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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Estudantes de História da UESPI produzem vídeos sobre trajetórias negras, indígenas e educacionais

Por Raíza Leão

Alunos do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de São Raimundo Nonato, desenvolveram uma série de vídeos biográficos com o objetivo de divulgar e valorizar as trajetórias de personagens negros, indígenas e educadores. A produção foi realizada no primeiro semestre de 2025, como parte das atividades das disciplinas “História do Brasil Monárquico” e “História da Educação Brasileira”, ministradas pela professora Cristiane Maria Marcelo.

Os vídeos estão disponíveis no canal “Ouvindo a História” no YouTube, criado em 2021 durante a pandemia para divulgar produções audiovisuais do curso. Segundo a professora Cristiane Maria Marcelo, a iniciativa surgiu da preocupação em oportunizar aos estudantes o desenvolvimento de habilidades e competências úteis para sua atuação profissional futura.

Os vídeos estão disponíveis no canal “Ouvindo a História” no YouTube

“Acredito que os vídeos podem ser usados em sala de aula, pois as fontes audiovisuais são cada vez mais utilizadas como estratégia didática para chamar a atenção e mediar o processo de aprendizagem dos alunos da educação básica”, afirma.

Na disciplina sobre o Brasil Monárquico, os discentes foram incentivados a escolher personagens negros ou indígenas do século XIX. Já na disciplina de História da Educação, puderam abordar instituições ou figuras relevantes do campo educacional. Cada vídeo foi acompanhado por um trabalho escrito, promovendo a integração entre teoria e prática.

O projeto também teve impactos significativos na formação dos alunos. “A produção exigiu que os estudantes mergulhassem em pesquisas bibliográficas e buscassem fontes diversas sobre trajetórias até então desconhecidas. Além disso, eles precisaram aprender técnicas básicas de edição de vídeo e elaboração de roteiros atrativos”, destaca a docente. Para ela, essas competências são fundamentais na formação de professores preparados para os desafios da contemporaneidade, especialmente diante da crescente presença do audiovisual no ambiente escolar.

Entre os personagens retratados estão figuras como Maria Felipa de Oliveira, Maria Firmina dos Reis, Paulo Freire, Ariston Dias Lima, Damiana da Cunha e Chiquinha Gonzaga. Para Cristiane Maria Marcelo, trazer à tona essas histórias é uma forma de ampliar a representatividade no ensino de História: “Divulgar a trajetória destes homens e mulheres que ousaram romper os grilhões da dominação ou que perceberam a educação como um caminho de transformação social é essencial para que nos sintamos representados. É através de exemplos como estes que sujeitos historicamente marginalizados se enxergam, se inspiram e se sentem validados”.

Os vídeos estão disponíveis no canal “Ouvindo a História” no YouTube

A aluna Débora dos Santos, do primeiro bloco do curso de História, participou da produção do vídeo sobre o professor Ariston Dias Lima, educador reconhecido no município. Para ela, a experiência foi transformadora: “Estudar a trajetória do professor Ariston Dias Lima me fez perceber a importância de valorizar quem constrói conhecimento. Pude observar o tamanho da contribuição dele para a educação aqui no município e o quanto ele fez a diferença. Aprendi muito mais sobre ele do que conseguiria apenas lendo um texto; mergulhei na sua vida, nas suas ideias e no impacto que teve na área em que atuou”, relata.

A discente também destaca o aprendizado envolvido no processo de produção: “Aprendi a pesquisar de forma mais aprofundada, a organizar as informações e, principalmente, a olhar para a História com mais sensibilidade. Foi a primeira vez que desenvolvemos um trabalho desse tipo, então foi desafiador. Trabalhei com as colegas Sabrina Felix e Débora Almeida. Tivemos que organizar as ideias, estruturar o roteiro em ordem cronológica, selecionar as informações mais relevantes e, depois, gravar as falas, escolher as imagens e montar tudo no vídeo. A edição ficou por conta da Sabrina, que também enfrentou o desafio de editar um vídeo assim pela primeira vez. No fim, foi muito gratificante ver o resultado e perceber que aprendi uma nova forma de comunicar a História”.

A aluna Bárbara Rodrigues, do 4º bloco, participou da produção sobre Maria Felipa de Oliveira, mulher negra e ex-escravizada que atuou na luta pela independência da Bahia. Para ela, o projeto ampliou a compreensão sobre vozes historicamente silenciadas: “Esse projeto fez com que eu e meus colegas enxergássemos essas personalidades negras e indígenas de uma forma muito mais profunda. A escola tradicional foca em figuras brancas e ligadas ao poder, e acabamos não conhecendo as trajetórias de pessoas negras, indígenas e das camadas populares que resistiram, produziram saberes e marcaram a história do Brasil”.

Acesse os vídeos:

UESPI leva cidadania e direito às comunidades por meio de projeto de extensão

Por: Eduarda Sousa

O projeto de extensão “Universidade em Movimento”, coordenado pela professora Hilziane Brito, tem como objetivo promover a democratização do saber jurídico por meio da assessoria jurídica popular em comunidades marginalizadas. A proposta busca romper com a lógica de um direito distante e inacessível, aproximando o conhecimento jurídico da realidade concreta das pessoas. Ao levar informação, orientação e escuta ativa a comunidades urbanas, rurais, quilombolas, indígenas e assentamentos de Piripiri, o projeto visa empoderar juridicamente esses grupos, incentivando o reconhecimento e a reivindicação de seus direitos, e promovendo transformações sociais a partir de uma prática extensionista crítica.

Projeto de extensão Universidade em movimento

Essa democratização se concretiza por meio de ações presenciais e dialógicas, como visitas de campo, rodas de conversa, oficinas temáticas, atendimentos jurídicos orientativos e atividades educativas coletivas. Todas essas ações são realizadas com linguagem acessível e respeito aos saberes populares. “O projeto parte do pressuposto de que o conhecimento jurídico não deve ser um privilégio técnico, mas sim uma ferramenta de cidadania. Nessa perspectiva, o papel dos estudantes e docentes é menos o de ‘ensinar’ e mais o de construir pontes de diálogo entre a teoria acadêmica e as vivências cotidianas das comunidades”, destacou a professora Hilziane Brito.

Em 2025, o projeto dará prioridade às ações voltadas para comunidades rurais, periféricas, assentamentos, populações quilombolas, povos indígenas e mulheres em situação de vulnerabilidade, incluindo mães solo e vítimas de violência doméstica. “São grupos que, historicamente, enfrentam barreiras estruturais de acesso à justiça e à informação jurídica. Por isso, necessitam de políticas de aproximação que respeitem suas identidades e assegurem seus direitos. O foco será construir um espaço de escuta e uma atuação que leve em conta as múltiplas formas de exclusão jurídica vivenciadas por essas populações”, concluiu a professora.

A UESPI cumpre um papel estratégico e necessário ao assumir sua função social como universidade pública. Por meio de projetos como o Universidade em Movimento, a instituição rompe muros simbólicos que a distanciam do povo, promovendo uma formação jurídica crítica, humanizada e conectada com a realidade social do Piauí. A extensão universitária, nesse contexto, torna-se um canal efetivo para colocar estudantes em contato com os desafios da prática, ao mesmo tempo em que a universidade devolve à sociedade o conhecimento que produz de forma acessível, responsável e transformadora.

Além do impacto direto nas comunidades, o projeto também contribui para a formação ética, política e técnica dos estudantes envolvidos, que vivenciam o direito em contextos reais e plurais. Essa experiência fortalece uma visão mais sensível e comprometida com a justiça social, preparando futuros profissionais mais conscientes das desigualdades e do papel transformador da sua atuação.

 

UNATI encerra semestre com alegria, música e dança

Por Ryan Alves

A Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), encerrou o semestre com uma grande festa junina, marcada por apresentações culturais, integração e valorização da convivência.

 

O evento reuniu atividades desenvolvidas por diferentes projetos de extensão da instituição, como o Canto Coral e o Núcleo de Atividade Física da Terceira Idade (NUTI), que atuam de forma complementar ao longo do ano. O Canto Coral proporciona momentos de expressão artística e fortalecimento da autoestima por meio da música, enquanto o NUTI promove ações voltadas à saúde física e bem-estar dos idosos, com atividades regulares que estimulam o movimento, a socialização e a prevenção de doenças. Além das apresentações musicais, o público também prestigiou encenações teatrais e danças juninas, que animaram a festa e valorizaram a cultura popular nordestina, encerrando o semestre com integração, emoção e muita alegria.

Apresentação teatral da UNATI.

Durante o evento, teve destaque a participação do Canto Coral, onde os discentes ensaiaram ao longo do semestre músicas que celebram a cultura popular e o espírito coletivo da UNATI. O projeto é conduzido com entusiasmo pelo professor Ailton Carneiro, que ressaltou a importância da música na vida dos idosos e destacou conquistas deste semestre. ” A música desenvolve e melhora a cognição, estimula o cérebro, ajuda a manter a memória e a atenção, além de fortalecer os laços sociais e afetivos. Fazer música é sempre um prazer em qualquer idade. E nesse neste primeiro semestre de 2025, tivemos o prazer de receber novos coralistas pra somar com nossas vozes, o que foi um ponto muito positivo. Nossa maior conquista foi receber o Natan Ferreira, cantor e multi-instrumentista que, por ser 60+, trouxe ainda mais inspiração para o grupo”, afirmou o professor.

Canto Coral durante apresentação.

Segundo o Coordenador da UNATI, o professor Doutor Moisés Mendes, o desempenho dos alunos é sempre surpreendente e reflete o forte envolvimento de todos os que fazem parte do programa. Para ele, a UNATI vai além do espaço acadêmico, promovendo bem-estar, vínculos afetivos e uma rotina mais ativa para os idosos. É uma experiência que envolve emoção, saúde, alegria e pertencimento. Os resultados positivos que vemos a cada semestre são fruto do compromisso coletivo dos alunos, professores, estagiários e familiares. Seguimos com a mesma equipe de professores voluntários e teremos a chegada de novos colaboradores que vão contribuir com o processo de aprendizagem e com o cuidado com a saúde dos nossos idosos”, relatou o coordenador.

Apresentação de dança junina.

Para Hidalci Lopes, discente da UNATI e do NUTI, esse semestre foi uma experiência de renovação e motivação constante. Ela afirma que o papel dos professores e coordenadores é fundamental para manter o entusiasmo e o comprometimento dos alunos durante as atividades.  “Com os professores, até quem chega triste nas aulas sai feliz com a animação e alegria deles. Esse semestre foi maravilhoso para mim, gosto muito da UNATI e do NUTI, que ajudam a melhorar o corpo e a saúde. Acho muito importante encerrar o semestre com essa festa, porque é um momento de união e alegria. Todos, professores e coordenadores, são muito dedicados e nos incentivam sempre”, afirmou a discente.

Familiares dos discentes da UNATI.

A estagiária de Medicina Maria Victória, que atua no NUTI, destacou a importância da vivência prática com os idosos como parte fundamental de sua formação médica. Segundo ela, o contato direto com o público da terceira idade trouxe aprendizados que vão além do conhecimento técnico, reforçando a importância da escuta sensível e do cuidado integral. “Nesse semestre, aprendi junto com os idosos que cuidar vai muito além de tratar uma doença. Aprendi que medicina também é escuta, presença e incentivo à autonomia, e estar no NUTI me mostrou o quanto espaços como esse fazem diferença na vida deles, promovendo movimento, autoestima e convivência”, confirmou a discente.

Apresentação das discentes do NUTI.

A professora Liliane Costa, que ministrou a disciplina “Felicidade” durante o semestre, destacou o quanto a experiência de ensinar e conviver com os idosos da UNATI vai além do conteúdo em sala. Para ela, a proposta da disciplina é promover reflexões profundas sobre a própria trajetória de vida dos alunos. “Conduzir uma disciplina como essa, que é tão sensível, é um grande privilégio, porque todas as vezes que entro em sala tenho a oportunidade de aprender, de conviver, de trocar experiências. Mas, acima de tudo, tenho a missão de fazer com que eles vivam suas histórias com acolhimento, amorosidade e respeito. Percebo que muitos tiveram uma transformação pessoal, passaram a valorizar suas trajetórias, a se empoderar e se enxergar como protagonistas de suas próprias vidas”, relatou a professora.

