes, o convênio também promove a inserção dos estudantes da UESPI em estágios remunerados nas unidades do SESC, proporcionando uma formação prática essencial para o mercado de trabalho. Representando a Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX) , a professora Dra. Aline Martins Diolindo Meneses, destacou a relevância dessa iniciativa para os alunos da universidade. “Hoje é um momento muito importante para a comunidade acadêmica uspiana, porque firmamos um convênio com uma instituição de excelência no nosso contexto nacional. Esse convênio contribui para a formação dos nossos alunos, tanto a nível curricular como extracurricular, além de reforçar a política de permanência, já que os estágios remunerados oferecem uma contrapartida financeira para os estudantes”, enfatizou.

A parceria abrange diversas áreas e serviços do SESC no Piauí, com unidades em Teresina, Parnaíba, Luís Correia, Floriano, Oeiras e Picos. Os servidores e estudantes interessados podem procurar as unidades para obter mais informações e aderir aos benefícios, ampliando as oportunidades de desenvolvimento acadêmico, profissional e cultural.

Solenidade de posse dos Diretores e Vice-Diretores dos Campi e Centros da UESPI marca novo ciclo de gestão

Roger Cunha 

Na manhã desta quinta-feira, dia 16 de janeiro, o auditório do Palácio Pirajá, em Teresina, foi palco de um momento solene que reafirma o compromisso da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) com a educação e a excelência acadêmica. A solenidade de posse dos Diretores e Vice-Diretores dos campi e centros da instituição reuniu a administração superior, os empossados, membros da comunidade acadêmica e convidados.

Posse dos Diretores e Vice-Diretores dos Campi e Centros da UESPI

O Reitor da UESPI, professor Dr. Evandro Alberto, destacou a importância desse momento para a universidade. “Vocês têm uma grande missão e são fundamentais nesse processo de gestão da universidade. Somos gestão e trabalhamos pela e para a universidade e a comunidade uespiana. Uns irão dar continuidade aos trabalhos que vinham sendo feitos, outros irão promover novos projetos, mas juntos vamos em busca de destacar a UESPI como instituição de ensino superior fundamental para o Estado”, afirmou.

O Reitor também enfatizou o alinhamento com o governo estadual e a busca por recursos junto a parlamentares, destacando a maior captação financeira da história da UESPI. “Estamos modernizando, melhorando a estrutura e humanizando o ambiente universitário. É uma missão que consagra cada um dos diretores e diretoras naquilo que têm de melhor: gerir a universidade de forma eficiente e humana”.

Posse dos Diretores e Vice-Diretores dos Campi e Centros da UESPI

O Vice-Reitor da UESPI, professor Dr. Jesus Abreu, também expressou entusiasmo com a cerimônia e destacou a união em prol da instituição. “Este é um momento de acolhimento dos novos diretores, dos eleitos, reempossados e dos que assumiram esse compromisso conosco. Nós, da administração superior, estamos de braços abertos, numa corrente positiva pela UESPI”.

Profa. Rosa Mamede, nova diretora do campus de Piripiri, destacou a alegria e o desafio de assumir a nova função. “É um desafio, mas é com grande alegria que estou assumindo esse cargo. Espero contribuir para que o nosso campus continue a crescer”.

Posse dos Diretores e Vice-Diretores dos Campi e Centros da UESPI

Profa. Artemária Coelho de Andrade, diretora reeleita do Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU), ressaltou o compromisso com a evolução da unidade. “É emocionante ver todos unidos pelo mesmo propósito de fazer a UESPI crescer. No CTU, enfrentamos uma luta incansável e, com fé, acreditamos numa grande guinada. Temos a promessa de um prédio novo, cuja licitação deve acontecer ainda neste semestre. Seguiremos trabalhando com a equipe, alunos, professores e técnicos”.

O prof. Alcir Rocha dos Santos, do campus de Corrente e que também foi reconduzido ao cargo, reafirmou seu compromisso com a continuidade dos trabalhos. “É uma sensação muito boa dar continuidade a um trabalho bem recebido pela comunidade acadêmica, sempre contando com o apoio da administração superior. Serão mais quatro anos de esforço para que o campus continue crescendo”.

Posse dos Diretores e Vice-Diretores dos Campi e Centros da UESPI

A profa. Valdirene Gomes de Sousa, diretora do Centro de Ciências da Educação, Comunicação e Artes (CCECA), também falou sobre o significado de sua recondução ao cargo. “É um momento de muita alegria, mas também de reafirmar o compromisso. Sabemos que é sempre um trabalho desafiador mais seguimos com dedicação para atender às necessidades da nossa comunidade acadêmica”.

Posse dos Diretores e Vice-Diretores dos Campi e Centros da UESPI

Logo após a posse, os diretores tiveram um momento de conhecer algumas pró-reitorias e diretores que fazem parte da instituição. Esse encontro foi essencial para fortalecer os laços institucionais e promover uma integração entre as diferentes áreas da UESPI, garantindo maior sinergia nas ações e projetos futuros. O contato direto com os representantes da administração superior  vem permitir e alinhar expectativas e reforçar o compromisso com os objetivos estratégicos da universidade.

Posse dos Diretores e Vice-Diretores dos Campi e Centros da UESPI

A solenidade simboliza o início de uma nova etapa para a UESPI, fortalecendo o compromisso com a formação acadêmica de qualidade e o desenvolvimento regional. Os diretores e vice-diretores empossados assumem a responsabilidade de conduzir suas unidades com dedicação, empenho e inovação, consolidando a UESPI como uma referência no ensino superior.

Confira mais fotos das solenidades em: https://drive.google.com/drive/folders/15Sp64wXYxQ1n9eJ1LTC20tk64OhuLqg3?usp=sharing

“Reconhecemos os esforços dos diretores que participaram desta gestão”

Por Roger Cunha 

Na manhã desta quarta-feira, 15 de janeiro, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou uma solenidade para agradecer aos gestores que encerraram suas atividades em diferentes diretorias das unidades universitárias. O evento aconteceu no auditório do Palácio Pirajá e reuniu representantes da comunidade acadêmica. O objetivo foi destacar as contribuições dos gestores e criar um espaço para que compartilhassem suas experiências à frente das diretorias. Durante o evento, foi discutido os avanços alcançados em suas gestões e as perspectivas para o futuro da universidade.

Solenidade para agradecer aos gestores que encerraram suas atividades em diferentes diretorias.

O Reitor da UESPI, Prof Dr. Evandro Alberto, destacou a relevância do trabalho coletivo no fortalecimento da instituição. “Reconhecemos os esforços dos diretores que participaram desta gestão. Cada um contribuiu para o avanço da universidade, deixando sua marca. Nosso desejo é que os novos gestores continuem esse trabalho, pensando sempre na universidade e na sua transformação para melhor atender aos estudantes”.

O Vice-Reitor, Professor Dr. Jesus Abreu, abordou o significado do evento para a comunidade acadêmica. “Manifestamos nossa gratidão aos diretores que estão concluindo suas gestões e reconhecimento pelos desafios superados e resultados obtidos. A contribuição de cada um foi essencial para o progresso da universidade”.

Solenidade para agradecer aos gestores que encerraram suas atividades.

O professor Mike Melo, ex-diretor do campus de Piripiri, avaliou os resultados de sua gestão. “Foram oito anos de trabalho em que conseguimos melhorias na infraestrutura, ampliação do corpo docente e fortalecimento da pesquisa e da extensão. Esperamos que a nova gestão continue com essa dedicação, ouvindo as demandas de todas as classes”.

A professora Fernanda Raquel, representando o campus de Uruçuí, abordou a importância do reconhecimento institucional aos gestores. “A entrega dos certificados reflete o trabalho desenvolvido ao longo dos anos. É importante que esse tipo de homenagem seja contínuo, valorizando as trajetórias dentro da UESPI”.

Solenidade para agradecer aos gestores que encerraram suas atividades. Na foto, a Diretora da Facime, profa. Fabiana

O professor Luiz Gonzaga, ex-diretor do Centro de Ciências Agrárias (CCA), descreveu os avanços obtidos em sua gestão. “Durante nossa atuação, realizamos melhorias como a construção de uma sede administrativa e a modernização dos campos experimentais. Essas ações permitiram avanços nos cursos e beneficiaram a comunidade acadêmica”.

A solenidade marcou um momento de transição e reflexão, destacando as realizações dos gestores e estabelecendo perspectivas para os novos desafios que a universidade enfrentará.

Solenidade para agradecer aos gestores que encerraram suas atividades.

Para assistir à cerimônia na íntegra, acesse o canal da UESPI no YouTube através do link: https://www.youtube.com/watch?v=dRJgzdLFbEQ.

UESPI vai realizar solenidades de agradecimento e posse de diretores

Por Roger Cunha 

Nos dias 15 e 16 de janeiro de 2025, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) vai realizar duas solenidades no auditório do Palácio Pirajá, a partir das 8 horas da manhã. Os eventos marcam a transição de gestão, com homenagens aos gestores que encerram seus mandatos e a posse dos diretores eleitos e reeleitos.

Palácio Pirajá – UESPI / Foto: Roger Cunha (ASCOM)

No dia 15, será promovida uma solenidade de agradecimento aos gestores que encerraram suas atividades em diferentes diretorias. Entre os homenageados estará o professor Mike Melo, reconhecido por sua atuação no período. A programação do dia inclui uma recepção na reitoria,  às 8h, e a abertura oficial às 9h. Durante a cerimônia, os gestores terão espaço para compartilhar suas experiências e contribuições.

Programação – 15 de janeiro:

  • 8h às 8h45: recepção na reitoria
  • 9h: Início da solenidade
  • 10h: Fala dos gestores que atuaram na UESPI
  • 12h: Encerramento

No dia 16, será realizada a cerimônia de posse dos diretores para o novo período administrativo. O evento contará com interações com Pró-Reitorias e setores estratégicos da universidade, além de pronunciamentos do reitor e do vice-reitor.

Programação – 16 de janeiro:

  • 8h às 8h45: recepção na reitoria
  • 9h: Início da solenidade de posse
  • 10h: Pronunciamento do Reitor e Vice-reitor
  • 10h30: Momento com a PROPLAN (Pró-Reitoria de Planejamento)
  • 11h30: Momento com a Auditoria UESPI
  • 12h30: Momento com a PRAD (Pró-Reitoria de Administração)
  • 13h30: Encerramento

Ambas as solenidades serão transmitidas ao vivo pelo canal oficial da UESPI no YouTube: www.youtube.com/@UESPIoficial.

A comunidade acadêmica e a sociedade em geral estão convidadas a prestigiar esses momentos importantes, que reforçam o compromisso da UESPI com a gestão participativa, a valorização de seus gestores e a continuidade administrativa.

 

I Seminário Científico do CCHL promove debate e valorização das ciências humanas e letras na UESPI

Por Roger Cunha 

O curso de Licenciatura em Letras Espanhol da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Poeta Torquato Neto, realizou o I Seminário Científico do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL). O evento reuniu alunos, professores e a comunidade acadêmica para apresentações e discussões sobre pesquisas na área de ciências humanas e letras.

Professor Demócrito de Oliveira Lins, coordenador do curso de Letras Espanhol.

O seminário teve como objetivo principal fomentar a divulgação das pesquisas realizadas no campo das ciências humanas, ampliando seu alcance para além da comunidade acadêmica. Durante o evento, estudantes do curso de Letras Espanhol apresentaram trabalhos científicos, demonstrando a relevância das áreas de letras e ciências humanas para o desenvolvimento crítico e científico da sociedade.

O Seminário nasceu da necessidade de ampliar a divulgação das pesquisas realizadas nessas áreas. Segundo o professor Demócrito de Oliveira Lins, coordenador do curso de Letras Espanhol e membro da comissão organizadora, o evento foi pensado para romper barreiras e preconceitos relacionados às ciências humanas. O que motivou esse seminário foi a percepção de que as pesquisas na nossa área têm pouca visibilidade. O objetivo é levar nossas produções além do ambiente acadêmico, mostrando para a sociedade que as ciências humanas têm muito a contribuir para o pensamento crítico e o desenvolvimento social”.

Participação dos alunos, professores e membros da comunidade acadêmica

O professor Demócrito destacou, ainda, a importância do seminário para enfrentar preconceitos que ainda persistem sobre a legitimidade científica das ciências humanas. “Muitas vezes, a ideia de ciência está associada apenas a laboratórios, microscópios e experimentos físicos. Nosso evento quer deixar claro que as ciências humanas também são ciência, com métodos próprios e impactos significativos na sociedade. Essa é uma oportunidade de mostrar a relevância do nosso trabalho”.

O evento também buscou reforçar o papel essencial da criticidade, característica central das ciências humanas. Para o professor, isso é particularmente relevante no cenário atual. “Vivemos um momento em que a criticidade, uma das marcas das ciências humanas, vem sendo cada vez mais desvalorizada. Esse seminário é um passo importante para reafirmar a importância dessa capacidade de análise, interpretação e reflexão, que é indispensável para qualquer sociedade democrática”.

Aluna apresentando pesquisa no campo das ciências humanas e letras

A aluna Kathleen Costa, veterana do curso de Letras Espanhol, ressaltou a importância do evento para a formação acadêmica dos alunos, especialmente para aqueles que estão iniciando sua trajetória na universidade. “É fundamental para os alunos perceberem que o curso de espanhol não está voltado apenas para a educação, mas também para a pesquisa acadêmica. O seminário é uma oportunidade para mostrar que o nosso curso tem relevância científica, contribuindo para a internacionalização e o fortalecimento das ciências humanas”.

O Seminário é uma iniciativa que vai além de um simples encontro acadêmico. Ele reafirma a relevância das ciências humanas no cenário científico e cultural e incentiva o desenvolvimento de projetos que impactam tanto a academia quanto a sociedade. Eventos como esse são essenciais para mostrar que a produção científica não está restrita às áreas tecnológicas e biológicas, mas que também abrange, de forma significativa, o campo das letras e das ciências humanas. O I Seminário Científico do CCHL é um marco na valorização do pensamento crítico e no reconhecimento da importância científica das ciências humanas, contribuindo para uma sociedade mais reflexiva e integrada.

UESPI abre 1.550 vagas gratuitas para cursos de Licenciatura a distância

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Núcleo de Educação a Distância (NEAD) e em parceria com o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), lançou o Edital NEAD/UESPI/UAB Nº 001/2025, que regulamenta o processo seletivo para ingresso nos cursos de licenciatura na modalidade a distância.

São ofertadas 1.550 vagas distribuídas entre os cursos de Pedagogia, Letras (Português, Inglês e Espanhol), História e Matemática, em 26 polos presenciais espalhados por todo o estado do Piauí.

O Reitor da UESPI, Professor Dr. Evandro Alberto de Sousa, celebrou a iniciativa como uma importante ação para democratizar o ensino superior no estado. “Este edital reafirma o compromisso da UESPI com a ampliação da educação de qualidade em todas as regiões do Piauí. São mais de 1.500 vagas gratuitas e com uma proposta de formação sólida. Além disso, já estamos planejando dobrar essa oferta nos próximos editais, ampliando ainda mais o alcance da nossa universidade”.

Lançamento do Edital NEAD/UESPI/UAB Nº 001/2025 / Foto: Roger Cunha – ASCOM UESPI

As inscrições para o processo seletivo acontecem de 10 a 30 de janeiro de 2025 e devem ser feitas exclusivamente online pelo site nucepe.uespi.br. Para participar, os candidatos deverão realizar uma prova de redação em Língua Portuguesa, que será aplicada no dia 16 de março de 2025. O início das aulas está previsto para abril.

A inclusão social também é um destaque do edital: 50% das vagas são reservadas para o sistema de cotas, garantindo oportunidades para grupos historicamente desfavorecidos. O Vice-Reitor, Professor Dr. Jesus Abreu, destacou a relevância dessa política: “O acesso ao ensino superior transforma vidas e fortalece comunidades. Hoje, ampliamos não só o número de vagas, mas também a diversidade dos cursos ofertados, que incluem áreas como História, Matemática e Letras. Esse é um passo importante para reduzir desigualdades e oferecer novas perspectivas de futuro para milhares de piauienses”.

O vice-reitor destacou o edital com tantas vagas

A Diretora do NEAD, Professora Dra. Nayana Pinheiro, reforçou o compromisso com a qualidade dos cursos. “Estamos muito felizes com o lançamento deste edital. Nossa expectativa é formar novos profissionais com a excelência que a UESPI já consolidou. Para isso, utilizamos a plataforma Moodle, que é moderna e eficiente, garantindo que nossos alunos tenham acesso ao melhor conteúdo e suporte pedagógico”.

A Diretora do NEAD agradeceu a todos e todas que trabalharam para o lançamento do edital

Além disso, Nayana Pinheiro destacou o impacto positivo do NEAD ao alcançar diferentes comunidades do estado. “A educação a distância é uma ferramenta poderosa de inclusão. Ela permite que pessoas em regiões distantes tenham acesso ao ensino superior público e de qualidade, algo que é fundamental para promover desenvolvimento e transformação social”.

A parceria entre a UESPI e a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) foi apontada como estratégica para atender às demandas do estado. A superintendente de Gestão da Educação Básica e Superior da SEDUC, Viviane Carvalhedo, enfatizou a importância do edital. “O Piauí é um dos poucos estados que oferecem ensino superior público em todos os municípios. Este vestibular chega em um momento crucial, pois há uma carência de professores em áreas específicas. A oferta de cursos como Pedagogia, Matemática e Letras é essencial para suprir essa demanda e melhorar os indicadores educacionais do nosso estado”. Viviane Carvalhedo também destacou o impacto social da iniciativa. “Cada vaga preenchida representa uma oportunidade de transformar vidas, não apenas para os alunos, mas também para suas famílias e comunidades. A escolaridade é um dos pilares para o aumento do IDH, e essa ação é um grande passo nesse sentido”. 

O edital não apenas oferece oportunidades educacionais, mas também reflete o compromisso da UESPI com o desenvolvimento social e econômico do Piauí. Ao longo dos anos, a universidade tem se consolidado como uma referência em educação a distância, promovendo inclusão, inovação e qualidade.

O Reitor da UESPI afirmou que o trabalho, agora, é aumentar o número de vagas

Para o Reitor Dr. Evandro Alberto, a ampliação da oferta é apenas o começo de um projeto ainda mais ambicioso. “Estamos investindo em um modelo de ensino que leva o nome da UESPI para todos os cantos do Piauí. E essa expansão só será possível graças à dedicação de nossa equipe e ao apoio da Seduc. Nossa meta é garantir que todos os piauienses tenham acesso ao ensino superior e possam, a partir disso, construir um futuro melhor para si e para suas comunidades”.

Para mais informações sobre o edital e detalhes do processo seletivo, assista à live do lançamento do edital disponível no canal oficial da UESPI no YouTube. Confira o vídeo no link: https://www.youtube.com/watch?v=riYe1A1qvwI.

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Professora da UESPI lança livro sobre inclusão social de surdos em comunidade rural no Piauí

Por Roger Cunha

Em uma pequena comunidade rural do Piauí, a inclusão social e a diversidade linguística ganham destaque por meio da obra “Inclusão Social de Surdos Plurilíngues no Povoado Várzea Queimada/PI”, da Professora Doutora Telma Franco, docente do Curso de Pedagogia no Campus Heróis do Jenipapo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). O livro, fruto de uma ampla pesquisa, aborda as especificidades de uma realidade marcada por práticas plurilíngues e iniciativas inclusivas em um dos cenários mais desafiadores do semiárido piauiense.

Obra “Inclusão Social de Surdos Plurilíngues no Povoado Várzea Queimada/PI”

A obra revela a dinâmica singular do povoado de Várzea Queimada, no qual ouvintes e surdos interagem de forma criativa e solidária, utilizando diferentes formas de comunicação, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a Cena (língua de sinais nativa da comunidade) e o português. Apesar das adversidades estruturais, a comunidade se destaca pela inclusão efetiva, promovendo a participação dos surdos em diversas esferas sociais.

Segundo a autora, o ponto de partida da pesquisa foi o interesse em compreender como se dava a inclusão escolar dos surdos na comunidade. “Fiquei curiosa ao saber que eles tinham uma língua própria, a Cena, e imaginei que talvez essa língua não fosse utilizada como primeira língua na escola. Ao iniciar a coleta de dados, percebi que o cenário era ainda mais complexo, o que ampliou o escopo do estudo para a inclusão social como um todo”, destaca a professora Telma.

Durante o desenvolvimento da pesquisa, os desafios foram inúmeros, principalmente relacionados à comunicação. “Trabalhar com duas línguas de sinais e o português foi desafiador. Tivemos que contar com intérpretes fluentes em Libras e na Cena, além de enfrentar dificuldades na transcrição de depoimentos devido à falta de equivalência de sinais”, explica.

Outro obstáculo enfrentado foi a interação com alguns membros da comunidade que, mesmo familiarizados com a Cena, apresentavam níveis variados de fluência. A falta de domínio da Libras pelos professores locais e a ausência de uma abordagem pedagógica adaptada também chamaram a atenção da pesquisadora.

Entre as principais descobertas, Telma Franco destaca o papel central da Sena na vida dos surdos de Várzea Queimada. “O que mais me surpreendeu foi perceber que, mesmo os ouvintes que afirmam não dominar a Cena, conseguem se comunicar razoavelmente bem com os surdos. Essa interação reforça a solidariedade comunitária”, comenta. No entanto, a falta de progresso escolar entre os surdos mais antigos, devido à ausência de recursos linguísticos adequados, revelou a necessidade urgente de ações inclusivas no campo educacional.

Capa da obra “Inclusão Social de Surdos Plurilíngues no Povoado Várzea Queimada/PI”.

