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Liga Acadêmica Interprofissional do Sono (LAIS) realiza ação no Shopping da Cidade

Por Anny Santos

A Liga Acadêmica Interprofissional do Sono (LAIS), voltada aos cursos da Faculdade de Ciências Médicas (FACIME) da UESPI, realizou uma ação extensionista no último sábado (16), no Shopping da Cidade, importante ponto comercial localizado na capital do estado.

Alunas e professora durante a ação

A ação foi idealizada e organizada pela Liga com o apoio da Clínica Unissono e da Locmed, com a distribuição de panfletos contendo dicas para se ter uma boa higiene do sono. Além disso, houve conversas direcionadas para ajudar as pessoas a identificarem se estão ou não desfrutando do sono com qualidade.

A LAIS teve seu início em meados de 2017 e sua fundação tem se destacado dentro da UESPI por suas aulas teóricas e práticas, estimulando a iniciação científica e a realização de ações extensionistas, visando uma conscientização social sobre a importância do Sono. Sua idealizadora e atual coordenadora é a professora Dra. Daisy Ykeda, que possui Título de Notório Saber em Sono pela Associação Brasileira do Sono (ABS), Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória, Cardiovascular e Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR).

Ligantes durante a ação

De acordo com a coordenadora, o sono é importantíssimo para a qualidade de vida das pessoas, porém estudos mostram que mais de 40% da população não dorme bem. “Você sabia que os cursos da área da saúde não têm a disciplina do sono? Pois é, passamos 1/3 da nossa vida dormindo e ninguém ensina sobre o sono para os profissionais da saúde. Por isso, resolvi criar a Liga, temos alunos de enfermagem, Fisioterapia, psicologia e medicina. Além de várias outras instituições”.

Professora Dra. Daisy Ykeda

Wislannia Nogueira, aluna do 9° período do curso de Fisioterapia, destaca que participar das ações da Liga é de suma importância, pois a possibilita levar conhecimento à população e fazer com que os mesmos busquem por uma melhor qualidade de sono, através das dicas disponibilizadas. “Em relação à minha formação acadêmica, só tenho a engrandecer os conhecimentos durante o período participando da liga. Essas ações de forma presencial e perto do público gera uma troca e um feedback bastante positivo sobre as vivências de cada um”.

Já para Juliana Magalhães, também aluna do 9° período do curso de fisioterapia, considera que a oportunidade de participar de ações como essa traz inúmeros benefícios. “Pessoalmente, fico feliz em levar informações de saúde diretamente às pessoas, facilitando o acesso ao conhecimento, tornando as informações sobre a higiene do sono mais acessíveis. Participar de iniciativas como essa também solidifica meu conhecimento, me permitindo aplicar na prática o que aprendo em sala de aula”.

Acompanhe a Liga no Instagram @laisuespi

Confira dicas sobre o assunto:

Folder confeccionado pela aluna Jéssica Oliveira

Aluna da Uespi realiza pesquisa sobre fatores correlacionados a impactos na autoestima de gestantes hospitalizadas

Por Anny Santos

A aluna do curso de Fisioterapia, Maynara Dutra Gomes Campos, da nossa UESPI, campus Poeta Torquato Neto, desenvolve a pesquisa “Avaliação da Autoestima de Gestantes de Alto Risco Hospitalizadas em uma Maternidade Pública” como Trabalho de Conclusão de Curso.

Sob orientação da professora Maura Cristina Porto Feitosa e coorientação da professora Andréa Conceição Gomes Lima, o estudo poderá contribuir para uma melhor compreensão a respeito dos fatores correlacionados aos impactos positivos ou negativos na autoestima em gestantes hospitalizadas, por se tratar de um fator de significativa influência na construção do relacionamento materno-infantil durante a gestação e após o parto, bem como a capacidade da gestante em lidar com as mudanças decorrentes da gravidez.

Maynara Dutra destaca que o interesse pela temática surgiu no 8º período, durante o início do processo de produção do TCC, pois sempre gostou das áreas de Saúde da Mulher e Obstetrícia. “Eu já sabia que iria fazer meu projeto de TCC na maternidade, então, escolhi esse tema por se tratar de algo novo que eu nunca vi ninguém na UESPI pesquisar e também por ser de muita relevância no processo gestacional. Fiz a proposta para minha orientadora e coorientadora e então iniciamos o projeto”.

