UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda será realizada no campus Prof. Barros Araújo da UESPI

Por Roger Cunha

A Coordenação de Letras/Português do Campus Prof. Barros Araújo da UESPI convida toda a comunidade acadêmica e picoense para uma Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda, que será realizada no próximo dia 5 de dezembro, com a presença da Profa. Kelly Samara Pereira Lemos, professora surda e referência na comunidade surda do Piauí. O evento vai ocorrer no Auditório da UESPI – Altamira, em dois horários: 14h (tarde) e 18h (noite).

Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda

A Roda de Conversa tem como objetivo promover a interação entre os alunos da disciplina de Libras e a professora convidada, Kelly Samara, que é lotada no Campus Prof. Antônio Giovanni Alves de Sousa em Piripiri. Com vasta experiência e dedicação ao ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a professora compartilha suas vivências e reflexões sobre a cultura e identidade surda, trazendo à tona um tema fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente das diversidades.

A Profa. Dra. Silvana Alves Cardoso Lemos compartilhou que a motivação inicial para a organização da Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda era realizar o batismo dos alunos, uma prática que envolve a criação de um sinal pessoal por um surdo. Contudo, devido à grande quantidade de estudantes envolvidos, essa atividade se tornou inviável, sendo escolhidos alguns alunos para participarem do batismo. “Depois, o evento passou a ser uma oportunidade para reunir todos os estudantes do campus que estão cursando a disciplina de Libras, e como a temática Cultura e Identidade Surda faz parte da ementa, nada melhor que convidar a Profa. Kelly Lemos, que é referência na comunidade surda do Piauí, para discutir sobre o tema”, explicou. Assim, o encontro visa propiciar discussões sobre as vivências dos surdos em uma sociedade majoritariamente ouvinte, fortalecendo o aprendizado prático e teórico dos alunos.

O evento busca despertar nos estudantes de Letras e da disciplina de Libras o interesse contínuo pelo estudo da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Segundo a Profa. Silvana Alves, a expectativa é que, após a Roda de Conversa, os participantes se sintam motivados a aprofundar seus estudos, uma vez que a carga horária de 60h da disciplina de Libras é insuficiente para consolidar o aprendizado de um idioma. “Esperamos que, ao vivenciar essa troca de experiências com a comunidade surda, os alunos se sintam inspirados a continuar estudando Libras, buscando mais conhecimento sobre a língua e a cultura surda”, afirmou a professora. O evento, portanto, não só contribui para o enriquecimento acadêmico dos estudantes, mas também promove um maior engajamento com a comunidade surda.

Promover eventos como a Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda dentro da UESPI é de grande importância, pois oferece um espaço de interação entre culturas distintas, no caso, a cultura surda e a cultura ouvinte. Segundo a Profa. Silvana Alves, essa interação proporciona aos participantes a oportunidade de conhecer as experiências vividas pelos surdos em uma sociedade majoritariamente ouvinte, o que é essencial para a formação de indivíduos mais empáticos. “Ao entender a realidade da comunidade surda, os alunos se tornam mais capacitados para atuar como profissionais que poderão atender a essa comunidade nos mais diferentes espaços sociais”, afirmou a professora, destacando o papel do evento na construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente das diversidades.

O evento não será necessária inscrição prévia. A Roda de Conversa sobre Cultura e Identidade Surda está aberta a todos os interessados, oferecendo uma oportunidade de aprendizado e troca de experiências sem a exigência de formalidades para participação.

A ideia central da Roda de Conversa é discutir o que significa ser surdo em uma comunidade majoritariamente ouvinte. A cultura surda será abordada sob a ótica das experiências visuais, essenciais para a compreensão das dinâmicas sociais e culturais de um grupo que, por séculos, foi marginalizado. Além disso, será possível refletir sobre a importância de incluir as comunidades surdas nas discussões sobre identidade e pertencimento.

Projeto ‘Do interior à Capital’ investiga práticas jornalísticas no estado do Piauí

Por Arthur Sousa e  Professora Ruth Costa. 

