UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

6ª Semana de Audiovisual da UESPI debateu os desafios éticos e identitários da inteligência artificial nas narrativas audiovisuais

Por Roger Cunha 

A 6ª Semana de Audiovisual da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reuniu estudantes, professores e profissionais da área em uma rica programação, organizada pelos alunos do curso de Jornalismo. Com o tema “Narrativas Identitárias e as Implicações Éticas na Produção e Consumo de Conteúdos por Inteligência Artificial”, o evento buscou provocar reflexões sobre o papel da IA no campo audiovisual, especialmente no que se refere às representações identitárias e à ética no consumo de informações.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Ao longo do evento, palestras e mesas-redondas exploraram o impacto das novas tecnologias na criação de conteúdo. Especialistas discutiram a responsabilidade dos jornalistas e produtores ao lidar com ferramentas de IA, destacando a importância de uma postura crítica e ética na construção de narrativas e no tratamento de dados. A questão da autenticidade e do respeito às diferentes culturas e identidades foi um dos principais pontos de debate, refletindo a preocupação com os limites e potenciais riscos na utilização de IA para criar imagens, vídeos e textos.

A programação incluiu oficinas práticas de edição e uso de softwares de IA, proporcionando aos participantes uma imersão no processo criativo com essas tecnologias. As atividades foram idealizadas para não apenas ensinar o uso técnico das ferramentas, mas também fomentar a consciência ética entre os futuros profissionais, incentivando-os a refletir sobre as consequências de suas escolhas na representação de narrativas identitárias.

Palestra: “Narrativas Identitárias e as Implicações éticas na produção e consumo de conteúdos por inteligência artifical”

No dia 4 de novembro, a palestra de abertura contou com  a presença de profissionais: Nayra Figueiredo, Mestra em Ciência Política, advogada e DPO da Secretaria de Inteligência Artificial do Estado do Piauí, a Doutora em Linguística Raquel Freitag e o professor Mestre em Letras Luedo Teixeira. Com diferentes abordagens, os palestrantes discutiram o tema “Narrativas Identitárias e as Implicações Éticas na Produção e Consumo de Conteúdos por Inteligência Artificial”, enfatizando a importância de um olhar ético e responsável sobre o impacto da IA na comunicação e na criação de conteúdo audiovisual.

Nayra Figueiredo, enfatizou a importância de uma abordagem ética rigorosa no desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA). Para ela, o avanço dessa tecnologia exige que sejam definidos limites claros para a proteção dos dados dos cidadãos, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) sendo tratada como uma prática efetiva, e não apenas uma formalidade. “A questão ética na Inteligência Artificial é algo que devemos abordar com extrema seriedade. O avanço dessa tecnologia exige que nos perguntemos: quais limites estamos estabelecendo para proteger os dados dos cidadãos.  A ética entra quando entendemos que a coleta e o uso de dados afetam vidas”, afirmou.

Raquel Freitag alertou sobre os impactos da Inteligência Artificial na diversidade da língua, destacando o risco de padronização excessiva das expressões culturais e regionais. Ela explicou que, embora a IA já consiga produzir textos com alta qualidade, isso pode limitar a riqueza linguística, uma vez que essas ferramentas tendem a se alinhar ao uso da “língua formal”. “A Inteligência Artificial já é capaz de criar textos tão bem quanto nós, mas o que isso significa para a diversidade da nossa língua? Observamos que as ferramentas de IA tendem a padronizar expressões, alinhando-se ao que chamamos de ‘língua formal’. Mas onde fica a nossa riqueza de variações regionais e culturais? Nós temos sotaques, gírias e nuances! É essencial que, ao usarmos IA para produzir conteúdo, não percamos essa multiplicidade que faz da língua um reflexo da nossa identidade”, afirmou.

O professor Luedo Teixeira destacou o papel da Inteligência Artificial como uma aliada e não uma substituta no processo educativo, apontando os limites da tecnologia no ensino da linguagem. Para ele, a IA pode ser útil na análise de textos e na criação de conteúdo, mas ainda é incapaz de replicar a sensibilidade e o entendimento humano das nuances linguísticas. “Com a Inteligência Artificial, estamos diante de uma nova fase na educação. Eu sempre digo aos meus alunos que as ferramentas são aliadas, não substitutas do nosso processo de ensino. Uma IA pode, sim, auxiliar na análise textual e na criação de conteúdo, mas precisamos entender que ela não substitui o olhar humano para a linguagem”, afirmou o professor.

Oficina: Prática de produção em telejornalismo com a jornalista Sayuri Sato.

Logo após a palestra de abertura, ocorreram oficinas práticas, incluindo “Produção de Documentário: do Roteiro à Prática”, ministrada por Antônio Augusto; “Captação de Imagens com o App CapCut”, conduzida por Danilo Kelvin; e “Prática de Produção em Telejornalismo”, com a jornalista Sayuri Sato.

No segundo dia do evento, 05 de novembro, ocorreu a palestra “Produção com Inteligência Artificial no Audiovisual”, com a participação de Sérgio Rossini, Abdala Moura e Roberth Lucas.

Palestra Produção com inteligência artificial no audiovisual

Sérgio Rossini refletiu sobre os desafios que o uso da Inteligência Artificial impõe ao papel do artista e do produtor, sugerindo que o futuro da produção audiovisual pode estar em uma parceria mais estreita entre a IA e a criatividade humana. Ele explicou que, com a automação das tarefas técnicas, há mais tempo para focar naquilo que a IA ainda não é capaz de fazer sozinha: criar uma conexão genuína com o público. “O uso da IA nos desafia a repensar o papel do artista e do produtor. Talvez o futuro da produção esteja em uma parceria mais profunda entre IA e criatividade humana. Com a automação das tarefas técnicas, ganhamos mais tempo para investir naquilo que a IA ainda não pode fazer sozinha: criar uma conexão genuína com o público, dando alma e propósito ao som. O segredo é integrar a tecnologia com a sensibilidade humana”, afirmou.

Abdala Moura destacou as questões éticas e de responsabilidade envolvidas no uso da Inteligência Artificial para a produção de áudio, questionando se a tecnologia está promovendo uma padronização da produção ou, de fato, ampliando as possibilidades para artistas e produtores. Ele ressaltou que a chave está na maneira como os criadores utilizam essas ferramentas. “O uso de IA para a produção física do áudio levanta uma série de questões éticas e de responsabilidade. Vemos a IA substituindo funções que, antes, só um artista poderia fazer. Será que estamos criando uma produção de massa padronizada, ou a IA está realmente expandindo o horizonte para artistas e produtores? Eu acredito que a resposta está na forma como nós, como criadores, usamos essa tecnologia para ampliar e não limitar a criatividade”.

Roberth Lucas destacou o papel da Inteligência Artificial como uma ferramenta que aprimora a produção de áudio, tornando processos antes demorados e exigentes em estúdios mais rápidos e precisos. Ele ressaltou que, ao automatizar tarefas técnicas, a IA permite que os profissionais de áudio se concentrem no design criativo, elevando a qualidade do trabalho final. “As ferramentas de IA são fantásticas para aprimorar de uma forma que, antigamente, exigia horas de trabalho em estúdios. Se a IA pode fazer a produção mais rápida e precisa, os profissionais de áudio podem focar no design criativo, aprimorando detalhes que realmente destacam o trabalho final. Assim, a IA se torna uma parceira, e não uma competidora, da produção artesanal de áudio”, afirmou.

“6ª Semana de Audiovisual da UESPI Debateu a Influência da Inteligência Artificial nas Narrativas

Após a palestra, ocorreram as oficinas do dia, incluindo a prática de produção em telejornalismo, com as jornalistas Josiane Sousa (REDE CLUBE) e Nágila Alves (TV MEIO), além da oficina “Produção de Documentário: do Roteiro à Prática”, com Antônio Augusto, e a oficina de captação de imagens pelo app CapCut, ministrada por Danilo Kelvin.

Palestra: “Inteligência Artificial: Ferramenta ou Substituta? O Futuro Está à Nossa Frente”

No terceiro dia do evento, 06 de novembro, ocorreu o debate “Inteligência Artificial: Ferramenta ou Substituta? O Futuro está a nossa frente”, com a participação de Marta Alencar, fundadora da COAR (startup jornalística e educacional de debunking e fact-checking no Nordeste), e o Doutor em Informática Cláudio Micelli. 

Marta Alencar enfatizou o papel essencial da Inteligência Artificial na análise rápida de grandes volumes de dados, especialmente na identificação de fake news. No entanto, ela destacou que a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar, e não uma substituta. “A IA tem sido uma aliada essencial, permitindo uma análise rápida de grandes volumes de dados para identificar fake news. Mas, para mim, a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar e não uma substituta. O processo de checagem de fatos, especialmente em um contexto complexo como o nosso, envolve nuances culturais e de linguagem que só um ser humano pode entender em profundidade. O olhar humano é insubstituível quando o objetivo é buscar a verdade e interpretar a informação. A IA acelera e amplia nosso alcance, mas o trabalho final exige uma visão ética e crítica que a máquina ainda não possui”, afirmou.

Cláudio Micelli abordou o avanço da Inteligência Artificial, destacando que estamos cada vez mais próximos de um cenário onde a IA será capaz de realizar interpretações avançadas e até tomar decisões com precisão similar à humana. Ele questionou se estamos preparados para permitir que a IA assuma papéis mais complexos, substituindo certas funções humanas. “Estamos cada vez mais próximos de um cenário onde a IA será capaz de fazer interpretações avançadas e até de tomar decisões com precisão similar à humana. A questão é: queremos que a IA seja apenas uma ferramenta ou estamos prontos para permitir que ela assuma papéis complexos, substituindo certas funções humanas? O desenvolvimento de algoritmos mais sofisticados e a capacidade de aprendizado autônomo colocam a IA em um patamar onde ela pode atuar em áreas que antes considerávamos exclusivamente humanas. No campo da informática, por exemplo, já vemos IA programando outras IA. O desafio é garantir que essa autonomia seja guiada por parâmetros éticos que nós estabelecemos”, afirmou.