Discentes da UNATI/NUTI.

 

O encerramento do semestre da UNATI reafirma o compromisso do projeto de extensão da UESPI em promover saúde, cultura e qualidade de vida para a terceira idade. Por meio de atividades integradas como o Canto Coral, o NUTI e ações culturais, a Universidade reforça seu papel social e educativo, proporcionando um espaço de aprendizado, acolhimento e protagonismo para os idosos da comunidade.

UESPI lança cartilha digital para combater a violência contra idosos com foco em educação, cidadania e transformação social

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) acaba de lançar a cartilha virtual “Um Guia Essencial Contra a Violência ao Idoso”, um material interativo que visa informar, sensibilizar e mobilizar a sociedade no enfrentamento das diversas formas de violência que atingem a população idosa.

Fruto da articulação entre ensino, extensão e direitos humanos, a cartilha é resultado do trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito e integra o Programa de Extensão “Direitos Humanos, Políticas Públicas e Participação Social: Construindo Diálogos”.

CIDADH: promovendo diálogos em direitos humanos, políticas públicas e participação social pela dignidade de todas as gerações.

A iniciativa foi coordenada pela pró-reitora Fábia Buenos Aires, que também é docente da disciplina. Segundo ela, a motivação para a criação da cartilha partiu da necessidade urgente de dialogar com uma realidade social cada vez mais preocupante. “A criação da cartilha foi motivada pela urgência em dialogar com a realidade social vivida por grupos vulneráveis, especialmente os idosos, diante do crescente número de denúncias de violência e negligência contra essa população”, afirma a pró-reitora.

Para além da denúncia, o projeto tem como foco a formação cidadã dos estudantes e o compromisso da universidade com os direitos humanos. “Ao promover a produção de conteúdos digitais sociologicamente fundamentados, a cartilha assume papel estratégico na formação cidadã dos estudantes e na missão da UESPI de contribuir com a transformação social”, reforça a professora.

A cartilha aborda, de forma clara e acessível, os principais tipos de violência sofridos por idosos, como a violência física, psicológica, financeira, institucional, além da negligência e abandono. O conteúdo apresenta exemplos, sinais de alerta e formas de enfrentamento. Também orienta sobre como e onde denunciar, destacando canais como o Disque 100 e serviços de acolhimento e proteção social. “A abordagem é fundamentada na leitura crítica do fenômeno jurídico e sociológico. Nosso objetivo foi oferecer um conteúdo acessível, mas com profundidade, que auxilie as pessoas a identificar os sinais e agir diante das situações de violação”, explica a pró-reitora Fábia Buenos Aires.

Neste Junho Violeta, reafirmamos: violência contra a pessoa idosa é crime. Denuncie e faça a diferença. Disque 100.

Para garantir que o conteúdo fosse compreendido e compartilhado por diferentes públicos, a ação extensionista foi planejada com foco na acessibilidade, no visual atrativo e na linguagem direta. Os estudantes participaram ativamente da produção de vídeos, cards, podcasts e outros materiais digitais que foram reunidos na cartilha interativa. “Os estudantes foram protagonistas no desenvolvimento do material. Tivemos ciclos semanais de produção de conteúdo, sempre pensando em formatos que dialogassem com a realidade das redes sociais e alcançassem desde jovens a cuidadores, agentes comunitários e familiares”, detalha a pró-reitora.

O engajamento da comunidade acadêmica e da sociedade em geral também faz parte da estratégia de disseminação. Segundo a pró-reitora, a cartilha pode e deve ser utilizada em atividades de sala de aula, campanhas institucionais, projetos de extensão e ações educativas em escolas, centros de convivência e espaços públicos. “Queremos que a cartilha circule amplamente. Estudantes e professores são multiplicadores desse conteúdo, e a sociedade pode se apropriar dele como ferramenta educativa e de cuidado coletivo”, pontua a professora Fábia Buenos Aires.

A expectativa é de que o material contribua diretamente para a redução da naturalização da violência contra idosos e incentive a denúncia e a proteção. Para a pró-reitora, a cartilha é mais do que um produto didático: é uma expressão do papel transformador da universidade pública. “Esperamos que essa cartilha ajude a dar visibilidade a essa violência ainda tão silenciada. A ação reforça o compromisso da UESPI com a formação cidadã, a produção de conhecimento aplicado e o fortalecimento das redes de proteção social. Precisamos ser espaço de escuta, denúncia e transformação”, conclui.

A cartilha está disponível gratuitamente e pode ser acessada por meio do QR Code e também pelo link do programa no Instagram https://www.instagram.com/p/DKaB5mkRiQW/?igsh=MXU1ZXY1dG5semVtMg==.

Compartilhá-la é uma forma concreta de agir contra as diversas formas de violência e promover uma sociedade mais justa, digna e respeitosa com todas as idades.

Dignidade não tem idade. Acesse a cartilha do Junho Violeta e fortaleça a luta contra a violência à pessoa idosa.

 

CINEPSI exibe filme “Sem Coração” e promove reflexão sobre diversidade no mês do Orgulho LGBTQIAP+

Por: Lucas Ruthênio

No mês de junho, em celebração ao orgulho LGBTQIAP+, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do projeto CINEPSI, promoveu a exibição do filme nacional “Sem Coração”, no Auditório do NEAD, Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. A ação integrou a programação da universidade voltada à valorização da diversidade, da inclusão e dos direitos humanos, pilares fundamentais para a construção de um ambiente acadêmico plural e acolhedor.

O CINEPSI é uma iniciativa do curso de Psicologia que busca estimular o pensamento crítico e o debate entre os estudantes por meio da exibição de obras cinematográficas que dialogam com a realidade contemporânea. No contexto do mês do orgulho, a escolha do filme “Sem Coração” foi cuidadosamente pensada para sensibilizar a comunidade acadêmica a respeito das vivências de pessoas LGBTQIAP+, principalmente na juventude e em regiões periféricas ou interioranas.

Segundo Mariane Siqueira, integrante da organização do CINEPSI, a proposta de exibir “Sem Coração” parte do reconhecimento da potência que o cinema tem em provocar empatia e identificação. “Escolhemos o filme por ser uma produção nacional que aborda várias descobertas típicas da juventude, sendo uma delas a sexualidade. A obra traz de forma sensível e crítica a realidade vivida por muitos jovens LGBTQIAP+, especialmente em contextos de cidades pequenas, onde os dilemas e conflitos se tornam ainda mais complexos”, explicou.

A história do filme acompanha a trajetória de uma adolescente conhecida como “Sem Coração”, apelido que carrega um estigma e reflete o preconceito enfrentado por ela. Em meio às paisagens litorâneas do Nordeste brasileiro, o enredo se desenrola em torno das relações de amizade, descobertas afetivas e os desafios de assumir a própria identidade em um ambiente hostil e conservador.

Para Mariane, a escolha de filmes que tratam sobre a diversidade sexual e de gênero também é uma estratégia de psicoeducação, contribuindo para a prevenção da LGBTfobia dentro da universidade. “Ao propor especificamente esse filme, imaginamos que seria uma forma de representar e tocar pessoas que viveram e vivem situações parecidas. E, para além disso, fomentar o respeito e o reconhecimento das diversas vivências que compõem a realidade universitária”, pontuou.

A atividade também reafirma o compromisso institucional da UESPI com a defesa dos direitos humanos e da inclusão, como destacou a organização. “Essa discussão não se limita ao mês de junho. A representatividade e o debate sobre diversidade são ferramentas contínuas no processo de inclusão. E isso é algo que buscamos em todos os filmes apresentados no CINEPSI”, enfatizou Mariane.

Mais do que entretenimento, o CINEPSI busca promover espaços de diálogo e escuta. A cada sessão, estudantes são convidados a refletir sobre os temas propostos a partir de suas próprias vivências, criando um ambiente propício para trocas afetivas e intelectuais.

“O CINEPSI tem como objetivo trazer à discussão temas pertinentes para o contexto universitário por meio da exibição de filmes diversos. A escolha das obras leva em consideração a realidade dos estudantes da UESPI, que são múltiplos e plurais. Queremos que se sintam representados nas histórias e, principalmente, acolhidos para compartilharem suas próprias narrativas”, explicou Mariane.

Após a exibição do filme, foi realizado um momento de diálogo coletivo, em que os participantes puderam compartilhar suas impressões, emoções e interpretações. Essa roda de conversa é uma etapa essencial da proposta do CINEPSI. “A conversa pós-filme costuma ser um dos momentos mais enriquecedores. Mesmo que cheguemos com temas planejados para debater, os estudantes sempre trazem novas perspectivas e experiências pessoais que ampliam a análise do filme. Isso fortalece o processo de conscientização e de empatia”, afirmou Mariane.

 

Curso de Pedagogia promove feira de recursos recicláveis no campus de Piripiri

Por: Eduarda Sousa

O curso de Pedagogia do campus Prof. Antônio Giovanni Alves de Sousa, em Piripiri, irá promover no próximo dia 27 de junho uma Feira de Recursos Recicláveis, com foco na sustentabilidade e no desenvolvimento de práticas pedagógicas criativas.
A ação será realizada no corredor principal do campus e contará com a participação dos alunos do 4º bloco da disciplina de alfabetização.

Feira de recursos recicláveis

A atividade surgiu como proposta de encerramento do semestre letivo. “Sugerimos uma atividade prática para a turma diversas ideias foram debatidas, e a feira de recursos recicláveis foi a escolhida pelos próprios alunos”, destacou o professor Domingos José.

O evento une práticas pedagógicas, sustentabilidade e criatividade, proporcionando aos alunos uma oportunidade de articular os conteúdos da disciplina com ações concretas voltadas ao meio ambiente e à prática docente. Além disso, estimula os futuros professores a refletirem sobre o uso de materiais acessíveis no processo de alfabetização, aproximando a teoria da realidade das salas de aula.

A proposta da feira também está alinhada com o calendário de ações ambientais desenvolvidas ao longo do mês de junho, o que reforça seu caráter educativo e social. A atividade busca integrar os conteúdos da disciplina com temas contemporâneos e relevantes para a formação docente. “A feira foi pensada dentro do contexto da disciplina, mas também dialoga com o mês de junho, que costuma concentrar diversas ações em prol do meio ambiente. Com isso, os alunos terão a oportunidade de articular conhecimentos teóricos e práticos de forma significativa e socialmente engajada”, finalizou o professor Domingos José.

A feira reforça a importância de aliar consciência ambiental à prática pedagógica, estimulando o uso criativo de materiais recicláveis na produção de recursos voltados ao processo de alfabetização. Mais do que uma atividade expositiva, a ação convida os participantes a refletirem sobre o reaproveitamento de itens descartáveis como ferramentas didáticas acessíveis e eficazes. “A proposta da atividade, além de realizar a conscientização da reciclagem dos materiais utilizados, visa também estimular a criatividade na produção de material pedagógico, tendo em vista a disciplina de Alfabetização. Essa prática é algo já bem utilizado nos cursos de Pedagogia que utilizam materiais para o processo de aprendizagem, porém esse evento traz uma nova perspectiva, onde materiais que iriam para o lixo estão sendo transformados em recursos para o processo de alfabetização”, pontuou o discente Islano Gomes.

Embora voltada para os alunos do 4º bloco, a feira será aberta à visitação dos demais estudantes e membros da comunidade acadêmica, com o intuito de inspirar novas práticas educativas e promover a conscientização ambiental no espaço universitário.

 

UAPI – UESPI abre período de matrícula institucional para aprovados no Edital para Portador de Curso Superior

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI) abre o período de matrícula institucional do Edital para Portador de Curso Superior, os candidatos classificados devem realizar a matrícula entre os dias 23 e 25 de junho, exclusivamente pelo portal eletrônico SIGPREG/UAPI.