O livro surge como uma importante ferramenta para fomentar discussões sobre inclusão social. “Minha intenção é atrair o olhar para a situação real dos surdos. É preciso ouvir suas expectativas e sugestões para melhorar a qualidade da educação e promover sua cidadania de forma plena. Espero que a obra sirva de referência para repensar a inclusão em outros contextos similares.”

A autora espera que o livro desperte debates sobre inclusão e inspire ações mais efetivas. “A intenção é dar visibilidade às histórias dos surdos de Várzea Queimada e de outras comunidades semelhantes. Precisamos ouvi-los, entender suas expectativas e construir uma sociedade que realmente os inclua como cidadãos plenos”, reflete Telma.

A obra traz não apenas uma reflexão sobre inclusão, mas também um chamado para que comunidades, escolas e políticas públicas olhem com mais atenção para as necessidades reais dos surdos. O livro serve como referência para educadores, pesquisadores e gestores que desejam promover uma inclusão social efetiva, ancorada no respeito às diferenças e no protagonismo dos sujeitos.

UESPI avança com investimentos de R$ 75 milhões nos Campi

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) segue avançando com um amplo pacote de obras que visa transformar a infraestrutura de seus campi em todo o estado.

No Campus Torquato Neto, em Teresina, os investimentos já somam cerca de R$ 40 milhões, dentro de um montante total de R$ 75 milhões destinados à modernização de toda a universidade.

Canteiro de obras na UESPI / Foto: Roger Cunha – ASCOM UESPI

Thalita Souza, Diretora do Departamento de Engenharia e Arquitetura (DENG), responsável pela elaboração dos projetos e acompanhamento das obras, destacou o compromisso com a revitalização do campus. “Temos um projeto ambicioso para resgatar e modernizar toda a infraestrutura do Torquato Neto. São reformas e construções que garantem mais conforto, segurança e acessibilidade para toda a comunidade acadêmica”, afirmou.

Entre as obras mais significativas no campus, estão:

– Construção de seis blocos de salas de aula, com investimento de R$ 23,2 milhões. Segundo Thalita, as entregas ocorrerão de forma escalonada: “Serão entregues dois blocos já no primeiro trimestre de 2025, outros dois blocos em 2026 e, por fim, mais dois blocos no final do mesmo ano, totalizando seis blocos de salas de aula, divididos em centros integrados de ensino”.

– Construção da nova biblioteca, atualmente em andamento, com orçamento de R$ 1,5 milhão. “A biblioteca é uma estrutura essencial para o desenvolvimento acadêmico, e a obra está avançando conforme o planejado”, destacou a diretora.

– Reformas emergenciais nos setores 21, 18 e 19, que somam R$ 1,1 milhão, já concluídas. “Esses espaços passaram por revitalização completa, garantindo salas de aula mais modernas e adequadas às necessidades dos alunos e professores”, explicou Thalita.

– Reforma da cobertura da quadra poliesportiva, entregue recentemente, com um investimento de R$ 85 mil.

 – Manutenção e reforma dos setores 15 e 17, com obras finalizadas no valor de R$ 558 mil.

– Subestação elétrica, executada no valor de R$ 98 mil, garantindo melhorias na infraestrutura energética do campus.

  • Canteiro de obras na UESPI / Foto: Roger Cunha – ASCOM UESPI

Além das obras já entregues e em andamento, Thalita mencionou o projeto de reforma da sala de leitura, que está atualmente em fase de licitação junto à Secretaria de Infraestrutura do Estado. O valor previsto para a obra é de R$ 613 mil. Ela também destacou o andamento do projeto de acessibilidade e combate a incêndio, que faz parte das exigências para garantir a segurança e adequação do campus às normas técnicas.

“Nosso foco não é apenas modernizar, mas garantir que todos os projetos sigam padrões de acessibilidade e segurança. Queremos que todos os usuários do campus, sejam alunos, professores ou servidores, tenham espaços que promovam inclusão e conforto”, ressaltou Thalita.

A diretora reforçou ainda a importância dos investimentos na estrutura do Torquato Neto: “Esse campus é o coração da UESPI. Por isso, o volume de obras aqui é tão significativo, mas vale lembrar que os investimentos estão se estendendo a todos os campi da universidade no estado”.

Canteiro de obras na UESPI – Campus Clóvis Moura.

Além das reformas já mencionadas, Thalita Souza informou que novas obras estão em planejamento e devem começar em 2025. “Nosso objetivo é reformar todos os blocos do Campus Torquato Neto. Já temos projetos prontos, e a previsão é que as novas obras sejam iniciadas no próximo ano, seguindo um cronograma que prioriza a melhoria contínua da infraestrutura universitária”, detalhou.

Ela também destacou o impacto positivo dessas obras para a rotina acadêmica: “As intervenções no Torquato Neto são apenas uma parte do esforço para transformar a UESPI. Com esses investimentos, os alunos terão salas de aula mais modernas, laboratórios adequados e estruturas que incentivam um ensino de qualidade”.

As entregas do Centro Integrado de ensino, composto pelos novos blocos de salas de aula, seguirão o seguinte cronograma:

  • Primeiro trimestre de 2025: Entrega dos dois primeiros blocos.
  • 2026: Entrega de mais dois blocos no meio do ano e os dois blocos finais até novembro de 2026.

“A divisão das entregas por etapas é uma estratégia para garantir que os novos espaços possam ser utilizados o mais rapidamente possível. Queremos atender as demandas crescentes de nossos estudantes e professores com agilidade”, explicou Thalita.

Thalita Souza ressaltou ainda que o pacote de modernização abrange todos os campi da UESPI, como as obras em Parnaíba, Floriano, Picos, Uruçuí, Bom Jesus e outros polos do estado. “Esses investimentos refletem o compromisso do Governo do Estado com a educação superior. São melhorias estruturais que impactam diretamente a qualidade do ensino oferecido pela UESPI e o bem-estar da comunidade acadêmica”, finalizou a diretora do DENG.

Canteiro de obras na UESPI / Foto: Roger Cunha – ASCOM UESPI

Segundo o Reitor, Professor Doutor Evandro Alberto, essas ações visam proporcionar uma infraestrutura moderna e equipada, atendendo às demandas da comunidade acadêmica e melhorando o ambiente de ensino. “Estamos vivendo uma verdadeira revolução na infraestrutura da UESPI. Com obras que você pode tocar e ver, estamos transformando a universidade em um grande canteiro de obras”, destacou.

No campus Poeta Torquato Neto, em Teresina, a universidade já entregou reformas em vários blocos, incluindo melhorias em climatização e infraestrutura. “Reformamos vários blocos no Poeta Torquato Neto, melhorando toda a infraestrutura, com climatização e modernização, para entregarmos ambientes melhores à comunidade acadêmica”, disse o Reitor.

Além disso, dois novos prédios estão em fase de conclusão, com previsão de entrega entre fevereiro e março de 2025. Outras quatro novas edificações estão programadas: duas para 2025 e duas para 2026, totalizando seis novos prédios equipados com recursos modernos, como ar-condicionado e projetores instalados. “Essas novas estruturas permitirão que os estudantes e professores tenham espaços adequados para ensino e pesquisa, algo que era muito necessário”, afirmou.

Já no Centro de Tecnologia e Urbanismo – CTU, próximo ao Torquato Neto, um novo bloco de salas de aula será entregue no início de 2025, acompanhado de uma ampla reforma prevista para os próximos meses. 

Canteiro de obras na UESPI – Campus Clóvis Moura

No campus Clóvis Moura, as obras incluem a ampliação e reforma da biblioteca e a construção de um bloco de salas de aula com banheiros integrados. “Estamos reformando e ampliando a biblioteca para atender melhor os nossos alunos, além de construir um novo bloco de salas de aula que contará com bateria de banheiros, garantindo conforto e funcionalidade”, explicou o reitor.

No interior do estado, o avanço é igualmente notável. No campus de Bom Jesus, uma grande reforma está em fase de finalização, com entrega programada para 2025. O prédio será completamente climatizado e contará com projetores instalados. “Estamos investindo na modernização do campus, que contará com toda a estrutura necessária para oferecer um ensino de qualidade”, afirmou o Prof. Evandro Alberto. Em Uruçuí, a construção e a reforma já estão em andamento, enquanto em Corrente a obra será iniciada após assinatura do contrato prevista para janeiro de 2025. “Já homologamos a licitação de Corrente e estamos aguardando apenas a assinatura para dar início à execução da obra”, detalhou.

Canteiro de obras na UESPI / Foto: Roger Cunha – ASCOM UESPI

O campus de Floriano está recebendo melhorias, enquanto o de Oeiras já recebeu novos equipamentos. Em São Raimundo Nonato, o projeto para novas construções será licitado em 2025, mas reformas iniciais no valor de R$ 500 mil já foram realizadas. “Estamos trabalhando para garantir que todos os nossos campi recebam as melhorias necessárias, sempre priorizando as demandas mais urgentes de cada unidade”, destacou o reitor.

A UESPI também está investindo no campus central de Parnaíba, onde, em parceria com o governo federal, está sendo construído o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). O investimento, avaliado em R$ 5,5 milhões, prevê uma grande reforma nas três unidades do campus. “Esse é um projeto importante, que vai beneficiar tanto a comunidade acadêmica quanto a população, oferecendo um serviço especializado em odontologia”, explicou. Além disso, estão previstas licitações para reformas nos campi de Piripiri e Campo Maior em 2025.

Canteiro de obras na UESPI / Foto: Roger Cunha – ASCOM UESPI

O reitor destacou ainda o planejamento para a conclusão da biblioteca central, uma antiga demanda da comunidade acadêmica, com previsão de entrega em 2025. “A biblioteca é um sonho antigo, e estamos trabalhando para que ela seja uma realidade no próximo ano, oferecendo um espaço moderno e funcional para nossos estudantes e professores”, afirmou.

“Trabalhamos alinhados com o governo do estado para entregar ambientes modernos e equipados que atendam às necessidades da sociedade”, enfatizou o reitor. Essa transformação é resultado do esforço coletivo de professores, técnicos, colaboradores e gestores, que têm se dedicado à implementação dessas mudanças. “Estamos proporcionando não apenas melhorias físicas, mas um salto na qualidade do ensino e da formação dos nossos estudantes. Essa evolução reflete nosso compromisso em oferecer uma universidade mais preparada para enfrentar os desafios do futuro”, concluiu.

Alunos do curso de Educação Física da UESPI apresentam conhecimentos em mostra acadêmica

Por Roger Cunha 

  1. A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Poeta Torquato Neto, foi palco de mais uma edição da Mostra de Trabalhos e Atividades Curriculares do curso de Educação Física, envolvendo alunos dos 1º, 2°, 3º, 4º e 5º períodos. O evento, realizado sob a orientação das professoras Patrícia Uchôa e Yula Menezes, faz parte de um programa que ocorre ao final de cada semestre, com o objetivo de socializar e integrar os conhecimentos adquiridos ao longo das disciplinas.

Mostra de trabalhos e atividades curriculares do curso de educação física do campus Poeta Torquato Neto

Para a professora Patrícia Uchôa, a mostra é um momento significativo não apenas para os alunos, mas também para o curso como um todo. “Esse projeto de extensão acontece todo o período, no final de cada semestre. É um momento especial onde os alunos compartilham os conhecimentos adquiridos durante as disciplinas e apresentam trabalhos, socializando esse aprendizado. É uma forma de integração, onde os blocos estão unidos, os alunos escutam as outras apresentações e aprendem mais, compartilhando conhecimento e fortalecendo a vivência acadêmica”, destacou.

A professora Yula Menezes reforçou a importância do programa, que está em funcionamento desde 2017. “O objetivo principal é integrar e socializar os conhecimentos adquiridos durante o período. É também uma oportunidade de confraternização acadêmica, onde os professores têm a chance de ver como seus alunos crescem e se desenvolvem para que essa prática se torne parte do futuro profissional de cada um.”

Mostra de Trabalhos e Atividades Curriculares do curso de Educação Física

Os alunos participantes destacaram como a mostra contribui para sua formação acadêmica e profissional. Matheus Bacelar, do 1º período, ressaltou a relevância da atividade para sua trajetória profissional. “Essa mostra nos permite refletir sobre o que aprendemos e compartilhar com o público. Por exemplo, no meu trabalho, abordamos o desenvolvimento humano desde o período intrauterino até a velhice, explorando os domínios motores, físicos, cognitivos e psicossociais, mostrando a complexidade do ser humano.”

Mostra de Trabalhos e Atividades Curriculares do curso de Educação Física

Já Raíssa Quixapa, também do curso de Educação Física, enfatizou a troca de conhecimentos como um dos aspectos mais importantes. “Futuramente, isso servirá como bagagem sociocultural para todos. Apresentamos as fases do crescimento e desenvolvimento humano e como a estimulação da atividade física é importante desde cedo. Além disso, desmistificamos o estereótipo de que Educação Física é apenas ‘jogar bola’, mostrando a profundidade dessa área.”

Klaivert Janielson, do 3º período, reforçou a importância da mostra como uma oportunidade para aprofundar os conhecimentos técnicos. “Na minha opinião, essa mostra nos permite aprofundar os estudos na área da cinesiologia, como questões de eixo e alavanca. Isso nos ajuda a adquirir mais conhecimento e também a compartilhar o que aprendemos com os colegas”, explicou.

Mostra de Trabalhos e Atividades Curriculares do curso de Educação Física

Para Waldrian Kawm, do 5º período, a atividade se destaca pelo impacto na carreira acadêmica. “Essa mostra é superimportante porque permite observar vários temas que são de interesse social e da Educação Física como um todo. No meu caso, o trabalho que apresentei pode até ser levado para um congresso no futuro, agregando pontuação acadêmica e ampliando minhas possibilidades de pesquisa e formação”, afirmou.

A Mostra de Trabalhos e Atividades Curriculares terá continuidade no próximo dia 7 de janeiro, com a segunda parte do projeto, envolvendo novas atividades desenvolvidas pelos alunos. A expectativa é que mais produções sejam apresentadas, reforçando o papel do evento como uma ferramenta essencial na formação dos futuros profissionais da Educação Física.

Mostra de Trabalhos e Atividades Curriculares do curso de Educação Física

Com apresentações de banners, integração entre períodos e uma abordagem ampla de temas relevantes para a área, a mostra se consolida como um espaço de aprendizado mútuo, valorização acadêmica e inovação no ensino de Educação Física.

Curso de Biologia da UESPI promove aula prática sobre manejo de BOIDAE

Por Roger Cunha 

No Campus Poeta Torquato Neto, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) foi realizada uma aula prática especial para os alunos do curso de Biologia, abordando o manejo de BOIDAE. A atividade, conduzida pelo professor Lúcio Mattos, teve como foco a preservação dessas espécies, a importância de seu papel na ecologia e o desmonte de mitos e preconceitos em torno desses animais.

Aula prática sobre manejo de boídeos

As aulas práticas no curso de Biologia proporcionam aos estudantes momentos de aprendizado valiosos, fortalecendo a conexão entre teoria e prática. Para enriquecer a formação dos futuros biólogos, o curso realiza atividades como visitas ao Bioparque, parcerias com profissionais que possuem animais legalizados, e o manejo ocasional de espécies do ambiente local. Essas iniciativas são essenciais para fomentar a preservação e ampliar o conhecimento sobre a fauna.

“Esses animais são alvo de muito preconceito e má informação há muito tempo. Eu tento há 35 anos tirar da cabeça das pessoas esse tipo de pensamento. Quando conseguimos uma aula prática como essa, buscamos promover o contato dos alunos com um animal tão mal visto e formar futuros pesquisadores que possam dar continuidade ao trabalho de desmistificação e preservação,” destacou o professor Lúcio Mattos.

Ele enfatizou que o estado do Piauí ainda conta com poucos pesquisadores dedicados ao estudo de serpentes. “No Piauí, quantos pesquisadores com serpentes tem? Eu, Davi Pantoja, da Federal, essa professora aqui e a professora Simone Mouzinho, quatro pessoas que eu saiba estão preocupados em desmistificar um animal, quatro pessoas, num estado inteiro. O resto do estado, você sabe como é que vivem os animais, né? Se vê uma jiboia, mata uma jiboia, uma salamanta, animais que não têm uma gota de veneno. Por quê? Porque as pessoas são preconceituosas e desinformadas,” afirmou.

Essas atividades destacam o compromisso do curso com a formação de profissionais capacitados e engajados com a preservação e a conscientização ambiental.

Aula prática sobre manejo de boídeos

Jacqueline Lustosa, ambientalista e presidente do CABAR, reforçou a importância do manejo de boídeos na formação dos futuros biólogos. “É de extrema importância que o futuro biólogo tenha esse contato com as cobras, perca o medo e aprenda como fazer uma contenção. Isso é essencial não só para proteger as pessoas, mas também para salvar esses animais, que, infelizmente, são vistos como uma ameaça e muitas vezes terminam sendo mortos. Esses animais desempenham um papel fundamental na natureza,” destacou Jacqueline Lustosa.

Para os estudantes, o contato direto com os BOIDAE representa uma oportunidade valiosa de aprendizado e conscientização. Andréa Santiago, aluna do curso de Biologia, destacou a relevância da prática para sua formação profissional. “As aulas do professor Lúcio, especialmente as de ofídios, são extremamente importantes porque nos ajudam a desmistificar preconceitos que muitas pessoas têm sobre serpentes. Elas são frequentemente mortas por acharem que possuem veneno ou que são uma ameaça, mas, na verdade, fazem muito bem para o ecossistema,” explicou a estudante.

Aula prática sobre manejo de boídeos

Ela também enfatizou o caráter preventivo dessas práticas: “Vejo essa atividade como uma maneira de ajudar a mudar a mentalidade das pessoas e preservar essas espécies que são cruciais para o equilíbrio ecológico.”

A aula prática reforçou o compromisso do curso de Biologia da UESPI com a formação integral de seus alunos, promovendo não apenas o aprendizado técnico, mas também a conscientização ambiental. A atividade serviu como uma ponte entre teoria e prática, preparando os estudantes para atuar como multiplicadores do conhecimento adquirido e contribuir para a preservação da biodiversidade.

 

Cartilha de Saúde Bucal e Violência uma parceria entre instituições para transformar o cuidado

Por Roger Cunha 

Uma nova cartilha lançada em parceria entre a Coordenação Geral de Saúde Bucal (CGSB) do Ministério da Saúde, o Grupo Práxis da UESPI e outras instituições nacionais promete transformar a maneira como profissionais de saúde bucal enfrentam situações de violência. Intitulada “A Saúde Bucal e o Enfrentamento das Violências”, a publicação será apresentada durante o 42º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), em 25 de janeiro de 2025, na Arena Saúde Bucal.

A Saúde Bucal e o Enfrentamento das Violências

A cartilha surge como um material essencial para capacitar equipes de saúde bucal na identificação de sinais de violência e no manejo adequado desses casos, ampliando o cuidado integral no Sistema Único de Saúde (SUS).

A ideia de criar a cartilha nasceu das reuniões do SIG Violência e Saúde Bucal, promovidas pela Coordenação Geral de Saúde Bucal (CGSB) do Ministério da Saúde. Durante esses encontros, profissionais e pesquisadores discutiram a necessidade de um material que abordasse o papel da equipe de saúde bucal na identificação e enfrentamento das mais variadas formas de violência. “A cartilha foi uma ideia da Coordenação Geral de Saúde Bucal, que, através das reuniões do SIG Violência e Saúde Bucal, convidou os membros para a elaboração do material”, explica a professora Brunna Verna, do Grupo Práxis da UESPI e uma das colaboradoras do projeto.

Práxis- UESPI

A cartilha destaca como os profissionais de saúde bucal podem se tornar aliados estratégicos no combate às violências. Segundo Bruna Verna, o material apresenta orientações práticas para que dentistas e demais integrantes da equipe identifiquem sinais de abuso, notifiquem os casos às autoridades competentes e, quando necessário, encaminhem os pacientes a outros níveis de atenção ou redes de apoio. “A ideia é mostrar como a equipe de saúde bucal, como parte da Atenção Primária à Saúde, pode identificar situações de violência, manejá-las adequadamente e, em casos necessários, referenciá-las para outras instâncias do sistema de saúde ou rede de proteção”, explica Bruna Verna.

A Saúde Bucal e o Enfrentamento das Violências

Além disso, a cartilha busca fortalecer a compreensão dos profissionais sobre a importância da atuação integrada no SUS, ressaltando como a atenção à saúde bucal pode impactar diretamente a vida de pessoas em situação de vulnerabilidade.

O desenvolvimento da cartilha foi possível graças a uma articulação coordenada entre diferentes instituições. A professora destaca o papel estratégico da CGSB e do Grupo Práxis, bem como o apoio do Mestrado Profissional em Gestão e Saúde Coletiva da UNICAMP. “A Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde conseguiu liderar muito bem a articulação dos grupos de pesquisa, incluindo o Práxis UESPI. Minha atuação como docente no Mestrado Profissional em Gestão e Saúde Coletiva também foi primordial para viabilizar colaborações dessa relevância”.

Essas colaborações resultaram não apenas na cartilha, mas também em projetos de extensão e pesquisa com projeção nacional e internacional. “Estamos avançando para uma parceria com a Universitat Rovira i Virgili, da Espanha, especialmente sobre violência doméstica. Isso reforça o papel da Universidade Pública na construção de políticas públicas e no enfrentamento de questões sociais tão sensíveis”, complementa a docente

A cartilha também reflete uma mudança de paradigma na abordagem da violência dentro do contexto da saúde bucal. Segundo Profª. Brunna, a publicação não apenas oferece ferramentas práticas, mas também estimula os profissionais a entenderem seu papel como agentes transformadores no cuidado integral e na proteção de pacientes. “Através desse material, esperamos capacitar os profissionais de saúde bucal para identificar sinais de violência, garantir notificações precisas e promover ações que protejam as vítimas”, pontua a pesquisadora.