A 6ª Semana de Audiovisual da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reuniu estudantes, professores e profissionais da área

Após a palestra, ocorreram as oficinas do dia: “Entrevistas em Vídeo para Televisão e Mídias Digitais”, com a jornalista Cinthia Lages (TV MEIO); “Práticas da Fotografia Jornalística em Campo”, com o fotógrafo Thiago Amaral; e “Criação de Conteúdos para as Redes Sociais: O Poder do Real Time”, com João Marcos.

Palestra “Narrativas Identitárias e as Implicações Éticas na Produção e Consumo de Conteúdos por IA”

No quarto dia do evento, 07 de novembro, ocorreu a palestra “Narrativas Identitárias e as Implicações Éticas na Produção e Consumo de Conteúdos por IA”, com Marcelle Chagas, e contou com a participação dos professores Prof. Dr. Silvino Filho e Prof. Dr. Raimunda Celestina. Durante a palestra, os especialistas discutiram como a Inteligência Artificial está transformando o audiovisual, abordando as responsabilidades dos criadores de conteúdo na preservação das identidades culturais e sociais. Também enfatizaram a importância de uma abordagem ética e consciente ao utilizar IA, destacando o impacto dessa tecnologia nas representações e narrativas contemporâneas.

Marcelle Chagas destacou a transformação proporcionada pela Inteligência Artificial na produção e consumo de conteúdo, levantando questões importantes sobre as narrativas identitárias. “A Inteligência Artificial está transformando o modo como produzimos e consumimos conteúdo, o que nos leva a refletir sobre o impacto dessas mudanças nas narrativas identitárias. A IA permite criar histórias e personagens de forma rápida e com uma precisão impressionante, mas onde fica a preservação das nossas identidades culturais e sociais? É fundamental que nós, como criadores, tenhamos uma responsabilidade ética ao lidar com essas tecnologias, garantindo que as nossas histórias respeitem e reflitam a diversidade da nossa sociedade, sem estereótipos ou distorções”.

O Prof. Dr. Silvino Filho abordou o impacto da Inteligência Artificial no audiovisual, destacando suas potenciais implicações culturais. “A IA tem o potencial de reproduzir e amplificar representações culturais, mas também pode, inadvertidamente, perpetuar preconceitos ou apagar identidades. No contexto do audiovisual, precisamos de uma IA que compreenda e respeite a complexidade de nossas culturas. A responsabilidade do criador é maior do que nunca. Temos que questionar: quem está programando essas máquinas e com quais valores? Se não formos cuidadosos, a IA pode acabar impondo visões enviesadas ou superficiais, minando as narrativas autênticas que lutamos para construir ao longo dos anos”, afirmou o professor, ressaltando a importância de um olhar crítico na utilização dessas tecnologias.

 A Prof.ª Dr.ª Raimunda Celestina destacou a necessidade de reflexão sobre as implicações do consumo de conteúdos gerados por Inteligência Artificial. “Temos que pensar nas implicações do consumo desse conteúdo gerado por IA. A IA tem uma capacidade incrível de adaptar narrativas a diferentes públicos, mas ao fazer isso, ela pode deixar de lado nuances importantes das identidades locais. Como consumidores, devemos ter uma postura crítica ao consumir esses conteúdos, reconhecendo o que é autêntico e o que pode ter sido manipulado ou diluído por um algoritmo. Acredito que, ao promover uma abordagem ética e consciente, podemos ensinar o público a valorizar a diversidade e a buscar representações que realmente os representem”, afirmou, ressaltando a importância de um consumo consciente e crítico.

Foram realizadas diversas atividades como palestras, mesas redondas e oficinas.

Após a palestra, ocorreram as oficinas de Entrevistas em vídeo para televisão e mídias digitais com a jornalista Joelma Patricia (ClubeNews), Práticas da fotografia jornalística em campo com o fotógrafo Thiago Amaral e Criação de conteúdos para as redes sociais: o poder do real time com João Marcos.

Palestra “O futuro do jornalismo tradicional em contexto de IA”

Para encerrar a 6ª Semana de Audiovisual (08/11), foi realizada a palestra “O Futuro do Jornalismo Tradicional em Contexto de IA”, com a presença do diretor de tecnologia da Rede Clube, Sérgio Paiva, do diretor de jornalismo da TV Antena 10 e do Portal A10+, Marcelo Gomes, além do reitor da UESPI, Professor Doutor Evandro Alberto, e do professor pós-doutor Orlando Berti. A palestra abordou os desafios e as oportunidades que a Inteligência Artificial representa para o jornalismo tradicional, discutindo o impacto das novas tecnologias no modo de produção e consumo de notícias, além de explorar as possíveis transformações nas práticas jornalísticas diante da crescente presença da IA na mídia.

Sérgio Paiva, ressaltou a importância de se entender o papel da Inteligência Artificial no jornalismo.“do ponto de vista tecnológico, a IA pode ser uma grande aliada, ajudando a otimizar a coleta de informações, a análise de dados e até a personalização de conteúdo para diferentes públicos. No entanto, é fundamental compreender que a IA é uma ferramenta que depende de quem a programa e do propósito que orienta o seu uso. O desafio está em como integrar a IA sem perder a qualidade e a credibilidade do jornalismo que construímos ao longo dos anos”.

Marcelo Gomes,  destacou o papel da Inteligência Artificial no aprimoramento da produção jornalística. Ele observou que, “nós também vemos o potencial da IA em aprimorar a produção jornalística. Mas a questão é: até que ponto a IA pode substituir o trabalho do jornalista? Embora possamos usá-la para agilizar processos, como a transcrição de entrevistas e o monitoramento de redes sociais, o jornalismo vai além da automatização. É um trabalho humano, de análise crítica, de interpretação dos fatos. É fundamental que, enquanto usamos a IA, mantenhamos o compromisso de transmitir informações de maneira ética e confiável”.

O Prof. Dr. Evandro Alberto, reitor da UESPI, enfatizou a responsabilidade social do jornalismo, destacando que “o jornalismo tem uma responsabilidade social que transcende a simples transmissão de informações. A IA pode facilitar a produção de conteúdo, mas não pode substituir o rigor, a ética e o senso crítico que formam a base do jornalismo. O papel das universidades é preparar futuros profissionais para que saibam usar a IA como uma ferramenta, mas sempre mantendo a consciência do impacto social e da responsabilidade que cada notícia carrega”.

O Prof. Pós-Doutor Orlando Berti abordou o impacto da IA no jornalismo, destacando seu potencial para democratizar o acesso à informação, ao permitir uma cobertura mais ampla e acessível. No entanto, alertou sobre o risco de se perder a essência do jornalismo, que é questionar, investigar e interpretar. “A formação do jornalista deve ser mais crítica do que nunca, para que ele saiba diferenciar o uso positivo da IA de um uso que possa comprometer a ética e a qualidade da informação”, afirmou.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Filipe Benson, aluno da UESPI, destacou a importância de ter participado dos cinco dias de evento, ressaltando que a experiência proporcionou uma visão ampla sobre a possibilidade de criar um jornalismo em parceria com a IA. “Foi muito importante a participação nos cinco dias de evento porque ajudou a gente a ver a possibilidade de estar criando um jornalismo em parceria com a inteligência artificial e criou em nós a vontade de desenvolver esse novo tipo de jornalismo. Foram muitos conhecimentos, palestras maravilhosas, todos os palestrantes foram de parabéns, a equipe foi responsável por estar de parabéns. Foi incrível, só soma demais na nossa construção enquanto jornalista e enquanto estudante da UESPI”.

Luis Alberto Lustoza Damasceno, aluno de Jornalismo, expressou a relevância da Semana de Audiovisual, destacando que “foi essencial para aprimorar e enriquecer os conhecimentos que nossos docentes transmitem para nós diariamente em suas aulas”. Ele também abordou o impacto da inteligência artificial, ressaltando que, “quanto à inteligência artificial, acredito que tudo pode ser benefício, desde que seja usado de forma correta e sem intenção de prejudicar ou atrasar a evolução de algo”. Para ele, a IA “pode sim ajudar no cotidiano e futuramente será algo fundamental no nosso dia a dia”. A Semana de Audiovisual, segundo o aluno, “serviu para nos fazer entender um pouco mais sobre essa novidade tecnológica, como ela pode nos ajudar como jornalistas e nos fazer refletir sobre formas certas e erradas de usá-la”.

Maria Vitória, aluna do curso de jornalismo, compartilhou seu encantamento pelo evento, afirmando que a Semana do Audiovisual a fez se apaixonar ainda mais pelo jornalismo.“A Semana do Audiovisual me impactou positivamente, fazendo eu me apaixonar mais ainda pelo jornalismo. Atualmente, sei como a inteligência artificial está presente em nosso cotidiano e como afeta todas as profissões, mas a Semana do Audiovisual me fez perceber que a inteligência artificial não irá tomar o lugar dos jornalistas, e sim ser uma aliada dos profissionais de jornalismo”.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Izzy Santos, também aluna do curso de jornalismo fez uma avaliação extremamente positiva, destacando como o evento impactou sua visão sobre a profissão. “Minha avaliação referente ao tema escolhido é 10, achei excelente. Impactou muito na minha visão sobre a vida profissional e ver de fato a inteligência artificial como uma ferramenta que deve ser usada como meio, mas jamais para um fim. Ela nos ajuda, mas não faz o trabalho que só um ser humano faz e não consegue passar a empatia e o sentimento que só uma pessoa humana consegue, em um texto. E entender isso ajuda também a desmistificar os rumores de que vamos ser substituídos como profissionais. As IAs já não são futuro, são o nosso presente e precisamos saber utilizá-la sem ferir a nossa ética profissional e sem nos acomodarmos diretamente na tecnologia”.

