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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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UESPI promove visita técnica à Secretaria da Fazenda em evento que integra teoria e prática no curso de Direito

Por Filipe benson

O curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Clóvis Moura, promoveu um importante momento de aproximação entre o ambiente acadêmico e a realidade institucional com a realização do evento “Ciclos SEFAZ Acadêmica – Diálogos Institucionais”. A atividade, coordenada pelo professor doutor Willame Mazza, também auditor fiscal da Secretaria de Fazenda do Estado do Piauí (SEFAZ), consistiu em uma visita técnica à sede da SEFAZ, com a participação ativa dos alunos da graduação.

O evento foi viabilizado com o apoio do Grupo de Educação Fiscal da Secretaria e teve como objetivo central proporcionar aos estudantes uma vivência prática dos conteúdos abordados nas disciplinas de Direito Tributário e Direito Financeiro, lecionadas pelo professor Mazza. “Vimos a necessidade de promover essa integração entre teoria e prática, entre a universidade e as instituições públicas. Foi uma oportunidade inédita para os alunos compreenderem, de forma concreta, como o Estado administra suas receitas e despesas”, destacou o docente.

Alunos e palestrantes durante o evento

Durante a programação, os alunos participaram de palestras conduzidas por técnicos, diretores e auditores fiscais da Secretaria, além de representantes de órgãos como a Controladoria Geral do Estado, a Auditoria Fiscal, o Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, o Tesouro Estadual e o próprio Programa de Educação Fiscal.

Temas centrais como cidadania fiscal, sustentabilidade do Estado, processo administrativo fiscal, fiscalização tributária, transparência na gestão pública e reforma tributária – que entrará em vigor no próximo ano – foram amplamente debatidos. Para os organizadores, a participação dos estudantes nesse ambiente favoreceu uma formação crítica e cidadã, essencial para o exercício ético e responsável da profissão jurídica. “A formação em Direito exige mais do que domínio teórico; exige compreensão do funcionamento das estruturas que sustentam o Estado e garantem os direitos da população. Compreender o papel da Secretaria da Fazenda na construção da cidadania é parte fundamental dessa trajetória”, afirmou o professor Mazza.

Como forma de incentivo à participação e ao engajamento dos estudantes, o evento também contou com uma dinâmica interativa que uniu aprendizado e premiação. Um total de quatro iPhones foram sorteados entre os alunos: um por sorteio direto e três por meio de uma competição de perguntas e respostas sobre temas ligados à educação fiscal. Os celulares, doados pela Receita Federal à Secretaria de Fazenda, foram utilizados como prêmio para os três estudantes que mais se destacaram na atividade, respondendo corretamente ao maior número de questões. A ação teve como objetivo estimular o interesse pela cidadania fiscal de forma lúdica e educativa, tornando a experiência ainda mais marcante para os participantes da Universidade Estadual do Piauí.

Alunos de Direito premiados com Iphones

José Victor, um dos alunos premiados durante o evento, falou sobre sua experiencia participando do projeto. “A palestra proporcionou uma compreensão valiosa sobre o processo tributário, mostrando sua importância para o fortalecimento da cidadania fiscal no Piauí, para a melhoria da qualidade dos serviços públicos e também como instrumento eficaz na luta contra as desigualdades sociais. Além de tudo isso ainda tivemos o momento da premiação, fiquei muito feliz de ser um dos premiados e muito grato a essa iniciativa as SEFAZ”, disse o estudante.

Curso de pedagogia promove seminário sobre extensão universitária e formação docente no Campus Clóvis Moura

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Licenciatura em Pedagogia do Campus Clóvis Moura, realizou o Seminário “Dialogando sobre as Ações Extensionistas na UESPI: concepção, práticas, objetivos, metodologia, programas e projetos”, uma ação integrante da Unidade Curricular Extensionista (UCE) e parte obrigatória da disciplina Ação Extensionista II (ACE II).

O evento foi coordenado pelos professores Jânio Jorge e Ana Célia de Sousa e contou com a participação ativa de estudantes do segundo bloco do curso. “O seminário teve como objetivo central promover reflexões e debates sobre o papel da extensão universitária na formação acadêmica, com ênfase nas especificidades da formação de pedagogos e pedagogas. A proposta partiu da compreensão de que a extensão não é apenas um eixo complementar da universidade, mas um pilar fundamental que fortalece a articulação entre teoria e prática, universidade e sociedade”, afirmou Jânio.

