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O Gancho, o laboratório de jornalismo impresso da UESPI, chega às edições 50 e 51

Por Raíza Leão

“Vivenciar o jornalismo impresso é vivenciar a verdadeira experiência de contar histórias”.  A frase da estudante Isadora Santos resume o sentimento da turma que, neste semestre, deu vida às edições 50 e 51 do Gancho, o jornal laboratório do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).

O Gancho, que completa duas décadas de existência, retorna às salas e corredores da UESPI com duas novas edições produzidas pelos alunos do 3º período, nas disciplinas “Design Jornalístico e Redação, Produção e Edição para Mídias Impressas”, sob orientação da professora Ohana Luize. Durante semanas, a rotina acadêmica assumiu o ritmo de uma redação, aproximando os estudantes da prática real do jornalismo, com suas exigências, desafios e descobertas.

Para a professora Ohana Luize, conduzir o projeto tem um significado especial. Ela mesma foi aluna e editora do Gancho durante a graduação. Hoje, ao retornar como docente responsável, enxerga a experiência como um ciclo que se fecha e outro que se abre. “A turma produz as matérias e também a diagramação, que é o design. Acompanhei a turma anterior, quando ministrei Design, enquanto a disciplina de Redação era ministrada pela professora Sammara Jericó. Naquela ocasião, finalizamos a edição 49. Neste semestre, dentro do planejamento, couberam duas edições, então produzimos a 50 e a 51. É muito simbólico voltar ao Gancho neste outro papel, o da docência”, afirma.

Ohana Luize enfatiza que o Gancho não é apenas um exercício acadêmico, mas um espaço em que os estudantes experimentam o jornalismo no seu formato mais artesanal, exigente e detalhista. “É no laboratório que eles entendem o peso de cada escolha editorial, cada fonte e cada palavra”, complementa.

A pauta das edições se estruturou a partir de reflexões sobre o jornalismo contemporâneo e sobre o compromisso do curso com a comunidade. A orientação era pensar o local, Teresina, o Piauí e o próprio ambiente universitário.

Os estudantes definiram editorias, selecionaram temas que dialogassem com suas realidades e criaram a estética das novas edições, escolhendo cores, fontes, estilos fotográficos e padrões gráficos. Só depois disso partiram para a fase de campo, sempre com o repórter em protagonismo.

A estudante Ana Cecilia de Carvalho conta que vivenciou momentos contrastantes durante o processo de produção. “O processo de produção foi algo meio 50/50. Fiz duas matérias em colaboração com algumas colegas, e uma delas foi muito tranquila. Mas a matéria especial foi complexa porque dependíamos da resposta de terceiros, e isso atrasou muito”.

O Gancho, edição 50

Ela destaca que o trabalho a fez compreender, pela primeira vez, o ritmo real de uma redação. Da ansiedade ao realizar entrevistas à frustração diante de fontes que não respondiam, Ana Cecilia percebeu que o jornalismo é feito de imprevisibilidades e de persistência. “Esse foi um dos melhores projetos que já participei. Entendi como funciona o processo criativo de produção de pautas e o que realmente é construir um jornal do zero. Foi leve, apesar das dificuldades, e muito transformador”.

A estudante Isadora Santos, que participou da produção da matéria especial da edição 50, explica que a turma se organizou em duplas ou trios, com cada grupo responsável por uma pauta e pela diagramação de outra edição. O primeiro desafio foi a criatividade: como não poderiam trabalhar com temas factuais, já que a edição levaria meses para ficar pronta, foi necessário pensar assuntos atemporais, mas interessantes. “Meu primeiro desafio foi a criatividade. O segundo foi buscar fontes e ajustar o tempo dos entrevistados”.

A matéria especial que ela e Ana Cecília ficaram responsáveis pedia sensibilidade e rigor: contar a história do próprio jornal laboratório, desde sua criação em 2005 pela professora Ana Célia, até sua consolidação como um dos pilares da formação no curso de Jornalismo da UESPI. “Era o maior desafio de todos. Queríamos fazer jus à história do Gancho, que segue sendo essencial para os estudantes”, relata Isadora Santos.

O Gancho, edição 51

Para ela, experienciar o jornalismo impresso foi uma novidade que impactou profundamente sua visão profissional. “Aprendi a ser mais criteriosa. No impresso, não há como corrigir depois. Essa responsabilidade nos faz entender o peso de apurar com zelo, de valorizar as narrativas”.

A professora Ohana avalia que as edições 50 e 51 revelam uma turma criativa, comprometida e conectada ao seu tempo. “Eles entregaram matérias pertinentes, atuais e ligadas ao universo deles como estudantes e cidadãos”. Segundo ela, o jornalismo só se aprende fazendo e o Gancho garante justamente essa vivência integral: apuração, escrita, edição, design, tomada de decisões e responsabilidade sobre os resultados.

Ao completar duas décadas e chegar às edições 50 e 51, o Gancho reafirma seu papel como um dos projetos mais tradicionais e formadores do curso de Jornalismo da UESPI. Mais do que um produto final, ele representa um processo, uma travessia que marca a vida acadêmica dos estudantes e os prepara para a prática profissional.

Entre criatividade, inseguranças e descobertas, o jornal se torna parte da memória coletiva do curso. Cada edição registra não apenas histórias externas, mas também a própria história da turma que a produziu. E, como mostram as novas páginas do Gancho, é dessa mistura de teoria, prática e sensibilidade que surgem os jornalistas que, no futuro, irão contar as histórias do Piauí e além.

Link das edições: 50 e 51

Alunos de História da UESPI de Oeiras realizam oficina para professores da rede municipal e fortalecem debates sobre relações étnico-raciais

Por Mikael Lopes

Acadêmicos do curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Possidônio Queiroz, em Oeiras, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED), promoveram uma oficina para professores da rede municipal durante o Encontro Artístico de Identidade e Cultura de Oeiras, realizado na última sexta-feira (28). Na atividade, foram trabalhados temas como escravidão, resistência e literatura.

A oficina teve como propósito promover uma discussão crítica sobre as relações étnico-raciais e a herança político-cultural da escravidão em Oeiras e no Piauí, baseada na obra “Vaqueiro e Visconde” (1986), de José Expedito Rêgo. A atividade foi supervisionada pelos docentes Dr. Reginaldo Sousa Chaves e Dra. Pedrina Nunes Araújo.

“O percurso metodológico desenvolveu-se em sete etapas, englobando desde o embasamento teórico sobre ficção, política e estruturas do racismo, até o resgate histórico da escravidão no Piauí e a análise literária da obra, culminando na elaboração de material didático e aplicação da oficina”, explicou o professor Dr. Reginaldo Sousa Chaves.

A ação proporcionou aproximação entre a universidade e profissionais da educação, fortaleceu a troca de conhecimentos e possibilitou que os professores levem para a sala de aula leituras mais reflexivas. A aluna extensionista do curso de História, Luana Borges, participou da condução da oficina e destacou a importância do momento.

“Levar essa discussão para os professores da rede é essencial, pois evidencia como determinadas narrativas literárias podem continuar reproduzindo estruturas racistas, ainda que apresentem, em alguns momentos, uma suposta crítica social. Ao oferecer essa leitura mais sensível e atenta, contribuímos para que os docentes desenvolvam práticas pedagógicas mais conscientes, capazes de estimular reflexões profundas nos estudantes”, ressaltou Luana.

A Coordenadora de rede de História e Arte da SEMED, Valderlany Mendes, pontua que a parceria e a oficina oferecida aos educadores foram positivas e estratégicas para o fortalecimento da formação continuada dos docentes da rede municipal, com avaliação amplamente motivadora por parte dos participantes.

“A parceria com a UESPI possibilitou o acesso a pesquisas atualizadas, abordagens metodológicas contemporâneas e a um diálogo qualificado entre universidade e escola básica. O retorno dos professores foi amplamente positivo. Muitas falas destacaram que a oficina foi motivadora, reflexiva e necessária, ressaltando que o diálogo com pesquisadores da UESPI trouxe consistência teórica e inspiração para práticas pedagógicas. Os professores avaliaram a experiência como enriquecedora, formativa e de grande relevância pedagógica”, disse Valderlany.

Os resultados gerados a partir dos debates apontam, segundo o professor Dr. Reginaldo Sousa Chaves, que todos os campi da UESPI trabalham para aproximar a produção acadêmica da sociedade.

“Os resultados da atividade são observados em diversas esferas: no âmbito social e institucional, a oficina consolidou uma importante parceria de extensão entre a UESPI e a SEMED-Oeiras, qualificando a formação continuada dos professores e levando o debate para fora dos muros da universidade; academicamente, a experiência proporcionou aos discentes o exercício prático da pesquisa, a discussão de tópicos socialmente relevantes e a integração efetiva com a comunidade, reforçando seu papel profissional”, afirmou o docente.

UESPI avança em pesquisa sobre biodiversidade da Caatinga com projeto do UESPI-TECH II em São Raimundo Nonato

Por Raíza Leão

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) segue fortalecendo a pesquisa científica e a inovação com o lançamento da segunda edição do programa UESPI-TECH, iniciativa que investe recursos próprios em projetos aplicados de impacto social, ambiental e econômico no estado. Entre os estudos contemplados está o projeto “Identificação, catalogação e utilização biotecnológica de espécies da coleção botânica da UESPI em São Raimundo Nonato, Piauí, Brasil”, coordenado pela professora Janilde de Melo Nascimento.

Com investimento de R$24.900,00, o projeto avança na catalogação de espécies vegetais da Caatinga e na investigação do potencial biotecnológico das gomas exsudadas por angiospermas da região da Serra da Capivara. O objetivo é desenvolver sistemas de liberação de substâncias larvicidas que auxiliem no controle do mosquito Aedes aegypti, contribuindo para estratégias mais sustentáveis de combate ao vetor.

UESPI avança em pesquisa sobre biodiversidade da Caatinga com projeto do UESPI-TECH II em São Raimundo Nonato // Imagem gerada por IA

A professora Janilde de Melo Nascimento destaca que a motivação para o estudo surgiu da carência de pesquisas sobre a Caatinga, especialmente na área da Serra da Capivara, um dos biomas mais singulares e, ao mesmo tempo, menos explorados cientificamente. “A necessidade de conhecer melhor a flora da Caatinga, que ainda possui poucos estudos, principalmente na região da Serra da Capivara, motivou a pesquisa. Até o momento, já realizamos diversas identificações e a catalogação das plantas coletadas”, explica a coordenadora.

As atividades envolvem coleta de plantas e exsudatos, extração de gomas e análises laboratoriais, com apoio financeiro para aquisição de equipamentos e insumos essenciais. O trabalho reúne uma equipe formada por três estudantes e quatro professores, que atuam desde as atividades de campo até a organização e análise das amostras.

Entre os alunos envolvidos está Emanuel de Sousa Silva, do curso de Ciências Biológicas, que destaca o impacto da experiência na compreensão sobre o bioma. Antes de ingressar no projeto, Emanuel ainda carregava percepções comuns que associam a Caatinga a uma vegetação pouco diversa. A vivência prática, porém, mudou completamente sua visão: “Ver na prática como uma vegetação que muitos acreditam ser simples é, na verdade, extremamente rica, com grande diversidade morfológica e estratégias de sobrevivência únicas, foi o que mais me atraiu”.

O estudante descreve um cotidiano de trabalho que exige rigor técnico e atenção: coleta em campo, prensagem, montagem de exsicatas e identificação das espécies, comparando exemplares com herbários virtuais e consultando literatura científica quando necessário. “Isso ajuda a desenvolver atenção aos detalhes e responsabilidade com o que está sendo identificado. Não é só olhar e dizer que é planta x. Aprendemos a buscar fontes confiáveis, o que é fundamental na vida acadêmica”.

A prática também reforça conteúdos teóricos vistos em sala de aula, tornando o aprendizado mais significativo. Além disso, por estar próximo ao Parque Nacional Serra da Capivara, o projeto permite contato com espécies exclusivas da região, algumas já desaparecidas de outras áreas. “Conhecer essa diversidade, e também entender o que já foi perdido, desperta consciência sobre a preservação da flora local”.

Ele ressalta que o funcionamento adequado das atividades só é possível graças ao apoio do programa UESPITECH II: “Tudo tem um custo. Sem financiamento, não teríamos equipamentos como a lupa utilizada na análise morfológica das flores. O apoio garante desde deslocamento até materiais e reagentes”.

Para a professora Janilde de Melo Nascimento, o UESPI-TECH II tem papel fundamental na consolidação da pesquisa em biotecnologia vegetal e biodiversidade dentro da instituição: “O programa fortalece a pesquisa, porque incentiva a participação da comunidade acadêmica nas áreas de ensino, pesquisa e extensão”.

Com os avanços nas etapas de identificação e análise das espécies, a expectativa é que o estudo amplie o conhecimento científico sobre a Caatinga e contribua para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, tanto para o controle de vetores quanto para a valorização da biodiversidade regional.

Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) de Picos recebe prêmio da Receita Federal pelo destaque dos serviços prestados à comunidade

Por Mikael Lopes

O Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) do Campus Professor Barros Araújo, em Picos, recebeu, na última quinta-feira (27), o Reconhecimento Regional NAF 2025, premiação concedida pela Receita Federal a iniciativas que se destacam pela qualidade dos serviços prestados à comunidade.

Os Núcleos foram criados para oferecer, de forma gratuita, assistência fiscal e contábil a pessoas de baixa renda, microempreendedores individuais (MEI), organizações sem fins lucrativos e pequenos proprietários rurais.

Em Picos, o NAF atua há um ano e meio, fortalecendo a cidadania e aproximando a Uespi das demandas sociais. A professora Rosiania Andrade, coordenadora do NAF de Picos, participou da premiação e destacou a importância do reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo núcleo.

“Pra nós é muito importante estar aqui nesse momento, porque é um reconhecimento do trabalho que a gente tá fazendo lá há um ano e meio. Então, nós viemos aqui mostrar o que a gente vem realizando e vamos falar também do bom relacionamento que a gente tem com a agência da Receita. E esse prêmio vai servir para nos dar mais credibilidade, para a população de Picos e região”, avalia a docente.

Os atendimentos do NAF são realizados por alunos do curso de Ciências Contábeis da Uespi, sob a supervisão de um professor. Os estudantes auxiliam na elaboração da declaração do imposto de renda, consulta de situação cadastral, inscrição e informações sobre MEI, entre outros serviços. O acadêmico de Ciências Contábeis, Carlos Eduardo, comentou sobre os impactos da experiência no NAF e o significado da premiação.