O intuito é avaliar o nível de autoestima de gestantes de alto risco hospitalizadas a partir do segundo trimestre gestacional em uma maternidade pública. Ao mesmo tempo, a pesquisa poderá fornecer, tanto a gestante e familiares, quanto a comunidade científica, dados relevantes a respeito do nível de autoestima que essa população se encontra, juntamente com os fatores de maior impacto, norteando ações que favoreçam uma melhor vivência durante e após o período gestacional, como a criação de projetos de pesquisa, extensão e ações educativas por parte da equipe profissional.

Segundo a discente, a coordenação da maternidade poderá entender melhor como suas pacientes internadas, bem como suas respectivas famílias, conseguirão associar os possíveis fatores que estão influenciando positivamente ou negativamente no bem-estar das mesmas, propiciando a criação de um ambiente de maior acolhimento, podendo refletir em uma percepção positiva da mãe a respeito do processo de criação do filho.

“Falar sobre a gestação sempre é importante, afinal é desse processo que todos nós viemos ao mundo e, durante ele, por conta das mudanças hormonais e alterações no corpo e na mente, a gestante pode apresentar quadros de baixa autoestima devido a inúmeros fatores. Me encontrei nessa área de Saúde da Mulher e foi muito agradável o ambiente da maternidade junto com as gestantes participantes, que foram muito solicitas durante a aplicação dos questionários”, finaliza.

O trabalho pode impactar diretamente na forma que a gravidez será conduzida e na experiência gestacional, bem como nos cuidados entre mãe e bebê. Estudar essas mulheres e saber como elas estão é de extrema importância para que se possa ter conhecimento de quais políticas públicas ou campanhas podem ser feitas para tornar todo o processo, da gestação ao parto, uma experiência única e agradável.

Da UESPI para o mundo: Conheça a trajetória do egresso Mayson Sousa

Por Giovana Andrade

Mayson Laércio de Araújo Sousa, egresso do curso de bacharelado em Fisioterapia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) ,  campus de Teresina, é mais um entrevistado do quadro “Da Uespi para o mundo”.

O egresso Mayson Sousa, ingressou na Uespi em 2007, aos 16 anos. Oriundo de José de Freitas e filho de pais comerciantes, hoje se destaca internacionalmente. Atualmente, faz pós-doutorado na Universidade de Toronto, no Canadá, e, coordena pesquisas de ventilação mecânica em modelos animais de lesão pulmonar, sobre a supervisão direta do Dr Brochard.

O egresso Mayson Sousa

Ascom: Conta um pouco sobre sua trajetória de vida, de onde você vem, quais dificuldades enfrentou até entrar no curso e depois dele?

Tenho 33 anos e sou natural de José de Freitas – Piauí. Meus pais são comerciantes, sem formação superior, mas sempre entenderam e defenderam a importância da educação em nossas vidas. Fiz todo o meu ensino fundamental e médio em José de Freitas, em uma época sem tanto desenvolvimento tecnológico quanto hoje, então as minhas maiores fontes de conhecimento científico até aquele momento foram meus professores e os livros (escolares e da biblioteca pública).

Acredito que a principal barreira para eu conseguir entrar no curso superior foi o baixo desenvolvimento socioeconômico, tecnológico e cultural, da minha cidade na época. Depois do curso, as principais barreiras foram, e ainda são, um mercado de trabalho muito competitivo e a pouco valorização da profissão.

Ascom: Fisioterapia sempre foi o curso dos seus sonhos?

A Fisioterapia não foi sempre o curso dos meus sonhos. Quando eu era criança eu queria ser professor, eu queria “ensinar” / “levar conhecimento” às pessoas.  Mas com o passar dos anos, começou a crescer em mim um desejo de trabalhar na área da saúde, de cuidar das pessoas. Enquanto eu estava no ensino médio, fui avaliando as possibilidades, pesquisando e conversando com os meus professores, e optei pelo curso de Fisioterapia.

Na primeira semana do curso, fomos recebidos pelos alunos veteranos do curso de Fisioterapia em uma “Semana do Calouro”, na qual tivemos palestras de vários ex-alunos da UESPI, que trabalhavam em diversas especialidades da Fisioterapia. Naquela semana, eu tive certeza de que tinha feito a escolha certa e a Fisioterapia em Terapia Intensiva e Cardiorrespiratória se tornou um sonho para mim.

Ascom: Alguma situação marcou você dentro da UESPI?

Acredito que o que mais me marcou dentro da UESPI é sentimento de fazer parte de uma família, que desenvolvemos com os outros alunos e com os professores. Como falei anteriormente, a recepção na Semana do Calouro me marcou muito, de tal forma que logo no segundo semestre já entrei para o centro acadêmico. Queria participar mais ativamente do curso, estreitar os laços com os outros alunos e fazer com que todos se sentissem parte de uma família, como eu me sentia. Lembro com muito carinho de todos os novos alunos que recebemos nos anos seguintes.