Docentes Jânio Jorge e Ana Célia palestrando durante o evento

A programação foi composta por uma variedade de atividades, como palestras, mesas-redondas, rodas de conversa, painéis, apresentações de projetos, socialização de experiências e uma mostra extensionista, que possibilitaram aos participantes vivenciar e discutir diferentes abordagens metodológicas e objetivos das ações de extensão no ensino superior. Entre as atividades houve a apresentação de um “painel antropológico cultural” com a participação dos próprios alunos caracterizados. “Esse painel busca mostrar como se constitui o ser humano a partir das mais diferentes culturas, referenciando um dos pontos mais importantes da educação que é o multiculturalismo”, explica professor Jânio.

Professor Jânio caracterizado junto dos alunos no “painel antropológico cultural”

Para a aluna Valentiny Paixão, do bloco III de pedagogia, essas trocas contribuíram para o fortalecimento do diálogo entre universidade e comunidade, apontando caminhos para uma formação docente mais engajada com as demandas sociais e educativas contemporâneas. “O seminário me marcou ao mostrar como os projetos de extensão impactam nossa formação. Acompanhar de perto as ações que saem do papel e chegam às pessoas deixou claro que o aprendizado vai além da sala de aula. Foi interessante perceber como o que estudamos pode se conectar com a realidade da comunidade”, disse a estudante.

Segundo os organizadores, a iniciativa reforça o compromisso da universidade com uma formação que ultrapasse os limites da sala de aula, incentivando o engajamento dos futuros profissionais da educação em ações que promovam transformações sociais, inclusão e cidadania.

 

Sessão Solene na Assembleia Legislativa celebra centenário de Clóvis Moura com presença da UESPI

Por Filipe Benson

A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí (ALEPI) promoveu, nesta semana, uma Sessão Solene em homenagem ao centenário de nascimento do sociólogo, jornalista e pensador piauiense Clóvis Moura. A proposição partiu da Deputada Estadual Elisângela Moura, como forma de reconhecer o legado intelectual e social do autor que se dedicou profundamente à análise das lutas sociais e da resistência negra no Brasil. O evento contou com a participação da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) representada pela professora Rosângela Pereira, Vice-Diretora do Campus Clóvis Moura.

A sessão reuniu autoridades políticas, professores, pesquisadores, gestores educacionais e intelectuais, todos mobilizados pela importância de manter viva a memória de um dos maiores nomes da sociologia crítica brasileira. Clóvis Moura, natural do Piauí, foi pioneiro ao abordar, sob uma perspectiva de práxis, a condição do povo negro no Brasil, especialmente no que se refere à estrutura histórica da exclusão social e ao protagonismo das resistências afro-brasileiras.

Parlamentares e convidados durante a sessão de homenagem

A professora Rosângela Pereira reafirmou o compromisso da universidade com a valorização da memória de Clóvis Moura e com o fortalecimento do pensamento crítico voltado às questões étnico-raciais “homenagens como essa são fundamentais para reforçar, no ambiente acadêmico e na sociedade, a relevância de Clóvis Moura como intelectual que dedicou sua vida à denúncia das desigualdades e à luta por justiça social”, afirmou a Vice-Diretora do campus que carrega o nome do homenageado.

Vice-Diretora do Campus Clóvis Moura representando a UESPI durante a sessão

Durante a solenidade, foi destacada a produção vasta e contundente de Clóvis Moura, autor de obras como Rebeliões da Senzala e Sociologia do Negro Brasileiro. Seu trabalho continua sendo referência indispensável para estudiosos das relações raciais, da história da escravidão e das formas de resistência negra no país.

Para a deputada Elisângela Moura, responsável pela homenagem, “celebrar o centenário de Clóvis Moura é um ato de justiça histórico, é um gesto de reconhecimento a um piauiense que honrou seu povo e que contribuiu de forma inestimável para a compreensão das raízes da desigualdade social do nosso país”, afirmou a parlamentar em seu discurso na assembleia.

