Por Roger Cunha
Neste 19 de outubro, o Piauí comemora mais um ano de sua história (202 anos), e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) se destaca como um dos motores do desenvolvimento do estado. Através de uma vasta gama de pesquisas voltadas para áreas estratégicas como saúde, culinária, música, arte, literatura, sustentabilidade e educação, a UESPI vem contribuindo ativamente para a construção de um Piauí mais próspero e inovador. Esses projetos, financiados pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), revelam o compromisso da universidade em promover soluções que dialogam com as potencialidades regionais e as necessidades da população.
Na área da saúde, um dos projetos mais notáveis é a pesquisa sobre “Cobertura Vacinal contra o Papilomavírus Humano (HPV)”, coordenada pelo professor Alberto Pereira Madeiro. Esse trabalho, ao buscar entender e aumentar a adesão à vacina contra o HPV, impacta diretamente a saúde pública, especialmente no combate ao câncer de colo de útero, um dos problemas mais graves que afetam as mulheres no estado. Paralelamente, a pesquisa sobre “Violência por Parceiro Íntimo contra Mulheres” se debruça sobre uma questão social crítica, oferecendo dados valiosos para a criação de políticas públicas que protejam mulheres piauienses em situação de vulnerabilidade.
No campo da gastronomia, os projetos da UESPI também têm causado impacto. Pesquisas que exploram o uso de ingredientes regionais, como o caju e a mandioca, demonstram o potencial de fortalecer a economia local através da inovação culinária. O desenvolvimento de novos produtos a partir desses ingredientes, tradicionalmente utilizados na culinária piauiense, abre portas para o crescimento do setor alimentício, promovendo tanto a sustentabilidade quanto a valorização da cultura gastronômica do estado.
A cultura e as artes também são áreas em que a UESPI se destaca com trabalhos que buscam preservar e revitalizar as tradições do Piauí. Pesquisas na área musical, por exemplo, documentam e analisam o forró, o samba de roda e outras manifestações culturais populares, garantindo que essas expressões não só sobrevivam, mas também floresçam. Ao preservar essas tradições e formar novos músicos, a UESPI ajuda a manter viva a identidade cultural do Piauí, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento cultural e econômico.
Outro campo de relevância para o desenvolvimento do estado é a literatura, onde a UESPI tem incentivado estudos que promovem a identidade literária local. O projeto da professora Ailma do Nascimento Silva sobre “Harmonia Vocálica em Textos Antigos” é um exemplo de como o estudo da linguística pode fortalecer o entendimento das raízes culturais e históricas do Piauí. Ao mergulhar nas particularidades da linguagem local, esse trabalho ajuda a preservar o patrimônio imaterial do estado e a valorizar as tradições linguísticas que moldam a identidade dos piauienses.
Além das contribuições no campo das ciências humanas e sociais, a UESPI está fortemente engajada na promoção da sustentabilidade. Projetos voltados para o estudo da biodiversidade e da conservação dos recursos naturais, como as pesquisas sobre a flora do cerrado piauiense e as práticas agroecológicas, demonstram como o desenvolvimento econômico do estado pode andar de mãos dadas com a preservação ambiental. Ao investigar formas de uso sustentável dos recursos naturais, a universidade se coloca na vanguarda do desenvolvimento verde no Piauí, abrindo portas para o crescimento do turismo ecológico e de práticas agrícolas sustentáveis.
A educação também é uma prioridade para a UESPI, que vem investindo em novas metodologias de ensino que preparam os alunos para os desafios do futuro. A aplicação de metodologias ativas, que tornam o ensino mais dinâmico e participativo, tem sido foco de várias pesquisas da universidade. Além disso, projetos que valorizam a história e a cultura afro-brasileira, como o estudo sobre figuras históricas negras do Brasil, promovem um ensino inclusivo e transformador, que prepara as próximas gerações para um Piauí mais justo e diverso.
No campo das ciências sociais aplicadas, a UESPI também tem gerado impactos significativos no empreendedorismo local. Um exemplo é o estudo liderado por Hilarina Feitosa Gonçalves sobre “A Influência das Mídias Digitais nos Micro e Pequenos Empreendimentos Femininos no Setor Alimentício”. Essa pesquisa não só fomenta o empreendedorismo feminino, mas também analisa como as novas tecnologias podem ser aliadas no crescimento dos pequenos negócios no Piauí, oferecendo alternativas de inclusão econômica e social para mulheres empreendedoras.
Dessa forma, a UESPI reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do Piauí através de pesquisas que estão alinhadas com as necessidades e potencialidades do estado. Da saúde à gastronomia, da cultura à sustentabilidade, os projetos realizados pela universidade ajudam a criar um futuro mais próspero, inclusivo e sustentável para a população piauiense. No aniversário do Piauí, fica claro que o conhecimento produzido pela UESPI é uma das principais forças motrizes para o crescimento contínuo do estado.
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