Jimmy Christian, aluno da uespi  também reforçou a relevância das discussões promovidas no evento, destacando a ideia de que as IAs, longe de serem uma ameaça, podem ser aliadas do bom jornalismo. “As discussões que tivemos no evento foram maravilhosas, porque repassaram a ideia do uso saudável e auxiliador das IAs como benéficas pro bom jornalismo, que antes dos debates víamos esse fenômeno das inteligências como ameaçador aos profissionais. No geral, foi engrandecedor por trazer uma visão palpável de um jornalismo melhor com IAs. E os diferentes profissionais envolvidos no evento trazendo essa mesma visão reforçou isso”.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Gabrielle Zanin, aluna participante, compartilhou sua experiência enriquecedora, ressaltando que os temas abordados, especialmente a relação entre IA e jornalismo, foram reveladores. “Primeiramente, foi uma experiência bastante reveladora por conta dos temas abordados. Falar sobre a inteligência artificial é falar sobre o futuro, a IA traz consigo avanços, mas também apresenta desafios e riscos que precisam ser abordados com cuidado. Os professores e convidados conseguiram falar de uma forma nítida e acessível sobre os malefícios desses mecanismos tecnológicos. Nós precisamos reconhecer os prós e contras para não sermos reféns dessas tecnologias. As oficinas também foram bastante construtivas, em especial as aulas de fotografia”.

Professora Sammara Jericó, coordenadora e organizadora do evento, expressou sua satisfação com o resultado da Semana do Audiovisual. Ela destacou o esforço coletivo para a realização do evento, agradeceu aos alunos e à universidade pelo apoio e reconheceu o evento como uma oportunidade única de troca de ideias e crescimento para todos os envolvidos. “Foi uma semana que deu muito trabalho na produção, mas que enriqueceu mais ainda todos nós que participamos, isso aqui é uma demonstração da quantidade de pessoas que participaram na organização, que participaram na troca de ideias, de conhecimento. Eu estou muito feliz de ter feito essa semana com os convidados que nós chamamos para cá, com os inscritos que participaram ativamente. Agradeço de coração meus alunos do Sétimo Bloco e a universidade por me proporcionar a realização que eu tenho de ser professora aqui da universidade.”

6ª semana de Audiovisual da UESPI

A Sexta Semana de Audiovisual teve seu encerramento com uma reflexão sobre os impactos e as possibilidades da inteligência artificial no jornalismo. Durante os cinco dias de evento, a programação destacou as interações entre essas duas áreas, com ênfase na importância da ética e da responsabilidade social no uso da IA. Para concluir a semana, o grupo de dança da UESPI trouxe uma apresentação que celebrou a tradição do boi bumbá, com ritmos e movimentos que exaltaram a cultura popular brasileira, simbolizando a diversidade e a resistência das manifestações culturais locais.

Confira algumas fotos da 6ª Semana.

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

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6ª semana de Audiovisual da UESPI

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6ª semana de Audiovisual da UESPI

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6ª semana de Audiovisual da UESPI

6ª semana de Audiovisual da UESPI

Projeto ‘Do interior à Capital’ investiga práticas jornalísticas no estado do Piauí

Por Arthur Sousa e  Professora Ruth Costa. 

O projeto iniciado em 2023, idealizado pela professora Ruthy Costa e desenvolvido pelas estudantes Kátia Emanuelle, Ingredh Maysa e Lorraine Nascimento, tem como objetivo analisar as semelhanças e diferenças nas rotinas produtivas do jornalismo da capital e do interior, destacando como fatores sociodemográficos, econômicos e educacionais influenciam nesses processos, visando uma compreensão profunda das dinâmicas comunicacionais regionais.

Projeto Do Interior à Capital – UESPI Picos.

A coordenadora do projeto, professora Ruthy Costa, menciona que o projeto tem grande importância para as comunidades acadêmicas e também para a sociedade. “O projeto tem importância, pois permite não só uma compreensão mais profunda das dinâmicas do jornalismo no estado, como também oferece um diagnóstico que pode ser útil para a melhoria dos cursos de formação de jornalistas. Para as instituições do interior, em particular, essa pesquisa traz visibilidade para os desafios e oportunidades específicas que essas regiões enfrentam. Já para as instituições da capital, é uma oportunidade de refletir sobre as diferenças regionais e contribuir para o desenvolvimento de práticas mais inclusivas e adaptadas à realidade do estado como um todo”, afirma.

O projeto tem a participação de três estudantes de jornalismo e envolve a produção de artigos científicos que ampliam as discussões centrais abordadas. Os temas escolhidos discorrem sobre as estratégias de sustentabilidade financeira no jornalismo online piauiense, o perfil sociodemográfico dos jornalistas no Piauí e o panorama da formação em jornalismo no Estado, com foco nas instituições públicas de ensino.

Ao focar seu artigo na sustentabilidade financeira da comunicação, Ingredh Maysa esclarece a sua escolha: “Eu escolhi abordar sobre a sustentabilidade financeira porque a maneira como uma empresa jornalística se mantém financeiramente pode refletir na sua prática e até mesmo nos temas abordados. Por exemplo, um jornalismo independente tem prioridade editorial diferente dos veículos patrocinados. E entender como esse aspecto pode afetar na produção jornalística é imprescindível para o profissional, estudante e população em geral.”

Grupo responsável pelo projeto de pesquisa. Da esquerda para a direita: Kátia Emanuelle, Ruthy Costa, Ingredh Maysa e Lorraine Nascimento

Ao permitir proximidade com as demandas locais, percebe-se a relevância das extensões e pesquisas presentes nas universidades públicas. A coordenadora do curso de jornalismo da UESPI de Picos, Mayara Ferreira, comenta sobre o assunto: “Hoje, no curso, temos projetos de pesquisa em desenvolvimento, trabalhos de professores com estudantes, além dos TCCs que favorecem reflexões sobre o campo do jornalismo de modo a pensar nas suas práticas e contribuir em sua melhoria. Principalmente porque as nossas pesquisas voltam o olhar para o campo local, para o Piaui. Com isso, conseguimos formar um profissional melhor, pois a formação de um bom jornalista passa pela pesquisa. E, além disso, colaboramos com a sociedade, melhorando o jornalismo que é feito a partir das reflexões desenvolvidas na pesquisa acadêmica.”

Dessa forma, “Do interior à capital” não só conduz uma análise detalhada sobre a função do jornalista, mas também auxilia e contribui na longevidade das pesquisas presentes no curso de jornalismo. “A ideia é que possamos identificar os perfis sociodemográficos dos jornalistas, mapear as estratégias de sustentabilidade financeira dos veículos de comunicação e fornecer um panorama sobre a formação profissional oferecida nas diversas instituições de ensino superior do estado. A partir desses resultados, queremos contribuir com informações que possam subsidiar políticas públicas e melhorias nos cursos de jornalismo e nas rotinas dos veículos, além de fomentar o debate sobre a equidade na profissão.”, comenta a coordenadora do projeto, Ruthy Costa.

Para desenvolver a pesquisa de forma abrangente, a divulgação de questionários é uma parte essencial, pois a coleta de informações é fundamental para garantir que o estudo reflita a realidade do jornalismo no Piauí, envolvendo tanto a capital quanto o interior, e oferecendo um panorama completo das práticas e condições de trabalho na área. Quanto mais respostas forem coletadas, mais informações serão sistematizadas nas pesquisas. Seguem os questionários em andamento:

Para jornalistas: https://forms.gle/JPTSqyBss9S44ZZd8

Para proprietários e/ou editores de portais: https://forms.gle/wtWvDKr9nW4F15CJ7 . Caso atue nas duas áreas, pedimos, por gentileza, que responda os dois.

Para estudantes de jornalismo: https://forms.gle/jCULZ4iPBQCwBe2T6

VI Semana Audiovisual da UESPI com inscrições abertas

Por Roger Cunha

A VI Semana Audiovisual da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) se aproxima trazendo uma oportunidade para reflexões e debates sobre um tema de grande relevância: “Narrativas identitárias e as implicações éticas na produção e no consumo de conteúdos por IA“. Agendada para os dias 04 a 08 de novembro, no Campus Torquato Neto, a semana contará com uma programação diversificada que incluirá palestras, debates, oficinas e exibições audiovisuais.

VI SEMANA AUDIOVISUAL DA UESPI De 04 e 08 de novembro, no Campus Torquato Neto.

A relação entre identidade e tecnologia se torna cada vez mais complexa. As narrativas identitárias, que refletem a diversidade cultural e social da sociedade, são frequentemente influenciadas por algoritmos e ferramentas de inteligência artificial que, embora tragam avanços significativos, também levantam questões éticas fundamentais.

Ana Ilza Medeiros, estudante do 7° bloco de Jornalismo e uma das organizadoras da VI Semana Audiovisual da UESPI, expressou a importância do evento, especialmente no contexto de retorno após a pandemia. “A semana audiovisual retorna pela primeira vez após a pandemia, o que sugere um anseio por retomar a convivência e as interações sociais que foram interrompidas”.

Ela destacou que para a turma que está quase concluindo o curso, participar deste evento é uma oportunidade valiosa: “é muito importante que a nossa turma tenha a oportunidade de participar de algo tão interessante para a UESPI”.  A organizadora também enfatizou o valor da colaboração e do trabalho em equipe, afirmando que a Semana Audiovisual serve para “fortalecer os laços da turma”. A ideia de “colocar a criatividade em prática, idealizando tudo juntos” reforça a importância da interação e da união entre os estudantes, mostrando que o evento é uma oportunidade para desenvolver habilidades coletivas e estimular a criatividade.

Ela concluiu que a programação está sendo planejada para ser “muito especial” e que, certamente, “vai agregar muito tanto para estudantes calouros quanto para veteranos”.