A Saúde Bucal e o Enfrentamento das Violências

O lançamento oficial da cartilha será realizado no dia 25 de janeiro de 2025, durante o 42º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), em um painel na Arena Saúde Bucal. Na ocasião, especialistas apresentarão os principais pontos do material e discutirão estratégias para sua implementação prática no SUS. “Acreditamos que essa cartilha será um divisor de águas na forma como os profissionais de saúde bucal abordam as violências. Além disso, ela reforça o compromisso da universidade e do SUS em construir uma sociedade mais justa e protetiva”, conclui Brunna Verna.

Para mais informações, os interessados podem acessar a cartilha no site do Ministério da Saúde ou acompanhar os detalhes sobre a palestra no CIOSP pelos canais oficiais.


Acesse a cartilha: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/equipe_saude_bucal_enfrentamento_violencias.pdf

Profa. Dra. Brunna Verna Castro Gondinho; Docente do Curso de Odontologia UESPI e da Residência Multiprofissional em Saúde da Família UESPI e Líder do Grupo Práxis UESPI

Doação de materiais pela Receita Federal reforça o Laboratório de Engenharia de Software da UESPI

Por Roger Cunha 

O Laboratório de Engenharia de Software (LES) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) é um espaço que une inovação, tecnologia e sustentabilidade, desempenhando um papel estratégico na formação prática dos alunos do curso de Bacharelado em Ciência da Computação. Localizado no Campus Prof. Antônio Giovanni Alves de Sousa, em Piripiri, o LES é reconhecido pelo Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq como um núcleo de excelência em pesquisa e extensão.

Laboratório de Engenharia de Software (LES)

O professor José Vigno Moura, um dos colaboradores do LES, destacou a versatilidade do laboratório, cuja atuação vai além do desenvolvimento de softwares. “Apesar de ser um laboratório de engenharia de software, estamos focados em diversas áreas, como o desenvolvimento de produtos e projetos relacionados, inclusive à rádio. O LES não está limitado apenas ao software, mas sim à criação de soluções integradas e inovadoras”, explicou.

Uma das principais atividades do LES é o desenvolvimento de aplicações e sistemas que atendam a diferentes demandas tecnológicas. Para isso, a disponibilidade de dispositivos variados é essencial. Segundo o professor José Vigno, os smartphones recebidos pela UESPI em uma recente doação da Receita Federal serão fundamentais para realizar testes e experimentos necessários ao desenvolvimento de aplicativos. “Você não pode criar um aplicativo e testá-lo apenas em um único aparelho. Precisamos de uma variedade de dispositivos, de diferentes marcas, como iPhones, para garantir que o aplicativo funcione em qualquer plataforma. Essa diversidade é crucial para a qualidade dos sistemas que desenvolvemos”, ressaltou.

O professor também mencionou a conexão entre diferentes projetos em andamento no LES, como o uso de baterias reaproveitadas para energizar sistemas experimentais. “A ideia é integrar esses projetos e criar um ambiente de inovação completo, onde possamos testar e aplicar soluções tecnológicas reais”, acrescentou.

Esse trabalho inovador ganhou reforço com a recente doação de materiais apreendidos pela Receita Federal. A UESPI foi contemplada com 267 itens, incluindo baterias de cigarros eletrônicos, celulares simples e smartphones, que serão destinados a diferentes áreas da instituição.

Parte dos materiais doados será integrada às atividades do LES. As 150 baterias de cigarros eletrônicos e os 100 celulares simples (conhecidos como “lanterninhas”) serão reutilizados em projetos voltados para a sustentabilidade, como sistemas de energia solar e recuperação de equipamentos antigos. Já os smartphones doados serão alocados às pró-reitorias da UESPI, dinamizando processos administrativos, comunicação interna e atendimento ao público.

Laboratório de Engenharia de Software (LES)

O laboratório tem inovado ao desenvolver projetos que unem tecnologia e sustentabilidade. Um exemplo é o reaproveitamento de baterias de cigarros eletrônicos para substituir baterias convencionais em sistemas de energia e equipamentos obsoletos. Segundo o professor José Vigno, essas baterias, que seriam descartadas, possuem grande potencial de reutilização devido à sua semelhança com as de smartphones e notebooks modernos. “Essas baterias de lítio são recarregáveis e não podem ser simplesmente descartadas em lixões, pois são tóxicas e perigosas. Ao analisarmos as primeiras unidades recebidas, percebemos que poderiam ser usadas em sistemas como UPS ou no-breaks”, explicou.

A ideia é criar um banco de baterias com a grande quantidade recebida. “Com essas baterias, podemos formar uma super bateria, com capacidade maior do que a atual, reativando dispositivos que estariam obsoletos. Isso evita a compra de novos equipamentos e dá uma nova vida útil a componentes que seriam descartados”, destacou o professor.

Além disso, as baterias reaproveitadas também serão integradas a sistemas de energia solar. “Recebemos pequenos painéis solares e, ao utilizá-los com essas baterias, podemos criar soluções eficientes para gerenciar energia. Embora uma única bateria gere pouca corrente, um banco de baterias permite uma carga maior, suficiente para alimentar equipamentos importantes”, explicou.

A proposta do LES não apenas contribui para a sustentabilidade, evitando o descarte inadequado de materiais tóxicos, mas também promove economia e inovação tecnológica na UESPI. “Estamos não apenas dando um destino útil a essas baterias, mas também criando possibilidades de substituir essas mesmas baterias no futuro por outras mais eficientes, mantendo um ciclo sustentável”, finalizou.

O professor destacou ainda que o projeto funciona como um guarda-chuva de iniciativas que se expandem conforme os testes e implementações avançam, permitindo o desenvolvimento de tecnologias acessíveis e inovadoras, com impactos positivos tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade.

Ele também ressaltou o compromisso do LES com a inclusão e a disseminação do conhecimento. “Uma vez concluídos, nossos projetos serão disponibilizados publicamente, permitindo que instituições, escolas e empresas os utilizem livremente. A ideia é mostrar que materiais que seriam descartados podem ter novas funções e serem aplicados em diferentes contextos”, afirmou.

Esses projetos estão alinhados a programas como o Novo Horizonte, da Receita Federal, que incentiva a reutilização de materiais apreendidos, transformando-os em ferramentas úteis para a sociedade. “Queremos desenvolver soluções que todos possam usar e aplicar, mostrando que a reutilização de materiais eletrônicos pode gerar benefícios significativos para a sociedade”, concluiu o professor.

Para mais informações sobre o LES, acesse o site https://les.prp.uespi.br/

Projeto destaca a importância da literatura afro-brasileira na formação acadêmica na UESPI Floriano

Por Roger Cunha

A literatura afro-brasileira tem desempenhado um papel central na formação acadêmica de estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), especialmente por meio do projeto “A Relevância da Literatura Afro-Brasileira na Formação Acadêmica dos Estudantes da UESPI/Floriano”. Coordenado pelo professor e sociólogo Robison Pereira, o projeto vem promovendo reflexões críticas sobre questões raciais e sociais, além de incentivar a produção acadêmica dos alunos.

Projeto “A Relevância da Literatura Afro-Brasileira na Formação Acadêmica dos Estudantes da UESPI/Floriano”

Como parte das atividades, estudantes dos cursos de Pedagogia, História e Direito participaram do II evento “Quais as histórias conhecemos da África: Literatura e Arte”, promovido pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Durante o evento, o grupo apresentou comunicações orais e compartilhou os resultados preliminares de suas pesquisas, consolidando o impacto das obras literárias abordadas no projeto.

As leituras de obras como Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, e A Cor Púrpura, de Alice Walker, foram fundamentais para ampliar os horizontes culturais dos estudantes e estimular debates sobre desigualdade, resistência e identidade. Com base nessas leituras, os alunos produziram artigos como:

  • “Racismo, Escravidão e Feminismo em ‘Úrsula’: Lições para o Século XXI”
  • “Esta Terra Mora em Mim: Tensões Sociais no Campo em ‘Torto Arado'”
  • “Racismo e Sexismo nas Epístolas de ‘A Cor Púrpura'”.

Esses trabalhos foram apresentados no evento da UFPI, com destaque para a profundidade das análises e a conexão entre as obras literárias e a realidade brasileira.

Segundo o professor Robison Pereira, o projeto tem demonstrado como a literatura afro-brasileira enriquece o ambiente acadêmico e contribui para a formação de estudantes mais conscientes e engajados. “A representatividade de negros e mulheres como monumentos sócio-históricos é uma urgência. Trazer essas obras para a sala de aula é uma forma de recontar histórias e construir um ambiente educacional mais inclusivo e pluralista”, destacou ele durante sua palestra no evento.

O docente também aponta que a literatura afro-brasileira tem relevância significativa para o currículo acadêmico. “São obras que estimulam a crítica social e auxilia no enfrentamento do apagamento histórico das contribuições de povos negros e indígenas para a cultura brasileira. Essa abordagem pode favorecer a formação de cidadãos críticos, aptos a refletir sobre a sociedade e atuar em sua transformação”, pontua.

Os estudantes também relataram os impactos significativos do projeto em suas trajetórias acadêmicas e pessoais. Para eles, a oportunidade de apresentar artigos em um evento de relevância como o da UFPI foi transformadora, ampliando sua percepção sobre o papel da literatura na luta contra o racismo estrutural.

Projeto “A Relevância da Literatura Afro-Brasileira na Formação Acadêmica dos Estudantes da UESPI/Floriano”

Além disso, o projeto prevê a publicação dos artigos sobre Torto Arado e A Cor Púrpura em formato de livro, reforçando seu compromisso com a valorização da literatura afrodescendente.

Com planos de continuidade para o próximo ano, o projeto promete consolidar ainda mais sua atuação na formação de cidadãos críticos e engajados na promoção da igualdade social. “É um trabalho que vai além da sala de aula. Ele forma indivíduos capazes de questionar, resistir e transformar a sociedade”, concluiu Robison.

O aluno Emerson Silva, que faz parte do projeto “A Relevância da Literatura Afro-Brasileira na Formação Acadêmica dos Estudantes da UESPI/Floriano”, falou sobre a importância de iniciativas como essa para o debate e a inclusão de temas cruciais na sociedade acadêmica e no cenário geral. Em sua experiência no Ensino Fundamental e Médio, ele nunca teve a oportunidade de trabalhar com obras literárias afro-brasileiras, sendo sempre exposto a textos de autores europeus ou a obras brasileiras inspiradas na cultura europeia. Em entrevista, Emerson afirmou: “Assim, podendo conhecer agora um pouco mais da literatura afro-brasileira, percebo o quanto da nossa história foi invisibilizada e identifico a suma importância de se abordar a história sob o ângulo de autores africanos ou histórias ‘realmente brasileiras’, sob o ângulo do sujeito escravo e da cultura africana.”

Projeto “A Relevância da Literatura Afro-Brasileira na Formação Acadêmica dos Estudantes da UESPI/Floriano”

Ele também  compartilhou como essas leituras impactaram profundamente sua visão sobre questões raciais e sociais. “Esses livros ajudam a desmistificar a visão romancista e idealizada das literaturas brasileiras, uma visão muitas vezes imposta pelo ensino regular, que enfatiza ‘a vida perfeita cheia de imperfeições da menina apaixonada e seu mancebo’, enquanto invisibiliza personagens fundamentais como a doméstica ou o vaqueiro, figuras que, na realidade, eram escravizadas”, destaca o discente.

Emerson Silva compartilhou como o projeto contribuiu significativamente para sua formação acadêmica e pessoal, promovendo uma visão crítica sobre a história do Brasil. Segundo ele, o projeto o ajudou a desenvolver uma compreensão mais profunda e não apenas analítica dos eventos históricos, principalmente no que diz respeito à maneira como os acontecimentos passados moldaram as estruturas sociais do país. “Eu percebo agora que, devido ao preconceito e à indiferença do passado, o racismo foi criado e se estruturou de uma maneira descomunal, e esse racismo persiste até hoje, de forma estrutural”, afirmou Emerson. Ele destacou que a reflexão proporcionada pelo projeto revelou como as marcas do racismo ainda influenciam a sociedade brasileira contemporânea e como esse problema continuará a afetar o país por muito tempo, devido à acomodação de uma parcela da população.

A memória da educação em debate na II Mostra da História da Educação da UESPI

Por Roger Cunha

No dia 11 de dezembro, às 15h, o campus Alexandre Alves de Oliveira da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) será palco da II Mostra De História da Educação, o evento vai abrir um importante espaço de discussão sobre o legado educacional e a construção da memória histórica. Com o tema “Espaço Documento: A voz dos sujeitos e a escola”, a mostra busca explorar a escola não apenas como um ambiente de ensino, mas como um verdadeiro “documento vivo” que guarda as experiências e vivências dos indivíduos ao longo do tempo.

II Mostra De História da Educação

A professora e coordenadora Maria de Jesus abordou a relevância do tema “Espaço Documento: A Voz dos Sujeitos e a Escola”, ela destacou a necessidade de reavaliarmos a forma como a história tradicionalmente foi tratada. Segundo ela, essa abordagem sempre deu ênfase ao documento escrito e às classes economicamente privilegiadas, deixando de lado as histórias de outros sujeitos. “O tema escolhido nos leva a rever o modo como a história tradicional sempre tratou os fatos históricos, dando relevo somente ao documento escrito e à ênfase às classes privilegiadas economicamente. Com base nos estudos sobre a Nova História e as reflexões feitas durante a disciplina de História da Educação, no bloco 1, do curso de Pedagogia da UESPI, em Parnaíba”, afirmou.

Ela também explicou que os principais objetivos do evento são proporcionar tanto aos acadêmicos quanto ao público em geral a oportunidade de observar, por meio de documentos, depoimentos e imagens, as transformações que ocorreram na educação ao longo do século XX. “O objetivo é refletir sobre como a educação tem transformado a vida das pessoas ao longo dos anos, evidenciando as mudanças e o impacto desses processos na sociedade”, afirmou a professora, destacando a importância de compreender o papel fundamental da educação na construção das identidades e na transformação social.

A coordenadora também destacou a importância da voz dos sujeitos na construção da história, ressaltando que a metodologia da História Oral e da História de Vida vai além dos fatos tradicionais. “Através das narrativas dos sujeitos, podemos revelar aspectos que muitas vezes não são captados pela história convencional”, afirmou. Ela também enfatizou o papel da escola, que, com seus artefatos, documentos e imagens, se torna um importante guardião da memória histórica. “Preservar essa memória é uma tarefa de todos nós”, concluiu, convidando o público a refletir sobre como a educação, e a história dela registrada, são fundamentais para o entendimento das transformações da sociedade ao longo dos anos.

Essa abordagem revela a relevância de iniciativas como a II Mostra Tratos e Retratos da História da Educação, que propõe dar voz a esses sujeitos históricos, permitindo uma visão mais ampla e inclusiva da educação, ao mesmo tempo que reforça a importância da documentação e da memória como ferramentas de aprendizado e reflexão para as futuras gerações.

A II Mostra Tratos e Retratos da História da Educação vem desempenhar um papel crucial na ampliação dos estudos sobre a História da Educação. Ao proporcionar aos acadêmicos a oportunidade de entrar em contato com uma ampla gama de fontes — como livros, estudos acadêmicos, sites especializados, museus e outros recursos —, o evento possibilita uma compreensão mais aprofundada sobre a importância da preservação da memória histórica da educação. Dessa forma, a Mostra contribui para enriquecer o conhecimento dos alunos, ao mesmo tempo em que fortalece o compromisso com a valorização e a reflexão crítica sobre o legado educacional, reconhecendo a pluralidade de vozes e perspectivas que moldaram a educação ao longo dos anos.

UESPI: eleições para diretores e coordenadores de curso

Por Roger Cunha 

A disputa eleitoral para os cargos de Diretor, Vice-Diretor de Centros e Coordenador de Curso da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) teve início, e as chapas têm até o dia 15 de dezembro de 2024 para realizarem sua propagandas eleitorais.
O processo, que envolve toda a comunidade acadêmica – docentes, discentes e técnicos administrativos –, é regido pelo Edital CEC 02/2024 e segue rigorosos critérios para garantir a transparência e a justiça durante as eleições.

Disputa eleitoral para os cargos de Diretor, Vice-Diretor de Centros e Coordenador de Curso da Universidade Estadual do Piauí

A Comissão Eleitoral Central (CEC), presidida pela professora Rosineide Candeia, se preparou para organizar e fiscalizar o processo, assegurando que o pleito ocorra de maneira democrática e sem interferências externas. Em entrevista, a professora Rosineide Candeia destacou que a comissão está comprometida com a realização de um processo eleitoral livre de irregularidades e voltado para a participação ativa da comunidade acadêmica. “A universidade considera vários fatores nesse processo. Transparência e justiça são fundamentais, garantindo que as eleições sejam livres de irregularidades. A gestão democrática também é um aspecto crucial, pois envolve a participação ativa da comunidade acadêmica na escolha de seus líderes”, afirmou a professora.

As chapas inscritas têm até o dia 15 de dezembro para realizarem a propaganda eleitoral, respeitando as normas estabelecidas pelo regimento. A presidente Rosineide Candeia explicou que a transparência e a justiça são os pilares dessa fase, para garantir que todos os candidatos tenham igualdade de condições. “Estamos trabalhando para que todas as normas sejam cumpridas, garantindo que a propaganda ocorra de forma ética e sem desrespeitar os concorrentes”, afirmou.

A Comissão Eleitoral também se preocupa com a acessibilidade e a fiscalização. “É essencial que todo o processo seja claro, acessível e bem divulgado, para que a comunidade acadêmica compreenda seu papel e a importância do voto”, completou. A divulgação das normas eleitorais e os canais de comunicação disponíveis contribuem para que as eleições sejam realizadas de maneira organizada, permitindo que todos os eleitores – docentes, discentes e técnicos administrativos – possam participar de forma informada e consciente.

Rosineide Candeia também enfatizou o impacto das eleições na gestão e organização da UESPI. Segundo ela, o processo eleitoral não é apenas uma formalidade, mas um momento de fortalecimento da gestão democrática e de construção de uma universidade mais alinhada com as necessidades da comunidade acadêmica. “A escolha democrática dos gestores é uma forma de fortalecer a integração entre os segmentos da comunidade universitária e promover uma gestão que seja reflexo das necessidades e expectativas de todos”, afirmou a presidente da Comissão Eleitoral.

As eleições para os cargos de Diretor, Vice-Diretor e Coordenador de Curso têm uma grande importância para o desenvolvimento da UESPI, pois são esses líderes que terão a responsabilidade de conduzir os centros acadêmicos e as coordenações de curso, alinhando a universidade ao seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e promovendo a melhoria contínua da qualidade acadêmica.

Os cargos em disputa são de grande importância para o funcionamento da universidade, e seus mandatos variam conforme a função.

  • Diretor e Vice-Diretor de Centros: Os mandatos para esses cargos são de 4 anos, com a possibilidade de uma recondução imediata. O Diretor é responsável por administrar e representar a Unidade Universitária, enquanto o Vice-Diretor assume a direção em caso de ausência ou impedimento do titular.
  • Coordenador de Curso: O mandato para o cargo de Coordenador de Curso é de 2 anos, também com possibilidade de uma recondução. O Coordenador de Curso tem a responsabilidade de coordenar as atividades do curso, elaborar o planejamento anual e zelar pela qualidade do ensino, sempre em alinhamento com o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) da UESPI.

Esses mandatos são projetados para garantir continuidade na gestão e permitir uma liderança que possa implementar mudanças estratégicas de médio e longo prazo, sem prejudicar a estabilidade administrativa e acadêmica das unidades.

No campus Poeta Torquato Neto, a eleição para direção ocorrerá separadamente em cada centro de ensino, considerando que o campus não possui uma direção unificada. Discentes, docentes e técnicos-administrativos de cada centro poderão votar exclusivamente nos candidatos pertencentes ao mesmo grupo funcional e ao seu respectivo centro. Assim, cada centro realiza suas próprias eleições internas para selecionar os representantes, garantindo que os alunos votem apenas nos candidatos que concorrem dentro do seu próprio centro. Os centros são:

  • Centro de Ciências da Saúde (CCS)
  • Centro de Ciências Agrárias (CCA)
  • Centro de Ciências da Natureza
  • Centro de Tecnologia e Urbanismo
  • Centro de Ciências da Educação, Comunicação e Artes
  • Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL)
  • Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA)

Nos campi do interior, a votação será realizada de forma geral, abrangendo todo o campus, já que não há divisão por centros e existe apenas um diretor para o campus inteiro.

A votação vai ocorrer no dia 16 de dezembro de 2024, das 8h às 20h, de forma eletrônica, garantindo o sigilo e a integridade do voto. A apuração será transmitida ao vivo no canal oficial da UESPI no YouTube, garantindo maior transparência ao processo. Os resultados preliminares serão divulgados no dia 18 de dezembro, com o resultado final marcado para 22 de dezembro de 2024.

A Comissão Eleitoral Central segue acompanhando todos os detalhes do processo, com o compromisso de garantir um pleito justo e transparente. A comunidade acadêmica da UESPI tem agora a oportunidade de escolher, de forma livre e democrática, os novos líderes que irão contribuir para o fortalecimento da universidade e o desenvolvimento de suas ações acadêmicas e administrativas.

Professor da UESPI contribui para livro sobre Perícia Psicológica Forense

Por Roger Cunha 

No dia 10 de dezembro, às 18h30, o Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) vai ser palco da noite de autógrafos do livro Manual de Perícia Psicológica Forense, obra organizada pelo professor Lucas Guimarães, do curso de Psicologia da instituição. Dividida em dois volumes, a publicação atende a uma crescente demanda no campo da Psicologia Jurídica brasileira, oferecendo referenciais teóricos, técnicos e éticos indispensáveis para a prática pericial.