“Está sendo uma honra para a gente lá do NAF de Picos. Ter tido contato com o NAF, para a gente, foi uma experiência excelente. Principalmente vendo agora que o trabalho está sendo reconhecido aqui pelo pessoal da Receita”, ressalta o aluno.

A premiação da Receita Federal pelo serviço prestado à população de Picos e região reforça a relevância do NAF e o impacto que o projeto tem na formação acadêmica. Para o corpo acadêmico, a premiação também representa um incentivo. 

“Foi gratificante para os alunos também. E isso vai nos ajudar muito a dar notoriedade para o curso de Ciências Contábeis de Picos”, pontua a coordenadora do NAF.

Localização e contato do Núcleo

Em caso de interesse em utilizar os serviços oferecidos pelo NAF, basta se dirigir ao campus da Uespi do Junco, localizado na Rua Cícero Duarte, bairro Junco. O atendimento ocorre de segunda a quinta-feira, das 8h às 12h, em dias letivos. O contato também pode ser feito pelo e-mail: coord.naf@pcs.uespi.br

UESPI realiza entrega de veículo 0 km ao Campus Clóvis Moura para fortalecer ações acadêmicas e administrativas

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou, nesta semana, a entrega de um veículo 0 km ao Campus Clóvis Moura, em Teresina. A ação, fruto de emenda parlamentar da deputada federal Rejane Dias, tem como objetivo fortalecer as atividades acadêmicas, administrativas e de extensão desenvolvidas pela unidade, ampliando a mobilidade institucional e oferecendo melhores condições de trabalho à comunidade acadêmica.

Diretora do campus recebendo oficialmente o veiculo.

A iniciativa integra o conjunto de investimentos que a universidade vem realizando para modernizar sua infraestrutura e garantir suporte logístico às rotinas de ensino, pesquisa e extensão. A entrega foi conduzida pela Reitoria da UESPI, que destacou o compromisso com a melhoria contínua das condições de funcionamento dos campi.

Durante a solenidade, o reitor Evandro Alberto ressaltou a importância do novo veículo para o desenvolvimento das ações institucionais. “Nós estamos aqui também fazendo a entrega de um veículo zero Cronos para o Campus Clóvis Moura, para atender aquela unidade e dizer que ainda vem muito mais por aí. A gente está trabalhando para que todas as unidades recebam uma van, já temos processos em andamento. Esse aqui foi oriundo de emenda da deputada federal Rejane Dias, que estamos entregando hoje ao campus Clóvis Moura”, explicou o gestor

A diretora do Campus Clóvis Moura, Simonelly Melo, celebrou o investimento e destacou o impacto direto na rotina acadêmica. “A gente fica emocionada com o resultado. É muito bom ver o quanto a reitoria trabalhou e continua trabalhando para que tenhamos qualidade administrativa e pedagógica. Isso melhora tudo: nossa autoestima, nossa organização e nos faz acreditar que tudo é possível.”

Veiculo que fortalecerá iniciartivas academicas no Campus Clóvis Moura.

O novo veículo auxiliará no deslocamento de estudantes e servidores para atividades externas, como visitas técnicas, ações de extensão, projetos de pesquisa e demandas administrativas. A previsão é de que o reforço logístico amplie a capacidade do campus de atender comunidades externas, fortalecer parcerias e apoiar eventos acadêmicos.

A entrega do veículo evidencia o compromisso da UESPI com a melhoria das condições de ensino e com a promoção da inclusão, da cidadania e da formação integral. Ao investir na mobilidade dos campi, a universidade amplia sua capacidade de atuação social e reforça seu papel como instituição pública comprometida com a transformação social.

PPGSC realiza debate sobre Epistemologias Indígenas com pesquisador boliviano e reforça diálogos entre povos andinos e amazônicos

Por: Lucas Ruthênio

O Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura (PPGSC) realizou, na última segunda-feira (1º), no Auditório do Palácio do Pirajá, o evento “Diálogos Interdisciplinares: Epistemologias Andinas”, um encontro que marcou mais um passo do programa no fortalecimento de perspectivas pluriepistêmicas e no aprofundamento das discussões sobre conhecimentos produzidos por povos tradicionais da América Latina.

O evento teve como convidado central o professor boliviano Dr. Roger Mayta, pesquisador reconhecido internacionalmente por sua atuação na defesa dos direitos dos povos originários, pelas análises sobre justiça climática e por contribuições teóricas às epistemologias não hegemônicas. A atividade integrou a disciplina Estudos em Pesquisa Interdisciplinar, ministrada pela Profa. Dra. Lucineide Barros, em parceria com os professores Robson e Alcebíades, e se insere no conjunto de iniciativas do PPGSC voltadas ao diálogo internacional e à valorização de saberes marginalizados.

O evento “Diálogos Interdisciplinares: Epistemologias Andinas” reuniu pesquisadores, estudantes e representantes de comunidades tradicionais para discutir a importância dos conhecimentos ancestrais na formulação de políticas e na compreensão dos desafios socioambientais contemporâneos.

Durante sua exposição, o prof. Dr. Roger Mayta destacou como a crise climática reposicionou os povos indígenas no centro do debate internacional sobre meio ambiente e justiça socioambiental. Segundo o pesquisador, a visibilidade atual é consequência direta das desigualdades provocadas por um modelo econômico que pressiona territórios e modos de vida tradicionais. “Hoje, pela crise climática que toda a região está sofrendo, a visibilidade é maior justamente porque somos povos indígenas mais afetados. São nossos territórios que estão sofrendo as maiores consequências do capitalismo, desse sistema de vida consumista”, afirmou. Para o docente, essa centralidade não surge de uma concessão institucional, mas da resistência contínua. “A visibilidade vem da luta pela defesa dos territórios”.

Ao comparar o cenário atual com décadas anteriores, o professor explicou que houve uma mudança no eixo político das mobilizações indígenas. Ele lembrou que, “há 20 ou 30 anos, os povos andinos tinham uma presença muito importante na política, como na experiência boliviana, equatoriana e peruana”, porém, hoje, o protagonismo é especialmente marcante entre povos amazônicos e comunidades do Pantanal, regiões severamente afetadas pelo avanço do desmatamento, da grilagem e das mudanças no regime das águas. Para o professor Mayta, “o Brasil está tendo uma centralidade gigante pelas políticas do governo, pelos novos espaços políticos que o país tem agora”.

Sobre os desafios históricos que dificultam o diálogo entre povos indígenas de países hispano-americanos e comunidades brasileiras,  fatores linguísticos e geopolíticos contribuíram para afastamentos duradouros. “Os países hispano-americanos e o Brasil sempre tiveram muitas divisões por muitos motivos. O idioma talvez seja o principal deles. O olhar do Brasil para os vizinhos também historicamente não é grande; é muito europeizado, muito voltado aos Estados Unidos”, pontuou. No entanto, o prof. Mayta considera que esse quadro está mudando impulsionado pela urgência ambiental e pelas experiências políticas recentes em países como Bolívia e Equador, que incorporaram princípios plurinacionais em suas constituições. “Estamos tendo uma abertura para aprender com outras experiências indígenas. Bolívia e Equador estão se abrindo para dialogar e trocar saberes com os povos do Brasil, sobretudo diante da crise climática”, afirmou.

Para o pesquisador, encontros como o promovido pelo PPGSC são fundamentais para fortalecer alianças e ampliar redes de resistência. “Esse tipo de espaço é importante nesse caminho de dialogar sobre as experiências indígenas que temos para juntos lutar na defesa dos nossos territórios”, defendeu. Ele reforçou que a construção de políticas ambientais e sociais mais justas depende de reconhecer a legitimidade e a centralidade dos conhecimentos tradicionais, que historicamente foram marginalizados pelo paradigma científico eurocêntrico.

Ao final de sua fala, ele fez um apelo pela ampliação dessas trocas: “O Brasil tem que se abrir para conhecer outras lutas, outras experiências, outras resistências indígenas. Esse é um caminho de luta e defesa pela terra”.

Ao comentar a relevância da atividade para o programa, a Profa. Dra. Lucineide Barros destacou que o debate reflete o compromisso da disciplina com perspectivas pluriepistêmicas. “A atividade é um tópico da disciplina que eu, professor Robson, professor Alcebíades, ministramos do mestrado interdisciplinar do Programa em Sociedade e Cultura da UESP. Essa disciplina trata sobre pesquisa interdisciplinar e nós tentamos privilegiar as diversas epistemologias, dando ênfase para as chamadas epistemologias invisibilizadas ou às vezes subalternizadas, como é o caso dessas que estão relacionadas aos saberes e conhecimentos indígenas, quilombolas e de outras comunidades e também lugares geográficos que muitas vezes estão hierarquizados de modo negativo em relação à lógica tecnológica eurocêntrica, que tem sido predominante no modo de produzir, saber, conhecimento e ciência”.

A professora explicou ainda que a atividade também se articula com ações de internacionalização em andamento. “Eu participo de uma iniciativa que envolve a Universidade Estadual do Piauí e a Universidade Federal. A coordenação é da professora Socorro Arantes, da UFPI e é uma ação que integra o edital da CAPS, Abdias Nascimento. Essa ação pressupõe a internacionalização da ciência. E nós estamos realizando um intercâmbio Brasil-Bolívia, e nesse intercâmbio dois estudantes do programa aqui da UESPI, de Sociedade e Cultura, estiverem na Bolívia esse ano e tiveram contato com o professor convidado do nosso evento, que, no caso, está aqui conosco nessa atividade”.

Para a docente, “esse conjunto de coisas motivou a realização do evento, que foi muito importante em termos de questões suscitadas e também de possibilidade de novos diálogos envolvendo os dois países e estreitando os laços que a gente precisa cada vez mais qualificar com as experiências aqui na América Latina”.

Participação na banca de qualificação do mestrando Lucas Martins

Após o evento, o professor Dr. Roger Mayta também integrou a banca de qualificação do mestrando Lucas Martins, cuja pesquisa se debruça sobre o acesso à educação por famílias Warao que vivem em Teresina. A banca representou um momento importante de ampliação das reflexões sobre migração indígena e vulnerabilidade social no contexto urbano piauiense, articulando diretamente os debates levantados no evento com a realidade local estudada pelo pós-graduando.

A professora doutora Lucineide Barros da Silva destacou a relevância dessa participação dentro do projeto internacional que o PPGSC desenvolve em parceria com instituições latino-americanas, ressaltando que a presença do pesquisador boliviano na banca reforça tanto os objetivos do edital quanto o compromisso da universidade com uma formação crítica e voltada aos diálogos interculturais. Ela explicou que a banca não é apenas um procedimento avaliativo, mas parte estruturante do projeto de internacionalização que o programa vem fortalecendo:

“É muito importante a presença do professor, porque cumpre os objetivos desse projeto que nós integramos em parceria com a UFPE, do edital Abdias Nascimento, que trata sobre o desenvolvimento acadêmico. E, nesse contexto do desenvolvimento, é muito importante o processo de internacionalização da pesquisa, dos diálogos acadêmicos, que pressupõe compartilhamento das experiências, dos modos de produzir pesquisa, e nós damos ênfase a esse processo na América Latina. Então é muito importante que o professor, sendo da Bolívia, tendo recebido os nossos alunos lá no intercâmbio sanduíche, esteja também na banca de qualificação do Lucas”.

O trabalho de Lucas Martins examina de forma aprofundada os desafios enfrentados por famílias Warao que chegaram ao Piauí em decorrência de processos de migração forçada, trazendo à tona questões relacionadas à adaptação escolar, permanência nas redes de ensino e impacto das barreiras linguísticas e culturais no acesso aos direitos educacionais. A presença do professor Mayta na avaliação do trabalho permitiu tensionar essas questões a partir de uma perspectiva comparada entre experiências andinas e amazônicas, ampliando o escopo teórico e metodológico da discussão.

Para a coordenação da disciplina e para o programa, a participação do pesquisador internacional na banca simboliza o fortalecimento das redes de colaboração entre Brasil e Bolívia e reafirma o compromisso do PPGSC com uma abordagem interdisciplinar e intercultural. A avaliação de pesquisas que dialogam diretamente com realidades indígenas contemporâneas, como é o caso dos Warao em Teresina, reforça o interesse do programa em produzir conhecimento que ultrapasse fronteiras e contribua para compreender processos sociais complexos.

 

 

Último dia da Quitanda da Agricultura Familiar marca encerramento de um ano de fortalecimento da economia rural na UESPI

Por: Lucas Ruthênio

A movimentação começou cedo em frente ao Palácio do Pirajá, no Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. Em clima de despedida, mas também de celebração, a comunidade acadêmica acompanhou nesta semana o último dia da feira da Quitanda da Agricultura Familiar, iniciativa da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) que manteve presença na Universidade Estadual do Piauí ao longo de todo o ano de 2025.
Entre barracas montadas com hortaliças frescas, frutas, temperos, raízes, produtos artesanais e conversas amigáveis, os feirantes compartilharam não apenas seus produtos, mas também as histórias de um ano de trabalho e aprendizado, e as expectativas para o retorno em 2026.

A feira, que se consolidou como um espaço de convivência entre agricultores familiares e a comunidade uespiana, cumpriu ao longo do ano um papel fundamental: aproximou o produtor do consumidor, deu visibilidade aos pequenos agricultores, ampliou a renda das famílias e movimentou o cotidiano do campus. No seu último dia de funcionamento em 2025, a sensação geral entre os feirantes era de gratidão e de saudade antecipada.

Entre os que celebraram o fechamento do ciclo está Maria de Jesus Silva Souza, que, segundo ela, viveu um ano importante dentro do espaço da UESPI. “Eu trabalho aqui já há um ano. Eu gosto muito de trabalhar aqui. Dei um bom resultado”, contou. Para a agricultora, a experiência ao longo de 2025 foi marcada por bons retornos, tanto financeiros quanto de convivência. “Foi muito bom, lucrativo”, avaliou. Sobre o próximo ano, Maria de Jesus espera continuidade e estabilidade: “Que seja igual a esse ano, ou melhor.” Antes de se despedir, deixou um recado afetuoso e um pedido especial: “Eu desejo um Feliz Natal, um próximo Ano Novo para todos. E que chova muito esse ano, viu? Porque esse ano foi muito quente. É para ter mais produtos, porque os produtos morreram de seca”.