Pedro Lima, estudante do 7° bloco de Jornalismo e organizador da VI Semana Audiovisual da UESPI, destacou a importância do evento para a inclusão de diferentes públicos. “É importante destacar que essa semana é feita não apenas para a comunidade interna, mas também para a comunidade externa. Queremos atingir todos os públicos”, afirmou.

A IV Semana vai acontecer na UESPI campus Poeta Torquato Neto em Teresina-PI

Ele explicou que a temática deste ano une dois tópicos atuais: “Inteligência Artificial e Representatividades”. Segundo o organizador, essa abordagem visa promover uma discussão crítica sobre como a tecnologia impacta a narrativa midiática, especialmente em um contexto marcado por casos de intolerância. “Ainda sofremos com casos de intolerância dentro e fora do Jornalismo, com isso, nos surgiu a dúvida, ‘como as I.A’s estão nesse processo de produção?'”, questionou.

Além disso, ele reforçou a missão da universidade como um espaço de aprendizado e troca. “Afinal, a universidade é isso, ‘ensino, pesquisa e extensão’, feita de todos, para todos”, concluiu, enfatizando a importância de um diálogo que beneficie tanto a comunidade acadêmica quanto o público externo.

A Coordenadora do Programa de Extensão, a Profa. Sammara Jericó, ratificou que a Semana Audiovisual é um importante evento do curso de Jornalismo e também para todos e todas que gostam de fazer e debater a cultura audiovisual. “Convido todos os apaixonados pelo audiovisual. Será uma semana muito rica de trocas de ideias e conhecimentos. As inscrições já foram liberadas, agora, é você fazer e confirmar sua presença”.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do link: Inscrições VI Semana Audiovisual. Não perca essa oportunidade de enriquecer seu conhecimento e fortalecer suas conexões!

Para mais informações, siga o Instagram: @audiovisualuespi.

PREX: cronograma de entrevista para estágio em Jornalismo

Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna público dia, horário e links das
entrevistas do Selevo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo, interessados em
atuar na Universidade Aberta a Terceira idade –
UNATI, Campus Poeta Torquato Neto – Teresina-PI.

CRONOGRAMA DE ENTREVISTA – EDITAL 50-2024

Novos calouros do curso de jornalismo da UESPI recebem boas-vindas de professores e veteranos

Por Roger Cunha 

Nesta segunda-feira (09/09), o curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí, no campus Poeta Torquato Neto, realizou a recepção dos novos calouros. O evento contou com a participação da coordenação do curso, professores e estudantes dos demais períodos, que se reuniram para dar as boas-vindas aos novos ingressantes. A iniciativa tem como objetivo integrar os calouros à vida acadêmica, proporcionando um ambiente acolhedor e informativo para o início dessa nova etapa.

Recepção a nova turma de jornalismo do Campus Torquato Neto

A professora e coordenadora do curso de Jornalismo da UESPI, Rosane Martins, deu as boas-vindas aos novos calouros e durante a recepção, em sua fala, a coordenadora destacou a importância da integração entre alunos e docentes, além de apresentar os setores e a estrutura que estarão à disposição dos estudantes ao longo da graduação.

A Profa. Rosane Martins enfatizou o compromisso do curso com a formação de profissionais qualificados e reforçou o papel do corpo docente na jornada acadêmica dos estudantes. “Estamos sempre juntos em prol de um jornalismo de excelência”, destacou a professora, reforçando a importância da dedicação dos alunos e da união em busca de uma formação sólida e atualizada.

O professor Edvan Luiz compartilhou sua trajetória e reforçou seu compromisso com a UESPI. Ex-aluno da primeira turma de Jornalismo no campus de Picos, ele destacou a importância de escolher a profissão com paixão. “O curso de Jornalismo é realmente para quem gosta”, afirmou. O professor ressaltou ainda a qualidade do curso, enfatizando que “o curso está aqui para proporcionar a vocês boas aulas para que saiam daqui bons profissionais, preparados para os desafios do mercado.”

Professores e Veteranos na recepção da nova turma de jornalismo

José Barroso, professor do curso de jornalismo, com muita empolgação, destacou seu amor pela docência e pela troca de experiências com os alunos. Em suas palavras, ele enfatizou o prazer em estar presente no ambiente acadêmico, compartilhando conhecimentos e convivendo com novas gerações de futuros jornalistas. “Amo estar entre essas quatro paredes. Amo dar aula. Amo estar com pessoas”, declarou reforçando seu compromisso com a formação dos estudantes e sua alegria em fazer parte dessa jornada. Prof. Barroso também aproveitou o momento para dar as boas-vindas aos calouros, expressando sua satisfação em recebê-los e reafirmando que o curso será um espaço de aprendizado constante e crescimento profissional.

O docente Orlando Berti também compartilhou uma reflexão pessoal sobre sua trajetória acadêmica e profissional e ele destacou a importância do jornalismo em sua vida, mesmo sem ter planejado seguir essa carreira desde o início. Em um discurso descontraído e sincero, o Prof. Berti relatou como, inicialmente, havia pensado em cursar Direito, mas logo percebeu que essa não era sua vocação. “Eu não queria ser jornalista. Sou filho de família humilde do interior e, como muitos, a expectativa era que eu seguisse carreiras tradicionais, como Direito, Medicina ou Engenharia. Tentei Direito, mas não gostei. Isso gerou uma grande confusão em casa, pois todos esperavam que eu me tornasse um ‘doutor’. No entanto, acabei me apaixonando pelo jornalismo, mesmo sem querer.” O professor Berti incentivou os novos alunos a aproveitarem ao máximo a experiência universitária, valorizando cada momento de aprendizado e a diversidade de perspectivas oferecidas pelo curso e pela convivência acadêmica.

Recepção aos novos alunos do curso de Jornalismo – Campus Torquato Neto

Samária Andrade, professora do curso de jornalismo, destacou a importância de aproveitar ao máximo a vivência universitária. “A universidade é um espaço de mistura, de diferentes experiências e realidades”, afirmou, incentivando os alunos a se envolverem em todas as oportunidades oferecidas, como ensino, pesquisa e extensão. Ela também ressaltou o valor da interação presencial após o período de ensino remoto. “Venham para as aulas, não percam essa oportunidade de estarem presentes”, disse. Samária e finalizou sua fala encorajando os estudantes a conhecerem os diversos setores da universidade e participarem ativamente da vida acadêmica. “Quanto mais vocês se envolverem, melhor será a experiência universitária”, concluiu.

Durante a recepção aos calouros, a professora Sammara Jericó enfatizou a importância de aproveitar ao máximo as oportunidades que a universidade oferece. Ela descreveu a instituição como uma “janela aberta para um mundo completamente diferente”, incentivando os novos alunos a abordarem o curso com seriedade e compromisso. “Ninguém está aqui para perder tempo, estamos aqui para estudar, aprender e compartilhar”, afirmou, destacando que a sala de aula será um espaço para o crescimento pessoal e acadêmico.

Novos calouros do curso de jornalismo.

A docente Sônia Maria deu as boas-vindas aos novos alunos e destacou a importância da jornada acadêmica que eles estão prestes a iniciar. “Sejam muito bem acolhidos”, iniciou, expressando seu entusiasmo e desejo de conhecer cada um dos alunos individualmente. Ela ressaltou a relevância do curso de Jornalismo e o impacto significativo que ele pode ter na vida das pessoas, afirmando que a experiência acadêmica oferece uma oportunidade para transformar a realidade e contribuir para a construção social. Incentivando os calouros a se engajarem plenamente e a aproveitarem cada momento da trajetória universitária. “Estou ansiosa para ouvir a voz e a história de cada um de vocês. O jornalismo é uma ferramenta poderosa para mudar vidas e criar novas perspectivas.” A professora também enfatizou a importância do trabalho em equipe e da colaboração, sublinhando que o curso é um espaço de aprendizado contínuo e troca de experiências. “Vamos trabalhar juntos para transformar e construir algo significativo. O futuro está nas suas mãos, e cada um de vocês tem o potencial de fazer a diferença”, concluiu, motivando os estudantes a se dedicarem ao máximo ao longo da sua formação.

Representantes dos outros períodos do curso de jornalismo da UESPI

Os representantes do terceiro, quinto e sétimo período do curso de Jornalismo deram calorosas boas-vindas aos novos alunos, destacando o ambiente acolhedor e enriquecedor que os espera. Eles enfatizaram que a universidade oferece um espaço de aprendizado e crescimento com professores dedicados e qualificados. Os veteranos incentivaram os calouros a explorar todos os recursos e programas disponíveis na instituição e a aproveitar cada oportunidade ao máximo, pois o tempo na universidade passa muito rapidamente. Com entusiasmo, reforçaram a importância de se envolver ativamente na vida acadêmica e aproveitar cada momento da jornada universitária para maximizar a experiência e o aprendizado.

Maria Júlia Borges Martins, uma das novas alunas do curso de Jornalismo da UESPI, compartilhou suas motivações e expectativas para a trajetória acadêmica que está prestes a iniciar. Em sua declaração, Maria Júlia revelou que sua escolha pelo curso foi impulsionada pelo desejo de atuar em uma área fundamental para a sociedade, que possui um grande potencial de transformação e evolução. “O que me motivou foi a vontade de atuar e adquirir conhecimento sobre uma área tão abrangente, que é fundamental na sociedade e tem um grande poder de transformação e evolução. Espero alcançar bons resultados, explorar as oportunidades oferecidas e investir continuamente em meu conhecimento”, afirmou.