Laércio com colegas de turma

Ascom: O que lembra com saudades da época como aluno da UESPI? E dos professores?

Como aluno, uma das coisas que mais sinto saudades são as conversas com os meus colegas de curso, das trocas de experiências, tanto pessoais quanto do processo de aprendizagem em si.

Em relação aos professores, lembro com saudades das aulas, de aprender coisas novas com eles e de ficar encantado com a paixão com que eles nos ensinavam. Uma parte importante da minha paixão pela profissão, força de vontade e determinação vem deles.

Ascom: Após a conclusão do curso, você seguiu para o mestrado? Onde foi?

Após a conclusão do curso, fui aprovado como bolsista para o curso de Aprimoramento e Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória em São Paulo, em 2012, no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O curso de aprimoramento foi muito importante para a minha formação profissional. Com uma carga horária grande (cerca de 38h semanais), bem distribuída entre estágios e aulas, durante um ano, eu desenvolvi muito minhas habilidades fisioterapêuticas assistenciais. Depois do curso, prestei concurso e fui convocado para trabalhar com fisioterapeuta no InCor, onde permaneci por 8 anos.

Não fiz mestrado após o curso de aprimoramento, fui direto para o doutorado.

Premiado no “MECOR Graduated Scholarship” Congresso Internacional da Sociedade América de Tórax em 2018 e 2019

Ascom: E o pós-doutorado no Canadá? Por que a Universidade de Toronto foi atrativa para você?

No mesmo período em que trabalhei como fisioterapeuta no InCor, fiz Doutorado em Ciências na Universidade de São Paulo, pela divisão de Pneumologia. Após o aprimoramento, eu decidi que queria estudar ventilação mecânica e comecei a procurar por pesquisadores nessa área, até que cheguei à Profa. Dra. Juliana Ferreira e acompanhei as pesquisas dela por dois anos. Desenvolvi o meu projeto de doutorado nesse período, em assincronia paciente-ventilador, e me matriculei como aluno de doutorado em 2016. Durante o doutorado, além da excelente formação acadêmica, tive a oportunidade de fazer muitas colaborações e trabalhar com pesquisados renomados mundialmente, como o Prof Dr Robert Kacmarek, com quem passei um tempo na Universidade de Harvard e que me auxiliou no processo de análise de dados e escrita das minhas primeiras publicações.

Atualmente faço pós-doutorado na Universidade de Toronto, no Canadá. O principal atrativo para mim foi o Laboratório de Fisiologia Respiratória do Departamento de Medicina Intensiva, liderado pelo Dr Laurent Brochard, que é um dos maiores pesquisadores em ventilação mecânica e insuficiência respiratória no mundo. Apliquei para uma posição de pós-doutorado e fui aprovado em 2020. Hoje eu coordeno pesquisas de ventilação mecânica em modelos animais de lesão pulmonar, sobre supervisão direta do Dr Brochard.

Defesa da tese de Doutorado na Faculdade de Medicina da USP

Ascom: Quais as metas, objetivos e sonhos que você almeja a partir de agora pensando em seu futuro?

Meu sonho é ser líder e referência na área nas áreas de Fisiologia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva/Cardiorrespiratória. Meu objetivo é ser um professor universitário e um pesquisador altamente produtivo. Eu quero combinar habilidades sólidas de ensino e aprendizagem com inovação em pesquisa, desenvolvendo a próxima geração de cientistas e fisioterapeutas e melhorando a formação acadêmica dos profissionais de saúde e os desfechos clínicos e qualidade de vida dos pacientes.

Palestrando no XIX Simpósio Internacional de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, em Manaus-AM

Ascom: Gostaria que destacasse ao final, a importância que a Universidade Estadual do Piauí tem para a sua vida e como ela contribuiu para onde você chegou até hoje.

A Universidade Estadual do Piauí foi de extrema importância para o desenvolvimento da minha carreira, ela me proporcionou uma boa base de conhecimento científico e raciocínio crítico que foram e são fundamentais em todas as atividades que venho desenvolvendo até hoje enquanto Fisioterapeuta, Cientista e Cidadão.