Também presente em todas as edições da feira ao longo de 2025, Wanda, responsável pela barraca Pequena Horta do Giovano Prado, relatou uma experiência transformadora. Para ela, o grande destaque foi a relação criada com os consumidores e o apoio recebido dentro da universidade. “Foi uma experiência excelente. A melhor experiência que nós temos é o contato com os nossos clientes. O aprendizado que a gente recebe.” Wanda agradeceu ainda a parceria que se consolidou ao longo do ano. “A UESPI abriu a porta juntamente com a SAF. Este ano foi muito gratificante, muito proveitoso dos dois lados, na renda da agricultura familiar e no espaço que abriram pra gente. E o contato de vocês para conosco, vocês da mídia, o tempo todo nos ajudando, foi muito importante”.

Ao falar sobre 2026, ela não escondeu o entusiasmo: “A expectativa é a mil. Hoje é o último dia por causa do recesso, mas esperamos que ela retorne, e nós estaremos ansiosos para estar de volta.” A agricultora encerrou deixando votos de celebração: “A Pequena Horta, juntamente com os colegas, deseja um Feliz Natal e um próximo Ano Novo, e que o ano que vem venha repleto de bênção, saúde, paz, felicidade e muito sucesso”.

Companheiro de barraca de Wanda, João Pedro, também da Pequena Horta, reforçou o peso positivo que 2025 teve para os pequenos produtores que ocuparam o campus semanalmente. “Foi uma experiência muito boa, teve muita presentidade, muita oportunidade também. Foi maravilhoso estar aqui acompanhando vocês, vendendo nossos produtos, demonstrando e vendendo aqui”. Ao projetar o ano seguinte, João resume o sentimento com simplicidade: “Já estamos com mil expectativas, sem limites. Ansiosos para que chegue logo o próximo ano para a gente voltar pra cá”.

O agricultor encerrou deixando um recado emocionado à comunidade uespiana: “Infelizmente aqui também é a última feira, já estamos com saudade. Feliz Natal pra todos e, no próximo ano, 2026, estamos aqui de volta”.

Quem também fez questão de avaliar o encerramento do ciclo foi Wilson, produtor do município de Altos, da comunidade Lembrada, que trouxe à UESPI uma grande variedade de produtos rurais durante o ano. Para ele, a participação na Quitanda simbolizou oportunidade e reconhecimento. “A experiência foi muito boa, porque foi mais um espaço que se abriu. A diretoria trouxe esse espaço pra gente, e a Quitanda veio expor os produtos dos nossos produtores rurais. Para a gente foi muito bom”.

Wilson destacou ainda o valor de saber que a parceria continuará em 2026. “O bom é saber que o espaço está aberto para a gente, porque o produtor precisa de espaço. Estamos nos programando para trazer mais produtos. Cada dia que passa, o agricultor expande mais o seu trabalho, e tendo um espaço para vender, para expor, é muito bom. Essa parceria foi muito legal”. Antes de se despedir, reforçou o sentimento coletivo de expectativa e gratidão: “Foi muito bom conhecer gente nova aqui. A gente deseja muita felicidade para nossos clientes e parceiros. O agricultor acredita muito no futuro, e essa presença aqui foi muito boa”.

O último dia da feira marcou o encerramento das atividades da Quitanda da Agricultura Familiar no Campus Poeta Torquato Neto em 2025. Ao longo do ano, o espaço funcionou como ponto de comercialização para agricultores familiares e de acesso direto a produtos frescos para a comunidade acadêmica. Os feirantes avaliaram o período como produtivo e destacaram o impacto da iniciativa na ampliação de renda e na divulgação do trabalho rural.

Em 2026, a Quitanda retorna ao Campus Poeta Torquato Neto com a promessa de novos produtos, novas histórias e o mesmo acolhimento que marcou sua permanência ao longo de 2025.

Até lá, fica o desejo que ecoou em todas as barracas: que o novo ano seja generoso em chuva, em saúde, em trabalho e em encontros e que a comunidade uespiana siga abraçando a produção local como parte do seu dia a dia.

Visita de alunos do CETI Domingo Alves da Costa à UESPI destaca aproximação entre escola pública e universidade

Por Roger Cunha 

Alunos do 3º ano do Ensino Médio do CETI Domingo Alves da Costa, localizado no município de Demerval Lobão, realizaram uma visita institucional à Universidade Estadual do Piauí (UESPI). A atividade teve como objetivo apresentar aos estudantes o funcionamento da universidade pública, seus cursos e áreas de atuação, contribuindo para o processo de escolha profissional dos jovens.

CETI Domingos Alves da Costa realiza atividade formativa na UESPI com estudantes do 3º ano

Durante a visita, os estudantes conheceram informações sobre os cursos ofertados pela UESPI, a distribuição dos campi pelo estado e os principais auxílios e programas institucionais destinados a apoiar a permanência estudantil. Também foram apresentados projetos de pesquisa, extensão e inovação, bem como a estrutura de programas de pós-graduação e doutorado disponíveis na instituição.

A programação incluiu ainda momentos de integração com representantes dos centros acadêmicos, que explicaram como funciona a participação estudantil dentro da universidade e os espaços de atuação política e organizacional dos discentes. Os visitantes puderam se familiarizar com a dinâmica universitária e compreender melhor o papel dos centros acadêmicos na vida acadêmica.

CETI Domingos Alves da Costa realiza atividade formativa na UESPI com estudantes do 3º ano

O grupo visitou os Centros Integrados de Ensino da UESPI, incluindo o Centro de Ciências da Natureza (CCN), o Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL) e o Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECCA). Em cada percurso, a equipe responsável detalhou as áreas do conhecimento abrigadas por cada centro, seus projetos, demandas e importância para a formação acadêmica.

A visita também contou com a presença da Pró-Reitora de Ensino de Graduação (PREG), professora Dra. Mônica Gentil, que destacou a relevância da aproximação entre a educação básica e o ensino superior público. Para ela, levar estudantes da rede estadual à UESPI fortalece o vínculo entre as instituições e amplia o horizonte formativo dos jovens.

CETI Domingos Alves da Costa realiza atividade formativa na UESPI com estudantes do 3º ano

A Pró-Reitora enfatizou o compromisso da UESPI com a democratização do acesso: “A UESPI está de portas abertas para os alunos do Ensino Médio, e essa foi uma oportunidade de trazer os alunos de Demerval Lobão a pedido de uma das professoras. Foi algo muito rápido, porque eles estavam na dependência do ônibus, mas para a gente foi uma grande satisfação”.

Ela também ressaltou o impacto dessa vivência na construção das trajetórias acadêmicas: “Eles tiveram a oportunidade de ouvir um pouquinho sobre o que é o universo da Universidade, principalmente da UESPI”. Segundo ela, esse contato inicial ajuda a desmistificar a vida universitária e incentiva estudantes da escola pública a se enxergarem como futuros acadêmicos.

CETI Domingos Alves da Costa realiza atividade formativa na UESPI com estudantes do 3º ano

o Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), Prof. Ms. Allen da Costa, contribuiu ampliando a discussão sobre a importância de ações de aproximação entre a UESPI e a educação básica. O docente enfatizou que “nós temos muitos bons talentos nas escolas públicas do estado do Piauí, e essa aproximação permite que a Universidade possa apresentar-se para esses alunos, para que possamos colher esses talentos da melhor forma possível dentro da instituição e transformá-los em sucessos profissionais na carreira e no mercado aqui no Piauí e em todo o Brasil”.

A professora Maria Campelo, que acompanhou os estudantes durante toda a visita, ressaltou o impacto da experiência na vida dos jovens. Para ela, conhecer a universidade no momento em que estão prestes a tomar decisões importantes representa um apoio essencial. “Eu avalio como uma experiência importantíssima na vida desses jovens. Eles estão naquela fase em que precisam tomar decisões para a vida e conhecer esses espaços onde futuramente estarão se preparando, estudando para ter uma profissão é importantíssimo”, declarou.

CETI Domingos Alves da Costa realiza atividade formativa na UESPI com estudantes do 3º ano

A docente também lembrou que muitos estudantes já participaram do Enem e em breve precisarão definir seus caminhos acadêmicos: “essas escolhas devem acontecer agora bem próximo, já que eles são alunos que já fizeram o Enem e que nos próximos meses têm que fazer essas escolhas para a vida”.

A participação dos centros acadêmicos também enriqueceu o encontro. A estudante Laura Valle, diretora do Centro Acadêmico de Direito, falou sobre a relevância dessa ponte entre escola e universidade. “A importância de aproximar a Universidade do Ensino Médio é mostrar para os alunos, desde cedo, o valor do mercado de trabalho e a interdisciplinaridade entre as disciplinas do Ensino Médio e da Universidade”, pontuou.

CETI Domingos Alves da Costa realiza atividade formativa na UESPI com estudantes do 3º ano

Os alunos também compartilharam suas impressões sobre a experiência. Para muitos, a visita possibilitou esclarecer dúvidas e descobrir novas áreas de interesse.

O estudante Paulo Eduardo destacou como a atividade ampliou suas perspectivas sobre cursos e possibilidades profissionais. “O que eu mais gostei foi não só ser informado sobre diferentes cursos que eu posso me profissionalizar no futuro, mas também arrumar novos interesses. Eu estava em dúvida entre Psicologia e Direito, mas agora estou entre Psicologia, Direito e Jornalismo.”

A aluna Clara Rayana avaliou a visita como uma forma de reduzir inseguranças sobre o futuro. “É muito importante, porque a gente conhece mais, se aproxima mais e descobre várias coisas que não sabia. Antes de entrar, a gente já vai conhecendo e perdendo mais o medo.”

CETI Domingos Alves da Costa realiza atividade formativa na UESPI com estudantes do 3º ano

Já o aluno Oslan Gabriel relatou que a visita ajudou a enxergar novas possibilidades. “É uma experiência nova, porque concluindo o terceiro ano muitas pessoas não sabem o que vão fazer. A faculdade é um dos pontos em que muitos adolescentes têm dificuldade de decidir. Na palestra, eu me identifiquei com um curso que viaja, conhece lugares e permite novas experiências. A UESPI oferece cursos ótimos, onde a gente pode adentrar no conhecimento, tanto no trabalho quanto na parte técnica.”

A atividade proporcionou aos estudantes uma vivência concreta do ambiente universitário, ampliando horizontes e estimulando reflexões sobre trajetórias possíveis após o ensino médio. Ao circularem pela UESPI, os jovens puderam visualizar caminhos, identificar afinidades e reconhecer que o ingresso no ensino superior é uma possibilidade real e próxima. A experiência também fortaleceu o diálogo entre escola e universidade, contribuindo para que as escolhas profissionais desses alunos sejam feitas com mais informação, maturidade e segurança.

Projeto “Celebrating Emotions at Lar da Criança” reúne alunos de Letras–Inglês da UESPI em ação humanitária e educativa

Por Raíza Leão

Os alunos das disciplinas Reading II (turnos manhã e tarde), Análise do Discurso e Prática Pedagógica III, do curso de Letras – Inglês do Campus Poeta Torquato Neto da UESPI, desenvolveram o projeto “Celebrating Emotions at Lar da Criança”, sob orientação da professora Maria Eldelita Franco Holanda.
A iniciativa reuniu estudantes de diferentes blocos para promover uma experiência de sensibilidade, acolhimento e aprendizagem junto às crianças atendidas pela instituição.

A ação integrou as atividades de extensão do curso e aproximou teoria e prática por meio de atividades lúdicas e educativas sobre emoções, proporcionando às crianças acolhidas pelo Estado momentos de alegria e convivência afetiva.

A professora Maria Eldelita Franco Holanda, responsável pela atividade, destacou que o projeto foi além da prática pedagógica e reforçou valores humanos essenciais na formação dos estudantes. “A ação humanitária de extensão tem como objetivo levar às crianças acolhidas pelo Estado um momento de alegria e emoção. Mais do que alegrá-las, buscamos mostrar aos nossos alunos a importância da inclusão, da imersão e do apoio a quem necessita de amor e carinho”, explicou.

Ela ressalta que a experiência promoveu uma reflexão profunda nos alunos. “Esse projeto sensibiliza o aluno. Promove brincadeiras, conversas, acolhimento e amor. Mostra que temos muito e precisamos dividir. Não é só levar um lanche, mas partilhar um momento de alegria”, completou.

A aluna Maria Clara Ribeiro, do terceiro período, relatou que participar da ação foi uma vivência transformadora. “Participar da ação foi muito significativo, um momento de aprendizado e sensibilidade”, afirmou.

A estudante explica que sua turma vinha estudando a temática Emotions em sala de aula, analisando os filmes Divertida Mente e Divertida Mente 2, além de uma graphic novel inspirada nas obras. A partir desses estudos, os grupos desenvolveram jogos e brincadeiras educativas voltadas às crianças. “A atividade permitiu observar na prática muitos conceitos discutidos em sala, especialmente sobre prática pedagógica, inclusão e convivência em espaços educativos”, destacou.

Para ela, iniciativas como essa fortalecem não apenas a formação acadêmica, mas também a humana. “Acredito que ações assim são fundamentais para a formação. Estimulam a empatia e desenvolvem um olhar mais sensível e responsável”, disse. Ela também destacou a importância do contato direto com as crianças acolhidas. “Pude observar situações reais e compreender melhor as necessidades delas. Isso ampliou meu olhar profissional e me mostrou a importância de agir com sensibilidade, responsabilidade e ética”, completou.

A professora Eldelita reforçou ainda o apoio da UESPI. “A UESPI nos deu todo o suporte, inclusive com o transporte da equipe. É muito importante que professores, alunos e coordenação sintam-se acolhidos para realizar ações humanitárias como essa”, afirmou.

UESPITech impulsiona pesquisa para tratamento sustentável de água em comunidades rurais

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Curso de Química e do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) do Centro de Ciências da Natureza (CCN), está desenvolvendo o projeto “Sistema de Tratamento Fotocatalítico de Água Voltado à Desinfecção da Água Armazenada em Cisternas da Zona Rural do Semiárido Brasileiro”, com início em 2025 e atuação no Campus Torquato Neto. A iniciativa, contemplada com R$ 25 mil pelo edital UESPITech II, tem como objetivo criar uma tecnologia sustentável e de baixo custo para melhorar a qualidade da água consumida por famílias em comunidades rurais.