Docentes durante a recepção dos novos alunos do curso de Jornalismo

Quanto às expectativas em relação ao impacto do curso em sua visão de mundo e desenvolvimento pessoal, Maria Júlia acredita que o Jornalismo proporcionará experiências valiosas e uma compreensão mais ampla das diversas realidades. Ela destacou que, ao vivenciar novas perspectivas, espera ampliar sua visão sobre o mundo e impulsionar seu crescimento tanto pessoal quanto profissional. “O curso de Jornalismo me dará a oportunidade de vivenciar novas experiências e conhecer realidades diferentes da minha. Isso ampliará minha visão sobre o mundo e contribuirá para meu crescimento pessoal e profissional, despertando meu desejo de evoluir como ser humano e como profissional”, completou.

PREX: resultado preliminar do Seletivo para Estágio do Curso de Jornalismo

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna público o resultado preliminar do Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Jornalismo da UESPI, para lotação no Assessoria de Comunicação – ASCOM na cidade de Picos-PI.

SEI_GOV-PI – 014138586.42 – Despacho

PREX: cronograma de entrevista para o seletivo de estágio em jornalismo

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna pública o cronograma de entrevista do Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo para lotação no Gabinete da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX, em Teresina (PI).

SEI_GOV-PI – 014021580 – Despacho

 

PROP: seleção para estagiário de jornalismo

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna pública a abertura de Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Comunicação Social (Jornalismo) para lotação na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) da Universidade Estadual do Piauí, em Teresina (PI).

SEI_GOV-PI – 013953524 – Edital

PREX: seletivo para estágio não-obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna pública a homologação das inscrições do Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo para lotação no Gabinete da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX, em Teresina (PI). 

SEI_GOV-PI – 013938259 – Despacho

PREX: Resultado preliminar do seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Jornalismo

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna público o Resultado Preliminar do Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí, com lotação na ASCOM, em Teresina (PI).

SEI_GOV-PI – 013755478 – Despacho

UESPI Promoverá o 2° Encontro Conversacional sobre Telejornalismo em Picos

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Picos, sediará o segundo encontro conversacional sobre telejornalismo no dia 23 de maio às 14h, no Campus Prof. Barros Araújo. O evento, organizado pelo Laboratório de Estudos em Telejornalismo (LABETELEJOR), visa promover discussões profundas e criativas sobre o telejornalismo audiovisual. O evento é aberto ao público, convidando todos os interessados a participarem das discussões.

A professora de jornalismo Thamyres Sousa explicou a motivação por trás do evento, destacando que a ideia surgiu da professora Rosane Martins durante um encontro do LABETELEJOR. “Dentro do laboratório são desenvolvidas algumas pesquisas sobre essa temática relacionada ao telejornalismo. E aí, o que acontece? A gente tinha uma série de pensamentos, de reflexões sobre esse processo do fazer telejornalístico, mas a gente nunca encontrava uma ponte ali mais próxima com o mercado. Com os encontros conversacionais, a ideia é que a gente reúna quem pesquisa telejornalismo com quem está no mercado desenvolvendo”, explica a Profa. Thamyres Sousa.

Programação oficial do evento.

O evento terá como temas centrais os desafios de fazer, ensinar e pesquisar telejornalismo, além de abordar as artes do fazer dentro desse campo. “A nossa ideia é que a gente reúna esses profissionais, esses professores, esses alunos que vão participar desse momento para que a gente possa falar das nossas dores e também dos nossos ganhos,” explicou Thamyres Sousa. “É interessante essa troca porque o aluno que participa, membro da comunidade que participa desse processo, ele vai entender um pouco mais do telejornalismo, ser estimulado a refletir e, de certo modo, também transformado”, complementou.

Finalizando, a docente também destacou a importância da participação dos discentes em atividades como essas. “O discente que participa de atividades como essas têm a oportunidade de ter um olhar transformador para o telejornalismo. O ensino de telejornalismo hoje é diferente da época em que nós nos formamos. Tem outra proposta, um modo de ensinar que se preocupa com as construções simbólicas que estão sendo trabalhadas ali naquele texto. A ideia é que a gente tenha uma educação transformadora no ensino de telejornalismo e que essa educação transformadora leve também para o mercado uma nova maneira de construir.”

“Vozes UESPI” iniciativa de estudantes de Picos propõe Comunicação Comunitária no Campus

Por Cássio Sousa

Alunos do 6º período do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), no campus Prof. Barros Araújo, em Picos, estão desenvolvendo o projeto “Vozes UESPI”. O principal objetivo desse projeto é promover a comunicação comunitária dentro do campus, informando e conectando a comunidade acadêmica às atividades realizadas na Universidade.

O conceito de comunicação comunitária vai além da simples disseminação de informações. Segundo o professor da disciplina de Comunicação Comunitária, Edvan Luiz, essa abordagem visa estimular os moradores a analisar os problemas de sua comunidade e se desafiarem a enfrentá-los. Através da elaboração de projetos coordenados por representantes comunitários, os alunos aprendem a propor ações concretas, contribuindo significativamente para sua formação.

“Partindo desse pressuposto, a disciplina de Comunicação Comunitária contribui para o crescimento profissional dos alunos, destacando a importância de uma comunicação alternativa e popular. Além disso, ajuda a desmistificar esse tipo de comunicação”, afirma o docente.

 

PROJETO “Vozes UESPI”

@vozes.uespi

O projeto “Vozes UESPI” surgiu de uma atividade prática com alunos do 6º período de Jornalismo, com a intenção de ampliar a circulação de informações entre os estudantes do campus Prof. Barros Araújo. “A ideia nasceu para dar visibilidade e chamar a atenção da comunidade acadêmica para a importância de um meio alternativo de comunicação que reflita a identidade da universidade, superando diversos desafios”, explica o professor.

Equipe do “Vozes UESPI” podcast

A iniciativa é coordenada por três grupos divididos entre os alunos: digital, rádio e impresso. A divulgação do projeto é feita através do Instagram (@vozes.uespi), podcasts e materiais impressos.

A aluna participante, Thaila Vitória, enfatizou a contribuição que a iniciativa promove dentro do campus. “O nosso projeto vem contribuindo com a divulgação de outros projetos, informando sobre o que acontece dentro do campus e as iniciativas que acontecem aqui, lutas e reivindicações que muitas vezes não são vista pela comunidade uespiana geral”, enfatiza

Thaila também aponta que o objetivo do projeto é facilitar a comunicação entre os estudantes. “Queremos unir a classe estudantil do interior por meio do Instagram, abordando temas acadêmicos e externos. A UESPI é nossa prioridade, mas nosso objetivo é promover uma comunicação comunitária, popular e alternativa, trazendo realidades externas e informando sobre elas”, conclui a aluna.

 

1° Simpósio em Jornalismo e Alternativas de Comunicação Promoverá Reflexões e Debates em Teresina

Por Roger Cunha

Nos dias 22 e 23 de maio, a Universidade Estadual do Piauí, através do Grupo de Pesquisa em Jornalismo Trabalho e Mídia: Teoria e Práxis Noticiosa (TRAMPO), sediará o primeiro Simpósio em Jornalismo e Alternativas de Comunicação. O evento, organizado pelos alunos do 4° período do curso de jornalismo, ocorrerá no auditório do Palácio Pirajá, no Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina.

Sob a coordenação dos Professores Samária Andrade e Daniel Solon, o Simpósio vai debater o jornalismo e a comunicação no momento atual. 

Simpósio de jornalismo acontece nos dias os dias 22 e 23 de maio.

“Aproximar a academia e iniciativas de comunicação e jornalismo num momento de muitas mudanças na comunicação e no jornalismo. Vamos refletir juntos sobre o que isso tem permitido, que significados podem ter e desdobramentos, tentando refletir criticamente também sobre o campo de trabalho dos jornalistas em um cenário em transformação”, afirmou a Professora Samária Andrade.

Com palestras, mesas-redondas e oficinas distribuídas ao longo de dois dias, o Simpósio oferece uma oportunidade única de aprendizado e reflexão. No primeiro dia, em 22 de maio, o evento terá início às 14:30 com a apresentação da pesquisa “Experiências Alternativas nas Margens: Iniciativas Comunicativas Contra-Hegemônicas em Teresina (PI)” e será conduzida pelo grupo Trampo Pesquisa. Em seguida, uma mesa-redonda reunirá representantes de algumas das principais mídias contra-hegemônicas da região, prometendo oferecer insights valiosos sobre os desafios e as conquistas enfrentadas no jornalismo comprometido com a verdade e a inclusão.

Já no segundo dia, em 23 de maio, às 14h30, a oficina “O Mercado das Agências” proporcionará uma abordagem prática e dinâmica sobre os desafios e oportunidades presentes no universo das agências de comunicação, ministrada por profissionais experientes da Panda Comunicação.

“Pela possibilidade de abrir espaço na academia para discutir o campo de trabalho e suas mudanças, discutindo junto a agentes que participam desse momento, acredito que esse evento seja muito positivo para nossos estudantes. Precisamos unir reflexão crítica e experiências práticas”, disse a Profa. Samária Andrade

O tema do Simpósio reflete os desafios e oportunidades enfrentados pelo jornalismo e comunicação alternativa na atualidade. “O maior desafio da atualidade para as experiências alternativas em comunicação é operarem dependentes de plataformas digitais que são poderosas e operam desreguladas. Isso também tem que fazer parte das discussões”, disse a professora

O professor Daniel Solon destaca a relevância de discutir o jornalismo e as alternativas de comunicação na atualidade, ressaltando o papel fundamental da universidade e do curso de jornalismo nesse contexto. “A nossa universidade tem um papel importante e o curso de jornalismo nesse sentido de discutir os fenômenos da comunicação, os processos comunicativos, os agentes envolvidos no jornalismo, seja o jornalismo dito tradicional, seja o jornalismo alternativo”.

Ele também reforça a importância da comunicação alternativa. “O evento reforça essa importância da comunicação alternativa no Piauí, que praticamente tem um oligopólio das empresas privadas de comunicação, que já estão alinhadas a determinados projetos políticos e econômicos no Estado. E por outro lado existem outras opções de comunicação, no caso os coletivos de comunicação alternativa, que tem um perfil mais crítico, uma leitura mais crítica da sociedade, da realidade e que isso é muito importante para garantir, portanto, mais debate sobre temas importantes que os grandes meios de comunicação se recusam a tratar.”