Manual de Perícia Psicológica Forense

Segundo o professor Lucas Guimarães, o projeto nasceu da necessidade de contribuir com os referenciais teóricos e técnicos da perícia psicológica forense no Brasil, diante das crescentes demandas para o trabalho do psicólogo jurídico. “A obra visa preencher uma lacuna na formação dos profissionais que atuam na área, fornecendo tanto o embasamento teórico quanto as orientações práticas essenciais para lidar com as complexas questões enfrentadas nas perícias psicológicas”, afirma. 

Ele ainda destaca que os dois volumes apresentam abordagens distintas e complementares:

  • O Volume 1, intitulado Fundamentos e Metodologias, discute a história da Perícia Psicológica Forense no Brasil e no contexto internacional, além de explorar o raciocínio científico e a influência de vieses cognitivos nos diagnósticos periciais.
  • O Volume 2, Aplicações nos Contextos Cível e Criminal, aborda temas como multiparentalidade, violência contra idosos e gênero, além da avaliação de psicopatia em casos judiciais.

O evento de lançamento vai contar com a presença de Lucas Guimarães, professor de Psicologia da UESPI e um dos principais organizadores e colaboradores da obra, que contribuiu com capítulos significativos nos dois volumes. Guimarães destacou, em suas contribuições, aspectos teóricos e técnicos essenciais para a atuação do psicólogo forense, abordando desde os fundamentos da perícia até as metodologias utilizadas na prática pericial. Entre seus principais temas abordados, estão a análise do papel do psicólogo no contexto jurídico, a construção do raciocínio científico adotado na perícia psicológica e as limitações impostas pelos vieses cognitivos nos diagnósticos.

Professor Lucas Guimarães

Além de Lucas Guimarães, vai está presente no evento a professora Ana Valéria Lopes Lemos e de Daniel Pontes, advogado especializado na área, ambos autores que também contribuíram com capítulos relevantes. Juntos, os três autores oferecem uma visão ampla sobre os desafios enfrentados pelos profissionais que atuam na perícia psicológica, assim como as soluções e avanços necessários para que essa prática continue a se fortalecer no Brasil.

O livro Manual de Perícia Psicológica Forense surge como uma importante contribuição para a psicologia jurídica, um campo cada vez mais relevante diante das demandas do sistema judiciário. A obra oferece uma visão crítica e detalhada sobre as dificuldades e as possibilidades da perícia psicológica, ao mesmo tempo em que busca proporcionar aos profissionais da área os conhecimentos necessários para atuarem com mais eficiência e ética nas mais diversas situações.

O lançamento na UESPI não é apenas uma oportunidade para adquirir a obra, mas também para se aprofundar nas questões que envolvem a atuação do psicólogo no campo forense, discutindo as principais práticas, dilemas e perspectivas futuras dessa importante área da psicologia.

O evento é aberto ao público e promete ser uma excelente oportunidade para acadêmicos, profissionais da área e demais interessados se atualizarem sobre as principais inovações e desafios enfrentados pelos psicólogos forenses, além de promover um rico debate sobre os rumos da psicologia jurídica no Brasil. A entrada é gratuita, e todos estão convidados a prestigiar a noite de autógrafos e participar dessa troca de saberes.

Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda será realizada no campus Prof. Barros Araújo da UESPI

Por Roger Cunha

A Coordenação de Letras/Português do Campus Prof. Barros Araújo da UESPI convida toda a comunidade acadêmica e picoense para uma Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda, que será realizada no próximo dia 5 de dezembro, com a presença da Profa. Kelly Samara Pereira Lemos, professora surda e referência na comunidade surda do Piauí. O evento vai ocorrer no Auditório da UESPI – Altamira, em dois horários: 14h (tarde) e 18h (noite).

Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda

A Roda de Conversa tem como objetivo promover a interação entre os alunos da disciplina de Libras e a professora convidada, Kelly Samara, que é lotada no Campus Prof. Antônio Giovanni Alves de Sousa em Piripiri. Com vasta experiência e dedicação ao ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a professora compartilha suas vivências e reflexões sobre a cultura e identidade surda, trazendo à tona um tema fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente das diversidades.

A Profa. Dra. Silvana Alves Cardoso Lemos compartilhou que a motivação inicial para a organização da Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda era realizar o batismo dos alunos, uma prática que envolve a criação de um sinal pessoal por um surdo. Contudo, devido à grande quantidade de estudantes envolvidos, essa atividade se tornou inviável, sendo escolhidos alguns alunos para participarem do batismo. “Depois, o evento passou a ser uma oportunidade para reunir todos os estudantes do campus que estão cursando a disciplina de Libras, e como a temática Cultura e Identidade Surda faz parte da ementa, nada melhor que convidar a Profa. Kelly Lemos, que é referência na comunidade surda do Piauí, para discutir sobre o tema”, explicou. Assim, o encontro visa propiciar discussões sobre as vivências dos surdos em uma sociedade majoritariamente ouvinte, fortalecendo o aprendizado prático e teórico dos alunos.

O evento busca despertar nos estudantes de Letras e da disciplina de Libras o interesse contínuo pelo estudo da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Segundo a Profa. Silvana Alves, a expectativa é que, após a Roda de Conversa, os participantes se sintam motivados a aprofundar seus estudos, uma vez que a carga horária de 60h da disciplina de Libras é insuficiente para consolidar o aprendizado de um idioma. “Esperamos que, ao vivenciar essa troca de experiências com a comunidade surda, os alunos se sintam inspirados a continuar estudando Libras, buscando mais conhecimento sobre a língua e a cultura surda”, afirmou a professora. O evento, portanto, não só contribui para o enriquecimento acadêmico dos estudantes, mas também promove um maior engajamento com a comunidade surda.

Promover eventos como a Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda dentro da UESPI é de grande importância, pois oferece um espaço de interação entre culturas distintas, no caso, a cultura surda e a cultura ouvinte. Segundo a Profa. Silvana Alves, essa interação proporciona aos participantes a oportunidade de conhecer as experiências vividas pelos surdos em uma sociedade majoritariamente ouvinte, o que é essencial para a formação de indivíduos mais empáticos. “Ao entender a realidade da comunidade surda, os alunos se tornam mais capacitados para atuar como profissionais que poderão atender a essa comunidade nos mais diferentes espaços sociais”, afirmou a professora, destacando o papel do evento na construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente das diversidades.

O evento não será necessária inscrição prévia. A Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda está aberta a todos os interessados, oferecendo uma oportunidade de aprendizado e troca de experiências sem a exigência de formalidades para participação.

A ideia central da Roda de Conversa é discutir o que significa ser surdo em uma comunidade majoritariamente ouvinte. A cultura surda será abordada sob a ótica das experiências visuais, essenciais para a compreensão das dinâmicas sociais e culturais de um grupo que, por séculos, foi marginalizado. Além disso, será possível refletir sobre a importância de incluir as comunidades surdas nas discussões sobre identidade e pertencimento.

Curso de História da UESPI vai promover imersão no Egito Antigo com feira temática

Por Roger Cunha 

O curso de Licenciatura em História do Campus Poeta Torquato Neto, da UESPI, promoverá, no próximo dia 5 de dezembro, das 9h30 às 10h30, uma imersão no Antigo Egito. A atividade será realizada em formato de feira temática, nas salas 3 e 4 do Setor 12, e contará com exposições interativas que explorarão a rica cultura e história egípcia. O evento oferece uma oportunidade única para estudantes e visitantes aprofundarem seus conhecimentos sobre essa icônica civilização.

Imersão no Antigo Egito

Organizada pela comunidade acadêmica do curso, a feira visa proporcionar uma experiência única, onde os participantes poderão conhecer, de forma interativa, a cultura e a sociedade egípcia, uma das civilizações mais emblemáticas da história. A atividade busca ir além da sala de aula, permitindo que os visitantes se conectem com o Egito Antigo.

A Professora Viviane Pedrazani, responsável pela organização do evento, explica que a feira é uma atividade vinculada a duas disciplinas do curso de História: História Antiga e Arqueologia. “A partir da temática do Egito Antigo, os alunos vão explorar aspectos do cotidiano dessa civilização, como a arquitetura, os hábitos alimentares, as roupas, as brincadeiras, e a medicina, além de apresentar detalhes sobre as famosas pirâmides e tumbas”, afirma.

A feira será composta por diversos espaços, permitindo que os visitantes se aprofundem nos vários aspectos da vida egípcia. Entre os destaques estão a arquitetura funerária e a arqueologia, com a exibição de pedras e artefatos relacionados à famosa descoberta da tumba de Tutankhamon.

Além do componente educativo, a professora ressalta a importância da feira para o desenvolvimento acadêmico dos alunos. “É uma atividade avaliativa das disciplinas que ministro e serve também para incentivar os alunos, nos blocos iniciais do curso, a valorizar os aspectos pedagógicos e a construir sua identidade como futuros educadores”, explica Viviane.

O evento busca não só fortalecer a formação dos alunos, mas também movimentar culturalmente a universidade. Viviane destaca que, embora o Egito Antigo seja amplamente reconhecido, muitas pessoas têm uma visão limitada, associando a civilização principalmente às pirâmides e múmias. “Nosso objetivo é mostrar o Egito de uma maneira mais abrangente, destacando aspectos do seu cotidiano, cultura e sociedade que geralmente não são abordados”, conclui a professora.

De acordo com os organizadores, a feira é uma ótima oportunidade para o público geral se aproximar de uma das culturas mais intrigantes do passado humano. O evento é aberto para toda a comunidade e pretende cativar tanto os amantes da História quanto aqueles que buscam um momento de aprendizado e diversão.

Dia de campo e mostra gastronômica destacam galinhas nativas do meio-norte na EXPOAPI

Por Roger Cunha 

O Núcleo de Pesquisa e Extensão de Galinhas Nativas do Meio-Norte (NUGAN-MN), vinculado ao curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), promoveu o Segundo Dia de Campo e Mostra Gastronômica de Galinhas Nativas do Meio-Norte. O evento aconteceu na EXPOAPI, em Teresina, e reuniu produtores rurais, acadêmicos de Ciências Agrárias, pesquisadores e alunos em um encontro voltado para o fortalecimento das raças nativas da região.

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

Fundado em 2017 pelo professor Firmino Barbosa, o NUGAN-MN tem desempenhado papel crucial no incentivo à pesquisa e extensão voltadas para a avicultura nativa, promovendo a valorização e desenvolvimento das raças adaptadas ao meio-norte brasileiro. O Dia de Campo, em sua segunda edição, destacou-se como uma iniciativa de grande impacto científico, social e econômico, especialmente para a agricultura familiar do Piauí.

O evento foi estruturado em duas frentes principais:

  • Dia de Campo: Voltado para capacitação técnica, apresentando aos participantes práticas de manejo sustentável e estratégias para potencializar a produção das galinhas nativas.
  • Mostra Gastronômica: Uma celebração da culinária regional, com pratos elaborados a partir de galinhas nativas, ressaltando a importância desses animais na alimentação local e na economia rural.

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

A professora Dinnara Silva, do curso de Zootecnia da UESPI, ressaltou a relevância das pesquisas desenvolvidas pela universidade em prol da conservação dos ecótipos de galinhas nativas da região meio-norte, como a canela preta, a rabo de leque e a sura. Segundo a professora, a galinha canela preta é a mais conhecida, mas o Núcleo de Conservação de Recursos Genéticos Locais do Meio-Norte trabalha para preservar a diversidade genética de todas as raças nativas, que representam um importante patrimônio para a agropecuária e a agricultura familiar do Piauí. “É um momento importante para a universidade e para os alunos, para eles mostrarem as pesquisas que estão desenvolvendo. Não somente sobre a canela preta, mas sobre todos os ecótipos nativos do Piauí”, destacou.

A docente também enfatizou o protagonismo dos estudantes na organização e execução do evento, destacando a integração prática entre ensino e extensão no curso de Zootecnia do campus Poeta Torquato Neto. “Aqui quem faz é o aluno. Afinal, a universidade funciona porque os alunos estão fazendo ela acontecer, e a gente precisa valorizar o material humano que a Universidade Estadual do Piauí tem”.

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

O presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), Daniel Biagiotti, ressaltou a importância do evento para a capacitação de produtores rurais e estudantes. Ele destacou o papel estratégico da UESPI em conectar o conhecimento acadêmico com as necessidades práticas do setor agropecuário no estado. “Esse dia de campo foi muito bem pensado, muito bem elaborado pelos professores da UESPI, trazendo informações valiosas para produtores da região e alunos da UESPI, da UFPI e de institutos federais. Capacitar essas pessoas sobre a criação da galinha canela preta, da rabo de leque e outros ecótipos é fundamental para o desenvolvimento da avicultura no Piauí e no Nordeste”, afirmou Biagiotti.

O presidente destacou ainda as características adaptativas e produtivas das galinhas nativas, como resistência ao clima e boa produção de carne e ovos, além de elogiar o apoio da ABZ à divulgação de tecnologias apresentadas durante o evento. Daniel Biagiotti reforçou a relevância da extensão como parte essencial do tripé acadêmico, ao lado do ensino e da pesquisa, destacando o impacto social da universidade ao transferir conhecimentos do ambiente acadêmico para o campo. “Esse momento é a extensão universitária em ação. É quando informações geradas em sala de aula e pesquisas, como as desenvolvidas pelas professoras Débora, Dinnara e Samira, são levadas ao campo, para quem vai aplicar essas tecnologias. Esse é o papel da universidade: transformar ciência em benefícios práticos para a sociedade “, destacou.

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

O aluno de Zootecnia, José Manoel, destacou a relevância do evento para a sua formação acadêmica e profissional. Segundo ele, a experiência de apresentar os trabalhos desenvolvidos na universidade e aprofundar conhecimentos sobre nutrição animal é essencial para quem busca atuar no setor agropecuário. “Quando falamos em produção animal, entender a análise de alimentos é fundamental. Saber o que você está fornecendo para o seu animal, conhecer a composição e os nutrientes, e alinhar isso às exigências do animal é crucial para obter boa produtividade. Seja na produção de carne ou ovos, é importante aproveitar ao máximo a capacidade produtiva do animal”, explicou o estudante.

José Manoel destacou ainda que o evento proporciona uma visão prática do que é estudado em sala de aula, conectando teoria e prática ao mostrar como a nutrição animal impacta diretamente a produtividade e a eficiência na criação de galinhas nativas, como a canela preta, a rabo de leque e a sura.

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

Para o aluno de Zootecnia da UESPI, Enrryelle Gabriel, o Segundo Dia de Campo e Mostra Gastronômica de Galinhas Nativas do Meio-Norte representa uma oportunidade ímpar de aprendizado e troca de experiências que contribuirá diretamente para sua formação e futuro profissional. “É um dia de muita experiência. É um projeto que vai impactar bastante no meu futuro, na minha formação. A galinha faz parte do cotidiano de todo produtor rural, e eu, como produtor, vou utilizar essas experiências na minha profissão”, afirmou Enrryelle. O estudante destacou ainda o impacto prático do evento, que conecta as pesquisas desenvolvidas em sala de aula com o dia a dia do campo, aproximando a universidade das demandas reais do setor agropecuário.

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

A produtora Tereza Neusa ressaltou a importância do evento para ampliar seus conhecimentos sobre a criação de raças nativas, como a galinha canela preta, e expandir sua produção. “Foi um evento muito esclarecedor, porque eu não tenho tanta experiência. Comecei a criar a raça canela preta e quero ampliar para outras raças. Com esse conhecimento, poderei fazer uma criação melhor. Para mim, esse evento foi muito bom e muito importante”, afirmou Tereza.

O produtor Arilton Parente, que está iniciando na criação de galinhas nativas, destacou a relevância do Segundo Dia de Campo e Mostra Gastronômica de Galinhas Nativas do Meio-Norte como um evento essencial para a difusão de conhecimento e capacitação técnica, especialmente sobre a criação da galinha canela preta. “Esse evento é muito bom para criadores e para quem está começando, como eu. Aprendi muito sobre ração, que é essencial para a nutrição das galinhas, sobre pastagem e como cada detalhe, como a higiene, influencia a criação. Foi muito importante para mim,” afirmou Arilton.

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

Essa iniciativa reforça o compromisso do NUGAN-MN no desenvolvimento sustentável no setor agropecuário, aproximando a academia das realidades dos pequenos produtores. O evento também fortalece a importância das galinhas nativas não apenas como fonte de renda, mas como um patrimônio genético e cultural da região meio-norte.Com ações como essa, o NUGAN-MN demonstra o papel estratégico das universidades públicas na geração de conhecimento e transformação social, conectando a ciência ao campo de forma prática e inovadora.

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

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DIA DE CAMPO E MOSTRA GASTRONÔMICA DESTACAM GALINHAS NATIVAS DO MEIO-NORTE NA EXPOAPI

 

XVI Simpósio de Geografia celebra 30 anos do curso da UESPI

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) vai realizar entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2024, no campus “Poeta Torquato Neto”, em Teresina, o XVI Simpósio de Geografia. Este evento, que marca os 30 anos do curso de Licenciatura em Geografia, traz o tema “30 anos do Curso de Geografia da UESPI: conquistas e desafios” e acontecerá em formato híbrido, com atividades presenciais e virtuais.

“30 anos do Curso de Geografia da UESPI: conquistas e desafios”

A escolha do tema “30 anos do Curso de Geografia da UESPI: conquistas e desafios” para o XVI Simpósio de Geografia reflete uma combinação de celebração e análise crítica. Segundo a professora Elisabeth Baptista, organizadora do evento, o tema marca um importante marco histórico do curso. “O Curso de Geografia do Campus ‘Poeta Torquato Neto’ fez neste ano de 2024 trinta anos de sua oferta. Então, o tema do Simpósio além de fazer uma referência a seu ‘aniversário’,traz uma reflexão sobre a formação docente em Geografia no contexto educacional piauiense, bem como as possibilidades de atuação dos profissionais da Geografia formados pela UESPI no decorrer deste recorte temporal”, destacou a professora.

Um dos destaques do XVI Simpósio de Geografia da UESPI é o formato híbrido, que combina atividades presenciais e virtuais. Para a professora Elisabeth Baptista, organizadora do evento, essa abordagem traz um benefício crucial: a ampliação das oportunidades de participação. “Sem dúvida nenhuma, o formato híbrido amplia as oportunidades de participação de estudantes, professores e pesquisadores de Geografia de diferentes localidades do Brasil, visando assim promover maior articulação entre os estudiosos e suas pesquisas no âmbito da Geografia, expandindo o alcance do evento”, afirmou.

Com essa estratégia, o simpósio busca integrar pesquisadores de diferentes contextos e enriquecer os debates, fortalecendo a troca de conhecimentos e promovendo um diálogo mais inclusivo e abrangente na área de Geografia.

O simpósio visa promover debates sobre a trajetória do curso e sua relevância no cenário acadêmico piauiense e brasileiro. Os organizadores esperam estimular a troca de experiências entre profissionais e estudantes de Geografia, além de fortalecer a integração entre ensino, pesquisa e extensão na UESPI. Entre os objetivos específicos, destacam-se:

  • Discutir a produção científica do curso ao longo das últimas três décadas;
  • Refletir sobre os desafios enfrentados no cenário contemporâneo;
  • Aprofundar o conhecimento geográfico em diversas abordagens teórico-práticas.

A terceira edição do Encontro de Diálogos sobre o Litoral do Piauí (DIALIT) é um dos destaques do XVI Simpósio de Geografia da UESPI. Segundo a professora Elisabeth Baptista, organizadora do evento, o DIALIT é promovido pelo Núcleo de Estudos sobre o Litoral do Piauí (NEZCPI), um grupo de pesquisa vinculado ao Curso de Geografia, com o objetivo de reunir pesquisadores, professores, estudantes e a comunidade para discutir temas relacionados ao litoral piauiense e outros espaços regionais. “O DIALIT é um evento que vem sendo realizado e promovido pelo NEZCPI, que tem por finalidade reunir pesquisadores/professores que discutem a área foco, bem como estudantes e comunidade em geral interessados no conhecimento sobre esta, e sobre outros espaços piauienses. Neste sentido, se considerou relevante integrar a terceira edição do DIALIT às atividades do XVI Simpósio de Geografia da UESPI, na perspectiva de contribuir com as discussões inerentes aos 30 anos do Curso de Geografia do Campus ‘Poeta Torquato Neto’ e otimizar a participação de interessados”, destacou.

Além do DIALIT, o simpósio também abrange workshops de Geografia Física, Geografia Urbana e Ensino de Geografia, organizados por outros núcleos de pesquisa, como o Núcleo de Estudos de Geografia Física da UESPI (NEGEO) e o Núcleo de Estudos Rurais e Regionais (NUPERRE). Esses espaços, segundo Elisabeth, são fundamentais para relatos de experiências que se consolidam a cada edição do evento, enriquecendo as discussões e fortalecendo a formação acadêmica e profissional.

XVI Simpósio de Geografia

Ao longo dos 30 anos do curso de Geografia da UESPI, importantes avanços marcaram sua trajetória, abrangendo desde o ensino até a atuação profissional e o desenvolvimento da pesquisa. A professor destacou que a ampliação e a atualização das reflexões teóricas e metodológicas foram acompanhadas por uma significativa formação de professores e geógrafos qualificados. “Se constitui importante destacar a significativa proporção de professores de Geografia formados por este curso e o desenvolvimento destes em diferentes segmentos de atuação da área, da Educação Básica ao Ensino Superior, mas também em setores de monitoramento, pesquisa e planejamento”, ressaltou.

Entre os avanços, ela pontuou o número expressivo de profissionais formados que atuam na Educação Básica e Superior, além de integrarem instituições públicas em níveis municipais, estaduais e federais, contribuindo em áreas como planejamento, desenvolvimento e meio ambiente.