Imagem ilustrativa gerada por IA.

Coordenado pelo professor Geraldo Eduardo , docente do Curso de Química e coordenador do PPGQ, o projeto integra as ações institucionais da UESPI voltadas para inovação, pesquisa aplicada e promoção da cidadania no Semiárido. A pesquisa busca oferecer alternativas seguras e eficientes para o tratamento da água, reduzindo riscos sanitários e impactos ambientais.

O cordenador explica que o sistema em desenvolvimento utilizará radiação solar direta para promover a desinfecção da água armazenada em cisternas e reservatórios domésticos.“Nosso objetivo é desenvolver um sistema fotocatalítico que utilize a radiação solar para o tratamento da água destinada ao consumo humano e animal na região semiárida. Muitas dessas comunidades consomem água de barreiros ou de caminhões-pipa, frequentemente contaminada por bactérias, fungos e vírus. A ideia é criar um método que não dependa de produtos químicos, como o hipoclorito de sódio, atualmente utilizado”, destaca o pesquisador.

De acordo com ele, o uso inadequado de hipoclorito de sódio pode causar intoxicações, além de não eliminar completamente todos os microrganismos presentes. O sistema fotocatalítico pretende reduzir doenças de veiculação hídrica e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações rurais, impactando diretamente a demanda por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) dessas regiões.

O projeto envolve estudantes da graduação e da pós-graduação, que atuarão no desenvolvimento dos materiais fotocatalíticos, montagem dos protótipos, testes de eficiência microbiológica e visitas técnicas às comunidades beneficiadas. A proposta está alinhada às ações de extensão tecnológica da UESPI, fortalecendo a formação científica e o compromisso social da instituição.

Entre os participantes, o doutorando Renato Sousa, aluno do Programa de Doutorado em Química da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e integrante do Green Tech UESP, destaca a relevância formativa e social da pesquisa. “É muito gratificante estar participando desse projeto, apoiado pelo UESPITech. Buscando trazer melhorias para a sociedade piauiense, especialmente para regiões onde a distribuição de água potável é ineficiente. Esse projeto tem a capacidade de melhorar o desenvolvimento do estado do Piauí, elevar a qualidade de vida das pessoas e consolidar a UESPI como uma promotora de pesquisa científica e tecnológica” afirmou o aluno.

O sistema fotocatalítico, quando finalizado, será testado diretamente em residências rurais, permitindo adaptações conforme a realidade local. A expectativa é que a tecnologia sirva como modelo replicável para outras regiões do Semiárido brasileiro.

O projeto demonstra como a universidade pública atua de forma decisiva na promoção de conhecimento científico, na formação integral dos estudantes e na produção de soluções que beneficiam toda a comunidade.

Projeto “Rádio Cajueiro” é desenvolvido por alunos de Jornalismo da UESPI de Picos e chega ao Spotify

Por Mikael Lopes

Acadêmicos de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Professor Barros Araújo, em Picos, desenvolveram o projeto “Rádio Cajueiro” durante a disciplina de Radiojornalismo, ministrada pelo professor Me. Clebson Lustosa. A iniciativa, dividida em duas temporadas, reúne radiojornais e podcasts que já estão disponíveis na plataforma Spotify.

Com 14 episódios produzidos, os trabalhos sonoros, além do caráter prático da disciplina, têm o propósito de criar um espaço de memória e preservar as produções acadêmicas. A escolha das temáticas, como segurança, interesse público, economia, entre outras, teve como critério tornar o radiojornalismo e o podcast um ambiente socialmente plural.

“A ideia era que a gente tivesse um rádiojornal plural, que a gente pudesse, em uma edição, falar do maior número de assuntos possíveis, diversos, que envolvessem temas que vão desde segurança, interesse público, cultura, economia, religiosidade, fé, história. Então eu convidei que eles lançassem um olhar para as rádios aqui de Picos e até mesmo para as rádios de Teresina e analisassem o que é que tem no espelho de um rádiojornal, uma edição de um rádiojornal, e, com base nesse olhar, trazer para a nossa realidade”, disse o professor.

A realização da atividade permite que os estudantes coloquem em prática habilidades jornalísticas fundamentais para o mercado e adquiram conhecimentos sobre plataformas digitais em crescimento.

“A ideia era que, para além de entenderem a parte teórica de um podcast, que eles pudessem praticar, que eles pudessem saber como se comportar durante uma entrevista, como produzir um podcast, como fechar um roteiro de um podcast, e assim eles fizeram. Então, eles produziram, convidaram os entrevistados. É importante que eles cheguem no mercado pelo menos com uma base ali, com o mínimo, e eu acho que foi muito importante eles vivenciarem isso de forma prática mesmo” , avalia o docente Clebson Lustosa.

Além da produção sonora, o professor e os alunos também definiram o nome da rádio e a identidade visual, buscando representar elementos importantes de Picos e região e transmitir a ideia de prosperidade.

“O nome Rádio Cajueiro nasceu da representatividade do pé de caju para a região de Picos, para a cidade de Picos. Picos é conhecida como a capital do mel, mas aqui tem um beneficiamento, uma produção grande de caju, de castanha de caju. Santo Antônio de Lisboa é uma cidade aqui vizinha a Picos e é conhecida como a capital do caju. E o cajueiro tem uma representatividade muito grande para o semiárido piauiense, para o sertão do Piauí e para o Nordeste de um modo geral”, pontuou o professor.

Entre os episódios, um deles abordou a escala trabalhista 6×1 e como ela impacta diretamente a rotina e a qualidade de vida de diversos profissionais. A temática foi desenvolvida pela aluna Maria Clara, que entrevistou especialistas e trabalhadores.

“Escolhi esse tema porque percebi que, apesar de fazer parte do cotidiano de diversas categorias, ele ainda gera dúvidas, interpretações diferentes e pouco debate aprofundado. Entre os critérios que considerei estavam a relevância social, a atualidade do tema e a possibilidade de explicar de forma clara algo que impacta tanto trabalhadores quanto empregadores”, explicou Maria Clara.

Para a estudante, a experiência foi fundamental para sua evolução na elaboração de roteiros, na condução de entrevistas e na edição, além de ajudá-la a compreender como cada escolha sonora, da entonação à montagem final, influencia o entendimento da mensagem.

A acadêmica Adriana Reis decidiu explorar o debate sobre a possível mudança da feira e do mercado municipal de Picos e avalia a experiência como positiva para o seu processo de aprendizagem.

“No meu trabalho, busquei trazer a fala de todos os lados, desde os comerciantes que dependem dessa fonte de renda até especialistas que destacaram os impactos que essa mudança pode gerar. Eu amei a experiência, desde o desafio de conseguir as fontes até o processo de edição da reportagem”, ressaltou Adriana.

Para ouvir os episódios, basta pesquisar “Rádio Cajueiro” no Spotify ou acessar o link do perfil:

https://open.spotify.com/episode/7nO91kcRahgu99PrbnyYmI?si=TYfkb1FATxmId_gLIZ3K0A%0A

Turmas de Pedagogia da UESPI de Piripiri desenvolvem “Calendário Afro-Indígena do Piauí” para valorizar memórias e identidades do estado

Por Raíza Leão

As turmas do bloco 3 do curso de Pedagogia (turnos manhã e noite) da UESPI, campus Piripiri, realizaram a produção do “Calendário Afro-Indígena do Piauí”, atividade desenvolvida na disciplina de “História e Cultura Indígena e Afro-Brasileira”, ministrada pelo professor Me. Alex Mesquita. O material reúne datas, eventos históricos e personalidades negras e indígenas piauienses, com o objetivo de ampliar o acesso a informações pouco conhecidas pela população e fortalecer o reconhecimento das contribuições afro-indígenas na formação social e cultural do estado. O trabalho foi exposto à comunidade acadêmica nos dias 24 e 25 de novembro, e também está disponível online.

Segundo o professor Alex Mesquita, a iniciativa surgiu da necessidade de aprofundar a abordagem regional dentro da disciplina. “A ideia nasceu porque a disciplina trata da história e cultura afro-brasileira e indígena, mas também direciona essas temáticas para o Piauí. Muitas dessas informações ficam à margem do conhecimento das pessoas. Queríamos trazer à tona contribuições importantes que não chegam ao grande público”, explica.

A atividade envolveu pesquisas sobre acontecimentos históricos e figuras relevantes de diferentes regiões do estado, abrangendo desde o Norte até o Sul do Piauí. “O foco foi selecionar eventos e personalidades que, geralmente, o público não conhece. Existem nomes até razoavelmente conhecidos, mas a maior parte das informações trazidas pelo calendário é inédita para a população. Buscamos contemplar diversas regiões, porque o Piauí é diverso, e queríamos representar essa diversidade”, completa.

O professor reforça ainda a importância pedagógica da experiência para os estudantes de Pedagogia, futuros docentes da educação básica: “Trazer esses conteúdos para a formação inicial é essencial. Essas questões atravessam o currículo escolar, mas ainda não estão onde deveriam estar. Queremos formar professores que compreendam a relevância da temática étnico-racial, que sigam as diretrizes e leis específicas, muitas vezes desconhecidas pelos próprios docentes”.

A proposta também gerou impacto pessoal nos alunos, que relataram surpresa ao descobrir fatos históricos relacionados não apenas ao Piauí, mas aos seus próprios municípios. “Alguns alunos comentaram que, se não fosse pela atividade, jamais saberiam dessas informações. Eles puderam conhecer realidades de suas cidades e de municípios vizinhos, inclusive acontecimentos traumáticos que não eram discutidos, apesar de fazerem parte de suas histórias locais”, relata Alex Mesquita.

O Calendário Afro-Indígena do Piauí oferece, assim, uma contribuição educativa que ultrapassa a sala de aula, fortalecendo a memória histórica do estado e ampliando o debate sobre identidade, diversidade e pertencimento.

Acesse o calendário completo:

https://drive.google.com/file/d/15LdAcH4MM8NaAw399gR9H97Z8zbe6Aeq/view?usp=drivesdk

Projeto “Rádio Cajueiro” é desenvolvido por alunos de Jornalismo da UESPI de Picos e chega ao Spotify

Por Mikael Lopes

Acadêmicos de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Professor Barros Araújo, em Picos, desenvolveram o projeto “Rádio Cajueiro” durante a disciplina de Radiojornalismo, ministrada pelo professor Me. Clebson Lustosa. A iniciativa, dividida em duas temporadas, reúne radiojornais e podcasts que já estão disponíveis na plataforma Spotify.

Com 14 episódios produzidos, os trabalhos sonoros, além do caráter prático da disciplina, têm o propósito de criar um espaço de memória e preservar as produções acadêmicas. A escolha das temáticas, como segurança, interesse público, economia, entre outras, teve como critério tornar o radiojornalismo e o podcast um ambiente socialmente plural.

“A ideia era que a gente tivesse um rádiojornal plural, que a gente pudesse, em uma edição, falar do maior número de assuntos possíveis, diversos, que envolvessem temas que vão desde segurança, interesse público, cultura, economia, religiosidade, fé, história. Então eu convidei que eles lançassem um olhar para as rádios aqui de Picos e até mesmo para as rádios de Teresina e analisassem o que é que tem no espelho de um rádiojornal, uma edição de um rádiojornal, e, com base nesse olhar, trazer para a nossa realidade”, disse o professor.

A realização da atividade permite que os estudantes coloquem em prática habilidades jornalísticas fundamentais para o mercado e adquiram conhecimentos sobre plataformas digitais em crescimento.

“A ideia era que, para além de entenderem a parte teórica de um podcast, que eles pudessem praticar, que eles pudessem saber como se comportar durante uma entrevista, como produzir um podcast, como fechar um roteiro de um podcast, e assim eles fizeram. Então, eles produziram, convidaram os entrevistados. É importante que eles cheguem no mercado pelo menos com uma base ali, com o mínimo, e eu acho que foi muito importante eles vivenciarem isso de forma prática mesmo” , avalia o docente Clebson Lustosa.

Além da produção sonora, o professor e os alunos também definiram o nome da rádio e a identidade visual, buscando representar elementos importantes de Picos e região e transmitir a ideia de prosperidade.

“O nome Rádio Cajueiro nasceu da representatividade do pé de caju para a região de Picos, para a cidade de Picos. Picos é conhecida como a capital do mel, mas aqui tem um beneficiamento, uma produção grande de caju, de castanha de caju. Santo Antônio de Lisboa é uma cidade aqui vizinha a Picos e é conhecida como a capital do caju. E o cajueiro tem uma representatividade muito grande para o semiárido piauiense, para o sertão do Piauí e para o Nordeste de um modo geral”, pontuou o professor.

Entre os episódios, um deles abordou a escala trabalhista 6×1 e como ela impacta diretamente a rotina e a qualidade de vida de diversos profissionais. A temática foi desenvolvida pela aluna Maria Clara, que entrevistou especialistas e trabalhadores.

“Escolhi esse tema porque percebi que, apesar de fazer parte do cotidiano de diversas categorias, ele ainda gera dúvidas, interpretações diferentes e pouco debate aprofundado. Entre os critérios que considerei estavam a relevância social, a atualidade do tema e a possibilidade de explicar de forma clara algo que impacta tanto trabalhadores quanto empregadores”, explicou Maria Clara.

Para a estudante, a experiência foi fundamental para sua evolução na elaboração de roteiros, na condução de entrevistas e na edição, além de ajudá-la a compreender como cada escolha sonora, da entonação à montagem final, influencia o entendimento da mensagem.

A acadêmica Adriana Reis decidiu explorar o debate sobre a possível mudança da feira e do mercado municipal de Picos e avalia a experiência como positiva para o seu processo de aprendizagem.

“No meu trabalho, busquei trazer a fala de todos os lados, desde os comerciantes que dependem dessa fonte de renda até especialistas que destacaram os impactos que essa mudança pode gerar. Eu amei a experiência, desde o desafio de conseguir as fontes até o processo de edição da reportagem”, ressaltou Adriana.

Para ouvir os episódios, basta pesquisar “Rádio Cajueiro” no Spotify ou acessar o link do perfil:

https://open.spotify.com/episode/7nO91kcRahgu99PrbnyYmI?si=TYfkb1FATxmId_gLIZ3K0A%0A

Campus de Picos promove evento sobre assoalho pélvico e reafirma compromisso com a saúde pública

Por Mikael Lopes

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Enfermagem do Campus Professor Barros Araújo, em Picos, realizou, entre os dias 27 e 28 de novembro, o evento “Assoalho Pélvico: Conhecendo a Fisiologia e Fortalecendo a Musculatura”. Durante os dois dias, a ação promoveu educação em saúde, avaliação clínica e orientações voltadas ao bem-estar e à prevenção de disfunções do assoalho pélvico.