 

 

 

 

Fisioterapia UESPI: Pesquisadores desenvolvem projetos para auxiliar tratamentos Pós-Covid

Por Anny Santos e Vitor Manoel

Com título “Efeito das Práticas Integrativas e Complementares na Melhoria da Capacidade Funcional e Qualidade de Vida na Síndrome Pós-Covid-19”, o projeto de pesquisa desenvolvido pela docente da UESPI, Profa. Dra. Veruska Cronemberger Nogueira Rebêlo, durante o seu pós-doutorado na Universidade Vale do Paraíba- UNIVAP, em São Paulo, contou com a colaboração do Grupo de Pesquisa Biofotônica e Termografia Clínica e Experimental, formado por professores da nossa instituição, juntamente com a contribuição de duas alunas de Graduação em Fisioterapia.

“A pesquisa parte do projeto do meu pós-doutoramento, sob orientação da Profa. Dra. Emilia Angela Lo Schiavo Arisawa, que estou fazendo na UNIVAP em São Paulo, São José dos Campos. Nós contamos com a parceria da UESPI, através da disponibilização de equipamentos, onde eles são cedidos para as pesquisas científicas. É feito um documento, solicitado a liberação, o equipamento é calibrado, utilizado no processo e depois é devidamente calibrado e devolvido para o laboratório de pesquisa. O objetivo dessa parceria é exatamente ceder esses equipamentos”, destaca a Profa. Dra. Veruska Rebêlo.

Tratamento de Laserpuntura

Tratamento de Laserpuntura

O Hospital da Polícia Militar (HPM), em Teresina, também foiuma instituição parceria, ao disponibilizar uma sala de atendimento Pós-Covid-19, a qual serviu para os atendimentos dessa mesma pesquisa de pós-doutorado. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos. No grupo 1 foram tratados com Laserpuntura e Terapia Manual e no grupo 2 com Acupuntura e Terapia Manual. Foram uma avaliação inicial, seguida de 12 atendimentos com frequência de três vezes na semana, durante uma hora. Após o termino dos 12 atendimentos os pacientes foram reavaliados e apresentaram melhora significativa no quadro geral de saúde.

Tratamento com Terapia Manual

Tratamento com Terapia Manual

Segundo a Profa. Dra. Veruska Rebêlo, a iniciativa surgiu a partir de uma inquietação Pós-Covid-19 que muitos pacientes com sintomas duradouros, alguns com mais de doze semanas, demonstravam aos alunos durante os estágios. O fenômeno começou a ser chamado inicialmente de síndrome Pós-Covid-19 e hoje é chamado de Covid Longa, com mais de cinquenta sintomas conhecidos. Foram atendidos no HPM-PI  30 pacientes com diagnóstico de Covid Longa com sintomas de dor musculoesquelética, insônia, alterações emocionais (stress, ansiedade e depressão) e alterações cognitivas (esquecimento, perda de concentração e confusão mental).

Para a pesquisadora, foi a partir dessa percepção, discutindo com os professores do Grupo de Pesquisa Biofotônica e Termografia Clínica e Experimental, que tem por Coordenador o Prof. Dr. Rauirys Alencar de Oliveira, que foi possível desenvolver uma pesquisa que pudesse beneficiar a população. “Tínhamos critérios de inclusão e exclusão, as pessoas não podiam estar fazendo outro tipo de tratamento e elas não poderiam estar tomando nenhuma medicação que interferisse nos resultados da pesquisa. Tivemos vários instrumentos validados cientificamente, de avaliação, de qualidade de vida, de sono. Duas alunas da Graduação em Fisioterapia foram convidadas para que pudessem ajudar durante os atendimentos dos pacientes, selecionados a partir da divulgação em redes sociais e grupos de professores e alunos. O trabalho de conclusão de curso (TCC) dessas alunas, Eva Silva e Mikaelli Lemos, fez parte da pesquisa”.

Alunas Eva Silva e Mikaelli Lemos e a Profa. Dra. Veruska Rebêlo

Alunas Eva Silva e Mikaelli Lemos e a Profa. Dra. Veruska Rebêlo

Veruska Rebêlo afirma que o objetivo é fortalecer as pesquisas científicas e contribuir para a saúde e o bem-estar da sociedade, pois a partir do momento que a mesma possui um grupo de pesquisa, onde vários profissionais se dedicam, fazem descobertas e publicam, fica mais fácil alcançar esse objetivo. “Como acupunturistas pensei em desenvolver um protocolo com alguns pontos de acupuntura, foram dez pontos, em que a gente pudesse gerar um bem-estar e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Foi uma experiência extraordinária pois o impacto foi enorme na vida dos pacientes. Após os primeiros atendimentos nos surpreendemos com os resultados”.