Durante o processo, será necessário o envio da documentação mencionada no edital, digitalizada no formato PDF, com tamanho máximo de 5MB por arquivo, conforme especificações do edital

Confira o passo a passo para a solicitação de matrícula:

  • Acessar o site: https://sigpreg.uespi.br/matriculauapi.
  • Clicar no botão “SOLICITAR MATRÍCULA”.
  • Selecionar o edital desejado.
  • Clicar em “INICIAR SOLICITAÇÃO”.
  • Informar CPF e data de nascimento do aluno.
  • Preencher os formulários eletrônicos e enviar as documentações solicitadas de acordo com a forma de concorrência (Ampla Concorrência ou Ações Afirmativas para cotistas).
  • Revisar todas as informações cuidadosamente antes de enviar.

O candidato classificado que realizar a solicitação de matrícula institucional deve acompanhar as fases do cronograma da publicação para verificar a efetivação da matrícula curricular na lista de alunos (Fases 6 a 8) e, posteriormente, realizar o primeiro acesso ao sistema acadêmico.

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail: ctic@nead.uespi.br

Veja tutorial em vídeo de matrícula institucional similar:

Campo Maior recebe Reitoria Itinerante com ações de escuta e integração

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realiza nesta terça-feira (24), no campus de Campo Maior, mais uma edição da Reitoria Itinerante, iniciativa que busca promover um diálogo direto e institucional entre a administração superior e os diversos segmentos da comunidade acadêmica nos campi do interior.

Campus de Campo Maior recebe a Reitoria Itinerante com decoração especial e programação cultural.

A ação reúne estudantes, professores, técnicos, coordenadores e colaboradores em uma programação extensa, com foco na escuta qualificada, na valorização da vivência acadêmica e na apresentação de ações em andamento. A edição em Campo Maior ocorre de forma integrada à I Semana de Geografia, organizada pelo curso de Geografia do campus.

Na abertura do evento, o Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, destacou a importância da presença da gestão central nas unidades do interior e anunciou investimentos significativos voltados à infraestrutura da unidade.

“Aqui nós sempre somos bem acolhidos. A professora Cruzinha e sua equipe realizam um trabalho admirável, e os resultados são visíveis. Campo Maior é um campus que cresce com responsabilidade e cuidado. Estamos, neste momento, finalizando o processo de licitação de uma ampla reforma estrutural que prevê investimentos de quase R$ 4 milhões. É um campus já bonito, que se tornará ainda mais moderno, com melhores condições para ensino, pesquisa e extensão”, afirmou o reitor.

Reitor Evandro Alberto participa da Reitoria Itinerante em Campo Maior.

Acompanhado de pró-reitores e representantes de diferentes setores da universidade, o reitor participou de diversas atividades ao longo da manhã, incluindo uma conversa com os discentes no auditório, encontros com coordenadores, colaboradores técnicos e terceirizados, além do descerramento simbólico da placa do Laboratório de Geografia, que integra o conjunto de 12 laboratórios atualmente ativos no campus.

Os discentes do curso de geografia que atuam no laboratório

A diretora do campus, professora Maria do Socorro Cruz (professora Cruzinha), ressaltou o simbolismo do momento. “Estamos felizes e honrados em receber toda a administração superior da UESPI. Esse é um dia histórico para nossa comunidade acadêmica. É uma oportunidade de mostrar o que temos construído juntos e, principalmente, de fortalecer os laços com a gestão da universidade”, declarou.

Também pela manhã, o Núcleo Psicossocial da UESPI promoveu um momento de acolhimento e orientação com foco na saúde emocional dos estudantes. Paralelamente, a Pró-Reitoria de Administração e Recursos Humanos (PRAD) conduziu um encontro com a equipe técnica e os colaboradores terceirizados, reforçando o compromisso da instituição com a escuta interna.

A diretora da ASCOM/UESPI, Sammara Jericó, também acompanha a programação diretamente do campus e tem feito transmissões ao vivo pelas redes institucionais. Em suas falas, ressaltou o papel da Reitoria Itinerante como um canal aberto de aproximação com os territórios da UESPI: “A universidade é feita por pessoas e para pessoas. Estar presente nos campi é reconhecer, valorizar e impulsionar esses espaços que fazem a UESPI crescer”.

O brasão da UESPI em destaque no campus: símbolo do compromisso institucional com o ensino, a ciência e a valorização dos territórios onde a universidade está presente.

A programação da Reitoria Itinerante em Campo Maior segue durante a tarde e a noite com mais encontros institucionais, atividades culturais, a realização do tradicional Arraiá do campus, e os Jogos da Comunidade Uespiana, que encerram a agenda com integração e espírito coletivo. Também está prevista uma assinatura simbólica de parcerias com representantes de associações comunitárias locais, fortalecendo a relação da universidade com a cidade.

 

Campus de Campo Maior realiza I Semana de Geografia com foco na interdisciplinaridade e protagonismo estudantil

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Geografia do campus de Campo Maior, realiza,  nesta terça-feira (24) a abertura oficial da I Semana de Geografia, evento que marca um momento importante para a consolidação da identidade acadêmica do curso e promove uma ampla discussão sobre a ciência geográfica a partir de uma perspectiva interdisciplinar.

Mesa de abertura decorada para a I Semana de Geografia (SEMEGEO) no campus de Campo Maior.

Com uma programação que integra mesas de debate, apresentações, oficinas, atividades culturais e momentos de integração, o evento tem como proposta central valorizar o ensino da Geografia e celebrar datas significativas para o curso, como o Dia do Geógrafo (29 de maio) e o Dia do Professor de Geografia (26 de junho).

Durante a abertura, realizada no auditório do campus, a professora Cíntia, coordenadora do evento, destacou o caráter formativo e pedagógico da iniciativa, que foi pensada e executada com participação direta dos estudantes. “Essa semana nasce do desejo de promover um espaço de reflexão e celebração da Geografia, mas também de dar aos nossos alunos a vivência prática de como se estrutura um evento acadêmico. Toda a organização – desde a concepção até a execução – foi feita pelos discentes. Eles se desafiaram, aprenderam, superaram dificuldades e entregaram algo grandioso. Isso é formação integral”, ressaltou.

Professora Cíntia, coordenadora da I SEMEGEO, durante a abertura oficial do evento no campus de Campo Maior.

A I Semana de Geografia ocorre em paralelo à edição da Reitoria Itinerante no campus de Campo Maior, o que possibilita a integração de agendas e a participação da administração superior da UESPI na programação do evento. Para a direção do campus, essa coincidência fortalece o vínculo entre as ações institucionais e o cotidiano acadêmico.

“A Semana de Geografia nos enche de orgulho porque mostra o quanto o curso está fortalecido, engajado e conectado com a realidade dos nossos estudantes. Ter esse evento acontecendo junto com a Reitoria Itinerante só amplia a visibilidade do trabalho que temos feito aqui no campus”, afirmou a professora Cruzinha, diretora da unidade.

A proposta do evento é também proporcionar um diálogo entre a Geografia e outras áreas do conhecimento, evidenciando seu papel como ciência crítica e conectada às transformações sociais, ambientais e culturais. A programação contempla temáticas ligadas ao território, ensino, meio ambiente, movimentos sociais, cultura popular e prática docente, permitindo que os estudantes visualizem a amplitude da atuação profissional dos geógrafos e professores da área.

Além das atividades acadêmicas, a Semana de Geografia inclui apresentações artísticas e culturais, como o momento musical de abertura, protagonizado pela estudante Jade Morais, e dinâmicas interativas que promovem o sentimento de pertencimento e identidade coletiva.

Estudante Jade Morais se apresenta durante o momento musical de abertura da I Semana de Geografia.

Segundo a professora Cíntia, a Semana também tem um papel de construção simbólica. “Estamos buscando criar uma tradição. A Geografia é um curso que precisa se ver, se ouvir, se expressar. E esses eventos ajudam nossos alunos a compreenderem o que é ser parte de uma comunidade científica, como se comunicar, como produzir conhecimento, como compartilhar experiências.”

A realização do evento é também um reflexo da política de incentivo à extensão e à formação prática desenvolvida no campus, que vem se fortalecendo nos últimos anos por meio de projetos, reformas e ampliação de espaços didáticos. O descerramento simbólico da placa do Laboratório de Geografia, também realizado nesta manhã, marcou mais um avanço nas condições estruturais e no apoio à formação dos discentes da área.

Discente do curso de Geografia participa da programação da I SEMEGEO

A I Semana de Geografia segue ao longo da semana com mesas temáticas, oficinas e outras atividades acadêmicas e culturais. A expectativa da coordenação é que o evento se consolide como parte do calendário institucional do curso, promovendo, a cada edição, novos olhares sobre a Geografia e seu papel na formação crítica e cidadã.

Grupo “Malungos Piauí” celebra dois anos de atividades na UESPI de São Raimundo Nonato

Por Raíza Leão

No dia 30 de junho, a partir das 15h, o pátio da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de São Raimundo Nonato, será palco de uma “Roda de Capoeira Angola” em comemoração aos dois anos do grupo “Malungos Piauí” na cidade.
O evento é gratuito, aberto ao público e convida capoeiristas e simpatizantes a celebrar a cultura afro-brasileira.

Roda de Capoeira Angola

A iniciativa é liderada pelo professor Ivo dos Santos Farias, conhecido na capoeira como professor Maré, que há dois anos desenvolve atividades com o grupo Malungos no campus. O grupo tem origem em Maceió (AL) e atua no Piauí como parte de projetos de extensão e ensino, como o PIBEU (Programa Institucional de Bolsas em Extensão Universitária).

“Nosso objetivo é fortalecer a relação entre os alunos da universidade e a comunidade da região. Vamos reunir pessoas de São Raimundo Nonato, de Caracol e de outros grupos parceiros. É uma roda aberta, para todos que quiserem participar, seja jogando, tocando, cantando ou assistindo”, explica o professor.

Grupo “Malungos Piauí”

A roda de capoeira será também um momento para apresentar o que vem sendo desenvolvido nas aulas ao longo dos últimos dois anos. “A prática da Capoeira Angola envolve o corpo, a música e o conhecimento ancestral. É uma forma de aprendizado que vai além da técnica: ensina a respeitar o outro, a hierarquia, a entrar e sair de situações, como na vida”, destaca o professor.

Além do aspecto cultural, o evento reforça a importância de integrar a comunidade ao espaço universitário. “Realizar dentro da UESPI é importante porque aproxima a comunidade da universidade, e mostra que ela não é um lugar estranho, reservado apenas à produção intelectual. Muitos que estão na capoeira ou envolvidos com a cultura afro-brasileira não estiveram historicamente dentro da universidade. Essa é uma forma de ocupá-la e torná-la mais diversa”, afirma.

Grupo “Malungos Piauí”

Reconhecida desde de 2014 pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a roda de capoeira é um momento de troca, aprendizado e expressão coletiva. Segundo Ivo dos Santos Farias, “é raro haver problemas nesse tipo de encontro, pois a roda pressupõe respeito mútuo. Todos são bem-vindos, desde que venham com respeito”.

Curso de Letras da UESPI desenvolve projeto audiovisual para adaptar obras da literatura clássica

Por Filipe Benson

Em uma proposta inovadora que alia literatura, linguagem audiovisual e práticas pedagógicas contemporâneas, estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participaram de um projeto que adaptou contos de Eça de Queiroz para o formato de vídeos curtos. A iniciativa foi idealizada pela professora Débora Lívia, doutoranda em Linguística pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), durante o desenvolvimento da disciplina Literatura Portuguesa II.

O projeto nasceu da necessidade de tornar o estudo de obras clássicas mais acessível e significativo para os alunos ao aproximar a linguagem literária do autor português, considerado um dos maiores expoentes do Realismo, de formatos mais dinâmicos e familiares ao público jovem. “A proposta surgiu como uma forma de aproximar os alunos das obras do Eça de Queiroz por meio de uma linguagem mais contemporânea, mais dinâmica”, explica Débora.