O objetivo da atividade foi promover uma interação entre os cursos de Educação Física e Enfermagem para, de forma didática e prática, conscientizar os participantes sobre a importância do cuidado com o assoalho pélvico.

“Então, a gente, junto com a Educação Física, tivemos aulas práticas de como fortalecer esse assoalho e assim evitar uma incontinência urinária. E tivemos um conhecimento maravilhoso com a professora Nélida e Lailda Santos, no intuito da gente orientar os nossos alunos e profissionais sobre a importância desse assoalho pélvico para a nossa intimidade, tanto a masculina quanto a feminina. Porque ele, empoderado, ele melhora a atividade sexual masculina e feminina”, destaca a Dra. Mariluska Macedo, diretora do campus e da comissão de organização.

A abertura do evento, realizada no auditório da Uespi, contou com duas mesas-redondas que repassaram conhecimento para a comunidade acadêmica sobre o cuidado e o fortalecimento do assoalho pélvico. A enfermeira Lailda Santos, uma das palestrantes, apontou que o debate do assunto na sociedade e na universidade é o início de um progresso na saúde pública.

“O primeiro passo da incontinência urinária, que é a principal disfunção, é falar sobre ela. É saber que ela existe, que ela acomete milhares de pessoas no mundo inteiro e entre nós, e que aqui foi dado o primeiro passo. Então, quem esteve aqui teve a oportunidade de conhecer como essas enfermidades acometem as pessoas, como prevenir e como tratá-las”, pontua a enfermeira.

Além do momento na universidade, o evento contou com um olhar e cuidado especial para as mulheres da população picoense, em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e espaços de exercícios físicos, trabalhando com avaliação clínica e orientação sobre exercícios que ajudam a fortalecer o corpo. A diretora e enfermeira, Dra. Mariluska Macedo, explicou como o trabalho foi realizado.

“Faz parte de uma estratégia de saúde da família, com cinco pacientes, em que a gente fez toda a avaliação. Avaliamos essas mulheres em toda a parte, tanto estática quanto dinâmica, e assim dar aquele relatório àquela mulher e orientá-la de como ela melhorar a vida dela”, aponta a Dra. Mariluska.

A realização de atividades como esta reforça o papel da universidade em promover conhecimento, cuidado e saúde para todos, aproximando a academia da sociedade. A acadêmica de Enfermagem Maria Eduarda participou da ação e avalia os impactos acadêmicos, profissionais e pessoais da oportunidade.

“Participar do evento foi uma experiência muito enriquecedora, tanto no aspecto acadêmico quanto pessoal. Os debates foram muito esclarecedores e ampliaram minha visão sobre a importância do cuidado com o assoalho pélvico em diferentes fases da vida da mulher. Além disso, foi um momento de troca de conhecimentos entre profissionais, estudantes e a comunidade, o que tornou o aprendizado ainda mais significativo. Pude compreender melhor a atuação da enfermagem na promoção da saúde, prevenção de problemas e orientação das mulheres, fortalecendo meu interesse pela área e minha formação profissional”, disse a aluna.

UAPI convoca selecionados do processo seletivo de professores do Curso de Tecnologia em Energias Renováveis

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI), divulgou, nesta terça-feira (02), a 1ª Convocação referente ao Edital UAPI/NEAD/UESPI nº 003/2025 – Retificado II, destinada ao preenchimento de vagas para as funções de professor do Curso de Tecnologia em Energias Renováveis, ofertado na modalidade a distância.

A convocação segue as diretrizes da Lei nº 7.443/2021 e dos Decretos nº 17.306/2017 e nº 17.548/2017, e apresenta a lista de candidatos que deverão enviar documentação comprobatória para efetivar a convocação. Os candidatos poderão acompanhar as publicações no Portal NEAD Seletivos e na página de editais da UAPI.

Projeto de Extensão da UESPI fortalece ações em oncologia com o lançamento de guia orientador para pacientes no HGV

Por: Sara Caland

O Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Oncologia (PRMAO) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), que tem como um de seus principais cenários de prática o Hospital Getúlio Vargas (HGV), realizou nesta quarta-feira (27), Dia Nacional de Combate ao Câncer, uma ação integrada que marcou o lançamento oficial do Guia Oncológico de Quimioterapia, material inédito produzido por docentes e residentes da instituição.

O guia, disponível em versão impressa e digital com QR Code, possui registro ISBN pela UESPI e foi elaborado inteiramente por profissionais da universidade. A produção reforça o compromisso institucional com o protagonismo na promoção da saúde pública no Piauí, unindo ensino, assistência e extensão em uma iniciativa que qualifica o cuidado prestado ao paciente oncológico.

A ação realizada no HGV está diretamente alinhada ao Programa de Extensão “Educação e Cuidado Multiprofissional em Oncologia: Ações Extensionistas para Promoção da Saúde”, cadastrado na PREX. O programa prevê, entre seus eixos centrais, a educação em saúde, a elaboração de materiais educativos, a integração ensino-serviço-comunidade e o fortalecimento do cuidado multiprofissional — todas diretrizes plenamente contempladas no evento.

De acordo com a coordenadora do PRMAO, Profa. PhD. Veruska Rebêlo, o guia nasce como um produto concreto da integração entre a universidade e os serviços de saúde, reafirmando a relevância do papel formativo e social da UESPI no enfrentamento ao câncer no estado.

“Esse material é fruto de um trabalho coletivo, construído com muito cuidado por docentes e residentes que vivenciam diariamente a realidade do paciente oncológico. É extremamente significativo lançar esse guia justamente no Dia Nacional de Combate ao Câncer, pois simboliza nosso compromisso com a educação em saúde, a humanização do cuidado e o fortalecimento do SUS. Temos um programa de extensão robusto, cadastrado na PREX, que prevê exatamente ações como esta: produzir conhecimento acessível, dialogar com a população e oferecer suporte aos serviços. O que estamos realizando hoje no HGV mostra como a universidade pode transformar vidas por meio da ciência, da prática multiprofissional e da responsabilidade social”, destacou a professora.

Além da professora Veruska, estiveram presentes na ação a coordenadora do Programa de Extensão e preceptora do PRMAO, Profa. Dra. Aline Amaral; a coordenadora do Programa de Extensão, Profa. Aline Diolindo; e as preceptoras do PRMAO, Aline Diolindo e Iara Shimizu, além dos residentes envolvidos na organização das atividades.

As ações desenvolvidas no HGV incluíram orientações, distribuição do guia, atividades de educação em saúde e diálogo direto com pacientes e familiares, em consonância com a metodologia do programa de extensão, que prevê palestras, oficinas, seminários, rodas de conversa e intervenções educativas voltadas para a oncologia.

A iniciativa reafirma o papel da UESPI como instituição formadora comprometida com o desenvolvimento científico e com o cuidado integral à população, fortalecendo a integração entre ensino, serviço e comunidade e contribuindo para a melhoria contínua da atenção oncológica no estado do Piauí.

Júri Simulado aproxima teoria e prática para alunos de Direito em Bom Jesus

Por Roger Cunha

No auditório do Campus de Bom Jesus, os estudantes do 3º período do Curso de Direito transformaram o espaço em um verdadeiro tribunal. A sessão simulada do Tribunal do Júri foi planejada para que os alunos pudessem vivenciar na prática conceitos estudados nas disciplinas de Direito Penal I e Hermenêutica Jurídica. A preparação envolveu não apenas o estudo das peças jurídicas, como denúncia, resposta dos réus e sentença, mas também a ambientação do local, a organização das equipes e a interpretação dos papéis de acusação, defesa e Judiciário.

Tribunal do Júri é reproduzido por estudantes em atividade pedagógica no campus de Bom Jesus

O caso escolhido para o júri simulado abordou um duplo homicídio ocorrido após uma confusão em um bar fictício. A complexidade do processo exigiu que os estudantes aplicassem os conceitos aprendidos em sala, refletissem sobre estratégias jurídicas e raciocinassem rapidamente durante a simulação, aproximando teoria e prática em um cenário que reproduziu fielmente um julgamento real.

Além das equipes principais, a turma do 6º período participou como jurados, testemunhas e réus, colaborando ainda com a infraestrutura, garantindo que o ambiente estivesse adequado e realista. Essa integração entre turmas permitiu um aprendizado colaborativo, estimulando o engajamento e a responsabilidade dos alunos na execução da atividade.

Tribunal do Júri é reproduzido por estudantes em atividade pedagógica no campus de Bom Jesus

Durante a simulação, a professora coordenadora da disciplina de Hermenêutica Jurídica acompanhou de perto cada etapa, observando a dedicação dos estudantes, a ambientação do espaço e a aplicação prática dos conteúdos teóricos. Ela destacou a relevância do júri simulado como ferramenta pedagógica. “O Tribunal do Júri é um dos procedimentos previstos na nossa legislação de maior complexidade. É muita técnica, é um espaço onde são julgados os crimes mais graves, que são os homicídios dolosos. A simulação representa um espaço em que os estudantes podem ter contato com as teses e com o rito utilizado, aguçando a curiosidade e o estudo do conteúdo trabalhado em sala de aula. É um simulacro do que seria um júri na vida real.”

Antes do início do julgamento, a professora explicou como a atividade integra diferentes disciplinas e permite que os estudantes utilizem seus conhecimentos de forma prática, testando suas habilidades em interpretação, argumentação e aplicação de conceitos penais. “Esse júri foi construído como uma atividade conjunta dos componentes curriculares de Direito Penal I e Hermenêutica Jurídica. A perspectiva era trabalhar os conteúdos das duas disciplinas, incluindo métodos interpretativos, técnicas de argumentação e conceitos iniciais de direito penal. A ideia era que os estudantes utilizassem esses conhecimentos nas teses de defesa e acusação durante a simulação.”

Tribunal do Júri é reproduzido por estudantes em atividade pedagógica no campus de Bom Jesus

A professora reforçou ainda que atividades práticas tiram os alunos da rotina exclusivamente teórica e promovem o desenvolvimento de habilidades essenciais. “Atividades práticas, como o júri simulado, tiram o estudante da zona de conforto. Elas exigem mobilização, diálogo entre colegas, trabalho de oratória e raciocínio rápido, contribuindo para a construção do conhecimento e a formulação do conteúdo aprendido em sala de aula.”

Durante todo o evento, a professora acompanhou a performance dos alunos, observando desde a ambientação do auditório até a execução dos papéis, destacando o comprometimento e a dedicação da turma. “Neste júri, tivemos apoio dos estudantes do sexto período, que atuaram como jurados e réus. Foi uma grande performance. Os estudantes se dedicaram à ambientação do espaço, transformando o auditório em um verdadeiro tribunal do júri, considerando todos os elementos constitutivos de uma sessão real. O júri contou ainda com participação externa, incluindo familiares e estudantes de outros cursos, além de entrevistas e momentos formativos com profissionais da área.”

Tribunal do Júri é reproduzido por estudantes em atividade pedagógica no campus de Bom Jesus

Por fim, Mariana Moura ressaltou a organização coletiva e a relevância pedagógica da atividade, destacando que a experiência permitiu aos estudantes vivenciar de forma prática os conceitos jurídicos. “O processo de organização contou com distribuição de papéis entre acusação, defesa e Judiciário, reprodução de todos os atos, jurados, Conselho de Sentença, infraestrutura e ambientação. Desde as vestimentas até a cenografia, tudo foi construído pelos estudantes, promovendo deslocamento de habilidades e demonstrando a potência de um trabalho coletivo dedicado. Ficamos muito satisfeitos com o resultado, tanto eu quanto os demais docentes envolvidos.”

O aluno Arão Neto, que participou ativamente do júri simulado. Ele descreveu a experiência como intensa e transformadora, destacando o quanto a atividade trouxe aprendizado que não seria possível apenas nas aulas teórica. Ele explicou que acompanhar todo o processo. desde a preparação das peças até a execução da sessão, permitiu compreender a complexidade e a dinâmica de um julgamento real, exercitando habilidades de argumentação, interpretação de papéis e tomada de decisão rápida. “Participar da sessão simulada do tribunal do júri foi uma experiência ímpar, pois envolveu conhecimento teórico e prático. Passamos por todas as etapas do júri, desde a organização até a sessão em si, e isso será lembrado durante toda a nossa carreira acadêmica e profissional.”

Tribunal do Júri é reproduzido por estudantes em atividade pedagógica no campus de Bom Jesus

Ele ressaltou como a atividade contribuiu para a formação jurídica. “Foi possível vivenciar totalmente um júri, observar cada momento da acusação e defesa, unir o que vimos nas disciplinas e aplicar na prática. A sensação foi de realmente estar em um júri real, e isso fortalece nossa preparação para o futuro profissional.”

Além disso, Arão enfatizou a importância do aprendizado coletivo e do apoio de profissionais externos, que trouxeram dicas valiosas e aproximaram os estudantes da realidade do Tribunal do Júri. “Tudo isso só foi possível graças ao empenho dos três grupos, ao apoio dos professores e à colaboração do Ministério Público e da Defensoria Pública. Recebemos orientações que foram essenciais para nosso desempenho e aprendizado.”

Tribunal do Júri é reproduzido por estudantes em atividade pedagógica no campus de Bom Jesus

O evento foi aberto à comunidade acadêmica, permitindo que docentes, estudantes de outros cursos e familiares acompanhassem a atividade. A simulação proporcionou uma experiência completa, aproximando a prática do Direito da realidade profissional e promovendo aprendizado colaborativo, desenvolvimento de habilidades e vivência de um ambiente jurídico realista.

PROP: Resultado preliminar do Edital Nº 040/2025 concessão de bolsas de mestrado CAPES e CNPq

Solicitamos a V. Sa. a publicação no site oficial da UESPI, nesta data, 26/11/2025, do Resultado Preliminar do Edital PROP UESPI Nº 040/2025, Concessão de Bolsas de Mestrado CAPES Cota Pró Reitoria e Concessão de Bolsas de Mestrado CNPq Cota Pró Reitoria, referente ao edital Chamada Pública CNPq Nº 12/2025, de apoio aos Programas de Pós Graduação, PPGs, Stricto Sensu da UESPI participantes do Programa de Demanda Social, DS, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Capes, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq.