 

Curso de Letras da UESPI desenvolve projeto audiovisual para adaptar obras da literatura clássica

Por Filipe Benson

Em uma proposta inovadora que alia literatura, linguagem audiovisual e práticas pedagógicas contemporâneas, estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participaram de um projeto que adaptou contos de Eça de Queiroz para o formato de vídeos curtos. A iniciativa foi idealizada pela professora Débora Lívia, doutoranda em Linguística pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), durante o desenvolvimento da disciplina Literatura Portuguesa II.

O projeto nasceu da necessidade de tornar o estudo de obras clássicas mais acessível e significativo para os alunos ao aproximar a linguagem literária do autor português, considerado um dos maiores expoentes do Realismo, de formatos mais dinâmicos e familiares ao público jovem. “A proposta surgiu como uma forma de aproximar os alunos das obras do Eça de Queiroz por meio de uma linguagem mais contemporânea, mais dinâmica”, explica Débora.

Ao transformar contos de Eça de Queiroz em roteiros audiovisuais, os estudantes não apenas se debruçaram sobre a riqueza estilística e crítica social da obra do autor, como também desenvolveram competências práticas relacionadas à escrita criativa, produção, direção e atuação. A experiência proporcionou uma leitura mais engajada e colaborativa, além de favorecer uma compreensão mais ampla das características do Realismo e da escrita de Eça.

A estudante Nayara Aguiar comentou sobre a experiencia de produzir um curta-metragem. “Um dos maiores desafios foi justamente conseguir trazer para as imagens para as falas, tudo aquilo que na literatura é, muitas das vezes, sutil, cheio de símbolos, cheio de subjetividades. A linguagem do cinema é uma linguagem diferente da linguagem presente no texto escrito. Então tudo foi pensado, dos cenários ao figurino, para manter o estilo e o tom da obra, sem perder a essência do próprio autor”, explicou a docente.

Segundo Wallynton dos Santos, também estudante do curso de letras, o projeto também contribuiu para o desenvolvimento de habilidades interpessoais e criativas dos discentes, além de enriquecer o aprendizado teórico e abrir novas possibilidades do ensino de literatura. “Nos divertimos bastante, tivemos momentos incríveis que ficaram gravados na nossa memória afetiva e na nossa memória enquanto alunos da academia. E pensando na questão de como isso pode influenciar em nossa vida como futuros professores de letras, de língua portuguesa, percebemos que é possível quebrar aquele ensino tradicional de literatura e sobre como questão do visual pode trazer um aprendizado mais efetivo”, afirmou Wallynton.

Equipe de alunos responsaveis pela produção dos curtas

Propostas como essa desenvolvida no Campus Clovis Moura. evidencia como a transversalidade entre literatura e tecnologias pode transformar o ensino universitário, tornando-o mais inclusivo, participativo e alinhado às demandas do século XXI.

 

Curso de História promove ação que aproxima alunos da rede pública do universo acadêmico

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Programa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de História, no Campus Clóvis Moura, realizou uma atividade especial que aproximou estudantes do ensino médio da realidade do ensino superior. O evento recebeu alunos do CETI Professor Raudir Cavalcante Bastos e apresentou a ação intitulada “O Universo da Universidade”.

Idealizada pelas bolsistas do PIBID, Maria Vitória de Melo Silva Ferreira e Juliana Beatriz Lopes da Silva, a atividade teve como propósito ampliar a compreensão dos estudantes sobre o papel e a importância da universidade pública. “Buscamos destacar o papel social, formativo e transformador da universidade.  A sua função enquanto espaço de produção do conhecimento, a inclusão social, a construção da cidadania pela universidade”, afirmou Maria Vitória.

Palestrantes e alunos do CETI Raudir Cavalcante

Durante o encontro, foram abordadas as dimensões acadêmicas da universidade – ensino, pesquisa e extensão – bem como sua função social na construção da cidadania, na inclusão e na produção do conhecimento. Além de apresentar a origem e as múltiplas funções da universidade, a ação discutiu mecanismos de acesso ao ensino superior, com destaque para as políticas afirmativas, os desafios enfrentados pela juventude periférica e as possibilidades abertas por uma formação universitária gratuita e de qualidade.