Ao transformar contos de Eça de Queiroz em roteiros audiovisuais, os estudantes não apenas se debruçaram sobre a riqueza estilística e crítica social da obra do autor, como também desenvolveram competências práticas relacionadas à escrita criativa, produção, direção e atuação. A experiência proporcionou uma leitura mais engajada e colaborativa, além de favorecer uma compreensão mais ampla das características do Realismo e da escrita de Eça.

A estudante Nayara Aguiar comentou sobre a experiencia de produzir um curta-metragem. “Um dos maiores desafios foi justamente conseguir trazer para as imagens para as falas, tudo aquilo que na literatura é, muitas das vezes, sutil, cheio de símbolos, cheio de subjetividades. A linguagem do cinema é uma linguagem diferente da linguagem presente no texto escrito. Então tudo foi pensado, dos cenários ao figurino, para manter o estilo e o tom da obra, sem perder a essência do próprio autor”, explicou a docente.

Segundo Wallynton dos Santos, também estudante do curso de letras, o projeto também contribuiu para o desenvolvimento de habilidades interpessoais e criativas dos discentes, além de enriquecer o aprendizado teórico e abrir novas possibilidades do ensino de literatura. “Nos divertimos bastante, tivemos momentos incríveis que ficaram gravados na nossa memória afetiva e na nossa memória enquanto alunos da academia. E pensando na questão de como isso pode influenciar em nossa vida como futuros professores de letras, de língua portuguesa, percebemos que é possível quebrar aquele ensino tradicional de literatura e sobre como questão do visual pode trazer um aprendizado mais efetivo”, afirmou Wallynton.

Equipe de alunos responsaveis pela produção dos curtas

Propostas como essa desenvolvida no Campus Clovis Moura. evidencia como a transversalidade entre literatura e tecnologias pode transformar o ensino universitário, tornando-o mais inclusivo, participativo e alinhado às demandas do século XXI.

 

Tigres da UESPI se classificam para a semifinal do JUPS 2025

Por Roger Cunha

Com uma campanha marcada por superação, foco coletivo e espírito competitivo, a equipe Tigres Futsal da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) garantiu vaga na semifinal dos Jogos Universitários Piauienses (JUPS 2025). Após estrear com uma derrota apertada para a Estácio Teresina por 3 a 2, o time reagiu na segunda rodada e venceu a UFPI por 3 a 1, conquistando a liderança do grupo B no critério de saldo de gols. A classificação reafirma o protagonismo da UESPI no cenário universitário estadual e fortalece o projeto esportivo liderado pelo técnico Luis Paulo.

Tigres vencem a UFPI e seguem rumo à semifinal do JUPS

Comandando a equipe pelo quarto ano consecutivo, Luis Paulo avaliou o desempenho dos Tigres com senso crítico e visão de futuro. Para ele, o time poderia ter garantido a vaga já no primeiro jogo, mas o nervosismo da estreia acabou interferindo no rendimento da equipe. “O desempenho poderia ter sido melhor, pois poderíamos ter decidido a classificação no primeiro jogo. A estreia tem sempre um nervosismo, e isso afetou nossa atuação”, explicou o treinador. A resposta veio com ajustes técnicos e mentais entre uma partida e outra. A comissão técnica soube identificar os pontos frágeis e reorganizar o grupo para o duelo decisivo contra a UFPI. “Trabalhamos muito com os atletas essa virada de chave. Corrigimos os erros, reforçamos a confiança e mostramos que a vaga ainda era possível. E eles corresponderam dentro de quadra com muita entrega”, destacou Luis Paulo.

O atleta Herik Henrique, autor de dois gols da vitória sobre a UFPI, reconheceu essa mudança de postura como fator essencial para a classificação. Segundo ele, a equipe entrou em quadra determinada a reverter o cenário e consciente da responsabilidade que tinha. “Após a derrota, o que mudou foi a nossa atitude perante o resultado que tínhamos que fazer se quiséssemos passar de fase. Mentalizamos isso e funcionou”, afirmou.

Matheus Santos, também artilheiro na partida, reforçou que a reação começou pela mentalidade. “A gente foi pro segundo jogo sabendo que era ganhar ou ganhar, não tinha outra opção. Isso fez com que o time entrasse em quadra com mais vontade, cada um dando 100% de si mesmo”, declarou.

Tigres vencem a UFPI e seguem rumo à semifinal do JUPS

A vitória por 3 a 1 trouxe alívio e emoção para os atletas, que comemoraram o resultado como fruto do trabalho coletivo. Herik Henrique descreveu o momento como um dia marcante, de alegria e gratidão a Deus. Matheus Santos também celebrou a conquista como um reflexo da preparação da equipe: “É gratificante, mostra que nossa preparação está dando resultado. Logo depois do apito final, vem o alívio e a felicidade pela classificação”.

Luis Paulo destacou que esse resultado tem um peso histórico para o futsal da UESPI. “Estamos indo para a quarta semifinal seguida. E, se chegarmos à final, será nossa terceira decisão em quatro anos. Ver o time sempre brigando por título mostra que estamos no caminho certo e que o esforço não está sendo em vão”, afirmou o treinador.

A honra de vestir a camisa da UESPI também foi destacada pelos atletas. Herik Henrique ressaltou o orgulho de representar uma universidade com histórico de conquistas e destacou o papel do técnico: “Me sinto muito honrado em representar a Universidade Estadual do Piauí, que já foi campeã e vice-campeã do JUPS com o nosso treinador Luis Paulo. Não poderia deixar de destacar a importância que ele tem para a nossa equipe”. Para Matheus Santos , a responsabilidade é ainda maior sendo o capitão. “Ver que mesmo com diversas dificuldades conseguimos chegar na semifinal mostra que, se tivermos mais apoio da nossa instituição, podemos ir ainda mais longe e levar o nome da UESPI pro topo, que é onde tem que estar”.

Sobre o estilo de jogo dos Tigres, Luis Paulo ressaltou a versatilidade da equipe e o compromisso tático com o coletivo: “Temos um grupo que sabe se adaptar. Em certos momentos, somos mais agressivos; em outros, mais estratégicos. O importante é que todos entendem o plano de jogo e respeitam os momentos de cada partida”.

Esse equilíbrio também foi ressaltado por Matheus, que destacou o preparo mental da equipe. “Acredito que temos um estilo de jogo equilibrado, sabendo a hora de ser mais agressivo, mas também entendendo o momento de recuar. Nosso diferencial está na mentalidade e no preparo para lidar com os momentos cruciais”, completou.

A próxima partida, válida pela semifinal, será contra a equipe da Estácio B, que chega com um elenco experiente e qualificado. Luis Paulo reconhece a dificuldade do confronto, mas acredita no potencial do time: “Será um jogo muito difícil, mas se colocarmos em prática o que foi treinado, temos boas chances de chegar a mais uma final”.

Herik e Matheus reforçam o pedido de apoio da torcida da UESPI nessa reta final. “Espero que possamos impor nosso ritmo desde o início. Conto com a torcida de todos nesse embate da semifinal. Será muito importante ter o apoio da UESPI”, disse Herik Henrique. “Gostaria de fazer um convite para que todos acompanhem essa fase final. Com certeza será de grande importância”, concluiu Matheus Santos.

A semifinal será realizada no próximo sábado, às 17h47, na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Os Tigres Futsal seguem firmes em busca de mais uma final e do reconhecimento do seu trabalho esportivo dentro e fora das quadras. Toda a comunidade acadêmica está convidada a acompanhar, apoiar e torcer pelos nossos atletas. Para seguir de perto essa trajetória e ficar por dentro dos bastidores, treinamentos e resultados, acompanhe o time no Instagram: @tigresfutsalpi. Vamos juntos com os Tigres rumo à vitória!

UESPI de Picos realiza Workshop sobre criatividade e inteligência artificial

Por Raíza Leão

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Professor Barros Araújo, em Picos, promove hoje, dia 23 de junho, às 18h30, o workshop “Criando com a Inteligência Artificial: o futuro da criatividade na palma da sua mão”. O evento será realizado no auditório do campus, localizado no bairro Altamira, e é aberto a toda a comunidade acadêmica e ao público interessado. As inscrições serão realizadas no momento da atividade, e os participantes receberão certificado.

Workshop “Criando com a Inteligência Artificial: o futuro da criatividade na palma da sua mão”

A proposta do workshop é discutir o impacto da inteligência artificial (IA) no campo da criatividade, promovendo reflexões sobre como essas ferramentas podem ser utilizadas de forma ética, inovadora e responsável. O palestrante convidado é Dalson Carvalho, mestre em Empreendedorismo e Marketing, e especialista em Neurociência do Comportamento.

De acordo com o coordenador do curso de Administração da UESPI em Picos, professor Thiago Assunção, a universidade é um espaço essencial para o debate crítico e interdisciplinar sobre os avanços tecnológicos. “A IA está transformando diversas áreas do conhecimento e do mercado de trabalho, e entender sua relação com a criatividade ajuda a preparar os estudantes para usar essas tecnologias de forma ética e eficaz, sem usá-las como um fator de dependência. A IA não deve tolher a criatividade, mas impulsioná-la”, destaca.

Ainda segundo o coordenador, discutir esse tema no ambiente acadêmico contribui para a formação de profissionais conscientes e preparados para os desafios de um mundo cada vez mais digital e automatizado. “A discussão sobre IA e criatividade estimula o pensamento interdisciplinar, pois envolve aspectos técnicos, filosóficos, éticos e sociais. Isso amplia a visão dos alunos sobre como a criatividade humana pode ser potencializada ou desafiada pela automação e pelos algoritmos inteligentes”, explica.

O professor também ressalta que eventos como esse promovem a construção de uma cultura de inovação responsável dentro da universidade. “Debater e aprender esses temas na universidade contribui para a construção de um ambiente de inovação responsável, onde se busca não apenas o avanço tecnológico, mas também a reflexão sobre o impacto dessas tecnologias na sociedade, na cultura e na própria definição do que é ser criativo”.

 

Errata do Anexo do Edital PROP/CNPq nº 14/2025 – Retificação no Campo de Descrição do Projeto

Onde se lê:
“Descreva o projeto/pré-projeto de dissertação, demonstrando relação com o tema selecionado acima (até 500 caracteres)”

Leia-se:
“Descreva o projeto/pré-projeto de dissertação, demonstrando relação com o tema selecionado acima (até 500 palavras)”

Edital para o programa PET-Saúde

A Coordenação do Projeto PET-Saúde /Informação e Saúde Digital torna público o PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO DE VAGAS PARA SELEÇÃO E FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA DE TUTORES, PRECEPTORES E ORIENTADORES DESERVIÇO PARA O PET-SAÚDE / INFORMAÇÃO E SAÚDE DIGITAL – UESPI/PHB 2025/2027

EDITAL-TUTORES, PRECEPTORES, ORIENTADORES DE SERVIÇO – PET SAUDE – UESPI – PHB

Café com Química promove integração entre estudantes, egressos e docentes em edição especial

Por Roger Cunha 

O curso de Química da UESPI promoveu mais uma edição do Café com Química, desta vez com uma programação voltada à valorização da trajetória acadêmica e profissional dos estudantes, egressos e docentes da área.
O evento, que coincidiu com o Dia do Químico, foi pensado como um momento para refletir sobre o papel social da profissão, compartilhar experiências e criar pontes entre quem está iniciando a formação e aqueles que já atuam no mercado.

Evento celebra o Dia do Químico com integração entre ensino, pesquisa e vivências

A atividade foi organizada pelo grupo PET Química, programa institucional que articula ensino, pesquisa e extensão com foco na formação completa dos estudantes. O evento contou com palestras, rodas de conversa e momentos de integração, como o coffee break, promovendo não apenas o debate científico, mas também a convivência entre diferentes gerações ligadas à Química.