Tratamento com acupuntura

Tratamento com acupuntura

Pesquisadores da UESPI desenvolvem projeto voltado a qualidade do sono no Pós-Covid

Os discentes de pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar, Miguel Rocha, pesquisador responsável e Thiago Silva, pesquisador participante realizam um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), com o tema voltado sobre a qualidade do sono dos pacientes no pós-covid. Eles são orientados pela professora Daisy Ykeda, professora de Fisioterapia, professora adjunta III e Tutora da Residência Multiprofissional em UTI da UESPI.

O objetivo do projeto é avaliar a qualidade do sono de pacientes pós-Covid 19, levando em conta que o sono da população em geral piorou durante a pandemia, mas estudos já vem indicando que o grupo infectado pelo novo coronavírus foi o mais afetado. Para a professora Daisy Ykeda, a pandemia reforçou a sobreposição de insônia com as doenças psiquiátricas como ansiedade e depressão. “Os pacientes com a Covid longa apresentam dores de cabeça, fadigas, náuseas e sintomas respiratórios que podem prejudicar o sono. As mulheres também são as mais acometidas, por mudanças na rotina diária, aumento da ansiedade e a tripla jornada feminina aumentada”, afirma a docente.

 O método da pesquisa científica, feita pela escala de Pittsburgh, se baseia na aplicação de uma pesquisa realizada por meio de dois questionários virtuais, sendo que o primeiro aborda aspectos relacionados a qualidade do sono no último mês com perguntas objetivas para os participantes tais como: em que horas você deita? Quanto tempo leva para dormir? Em que horas você levanta? O segundo questionário aborda aspectos voltados aos dados pessoais e sequelas da Covid-19, com perguntas como: qual a sua altura, idade, peso? Você foi internado em casa ou no hospital?

O pesquisador responsável Miguel Rocha, comenta que a qualidade do sono é extremamente importante para o equilíbrio do corpo, para a homeostase, para o aumento e a melhora da imunidade e para a profilaxia de todo o sistema do corpo humano. Ele observou através de estudos, uma queda da qualidade do sono relatadas recentemente e decidiu seguir essa linha de pesquisa em seu TCC.

“Uma das sequelas que atingiram os pacientes infectados com a Covid-19 é a piora na qualidade do sono, então é de extrema importância saber como as pessoas vem apresentando esses sintomas, tanto as que ficaram em ambiente hospitalar como as que fizeram o tratamento em casa. Já passando pelas correlações, avaliando as sequelas e também observando as questões de depressão e ansiedade, que são fatores que levam a má-qualidade do sono pensando também como essas sequelas vão afetar essas pessoas no futuro”, encerra.

O pesquisador participante Thiago Henrique afirma que essas perguntas feitas pelo questionário possuem como finalidade absorver critérios proporcionando a pesquisa uma base de como está a qualidade do sono das pessoas pesquisadas atualmente. “Muita gente não está conseguindo dormir bem, por conta desses fatores, seja por problemas respiratórios, seja por consequência mesmo de insônia prejudicando o dia-a-dia de cada pessoa”, finaliza.

Foram coletados dados de 64 participantes e os resultados apresentados revelaram que: 19/64 (30%) dorme bem, 45/64 (70%) dormem mal ou dormem mal que chega a ser distúrbio e 13/64 (20%) se caracterizam como distúrbio do sono.

Professora da UESPI ministra palestra sobre o sono nesta segunda-feira (21)

Por Arnaldo Alves

A professora Daisy Ikeda, do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), ministra uma palestra na Semana do Sono 2022, nesta segunda-feira, ás 17h, através da plataforma Google Meet.

A palestra da docente tem como tema “Importância do conhecimento do sono para os profissionais da área da saúde”.

Segundo ela, o sono é muito importante para a saúde em qualquer faixa etária e os profissionais podem melhorar a sua avaliação, perguntando sobre o sono do seu paciente, dando orientações de como dormir melhor e encaminhar o paciente para especialistas do sono, caso haja suspeita de algum distúrbio do sono.

“Há relação direta entre o sono e o sistema imunológico, do sono com hipertensão arterial sistêmica e Diabetes Mellitus tipo II. Há crianças com diagnóstico de TDAH (transtorno déficit de atenção e hiperatividade) que pode ser sono de má qualidade, pois os comportamentos são semelhantes e há doenças do sono que os profissionais desconhecem, portanto os pacientes não são diagnosticados de forma precisa”, explica Daisy Ikeda.

A Semana do Sono é organizada pela Associação Brasileira do Sono e a professora é a representante da nossa instituição. O evento acontece até o dia 24 de março. Confira a programação completa no site.