Outro aspecto relevante foi o fortalecimento da pesquisa, impulsionado pelo aumento do número de docentes com titulação de doutorado. Esses professores têm liderado grupos de estudo e coordenado projetos em diversas áreas da Geografia. Esses avanços consolidam o curso como uma referência acadêmica e científica, tanto no estado do Piauí quanto no cenário nacional.

O XVI Simpósio de Geografia da UESPI desempenha um papel essencial no fortalecimento do curso e na integração da comunidade acadêmica. Para a professora Elisabeth Baptista, a iniciativa vai além da simples participação, envolvendo alunos e professores diretamente em seu planejamento e organização. “Ao reunir e congregar os discentes e docentes do Curso de Geografia, não somente na participação no evento, mas essencialmente em seu planejamento e organização, se promove maior interação entre todos, favorecendo a compreensão sobre a importância deste para a formação individual de cada um, bem como para a relação coletiva que construiu e constrói o curso ao longo de sua existência”, explicou.

Essa dinâmica colaborativa contribui para o fortalecimento do curso e também para a consolidação da comunidade acadêmica da UESPI, reforçando os laços entre seus integrantes e promovendo um espaço de aprendizado e troca de experiências. A professora aproveitou para convidar todos os interessados a participarem das atividades do evento, que celebra os 30 anos do curso de Geografia.

O evento contará com uma ampla programação, incluindo:

  • Workshops Temáticos: Geografia Física do Piauí, Ensino de Geografia e Geografia Urbana;
  • III Encontro de Diálogos sobre o Litoral do Piauí (DIALIT): socialização de estudos interdisciplinares sobre o espaço litorâneo do estado;
  • Apresentação de Trabalhos Acadêmicos: nas modalidades oral e pôster, organizados em cinco eixos temáticos, como geografia e questões ambientais, cultura, turismo e movimentos sociais;
  • Minicursos, Oficinas e Feira Científica;
  • Lançamento de Livros e Atividades Culturais;
  • Palestras e Mesas-Redondas com especialistas renomados.

Datas de Inscrição

  • Com submissão de trabalhos: 15 a 29 de novembro de 2024.
  • Sem submissão de trabalhos: até o início do evento, conforme disponibilidade de vagas.

Os interessados poderão submeter até dois trabalhos por inscrição, na forma de resumos simples, abordando eixos como geografia urbana, ensino, questões ambientais, e história do litoral do Piauí. Detalhes sobre a formatação estão disponíveis no site oficial do evento.

Além de celebrar as conquistas do curso, o simpósio busca fortalecer os laços entre os participantes, incentivando a colaboração e a troca de ideias. A expectativa é fomentar discussões que enriqueçam o conhecimento dos alunos e promovam avanços no ensino de Geografia.

Mais informações podem ser encontradas no site: https://www.even3.com.br/xvi-simposio-do-curso-de-geografia-509846/?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAab_CHeSMCZSHGygLOcRnBG3LER64JIQpGI8WiKlTB6t0MtUGCWFDAGGT-w_aem_m6NJ58OjS206iskw498rXg

e também no instagram: https://www.instagram.com/_cageo_/

Inscrições abertas para o I Encontro de Pesquisa e IV Semana de Pedagogia da UESPI

Por Roger Cunha 

Entre os dias 16 e 19 de dezembro de 2024, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) vai promover o I Encontro de Pesquisa em Educação e a IV Semana de Pedagogia do Clóvis Moura, no campus Clóvis Moura, em Teresina. O evento reunirá pesquisadores, estudantes, docentes e profissionais da área para discutir avanços, desafios e perspectivas na educação e nas práticas pedagógicas. O tema central será “A Educação e a Pesquisa na Atualidade: Aspectos Políticos, Curriculares e Sócio-Culturais” , promovendo debates sobre os desafios e perspectivas da educação contemporânea.

I Encontro de Pesquisa em Educação e a IV Semana de Pedagogia do Clóvis Moura, no campus Clóvis Moura, em Teresina. // Imagem: Internet

Com o objetivo de fomentar discussões sobre a atualidade da educação e do processo de formação pedagógica, o evento visa integrar estudantes, professores, pesquisadores e específicos na área educacional, incentivando a troca de saberes e experiências. A programação inclui palestras, apresentações de trabalhos e workshops que abordam temas variados dentro da pedagogia.

As inscrições abertas estão para alunos, professores, servidores da UESPI e demais interessados no assunto . Os participantes podem optar pelas modalidades: ouvinte ou autor(a) , com a possibilidade de apresentar trabalhos nos formatos de Pôster e Comunicação Oral. Os trabalhos devem ser enquadrados em um dos eixos temáticos: Formação docente e práticas educativas , Educação, movimentos sociais e diversidades , Política, gestão e inclusão educacional ou Fundamentos históricos, filosóficos e psicológicos da educação .

A professora Ana Célia, organizadora do I Encontro de Pesquisa em Educação e da IV Semana de Pedagogia do Campus Clóvis Moura, explicou que o principal objetivo do evento é promover uma discussão aprofundada sobre a atualidade da educação e a pesquisa educacional. “O evento visa fomentar a discussão sobre a educação contemporânea, o processo de formação de educadores e as pesquisas na área, buscando a integração, o intercâmbio e a troca de saberes e conhecimentos entre a comunidade acadêmica do curso de Pedagogia e demais interessados”, afirmou a professora.

A coordenadora explicou como surgiu a ideia de unir o I Encontro de Pesquisa em Educação e a IV Semana de Pedagogia em uma única programação. “Nós, do curso de Pedagogia, já realizávamos as semanas de pedagogia, então, já estávamos na organização da quarta edição. E como temos produzido muitas pesquisas, decidimos unir os dois eventos para dar oportunidade às pessoas que se inscreverem de participar tanto da Semana de Pedagogia, onde se discutem os desafios e os rumos da profissão, quanto das apresentações de pesquisas que estão sendo realizadas”, afirmou a professora.

I Encontro de Pesquisa em Educação e a IV Semana de Pedagogia do Clóvis Moura, no campus Clóvis Moura, em Teresina. // Imagem: Internet.

Essa união, segundo ela, visa proporcionar uma experiência mais enriquecedora, permitindo que os participantes tenham acesso a discussões sobre a formação pedagógica, ao mesmo tempo em que se integram ao universo da pesquisa educacional em andamento. A ideia é promover uma programação mais dinâmica e integrada, que favoreça o intercâmbio de conhecimentos entre as diferentes áreas de atuação na educação

As inscrições https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScyCGdvLVLHJ8kKrgdSgC6BwuUv08KfYckSLTJGQz1nEaXgEg/viewform podem ser realizadas até 15 de dezembro de 2024 (para ouvintes) ou até 9 de dezembro de 2024 (para submissão de trabalhos). A taxa de inscrição varia de acordo com a categoria do participante: estudantes da UESPI têm gratuidade, estudantes de outras instituições pagam R$ 20,00 e profissionais da educação pagam R$ 40,00. O formulário de inscrição está disponível no link. A inscrição será confirmada mediante envio do comprovante de pagamento ou de matrícula para o e-mail: encontropesquisapedagogia @gmail .com

CONTA PARA DEPÓSITO (TAXA DE INSCRIÇÃO) 

BANCO: BANCO DO BRASIL 

CONTA POUPANÇA 

AGÊNCIA: 5602-2 

OPERAÇÃO: 96 

CONTA: 346680-9 

Titular: Elenita Maria Dias de Sousa Aguiar

Os trabalhos deverão ser submetidos até dia 9 de dezembro de 2024 para o e-mail oficial do evento, com resumos ou textos expandidos seguindo as normas descritas no edital. Os resultados com a lista de trabalhos aceitos serão divulgados até 12 de dezembro de 2024 .

Confira o Edital do evento para mais informações: file:///C:/Users/ASCOM/Downloads/Edital%202024%20-%20Final%20(1).pdf

Programação do Evento:

Programação do evento

 

 

 

 

 

NAF UESPI oferece palestra gratuita sobre atuação contábil com empresas do Simples Nacional

Por Roger Cunha 

O Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) do Campus Clóvis Moura da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) vai realizar, no dia 27 de novembro, a palestra “Primeiros passos na contabilidade: Como atuar com empresas do Simples Nacional”. O evento, que acontecerá às 17h no Auditório do Campus Clóvis Moura, será ministrado pela contadora, empresária e especialista tributária Carliane Queiroz. A palestra tem como objetivo capacitar estudantes e interessados na área contábil, oferecendo uma visão prática sobre o atendimento a empresas enquadradas no Simples Nacional, um dos regimes tributários mais utilizados por micro e pequenas empresas no Brasil.

Palestra “Primeiros passos na contabilidade: Como atuar com empresas do Simples Nacional”

A coordenadora do NAF, Profa. Joselita Chantal, explicou que o núcleo funciona como um elo entre a teoria e a prática. “O principal objetivo é proporcionar a prática contábil e fiscal aos alunos do curso de Ciências Contábeis, mas todos ganham com isso. O núcleo ajuda no atendimento ao cidadão de forma gratuita, auxiliando com questões relacionadas a órgãos como a Receita Federal (RFB), a Secretaria da Fazenda Estadual (Sefaz) e a Secretaria Municipal de Finanças de Teresina (SEMF)”, afirmou a coordenadora.

A escolha do tema “Primeiros passos na contabilidade: Como atuar com empresas do Simples Nacional” para a palestra promovida pelo NAF da UESPI foi motivada pela necessidade de proporcionar aos alunos de Ciências Contábeis uma compreensão ampla sobre o regime de tributação do Simples Nacional. Segundo a coordenadora do NAF, Profa. Joselita Chantal, essa modalidade abrange uma grande parte das micro e pequenas empresas, que são um dos principais públicos atendidos pelo núcleo. “O objetivo é oferecer uma visão geral sobre o Simples Nacional, já que ele impacta diretamente muitas empresas que buscam o suporte do NAF. Essa é uma oportunidade de preparar os alunos para atuar nesse segmento, que é essencial para a economia local”, explicou a professora.

A discussão sobre o Simples Nacional é de extrema importância para a formação contábil dos alunos, principalmente devido à relevância desse regime tributário para as micro e pequenas empresas, que representam uma parte significativa da economia brasileira. De acordo com a coordenadora do NAF, Profa. Joselita Chantal, essa modalidade de tributação é amplamente escolhida por empresários de pequeno porte devido à sua simplificação fiscal e tributária. “Discutir o Simples Nacional é fundamental porque ele é um regime muito utilizado pelas micro e pequenas empresas, além de trazer atualizações constantes, o que proporciona aos alunos uma formação mais completa e alinhada com as demandas do mercado”, explicou Joselita. Essa abordagem permite que os futuros contadores estejam preparados para atender a uma parcela relevante do mercado e acompanhem as mudanças legais e tributárias que impactam esse segmento.

Com ampla experiência no setor tributário, Carliane Queiroz abordará questões importantes como os primeiros passos para atuar no Simples Nacional, boas práticas na gestão tributária e dicas sobre como se destacar profissionalmente no mercado de trabalho. A palestra promete ser um espaço de troca de conhecimentos entre os participantes e a palestrante, contribuindo para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos envolvidos.

A iniciativa faz parte do compromisso do NAF em aproximar os alunos da prática contábil, promovendo eventos que conectam a teoria ensinada em sala de aula com a realidade do mercado. As inscrições para a palestra “Primeiros passos na contabilidade: Como atuar com empresas do Simples Nacional” e a certificação serão feitas de forma gratuita através do CRCPI (Conselho Regional de Contabilidade do Piauí) na plataforma de eventos. Os interessados devem realizar a inscrição no seguinte link: https://www2.cfc.org.br/sisweb/sgewebsgi/. A solicitação para a certificação gratuita foi realizada pelo NAF à Comissão do CRC Jovem, garantindo que os participantes recebam a certificação ao final do evento.

Grupo terapêutico da UESPI acolhe e orienta alunos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física

Por Roger Cunha 

A saúde mental é uma pauta cada vez mais urgente no ambiente universitário, especialmente diante dos desafios que os estudantes enfrentam para equilibrar a vida acadêmica, pessoal e emocional. Pensando nisso, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Serviço de Psicologia vinculado ao Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários (DAEC-PREX), está lançando um grupo terapêutico destinado a alunos dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina.

Grupo terapêutico destinado a alunos dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. // Imagem: Internet

O grupo, desenvolvido em parceria com estagiárias do curso de Psicologia da instituição, tem como objetivo criar um espaço de acolhimento, troca de experiências e reflexão sobre questões relacionadas à saúde mental e bem-estar emocional. Com uma abordagem inclusiva e prática, a iniciativa busca atender às demandas específicas dos estudantes, promovendo ferramentas para lidar com os desafios da vida acadêmica.

Segundo Yulla Sampaio, responsável pela coordenação do grupo terapêutico, a iniciativa surgiu de uma demanda específica apresentada pelas coordenações dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física. “As coordenações identificaram questões recorrentes relacionadas às dificuldades enfrentadas pelos alunos tanto dentro quanto fora da sala de aula. Preocupadas com essas questões, as coordenadoras recorreram ao Serviço de Psicologia em busca de alternativas para oferecer suporte, e consideramos o grupo terapêutico uma abordagem adequada para trabalhar esses desafios de maneira direcionada e eficaz”, explicou.

Yulla Sampaio destacou que a parceria com as estagiárias de Psicologia é um elemento essencial para a qualidade do projeto, pois combina aprendizado prático e atendimento às demandas dos estudantes. “O projeto faz parte do estágio de Psicologia Escolar que elas realizam no Serviço de Psicologia da UESPI. Assim, essa iniciativa atende às demandas dos discentes da universidade e, ao mesmo tempo, contribui para a formação das estagiárias, inserindo-as no contexto da Psicologia Escolar no ensino superior. Essa vivência prática amplia o conhecimento das estagiárias e fortalece sua atuação em um cenário acadêmico diversificado e desafiador”, afirmou.

O grupo terapêutico conta com a participação de 20 estudantes, número que corresponde ao limite de vagas estipulado. A seleção foi feita por meio de um formulário de inscrição, com critérios claros. “Os critérios considerados foram: ser discente dos cursos de Pedagogia, Jornalismo ou Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto e ter disponibilidade para participar presencialmente dos encontros do grupo”, explicou Yulla Sampaio

Além de oferecer acolhimento e reflexões sobre saúde mental, o grupo terapêutico visa alcançar resultados significativos na vida acadêmica dos participantes. “Esperamos contribuir diretamente para o bem-estar emocional dos participantes, abordando questões como ansiedade e depressão, que podem impactar negativamente a vida acadêmica. Nosso objetivo é promover o desenvolvimento de estratégias para lidar com essas dificuldades, fortalecer habilidades de enfrentamento e proporcionar um espaço acolhedor para o compartilhamento de experiências. Assim, buscamos ajudar os participantes a reduzir o impacto desses desafios em sua rotina acadêmica e pessoal, favorecendo um equilíbrio emocional mais saudável”.

Ela também explicou que há a possibilidade de expandir o projeto futuramente, mas isso dependerá da demanda observada. A intenção é consolidar o grupo terapêutico como uma iniciativa permanente do Serviço de Psicologia, com encontros presenciais mantidos no Campus Poeta Torquato Neto. Isso significa que, caso o projeto continue a ser necessário e bem recebido, ele pode se tornar uma oferta regular para os estudantes desse campus, sem, no entanto, planos imediatos de expansão para outros cursos ou campi no momento.

A coordenadora destacou que o grupo terapêutico tem como objetivo promover uma série de benefícios tanto para os participantes quanto para a comunidade acadêmica como um todo. “Acreditamos que, por meio da troca de experiências e estratégias de autocuidado, os participantes desenvolverão habilidades para lidar com os desafios acadêmicos e pessoais de forma mais saudável. Além disso, buscamos sensibilizar a comunidade acadêmica sobre a importância de cuidar da saúde mental, incentivando a criação de uma cultura de apoio e empatia, onde a saúde mental seja valorizada como essencial para o desenvolvimento tanto pessoal quanto acadêmico”, afirmou.

grupo terapêutico destinado a alunos dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. // Imagem: Internet

Ela ainda ressaltou que outro resultado esperado é o fortalecimento da empatia entre os discentes, criando um ambiente mais solidário e acolhedor. “Esperamos que os participantes se sintam mais preparados para enfrentar as demandas do curso e também mais atentos às necessidades emocionais dos outros. Outro resultado importante é o fortalecimento da empatia e do cuidado mútuo entre os discentes, promovendo um ambiente acadêmico mais solidário e acolhedor”, completou.

João Carlos, aluno do curso de Pedagogia, destacou a importância do grupo terapêutico para lidar com as pressões acadêmicas e profissionais: “Eu achei muito positivo a criação desse grupo terapêutico. Como estudante de Pedagogia, muitas vezes enfrentamos situações de pressão tanto na parte acadêmica quanto nas práticas de estágio. Ter um espaço para compartilhar nossas experiências e aprender estratégias de autocuidado tem sido fundamental. A troca de ideias com outros colegas de diferentes cursos também tem sido enriquecedora. Acho que iniciativas como essa deveriam ser mais frequentes na universidade”, afirmou.

Grupo terapêutico destinado a alunos dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. // Imagem: Internet

Maria Eduarda, aluna do curso de Jornalismo, comentou sobre a importância dos grupos terapêuticos para sua saúde mental: “Participar desses grupos vai ser um alívio para mim, especialmente porque o curso de Jornalismo pode ser bem exigente e estressante, principalmente em períodos de provas e prazos apertados. O grupo vem para ajudar a lidar melhor com a ansiedade e a encontrar formas de equilibrar minha vida acadêmica com o meu bem-estar emocional. Fico feliz que a universidade esteja reconhecendo a importância de cuidar da saúde mental dos alunos”, disse.

Lucas Matheus, aluno do curso de Educação Física, ressaltou a importância do grupo terapêutico para lidar com questões emocionais: “Participar desses grupos vai ser uma oportunidade única para refletirmos sobre questões emocionais que influenciam nossa vida acadêmica e pessoal. Como aluno de Educação Física, somos constantemente cobrados por nossos desempenhos, mas muitas vezes esquecemos de cuidar da nossa saúde mental. Além disso, tem sido bom saber que não estamos sozinhos nesses desafios e que podemos contar com a ajuda uns dos outros”, afirmou.

No Dia Nacional da Consciência Negra, NEPA e GEPEG fortalecem as ações da UESPI na promoção da igualdade racial

Por Roger Cunha 

No dia 20 de novembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, uma data de reflexão sobre a luta contra o racismo, a valorização da cultura afro-brasileira e a promoção da igualdade racial. Na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), a data é marcada por ações e debates que destacam a importância da diversidade racial no ambiente acadêmico e as contribuições da população negra para a formação cultural do país.

UESPI reflete sobre racismo e cultura Afro-brasileira no Dia Nacional da Consciência Negra

Um dos grandes destaques dessa celebração na UESPI é o trabalho do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro (NEPA), que tem se consolidado como um espaço fundamental para a promoção e defesa da pesquisa acadêmico-científica, com foco nas temáticas afro-brasileiras e afrodescendentes. O núcleo tem sido um catalisador para o desenvolvimento de estudos que abordam afrodescendência, literatura afro-brasileira, africanidades e diáspora negra, temas centrais tanto na academia quanto no contexto social. O NEPA vem ganhando destaque não apenas pela sua contribuição à produção de conhecimento, mas também por sua atuação no fortalecimento da presença de estudantes e pesquisadores negros na UESPI. Ao oferecer suporte e promover a visibilidade de estudos afro-brasileiros, o núcleo se tornou um pilar essencial para a construção de uma educação mais inclusiva e representativa na universidade.

O professor Feliciano José Bezerra, coordenador do NEPA, ressalta a relevância do Dia Nacional da Consciência Negra como uma data “importante para todos os segmentos da vida cidadã brasileira, principalmente onde o corpo negro esteja presente”. Ele sublinha que, no contexto da educação superior, “não poderia ser diferente”, pois é o espaço “por excelência, de formação, aprendizado, pesquisa e reflexão”. Ao abordar a urgência de lembrar e celebrar o 20 de novembro, Feliciano destaca que a data promove o entendimento histórico das “lutas por emancipação da comunidade negra e da importância de Zumbi dos Palmares”. Ele aponta ainda que essa reflexão deve funcionar como “um contraponto, com mais envolvimento crítico e participativo, à data oficial da abolição da escravidão no Brasil em 13 de maio”. O professor afirma que “a UESPI não pode ficar de fora deste signo de luta, da reflexão e de denúncia às assimetrias raciais, ao avanço contra as atrocidades do racismo, contra o silenciamento das vozes e histórias negras”. Essas colocações reforçam o papel da universidade como promotora da igualdade racial e de uma formação cidadã crítica.

UESPI celebra o Dia Nacional da Consciência Negra com destaque para as iniciativas Afro-Brasileiras

O coordenador destaca o impacto significativo do NEPA na UESPI e na formação de novos pesquisadores negros. Segundo ele, o NEPA “tem sido referência forte e atuante na formação de novos pesquisadores e de profissionais de ensino”, com uma atuação que engloba pesquisas em graduação, especialização e pós-graduação. Essas investigações abordam temas focados na produção afro-brasileira, abrangendo “os campos da literatura, da história, da cultura e das variantes sociológicas e antropológicas em torno das subjetividades e práticas étnicas brasileiras”. O impacto do núcleo é evidenciado pelos “resultados alcançados, tanto pelo número de novos pesquisadores e profissionais que se habilitaram nesse campo, como da comunidade acadêmica brasileira”. Além disso, Feliciano ressalta a importância do evento organizado pelo NEPA, o África-Brasil, um “grande Congresso Internacional de Literaturas, Histórias e Culturas Afro-brasileiras e Africanas”, que ocorre a cada dois anos e já está em sua oitava edição, prevista para 2025.