O projeto iniciado em 2023, idealizado pela professora Ruthy Costa e desenvolvido pelas estudantes Kátia Emanuelle, Ingredh Maysa e Lorraine Nascimento, tem como objetivo analisar as semelhanças e diferenças nas rotinas produtivas do jornalismo da capital e do interior, destacando como fatores sociodemográficos, econômicos e educacionais influenciam nesses processos, visando uma compreensão profunda das dinâmicas comunicacionais regionais.

Projeto Do Interior à Capital – UESPI Picos.

A coordenadora do projeto, professora Ruthy Costa, menciona que o projeto tem grande importância para as comunidades acadêmicas e também para a sociedade. “O projeto tem importância, pois permite não só uma compreensão mais profunda das dinâmicas do jornalismo no estado, como também oferece um diagnóstico que pode ser útil para a melhoria dos cursos de formação de jornalistas. Para as instituições do interior, em particular, essa pesquisa traz visibilidade para os desafios e oportunidades específicas que essas regiões enfrentam. Já para as instituições da capital, é uma oportunidade de refletir sobre as diferenças regionais e contribuir para o desenvolvimento de práticas mais inclusivas e adaptadas à realidade do estado como um todo”, afirma.

O projeto tem a participação de três estudantes de jornalismo e envolve a produção de artigos científicos que ampliam as discussões centrais abordadas. Os temas escolhidos discorrem sobre as estratégias de sustentabilidade financeira no jornalismo online piauiense, o perfil sociodemográfico dos jornalistas no Piauí e o panorama da formação em jornalismo no Estado, com foco nas instituições públicas de ensino.

Ao focar seu artigo na sustentabilidade financeira da comunicação, Ingredh Maysa esclarece a sua escolha: “Eu escolhi abordar sobre a sustentabilidade financeira porque a maneira como uma empresa jornalística se mantém financeiramente pode refletir na sua prática e até mesmo nos temas abordados. Por exemplo, um jornalismo independente tem prioridade editorial diferente dos veículos patrocinados. E entender como esse aspecto pode afetar na produção jornalística é imprescindível para o profissional, estudante e população em geral.”

Grupo responsável pelo projeto de pesquisa. Da esquerda para a direita: Kátia Emanuelle, Ruthy Costa, Ingredh Maysa e Lorraine Nascimento

Ao permitir proximidade com as demandas locais, percebe-se a relevância das extensões e pesquisas presentes nas universidades públicas. A coordenadora do curso de jornalismo da UESPI de Picos, Mayara Ferreira, comenta sobre o assunto: “Hoje, no curso, temos projetos de pesquisa em desenvolvimento, trabalhos de professores com estudantes, além dos TCCs que favorecem reflexões sobre o campo do jornalismo de modo a pensar nas suas práticas e contribuir em sua melhoria. Principalmente porque as nossas pesquisas voltam o olhar para o campo local, para o Piaui. Com isso, conseguimos formar um profissional melhor, pois a formação de um bom jornalista passa pela pesquisa. E, além disso, colaboramos com a sociedade, melhorando o jornalismo que é feito a partir das reflexões desenvolvidas na pesquisa acadêmica.”

Dessa forma, “Do interior à capital” não só conduz uma análise detalhada sobre a função do jornalista, mas também auxilia e contribui na longevidade das pesquisas presentes no curso de jornalismo. “A ideia é que possamos identificar os perfis sociodemográficos dos jornalistas, mapear as estratégias de sustentabilidade financeira dos veículos de comunicação e fornecer um panorama sobre a formação profissional oferecida nas diversas instituições de ensino superior do estado. A partir desses resultados, queremos contribuir com informações que possam subsidiar políticas públicas e melhorias nos cursos de jornalismo e nas rotinas dos veículos, além de fomentar o debate sobre a equidade na profissão.”, comenta a coordenadora do projeto, Ruthy Costa.

Para desenvolver a pesquisa de forma abrangente, a divulgação de questionários é uma parte essencial, pois a coleta de informações é fundamental para garantir que o estudo reflita a realidade do jornalismo no Piauí, envolvendo tanto a capital quanto o interior, e oferecendo um panorama completo das práticas e condições de trabalho na área. Quanto mais respostas forem coletadas, mais informações serão sistematizadas nas pesquisas. Seguem os questionários em andamento:

Para jornalistas: https://forms.gle/JPTSqyBss9S44ZZd8

Para proprietários e/ou editores de portais: https://forms.gle/wtWvDKr9nW4F15CJ7 . Caso atue nas duas áreas, pedimos, por gentileza, que responda os dois.