SEI_GOV-PI – 0021367780.1 – Despacho

 

RESULTADO RECURSO EDITAL PROP UESPI 040 2025 ASSINADO

 

RESULTADO FINAL EDITAL PROP UESPI 040 2025 ASSINADO

 

ERRATA RESULTADO FINAL EDITAL PROP UESPI 040 2025

UESPITech II impulsiona inovação e moderniza práticas da Odontologia na UESPI

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) segue ampliando seu protagonismo na pesquisa científica e na inovação tecnológica. Com o lançamento do UESPITech II, uma chamada interna coordenada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) e pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), a instituição reafirma seu compromisso com o desenvolvimento regional e com a produção de conhecimento aplicado às demandas contemporâneas. O edital destina R$ 500 mil para o financiamento de até 20 projetos, com bolsas de até R$ 25 mil por proposta. As iniciativas devem dialogar diretamente com as diretrizes do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Piauí – Piauí 2050, priorizando áreas estratégicas como saúde, tecnologia da informação, energias renováveis, práticas pedagógicas inovadoras e modernização de ambientes acadêmicos.

UESPI fortalece Odontologia Digital com projeto selecionado no UESPITech II // Imagem gerada por IA.

Entre os projetos aprovados, uma das iniciativas de maior destaque é a proposta “Estação Digital Avançada para Otimização do Diagnóstico Radiográfico em Ambientes de Ensino, Pesquisa e Extensão Odontológica”, coordenada pela professora Dra. Ângela Ferraz, do curso de Odontologia da UESPI. A pesquisa surge em um contexto de crescente demanda por modernização das práticas clínicas dentro da universidade, especialmente diante da expansão da Odontologia Digital como área estratégica para o futuro da formação em saúde. Nos últimos anos, a Clínica Escola tem recebido um volume expressivo de atendimentos, o que evidencia a necessidade de processos mais rápidos, precisos e integrados para garantir maior qualidade assistencial e melhor experiência de aprendizagem para os estudantes.

Foi a partir dessa dinâmica real de trabalho que a equipe percebeu que muitos procedimentos ainda eram executados com recursos analógicos ou softwares restritos, dificultando o diagnóstico e limitando as possibilidades pedagógicas. Essa percepção cotidiana serviu de ponto de partida para a criação do projeto.

A docente explica que a inspiração para a proposta nasceu da própria rotina da Clínica Escola de Odontologia, onde a equipe identificou limitações estruturais que impactavam a qualidade dos atendimentos. “Percebemos que muitos dos nossos processos ainda dependiam de equipamentos analógicos ou de softwares com limitações técnicas. Isso influenciava diretamente a precisão diagnóstica e o tempo de atendimento aos pacientes”, relata a pesquisadora.

Com a nova estação digital, a clínica passará a integrar tecnologias de ponta para análise, processamento e arquivamento de imagens radiográficas, aproximando a realidade universitária do padrão tecnológico adotado nos principais centros odontológicos do país. Além disso, a proposta permite a padronização dos fluxos de diagnóstico e a ampliação da capacidade de atendimento. “O objetivo não é apenas modernizar equipamentos, mas transformar práticas. A Estação Digital vai centralizar e agilizar a análise de imagens, permitindo que nossos alunos tenham contato com ferramentas utilizadas nos centros mais avançados de Odontologia Digital do país”, complementa.

Além de promover avanços operacionais na clínica, o projeto representa também um ganho significativo para a formação dos estudantes e para o desenvolvimento científico da instituição. A iniciativa possibilita experiências mais alinhadas aos protocolos contemporâneos da área, amplia a capacidade de produção de pesquisas e fortalece as ações de extensão ofertadas à comunidade.

Segundo a professora Ângela Ferraz, o novo aparato tecnológico permitirá que os estudantes compreendam de forma mais ampla o fluxo digital aplicado ao diagnóstico, desde a captura e processamento da imagem até sua análise em softwares especializados, reforçando competências essenciais para a prática profissional atual. “Com essa infraestrutura, conseguimos integrar ensino, pesquisa e extensão de forma muito mais eficiente. Os alunos terão acesso a protocolos atualizados, os projetos científicos serão realizados com maior qualidade técnica e o atendimento à população será beneficiado por diagnósticos mais precisos e ágeis”, afirma.

A docente reforça ainda que a Estação Digital Avançada permitirá desenvolver novas linhas de investigação na universidade, incluindo estudos comparativos, análises de desempenho de sistemas radiográficos e pesquisas voltadas à melhoria de metodologias de assistência e ensino. “Nossa expectativa é ampliar a produção científica na área de radiologia odontológica e contribuir para a formação de profissionais mais preparados diante das exigências tecnológicas do mercado”, conclui.

VI Encontro PROFMAT reforça integração entre universidades e fortalece ensino de Matemática

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) sediou o VI Encontro do Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT) no Piauí, realizado no auditório do CETI “Governador Dirceu Mendes Arcoverde”. O evento reuniu professores, pesquisadores, estudantes e gestores envolvidos com a formação continuada de docentes de Matemática na educação básica.

Encontro do PROFMAT destaca desafios e conquistas de professores de Matemática

Promovido pela Coordenação Institucional do PROFMAT/UESPI, em parceria com a UFPI e o IFPI, o encontro se consolidou como um dos principais espaços de divulgação científica do estado. A iniciativa tem como foco impulsionar pesquisas aplicadas ao ensino de Matemática, além de fortalecer a articulação entre universidade e escola pública.

Esta foi a segunda vez que a UESPI recebeu o encontro, reafirmando seu compromisso com a inovação educacional e com a qualificação de professores que atuam diretamente no sistema público de ensino. A programação contemplou apresentações de trabalhos, mesas de discussão, minicursos e debates voltados ao aprimoramento de práticas pedagógicas e à produção acadêmica que contribui para elevar a qualidade do ensino no Piauí.

Encontro do PROFMAT destaca desafios e conquistas de professores de Matemática

O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, destacou a relevância de o encontro ser sediado novamente pela instituição, ressaltando o impacto do PROFMAT para a educação pública e para a qualificação docente no estado. Para ele, “o PROFMAT é um mestrado profissional de excelência que tem na Universidade Estadual uma referência nacional. É um mestrado em rede com excelentes professores e egressos que se destacam como profissionais, atuando e se qualificando ainda mais por meio do programa”. O gestor enfatizou que sediar o evento representa reconhecimento institucional e reforça o papel estratégico da UESPI: “vivemos uma transformação muito grande que envolve a Matemática, a Física, a Computação e toda a ciência dos números e dos dados. Compreender essa importância é fundamental. Sediar o encontro é motivo de orgulho para a UESPI”. Ele também parabenizou a organização e celebrou a entrega dos diplomas aos novos mestres: “foi um evento de excelência, coroado com a certificação dos egressos do programa, que contribuem para fortalecer ainda mais esse quadro de profissionais qualificados”.

O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UESPI, Prof. Dr. Rauirys Alencar, ressaltou como a universidade tem fortalecido seus programas de mestrado por meio de políticas de adesão aos programas da CAPES, especialmente no contexto do PROEB. “O PROEB, este importante programa da CAPES, tem sido reconhecido pela universidade como uma oportunidade de contribuirmos com o processo de formação e aprimoramento dos profissionais da educação, como acontece com o PROFMAT.” Ele destacou que a UESPI tem assumido o compromisso de ampliar a participação em iniciativas nacionais. “Temos adotado uma política de adesão, o máximo possível, aos projetos do PROEB, e isso inclui o PROFMAT.”

Encontro do PROFMAT destaca desafios e conquistas de professores de Matemática

O Pró-Reitor também comentou a relevância estratégica da Matemática para a educação básica e superior. “Reconhecemos a importância da Matemática para todas as áreas de formação básica e seus reflexos na educação superior. Isso se reflete no desempenho de destaque do Piauí no cenário nacional, especialmente nos resultados dos nossos alunos.”

O Gerente Técnico-Científico da fundação, Dr. Ciro Sá, explicou como o órgão tem contribuído de forma direta para iniciativas voltadas ao ensino de Matemática no estado. “A FAPEPI é o órgão de fomento à pesquisa, ciência e inovação do Estado. A forma que nós temos de apoiar os projetos e programas é através dos editais”, afirmou. Ele destacou que os programas devem acompanhar os lançamentos anuais das chamadas públicas, por meio das quais concorrem a bolsas e financiamentos. “A matemática também conseguiu concorrer, apresentar seu projeto e garantir as bolsas que a FAPEPI paga mensalmente aos alunos. Todas as formas de apoio passam pelos editais, por isso é essencial acompanhar sua abertura.”

Encontro do PROFMAT destaca desafios e conquistas de professores de Matemática

O Coordenador do PROFMAT/UESPI, Prof. Dr. Natã Firmino Santana Rocha, destacou o impacto direto do programa na formação docente e nos resultados da educação matemática no estado. Para ele, “o PROFIMAT desempenha um papel fundamental e é pioneiro entre os mestrados profissionais no Brasil, surgido a partir da evolução das Olimpíadas Brasileiras de Matemática”. Ele explicou que, no Piauí, UESPI, UFPI e IFPI formam juntas mais de 70 mestres por ano, o que já mostra reflexos concretos na rede pública.

O coordenador acrescentou que “o estado já conta com um egresso do programa como medalhista de ouro na Olimpíada de Professores de Matemática, além do alto desempenho dos alunos nas Olimpíadas de Matemática nos últimos anos, resultados diretamente ligados aos professores formados pelo PROFIMAT.”

Encontro do PROFMAT destaca desafios e conquistas de professores de Matemática

A participação discente também teve destaque durante o encontro. O aluno do PROFMAT, Sanatiel Bernardo, relatou a dimensão pessoal e acadêmica que o programa representa em sua trajetória. Ele afirmou que “participar do PROFIMAT é a realização de um sonho, especialmente para quem vem de uma situação de vulnerabilidade social. Estar no mestrado e ajudar na organização do evento é muito gratificante e contribui para meu crescimento profissional e pessoal”. Para ele, a troca com professores, pesquisadores e colegas de diferentes instituições “é uma experiência enriquecedora que amplia horizontes e fortalece o compromisso com a educação matemática no estado”.

Entre os estudantes do programa, a participação feminina também ganhou evidência durante o evento. A aluna Maria Iara, única mulher da turma e oriunda do Ceará, relatou que sua trajetória até o mestrado foi marcada por persistência e retomada de um sonho antigo. Segundo ela, o desejo de ingressar na pós-graduação começou ainda no fim da graduação, mas acabou sendo adiado pela rotina profissional até que recebeu o incentivo decisivo para tentar novamente. “Eu sempre tive o objetivo de ingressar em um mestrado. Acabei cursando especializações e outras pós-graduações, mas, quando passei no concurso, esse sonho ficou para depois. Um dia, recebi um convite dizendo: ‘vamos tentar o mestrado, Yara, eu acredito que você consegue’. Então resolvi tentar. Cinco anos depois, vim do Ceará para o Piauí e, na minha primeira tentativa, deu tudo certo. Tornei-me a única mulher da turma e a aluna que veio de mais longe”, destacou.

Encontro do PROFMAT destaca desafios e conquistas de professores de Matemática

O VI Encontro PROFMAT do Piauí mostrou a importância do programa para a formação de professores de Matemática no estado. Reunindo estudantes, docentes e pesquisadores, o evento permitiu a troca de experiências, a apresentação de estudos e o contato direto com diferentes realidades da educação básica. As atividades também evidenciaram o impacto do mestrado na sala de aula, por meio de práticas atualizadas e projetos que já alcançam resultados positivos nas escolas públicas. Com a participação das três instituições envolvidas, o encontro encerrou-se com a expectativa de novos trabalhos, novas parcerias e mais oportunidades para quem deseja avançar na carreira acadêmica e profissional.

Manuais e Orientações de Usabilidade da Pratic Inteligência para Estudantes

Por Hélio Alvarenga

A Pratic Inteligência representa um avanço importante na organização e acompanhamento dos estágios. A plataforma digitaliza processos que antes dependiam de documentos físicos, trazendo mais agilidade, segurança e conformidade com a legislação.

Nos últimos dias, percebemos que alguns alunos têm tentado avançar etapas sem aguardar a validação das empresas. Em outros casos, houve tentativas de realizar cadastros utilizando dados de empresas não conveniadas. 

Além disso, estão disponíveis para consulta os Manuais de Primeiro Acesso, o Manual de Abertura de Convênio e o Manual do Aluno, que esclarecem cada etapa do processo dentro da plataforma. Esses documentos orientam desde o cadastramento inicial da empresa até o registro do estágio pelo estudante, oferecendo instruções detalhadas para que todos utilizem o sistema de forma correta e segura.

Pontos Importantes

 

1. Validação da empresa

A empresa precisa passar por análise e validação antes de aparecer para seleção no sistema.Os prazos seguem o fluxo normal e estão dentro do previsto.

2. Cadastro é responsabilidade da empresa

A abertura de convênio deve ser realizada exclusivamente pela empresa. O aluno não deve utilizar dados corporativos para criar cadastros. Além de descumprir a LGPD, isso pode configurar falsidade ideológica.

3. Aguardar as assinaturas e confirmações

O processo envolve etapas sucessivas de cadastro, validação, assinatura digital e liberação. Todas precisam ser concluídas para que o estágio seja formalizado corretamente.

4. Proteção dos dados

A plataforma segue normas e protocolos de segurança previstos na legislação de proteção de dados, garantindo o tratamento adequado das informações.

5. Atualização de contatos da empresa

Caso a empresa precise alterar e-mail ou telefone, essa solicitação deve ser feita exclusivamente pela empresa e diretamente ao suporte.

Suporte Oficial

 

Para sanar dúvidas e resolver problemas relacionados à plataforma, o contato oficial é:

estagiouapi@uespi.br

O suporte atua em casos como:

  • Problemas de acesso;
  • Validação de empresas conveniadas;
  • Ajustes de informações corporativas;
  • Dúvidas sobre etapas e prazos do estágio.
  •  

Orientações aos alunos

 

  • Utilize sempre o e-mail institucional;
  • Caso deseje, você pode manter a mesma senha do SIGAA para facilitar o acesso;
  • Não realize cadastros que não correspondem à sua responsabilidade no processo;
  • Aguarde o andamento correto de cada etapa para evitar transtornos e retrabalho.
  •  

Participe dessa modernização

 

O estágio é regido por normas legais, e o cumprimento de cada etapa é essencial para a validade do processo. A Pratic Inteligência foi desenvolvida para oferecer um fluxo mais organizado, seguro e transparente.