Segundo Kaic Oliveira, aluno do curso e integrante da organização do evento, o Café com Química é resultado de um trabalho coletivo construído ao longo dos anos com base em temáticas que dialogam com os interesses e desafios da comunidade acadêmica. “Esse evento é organizado pelo PET Química, que envolve pesquisa, ensino e extensão. Atualmente, está sob coordenação da professora Valdileia, que também é egressa do curso. Nós, alunos, participamos da organização, e todo ano desenvolvemos uma programação com palestras, sorteios, rodas de conversa e uma temática diferente. Este ano, o foco foi a carreira profissional da professora Reijani e de outros egressos que hoje atuam em diferentes áreas”, explicou Kaic.

Evento celebra o Dia do Químico com integração entre ensino, pesquisa e vivências

Ele também destacou a importância da ação como espaço de formação ampliada, para além das disciplinas do curso, estimulando a construção de uma visão mais integrada da ciência e da atuação cidadã dos estudantes. “É a quarta edição que participo e organizo. E a cada ano o evento se torna mais abrangente. Ele extrapola o ambiente acadêmico e promove a troca com a comunidade. Participam estudantes de outros cursos e de outras instituições, o que amplia nosso conhecimento e nossa vivência. É uma forma de entender como a Química está presente em diferentes dinâmicas da sociedade”.

A escolha do Dia do Químico para a realização do evento também carrega um simbolismo importante. A data, celebrada nacionalmente em 18 de junho, marca a regulamentação da profissão e reforça a necessidade de valorizar os profissionais que atuam em áreas como saúde, meio ambiente, indústria e pesquisa científica. Para o estudante Elvis Barros, o momento foi ideal para conectar saberes e inspirações. “É muito importante trazer as experiências vividas pelos químicos que já se formaram e dar essa visão para quem está chegando agora. É uma profissão essencial, que lida com o conhecimento dos produtos químicos e com a segurança das pessoas. Participar desse evento no Dia do Químico é significativo. É uma oportunidade de celebrar e também de aprender”.

Evento celebra o Dia do Químico com integração entre ensino, pesquisa e vivências

A edição também foi marcada pelo retorno de egressos, que puderam compartilhar suas trajetórias após a graduação. Entre as convidadas, a química Mislany Gonçalves, que atualmente atua como analista de qualidade em uma indústria, ressaltou o valor da formação recebida na UESPI e a emoção de retornar ao espaço onde iniciou sua carreira. “É muito gratificante voltar. A universidade foi nossa base, nossa referência. Ela ofereceu todos os mecanismos para que a gente pudesse crescer. Hoje atuo na área, sou responsável por processos industriais, e é uma realização enorme poder trabalhar com aquilo que estudei. Durante a graduação eu vivi um sonho, e hoje sigo vivendo isso como profissional”.

Mais do que uma programação comemorativa, o Café com Química reafirma o compromisso da universidade com a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Ao promover o encontro entre estudantes, professores e profissionais, o evento estimula o pertencimento, valoriza trajetórias e evidencia a relevância da Química como ciência transformadora.

 

 

UESPI alinha estratégias com FAPEPI para fortalecer investimentos em pesquisa

Por: Eduarda Sousa

Em um esforço conjunto para fortalecer a ciência e tecnologia no Piauí, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) e a Secretaria de Estado do Planejamento (SEPLAN) realizaram na última quarta-feira (18), uma reunião  voltada para a identificação e evidência dos gastos com Pesquisa e Desenvolvimento no orçamento da universidade.

Equipes da PROPLAN, PROP, FAPEPI E SEPLAN

O encontro, que reuniu equipes da PROP, PROPLAN, FAPEPI e da SEPLAN, teve como objetivo mapear os investimentos já realizados pela UESPI em áreas relacionadas à pesquisa científica, inovação e pós-graduação.

A reunião também teve como foco principal a necessidade de organizar e evidenciar, de forma mais precisa, os investimentos que a UESPI já realiza em pesquisa e desenvolvimento. A proposta é garantir que esses gastos estejam corretamente alocados no orçamento, refletindo os esforços da instituição em ciência e tecnologia. “Trata-se de uma ação articulada para evidenciar com mais clareza os investimentos da UESPI em ciência e tecnologia. A instituição já realiza aportes significativos nessas áreas como pagamento de bolsas de mestrado e iniciação científica, aquisição de equipamentos laboratoriais e agora o foco é realocar essas despesas nas ações corretas, para que sejam refletidas nos indicadores oficiais de P&D”, destacou o pró-reitor da PROPLAN, professor Lucídio Beserra.

A iniciativa contribuirá diretamente para a construção de ferramentas de planejamento estratégico, como a peça orçamentária anual. Com isso, será possível não apenas mensurar o volume de recursos destinados à pesquisa, mas também avaliar a qualidade e os impactos desses investimentos.

Além da identificação dos gastos, o encontro teve um papel estratégico na definição de diretrizes para o aprimoramento dos indicadores institucionais da UESPI. A iniciativa busca transformar os avanços recentes da universidade em pesquisa e pós-graduação em dados concretos que subsidiem o planejamento das próximas ações. “Essa reunião é essencial para alinharmos estratégias e melhorarmos nossos indicadores institucionais. A UESPI tem avançado significativamente nos últimos anos em pesquisa e pós-graduação, e precisamos traduzir esse avanço em dados concretos que orientem o futuro da universidade”, destacou o pró-reitor da PROP, professor Rauirys Alencar.

Essa iniciativa reforça a importância da transparência e da organização dos dados orçamentários como instrumentos de fortalecimento da política pública de ciência e tecnologia no estado. Os dados levantados servirão de base para novas ações, planejamentos e projetos que visem ampliar ainda mais os investimentos na área.

Reunião  voltada para a identificação e evidência dos gastos com Pesquisa e Desenvolvimento no orçamento da universidade

Coleção “Sertões dos Brasil” valoriza produção acadêmica e diversidade regional em oito volumes publicados pela EDUESPI

Por: Eduarda Sousa

A Editora da Universidade Estadual do Piauí (EDUESPI) lançou a coleção “Sertões dos Brasil”, composta por oito volumes que reúnem pesquisas interdisciplinares voltadas à compreensão da pluralidade social, cultural e política dos chamados “sertões” do país.
A coleção é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura (PPGSC) da UESPI e tem como objetivo principal divulgar a produção científica de pesquisadores em formação e consolidados, ampliando os diálogos entre diferentes regiões e áreas do conhecimento.

Coleção Sertões dos Brasil

A proposta da coleção surgiu a partir de um evento internacional realizado em 2022, promovido em parceria com a Universidade de Lisboa, em alusão aos 200 anos da Independência do Brasil. A partir dos eixos temáticos discutidos durante o evento, foram selecionados trabalhos enviados no formato de capítulos, os quais passaram por um criterioso processo de revisão para compor os primeiros volumes da coleção.

Inicialmente planejada com quatro volumes, a coleção cresceu e hoje conta com oito publicações, cada uma com um recorte temático específico, abrangendo desde questões políticas e culturais até estudos sobre o mundo do trabalho e o espaço rural. Todos os temas dialogam diretamente com as linhas de pesquisa do programa de pós-graduação da UESPI, reforçando o vínculo entre ensino, pesquisa e extensão.

A coleção também se destaca por sua proposta de integração acadêmica, ao reunir contribuições de diferentes níveis e trajetórias da pesquisa científica. O objetivo não é apenas valorizar a produção interna do programa de pós-graduação da UESPI, mas também abrir espaço para trabalhos desenvolvidos em outras instituições, promovendo o intercâmbio de saberes. “Mais do que divulgar a produção do nosso programa, a coleção tem como propósito estabelecer pontes com pesquisas em andamento ou já concluídas, vindas também de outros programas de pós-graduação. Reunimos dissertações, teses e estudos desenvolvidos por pesquisadores em formação, mas também por autores já consolidados em suas áreas, o que confere à coleção um caráter profundamente interdisciplinar e colaborativo”, destacou a professora Cristiana Rocha.

Outro destaque é o caráter amplo e plural da iniciativa, que não se restringe ao Piauí. O nome “Sertões do Brasil” reflete a intenção de pensar o Brasil em sua diversidade e complexidade regional. A coletânea conta com a participação de autores de diferentes estados e instituições, buscando refletir as múltiplas realidades do país.

Além de fortalecer a produção científica da UESPI, a coleção também contribui para a democratização do conhecimento, ao tornar acessíveis reflexões atuais e relevantes sobre o Brasil profundo seus sujeitos, suas lutas, suas memórias e suas culturas.

UESPI sedia pela primeira vez Congresso da FIEPS e fortalece a Educação Física no Piauí

Por Jésila Fontinele

Pela primeira vez, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) sedia o Congresso da Federação Internacional de Educação Física (FIEPS), que promove o 17º Encontro Interdisciplinar: Descobrindo caminhos através da música, das atividades físicas, recreativas e cognitivas, além do XVII Congresso Piauiense Científico da FIEPS, com o tema integrado: Tecnologia, movimento humano e inteligência artificial na Educação Física. O evento acontece entre os dias 19 e 21 de junho, no setor 21. 

O momento que promove aprendizados, reflexões e discussões sobre temas ligados à Educação Física e áreas afins,  conta com uma equipe de professores e alunos na organização, que desempenham funções de grande importância para a sua realização. O coordenador Galba Coelho destacou que o congresso já foi sediado no SESC e em outras universidades, e mencionou o desejo de trazê-lo para a UESPI,  objetivo esse concretizado no 17º Encontro, com diversas atividades realizadas no Setor.

 O aluno João Guilherme, do 6º período, que faz parte da organização, ressaltou a alegria de participar de um evento tão importante para a área da Educação Física, sediado pela primeira vez na Universidade. “ Fico muito grato de ter sido escolhido pela coordenação para auxiliar os palestrantes e os estudantes. O FIAPS está acontecendo aqui pela primeira vez e conta com mais de 100 alunos vindo do interior do Piauí e alguns outros participantes aqui da nossa universidade, do Campo Socorro Neto. E é enriquecedor para o currículo deles, para o nosso currículo no geral e é uma oportunidade muito boa”,  concluiu o estudante.

 

A professora Yula Meneses, Delegada Adjunta da FIEPS, destacou as funções da equipe de organização do evento, ressaltando que o professor Galba Coêlho, também Delegado Adjunto, foi responsável por conseguir o espaço físico necessário para viabilizar o congresso. Já o professor José Carlos, Delegado Regional da FIEPS no estado do Piauí, ficou encarregado da divulgação e trouxe comitivas de diversos municípios, como Barras, Codó e Floriano. “Então, a FIEPS trabalha em conjunto com professores e alunos, realizando um congresso sem fins lucrativos. A IMAPCTA, nossa grande parceira, junto com o Governo do Estado do Piauí, tem contribuído para que este congresso ganhe reconhecimento ano após ano, crescendo e aumentando o número de profissionais que participam e se capacitam conosco”, afirmou a professora.

Com a realização do congresso na UESPI, a FIEPS reafirma seu compromisso com a promoção do conhecimento, da integração acadêmica e do fortalecimento da Educação Física no estado do Piauí. A participação ativa de estudantes, professores e instituições parceiras demonstra o potencial transformador de eventos como este, que não apenas capacitam profissionais, mas também inspiram novas práticas e perspectivas para o futuro da área.

UESPI realiza reunião pedagógica do PARFOR com orientações sobre o período 2025.2

Por Jésila Fontinele 

Ocorreu hoje, na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), a reunião pedagógica de orientações do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), desenvolvida pela CAPES em parceria com as secretarias de educação e instituições públicas de ensino superior. A reunião teve como objetivo promover orientações aos professores para o novo período letivo de 2025.2.

Com orientações sobre o início das aulas, o momento reuniu 99 professores formadores, coordenadores de cursos e coordenadores do PARFOR local, para debater sobre o semestre. A Professora do curso de Pedagogia do Campus de Corrente e Professora Formadora do Parfor, Mirian Folha “O professor que não tem ensino superior tem a oportunidade de se inscrever e cursar, além disso o PARFOR é um programa de alta qualidade, com uma seleção rígida, porque atualmente exige mestrado e um bom currículo”, concluiu.