O professor Feliciano José Bezerra enfatiza que as temáticas de literatura afro-brasileira, africanidades e diáspora negra são centrais à existência do NEPA, sendo abordadas “de forma aguda e diligenciadas para o maior aproveitamento possível de materiais de pesquisa e levantamento analítico”. Ele destaca que todo esse trabalho é realizado com foco na formação de pesquisadores(as) e no fortalecimento do debate acadêmico sobre o universo da cultura negra. As pesquisas conduzidas no NEPA se moldam conforme “as propostas recebidas”, sendo ajustadas para se alinhar às linhas de pesquisa do núcleo, sem impedir a inclusão de novas ideias que possam ser contempladas. Essa flexibilidade permite abarcar uma variedade de abordagens, ampliando o alcance das discussões.

UESPI celebra o Dia Nacional da Consciência Negra com destaque para as iniciativas Afro-Brasileiras

A contribuição do NEPA é vasta e abrange várias frentes acadêmicas e sociais. Feliciano salienta o impacto do mestrado acadêmico em Letras da UESPI, que tem colaborado para a formação de novos docentes, além de ações voltadas à comunidade, como cursos de extensão, especializações e encontros temáticos. Um exemplo significativo é a futura oferta, em 2025, do “Curso de Especialização em Literaturas, Histórias de Culturas Afro-brasileiras, Africanas e Indígenas”, destinado a docentes da rede estadual de ensino do Piauí, fruto de uma parceria com a SEDUC-PI. O professor Feliciano José Bezerra destaca que as pesquisas sobre afrodescendência são fundamentais para a compreensão da identidade brasileira, pois ajudam a “reconhecer a herança fundamental da cultura negra”. Ele defende que esses estudos têm o potencial de desconstruir os “insistentes e insidiosos condicionantes étnicos” que perpetuam desigualdades no Brasil, promovendo uma ocupação mais ampla e inclusiva dos espaços sociais e acadêmicos. Essas pesquisas não apenas ampliam a produção de conhecimento, mas também fomentam a criação de “novas narrativas, novos saberes”, desafiando o pensamento hegemônico e promovendo uma verdadeira pluralidade. Feliciano enfatiza a urgência de tais iniciativas na construção de uma “sociedade fraterna e igualitária”, que valorize a diversidade cultural e elimine as barreiras impostas pelo racismo estrutural.

UESPI celebra o Dia Nacional da Consciência Negra com destaque para as iniciativas Afro-Brasileiras

O professor Feliciano José Bezerra enfatiza que a valorização da cultura afro-brasileira na academia não é apenas importante, mas inerente à missão universitária: “A universidade tem sua fundamentação existencial justamente na ideia de pluralidade e abrangência científica e de formação cidadã, de contemplar todos os segmentos.” Ele, no entanto, reconhece que a realidade ainda está distante dessa pluralidade ideal, já que “sua atual configuração ainda não está de acordo com a distribuição étnica da população brasileira.” Para enfrentar esse desafio, Feliciano reforça o compromisso do NEPA, que “está empenhado neste desafio, conduzindo nossas pesquisas e intervenções na perspectiva emancipadora de um letramento racial amplo e de uma maior conscientização junto aos docentes e discentes da UESPI.” Esse trabalho é crucial para fortalecer a identidade de estudantes e professores negros(as), além de impulsionar o papel transformador da universidade no combate às desigualdades raciais. Ele também destaca que o fortalecimento das identidades raciais e culturais está diretamente ligado à promoção da diversidade pela universidade, pois “é preciso que a universidade assuma o papel ao qual é destinado, de promover a diversidade”, ampliando o alcance de ações inclusivas que contemplem todos os grupos sociais.

Além disso, a UESPI também se destaca por outras ações relacionadas à cultura afro-brasileira, como o trabalho realizado pelo Grupo Esperança Garcia (GEPEG), coordenado pelo professor Elvis Gomes Marques Filho. Este grupo tem desempenhado um papel fundamental na pesquisa acadêmica e na reflexão sobre os Direitos Humanos. Vinculado ao campus de Picos, o GEPEG criou a Revista Esperança Garcia, um periódico interdisciplinar que foca na promoção dos direitos humanos, desenvolvido pela equipe editorial e pelos membros do grupo.

Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensões Esperança Garcia (GEPEG) – Campus Prof. Barros Araújo – Picos

Com sua proposta de disseminação do conhecimento sobre os direitos humanos, o GEPEG demonstra como a academia pode ser um motor de transformação social, promovendo discussões sobre a realidade das populações negras e incentivando a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A revista complementa os esforços da universidade para ampliar o diálogo sobre questões raciais e colaborar na formação de uma consciência crítica entre estudantes e membros da comunidade acadêmica.

Tanto a Revista Esperança Garcia quanto as iniciativas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiras (NEPA) evidenciam o empenho da UESPI em criar um ambiente acadêmico mais inclusivo e comprometido com a valorização das culturas afro-brasileiras. Alinhadas à celebração do Dia Nacional da Consciência Negra, essas ações reforçam o papel da universidade como um espaço de resistência, promoção da diversidade e reconhecimento da história e cultura negra.

O professor Elvis Gomes Marques Filho explica que a criação do Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensões Esperança Garcia (GEPEG) foi motivada por seu primeiro contato com a história de Esperança Garcia em 2017, durante uma especialização em Direitos Humanos. “Fiquei profundamente impactado ao conhecer a trajetória dessa mulher escravizada que, no século XVIII, utilizou o poder da escrita para denunciar os maus-tratos sofridos por ela e sua comunidade no Piaui”. Para o professor, o ato de Esperança Garcia, realizado em um contexto de silenciamento absoluto, destaca-se como “um símbolo do direito de petição”, marcando sua relevância histórica e cultural.

A Revista Esperança Garcia é uma revista científica vinculada às linhas de pesquisa do “Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensões Esperança Garcia: Constitucionalismo, Democracia e Garantias de Direitos Fundamentais de Grupos Vulneráveis”, da Universidade Estadual do Piauí.

Além disso, Elvis destaca o reconhecimento do legado de Esperança Garcia pelo Conselho Federal da OAB, que a homenageou como “a primeira advogada brasileira”. Inspirado por essa história de resistência e luta por justiça, o professor fundou, em 2020, o GEPEG, registrado oficialmente na UESPI e no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Ele reforça que o grupo não apenas presta homenagem a Esperança Garcia, mas também fortalece o compromisso da UESPI com a valorização e promoção da cultura afro-brasileira, conectando pesquisas, estudos e ações de extensão ao legado dessa figura histórica.

O professor destaca que o GEPEG tem desempenhado um papel crucial na reflexão sobre a luta contra o racismo e a promoção dos direitos humanos dentro da UESPI. Ele afirma: “O GEPEG tem como um de seus pilares a valorização da cultura afro-brasileira, promovendo ações concretas para evidenciar as contribuições e desafios enfrentados pela população negra no Brasil, especialmente no Piauí”.
Uma das estratégias do grupo para fomentar a diversidade étnico-racial é a priorização de pesquisadores negros ou comprometidos com os direitos étnico-raciais, criando um espaço de diálogo inclusivo e representativo. Sobre essa prática, Elvis acrescenta: “Priorizamos, em nossas seleções, pesquisadores que sejam pessoas negras ou que tenham um compromisso ativo com os direitos étnico-raciais, o que possibilita uma diversidade de experiências e perspectivas no grupo”.

Essas perspectivas enriquecem as ações do GEPEG, que vão desde “rodas de conversa, congressos, reuniões acadêmicas” até “publicações em periódicos qualificados”. Essas iniciativas permitem não apenas o debate sobre questões raciais e os direitos humanos, mas também fortalecem a presença e a voz de grupos historicamente marginalizados no ambiente acadêmico, promovendo uma transformação efetiva na universidade e na sociedade.

O professor Elvis Gomes Marques Filho destaca que, no Dia Nacional da Consciência Negra, o GEPEG intensifica suas atividades voltadas para a promoção da educação e da pesquisa sobre as questões raciais. Ele explica: “Nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, abordamos temas que impactam diretamente os direitos humanos da população negra, como políticas de ações afirmativas no ensino superior, as condições de encarceramento de pessoas negras, a marginalização de sujeitos negros periféricos e a intolerância contra religiões de matriz africana”.

UESPI celebra o Dia Nacional da Consciência Negra com destaque para as iniciativas Afro-Brasileiras

Esses temas são explorados de maneira abrangente e aprofundada, refletindo as questões que afetam diretamente a população negra, não apenas no contexto acadêmico, mas também na sociedade. Para o professor, os debates promovidos pelo GEPEG são “construídos em diálogo com os membros do grupo e com ativistas da comunidade piauiense”, estabelecendo uma rede de colaboração e compromisso com a transformação social e a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A Revista Esperança Garcia, lançada em 2024, desempenha um papel crucial no fortalecimento dos estudos sobre afrodescendência, africanidades e diáspora negra, tanto no âmbito acadêmico da UESPI quanto para o público externo. Como um periódico acadêmico, ele se alinha às linhas de pesquisa do Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensões Esperança Garcia (GEPEG), com ênfase em Constitucionalismo, Democracia e Garantias de Direitos Fundamentais de Grupos Vulneráveis, e tem como missão promover a divulgação de trabalhos focados nos Direitos Humanos e em pesquisas interdisciplinares com abordagens críticas.

O professor Elvis Gomes Marques Filho, coordenador do GEPEG, destaca que a revista serve como “um espaço acadêmico comprometido com o fortalecimento dos estudos sobre afrodescendência, africanidades e diáspora negra”. Um exemplo significativo é o artigo publicado em sua primeira edição, “Estética Negra: Discussões Envolvendo Discriminações, Exclusões e Estratégias de Enfrentamento ao Racismo,” que traz reflexões sobre as estratégias de resistência ao racismo a partir da perspectiva de uma discente e uma docente do curso de Psicologia da UESPI.

Além de publicar artigos, a revista promove “uma visão antirracista entre os estudantes” e se empenha em ampliar o acesso ao conhecimento sobre questões étnico-raciais. Como observa o professor, a revista “reforça o compromisso da UESPI com uma educação antirracista que extrapola o ambiente da sala de aula.” Ao dar visibilidade às pesquisas sobre a população negra e ao promover discussões sobre o enfrentamento ao racismo estrutural, o periódico se torna um “veículo estratégico” para o fortalecimento das questões raciais na academia e para a transformação social.

Com isso, a Revista Esperança Garcia não apenas difunde as produções acadêmicas, mas também se posiciona como uma plataforma de impacto social, ampliando a valorização e o reconhecimento das contribuições da população negra, especialmente no contexto do Piauí.

A Revista Esperança Garcia é uma revista científica vinculada às linhas de pesquisa do “Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensões Esperança Garcia: Constitucionalismo, Democracia e Garantias de Direitos Fundamentais de Grupos Vulneráveis”, da Universidade Estadual do Piauí.

A atuação do GEPEG tem sido fundamental para o protagonismo da população negra na universidade, ao fomentar debates que questionam as estruturas de poder e as narrativas que perpetuam desigualdades. O grupo busca, assim, transformar o ambiente acadêmico, criando um espaço mais equitativo e inclusivo para todos. Por meio de publicações científicas que abordam temas como violência racial, racismo ambiental, intolerância religiosa e direitos humanos, o GEPEG contribui para a formação de uma comunidade acadêmica mais consciente e comprometida com a promoção da justiça social.

Dentre os principais destaques estão artigos como “Discursos Racistas na Mídia e a Representatividade da Mulher Negra na Política,” publicado na revista Argumenta (2024), e “A Urgência da Prática Educacional Antirracista,” que reflete sobre a necessidade de ações pedagógicas de combate ao racismo no ambiente educacional. Além disso, o GEPEG teve um papel ativo no Programa Bolsa Extensão Universitária (PIBEU) em 2023, com a realização de eventos como “Lá na Encruza: Retratos da Umbanda Picoense,” que discutiu a intolerância religiosa e a discriminação contra religiões de matrizes africanas, resultando também na publicação do livro “A Liberdade de Crença e a Intolerância Religiosa,” lançado pela editora da UESPI.

UESPI celebra o Dia Nacional da Consciência Negra com destaque para as iniciativas Afro-Brasileiras

Essas iniciativas contribuem para uma análise aprofundada das implicações sociojurídicas do racismo, especialmente no contexto de intolerância religiosa, e promovem uma reflexão crítica sobre os direitos humanos. O GEPEG, ao adotar uma postura antirracista, está não apenas desafiando as violências históricas contra a população negra, mas também criando novas possibilidades para a transformação social. Essas ações ampliam a conscientização sobre a urgência de uma abordagem antirracista e ajudam a formar uma sociedade mais

Esses esforços acadêmicos da UESPI, aliados ao fortalecimento das identidades afro-brasileiras e à promoção de um espaço universitário mais inclusivo, têm um impacto direto na criação de uma sociedade mais equitativa, desafiando as desigualdades e buscando a verdadeira transformação social. No Dia Nacional da Consciência Negra, ações como essas se tornam fundamentais não apenas para homenagear o passado, mas para construir um futuro onde a diversidade racial e cultural seja verdadeiramente valorizada e respeitada.

UESPI celebra o Dia Nacional da Consciência Negra com destaque para as iniciativas Afro-Brasileiras

In Memoriam: Elio Ferreira – O Legado de um Poeta, Educador e Líder Afro-Brasileiro na UESPI

No Dia Nacional da Consciência Negra, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) presta uma homenagem a Elio Ferreira, professor, poeta e líder cultural, que deixou um legado imortal para a comunidade acadêmica e para a sociedade piauiense. Elio, que faleceu em 11 de abril de 2024, dedicou sua vida ao ensino, à pesquisa e à promoção da cultura afro-brasileira, sendo uma referência para todos que compõem a UESPI e a sociedade.

Professor Elio Ferreira. / Imagem: Internet.

Professor decano do Curso de Letras no Campus Poeta Torquato Neto, Elio Ferreira foi muito mais do que um educador; foi um defensor incansável da valorização da história e da cultura negra. Idealizador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro – NEPA, na UESPI, Elio ajudou a construir um espaço acadêmico fundamental para a pesquisa e a reflexão sobre as questões raciais e os direitos das populações negras no Piauí. O NEPA, que ele definia como uma proposta de combate ao racismo, tornou-se um marco na Universidade, com sua atuação voltada para a promoção de pesquisadores negros e negras e para o aprofundamento dos estudos sobre a diáspora africana e a luta pela igualdade.

Sua contribuição para a UESPI vai além do ensino e da pesquisa. Elio Ferreira foi um curador importante do Projeto Roda de Poesia & Tambores, onde reuniu música e poesia para divulgar e celebrar a produção literária piauiense, dando voz a novos autores e reafirmando o papel da literatura como instrumento de resistência. Ele também foi um dos principais nomes na luta pela valorização da literatura afro-brasileira, com obras que combinam a poesia com a crítica social e racial, como Canto sem viola (1982), Poemartelos (1986), e América Negra (2004).

In Memoriam: Professor Elio Ferreira / Imagem: Internet.

Além disso, Elio Ferreira foi um exemplo de dedicação ao ensino e à pesquisa, conquistando, com sua tese sobre “Poesia negra das Américas“, o título de Doutor em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco. Seu trabalho acadêmico e suas publicações enriqueceram o campo da literatura e cultura afro-brasileiras, tornando-o uma referência essencial para os estudos sobre a identidade negra no Brasil.

A UESPI, ao relembrar o legado de Elio Ferreira neste Dia Nacional da Consciência Negra, reafirma seu compromisso com a promoção da igualdade racial, da diversidade e da valorização da cultura afro-brasileira. O impacto de Elio Ferreira na formação de novos intelectuais e na construção de um pensamento crítico sobre as questões raciais e sociais será sempre uma inspiração para a comunidade acadêmica da UESPI.

Neste momento de homenagem, lembramos de suas palavras: “Escrever é uma maneira de falar para o mundo, contar a história dos meus antepassados negros e a minha própria história, influindo e participando na transformação da sociedade através da denúncia contra as violências racial e social.” O exemplo de Elio Ferreira nos desafia a continuar a luta por um mundo mais justo e igualitário, e sua memória continuará viva na UESPI e na história do Piauí.

Professor Elio Ferreira / Imagem: Internet

Professor da UESPI é semifinalista do Prêmio Jabuti 2024 com romance sobre superação no boxe

Por Roger Cunha 

Milton Gustavo, professor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e coordenador do grupo de pesquisa Arcontes, foi indicado como semifinalista do Prêmio Jabuti 2024 na categoria “Romance de Entretenimento” com o livro “O Deus Oculto no Canto do Córner”. A obra conta a trajetória de um treinador veterano de boxe e um jovem pugilista das periferias de São Paulo que enfrentam juntos os desafios do boxe profissional nos Estados Unidos.

Professor da UESPI é semifinalista no Prêmio Jabuti 2024 // Imagens: Instagram

Milton Gustavo revelou que sua própria experiência com o boxe serviu de base para construir o enredo e os personagens do livro. “Eu treinei boxe por nove anos. Muitas daquelas histórias que estão no livro são partes da minha experiência pessoal, de coisas que eu vi, coisas que eu ouvi, coisas que aconteceram comigo, inclusive. Então, sim, tem um fundo da minha experiência pessoal no boxe”, contou o professor, descrevendo como suas vivências no esporte influenciaram diretamente a narrativa.

O professor também compartilhou detalhes sobre seu processo criativo. Para ele, o enredo foi desenvolvido de forma planejada e paciente, o que incluiu dois anos de dedicação para concluir a obra. “Eu inventei um plot, inventei um enredo e depois eu fui escrevendo pacientemente, acrescentando algumas coisas. Mas eu criei um enredo antes de começar a escrever”, explicou Milton. No entanto, ele destacou as dificuldades de equilibrar a vida acadêmica e a criação literária, já que as demandas do trabalho frequentemente tomavam prioridade. “Você trabalhar sem chefes, sem prazo, sem objetivos predeterminados, então é necessário ter muita disciplina para escrever um romance”, acrescentou.

Ser semifinalista do Prêmio Jabuti foi uma grande surpresa para o autor, especialmente por se tratar de seu primeiro romance. “Eu fiquei estupefato, eu jamais imaginava chegar a semifinais de um prêmio tão importante, tão tradicional, que imprimiu gente como Clarice Lispector, Marques Rebelo, Jorge Amado”, disse, emocionado. Para ele, o reconhecimento é uma validação significativa, especialmente porque “a maioria das pessoas não leva a sério” o esforço de escrever um romance. “Então, o reconhecimento por parte de uma banca tão qualificada, de um prêmio tão tradicional, dá um incentivo muito grande para uma pessoa que está começando como eu”.

Livro “O Deus Oculto no Canto do Córner” // Imagens: Instagram.

Milton também compartilhou suas reflexões sobre a categoria “Romance de Entretenimento”, uma novidade no Prêmio Jabuti. “Ela parece até um pouco estranha, porque todo romance deveria ser romance e entretenimento”, disse. O professor observa que a literatura recente tem adotado temas mais densos e dramáticos, o que talvez tenha gerado a necessidade de uma categoria específica para narrativas mais leves e voltadas ao entretenimento. “Vamos ver como é que ela vai se desenvolver, como é que ela vai impactar a carreira dos autores que estão ali”, refletiu.

Empolgado com o reconhecimento, o professor revelou que já está trabalhando em seu segundo romance, que, ao contrário do primeiro, será ambientado no Piauí. “Essa indicação me deu força para continuar. Esse meu segundo romance se passa no Piauí, ao contrário do primeiro que se passa em São Paulo. Então, eu ganhei alma nova para concluir essa segunda empreitada”.

Os finalistas do Prêmio Jabuti 2024, que conta com 22 categorias divididas entre Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação, concorrem à estatueta e a prêmios em dinheiro. Uma das novidades deste ano é a categoria Escritor Estreante – Poesia, no Eixo Inovação, e três novas categorias no Eixo Não Ficção: Saúde e Bem-Estar, Educação, e Negócios. Cada vencedor de categoria receberá R$ 5 mil, e o Livro do Ano será premiado com R$ 70 mil, além de uma viagem para a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha. A cerimônia vai acontecer no dia 19 de novembro, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, com acesso exclusivo para convidados.

Inscrições abertas para o V Seminário de Inovação e Sustentabilidade

Por Roger Cunha 

O V Seminário de Inovação e Sustentabilidade: Mudanças Climáticas acontecerá de 26 a 30 de novembro e oferecerá uma oportunidade única para estudantes, professores, pesquisadores, profissionais e empreendedores se atualizarem sobre as inovações e práticas sustentáveis no enfrentamento das mudanças climáticas. Organizado pelo NEPIS – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação e Sustentabilidade, o evento contará com uma programação híbrida, com atividades presenciais no Auditório da Reitoria, em Teresina, nos dias 26 e 27 de novembro, 100% online no dia 28 de novembro, e híbrido novamente no Auditório do Sebrae, em Floriano, no 29 de novembro, com a apresentação de trabalhos via Google Meet no dia 30 de novembro.

V Seminário de Inovação e Sustentabilidade

O seminário é voltado para estudantes universitários, professores e pesquisadores nas áreas de sustentabilidade e inovação, profissionais e empreendedores que buscam integrar práticas sustentáveis em seus negócios, e a comunidade em geral interessada em questões climáticas. A organização do evento fica por conta dos professores Adriano Olivier, Helano Diógenes e Indira Bezerra do curso de Administração da UESPI. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas online, com a possibilidade de submissão de resumos expandidos até o dia 18 de novembro.

O seminário proporciona aos participantes a chance de ampliar seus conhecimentos sobre os desafios das mudanças climáticas, adquirir uma visão crítica sobre as inovações aplicadas no Brasil e no mundo, fortalecer o networking com especialistas e outros participantes e adotar práticas sustentáveis em suas vidas e carreiras. Para os estudantes, o evento é uma oportunidade de atualização sobre temas relevantes e de fortalecimento do currículo acadêmico com a apresentação de pesquisas. O seminário é uma excelente oportunidade para aprender, colaborar e contribuir para o desenvolvimento de soluções sustentáveis.