A correta utilização da plataforma depende do comprometimento de todos.

Pedreiro de 55 anos conclui TCC em Matemática Aplicada à Construção Civil na UESPI

Por Roger Cunha

O estudante Antônio Francisco da Silva, de 55 anos, concluiu o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no curso de Licenciatura em Matemática do Centro de Ciências da Natureza (CCN) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Torquato Neto, em Teresina. Profissional da construção civil, ele ingressou na instituição em 2021.2 e desenvolveu uma pesquisa voltada à aplicação da matemática no contexto da construção civil.

Antônio Francisco ingressou na universidade em 2021.2, motivado pelo desejo de aprofundar os conhecimentos que já utilizava no trabalho e pela vontade de alcançar novas oportunidades. Durante toda a graduação, conciliou a rotina pesada da construção civil com as exigências acadêmicas, enfrentando longas jornadas de trabalho, deslocamentos e noites dedicadas ao estudo.

O TCC desenvolvido por ele, explora a relação entre Matemática e Construção Civil, destacando como conceitos matemáticos estão presentes em cálculos de medidas, proporções, geometria de estruturas e planejamento de obras. A pesquisa evidencia a aplicação direta dos conteúdos estudados em sala de aula no ambiente de trabalho, mostrando que a matemática é uma ferramenta fundamental para a precisão e segurança nas atividades da construção.

A decisão de entrar na universidade surgiu a partir da própria rotina de trabalho. Segundo Antônio, a necessidade de qualificação e a relação direta entre a matemática e as atividades do dia a dia influenciaram sua escolha. Como ele explica. “O que me motivou foi uma questão de necessidade, trabalho pesado e eu vi essa possibilidade, essa opção de me formar nessa área”.

Durante o curso, ele manteve sua rotina profissional como pedreiro durante o dia e frequentou as aulas no período noturno, buscando equilibrar as duas atividades. Sobre essa conciliação, ele afirma. “As aulas são à noite e eu trabalho durante o dia. Com muito esforço e me dedicando bastante, deu pra conciliar estudo e trabalho”.

O tema do TCC foi definido a partir de sua experiência profissional. Em diálogo com o orientador, chegou à proposta de analisar aplicações da matemática presentes na construção civil, como cálculos de medidas, proporções e elementos geométricos utilizados no setor.  “Eu nem pensava. Estava com muita coisa na mente e, conversando com o professor Afonso, meu orientador, ele me deu essa ideia de fazer o TCC direcionado ao meu dia a dia na construção civil”.

Com a apresentação do trabalho, Antônio finaliza uma etapa acadêmica iniciada há quatro anos. Ao avaliar o encerramento do processo, ele resume o resultado alcançado. “Uma alegria, satisfação e muita felicidade”.

O Trabalho de Conclusão de Curso de Antônio Francisco da Silva também recebeu destaque na avaliação do professor Dr. Afonso Norberto, orientador da pesquisa. Por acompanhar de perto o desenvolvimento do estudante, o docente observou como a experiência profissional do aluno contribuiu diretamente para a proposta do estudo, articulando conhecimentos acadêmicos e práticas da construção civil. Segundo o professor, o tema escolhido apresenta utilidade concreta e reforça o papel da matemática em situações reais do trabalho. “Bom, fiquei muito feliz pelo desenvolvimento, pelo trabalho dele, um trabalho bem genuíno, um trabalho bem dia-a-dia dele, um trabalho que dá a importância da matemática em aplicações concretas, em aplicações práticas. É um trabalho que vai ficar como referência e vai ficar para que as pessoas possam ter o uso da matemática”. 

O coordenador do curso de Matemática do CCN/UESPI, professor Jefferson Brito, destaca que a trajetória de Antônio Francisco da Silva ao longo da graduação refletiu os desafios comuns a estudantes que precisam conciliar trabalho e estudo, mas também demonstrou constância e adaptação ao ritmo acadêmico. Ele observa que o desempenho do aluno evidenciou esforço e capacidade de superação dentro das disciplinas. “A matemática, o curso de ciência em matemática, é permeado de histórias e situações. E a história do professor Antônio, com certeza, é uma história grandiosa. Ele teve dificuldade no curso, mas manteve força de vontade e evolução ao longo do tempo”.

O coordenador também enfatiza que o Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido por Antônio contribui para mostrar aos demais estudantes como a matemática pode ser aplicada em contextos reais, especialmente na construção civil. Para ele, a pesquisa reforça a importância de temas práticos dentro da formação e pode servir como motivação para novas turmas. “Esse trabalho dele é bastante interessante, até para motivar os alunos que estão indo para a matemática, para perceber que realmente podemos fazer aplicações práticas. Ver essa inspiração dentro do curso ocorre em diversas situações e ajuda a motivar os nossos estudantes”.

A trajetória de Antônio Francisco da Silva demonstra como experiências profissionais podem dialogar com a formação acadêmica e contribuir para pesquisas aplicadas dentro da Licenciatura em Matemática. O TCC apresentado no CCN/UESPI – Campus Torquato Neto evidencia a utilidade da matemática em contextos concretos e reforça a importância da universidade pública na formação de estudantes com diferentes perfis e históricos. Com a conclusão do trabalho, Antônio Francisco encerra mais uma etapa da graduação e deixa uma referência para outros alunos que buscam integrar teoria e prática ao longo do curso.

UAPI publica 2º Termo de Retificação com novo cronograma do Processo Seletivo para professor do curso de Tecnologia Energias Renováveis

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI) e do Núcleo de Educação a Distância (NEAD), divulgou o 2º Termo de Retificação referente ao Processo Seletivo Simplificado destinado ao preenchimento de vagas remanescentes para os cargos de Professor Formador, Professor Assistente, Professor Orientador e Professor Supervisor do curso de Tecnologia em Energias Renováveis, ofertado na modalidade a distância.

A retificação altera o cronograma oficial do Edital NEAD/UESPI nº 03/2025 – Retificado II, atualizando datas importantes para candidatos inscritos e para aqueles que ainda desejam participar da seleção.

Novo cronograma do seletivo

 

Com a retificação, os prazos foram reorganizados da seguinte forma:

  • Lançamento do edital: 09 de setembro de 2025

     

  • Interposição de recursos contra o edital: 10 de setembro de 2025

     

  • Resultado dos recursos do edital: 11 de setembro de 2025

     

  • Período de inscrições online: 06 a 17 de outubro de 2025

     

  • Resultado da homologação das inscrições: 29 de outubro de 2025

     

  • Recursos contra a homologação: 30 de outubro de 2025

     

  • Resultado dos recursos da homologação: 03 de novembro de 2025

     

  • Resultado da análise curricular: 17 de novembro de 2025

     

  • Recursos contra a análise curricular: 18 de novembro de 2025

     

  • Resultado dos recursos da análise curricular: 24 de novembro de 2025

     

  • Resultado final: 25 de novembro de 2025

     

  • Período de convocação dos aprovados (bloco 2): 02 a 05 de dezembro de 2025

     

A comissão organizadora destaca que os prazos poderão sofrer ajustes conforme necessidade do processo e que as convocações serão realizadas de acordo com a oferta das disciplinas previstas no calendário letivo da UAPI. Os candidatos poderão acompanhar as publicações no Portal NEAD Seletivos e na página de editais da UAPI.

UESPI participa da organização do 10º ECLAE, realizado no IFPI, e fortalece integração acadêmica entre instituições do Meio-Norte

Por Filipe Benson

O 10º Encontro das Ciências da Linguagem Aplicadas ao Ensino (ECLAE) será realizado nos dias 1 e 2 de dezembro de 2025, no Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus Teresina Central, com transmissão ao vivo pelo YouTube. O evento reúne pesquisadores, professores e estudantes para discutir o tema “Pesquisa científica no ensino de línguas e literaturas na educação básica e superior”, consolidando-se como espaço estratégico de formação e integração acadêmica no Meio-Norte do Brasil.

Organizado por instituições de ensino superior do do Piauí (UESPI,UFPI, e IFPI) e do Maranhão (UFMA e UEMA) , o encontro integra ações interinstitucionais voltadas ao fortalecimento da pesquisa e ao diálogo entre educação básica e superior. Segundo a professora Bárbara Olímpia, representante do LEIA-UESPI, a participação da universidade na organização “fortalece a integração com instituições do Meio-Norte, agregando pesquisadores, docentes e estudantes dessas IES, além de aproximar o evento da comunidade escolar. Esse é um movimento que provoca a academia para o retorno social dos investimentos públicos e privados na educação básica”, explica a docente.

Ao longo de sua programação, o 10º ECLAE contará com palestras, rodas de conversa, minicursos, lançamentos de livros e apresentações de trabalhos, abrangendo um amplo quadro de áreas temáticas: Análise do Discurso, Linguística Aplicada, Fonética e Fonologia, Sociolinguística, Ensino de Literatura, Estudos Intersemióticos, Políticas Linguísticas, Tecnologias e Multiletramentos, Estudos de Línguas Indígenas, Estudos Culturais, Literatura e Feminismos, entre outros campos fundamentais para o desenvolvimento científico da região.

Para o professor Ribamar Júnior (UFPI), coordenador geral do evento, o ECLAE reafirma um momento de retomada do investimento em pesquisa no país. “O evento traz para o centro da discussão a importância das pesquisas científicas sobre ensino de línguas no contexto escolar e universitário. Vivemos um período de recomposição da ciência em âmbito local e nacional, o que é essencial para elevar a produção científica em termos quantitativos e qualitativos”, destaca.

Integrante da equipe organizadora, o pesquisador John Hélio Porangaba de Oliveira (PPGL/UESPI) ressalta o caráter estratégico do encontro: “O ECLAE constitui um evento tático para professores e estudantes de Letras, Linguística e Literatura, pois sua abrangência interativa com pesquisas atuais potencializa o diálogo entre teoria e prática. O foco na pesquisa científica no ensino de línguas e literaturas reforça a urgência dessas discussões nas ciências da linguagem aplicadas ao ensino”. Para o pesquisador, o evento funciona como um “catalisador de reflexão crítica sobre o ensino no Nordeste”, conectando universidade e escola e promovendo metodologias capazes de transformar a prática educativa.

A participação da UESPI no 10º ECLAE reafirma o compromisso da instituição a cidadania, a formação integral e o retorno social da pesquisa. Promovendo o encontro entre diferentes realidades educacionais e ao gerando espaços de diálogo, o evento contribui para o fortalecimento da educação básica e superior, ampliando horizontes de atuação profissional e estimulando a produção científica na região.

Para mais detalhes sobre o evento acesse o site abaixo:

https://www.even3.com.br/10-eclae-636390/

CGE anuncia implantação do novo Sistema de Controle Interno a partir de dezembro

Fonte: Auditoria Interna UESPI

A Controladoria Geral do Estado do Piauí informou que implantará o novo Sistema de Controle Interno, SINCIN, a partir do dia 01 de dezembro de 2025. O comunicado é direcionado aos Fiscais de Contrato, que devem estar atentos às orientações para assegurar a continuidade dos processos de forma organizada.

De acordo com a Auditoria Interna, o link para cadastro no novo sistema será enviado diretamente para o email dos usuários. A orientação é que todos os fiscais aguardem o recebimento e realizem o procedimento dentro do prazo estabelecido.

A equipe reforça que qualquer análise em andamento no SINCIN atual deve ser concluída até o dia 27 de novembro de 2025, quinta feira. No dia 28 de novembro, sexta feira, o sistema ficará indisponível para que seja realizada a migração completa para a nova plataforma.

A Auditoria Interna destaca que a mudança tem como objetivo aprimorar os processos de controle interno e garantir maior eficiência às rotinas administrativas. Caso haja dúvidas, os fiscais podem entrar em contato pelos canais institucionais já conhecidos.

UESPI fortalece acervo com processo institucional de doação de livros

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) mantém um processo estruturado para recebimento de doações de livros, adotado para garantir que somente obras em bom estado e alinhadas às necessidades acadêmicas integrem o acervo das bibliotecas. A Biblioteca Central coordena todo o fluxo, que envolve análise prévia, avaliação técnica e registro formal, assegurando organização e preservação do patrimônio bibliográfico da instituição.

Doações ajudam a UESPI a renovar acervo e ampliar acesso ao conhecimento

A diretora da Biblioteca Central, professora Conceição de Maria Bezerra da Silva, explica que os critérios atuais surgiram a partir de situações em que o recebimento de doações representou risco ao acervo institucional. Ela lembra que, em anos anteriores, chegaram materiais contaminados ou deteriorados, o que levou a medidas mais rigorosas. “Já recebemos livros com agentes biológicos e químicos nocivos, impossíveis de recuperar. Em muitos casos, a única solução era o descarte imediato. Para proteger o acervo, definimos critérios claros e passamos a segui-los com rigor”, afirma.

Com base nessa experiência, a primeira etapa do processo exige que o doador encaminhe uma lista detalhada dos livros que pretende doar. A Biblioteca solicita informações como autor, título, edição e ano de publicação. Esse envio deve ser feito para o e-mail institucional da Biblioteca Central, onde a triagem inicial é organizada. Segundo a diretora, essa etapa não é apenas burocrática, mas essencial para garantir uma análise eficiente. “A relação prévia das obras é indispensável porque orienta o trabalho da comissão avaliadora. Sem esses dados, não é possível verificar se o livro atende às necessidades da universidade”, explica.

Doações ajudam a UESPI a renovar acervo e ampliar acesso ao conhecimento

Após o recebimento da lista, o material passa por avaliação realizada por uma comissão interna de bibliotecários. Essa equipe analisa a relevância acadêmica, a atualidade e o estado de conservação dos livros. A professora Conceição destaca que determinadas áreas exigem atenção especial, principalmente quando o conteúdo precisa refletir atualizações constantes. “Nas áreas de saúde e direito, observamos se a obra está atualizada dentro de um intervalo de três a cinco anos em relação ao ano da doação. Para as demais áreas, avaliamos conforme a pertinência, exceto quando se trata de obras fundamentais, que não perdem valor mesmo sendo mais antigas”, explica.