A professora Júliah Castelo Branco, que supervisionou o projeto, falou da importância de aproximar os alunos da rede pública do ambiente universitário. “Os alunos que então visitaram hoje o campus são alunos da terceira série do ensino médio, eles irão fazer Enem ao final do ano e estarão com essa proposta de ser futuros acadêmicos. Conhecer todos os espaços que a universidade oferece e também os meios de inserção é algo que eles necessitam para expandir seus horizontes”, disse a docente.

Professores palestrantes junto a Diretora do Campus Simonely Valéria e alunas do projeto

O coordenador do projeto, professor doutor Marcelo de Souza Neto, destacou o impacto que iniciativas como essa podem gerar tanto para a comunidade acadêmica quanto para a sociedade. “O objetivo final desse evento é sensibilizar, motivar e convidar esses jovens a fazerem parte da comunidade acadêmica da UESPI no próximo ano. Acreditamos que, por meio da educação superior, eles poderão não apenas transformar as próprias trajetórias, mas também gerar impacto positivo na vida de suas famílias e na sociedade, contribuindo para o desenvolvimento social, econômico e cultural do nosso estado”, explicou o professor, apontando para o poder transformador da educação.

 

Projeto de Extensão leva Cidadania e Direitos Fundamentais a estudantes da rede pública com ação interativa na UESPI

Por Filipe Benson

O projeto de extensão “Fomento à Educação em Direitos Fundamentais”, desenvolvido pelo curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Clóvis Moura, realizou nesse dia 11/06 um evento especial que marcou a aproximação concreta entre universidade e comunidade.
A ação reuniu estudantes da Unidade Escolar CETI Santa Inês para uma tarde repleta de aprendizado, cidadania e interatividade, centrada em uma palestra acessível sobre os direitos básicos garantidos pela Constituição Federal.

Alunos da rede pública e palestrantes durante o evento

Sob a coordenação da professora pós-doutora Ivoneide Alencar, a iniciativa busca promover a conscientização sobre os direitos fundamentais, como liberdade, igualdade e dignidade da pessoa humana, de forma clara, envolvente e próxima da realidade dos jovens. “Essa ação tem como premissa abordar teoria juntamente da pratica e é isso que vamos fazer hoje, envolver os alunos e passar esse conhecimento tão importante”, disse a docente.

Tiago Jorge Brito, estudante do terceiro bloco de Direito e monitor da disciplina de Direito Constitucional I, destacou a importância de trazer essas informações de maneira didática e leve para os alunos do ensino médio.  “O nosso foco é trabalhar os direitos fundamentais de um jeito que faça sentido para quem está nos ouvindo, além de aprender sobre seus direitos, a proposta também inclui jogos de equipe, premiação e diversas atividades interativas. Queremos que eles se envolvam de verdade com o conteúdo, que participem, se divirtam e aprendam ao mesmo tempo,” explica o discente.

Discentes de Direito e Professora Ivoneide Alencar, coordenadora do projeto

A aluna Geovanna Sérvio, do segundo período do curso de Direito, que palestrou durante o evento, apontou para como iniciativas desse tipo possuem múltiplos benefícios tanto para os estudantes da universidade quanto para a própria comunidade em geral. “Além de contribuir para reforçar nossos conhecimentos como alunos do curso de direito, onde colocamos em pratica aquilo que aprendemos durante a disciplina, o projeto também contribui para que esses jovens conheçam melhor seus direitos e possam e consigam praticar de forma plena a sua cidadania”, afirma a estudante.

 

UESPI realiza ciclo de palestras sobre Movimentos Sociais e Educação no Campus Clóvis Moura

Por Filipe Benson

“Vivemos num mundo em que a educação acontece em vários espaços, inclusive dentro dos movimentos sociais que são um espaço de formação crítica importantíssimo com os quais temos muito a aprender”, afirmou a professora Ana Célia de Sousa, organizadora do evento “Movimentos Sociais na atualidade: organização, lutas e experiências educativas”, realizado no Campus Clóvis Moura da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), entre os dias 29/05 e 06/06.

O evento fez parte disciplina de Educação, Movimentos Sociais e Diversidade, reunindo representantes de diversos movimentos sociais para debater suas experiências de luta e práticas educativas. Nas mesas de dialogo foram representados o movimento negro, movimento de mulheres, sindicatos, movimento estudantil e movimentos ligados à luta por uma educação democrática.