Para estudantes de jornalismo: https://forms.gle/jCULZ4iPBQCwBe2T6

Desafios e perspectivas da narrativa e subjetividade na era informacional na VI semana de letras da UESPI

Por Raíza Leão

A Universidade Estadual do Piauí, através do Curso de Letras/Português, Campus Prof. Barros Araújo, em Picos, organiza a VI Semana de Letras com a temática “A crise das narrativas e a produção de subjetividades na era informacional: perspectivas e desafios às práticas de linguagem”. O evento vai ocorrer nos dias 22, 23 e 24 de outubro, que visa promover um espaço de discussão e reflexão sobre as profundas transformações que a era digital impõe aos campos da educação, da narrativa e da formação de subjetividades.

VI semana de letras

O coordenador do curso de letras/português de Picos, Professor Emanoel Pedro, ressaltou que o objetivo do evento é incentivar alunos, professores e as comunidades acadêmicas da UESPI e da região a compreenderem e discutirem as diversas abordagens e possibilidades de pesquisa na área de Linguística e Letras. O evento visa apresentar caminhos e perspectivas educacionais e científicas que possam oferecer soluções e promover mudanças sociais significativas. Essas mudanças são necessárias para enfrentar os desafios e os efeitos negativos da era digital, que incluem a perda de coesão social, a fragmentação das comunidades e outros impactos promovidos pela modernidade e pelas novas tecnologias.

Ele ainda enfatizou que o evento visa analisar como a digitalização e a plataformização da vida impactam a produção de discursos, subjetividades e narrativas, bem como afetam as práticas pedagógicas. A relevância da temática é acentuada pela crescente influência das tecnologias de informação e comunicação, como a inteligência artificial, que têm o potencial de suprimir ou alterar rituais, sentimentos de comunidade e o trabalho poético. Essas inovações transformam profundamente a forma como interagimos, produzimos conhecimento e experienciamos a cultura na era digital.

O evento contará com uma variedade de atividades, incluindo palestras, mesas-redondas temáticas, minicursos, comunicações orais (presenciais e online) e exposição de banners. Entre os palestrantes confirmados estão o Prof. Dr. Carlos Eduardo Ferreira da Cruz (LABHUTE/Coletivo Terral/IFCE), o Prof. Me. Robson Campanerut da Silva (LABHUTE/Coletivo Terral/IFCE), o Prof. Dr. José Wanderson Lima Torres (PPGL/UESPI), o Prof. Dr. Douglas Rodrigues de Sousa (UEMA), a Profa. Ma. Rhusily Reges da Silva Lira (UFPI) e o Prof. Dr. Idelmar Gomes Cavalcante Júnior (UESPI). 

Professor Emanoel Pedro destacou que a escolha dos palestrantes foram por sua atuação direta com a temática central do evento, que é a influência das transformações digitais na produção de subjetividades. Essas mudanças digitais impactam profundamente a forma como nos enxergamos e percebemos os outros, afetando diretamente a produção de narrativas e rituais sobre a vida. 

As inscrições para o evento estão abertas e podem ser realizadas pelo site: https://doity.com.br/vi-semana-de-letras-do-campus-prof-barros-araujo

A programação será realizada no Auditório da UESPI, Campus Prof. Barros Araújo, com atividades programadas para manhã, tarde e noite, totalizando 30 horas de carga horária.

Liga Acadêmica de Saúde da Mulher da UESPI – Picos realizará oficina sobre pré-natal com transmissão ao vivo

Por Roger Cunha 

No próximo dia 18 de julho, a Liga Acadêmica de Saúde da Mulher (LASM) da UESPI de Picos realizará sua primeira oficina dedicada ao pré-natal. Sob o tema “Interpretação e Condutas dos Exames Laboratoriais no Pré-Natal na AB“, o evento contará com a participação da renomada palestrante Amanda Gomes.