Durante o encontro, os participantes também discutiram estratégias para garantir a qualidade da formação e o fortalecimento do vínculo entre universidade e municípios parceiros. A troca de experiências entre os professores formadores e a coordenação institucional foi essencial para alinhar expectativas, esclarecer dúvidas e reforçar o compromisso coletivo com o sucesso do programa.

Já a professora Maria Mêres Ibiapino, do município de Campinas do Piauí, destacou o impacto da reunião, na qual os professores puderam conhecer melhor suas atribuições, deveres e os direitos dos alunos. “A gente conhece tudo isso aqui hoje, na nossa formação, com a coordenadora do curso de Pedagogia, professora Marielene.”

A coordenadora institucional do PARFOR, Francisca Cunha, também destacou a acolhida aos  professores formadores que irão atuar no período 2025.2. “Está tudo muito forte, bem estruturado, com uma organização de ponta. Isso se deve ao cuidado institucional com a gestão do programa, ao apoio da reitoria e ao trabalho da coordenação institucional, dentro de um regime de colaboração com os municípios. Temos dialogado diretamente com os prefeitos, assinando os termos de cooperação técnica, nos quais estão expressas as necessidades que temos para executar o convênio em cada município”, concluiu.

O encontro reafirma o compromisso da UESPI e de seus parceiros com a valorização da educação básica por meio da qualificação de professores em exercício. A expectativa é de que, com planejamento, cooperação e investimento contínuo, o PARFOR continue sendo uma importante ferramenta de transformação da realidade educacional no estado do Piauí.

UAPI – UESPI divulga resultado final do edital para portador de curso superior

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI), divulgou o Resultado Final do processo seletivo destinado a portadores de diploma de curso superior. A seleção é referente ao Edital nº 001/2025 e visa o preenchimento de vagas nos cursos superiores de Tecnologia em Energias Renováveis e Tecnologia em Sistemas para Internet, ofertados na modalidade à distância com mediação tecnológica pela UAPI, com ingresso previsto para o semestre 2025.2.

Os candidatos devem acompanhar os próximos prazos e etapas do processo seletivo na página de editais no site da UAPI e no site NEAD Seletivos. A seleção segue as condições estabelecidas no edital.

Curso de História promove ação que aproxima alunos da rede pública do universo acadêmico

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Programa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de História, no Campus Clóvis Moura, realizou uma atividade especial que aproximou estudantes do ensino médio da realidade do ensino superior. O evento recebeu alunos do CETI Professor Raudir Cavalcante Bastos e apresentou a ação intitulada “O Universo da Universidade”.

Idealizada pelas bolsistas do PIBID, Maria Vitória de Melo Silva Ferreira e Juliana Beatriz Lopes da Silva, a atividade teve como propósito ampliar a compreensão dos estudantes sobre o papel e a importância da universidade pública. “Buscamos destacar o papel social, formativo e transformador da universidade.  A sua função enquanto espaço de produção do conhecimento, a inclusão social, a construção da cidadania pela universidade”, afirmou Maria Vitória.

Palestrantes e alunos do CETI Raudir Cavalcante

Durante o encontro, foram abordadas as dimensões acadêmicas da universidade – ensino, pesquisa e extensão – bem como sua função social na construção da cidadania, na inclusão e na produção do conhecimento. Além de apresentar a origem e as múltiplas funções da universidade, a ação discutiu mecanismos de acesso ao ensino superior, com destaque para as políticas afirmativas, os desafios enfrentados pela juventude periférica e as possibilidades abertas por uma formação universitária gratuita e de qualidade.

A professora Júliah Castelo Branco, que supervisionou o projeto, falou da importância de aproximar os alunos da rede pública do ambiente universitário. “Os alunos que então visitaram hoje o campus são alunos da terceira série do ensino médio, eles irão fazer Enem ao final do ano e estarão com essa proposta de ser futuros acadêmicos. Conhecer todos os espaços que a universidade oferece e também os meios de inserção é algo que eles necessitam para expandir seus horizontes”, disse a docente.

Professores palestrantes junto a Diretora do Campus Simonely Valéria e alunas do projeto

O coordenador do projeto, professor doutor Marcelo de Souza Neto, destacou o impacto que iniciativas como essa podem gerar tanto para a comunidade acadêmica quanto para a sociedade. “O objetivo final desse evento é sensibilizar, motivar e convidar esses jovens a fazerem parte da comunidade acadêmica da UESPI no próximo ano. Acreditamos que, por meio da educação superior, eles poderão não apenas transformar as próprias trajetórias, mas também gerar impacto positivo na vida de suas famílias e na sociedade, contribuindo para o desenvolvimento social, econômico e cultural do nosso estado”, explicou o professor, apontando para o poder transformador da educação.

 

UESPI e Sebrae firmam parceria para implementação de empresa simulada na universidade

Por: Eduarda Sousa

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) firmaram uma parceria para a implementação de uma empresa simulada na instituição. A iniciativa visa capacitar professores e, posteriormente, alunos em temáticas voltadas ao empreendedorismo, inovação e resolução de problemas do mercado, promovendo a criação de projetos que estimulem o protagonismo estudantil e fortaleçam o conhecimento aplicado.

Representantes da Uespi e Sebrae em reunião para firmação de parceria

Com essa iniciativa, a UESPI dá o primeiro passo rumo a novas parcerias entre educação e empreendedorismo, ampliando as possibilidades de formação para a comunidade acadêmica e promovendo um ambiente universitário mais conectado com os desafios e demandas do mercado atual.

A parceria foi consolidada em uma reunião com representantes do Sebrae e estabelece o compromisso com ações voltadas para inovação e desenvolvimento de empresas orientadas. “A proposta abrange todos os cursos da universidade, não se restringindo à área de Administração. Essa temática de inovação e empreendedorismo vai abranger toda a comunidade universitária. Estamos muito felizes com esse primeiro entendimento, que foi extremamente positivo”, destacou o vice-reitor  prof. Dr. Jesus Abreu.

A iniciativa também foi destacada pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UESPI, responsável por fomentar o desenvolvimento de soluções inovadoras no ambiente universitário. Para o diretor do NIT, prof. Tales Antão a parceria com o Sebrae representa um passo estratégico no fortalecimento da cultura empreendedora na instituição. “Enquanto núcleo de inovação tecnológica, ficamos muito felizes em firmar essa parceria com o Sebrae. O NIT tem a missão de fomentar o desenvolvimento tecnológico, o empreendedorismo e a inovação. Acreditamos que a educação empreendedora é um passo essencial para capacitar nossos professores e, consequentemente, os alunos. Essa primeira turma da empresa simulada, que será viabilizada com o apoio do Sebrae, representa um avanço significativo para a universidade”.

Reunião para firmação de parceria

Representando o Sebrae, Livia Melo, também celebrou a parceria e o início da empresa simulada. “É uma felicidade muito grande estar aqui na UESPI celebrando essa parceria, principalmente por estarmos dando o start na implementação da empresa simulada. Seguimos caminhando juntos para novas ações entre educação e empreendedorismo, com foco no crescimento e na formação dos nossos estudantes”. 

Reunião para implementação de empresa simulada na Uespi

A expectativa é que a iniciativa gere impactos positivos em toda a instituição, estimulando a formação de profissionais mais preparados, criativos e conectados com as necessidades da sociedade.

 

UAPI – UESPI divulga resultado dos recursos contra o resultado parcial da análise de currículos do edital para portador de diploma

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI), divulgou o Resultado da Interposição de Recurso contra o Resultado Parcial da Análise de Currículo do processo seletivo destinado a portadores de diploma de curso superior. A seleção é referente ao Edital nº 001/2025 e visa o preenchimento de vagas nos cursos superiores de Tecnologia em Energias Renováveis e Tecnologia em Sistemas para Internet, ofertados na modalidade à distância com mediação tecnológica pela UAPI, com ingresso previsto para o semestre 2025.2.

Os candidatos devem acompanhar os próximos prazos e etapas do processo seletivo de editais no site da UAPI e no site NEAD Seletivos. A seleção segue as condições estabelecidas no edital.

Curso de Letras da UESPI em Picos visita a Academia Parnaibana de Letras e fortalece vínculos entre literatura, território e identidade

Por: Lucas Ruthênio

Acadêmicos do curso de Letras Português da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Professor Barros Araújo, em Picos, realizaram uma visita formativa à Academia Parnaibana de Letras (APAL), na cidade de Parnaíba. 

A atividade, coordenada pela Professora Mônica Gentil, teve como principal objetivo aproximar os estudantes da produção literária local, explorando tanto obras clássicas quanto a literatura contemporânea produzida no litoral piauiense. A proposta também visou promover a compreensão da literatura como elemento integrante da história, cultura e identidade da cidade.

Visita à Academia Parnaibana de Letras conecta estudantes à memória literária do Piauí 

Segundo  a Professora Mônica Gentil, a visita foi pensada como uma extensão dos conteúdos trabalhados em sala de aula, com uma proposta pedagógica interdisciplinar que integrou diferentes componentes curriculares do curso de Letras. “A ideia foi integrar os componentes curriculares e, ao mesmo tempo, propiciar a interação entre as turmas. Para isso, fizemos um trabalho coletivo para alinhar os objetivos pedagógicos de cada disciplina e construir uma proposta interdisciplinar que tivesse sentido formativo para os estudantes”, explicou a docente.

Durante a programação, os estudantes participaram de momentos marcantes que ampliaram sua percepção sobre a literatura e sua relação com o território. O primeiro deles foi a visita à própria Academia Parnaibana de Letras, onde foram recepcionados por seus membros, incluindo o presidente José Luiz de Carvalho e o secretário-geral Antonio Gallas. Nesse encontro, os discentes conheceram a história da APAL e seu papel na preservação e difusão da literatura piauiense. “Esse foi, sem dúvida, o momento que mais chamou a atenção dos alunos. A origem da APAL traz consigo informações fundamentais não só sobre Parnaíba, mas sobre a história do Piauí. Houve uma troca de afetos e conhecimentos, com destaque para a entrega do Almanaque da Parnaíba, a revista da Academia. Foi um verdadeiro mergulho na memória cultural do estado”, destacou a Professora Mônica Gentil.

Outro momento de grande impacto foi a visita ao Porto das Barcas, cenário presente na obra Beira Rio, Beira Vida, do escritor piauiense Assis Brasil. A proposta foi fazer com que os estudantes reconhecessem na paisagem urbana elementos que alimentam a criação literária. “Não se tratava apenas de visitar um ponto turístico. O Porto das Barcas e outros lugares da cidade ganham nova vida quando vistos pela lente da literatura. São espaços que, na escrita de Assis Brasil, se transformam em cenário, em símbolo, em personagem. Isso nos ajuda a compreender como o território se inscreve na obra e como o autor transforma a cidade em literatura”, afirmou a Professora Mônica Gentil.

Estudantes conhecem a história da APAL em encontro com membros da Academia Parnaibana de Letras.

A experiência foi finalizada com uma visita ao campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, da UESPI em Parnaíba, onde os alunos foram recepcionados pelo professor Idelmar Cavalcante, da área de História. Para Mônica Gentil, esse momento reafirmou a importância do diálogo entre os campi e fortaleceu o espírito de comunidade acadêmica. “Foi um momento de integração e de reconhecimento da universidade como um espaço em rede. O acolhimento do professor Idelmar Cavalcante foi simbólico, pois marcou o encontro entre diferentes vivências universitárias, fortalecendo o sentimento de pertencimento institucional”, comentou.

Mais do que uma atividade externa, a visita à Parnaíba representou uma experiência formativa profunda. A Professora Mônica Gentil ressaltou que vivências como essa são fundamentais para transformar a forma como os estudantes compreendem a literatura. “Entender como autor, obra e leitor se relacionam, como a tradição literária se mantém viva por meio de instituições como as academias, é essencial para discutir o que é literatura e como ela se faz. Afinal, a obra literária nunca cessa de dialogar com seus leitores.”