Durante as falas, questões como o racismo estrutural, a luta das mulheres por equidade, os desafios enfrentados pelos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas, e o papel da juventude nas transformações sociais foram debatidas com profundidade. Além de denunciar as desigualdades históricas, os convidados também ressaltaram os caminhos de resistência, mobilização e construção coletiva do conhecimento.

Alunos e palestrantes juntos no evento

A professora Lucineide Maria, representante piauiense no Comite da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, falou sobre a relevância de espaços de dialogo entre esses grupos que atuam na sociedade civil e a universidade. “Aqui é uma oportunidade para que os alunos entendam a educação como um processo amplo e que ocorre em diversos espaços, além, de conscientizar os novos profissionais da educação sobre a importância desses movimentos para as transformações sociais, políticas e educacionais, inclusive, para as lutas em torno da educação pública, gratuita para todos”, afirmou a docente.

Professora Lucineide Maria na mesa sobre Educação Popular

O estudante Marcos Vinícius, do bloco 4 de Pedagogia, destacou a importância da iniciativa, que para ele, aproximou a teoria da vivência concreta. “Nós estávamos aprendendo mais a parte teórica, mais textos. E nessas palestras a gente teve esse acesso realmente aos movimentos sociais aqui no Estado do Piauí. Nós tivemos contato com essas pessoas, que vieram conscientizar a gente, explicar a origem, a importância dos movimentos sociais aqui no nosso estado e o papel que eles se apresentam para a sociedade”, explicou o aluno.

Curso de Direito realiza Seminário de Psicologia Jurídica, Psicanálise e Neurociência

Por Filipe Benson

Aprofundando o debate interdisciplinar entre Direito, Psicologia e Neurociência, o Curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Clóvis Moura, promoveu entre os dias 5 e 7 de junho o “Seminário de Psicologia Jurídica, Psicanálise e Neurociência, realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reunindo estudantes, professores e profissionais de diversas áreas.

O evento foi organizado pelo professor Jardel de Carvalho, coordenador do grupo de pesquisa “Teoria Crítica, Teorias da Justiça e Direitos Humanos”, e nasceu da proposta de expandir os debates da disciplina de Psicologia Jurídica para além da sala de aula, por meio de uma ação de extensão. “A ideia era criar um espaço de diálogo com outros profissionais, aprofundando temas atuais e relevantes da Psicologia Jurídica, incluímos discussões sobre os novos desenvolvimentos da Neurociência, a questão da memória e outras contribuições importantes que a Psicanálise pode oferecer para o campo do Direito”, explicou o docente.

Durante o seminário, especialistas abordaram tópicos como o funcionamento da mente humana em contextos jurídicos, os desafios éticos e técnicos do uso de evidências neurocientíficas nos tribunais, e as interfaces entre inconsciente, subjetividade e responsabilidade legal. O papel da memória como elemento-chave em processos judiciais, e suas fragilidades, também foi tema central.

Alunos e palestrantes reunidos na sede da OAB

O professor Lucas Dannilo, docente adjunto de Psicodiagnóstico do curso de Psicologia da UESPI, contribuiu para o evento com uma instigante reflexão sobre a avaliação e o diagnóstico da psicopatia no contexto forense. Em sua exposição, abordou as principais teorias que fundamentam o entendimento clínico desse transtorno, especialmente em situações que envolvem decisões judiciais.  “Eventos como esse contribuem para ampliar o conhecimento e para a formação de futuros profissionais da área, considerando principalmente o destaque que têm para a prática interdisciplinar e a compreensão psicológica do funcionamento da mente humana e dos principais processos comportamentais que influenciariam decisões de magistrados e outros operadores do direito”, sua fala reforçou a importância de integrar o saber psicológico às práticas jurídicas, promovendo uma leitura mais sensível e técnica dos sujeitos envolvidos em processos legais.