Liga Acadêmica de Saúde da Mulher (LASM) da UESPI – Picos

A oficina, marcada para iniciar às 19 horas, será transmitida ao vivo pelo YouTube, garantindo acesso amplo e gratuito a todos os interessados. Além da oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre interpretação de exames laboratoriais essenciais durante a gestação, os participantes receberão certificados de 5 horas, validando a participação no evento.

A iniciativa da LASM visa não apenas educar e capacitar estudantes e profissionais da área de saúde, mas também promover a disseminação de informações fundamentais para a promoção da saúde materna na região. Vitória Batista, presidente da LASM, explica que o objetivo principal é celebrar o primeiro ano de existência da liga e aumentar o debate sobre o tema, facilitado pela enfermeira Amanda Gomes. “Com esse formato, pretendemos aumentar o debate sobre o tema, através da facilitação do tema pela enfermeira Amanda e pela resolução de questões ao final,” afirmou Vitória.

Oficina: Interpretação e condutas dos exames laboratoriais no pré-natal na AB.

Sobre a escolha da temática, Vitória destacou que a escolha do tema “Interpretação e Condutas dos Exames Laboratoriais no Pré-Natal na AB” foi baseada nas sugestões e pedidos feitos tanto pela diretoria da LASM quanto pelos membros da liga. Este foi o tema mais solicitado por eles, indicando um grande interesse e necessidade de abordar esse assunto específico.

Em relação aos benefícios esperados, a presidente da LASM ressaltou a capacitação profissional e a troca de experiências como pontos-chave. “A comunidade irá contar com profissionais e futuros profissionais bem qualificados,” enfatizou. Vitória também comentou sobre a importância de debater esse tema dentro da universidade e revelou planos futuros: “Existem muitas atividades planejadas para o próximo semestre, projetos de extensão, aulas abertas e eventos.”

As inscrições para a oficina podem ser feitas através do link: I Oficina da LASM e mais informações podem ser obtidas através do Instagram: @lasm.uespi

UESPI Promoverá o 2° Encontro Conversacional sobre Telejornalismo em Picos

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Picos, sediará o segundo encontro conversacional sobre telejornalismo no dia 23 de maio às 14h, no Campus Prof. Barros Araújo. O evento, organizado pelo Laboratório de Estudos em Telejornalismo (LABETELEJOR), visa promover discussões profundas e criativas sobre o telejornalismo audiovisual. O evento é aberto ao público, convidando todos os interessados a participarem das discussões.

A professora de jornalismo Thamyres Sousa explicou a motivação por trás do evento, destacando que a ideia surgiu da professora Rosane Martins durante um encontro do LABETELEJOR. “Dentro do laboratório são desenvolvidas algumas pesquisas sobre essa temática relacionada ao telejornalismo. E aí, o que acontece? A gente tinha uma série de pensamentos, de reflexões sobre esse processo do fazer telejornalístico, mas a gente nunca encontrava uma ponte ali mais próxima com o mercado. Com os encontros conversacionais, a ideia é que a gente reúna quem pesquisa telejornalismo com quem está no mercado desenvolvendo”, explica a Profa. Thamyres Sousa.

Programação oficial do evento.

O evento terá como temas centrais os desafios de fazer, ensinar e pesquisar telejornalismo, além de abordar as artes do fazer dentro desse campo. “A nossa ideia é que a gente reúna esses profissionais, esses professores, esses alunos que vão participar desse momento para que a gente possa falar das nossas dores e também dos nossos ganhos,” explicou Thamyres Sousa. “É interessante essa troca porque o aluno que participa, membro da comunidade que participa desse processo, ele vai entender um pouco mais do telejornalismo, ser estimulado a refletir e, de certo modo, também transformado”, complementou.

Finalizando, a docente também destacou a importância da participação dos discentes em atividades como essas. “O discente que participa de atividades como essas têm a oportunidade de ter um olhar transformador para o telejornalismo. O ensino de telejornalismo hoje é diferente da época em que nós nos formamos. Tem outra proposta, um modo de ensinar que se preocupa com as construções simbólicas que estão sendo trabalhadas ali naquele texto. A ideia é que a gente tenha uma educação transformadora no ensino de telejornalismo e que essa educação transformadora leve também para o mercado uma nova maneira de construir.”