A professora Indira Bezerra ressaltou a importância do V Seminário de Inovação e Sustentabilidade para ampliar o entendimento sobre as mudanças climáticas e os desafios que elas trazem para a sociedade. Segundo ela, “esse evento é importante para ampliar o conhecimento sobre as mudanças climáticas e os desafios atuais e futuros que essas mudanças representam para a sociedade.” Ela destaca que o seminário é uma oportunidade para que os alunos e demais participantes desenvolvam “uma visão mais crítica sobre as inovações e as práticas sustentáveis que estão sendo inovadoras no Brasil”.

Além disso, ela enfatizou o papel do evento no fortalecimento do networking entre os participantes: “o evento vai ter alguns momentos presenciais com o intuito de fortalecer o network, permitindo trocas de experiências com os palestrantes e os próprios participantes”. A professora acrescenta que o seminário incentiva a adoção de práticas sustentáveis não apenas no ambiente de trabalho, mas também na vida pessoal dos participantes, contribuindo para a criação de uma “cultura de responsabilidade ambiental”.

Para Indira Bezerra, o evento oferece uma oportunidade essencial para a atualização de alunos, profissionais e empresários sobre temas urgentes que afetam o mundo. Ela conclui: “os praticantes da área, empresários, eles possam se atualizar sobre esses temas essenciais que estão impactando o mundo, principalmente esses temas como inovação sustentável e as políticas climáticas”.

Os temas abordados durante o V Seminário de Inovação e Sustentabilidade incluem inovação sustentável, inovação social, empreendedorismo social e mudanças climáticas. Esses tópicos são essenciais no contexto atual e refletem os desafios enfrentados pela sociedade em relação ao meio ambiente e à sustentabilidade.

A professora Indira Bezerra destacou a relevância de cada um desses temas, explicando que eles permitem uma reflexão sobre o papel de cada cidadão e da sociedade no combate aos problemas ambientais. “Todos esses temas são importantíssimos para o nosso contexto atual, principalmente em relação a tudo que a sociedade vem passando,” reforçando que o seminário busca conscientizar os participantes sobre a necessidade de uma atuação ativa.

As principais atividades programadas para o V Seminário de Inovação e Sustentabilidade incluem palestras, mesas redondas e apresentação de trabalhos científicos. As palestras trarão especialistas para abordar temas como inovação sustentável, inovação social e mudanças climáticas, oferecendo uma visão aprofundada e atualizada sobre esses tópicos essenciais para o contexto ambiental e social atual.

As mesas redondas proporcionarão um espaço de discussão mais interativo, onde palestrantes e participantes poderão debater temas específicos, promover o diálogo e compartilhar diferentes perspectivas sobre os desafios e as soluções para problemas ambientais e sociais. Esse formato visa incentivar o engajamento dos participantes e ampliar o networking.

Além disso, a apresentação de trabalhos científicos permitirá que alunos e pesquisadores compartilhem seus estudos e inovações. Essa atividade não só valoriza a produção acadêmica, mas também contribui para o intercâmbio de conhecimentos e práticas que podem ser aplicados em prol da sustentabilidade e da inovação.

A professora explicou que a escolha pelo formato híbrido foi motivada pelo desejo de “incluir e interiorizar mais ainda o evento, porque geralmente a gente faz isso somente aqui em Teresina.” Ela destacou que, desta vez, foram estabelecidas “parcerias com Floriano, com o Campus de Floriano, também com Oeiras,onde temos professores que estão nos apoiando, que estão divulgando.” Segundo a professora, o objetivo é garantir que o tema da sustentabilidade “se propague, se dissemine nas diversas localidades e que não haja barreiras.” A transmissão ao vivo pelo YouTube possibilita que “profissionais, estudantes, estudantes de outros campos possam participar,” enquanto os momentos presenciais são valorizados para fortalecer o networking e o contato direto entre os participantes, o que ela considera “muito importante”.

A organização do evento espera que ele vá além da conscientização e gere um impacto prático e contínuo no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção da sustentabilidade. A professora explicou que o seminário é parte de um projeto maior, o Núcleo de Estudos e Projetos em Inovação e Sustentabilidade (NEPS), que visa criar “um ecossistema de atores que se interajam […] em prol de enfrentarmos juntos essas mudanças climáticas.” Para isso, o evento reúne palestrantes de diversas esferas – governo, sociedade civil, setor empresarial e universidade – promovendo discussões que vão além do evento e se traduzem em ações concretas.

Dentre as iniciativas do NEPS, a professora mencionou a elaboração de um livro sobre inovação e sustentabilidade, a realização de lives para disseminação de conhecimento e a oferta de cursos focados em questões sociais e ambientais. Ela explicou que o curso atual está finalizando, mas uma nova edição já está programada para o próximo ano, refletindo o compromisso contínuo do núcleo com esses temas. Além disso, o NEPS promove “discussões periódicas com pesquisadores e praticantes da área” para planejar os próximos passos, reforçando o compromisso de gerar impacto duradouro na área de inovação e sustentabilidade.

As inscrições já estão abertas! Os interessados podem se inscrever acessando o link na bio do NEPIS ou clicando diretamente aqui. Para quem deseja submeter resumo expandido, o prazo vai até o dia 18 de novembro às 23h59. A submissão pode ser feita através deste link.

Bibliotecária da UESPI conquista 2º lugar no Prêmio ANCIB 2024

Por Roger Cunha 

A bibliotecária Francisca Carine Farias Costa, egressa do curso de Biblioteconomia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e atualmente servidora da instituição, conquistou o 2º lugar na categoria dissertações dos mestrados profissionais do Prêmio ANCIB 2024, promovido pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (ANCIB). A premiação reconhece as pesquisas que mais contribuem para o avanço da Ciência da Informação no Brasil. A dissertação premiada, intitulada “Catalogação de tecidos: a representação da informação da Teciteca da Universidade Federal do Piauí”, foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal do Cariri (UFCA), sob a orientação da Professora Doutora Gracy Kelli Martins. O trabalho aborda a catalogação e organização de tecidos na Teciteca da UFPI, um repositório especializado, propondo novas metodologias para a catalogação e representação da informação desse acervo.

Bibliotecária da UESPI Conquista 2º Lugar no Prêmio ANCIB 2024

A pesquisa se destacou por sua contribuição prática à Biblioteconomia, oferecendo soluções para a gestão de acervos não tradicionais, como os tecidos, um desafio enfrentado por bibliotecas e centros de informação especializados. A premiação ressalta o avanço nas práticas de catalogação e gestão de acervos, além do desenvolvimento de técnicas que tornam o acesso à informação mais eficiente.

Francisca Carine Farias Costa escolheu o tema “Catalogação de tecidos” para sua dissertação a partir de uma experiência pessoal, quando sua mãe, bibliotecária, mencionou uma profissional que trabalhava com acervos de tecidos. “Minha mãe, que também é bibliotecária, comentou que conhecia uma bibliotecária que trabalhava em um acervo de tecidos e, desde então, sabia que queria fazer meu TCC sobre isso”. Ao pesquisar sobre o tema, percebeu que os trabalhos existentes eram majoritariamente escritos por profissionais da área de Moda, sem mencionar a atuação do bibliotecário. “Em poucos casos era mencionada a presença ou atuação do bibliotecário nos processos relacionados a esses acervos.” Além disso, identificou a falta de padronização na catalogação de informações sobre tecidos, como as bandeiras têxteis, o que a motivou a desenvolver sua pesquisa no mestrado para preencher essa lacuna e aprimorar a organização desses acervos. “Decidi que faria o mestrado sobre o tema, com o objetivo de preencher essa lacuna na área”.

A pesquisa de Francisca destaca a importância da atuação dos bibliotecários na catalogação e organização de acervos especializados, como os de tecidos.” A relevância dessa pesquisa para a Biblioteconomia está relacionada à importância da participação dos bibliotecários no processo de catalogação dos tecidos, pois sua atuação é fundamental para a organização, o acesso e a recuperação eficaz dessas informações.” Ela acredita que os bibliotecários devem reconhecer as tecitecas como uma oportunidade de atuação, incentivando-os a se envolver na organização desses espaços. “Ela também visa fazer com que os bibliotecários reconheçam as tecitecas como uma oportunidade de atuação, incentivando-os a tomar a frente da organização desses espaços”.  Além disso, a pesquisa orienta os profissionais da área, pois a catalogação de tecidos é uma prática pouco comum, mas essencial para a Biblioteconomia.

A pesquisa sobre a Teciteca da UFPI contribui para a melhoria da gestão de acervos especializados, como os de tecidos, ao abordar os desafios específicos de catalogação e organização desses materiais. Como a maioria desses acervos era “gerenciada pelos professores do curso de Moda e geralmente restrito a um laboratório ou sala de aula, onde apenas os alunos do curso têm acesso”, havia uma falta de padronização na descrição dos tecidos, o que dificultava a organização e a recuperação da informação. A proposta de integrar esses acervos à biblioteca e padronizar a catalogação dos tecidos tem o objetivo de facilitar o acesso, “não só para os alunos de Moda, mas também para estudantes e profissionais de outras áreas com interesse, como técnicos em moda, engenharia têxtil, arquitetura, design de interiores, além da comunidade externa”.

Essa mudança expandiria o conhecimento sobre a existência do acervo, ampliando as possibilidades de uso e aproveitamento do material. Como ressalta Francisca Carine Farias Costa, “a integração e padronização tornam o acervo mais acessível e eficaz, promovendo o uso mais amplo desses recursos especializados, o que, por sua vez, facilita a recuperação da informação e amplia as possibilidades de uso do material, aumentando sua acessibilidade a um número maior de usuários, especialmente aos de outras áreas que podem se beneficiar desse acervo”.

A dissertação premiada, intitulada “Catalogação de tecidos: a representação da informação da Teciteca da Universidade Federal do Piauí”

A conquista do Prêmio ANCIB 2024 é de grande importância para a carreira de Francisca Carine, pois oferece visibilidade ao tema das Tecitecas, que ainda é pouco explorado na Biblioteconomia. Como ela própria destaca, “pesquisas sobre Tecitecas ou acervos de tecidos são pouco exploradas na Biblioteconomia, e, por isso, o Prêmio ANCIB 2024 se torna uma grande oportunidade para dar visibilidade a esse campo, permitindo que o trabalho realizado na Teciteca da UFPI, uma área ainda negligenciada por muitos profissionais da informação, receba o reconhecimento merecido”.

O resultado da pesquisa, um “manual de orientações para a catalogação das bandeiras têxteis”, busca padronizar esse processo e auxiliar os bibliotecários que, muitas vezes, não têm o conhecimento específico para registrar esses materiais. Segundo a própria Francisca Carine, “o manual de catalogação das bandeiras têxteis visa preencher uma lacuna na área, pois muitos bibliotecários, mesmo no contexto de acervos especializados, enfrentam dificuldades por não possuírem um treinamento específico que os capacite a lidar com acervos não tradicionais, como os de tecidos, o que torna essencial a criação de diretrizes claras para esse tipo de catalogação”.

Após a premiação, o próximo passo para Francisca Carine será colaborar com outras instituições para implementar o manual de catalogação e promover a integração dos acervos de tecidos à estrutura bibliotecária, garantindo que esses recursos informacionais “estejam acessíveis e bem organizados para os usuários”. Ela afirma: “Nosso objetivo com esse manual é garantir que a catalogação desses acervos, por sua vez, seja mais eficiente, o que tornará os materiais disponíveis para um público mais amplo e diversificado, contribuindo para que os acervos especializados ganhem mais relevância e sejam melhor utilizados em suas diversas aplicações”.

Embora não planeje continuar com novas pesquisas neste momento, ela mencionou que sua orientadora, a Prof.ª Dra. Gracy Kelli Martins, a incentiva a seguir para o doutorado, focando em “representação temática” e na “construção de um vocabulário controlado para as Tecitecas”. Como Francisca destaca, “a Prof.ª Dra. Gracy Kelli Martins tem me incentivado a continuar a pesquisa e avançar para o doutorado, focando na construção de um vocabulário controlado que possibilite a organização semântica mais precisa dos acervos de tecidos, mas ainda não me sinto totalmente preparada para essa nova etapa, uma vez que o doutorado exige um nível de dedicação e foco que, neste momento, me sinto incapaz de oferecer em sua totalidade”.

Esse reconhecimento reflete a qualidade da formação acadêmica da UESPI e a importância das pesquisas inovadoras no campo da Biblioteconomia e Ciência da Informação. A UESPI parabeniza Francisca Carine Farias Costa, cuja conquista reforça o compromisso da instituição com a excelência acadêmica.

UESPI e Consulado do Japão fortalecem laços culturais com cerimônia de doação de livros

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) vai realizar, no dia 22 de novembro de 2024, uma cerimônia para receber a comitiva do Consulado do Japão de Belém-PA. Na ocasião, o programa japonês “READ JAPAN PROJECT THE NIPPON FOUNDATION ” vai celebrar a doação de livros para a UESPI e, após, os representantes farão uma palestra no auditório do CCS-Facime sobre as bolsas de intercambio MEXT para a comunidade acadêmica e geral.

O evento contará com a presença de representantes do Consulado do Japão, em Belém, incluindo o Cônsul Principal, Sr. Tomio Sakamoto, e a Assessora Cultural, Sra. Rosa Kamada e com o apoio local do Centro Piauiense da Cultura Japonese de Teresina-PI (CPCJ) . A programação terá início às 8h, com uma visita ao Gabinete da Reitoria, no Palácio Pirajá, seguida pela cerimônia de entrega dos livros, que ocorrerá às 10h na Biblioteca do Centro de Ciências da Saúde (CCS – FACIME).

Doação dos livros do programa “READ JAPAN PROJECT THE NIPPON FOUNDATION “

No dia 10 de maio deste ano, o Sr. Tomio Sakamoto assumiu o cargo de Cônsul Principal do Consulado do Japão, em Belém, após ser transferido da sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Esta é sua primeira missão na América do Sul e no Brasil. Antes disso, ele esteve em Moçambique, onde o português é também o idioma oficial, assim como no Brasil. Durante sua estadia na África, organizou o Festival do Japão em parceria com a Embaixada do Japão, a Câmara de Comércio e Indústria do Japão e o Centro Cultural do Brasil. Além disso, foi testemunha do acordo de cooperação entre Japão e Brasil, que apoiou o desenvolvimento econômico de Moçambique, proporcionando-lhe uma certa familiaridade com o Brasil. O Japão e o Brasil mantêm acordos de cooperação globais, e, com esta designação, Sakamoto sente uma forte conexão com o Brasil.

Cônsul SAKAMOTO Tomio.

A doação de centenas de livros reforça a importância da parceria entre a UESPI e o Consulado do Japão, em Belém, sendo um marco no estreitamento das relações culturais e educacionais entre Brasil e Japão. O objetivo é proporcionar à comunidade acadêmica da UESPI acesso a uma rica variedade de obras literárias e culturais japonesas, além de abrir portas para futuros intercâmbios acadêmicos e culturais entre as duas instituições.

A palestra sobre o Programa de Bolsas de Estudo do Governo Japonês (MEXT) será ministrada pela Sra. Rosa Kamada, às 10h30, no Auditório do CCS – FACIME.

À tarde, das 13h30 às 16h30, serão realizadas oficinas culturais, incluindo o “Ensaio de Vestimenta Yukata” no Auditório do Pirajá, e o “Exercício com Origami” na Sala de Reunião do LIAJ/NEAD.

Doação dos livros do programa “READ JAPAN PROJECT THE NIPPON FOUNDATION “

A relação entre a UESPI e o Japão já colheu frutos recentemente. Em 2023, o aluno Edilson Morais Brito, do Curso de Ciências da Computação, no campus de Parnaíba, foi selecionado para um estágio internacional na cidade de Keihanna. O aluno foi encaminhado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) e contemplado com a vaga ofertada pelo setor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Embaixada do Brasil em Tóquio, destacando o potencial da universidade em estabelecer laços internacionais e ampliar as oportunidades para seus estudantes. Você pode conferir em: https://uespi.br/uespi-e-consulado-do-japao-fortalecem-lacos-culturais-com-cerimonia-de-doacao-de-livros/

Doação dos livros do programa “READ JAPAN PROJECT THE NIPPON FOUNDATION”

O Professor Orlando Berti, Coordenador de Relações Internacionais da UESPI, explicou que o processo de articulação para a doação dos livros do programa “READ JAPAN PROJECT THE NIPPON FOUNDATION ” é fruto de uma parceria histórica entre a universidade e as entidades consulares do Japão. “Foi um processo que nasce da relação que a UESPI tem há mais de 10 anos com as entidades consulares do Japão, principalmente através do professor Fabricio Ibiapina Tapety, que é um parceiro de longas datas das questões internacionais, junto com o senhor Seiji Nakayama, que é do Centro de Cultura Japonesa aqui no Piauí”.

O Prof. Orlando Berti também destacou que a visita de 2023 do Embaixador do Japão no Brasil e do Cônsul do Japão para o Nordeste foi fundamental para fortalecer ainda mais essa parceria: “E é uma reflexão da visita que nós tivemos em 2023 do embaixador do Japão no Brasil e do consulado do Japão aqui para o Nordeste.” Ele destacou que essa relação com o Japão tem como objetivo não somente estreitar os laços, mas também promover um maior intercâmbio cultural e educacional. “Essa relação é uma forma de estreitarmos não só os laços, mas principalmente de evoluirmos nas questões com a cultura japonesa, com a literatura japonesa”.

Por fim, ele ressaltou que a doação de livros é apenas o primeiro passo para futuros intercâmbios: “E é o primeiro de muitos outros intercâmbios que a gente vai fazer nesse sentido da interlocução de materiais. E essa parceria é interessante tanto para a UESPI quanto para o Estado do Piauí”.

O evento visa ampliar as oportunidades educacionais para os estudantes da UESPI, além de promover uma maior aproximação com a cultura japonesa. A universidade convida toda a comunidade acadêmica a participar desta programação.

Formulário de inscrição para a transmissão da palestra intitulada: Bolsas de estudo MEXT (Monbukagakusho)https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd_ZSJQKaQRgyY6jjUPFJ64gp9Rso4RuzEI6K2Zc9ROgtrLvQ/viewform

Formulário de inscrição para as Oficinas Japonesashttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScTzlJlDdNsFIA2HYldVyqa6aECZJDRGBzneZs6vNGHOmGy-A/viewform

6ª Semana de Audiovisual da UESPI debateu os desafios éticos e identitários da inteligência artificial nas narrativas audiovisuais

Por Roger Cunha 

A 6ª Semana de Audiovisual da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reuniu estudantes, professores e profissionais da área em uma rica programação, organizada pelos alunos do curso de Jornalismo. Com o tema “Narrativas Identitárias e as Implicações Éticas na Produção e Consumo de Conteúdos por Inteligência Artificial”, o evento buscou provocar reflexões sobre o papel da IA no campo audiovisual, especialmente no que se refere às representações identitárias e à ética no consumo de informações.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Ao longo do evento, palestras e mesas-redondas exploraram o impacto das novas tecnologias na criação de conteúdo. Especialistas discutiram a responsabilidade dos jornalistas e produtores ao lidar com ferramentas de IA, destacando a importância de uma postura crítica e ética na construção de narrativas e no tratamento de dados. A questão da autenticidade e do respeito às diferentes culturas e identidades foi um dos principais pontos de debate, refletindo a preocupação com os limites e potenciais riscos na utilização de IA para criar imagens, vídeos e textos.

A programação incluiu oficinas práticas de edição e uso de softwares de IA, proporcionando aos participantes uma imersão no processo criativo com essas tecnologias. As atividades foram idealizadas para não apenas ensinar o uso técnico das ferramentas, mas também fomentar a consciência ética entre os futuros profissionais, incentivando-os a refletir sobre as consequências de suas escolhas na representação de narrativas identitárias.

Palestra: “Narrativas Identitárias e as Implicações éticas na produção e consumo de conteúdos por inteligência artifical”

No dia 4 de novembro, a palestra de abertura contou com  a presença de profissionais: Nayra Figueiredo, Mestra em Ciência Política, advogada e DPO da Secretaria de Inteligência Artificial do Estado do Piauí, a Doutora em Linguística Raquel Freitag e o professor Mestre em Letras Luedo Teixeira. Com diferentes abordagens, os palestrantes discutiram o tema “Narrativas Identitárias e as Implicações Éticas na Produção e Consumo de Conteúdos por Inteligência Artificial”, enfatizando a importância de um olhar ético e responsável sobre o impacto da IA na comunicação e na criação de conteúdo audiovisual.

Nayra Figueiredo, enfatizou a importância de uma abordagem ética rigorosa no desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA). Para ela, o avanço dessa tecnologia exige que sejam definidos limites claros para a proteção dos dados dos cidadãos, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) sendo tratada como uma prática efetiva, e não apenas uma formalidade. “A questão ética na Inteligência Artificial é algo que devemos abordar com extrema seriedade. O avanço dessa tecnologia exige que nos perguntemos: quais limites estamos estabelecendo para proteger os dados dos cidadãos.  A ética entra quando entendemos que a coleta e o uso de dados afetam vidas”, afirmou.

Raquel Freitag alertou sobre os impactos da Inteligência Artificial na diversidade da língua, destacando o risco de padronização excessiva das expressões culturais e regionais. Ela explicou que, embora a IA já consiga produzir textos com alta qualidade, isso pode limitar a riqueza linguística, uma vez que essas ferramentas tendem a se alinhar ao uso da “língua formal”. “A Inteligência Artificial já é capaz de criar textos tão bem quanto nós, mas o que isso significa para a diversidade da nossa língua? Observamos que as ferramentas de IA tendem a padronizar expressões, alinhando-se ao que chamamos de ‘língua formal’. Mas onde fica a nossa riqueza de variações regionais e culturais? Nós temos sotaques, gírias e nuances! É essencial que, ao usarmos IA para produzir conteúdo, não percamos essa multiplicidade que faz da língua um reflexo da nossa identidade”, afirmou.