Ainda de acordo com os organizadores do evento, espera-se que, ao final do simpósio, os participantes estejam mais conscientes da importância das alternativas de comunicação no contexto atual, capacitados para enfrentar os desafios do jornalismo comprometido com a verdade e a inclusão e inspirados a colaborarem ativamente na construção de um cenário midiático mais diverso e democrático. 

Link de Inscrição (vagas limitadas)

Confira a Programação:

Programa do simpósio de jornalismo.

PREX: resultado preliminar para seleção de estagiário de jornalismo no Torquato Neto

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna público o Resultado Preliminar das inscrições do Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo interessados para lotação na Assessoria de Comunicação-ASCOM no campus Poeta Torquato Neto em Teresina-PI.

SEI-GOV-PI – 011395944 – Despacho

 

PREX: homologação das inscrições para o estágio na Ascom UESPI

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna público a homologação das inscrições do Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo interessados para lotação na Assessoria de Comunicação-ASCOM no campus Poeta Torquato Neto em Teresina-PI.

SEI-GOV-PI – 011246204 – Despacho

Estudante de jornalismo é um dos vencedores da competição internacional de vídeos da ONU

Por Giovana Andrade

“Meu objetivo era mostrar como as desigualdades de oportunidades afetam os sonhos de crianças como João, que almejam uma vida melhor. A produção explora o futebol e a educação como ferramentas de transformação social. O vídeo é um grito contra as barreiras sociais que limitam o potencial de muitas pessoas” destaca Carmo Neto, estudante de jornalismo e ganhador da quarta edição do ‘Human Rights Youth Challenge’, realizado, anualmente, pelo setor de água e saneamento do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Carmo Neto, estudante de Jornalismo.

Carmo Neto é um estudante de jornalismo da Universidade Estadual do Piauí, localizada no campus de Picos. Ele reside a 78 km do campus, na cidade de São Julião. O vídeo premiado é intitulado “O Sonho de João,” uma criação de Carmo que aborda a desigualdade no acesso a oportunidades e como isso pode afetar os sonhos e aspirações de pessoas socialmente vulneráveis.

O curta-metragem foi produzido em inglês e narra a história de João, um menino de nove anos. O vídeo captura momentos nos quais João joga futebol em uma quadra no povoado Mandacaru, além de outras cenas de sua rotina diária.

Ao assistir o vídeo, o espectador é levado a conhecer João, um garoto que aspira a um mundo mais vasto, onde os sonhos ganham asas, o futebol se transforma em arte e poesia, a educação é a chama da esperança e a região semiárida se torna um lugar repleto de oportunidades. Segundo o criador do curta-metragem a ideia foi mostrar a importância de enfrentar as desigualdades de acesso as oportunidades e como isso pode desempenhar um papel crucial na promoção dos direitos humanos e na busca por uma sociedade mais justa.

Carmo Neto explica que produziu o documentário no passado, enquanto cursava a disciplina de Comunicação Comunitária. A partir de algumas conversas que teve com o professor Orlando Berti sobre a importância e a necessidade de internacionalizar a comunicação gerada a partir do seminário e como apresentar esses trabalhos ao mundo, Carmos decidiu fazer o documentário. “Fiquei muito feliz com a premiação. O Plural + é uma competição muito prestigiada e que com certeza vai propagar a mensagem do meu vídeo. Fiquei muito honrado e contente com o resultado”, finaliza o discente

O vídeo já está disponível no Youtube.

PREX: seleção para estágio não obrigatório de jornalismo na Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI)

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna pública a abertura de Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí – Campus Poeta Torquato Neto, Teresina-PI – interessados em atuarem na Universidade Aberta a Terceira idade – UNATI (01 vaga).

EDITAL PREX/DAEC/SEE Nº 54/2023

Estudantes e professores de Jornalismo da UESPI apresentam pesquisas no 46º Congresso da Intercom

Por Vitor Gaspar

Pesquisas do curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) foram apresentadas no 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Intercom, com estudos que abordam questões relevantes da comunicação contemporânea.

Entre estudantes, professores e alguns recém formados, as pesquisas da UESPI apresentaram artigos e análises de comunicação sobre temas diversos, como representação LGBTQIAP+ , o uso da netnografia como tecnologia social, o impacto do metaverso na mídia webjornalística piauiense, os 200 anos da Batalha do Jenipapo, dentre outros pontos.

A maior parte dos projetos é fruto dos programas de pesquisas ofertados pela universidade como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). E para falar sobre isso o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Rauyris Alencar, destaca os investimentos em pesquisa da UESPI que têm sido ampliados ano a ano, o que representa mais recursos para pesquisa, principalmente, para a iniciação científica e tecnológica. Isso se traduz em valores na ordem de 1.092.000 reais anuais com recursos próprios da UESPI, provenientes do Tesouro Estadual.

O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), Rauyris Alencar

Além disso, o professor afirma que a Universidade conta com recursos próprios do tesouro estadual, além de aproximadamente 571.200 reais anuais provenientes do CNPQ para investir em iniciação científica e iniciação tecnológica, bem como com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), que disponibiliza recursos na ordem de 252 mil reais anuais. Esse montante representa investimentos significativos em iniciação científica e iniciação tecnológica, totalizando cerca de 1.915.200 reais anuais.

“Esses investimentos têm gerado resultados extraordinários, com discentes mais bem preparados para se envolverem na pesquisa, como evidenciado na última edição do Intercom. Esse é um reflexo direto dos investimentos, resultando em maior produção científica e na melhoria da qualidade das pesquisas realizadas. Esses resultados destacam não apenas a universidade, mas também o perfil dos alunos e ex-alunos que formamos na UESPI”.

A FAPEPI é responsável por contribuir com quase 30% do investimento nas pesquisas da UESPI

Esse é o maior congresso de Comunicação do hemisfério Sul que acontece desde 1977 e reúne, tradicionalmente, cerca de 3,5 mil pessoas, entre alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais da área. No evento são debatidos tópicos de jornalismo, relações públicas, publicidade, rádio, televisão, cinema, produção editorial e de conteúdo para mídias digitais e políticas públicas de Comunicação, entre outros.

Em 2023, a sede foi Minas Gerais e esta edição contou com uma etapa remota, realizada entre os dias 29 e 31 de agosto de 2023, onde os pesquisadores da UESPI participaram, e uma etapa presencial , entre os dias 05 e 08 de setembro de 2023, na Pontifícia Universidade Católica de Minas – PUC MinasCampus Coração Eucarístico, em Belo Horizonte, com o tema central “Comunicação e políticas científicas: desmonte e reconstrução”.

Linhas de pesquisas variadas:

Na UESPI, o curso de Jornalismo é oferecido nas cidades de Teresina e Picos, onde os professores se envolvem ativamente em pesquisas junto aos estudantes, explorando uma ampla gama de temas.

Um exemplo é o Prof. Dr. Orlando Berti, que tem pesquisa sobre temas relacionados a tecnologia, comunicação digital e redes sociais. O professor costuma explorar a aplicação da netnografia como uma ferramenta para entender e analisar o comportamento online das comunidades, bem como o papel crescente do metaverso na mídia webjornalística piauiense, que utiliza estratégias de crossmedia.

“Atualmente, trabalhamos com tecnologias atuais, incluindo a inteligência artificial, e aplicamos perspectivas legadas em tecnologias sociais para poder oferecer novas respostas nas mediações informacionais. As pesquisas deste ano estão voltadas para questões relacionadas a essas perspectivas, abrangendo tanto as mediações jornalísticas, quanto as tecnologias associadas a elas, bem como questões relevantes para a sociedade em geral”, afirma o professor Berti.

O professor Orlando Berti recentemente lançou um e-book sobre o impacto da inteligência artificial no jornalismo

Uso da Netnografia em Tecnologia Social

Nariani de Sousa Lopes Rodrigues, egressa do campus Torquato Neto, investigou “O uso da Netnografia em um experimento de tecnologia social”. A pesquisa explorou como a netnografia, uma abordagem de pesquisa online, pode ser aplicada para entender questões sociais e tecnológicas em nossa sociedade digital.

A pesquisa de trata de um recorte dos seus estudos no TCC e fala sobre a possibilidade do uso das tecnologias da comunicação que são utilizadas para promover a solidariedade no Piauí no contexto da pandemia da COVID-19. São experimentações que fez em um perfil do Instagram, desde 2021, e que recebeu apoio da UESPI e do CNPq. A pesquisa permitiu a estudante contribuir com a produção acadêmica, ao passo que conseguiu criar uma rede de pessoas e instituições que tenham em comum o desejo de ajudar o próximo.

Nariani, durante a banca de qualificação de seu TCC

Um estudo netnográfico é uma abordagem de pesquisa que se concentra na observação e análise da interação das pessoas em comunidades online, fóruns, grupos de redes sociais e outros espaços virtuais. Esse método de pesquisa visa compreender os comportamentos, as dinâmicas sociais, as práticas culturais e as interações das pessoas em ambientes digitais.

“É uma satisfação produzir pesquisas que pensem a comunicação mais cidadã e interligada com o coletivo. Sinto que estou contribuindo com um mundo melhor através do que eu mais amo fazer, que é pesquisar. Já é a segunda vez que trago a temática para o Intercom e é sempre um prazer falar do Piauí para um evento nacional e de grande visibilidade para os estudantes de comunicação. Todos os grupos de trabalho possuem avaliadores de peso, que realmente trazem comentários e sugestões agregadoras aos projetos de pesquisa produzidas no Brasil inteiro. Saio sempre cheia de ideias e instigada a produzir pesquisas na área”.