Júri Simulado na OAB aproxima teoria e prática para estudantes de direito da UESPI

Por Sara Caland

A sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Teresina, foi palco de um júri simulado promovido pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI).
A atividade extensionista integrou alunos dos primeiro bloco do curso de Direito do campus Torquato Neto e proporcionou uma vivência realista do ambiente jurídico, da preparação processual à sustentação oral diante do tribunal. A ação foi conduzida pela Profa. Dra. Ivoneide Alencar, mentora da disciplina Linguagem e Comunicação Jurídica.

Para muitos, foi a primeira oportunidade de vestir a toga, sustentar argumentos jurídicos e atuar como advogados, promotores, juízes e jurados. Mais do que um exercício acadêmico, o júri simulado funcionou como um rito de passagem simbólico para os futuros operadores do Direito.

“É uma forma deles entenderem desde cedo qual a área que mais se identificam: civil, penal. Eles vão se encontrando durante o processo de aprendizado, e essas atividades ajudam nisso. É quase um teatro, mas com um valor formativo enorme, onde eles vivenciam na prática como um advogado ou promotor deve se posicionar”, explica a professora Maria Laura, coordenadora do curso de Direito do campus Clóvis Moura, ressaltando a importância das ações extensionistas na UESPI.

O professor Márcio Freitas, coordenador do curso de Direito do campus Torquato Neto, também destacou o valor pedagógico do evento, reforçando a importância de desenvolver a comunicação e a expressão desde os primeiros períodos do curso. “É uma prática, embora seja simulada e relacionada ao aspecto do Direito Penal, mas está compondo a forma de se expressar e se comunicar para o futuro profissional. Então, já no início do curso, isso é de extrema importância”.

A realização do júri simulado na sede da OAB-PI também simboliza o fortalecimento do vínculo entre as instituições formadoras e os órgãos representativos da advocacia. A abertura do espaço para os estudantes demonstra o compromisso da Ordem em acolher e incentivar as futuras gerações de operadores do Direito. A ambientação real contribuiu para dar ainda mais peso e seriedade à atividade, proporcionando aos participantes uma imersão fiel ao cenário que muitos desejam vivenciar no futuro.

Essa valorização da oratória e do domínio do discurso jurídico ficou evidente na atuação dos estudantes. O aluno Francisco de Assis Siqueira Neto, do primeiro bloco, relatou o entusiasmo em participar como jurado: “Foi uma experiência muito única. Todos que entram no curso de Direito têm o sonho de atuar no tribunal, especialmente com o Direito Penal, que é, digamos, o primeiro amor do estudante de Direito. Como jurado, percebi a importância da nossa função. Afinal, não é o juiz quem decide, mas sim os jurados, em casos como homicídios ou feminicídio.”

A monitora da disciplina Lara Nunes, do segundo período, também destacou a profundidade da preparação. “Foi um processo árduo, mas extremamente enriquecedor. Tivemos o suporte de profissionais como analistas do Ministério Público, um juiz e um promotor. Foi uma preparação imersiva que nos permitiu tirar dúvidas e compreender cada etapa do julgamento”, relatou.

Monitora Lara Nunes

A professora responsável pela disciplina e Pró Reitora da UESPI, Ivoneide Alencar, também falou sobre a relevância do evento para a formação dos alunos e da própria carreira docente. “O júri simulado é a culminância de um semestre letivo. É quando conseguimos ver nossa teoria sendo aplicada com competência e sensibilidade. Essa disciplina é uma base essencial, uma espécie de ‘coringa’, pois oferece os primeiros contatos com o universo do Direito”, afirma a professora.

Ela destacou ainda o protagonismo dos próprios estudantes na organização do evento. “A gente orienta, mas são eles que constroem tudo. Queria parabenizar a monitora Lara que teve um papel muito importante nesse processo. Isso aqui é uma coletividade. Ninguém solta a mão de ninguém”.

A atividade reforça o compromisso da UESPI em oferecer uma formação completa e próxima da realidade jurídica. O júri simulado, mais do que uma encenação, é a simulação da responsabilidade que cada aluno deverá assumir na vida profissional: lidar com vidas, com justiça, com ética.

6º Torneio de Voleibol fortalece formação prática de estudantes no Campus da UESPI em Floriano

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do campus Floriano, realizou mais uma edição do Torneio de Voleibol, reunindo alunos dos cursos de graduação em uma experiência que vai além da prática esportiva. Coordenado pela professora Nice Maria  e organizado pelos estudantes do 4º bloco do curso de Educação Física, o evento chegou à sua 6ª edição destacando a integração universitária, o protagonismo discente e a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos em sala de aula.

6º Torneio de Voleibol da UESPI reúne estudantes e fortalece prática esportiva no campus Floriano

Realizado em dois dias, o torneio contou com a participação de equipes masculinas e femininas. Ao longo das partidas, os estudantes tiveram a oportunidade de aplicar técnicas esportivas, atuar na arbitragem, vivenciar a gestão de eventos e lidar com imprevistos reais, desenvolvendo competências que são fundamentais para o exercício profissional na área da Educação Física.

A professora Nice Maria avalia que o crescimento do torneio ao longo dos anos é perceptível e reflete o engajamento da comunidade acadêmica com a atividade. Segundo ela, a grande procura pelas inscrições este ano foi um indicativo claro do sucesso da iniciativa. “A gente avalia esse crescimento do torneio, que está na sua sexta edição, pela procura dos times que querem participar. Então, a gente tem feito um bom trabalho, né? E o pessoal tá bem interessado. Este ano teve um aumento muito bom, que a gente teve até que não permitir mais inscrições por causa do tempo do nosso torneio, que só são dois dias. A gente tem percebido exatamente por isso, pela procura dos times para participar do nosso torneio”, relata.

6º Torneio de Voleibol da UESPI reúne estudantes e fortalece prática esportiva no campus Floriano

O torneio está diretamente ligado à proposta pedagógica do curso de Educação Física da UESPI. A ideia é proporcionar, de forma concreta, o exercício de habilidades que são estudadas teoricamente durante as disciplinas da graduação. “O objetivo do torneio é exatamente ver os objetivos alcançados da teoria dada em sala de aula para esses alunos”, explica a professora.

Essa relação entre teoria e prática é um dos principais pilares do projeto. Para a professora, o esporte não deve ser visto apenas como competição, mas como ferramenta de formação integral. “Essa prática esportiva traz benefícios inumeráveis, entre eles os benefícios físicos e mentais e também os pedagógicos, contribuindo também para a aplicação na prática dessa teoria vista em sala de aula e desenvolvendo as habilidades motoras, acadêmicas e sociais. Então, é um preparo do nosso alunado para a realidade escolar”, ressalta.

6º Torneio de Voleibol da UESPI reúne estudantes e fortalece prática esportiva no campus Floriano

A realização do torneio também proporcionou um ambiente de desenvolvimento de habilidades interpessoais e de liderança. Os estudantes se envolveram em todas as etapas da organização: elaboração do regulamento, montagem da estrutura, gerenciamento dos jogos e articulação com os demais cursos do campus. “Olha, são tantas coisas envolvidas na organização de um torneio, assim como técnicas relacionadas, no caso, por exemplo, do voleibol – o domínio dos fundamentos como saque, recepção, ataque, etc. –, e relacionadas ao jogo e à organização. E a gestão do evento de um modo geral. Nessa gestão, a gente tem que conseguir com a turma uma capacidade de comunicação e trabalho em equipe, resolução de problemas, que é o que não faltam, porque tem muita coisa envolvida”, pontua.

A professora Nice Maria também destaca a importância de ensinar os alunos a lidar com situações inesperadas e desenvolver soluções alternativas, o que, segundo ela, é parte essencial da vivência profissional. “Uma coisa muito importante é saber lidar com os imprevistos e ter sempre um plano B, porque em todos os eventos sempre acontece uma coisa que não estava nos planos”, observa.

6º Torneio de Voleibol da UESPI reúne estudantes e fortalece prática esportiva no campus Floriano

Ao final da competição, a professora fez questão de agradecer o envolvimento de todos e destacou que o sucesso do torneio é resultado do empenho coletivo. “O nosso torneio foi um processo. Tivemos times femininos e masculinos, e correu tudo na maior tranquilidade. Agradecemos a participação de todos que nos ajudaram e participaram do nosso evento”, finaliza.

Ao final da competição, a professora fez questão de agradecer o envolvimento de todos e destacou que o sucesso do torneio é resultado do empenho coletivo. “O nosso torneio foi um processo. Tivemos times femininos e masculinos, e correu tudo na maior tranquilidade. Agradecemos a participação de todos que nos ajudaram e participaram do nosso evento”, finaliza.

UESPI de Campo Maior vai realizar torneio de Futsal e Queimada durante a Semana da Geografia

Por Raíza Leão

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, promove no próximo dia 26 de junho, a partir das 15h, o Torneio de Futsal e Queimada como parte da programação da Semana da Geografia. O evento será realizado no Ginásio Poliesportivo do bairro São Luiz e contará com a participação de estudantes de diversos cursos da instituição.

Torneio de Futsal e Queimada como parte da programação da Semana da Geografia

Os jogos marcam não apenas o encerramento do semestre letivo, mas também um passo importante para a consolidação da Atlética de Geografia como programa de extensão da universidade. Segundo a coordenadora do curso, professora Cíntia Santos Lins, a iniciativa nasceu de forma espontânea a partir do desejo dos próprios alunos. “Eles sentiram a necessidade de ter alguma atividade esportiva dentro da instituição, como uma forma de lazer e de aliviar a mente diante das exigências dos estudos”, destaca.

A proposta começou com ações dentro da disciplina “Corpo e Movimento”, ministrada pela professora Samara Borges, em 2023, e evoluiu para a criação da Atlética de Geografia, idealizada por Kennedy Rogelis, Luiz Felipe, João Neto, Anderson e Tauan Moura. “Eles foram pesquisar o que era uma Atlética, como funcionava e identificaram a ausência desse tipo de organização na UESPI. A intenção sempre foi integrar outros cursos, como Biologia, Pedagogia e História, até se tornar uma Atlética unificada do campus de Campo Maior”, explica a professora.

Durante o semestre, os treinos ocorrem semanal ou quinzenalmente. Os jogos oficiais, por sua vez, fazem parte da programação de eventos acadêmico-culturais, como a Semana da Geografia, no primeiro semestre, e a Expogeo, no segundo. A Atlética também realiza amistosos com alunos de outras instituições, como o IFPI.

Neste ano, o torneio terá um significado ainda mais especial, a reinauguração da Arena Uespiana. O espaço, localizado dentro do terreno da universidade, passará a ser compartilhado oficialmente com associações comunitárias locais. “O ginásio poliesportivo está em reforma, e os alunos estavam sem local adequado para treinar. Com a assinatura do termo de parceria, que ocorrerá no dia 24 durante a reitoria itinerante, eles terão um espaço fixo e com horários acessíveis”, afirma Cíntia.

A coordenadora reforça a importância do esporte no contexto acadêmico. “Assim como dança, música e teatro, o esporte é essencial para o desenvolvimento dos nossos estudantes. É um momento de lazer, mas também de cuidado com a saúde física e mental, especialmente ao final de um semestre exigente, marcado por TCCs, seminários e provas”, pontua.

As inscrições estão abertas e podem ser realizadas por meio do formulário disponível no Instagram da Atlética de Geografia, @atletica_de_geografia

Para participar, os estudantes devem apenas estar aptos a praticar atividade física. As regras para as modalidades são: no futsal, os times devem ser mistos, com no mínimo 5 e no máximo 10 jogadores; na queimada, equipes mistas com até 8 jogadores e 2 reservas.

Tigres Futsal representa a UESPI na temporada universitária 2025

Por Roger Cunha

A equipe Tigres Futsal representa a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) em competições universitárias nas modalidades de futsal. Com presença ativa em torneios estaduais, o time é composto por estudantes de diversos cursos da instituição e tem se consolidado como uma das principais seleções universitárias do estado.