A integridade física é outro critério indispensável. Livros com mofo, rasuras extensas, páginas faltando ou sinais de infestação são recusados para preservar o acervo. De acordo com a diretora, esse cuidado evita problemas maiores. “A integridade física do livro é um ponto decisivo. Um único exemplar contaminado pode comprometer prateleiras inteiras. Por isso, somos cuidadosos e seguimos protocolos de conservação”, reforça.

Doações ajudam a UESPI a renovar acervo e ampliar acesso ao conhecimento

Quando a avaliação é concluída, a Biblioteca Central comunica ao doador quais obras foram aceitas e informa o local e as condições de entrega. A responsabilidade pelo transporte dos livros aprovados é do próprio doador. Após a chegada do material, os livros passam por catalogação, registro e inserção no sistema da UESPI, antes de serem disponibilizados para consulta.

A diretora ressalta que as doações são fundamentais para ampliar a oferta de títulos e apoiar os cursos da universidade, mas reforça que o processo precisa ser organizado para atender aos objetivos de uma biblioteca universitária. “As doações são bem-vindas e representam um fortalecimento importante para o ensino, a pesquisa e a extensão. Nosso compromisso é aproveitar cada contribuição da melhor forma possível, garantindo que o acervo siga relevante, atualizado e seguro”, conclui.

Doações ajudam a UESPI a renovar acervo e ampliar acesso ao conhecimento

A direção da Biblioteca Central reforça que o fortalecimento do acervo só cumpre seu propósito quando a comunidade acadêmica utiliza os materiais disponíveis. A professora Conceição de Maria Bezerra da Silva destaca a importância desse engajamento e lembra que a UESPI dispõe tanto de acervo físico quanto de serviços digitais acessíveis aos estudantes. “Aproveitamos para convidar a comunidade acadêmica a intensificar o uso do acervo impresso da Biblioteca Central e também a acessar nossos produtos e serviços, que hoje estão totalmente disponíveis online pelo SIGAA, na página da biblioteca no site da UESPI”, afirma.

UESPI-TECH II: Projeto EducaFloriano desenvolve acervo digital para preservar a memória histórica do Vale dos Rios Piauí e Itaueiras

Por Raíza Leão

O curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Floriano, está entre os destaques da segunda edição do UESPI-TECH, com o projeto “EducaFloriano – Laboratório de Pesquisa e Preservação de Fontes Históricas do Território Vale dos Rios Piauí e Itaueiras”.

A iniciativa, contemplada com R$25 mil pelo edital, tem como principal objetivo criar um aplicativo e um sítio eletrônico que vão reunir, digitalizar e disponibilizar documentos históricos de Floriano e municípios adjacentes, democratizando o acesso à memória regional.

Coordenado pela professora Tatiana Gonçalves de Oliveira, o projeto conta com a colaboração dos docentes Valério Rosa de Negreiros, Sérgio Luiz da Silva Mendes e Gisvaldo Oliveira da Silva, além de cinco estudantes voluntários. A equipe integra o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em História (LEPEC), espaço responsável pela digitalização e catalogação das fontes que irão compor o acervo digital.

Segundo a coordenadora, a proposta nasceu da necessidade de reunir, preservar e tornar acessíveis fontes históricas que, até então, estavam dispersas e sem local adequado de armazenamento na região. “O EducaFloriano é um projeto aprovado no UESPI-TECH II, com recurso de R$25 mil. Esse recurso será utilizado para equipar nosso laboratório e desenvolver um aplicativo que vai disponibilizar documentos como jornais, fontes arquivísticas e imagéticas digitalizadas pelo LEPEC. A ideia é que toda a comunidade tenha acesso a esses materiais, que contam a história de Floriano e dos municípios do território dos Vales dos Rios Piauí e Itaueiras”, explica Tatiana Gonçalves de Oliveira.

O aplicativo também vai abrigar trabalhos acadêmicos, como TCCs, dissertações e materiais pedagógicos produzidos a partir dessas fontes, criando um ambiente integrado de preservação e divulgação histórica.

A professora destaca que a ausência de museus, centros de memória ou arquivos públicos nos municípios da região foi uma das principais motivações para idealizar o projeto. “Observamos que não há nenhum museu ou centro de memória que aloque esses documentos em Floriano e municípios adjacentes. Diferente de Teresina, que possui espaços como o Museu Odilon Nunes e o Arquivo Público, aqui nós não temos onde guardar essas fontes. Sem preservação, não há pesquisa; e sem pesquisa, as histórias desses municípios acabam apagadas”, afirma.

Com o EducaFloriano, a equipe pretende garantir que documentos importantes, muitos deles guardados em condições precárias, sejam digitalizados, organizados e disponibilizados de forma permanente.

O recurso do edital será utilizado para o desenvolvimento do aplicativo e para a compra de equipamentos essenciais ao trabalho do laboratório. Entre os itens previstos estão:

  • Scanner planetário para digitalização de documentos sensíveis;
  • Câmera fotográfica e microfones para registro de imagens e gravação de entrevistas;
  • Gravador de áudio para coleta de depoimentos e fontes orais, fundamentais para estudos sobre comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas;
  • TV para uso pedagógico em defesas de TCC e atividades didáticas.

“O investimento de R$25 mil é muito importante para equipar o laboratório de Floriano, que já vem dialogando com a comunidade, desenvolvendo projetos de digitalização de fontes da Câmara Municipal e outras iniciativas. Esse recurso vai fortalecer muito o trabalho que já fazemos”, reforça Tatiana Gonçalves de Oliveira .

Cinco estudantes voluntários vão atuar no projeto, participando das etapas de digitalização, catalogação e organização do acervo. A coordenadora ressalta que o projeto tem impacto direto na formação acadêmica e cidadã. “Um projeto como o EducaFloriano é essencial para os alunos porque permite contato direto com documentos históricos, pesquisas de campo, fontes orais e imagéticas que estão se perdendo por falta de preservação. Ele contribui para uma formação humanística e para a criação de uma consciência histórica nos municípios”, destaca.

Além da comunidade acadêmica, o aplicativo será voltado também para professores e estudantes da educação básica, que terão acesso a planos de aula, propostas pedagógicas e materiais diversos para trabalhar a história local em sala de aula. Ao disponibilizar gratuitamente documentos, fotografias, registros orais e trabalhos acadêmicos, o EducaFloriano pretende transformar o acesso à memória do Vale dos Rios Piauí e Itaueiras.

“Queremos que professores, alunos e qualquer pessoa interessada possam acessar essas fontes. O aplicativo vai democratizar o acesso à história, permitindo que a população conheça, valorize e preserve suas próprias narrativas”, resume a coordenadora.

Curso de Pedagogia da UESPI de Bom Jesus, realiza a 1ª edição do evento “VIVER”

Por Raíza Leão

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Dom José Vázquez Díaz, em Bom Jesus, realizou nos dias 21 e 22 de novembro a primeira edição do “VIVER — Valorização da Infância e das Vozes na Educação para as Relações Étnico-Raciais”. O evento, promovido em alusão ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, reuniu estudantes, docentes, profissionais da educação e comunidade em geral para discutir práticas pedagógicas voltadas à diversidade étnico-racial, com ênfase no protagonismo infantil.

Com o tema “Infâncias que contam: Saberes, Raízes e Resistências”, o VIVER propôs uma reflexão sobre a infância não apenas como etapa da vida, mas como um espaço de produção de saberes, memórias e narrativas de resistência. O encontro destacou a criança como sujeito histórico e cultural, capaz de construir conhecimento, expressar experiências e fortalecer identidades. Inspirada na noção de escrevivência, de Conceição Evaristo, a proposta reconheceu falas, gestos e produções infantis como “textos vivos” que revelam raízes ancestrais e resistem a processos de silenciamento.

O evento surgiu de um projeto de extensão do curso de Pedagogia da UESPI, coordenado pelo professor Jeferson Gomes, que também liderou a comissão organizadora. Ele explica que a iniciativa nasceu das discussões em sala de aula sobre currículo e educação para as relações étnico-raciais na infância. “Tudo começou com um projeto de extensão que tratava da atuação de professores na educação infantil e nos anos iniciais. Quando chego à universidade, começo a trabalhar dentro da minha área de pesquisa, que são as relações étnico-raciais na educação. A proposta previa que, ao final de um ano, realizássemos um evento de extensão”, relata.

O nome, a programação e a escolha das palestras foram construídos em diálogo com uma turma da disciplina História e Cultura Afro-Brasileira. “A ideia surge a partir das vivências reais dos nossos alunos e alunas, já que as discussões em sala tratavam muito sobre as primeiras percepções que temos na sociedade, ou seja, na infância”, acrescenta o professor.

As atividades do VIVER envolveram rodas de conversa, palestras, leituras compartilhadas, oficinas e ações culturais. Um dos destaques foi a “Caixa da Leitura”, que disponibilizou obras literárias para a comunidade. “O projeto se inicia com a formação dos estudantes, mas também com o acesso a obras literárias pelo público em geral. As rodas de conversa ocorreram dentro e fora da universidade, e convidamos palestrantes de diferentes espaços, fortalecendo a parceria entre instituições e professores da educação básica de Bom Jesus e de outras regiões”, explica Jeferson Gomes.

O evento também promoveu visitas técnicas a comunidades quilombolas, indígenas e escolas, ampliando o contato dos alunos com realidades que fortalecem a formação crítica, humana e antirracista dos futuros pedagogos. A interdisciplinaridade foi outra marca, com participação de docentes de diversas licenciaturas e áreas de formação. Ao destacar o papel institucional da UESPI, o professor reforça a importância da articulação entre ensino, pesquisa e extensão. “A universidade tem esse papel: oportunizar aos nossos educandos e à sociedade momentos de aquisição de conhecimento. O evento veio promover debates sobre diversidade, identidade e educação antirracista, porque é pela educação que somos capazes de transformar, seguindo o caminho da reeducação da nossa sociedade”.

UESPI desenvolve projeto de letramento científico para fortalecer a produção textual na educação básica através do programa UESPITech II

Por Filipe Besnon

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Laboratório de Leitura e Escrita Acadêmicas (LEIA), iniciou o desenvolvimento do projeto “Letramento Científico no Contexto da Educação Básica – Práticas Letradas Inovadoras”, aprovado no edital UESPITEC II. A iniciativa, coordenada por docentes do LEIA, tem como objetivo incentivar a produção de textos científicos por estudantes e professores da educação básica, especialmente do ensino médio, utilizando a plataforma digital WebLEIA. O projeto envolve ações formativas, pesquisa documental e criação de ferramentas pedagógicas inovadoras voltadas ao fortalecimento da escrita acadêmica nas escolas.

Imagem ilustrativa gerada por IA

O projeto é coordenado pela professora Dra. Shirlei Marly Alves, vice-coordenadora do LEIA, que atua ao lado da professora Dra. Bárbara Olímpia Ramos de Mello, líder do laboratório. Segundo a docente, o trabalho integra um conjunto de ações que visam ampliar o acesso à ciência e fortalecer práticas de leitura e escrita no ambiente escolar. “O nosso projeto tem como objetivo geral incentivar e facilitar a produção de textos pertencentes aos gêneros projeto de pesquisa e relatório científico na educação básica, com base em protocolos de escrita inseridos na WebLEIA”, explica.

Com recursos de R$ 25 mil destinados pela UESPI para custeio e aquisição de equipamentos, o projeto prevê melhorias na infraestrutura do laboratório e no desenvolvimento da própria plataforma WebLEIA, criada por quatro membros do LEIA e já registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A ferramenta será programada para orientar estudantes na produção de textos científicos, oferecendo modelos, protocolos e sugestões pedagógicas adaptadas às quatro grandes áreas do conhecimento.

A iniciativa contempla ainda minicursos, oficinas e formações para professores da educação básica, voltadas ao estudo e à prática dos gêneros científicos abordados. Essas atividades serão realizadas ao longo da execução do projeto e contarão com a participação de equipes de docentes, estudantes de pós-graduação e graduandos vinculados ao LEIA.

Ao todo, participam do projeto oito docentes da UESPI, um pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UESPI), um doutorando da Universidade Federal do Piauí (UFPI), seis mestrandos do PPGL e nove estudantes de graduação – incluindo bolsistas de iniciação científica. A equipe é responsável por pesquisas que embasarão tanto a programação da plataforma quanto o desenvolvimento das ações formativas no projeto.

De acordo com a professora Shirlei Alves, a iniciativa tem impacto previsto em duas frentes complementares: “A primeira é o incremento de conhecimento da comunidade acadêmica acerca do letramento científico na educação básica. A segunda é a qualificação do letramento científico dos professores e dos estudantes, promovendo práticas de leitura e escrita que contribuam para a iniciação científica”.

A docente também destaca o alinhamento do projeto com políticas públicas nacionais voltadas à popularização da ciência: “Nós nos situamos dentro dessa grande política pública do governo federal, que busca ampliar o alcance da ciência na escola e fomentar seu papel transformador”.

Para a mestranda participante do projeto, Elis Rebeca, as ações desenvolvidas têm grande potencial de transformação. “Fazer parte do projeto é muito gratificante. O desenvolvimento de pesquisas científicas pode mostrar o que está dando certo e o que precisa ser melhorado em nossa educação. Acredito que essa iniciativa trará grandes contribuições para o campo do letramento científico.”

Com foco na democratização do acesso ao conhecimento científico, o projeto reforça o compromisso da UESPI com a formação integral de estudantes e professores, a promoção da cidadania e a inclusão educacional. Ao fortalecer práticas de escrita e pesquisa desde a educação básica, a universidade contribui de forma direta para a transformação social e o desenvolvimento de novas gerações de pesquisadores e cidadãos críticos.

UAPI divulga resultado final de seleção para professores do curso de Tecnologia em Energias Renováveis

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI), tornou público o resultado final do Processo Seletivo Simplificado destinado ao preenchimento de vagas remanescentes para professor formador, professor assistente, professor orientador e professor supervisor do curso de Tecnologia em Energias Renováveis, ofertado na modalidade a distância com mediação tecnológica. O resultado refere-se ao Edital UAPI/NEAD/UESPI nº 003/2025.

A publicação apresenta a lista completa dos candidatos aprovados, classificados e em cadastro de reserva, distribuídos por disciplina e modalidade de concorrência. Acompanhe todas as publicações no site NEAD Seletivos e na página de editais da UAPI.