A discente durante a apresentação no Intercom de 2022 em João Pessoa

Conscientização na Rede Hospitalar

Anny Santos, estudante do curso em Teresina, estudou “A Rede Estadual Hospitalar do Cuidar da COVID-19: Análise do Instagram dos Maiores Hospitais Públicos de Cada Território de Desenvolvimento do Piauí em 2022″.

O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), por meio de bolsa PIBIC, e analisa como as instituições hospitalares de cada um dos 12 territórios de desenvolvimento do Piauí utilizaram seus perfis no Instagram para conscientizar, esclarecer e alertar a população sobre questões pandêmicas. O artigo é o desdobramento da pesquisa que vem sendo realizada desde 2021, sob a orientação do prof. Orlando Berti, sendo o segundo a ser publicado nos anais da Intercom.

“Acredito que é fundamental enfatizar a relevância de incentivar a pesquisa científica e de representar nossa instituição em um congresso nacional de comunicação. Me sinto feliz, pois além de ser algo que eu amo, a pesquisa científica desempenha um papel crucial no avanço do conhecimento. Investir em estímulos à pesquisa e na representação da nossa instituição em eventos científicos é essencial para o crescimento intelectual e a projeção da nossa instituição no cenário acadêmico”, pontua a estudante do 7º bloco.

A discente Anny Santos

Pós-Pandemia: “Rede Piauí Sem Covid”:

Maria Clara Guimarães, investigou “A ‘Rede Piauí Sem Covid’ dois anos depois. Consequências pós-pandêmicas nas atuações em combater a Covid-19 via Instagram”.

Ela conduziu uma pesquisa abrangente de mais de dois anos, dando continuidade aos estudos iniciados anteriormente sobre a Rede Piauí Sem Covid, fruto do projeto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Yasmin Cunha. Seu trabalho explorou a eficácia do Instagram como ferramenta de comunicação durante a pandemia de COVID-19, enfocando aprimoramentos na vigilância em saúde e na comunicação em momentos de crise. A pesquisa, baseada em teorias de comunicação de autores como Nelson Traquina, Nestor Garcia, e Pierre Bourdieu, além dos insights do professor Orlando Berti, abordou o fenômeno da comunicação em situações de emergência de saúde pública.

A discente durante uma prática jornalística

Clara também observou as reações do público às postagens da Rede Piauí Sem Covid ao longo de dois anos, destacando a importância contínua da conscientização sobre a vacinação, mesmo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter reclassificado a COVID-19 como uma emergência de saúde pública. Seu trabalho contribui para a reflexão sobre os impactos de mais de dois anos de convivência com a doença e reforça a relevância da comunicação em tempos de crise sanitária.

“A pesquisa científica foi muito decisiva na minha vida, não só porque isso melhorou meu currículo, mas também porque vai ser uma porta de entrada para muitas oportunidades que virão. O estudo me mostrou o quanto o uso do Instagram foi bem-sucedido, principalmente porque ele aprimorou a vigilância em saúde e na comunicação não só durante a pandemia mais também em outras possíveis emergências de saúde pública. A partir dessa visão, eu pude compreender as transformações e os desafios enfrentados pelos profissionais durante a crise e também pretendo, de certa forma, contribuir para que mais pessoas entendam todo o contexto disso no nosso estado”.

Print da Rede Piauí Sem Covid

Gamificação, Jornalismo e Inovação

Lara Silva, egressa do curso de Jornalismo, adentrou o mundo da gamificação com o projeto “Gamificação, jornalismo e inovação. O caso do MINP”. A pesquisa investigou como elementos de jogos podem ser incorporados ao jornalismo para engajar o público.

O MINP é um site imersivo e gamificado sobre a pandemia de Covid-19, e a pesquisadora buscou uma linha temporal desde o surgimento do vírus até a chegada das vacinas.

O estudo surgiu como resultado do seu TCC, no qual explorou três eixos fundamentais que permeiam o jornalismo contemporâneo. O primeiro deles diz respeito aos impactos da pandemia no campo jornalístico. O segundo eixo se concentra na inovação no jornalístico e o terceiro trata do uso da gamificação como uma estratégia para inovar e enfrentar desafios, como questões de credibilidade e engajamento do público.

A gamificação é uma estratégia que consiste em aplicar elementos e mecânicas de jogos em contextos que não são jogos em si. Essa abordagem visa envolver e engajar as pessoas de maneira mais eficaz em uma variedade de atividades e processos e ao trazer esses elementos  para o jornalismo, pode se revelar uma ferramenta valiosa para enfrentar crises e manter a atenção dos leitores.

“É gratificante essa troca de experiências com outros pesquisadores, principalmente por ter contato com temas tão diferentes e que ao mesmo tempo conversam entre si. Essa pesquisa já teve a oportunidade de participar de vários Congressos, mas o Intercom é muito especial pela proporção e a importância dele para o jornalismo brasileiro”.

Lara Silva, agora está formada no curso de Jornalismo da UESPI

Facebook como Meio de Comunicação

Mara Cavalcante questionou se “O Facebook vai acabar? Quando a rede de Mark Zuckerberg mostra-se como principal meio de comunicação de uma cidade em plena terceira década do século XXI”. A pesquisa explorou como o Facebook continua a ser uma plataforma crucial de comunicação em nossa era digital.

Natural de Monsenhor Gil, uma cidade com pouco mais de 100 mil habitantes, localizada a 56 km de Teresina, Mara identificou o papel crucial desempenhado pelo Facebook na mediação da comunicação entre os moradores. Em cidades maiores essa dinâmica pode passar despercebida, mas em localidades menores, como Monsenhor Gil, essa influência se torna relevante. Seu objetivo foi contribuir para a identificação de lacunas na comunicação e na produção de informações, bem como para o aprimoramento do uso das plataformas digitais como ferramentas de comunicação, fortalecendo, assim, a comunicação comunitária de maneira abrangente.

Os objetivos da pesquisa envolveram a compreensão dos fluxos comunicacionais em Monsenhor Gil, a análise dos conceitos de comunicação popular e comunitária em meio aos fluxos informacionais do Facebook, a investigação dos conteúdos em circulação e a avaliação da importância dessa plataforma na divulgação de informações no município e seu impacto na vida social da comunidade.

“Quanto ao evento, foi uma experiência maravilhosa. Foi a primeira vez que participei e tive a oportunidade de conhecer pesquisas incríveis de vários lugares do Brasil, e também de compartilhar os resultados do meu trabalho para mais pessoas, o que é muito importante, pois, participando de eventos assim, a gente contribui com a comunidade acadêmica e promove o avanço de mais pesquisas. E quem sabe, mais pessoas se interessem por questões relacionadas ao Facebook e comunicação comunitária na atualidade”, afirma.

Mara Cavalcante, no dia da apresentação

Linha de pesquisa: Jornalismo e Semiárido

Em Picos,  a docente Lana Morais segue a linha entre jornalismo e semiárido, enfocando a redefinição positiva desse território rico em diversidade e potencialidades, além de investigar políticas públicas, tecnologias, educação contextualizada e manifestações culturais locais.

A professora afirma que nos estudos estão sempre contextualizados às características do território, além de produções voltadas para as tradições, manifestações culturais e história. Segundo ela, o processo de redefinição do pertencimento, ou seja, olhar com novos olhos para o semiárido, passa pela compreensão de suas características, história e potencialidades.

“Levar essas pesquisas para congressos como o Intercom (Nordeste e Nacional) faz parte desse processo. A divulgação das pesquisas realizadas na Uespi de Picos tem contribuído muito para o debate entre jornalistas e pesquisadores sobre as representações construídas ao longo da história sobre o semiárido brasileiro”.

A professora Lana Morais ao centro, junto a seus alunos que apresentaram trabalhos no Intercom Nordeste

Apicultura e Identidade Cultural

Lia Barbosa, orientada por Lana Morais investigou “A apicultura como aspecto de memória coletiva e identidade cultural na cidade de Picos–PI: da família Wenzel à Casa Apis”.

Ela conta que a construção de sua pesquisa foi um processo que levou aproximadamente um ano, iniciando em julho de 2021 e culminando com sua formatura em 2022. O objetivo desse trabalho inicialmente era a criação de um livro-reportagem no formato de ebook.

A discente durante sua apresentação

A pesquisa se concentrou em temas relacionados à memória, história e identidade cultural, particularmente em relação a Picos, conhecida como a “capital do mel”. Para embasar seu estudo, a egressa afirma que usou referências de autores que explorassem esses tópicos, coletando relatos de pessoas locais que estiveram envolvidas na história que analisou.

“Durante esse período, compilei todas as informações e criei uma linha do tempo, um elemento crucial para o sucesso do meu projeto. Tive também a oportunidade de interagir com a família Wenzel, sobre a qual escrevi a história. Me aprofundei consideravelmente no universo da pesquisa, conduzindo entrevistas com várias pessoas envolvidas, embora não tenha sido possível entrevistar todos devido à complexidade do tema. Além disso, tive acesso a documentos antigos, que desempenharam um papel fundamental no meu trabalho”.

Linha de pesquisa: Comunicação, saúde e história

A linha de pesquisa da professora Sônia Carvalho examina a convergência entre comunicação, saúde e história, com foco nas representações de saúde e doença nos meios de comunicação. Nesta apresentação no Intercom, foi compartilhada parte de sua pesquisa de doutorado, concentrando-se nas representações das mulheres consideradas “loucas” e na visibilidade das pessoas com problemas de saúde mental nos meios de comunicação, com destaque para a análise da Revista Cruzeiro.

Também foi apresentado um estudo sobre a série de reportagens “Um Vírus e Duas Guerras” produzida pela mídia independente. A pesquisa abordou uma questão social relevante: a situação das mulheres vítimas de violência durante a pandemia, quando muitas delas ficaram confinadas em casa com seus agressores devido aos protocolos de segurança. Foram analisados quatro meses dessa série em duas mídias independentes, a Agência Amazônia Real e a Eco Nordeste.