O professor Luedo Teixeira destacou o papel da Inteligência Artificial como uma aliada e não uma substituta no processo educativo, apontando os limites da tecnologia no ensino da linguagem. Para ele, a IA pode ser útil na análise de textos e na criação de conteúdo, mas ainda é incapaz de replicar a sensibilidade e o entendimento humano das nuances linguísticas. “Com a Inteligência Artificial, estamos diante de uma nova fase na educação. Eu sempre digo aos meus alunos que as ferramentas são aliadas, não substitutas do nosso processo de ensino. Uma IA pode, sim, auxiliar na análise textual e na criação de conteúdo, mas precisamos entender que ela não substitui o olhar humano para a linguagem”, afirmou o professor.

Oficina: Prática de produção em telejornalismo com a jornalista Sayuri Sato.

Logo após a palestra de abertura, ocorreram oficinas práticas, incluindo “Produção de Documentário: do Roteiro à Prática”, ministrada por Antônio Augusto; “Captação de Imagens com o App CapCut”, conduzida por Danilo Kelvin; e “Prática de Produção em Telejornalismo”, com a jornalista Sayuri Sato.

No segundo dia do evento, 05 de novembro, ocorreu a palestra “Produção com Inteligência Artificial no Audiovisual”, com a participação de Sérgio Rossini, Abdala Moura e Roberth Lucas.

Palestra Produção com inteligência artificial no audiovisual

Sérgio Rossini refletiu sobre os desafios que o uso da Inteligência Artificial impõe ao papel do artista e do produtor, sugerindo que o futuro da produção audiovisual pode estar em uma parceria mais estreita entre a IA e a criatividade humana. Ele explicou que, com a automação das tarefas técnicas, há mais tempo para focar naquilo que a IA ainda não é capaz de fazer sozinha: criar uma conexão genuína com o público. “O uso da IA nos desafia a repensar o papel do artista e do produtor. Talvez o futuro da produção esteja em uma parceria mais profunda entre IA e criatividade humana. Com a automação das tarefas técnicas, ganhamos mais tempo para investir naquilo que a IA ainda não pode fazer sozinha: criar uma conexão genuína com o público, dando alma e propósito ao som. O segredo é integrar a tecnologia com a sensibilidade humana”, afirmou.

Abdala Moura destacou as questões éticas e de responsabilidade envolvidas no uso da Inteligência Artificial para a produção de áudio, questionando se a tecnologia está promovendo uma padronização da produção ou, de fato, ampliando as possibilidades para artistas e produtores. Ele ressaltou que a chave está na maneira como os criadores utilizam essas ferramentas. “O uso de IA para a produção física do áudio levanta uma série de questões éticas e de responsabilidade. Vemos a IA substituindo funções que, antes, só um artista poderia fazer. Será que estamos criando uma produção de massa padronizada, ou a IA está realmente expandindo o horizonte para artistas e produtores? Eu acredito que a resposta está na forma como nós, como criadores, usamos essa tecnologia para ampliar e não limitar a criatividade”.

Roberth Lucas destacou o papel da Inteligência Artificial como uma ferramenta que aprimora a produção de áudio, tornando processos antes demorados e exigentes em estúdios mais rápidos e precisos. Ele ressaltou que, ao automatizar tarefas técnicas, a IA permite que os profissionais de áudio se concentrem no design criativo, elevando a qualidade do trabalho final. “As ferramentas de IA são fantásticas para aprimorar de uma forma que, antigamente, exigia horas de trabalho em estúdios. Se a IA pode fazer a produção mais rápida e precisa, os profissionais de áudio podem focar no design criativo, aprimorando detalhes que realmente destacam o trabalho final. Assim, a IA se torna uma parceira, e não uma competidora, da produção artesanal de áudio”, afirmou.

“6ª Semana de Audiovisual da UESPI Debateu a Influência da Inteligência Artificial nas Narrativas

Após a palestra, ocorreram as oficinas do dia, incluindo a prática de produção em telejornalismo, com as jornalistas Josiane Sousa (REDE CLUBE) e Nágila Alves (TV MEIO), além da oficina “Produção de Documentário: do Roteiro à Prática”, com Antônio Augusto, e a oficina de captação de imagens pelo app CapCut, ministrada por Danilo Kelvin.

Palestra: “Inteligência Artificial: Ferramenta ou Substituta? O Futuro Está à Nossa Frente”

No terceiro dia do evento, 06 de novembro, ocorreu o debate “Inteligência Artificial: Ferramenta ou Substituta? O Futuro está a nossa frente”, com a participação de Marta Alencar, fundadora da COAR (startup jornalística e educacional de debunking e fact-checking no Nordeste), e o Doutor em Informática Cláudio Micelli. 

Marta Alencar enfatizou o papel essencial da Inteligência Artificial na análise rápida de grandes volumes de dados, especialmente na identificação de fake news. No entanto, ela destacou que a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar, e não uma substituta. “A IA tem sido uma aliada essencial, permitindo uma análise rápida de grandes volumes de dados para identificar fake news. Mas, para mim, a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar e não uma substituta. O processo de checagem de fatos, especialmente em um contexto complexo como o nosso, envolve nuances culturais e de linguagem que só um ser humano pode entender em profundidade. O olhar humano é insubstituível quando o objetivo é buscar a verdade e interpretar a informação. A IA acelera e amplia nosso alcance, mas o trabalho final exige uma visão ética e crítica que a máquina ainda não possui”, afirmou.

Cláudio Micelli abordou o avanço da Inteligência Artificial, destacando que estamos cada vez mais próximos de um cenário onde a IA será capaz de realizar interpretações avançadas e até tomar decisões com precisão similar à humana. Ele questionou se estamos preparados para permitir que a IA assuma papéis mais complexos, substituindo certas funções humanas. “Estamos cada vez mais próximos de um cenário onde a IA será capaz de fazer interpretações avançadas e até de tomar decisões com precisão similar à humana. A questão é: queremos que a IA seja apenas uma ferramenta ou estamos prontos para permitir que ela assuma papéis complexos, substituindo certas funções humanas? O desenvolvimento de algoritmos mais sofisticados e a capacidade de aprendizado autônomo colocam a IA em um patamar onde ela pode atuar em áreas que antes considerávamos exclusivamente humanas. No campo da informática, por exemplo, já vemos IA programando outras IA. O desafio é garantir que essa autonomia seja guiada por parâmetros éticos que nós estabelecemos”, afirmou.

A 6ª Semana de Audiovisual da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reuniu estudantes, professores e profissionais da área

Após a palestra, ocorreram as oficinas do dia: “Entrevistas em Vídeo para Televisão e Mídias Digitais”, com a jornalista Cinthia Lages (TV MEIO); “Práticas da Fotografia Jornalística em Campo”, com o fotógrafo Thiago Amaral; e “Criação de Conteúdos para as Redes Sociais: O Poder do Real Time”, com João Marcos.

Palestra “Narrativas Identitárias e as Implicações Éticas na Produção e Consumo de Conteúdos por IA”

No quarto dia do evento, 07 de novembro, ocorreu a palestra “Narrativas Identitárias e as Implicações Éticas na Produção e Consumo de Conteúdos por IA”, com Marcelle Chagas, e contou com a participação dos professores Prof. Dr. Silvino Filho e Prof. Dr. Raimunda Celestina. Durante a palestra, os especialistas discutiram como a Inteligência Artificial está transformando o audiovisual, abordando as responsabilidades dos criadores de conteúdo na preservação das identidades culturais e sociais. Também enfatizaram a importância de uma abordagem ética e consciente ao utilizar IA, destacando o impacto dessa tecnologia nas representações e narrativas contemporâneas.

Marcelle Chagas destacou a transformação proporcionada pela Inteligência Artificial na produção e consumo de conteúdo, levantando questões importantes sobre as narrativas identitárias. “A Inteligência Artificial está transformando o modo como produzimos e consumimos conteúdo, o que nos leva a refletir sobre o impacto dessas mudanças nas narrativas identitárias. A IA permite criar histórias e personagens de forma rápida e com uma precisão impressionante, mas onde fica a preservação das nossas identidades culturais e sociais? É fundamental que nós, como criadores, tenhamos uma responsabilidade ética ao lidar com essas tecnologias, garantindo que as nossas histórias respeitem e reflitam a diversidade da nossa sociedade, sem estereótipos ou distorções”.

O Prof. Dr. Silvino Filho abordou o impacto da Inteligência Artificial no audiovisual, destacando suas potenciais implicações culturais. “A IA tem o potencial de reproduzir e amplificar representações culturais, mas também pode, inadvertidamente, perpetuar preconceitos ou apagar identidades. No contexto do audiovisual, precisamos de uma IA que compreenda e respeite a complexidade de nossas culturas. A responsabilidade do criador é maior do que nunca. Temos que questionar: quem está programando essas máquinas e com quais valores? Se não formos cuidadosos, a IA pode acabar impondo visões enviesadas ou superficiais, minando as narrativas autênticas que lutamos para construir ao longo dos anos”, afirmou o professor, ressaltando a importância de um olhar crítico na utilização dessas tecnologias.

 A Prof.ª Dr.ª Raimunda Celestina destacou a necessidade de reflexão sobre as implicações do consumo de conteúdos gerados por Inteligência Artificial. “Temos que pensar nas implicações do consumo desse conteúdo gerado por IA. A IA tem uma capacidade incrível de adaptar narrativas a diferentes públicos, mas ao fazer isso, ela pode deixar de lado nuances importantes das identidades locais. Como consumidores, devemos ter uma postura crítica ao consumir esses conteúdos, reconhecendo o que é autêntico e o que pode ter sido manipulado ou diluído por um algoritmo. Acredito que, ao promover uma abordagem ética e consciente, podemos ensinar o público a valorizar a diversidade e a buscar representações que realmente os representem”, afirmou, ressaltando a importância de um consumo consciente e crítico.

Foram realizadas diversas atividades como palestras, mesas redondas e oficinas.

Após a palestra, ocorreram as oficinas de Entrevistas em vídeo para televisão e mídias digitais com a jornalista Joelma Patricia (ClubeNews), Práticas da fotografia jornalística em campo com o fotógrafo Thiago Amaral e Criação de conteúdos para as redes sociais: o poder do real time com João Marcos.

Palestra “O futuro do jornalismo tradicional em contexto de IA”

Para encerrar a 6ª Semana de Audiovisual (08/11), foi realizada a palestra “O Futuro do Jornalismo Tradicional em Contexto de IA”, com a presença do diretor de tecnologia da Rede Clube, Sérgio Paiva, do diretor de jornalismo da TV Antena 10 e do Portal A10+, Marcelo Gomes, além do reitor da UESPI, Professor Doutor Evandro Alberto, e do professor pós-doutor Orlando Berti. A palestra abordou os desafios e as oportunidades que a Inteligência Artificial representa para o jornalismo tradicional, discutindo o impacto das novas tecnologias no modo de produção e consumo de notícias, além de explorar as possíveis transformações nas práticas jornalísticas diante da crescente presença da IA na mídia.

Sérgio Paiva, ressaltou a importância de se entender o papel da Inteligência Artificial no jornalismo.“do ponto de vista tecnológico, a IA pode ser uma grande aliada, ajudando a otimizar a coleta de informações, a análise de dados e até a personalização de conteúdo para diferentes públicos. No entanto, é fundamental compreender que a IA é uma ferramenta que depende de quem a programa e do propósito que orienta o seu uso. O desafio está em como integrar a IA sem perder a qualidade e a credibilidade do jornalismo que construímos ao longo dos anos”.

Marcelo Gomes,  destacou o papel da Inteligência Artificial no aprimoramento da produção jornalística. Ele observou que, “nós também vemos o potencial da IA em aprimorar a produção jornalística. Mas a questão é: até que ponto a IA pode substituir o trabalho do jornalista? Embora possamos usá-la para agilizar processos, como a transcrição de entrevistas e o monitoramento de redes sociais, o jornalismo vai além da automatização. É um trabalho humano, de análise crítica, de interpretação dos fatos. É fundamental que, enquanto usamos a IA, mantenhamos o compromisso de transmitir informações de maneira ética e confiável”.

O Prof. Dr. Evandro Alberto, reitor da UESPI, enfatizou a responsabilidade social do jornalismo, destacando que “o jornalismo tem uma responsabilidade social que transcende a simples transmissão de informações. A IA pode facilitar a produção de conteúdo, mas não pode substituir o rigor, a ética e o senso crítico que formam a base do jornalismo. O papel das universidades é preparar futuros profissionais para que saibam usar a IA como uma ferramenta, mas sempre mantendo a consciência do impacto social e da responsabilidade que cada notícia carrega”.

O Prof. Pós-Doutor Orlando Berti abordou o impacto da IA no jornalismo, destacando seu potencial para democratizar o acesso à informação, ao permitir uma cobertura mais ampla e acessível. No entanto, alertou sobre o risco de se perder a essência do jornalismo, que é questionar, investigar e interpretar. “A formação do jornalista deve ser mais crítica do que nunca, para que ele saiba diferenciar o uso positivo da IA de um uso que possa comprometer a ética e a qualidade da informação”, afirmou.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Filipe Benson, aluno da UESPI, destacou a importância de ter participado dos cinco dias de evento, ressaltando que a experiência proporcionou uma visão ampla sobre a possibilidade de criar um jornalismo em parceria com a IA. “Foi muito importante a participação nos cinco dias de evento porque ajudou a gente a ver a possibilidade de estar criando um jornalismo em parceria com a inteligência artificial e criou em nós a vontade de desenvolver esse novo tipo de jornalismo. Foram muitos conhecimentos, palestras maravilhosas, todos os palestrantes foram de parabéns, a equipe foi responsável por estar de parabéns. Foi incrível, só soma demais na nossa construção enquanto jornalista e enquanto estudante da UESPI”.

Luis Alberto Lustoza Damasceno, aluno de Jornalismo, expressou a relevância da Semana de Audiovisual, destacando que “foi essencial para aprimorar e enriquecer os conhecimentos que nossos docentes transmitem para nós diariamente em suas aulas”. Ele também abordou o impacto da inteligência artificial, ressaltando que, “quanto à inteligência artificial, acredito que tudo pode ser benefício, desde que seja usado de forma correta e sem intenção de prejudicar ou atrasar a evolução de algo”. Para ele, a IA “pode sim ajudar no cotidiano e futuramente será algo fundamental no nosso dia a dia”. A Semana de Audiovisual, segundo o aluno, “serviu para nos fazer entender um pouco mais sobre essa novidade tecnológica, como ela pode nos ajudar como jornalistas e nos fazer refletir sobre formas certas e erradas de usá-la”.

Maria Vitória, aluna do curso de jornalismo, compartilhou seu encantamento pelo evento, afirmando que a Semana do Audiovisual a fez se apaixonar ainda mais pelo jornalismo.“A Semana do Audiovisual me impactou positivamente, fazendo eu me apaixonar mais ainda pelo jornalismo. Atualmente, sei como a inteligência artificial está presente em nosso cotidiano e como afeta todas as profissões, mas a Semana do Audiovisual me fez perceber que a inteligência artificial não irá tomar o lugar dos jornalistas, e sim ser uma aliada dos profissionais de jornalismo”.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Izzy Santos, também aluna do curso de jornalismo fez uma avaliação extremamente positiva, destacando como o evento impactou sua visão sobre a profissão. “Minha avaliação referente ao tema escolhido é 10, achei excelente. Impactou muito na minha visão sobre a vida profissional e ver de fato a inteligência artificial como uma ferramenta que deve ser usada como meio, mas jamais para um fim. Ela nos ajuda, mas não faz o trabalho que só um ser humano faz e não consegue passar a empatia e o sentimento que só uma pessoa humana consegue, em um texto. E entender isso ajuda também a desmistificar os rumores de que vamos ser substituídos como profissionais. As IAs já não são futuro, são o nosso presente e precisamos saber utilizá-la sem ferir a nossa ética profissional e sem nos acomodarmos diretamente na tecnologia”.

Jimmy Christian, aluno da uespi  também reforçou a relevância das discussões promovidas no evento, destacando a ideia de que as IAs, longe de serem uma ameaça, podem ser aliadas do bom jornalismo. “As discussões que tivemos no evento foram maravilhosas, porque repassaram a ideia do uso saudável e auxiliador das IAs como benéficas pro bom jornalismo, que antes dos debates víamos esse fenômeno das inteligências como ameaçador aos profissionais. No geral, foi engrandecedor por trazer uma visão palpável de um jornalismo melhor com IAs. E os diferentes profissionais envolvidos no evento trazendo essa mesma visão reforçou isso”.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Gabrielle Zanin, aluna participante, compartilhou sua experiência enriquecedora, ressaltando que os temas abordados, especialmente a relação entre IA e jornalismo, foram reveladores. “Primeiramente, foi uma experiência bastante reveladora por conta dos temas abordados. Falar sobre a inteligência artificial é falar sobre o futuro, a IA traz consigo avanços, mas também apresenta desafios e riscos que precisam ser abordados com cuidado. Os professores e convidados conseguiram falar de uma forma nítida e acessível sobre os malefícios desses mecanismos tecnológicos. Nós precisamos reconhecer os prós e contras para não sermos reféns dessas tecnologias. As oficinas também foram bastante construtivas, em especial as aulas de fotografia”.

Professora Sammara Jericó, coordenadora e organizadora do evento, expressou sua satisfação com o resultado da Semana do Audiovisual. Ela destacou o esforço coletivo para a realização do evento, agradeceu aos alunos e à universidade pelo apoio e reconheceu o evento como uma oportunidade única de troca de ideias e crescimento para todos os envolvidos. “Foi uma semana que deu muito trabalho na produção, mas que enriqueceu mais ainda todos nós que participamos, isso aqui é uma demonstração da quantidade de pessoas que participaram na organização, que participaram na troca de ideias, de conhecimento. Eu estou muito feliz de ter feito essa semana com os convidados que nós chamamos para cá, com os inscritos que participaram ativamente. Agradeço de coração meus alunos do Sétimo Bloco e a universidade por me proporcionar a realização que eu tenho de ser professora aqui da universidade.”

6ª semana de Audiovisual da UESPI

A Sexta Semana de Audiovisual teve seu encerramento com uma reflexão sobre os impactos e as possibilidades da inteligência artificial no jornalismo. Durante os cinco dias de evento, a programação destacou as interações entre essas duas áreas, com ênfase na importância da ética e da responsabilidade social no uso da IA. Para concluir a semana, o grupo de dança da UESPI trouxe uma apresentação que celebrou a tradição do boi bumbá, com ritmos e movimentos que exaltaram a cultura popular brasileira, simbolizando a diversidade e a resistência das manifestações culturais locais.

Confira algumas fotos da 6ª Semana.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

EXPOMOV 2024 aborda inovações no tratamento e reabilitação do movimento

Por Roger Cunha 

No próximo dia 09 de novembro, Teresina vai receber a EXPOMOV 2024, evento focado nos avanços da terapia do movimento. O encontro, que ocorrerá no auditório do Shopping Rio Poty, é fruto de uma parceria entre os alunos do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e a MOVIT Cursos, e tem como objetivo trazer atualizações e conhecimentos relevantes para a área de reabilitação e cuidados com o movimento.

EXPOMOV 2024, evento voltado aos avanços na terapia do movimento.

A programação contará com palestras e mesas redondas, proporcionando uma rica troca de experiências entre profissionais e estudantes. Os participantes terão a oportunidade de conhecer metodologias inovadoras e explorar novas ferramentas para o tratamento e recuperação de pacientes com limitações de movimento.

Victória Karen, uma das organizadoras da EXPOMOV 2024, explicou a motivação por trás da criação do evento e sua importância para o curso de Fisioterapia da UESPI. Segundo ela, a proposta é reativar o envolvimento da comunidade acadêmica em eventos científicos, promovendo o compartilhamento de conhecimentos sobre temas atuais e relevantes para a fisioterapia.

A programação inclui palestras com especialistas e mesas redondas.

Victória Karen também ressaltou que a troca de experiências proporcionada pelo evento permitirá que alunos e profissionais da fisioterapia se atualizem sobre temas de grande impacto na área de reabilitação e movimento humano.

A parceria com a MOVIT Cursos surgiu de uma conexão direta com a UESPI, uma vez que a MOVIT é composta por ex-alunos da instituição que mantém um forte compromisso com o desenvolvimento do curso de Fisioterapia e a valorização do legado da universidade.

Evento com foco em novas abordagens e técnicas para a reabilitação do movimento

A programação da EXPOMOV 2024 contará com quatro palestras e uma mesa redonda, todas com temas atuais e relevantes para a fisioterapia e reabilitação. Entre os tópicos que serão discutidos estão:

  • Pós-operatório em lesões no vôlei
  • Reabilitação da coluna vertebral
  • Corrida de rua
  • O método Pilates
  • Empreendedorismo no campo da fisioterapia

A mesa redonda sobre empreendedorismo, especialmente relevante para a “Era do Empreendedor”, será um dos destaques do evento, porque propõe uma reflexão sobre novas possibilidades de atuação e negócios no campo do movimento e da reabilitação.

Mesa redonda sobre “Era do empreendedor”.

Ela também destacou que os alunos devem levar para casa, após o evento, a consciência da importância dos eventos científicos, não apenas para enriquecer os currículos, mas também para despertar o interesse em vivenciar as experiências que a universidade pode proporcionar.

Para mais informações acessem o Instagram do evento: https://www.instagram.com/expomov2024?igsh=cnFhZ3R6Z2NwbmM4