Professor Jardel de Carvalho e Professor Lucas Dannilo

A estudante Alícia Maria Rodrigues Torres Cunha, do 6º bloco do curso de Bacharelado em Direito destacou a importância do seminário ao aproximar os estudantes da dimensão humana do exercício jurídico. “Como estudante de Direito, vou trabalhar muito com pessoas, só que durante a nossa graduação, querendo ou não, a gente se afasta um pouco delas, porque fica muito na teoria. A prática não tem tanto essa conexão, sabe? Isso pode influenciar bastante, porque a gente vai, em determinadas situações, defender alguém que está num estado psicológico bem frágil, que não vai conseguir lidar com determinadas situações, e aí cabe a nós mediar isso”,relatou a discente.

 

Semana de Geografia da UESPI convida alunos da rede pública para apresentarem projeto de Hidrogênio Verde

Por Filipe Benson 

A Semana Acadêmica de Geografia (SEMAGEO) do campus Clóvis Moura da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), que teve início dia 2 de Junho, destacou-se por promover a integração entre universidade, escolas públicas e a comunidade científica. E um dos momentos mais marcantes foi a apresentação dos alunos do Centro Estadual de Tempo Integral (CETI) Professora Júlia Nunes Alves, que demonstraram, por meio de um protótipo funcional, o processo de produção de hidrogênio verde.

Cirineu Lemos, aluno do curso de Geografia e um dos organizadores do evento, categorizou o projeto dos discentes, como uma forma incentivar a educação científica e a conscientização ambiental entre os jovens. “A questão do hidrogênio verde é um marco importante para toda a comunidade e é muito relevante esse trabalho que eles vêm executando e que deve estar sendo visto no estado todo”, afirmou.

Alunos e professores do CETI Júlia Nunes apresentando o projeto na UESPI

O projeto foi desenvolvido pelos próprios alunos da rede pública, sob a orientação da professora de química Júlia Menge Brito Rocha, que relatou o processo de evolução do projeto. “No início, nosso equipamento era muito rústico ainda, usávamos uma bateria, somente, posteriormente, passamos para as placas solares. Foi nesse momento que  conseguimos realizar a produção do Hidrogênio verde. Agora, conseguimos  separar o hidrogênio do oxigênio, realizando a quebra da molécula de água, através de uma energia limpa”, explicou a professora.

A iniciativa dos alunos da rede pública na SEMAGEO reflete as atuais discussões sobre transição energética, uma vez que o hidrogênio verde é considerado uma das principais apostas quando se aborda o tema, pois é produzido a partir de fontes renováveis e não emite gases de efeito estufa. No Piauí, o potencial para a produção desse combustível é significativo, devido à abundância de recursos naturais como sol, vento e água. O estado já conta com projetos em andamento, como o Green Energy Park, em Parnaíba, que prevê investimentos bilionários e a geração de milhares de empregos, consolidando o Piauí como um polo estratégico na produção de hidrogênio verde.

Alunos demonstrando o processo de produção do hidrogênio verde

O aluno do 3° ano do ensino médio, Diego Rânio, participa do projeto e destacou como a iniciativa tem levado a novos espaços  e a novos conhecimentos. “No projeto, aprendemos como a partir da eletrólise da água podemos gerar energia limpa, o que é eficiente para o Piauí e para o mundo, além de que podemos estar participando de eventos como esse na UESPI. Também vamos estar na Feira de tecnologias e ciências renováveis, no Centro de Convenções”, disse o jovem empolgado com as novas possibilidades que a ciência e inovação tem lhe apresentado.

Centro Acadêmico de Direito realiza evento que impulsiona a pesquisa jurídica na UESPI

Por Filipe Benson

O uso ético de inteligências artificiais no meio universitario, estratégias para se desenvolver na área da pesquisa e novas perspectivas internacionais para o campo acadêmico foram alguns dos principais temas abordados no evento “Pesquisa Jurídica em Ação” organizado pelo Centro Acadêmico Miguel Almeida Lima, do curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Clovis Moura, realizado nessa quarta-feira (27/05) e que contou com vários convidados.

O presidente do centro acadêmico direito, Maycks Filho, definiu o evento como uma porta de entrada no mundo acadêmico para os novos estudantes do curso. “Aqui visamos iniciar a vida do acadêmico nessa vida cientifica, que é extremamente importante, vamos abordar a pesquisa no âmbito internacional, o processo para descobrir um tema interessante para se pesquisar e o uso de inteligência artificial no meio cientifico”, explicou o discente.