Tigres Futsal representa a UESPI em estreia nos Jogos Universitários 2025

Criado com o objetivo de integrar a prática esportiva ao ambiente acadêmico, o Tigres participa, anualmente, de campeonatos como os Jogos Universitários Piauienses (JUPS) e a Liga Teresina de Futsal. A equipe foi campeã da Liga Universitária em 2016 e conquistou o título dos JUPS em 2022. Em 2025, está confirmada para mais uma edição dos jogos universitários.

O atual técnico da equipe, Luis Paulo, tem uma trajetória ligada à própria história do time. Ele explica que sua atuação como treinador começou a partir da experiência como atleta universitário. “A minha trajetória como treinador começou após jogar alguns anos na seleção da UESPI. Em 2016, recebi o convite de alunos para formarmos um novo time, pois o da minha geração havia dado uma pausa. Formamos a equipe e fomos campeões no primeiro ano, conquistando um título inédito na universidade”, relata.

Tigres Futsal representa a UESPI em estreia nos Jogos Universitários 2025

A preparação do grupo para as competições deste ano envolve treinos táticos e jogos amistosos. “A preparação está sendo de treinos e amistosos. Alcançamos êxito nos quatro amistosos que tivemos até agora”, afirma. Segundo o técnico, a logística dos treinos exige flexibilidade, já que os atletas têm diferentes turnos de aula. “Temos que variar bastante nos horários dos treinos, pois temos alunos que estudam pela manhã, tarde e noite.” A convocação da atual equipe ocorreu por meio de um processo interno. “A seletiva foi por meio de indicação dos atletas remanescentes e por convite aos que vimos treinar pelas atléticas da universidade”, explica Luis Paulo.

Além do desempenho esportivo, a equipe enfrenta desafios estruturais. O técnico destaca a necessidade de apoio institucional para melhorar as condições de treino. “O futsal universitário da UESPI pode crescer bastante com o apoio da instituição, dando condições melhores para podermos treinar na nossa quadra à noite. No momento, não estamos podendo usar o espaço porque está sem iluminação”. Para a temporada de 2025, o objetivo da equipe é avançar nas etapas estaduais e conquistar o acesso nacional. “Nosso objetivo é ser campeão do JUPS e subir o Piauí para a primeira divisão nacional universitária, no JUBs”, projeta Luis Paulo.

Time que jogou em Brasília 2022 o JUBS

Ao longo de sua trajetória, a equipe Tigres Futsal já conquistou dois títulos expressivos no cenário universitário: a Liga Universitária, de 2016,  e os Jogos Universitários Piauienses, de 2022. Esses resultados representam marcos históricos para o futsal da UESPI, colocando a equipe como referência dentro da universidade e inspirando novas gerações de atletas a darem continuidade a esse caminho de superação e representatividade no esporte acadêmico.

Entre os estudantes que compõem a equipe, está o atleta Paulo Victor, aluno da UESPI que encontrou no futsal universitário uma oportunidade de crescimento dentro e fora das quadras. Ele explica que sua entrada no time foi motivada pelo desejo de representar a universidade em competições oficiais. “Quando entrei na UESPI, queria jogar alguns campeonatos. Então soube do Tigres, que é o time que disputa o maior campeonato universitário representando a UESPI”, relata.

Com uma rotina organizada entre aulas e treinos, o jogador afirma que tem conseguido manter o equilíbrio entre as atividades acadêmicas e esportivas. “Conciliar estudos e treinos tem sido bem fácil, pois tenho horários flexíveis. Sempre estudo no turno da manhã e tarde, e os treinos são sempre à noite. Já os campeonatos ocorrem nos finais de semana, o que permite que eu não precise escolher entre jogar ou estudar”.

Além do desempenho técnico, ele destaca os aprendizados adquiridos por meio do esporte universitário. “O futsal universitário me ensinou a ter mais espírito de equipe, além de permitir uma grande troca de experiências com outros jogadores e treinadores”.

Paulo Victor também fala sobre os objetivos que deseja alcançar como atleta da equipe. “Meu sonho é ser campeão no estado do Piauí e viajar representando a universidade da qual tenho orgulho de ser aluno.” Segundo ele, as competições universitárias também podem abrir caminhos para quem deseja seguir no esporte de forma profissional. “Os jogos de futsal universitário são bem visados e sempre atraem treinadores de times profissionais. Se você se destacar, pode ser chamado para jogar em algum time profissional”.

Outro atleta que integra o elenco atual é Fabrício Dantas, estudante da UESPI que vê no futsal universitário não apenas uma oportunidade de representar a instituição, mas também uma forma de equilíbrio emocional e bem-estar. “O que mais me motivou foi a vontade de jogar representando a nossa instituição. É também uma forma de me descontrair, me deixando mais feliz e mais relaxado psicologicamente”, afirma.

A rotina de Fabrício é organizada em torno das responsabilidades acadêmicas e dos treinos da equipe. “Minha rotina começa pela manhã, tendo aula das 8h às 12h quase todos os dias. À tarde, procuro sempre reforçar o que foi passado nas aulas e, após os estudos, vou para os treinos, que normalmente acontecem à noite. Em relação às competições, sempre procuro antecipar os estudos para que, no dia do jogo, eu esteja o mais concentrado e preparado possível”.

Assim como outros atletas, ele acredita que o ambiente universitário permite uma integração saudável entre estudo e esporte. “Aprendi e continuo aprendendo que é possível conciliar o estudo com o esporte, usando o futsal para relaxar mentalmente e como uma forma de fugir de uma rotina intensa”.

Entre os objetivos no time, Fabrício destaca o desejo de conquistar o título estadual e avançar para competições em nível nacional. “Tenho o sonho de conquistar o campeonato universitário piauiense (JUPS) aqui em Teresina, poder viajar para representar o Piauí no JUBs e também conquistar o título do JUBs, fazendo o estado subir de divisão”.

Ele também acredita que o esporte pode gerar impactos positivos para além das quadras. “Sim, o esporte pode sim abrir portas profissionalmente e pessoalmente. Hoje, acho que conseguir jogar profissionalmente é um sonho mais distante, mas nunca deixamos de pensar nessa possibilidade” conclui o atleta.

A equipe Tigres Futsal estreia nesta sexta-feira, dia 20 de junho, às 19h30, na quadra da UNINOVAFAPI, em partida contra o time da Estácio. A presença da comunidade acadêmica é fundamental para fortalecer o espírito esportivo e apoiar os estudantes-atletas da UESPI. A universidade convida todos a comparecerem e torcerem juntos por mais uma vitória da equipe.

UESPI Parnaíba tem projeto aprovado em edital nacional do Ministério da Saúde

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do campus de Parnaíba, teve um projeto aprovado no Edital Conjunto SEIDIGI/SGTES-MS Nº 1/2025 do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – Informação e Saúde Digital (PET-Saúde/I&SD), promovido pelo Ministério da Saúde. Intitulada “Informação para Ação: Desenvolvimento e implantação de soluções digitais para otimizar a comunicação e gestão da Atenção Primária à Saúde”, a proposta é coordenada pela Profa. Dra. Thatiana Maranhão e ficou classificada em 24º lugar entre os 91 projetos selecionados nacionalmente.

UESPI Parnaíba é selecionada no PET-Saúde com proposta inovadora

No estado do Piauí, apenas três iniciativas foram contempladas: uma da UESPI (Parnaíba) e duas da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sediadas em Teresina e Picos. O resultado foi divulgado por meio da Portaria Conjunta nº 3, de 5 de junho de 2025, publicada no Diário Oficial da União.

Ao receber a notícia da aprovação, a coordenadora do projeto, Profa. Dra. Thatiana Maranhão, expressou entusiasmo e destacou o mérito coletivo da proposta. “Recebi com muita felicidade, com muita alegria a aprovação do projeto no edital nacional do PET-Saúde Digital. Foram apenas 91 propostas selecionadas no Brasil inteiro e apenas três no nosso estado. Nossa proposta da UESPI Parnaíba ficou em 24º lugar, e conseguimos um importante fomento: 80 bolsas financiadas pelo Ministério da Saúde. Desse total, 60 serão destinadas aos estudantes dos cursos de Enfermagem, Odontologia e Computação do campus”, comemorou.

O projeto terá duração de 24 meses e propõe a construção de uma plataforma digital robusta, com foco na melhoria da comunicação entre Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a população, além da gestão inteligente dos dados produzidos pelo SUS. A ferramenta vai integrar sistemas como e-SUS e SINAN, promovendo o uso qualificado de dados, vigilância em saúde, controle de doenças e planejamento estratégico municipal.

Para a professora Thatiana Maranhão, o objetivo principal é contribuir de forma concreta para a transformação da saúde pública local. “O projeto possui vários objetivos, mas posso destacar dois principais: melhorar a comunicação entre as UBS e a população de Parnaíba e desenvolver ferramentas tecnológicas para gerenciar de forma eficiente os dados da Atenção Primária à Saúde. Isso permitirá planejar estratégias baseadas em dados reais e promover atendimentos mais eficazes e humanizados no território”, explicou.

A execução do projeto envolverá cinco Grupos de Aprendizagem Tutorial (GATs), compostos por docentes, profissionais de saúde e estudantes. Cada grupo atuará em eixos temáticos como vigilância epidemiológica, doenças crônicas, imunização, gestão da APS e formação do Núcleo de Tecnologia da Informação, como preconizado pelo Ministério da Saúde. A professora detalha como será feita a integração entre os cursos: “Cada grupo terá 16 integrantes, sendo 12 estudantes – quatro de cada curso envolvido –, dois tutores (das áreas de saúde e tecnologia), um orientador de serviço e um preceptor. Essa configuração garante a interdisciplinaridade e a troca constante de saberes entre os campos da saúde e da computação, o que é essencial para criar soluções digitais aplicáveis na prática.”

Outro ponto de destaque é o incentivo financeiro. As bolsas para os estudantes terão valor mensal de R$ 700, o que reforça a permanência estudantil e com o fortalecimento da extensão universitária. “A aprovação da nossa proposta é de fundamental importância para as políticas de permanência estudantil da UESPI. Conseguimos ampliar consideravelmente o número de bolsas em um único projeto. A universidade pública tem uma função educacional, mas também social — e o tripé ensino, pesquisa e extensão precisa caminhar de forma integrada”, destacou a coordenadora.

Comprometido com as diretrizes do SUS e com os princípios da equidade, o projeto também prevê reserva de vagas para estudantes que ingressaram por ações afirmativas, além da incorporação de práticas que respeitem as diversidades étnico-raciais, de gênero e culturais. “Estas diretrizes nos orientam na formação de profissionais mais sensíveis à diversidade e à justiça social. Também ajudam a promover ações mais eficazes na identificação de necessidades específicas da população, adotando linguagem apropriada e condutas inclusivas, concluiu a professora Thatiana.

O processo seletivo dos estudantes será dividido em duas etapas: uma entrevista, abordando a aproximação com a APS e experiências anteriores, e uma avaliação do currículo, com base em publicações, participação em eventos e projetos de extensão. As 60 bolsas para estudantes serão distribuídas entre os cursos de Enfermagem, Odontologia e Tecnologia em Sistemas de Computação do campus de Parnaíba.

A atuação será em articulação com a Secretaria Municipal de Saúde de Parnaíba, que oferecerá suporte técnico, acesso a dados e validação das soluções. O projeto também formaliza o Núcleo de Pesquisa em Inovação e Digitalização da Gestão em Saúde (NUPIDIGI), consolidando um espaço institucional voltado à pesquisa e à inovação na área. Além das ações técnicas, o cronograma contempla a formação dos profissionais das UBS, o desenvolvimento de materiais educativos e o monitoramento contínuo dos resultados, sempre em alinhamento com os princípios do SUS Digital.

A UESPI divulgará em breve o edital para seleção dos bolsistas e o cronograma de atividades. A conquista marca um avanço estratégico para a saúde pública no Piauí, com impacto direto na formação de estudantes, qualificação do SUS e melhoria dos serviços ofertados à população.