Alunos do Curso de Biologia (UESPI –PICOS) visitam a Unidade de Conservação da Mata Atlântica em Pernambuco

Por Roger Cunha

A Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em diversidade do mundo, despertou o interesse de estudantes de biologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Picos. Recentemente, esses alunos embarcaram em uma jornada educativa à Unidade de Conservação da Mata Atlântica, em Pernambuco, acompanhados pela Professora Polynhanna Gomes e pelas gestoras Cinthia Lima e Heloísa Ferreira.

Originalmente cobrindo uma vasta extensão ao longo da costa atlântica do Brasil, além de partes do Paraguai e Argentina, a Mata Atlântica foi drasticamente reduzida devido ao desmatamento e urbanização, restando apenas cerca de 12,4% de sua área original. No entanto, sua importância permanece vital devido à sua biodiversidade única e aos serviços ecossistêmicos que proporciona a regulação do clima e a proteção da qualidade da água e do solo.

Docente e discentes na unidade de preservação.

“A visita teve como objetivo conhecer diferentes fisionomias da Mata Atlântica e compreender os impactos positivos e negativos da interferência humana na conservação da biodiversidade”, explica a Professora Polynhanna Gomes.

Durante a expedição, os alunos tiveram a oportunidade de aplicar conceitos teóricos em um contexto prático, como observa Marcos Antônio, aluno do 8° período de Biologia: “No primeiro contato com as fisionomias, os alunos verbalizaram o reconhecimento de conceitos que só conheciam a partir de textos, como os extratos verticais da mata, a ‘timidez da copa’ e a grande variedade de formas de vida.”

Discentes tiveram a oportunidade de aplicar conceitos teóricos em um contexto prático.

Um dos momentos mais marcantes da visita foi a soltura de animais em seu habitat natural. “Eles trouxeram também muito entusiasmo pela oportunidade de vivenciarem outras formas de atuação do Biólogo, para além da função de professor. Porém, a soltura de animais de volta a seu habitat de origem foi o momento que todos acharam mais significativo”, acrescenta a Professora Polynhanna Gomes.

Para Marcos Antônio a importância da Unidade de Conservação da Mata Atlântica, em Pernambuco, é evidente. “É um passo positivo na proteção desse ecossistema valioso. No entanto, é essencial garantir que haja implementação eficaz, monitoramento adequado e envolvimento da comunidade local para garantir sua eficácia a longo prazo.”

Antes de ir a campo, os discentes foram orientados sobre as atividades da unidade de preservação da Mata Atlântica em Pernambuco.

Apesar das limitações impostas pela pandemia, o Projeto Pedagógico do Curso de Biologia da UESPI prevê uma abordagem prática e tangível do conhecimento. Uma próxima saída de campo para o PARNA Serra da Capivara já está em planejamento, sob a orientação da professora Waldiléia Batista. Essas iniciativas não apenas enriquecem a formação acadêmica dos alunos, como também os aproximam da realidade da conservação ambiental e da importância da preservação dos ecossistemas.

Para os alunos, essa visita representou mais do que uma simples experiência prática; foi uma oportunidade de vivenciar os desafios e práticas de conservação em um ambiente real, promovendo uma conscientização ambiental que transcende os muros da universidade.

UESPI PICOS: II Seminário de Diversidade Sexual e de Gênero: Discriminação, Desigualdade e Resistência

Por Danilo Kelvin 

A Universidade Estadual do Piauí, no campus Prof. Barros Araújo em Picos, está organizando o II Seminário de Diversidade Sexual e de Gênero programado para acontecer entre os dias 20 e 24 de maio de 2024, no auditório da UESPI. Sob a coordenação dos discentes de Pedagogia, em parceria com a professora Édna Moura, este evento representa um espaço significativo de reflexão e diálogo sobre questões cruciais para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa.