Entre os palestrantes convidados estava o Dr.Maged Elgebaly, Coordenador do curso de graduação em letras da Aswan University no Egito. Em sua fala o professor trouxe a perspectiva internacional para a pesquisa no campo do direito, reforçando a positividade de trocas culturais e acadêmicas entre universidades e países. “Vivemos um momento ótimo de aproximação do brasil com vários países, especialmente países árabes, tanto na área econômica, quanto na cultural e também na educação, isso sem dúvida vai abrir muitas possibilidades de intercambio para os alunos da UESPI”, afirmou o professor, apontando para um horizonte cada vez mais globalizado.

Dr. Maged Elgebaly recebendo certificado de participação do evento

O professor Wenner Melo, Diretor da Escola Superior de Advocacia (ESA) do Piauí, ficou responsável por abordar aspectos essenciais para a pratica da pesquisa acadêmica. “Nós não conseguimos escrever, se nós não lermos, ler é muito importante para o pesquisador, não só ler como ler muito”, reforçou o palestrante colocando a pratica da leitura como pilar central da pratica acadêmica.

A temática do uso de inteligência artificial (IA) dentro da academia ficou por conta da Mestranda em Direito, Ana Clarissa Araújo, que discutiu junto dos alunos as novas mudanças e desafios que essas inovações trazem para o universo jurídico. “Muitos profissionais temem ser substituídos pela IA, por isso é imprescindível estudarmos e conhecermos mais sobre essas ferramentas, para que a gente possa se adequar e conseguir utilizá-la para potencializar nossas qualidades como profissional e ser humano”, disse a advogada que defende um caminho de integração ética e consciente das inteligências artificiais no cenário da universidade e mercado de trabalho.

Os três convidados reunidos

Na plateia, a aluna do bloco 3 de direito, Amanda Paula, relatou ter se sentido envolvida tanto pelas temáticas, quanto pela forma como os convidados conduziram as palestras. “Eu sai de lá entendendo tudo que foi falado, eles não usaram uma linguagem difícil nem rebuscada; até agora dos eventos de direito que eu já fui, esse foi o mais rico, eles souberam aproveitar muito bem o tempo e prender nossa atenção em cada momento” disse a estudante, deixando claro a contribuição desse tipo de evento para a formação dos discentes.

Cultura negra e indígena ganha espaço na UESPI em evento de Biblioteconomia

Por Filipe Benson

A filosofia negra e indígena invadiu o ambiente universitário no evento “Banhos de ervas: Sabedorias indígenas e filosofia da informação”, promovido pelo Bloco 1 de Biblioteconomia, realizado nessa terça (27/05), na Universidade Estadual do Piauí, Campus Clovis Moura.

A palestra conduzida por Pétala Medeiros, pós-graduanda em Sociedade e Cultura pela UESPI, abordou a inclusão e discussão dos conhecimentos ancestrais indígenas e africanos dentro do espaço acadêmico e no curso de Biblioteconomia. “Uma instituição que tenha essas discussões, um profissional bibliotecário que faça essas discussões, democratiza os saberes indígenas e as filosofias africanas”, afirmou a palestrante.

Estudantes participantes do evento

Na organização do evento estava a professora de biblioteconomia, Bruna Dayane, que apontou o processo de reparação histórica como um dos principais motivos para alimentar esses debates dentro da Universidade. “A partir de palestras, pesquisas de TCC, bibliotecas, arquivos, museus, nós podemos contribuir academicamente e dar o protagonismo para esses povos que foram marginalizados, subalternizados, que foram escravizados, marcados na nossa história”, explicou a professora, apontando para o poder de transformação a partir da produção acadêmica aliada a cultura desses povos tradicionais.

Professora Bruna Dayane e a palestrante Pétala Medeiros

Isabel Pereira, aluna do bloco 1º de Biblioteconomia, destaca que a palestra ajudou a ter uma compreensão maior da importância das filosofias desses povos. “A cultura indígena e africana tem muito a nos ensinar, muito a compartilhar.  Suas memórias são ricas e fascinantes e a biblioteca como lugar onde se guarda memória e tem como seu principal papel compartilhar dessas memórias e as preservar, repassando para futuras gerações”, disse a discente apontando também para o importante papel social de preservação dessas culturas.