O Seminário tem como objetivo primordial promover a formação de uma sociedade e de pedagogos conscientes, abordando de maneira integral e sensível a temática de gênero e orientação sexual, vinculada à educação em Direitos Humanos. “Nós pontuamos várias discussões, entre elas falar sobre a contribuição do pedagogo na formação dos sujeitos, temas como transgeneridades, acesso da população LBGTQIAPN+ aos serviços públicos de saúde, exposições fotográficas considerando a diversidade e vamos também discutir a organização do movimento sanitário”, afirma a professora Édna Moura.

Durante cinco dias, acadêmicos, pesquisadores, ativistas e interessados poderão participar de palestras, mesas-redondas, oficinas e debates visando não apenas compreender as nuances da diversidade sexual e de gênero, como também discutir estratégias para combater a discriminação e a desigualdade, além de fortalecer os movimentos de resistência.

“A criação de espaços dentro do seminário para a inclusão da população LBGTQIAPN+ ocorre desde a concepção do evento, que é aberto ao público em geral, com inscrições gratuitas”, explica Édna Moura.

As inscrições podem ser feitas através de um formulário disponível para o II Seminário de Diversidade Sexual e de Gênero.

Inscreva-se gratuitamente

“Inclusive, nós vamos disponibilizar um transporte para assegurar a participação de pessoas que têm interesse em participar, mas não têm condições de se dirigir até a universidade”, complementa Édna Moura.

Além da apresentação artística que abre o evento, o II Seminário conta com uma mesa-redonda com a temática: “Contribuição do(a) pedagogo(a) na formação do sujeito na perspectiva da diversidade”, tendo o Prof. Igor Mendonça como um dos palestrantes. Este seminário reforça a importância do pedagogo estar atualizado dentro destas temáticas em sua formação, conforme afirmou o profissional:

“Inicialmente, é válido ressaltar que o pedagogo é um preceptor, sendo responsável pelo ensino, especialmente nas primeiras etapas da escolaridade. Nos dias atuais, o pedagogo lida com os meios intelectuais que possibilitam o ensino. Dessa forma, quando me refiro aos meios, quero enfatizar que não há apenas uma forma de se praticar a pedagogia. Existem diferentes abordagens pedagógicas, e a corrente que defendo é aquela alicerçada na defesa da diversidade. O que isso implica em nossa atuação? Implica em uma abordagem contemporânea, na qual a promoção de debates é fundamental para a formação cidadã. Uma formação que não tolera a discriminação, a desigualdade, nem discursos de intolerância e ódio.”

Num contexto em que os direitos das minorias sexuais e de gênero são frequentemente violados e contestados, o Seminário surge como um espaço crucial para o fortalecimento do diálogo e da solidariedade entre diferentes grupos sociais.

“Acreditamos que somente através da educação e da sensibilização podemos construir uma sociedade mais inclusiva, na qual todas as pessoas possam viver livremente, sem medo de discriminação ou preconceito”prof. Édna Moura.

Concurso Fotográfico:

Ao se inscrever, o participante já está apto a participar do concurso fotográfico, cujo objetivo é obter uma variedade de fotos que expressem a compreensão e percepção do corpo LBGTQIAPN+ .

O formulário se encontra disponível também na bio do Instagram do evento: @seminariodiversidadeuespi

“Esse momento é de muita importância, pois vai proporcionar um espaço viável para a troca dessas experiências. Destaco o concurso fotográfico, no qual incentivaremos com premiações. Depende da contribuição de todos para garantir que seja um grande seminário”, afirma Édna Moura.

Além das palestras e painéis, o II Seminário de Diversidade Sexual e de Gênero: Discriminação, Desigualdade e Resistência realizará atividades práticas para reflexão sobre a discriminação, a desigualdade e a resistência, dentro do contexto do enfrentamento à LGBTFOBIA.

“O evento tem um foco específico no último dia, quando iremos socializar e aprovar diretrizes para políticas de enfrentamento à LGBTFOBIA, baseadas nas discussões anteriores realizadas nos minicursos e grupos. Temos certeza de que este seminário contribuirá para visibilizar essas políticas dentro e fora da universidade, voltadas para toda a população do Piauí e do Brasil”, conclui a Prof. Édna Moura.