A professora Sônia Carvalho

Outra realização foi a análise da abordagem da grande mídia, mais especificamente do Jornal Estado de São Paulo, sobre a polêmica do uso medicinal da cannabis. “Este trabalho foi desenvolvido em parceria com a Emilly Alves, que obteve a nota máxima em seu TCC na UESPI. Ficamos satisfeitas em apresentar conjuntamente esse estudo, onde Luna foi a autora principal e eu, na qualidade de orientadora, contribuí como co-autora”.

A professora também falou sobre a satisfação em ver os projetos que nasceram na UESPI recebendo prestígio nacionalmente. “É com imensa alegria que nós, como docentes, compartilhamos nossos trabalhos em eventos acadêmicos. Esse sentimento vai além da publicação nos anais deste que é o maior evento de comunicação do Brasil e da América Latina. Acreditamos profundamente no poder da pesquisa como ferramenta de transformação social, e entendemos que os professores não precisam caminhar nessa jornada sozinhos”.

Objetividade x subjetividade no Jornalismo

Vitória Pilar, egressa, orientada por Sônia Carvalho, realizou a pesquisa: “Um Vírus e Duas Guerras: quebra do mito da objetividade jornalística na pauta da mídia independente sobre Covid-19 e violência contra à mulher”.

O trabalho  sendo apresentado no Congresso

A pesquisa  investiga como a objetividade jornalística, que geralmente é considerada um pilar do jornalismo tradicional, pode ser desafiada ou questionada quando se trata da cobertura de eventos complexos e sensíveis, como a pandemia de Covid-19 e a violência de gênero.

Concentrando as produções e publicações de cinco mídias independentes durante a pandemia, ela aborda os desdobramentos sociais provocados pela pandemia em relação às violências domésticas contra as mulheres. A série analisada, “Um Vírus e Duas Guerras”, foi publicada por cinco diferentes veículos: o portal Catarinas, o Ponto de Jornalismo, o Projeto Colabora, a Agência Econordeste e a Amazônia Real.

A escolha dessa série foi baseada em critérios de representatividade, diversidade e originalidade, onde a pandemia é tratada como um elemento contextual, um “personagem” que não é o foco central, mas que influencia os desdobramentos abordados. “Um Vírus e Duas Guerras” discute a guerra contra a Covid-19, como uma crise sanitária, e a guerra contra a violência contra as mulheres, que ocorreu durante os períodos mais críticos da pandemia.

A pesquisa analisou cerca de 14 matérias publicadas por essas mídias independentes ao longo de 2020, com foco nos primeiros e segundos semestres devido à ênfase das tragédias causadas pela pandemia nesses períodos. Além de abordar questões sociais importantes, o estudo também investiga a produção de um jornalismo cada vez mais multimídia, que incorpora texto, vídeo, fotografia e áudio, refletindo os rumos do jornalismo web.

“A pesquisa já tem quase três anos ainda serve como objeto de entendimento para um período que foi tão crítico e decisivo para a humanidade. Trabalhos como esses ajudam a gente a entender as questões complexas dos nossos tempo, mas principalmente entender como o jornalismo e suas estratégias se comportam meio á crises – sejam elas humanitárias, sanitárias ou políticas”.

Vitória Pilar se formou em 2023 no curso de Jornalismo

Percursos da Loucura na Mídia

Maria do Socorro de Moura, orientada pela Profa. Sônia Carvalho, pesquisou  os “Percursos da Loucura: da Sucursal do Inferno na Revista O Cruzeiro (1961) às narrativas jornalísticas que dizem dos loucos de todos nós”.

A discente conta que estudou, especificamente, a reportagem especial intitulada “Hospício de Barbacena – Sucursal do Inferno,” publicada na edição n° 31 da Revista O Cruzeiro, datada de 13 de maio de 1961 e escrita pelo repórter José Franco. Nosso foco está na análise dos aspectos do jornalismo envolvidos na abordagem do tema da loucura, bem como nas questões de gênero relacionadas a essa reportagem.

“A importância reside em trazer, de forma mais frequente, a temática da loucura para o debate público. Além disso, buscamos refletir sobre como a prática jornalística se relaciona com nossa realidade, compreendendo como a figura do louco é inserida na sociedade como um ser humano individual e coletivo. Nossa intenção é contribuir para os debates públicos, examinando como os textos jornalísticos nomeiam os indivíduos considerados portadores de transtornos mentais e como essas representações influenciam a percepção da sociedade sobre o tema”.

Registro da pesquisadora

Repensando narrativas jornalísticas

Emilly Alves, sob orientação de Sônia Carvalho, realizou a pesquisa: Entre o Tabu e a Transformação: reconstruindo as narrativas sobre a restrição da cannabis medicinal no jornal O Estado de São Paulo em 2022.

A pesquisa foi um recorte de seu TCC, uma monografia, que teve como tema cannabis e imprensa. O objetivo do trabalho foi entender o posicionamento do jornal diante do tema, como foi abordado pelos repórteres e como essas narrativas veiculadas pelo jornal podem, em última instância, contribuir para a construção sócia de significados acerca da planta.

“Por ser considerado um tema polêmico, falar sobre cannabis, especialmente no meio científico e acadêmico, pode ser considerado uma transgressão do senso comum. Ao meu ver, é muito importante densificar esse tema, tendo em vista que ele perpassa por diversas camadas sociais, políticas e econômicas. Falando como recém formada em jornalismo pela Uespi, foi muito significativo participar pela primeira vez do Intercom e falar sobre esse tema, representando o Piauí e nossa universidade”.

A jornalista recém formada Emilly Alves

Comunicação para a transformação social

Flávio Menezes Santana, docente do campus de Picos, trabalha desde o mestrado com a perspectiva da Comunicação para a transformação social, ou seja, pensar a comunicação como uma ferramenta de mudança e socialmente mais comprometida com a sociedade. Cita como exemplo disso são as perspectivas da Comunicação comunitária, alternativa e popular e da Folkcomunicação.

A primeira ideia parte de uma mobilização comunitária em que os sujeitos de uma determinada comunidade atua na produção jornalística em canais de comunicação, como jornais de bairros e rádios comunitárias, em prol da cidadania. Em outras palavras, é um jornalismo mais comprometido que pode prestar serviços à comunidade na transmissão de informações da localidade que visem o exercício da cidadania.

Já a segunda, por sua vez, busca reconhecer e legitimar as práticas de comunicação artesanal do povo baseada, muitas vezes, na cultura local, como é o caso do cordel e outras manifestações populares que representam formas questionamento de resistência.

Na Uespi, tem trabalhado com essa linha no grupo de pesquisa “Comunicação, Ação e Transformação (ComTransformAção)” e no projeto de Pibic financiado pela FAPEPI intitulado “Comunicação para a transformação do bairro Morada do Sol a partir da Folkcomunicação e da Comunicação Comunitária”, que desenvolve com sua orientanda Ana Vanessa Torres.

Neste trabalho, que foi apresentado pelo docente de forma presencial em Minas, eles analisaram como os portais de notícia da cidade de Picos tem noticiado o bairro Morada do Sol para avaliar como a mídia tem contribuído no processo de marginalização social da localidade.

“Constatamos que essa mesma mídia tem responsabilidade na exclusão e na marginalização do bairro e, portanto, não pratica um jornalismo comprometido com a cidadania e apresentar esse trabalho no Intercom permite que articulemos melhor nosso projeto, através da contribuição das discussões do grupo, além de contribuir com o avanço das pesquisas das Ciências da Comunicação no Brasil e dar respaldo a nosso trabalho, que tem sido essencial para pensar em um sociedade mais justa e socialmente mais comprometida”.

O professor Flávio Santana durante sua apresentação

A discente, Ana Vanessa Torres complementa que a pesquisa parte do princípio de que a Folkcomunicação e a Comunicação Comunitária têm um papel relevante na promoção de uma visão crítica da sociedade. Segundo ela, cada comunidade possui sua maneira única de se comunicar, com expressões e vivências intrínsecas a sua realidade, porém, frequentemente, essas particularidades culturais das comunidades à margem da sociedade são negligenciadas pela mídia convencional.

“Eu estou extremamente feliz em participar do projeto e ser orientanda do professor Flávio Menezes, que desenvolve um papel fantástico na UESPI de Picos, e ainda mais feliz de ter um artigo sendo apresentado no Intercom, dando visibilidade à importância do nosso projeto, à Universidade Estadual do Piauí e à FAPEPI também. Infelizmente, não puder ir ao evento, mas estou torcendo e enviando energias para o professor Flávio, sei que dará tudo certo. O ComTransFormaAção será bem recebido e a nossa pesquisa servirá de base para muitos outros pesquisadores e, confiantemente, para mudança social e comunicacional da comunidade.

Registro da primeira visita que os pesquisadores fizeram no bairro Morada do Sol em Picos

Outras pesquisas que foram desenvolvidas:

Fruto de seu estudo no doutorado, a professora Sammara Jericó pesquisou: “A narrativa jornalística, história e memória: com a comemoração dos 200 anos da Batalha do Jenipapo foi (re)contada nas matérias de três portais piauienses – G1 Piauí, O DIA e Cidade Verde”. 

No trabalho, o Jornalismo é colocado para além de um meio de retratar o dia-a-dia, o cotidiano e o agora, e sim como elemento significativo para construção de conhecimento por meio da divulgação de informações e, consequentemente, como meio capaz de contribuir para a preservação da memória histórica de fatos como a Batalha do Jenipapo. Assim, o objetivo geral foi identificar, por meio de uma análise de conteúdo, como os portais retrataram um feito histórico tão relevante para a história do Brasil e do Estado.

A docente afirma que a importância do tema está em contribuir para o entrelaçamento de áreas, como Jornalismo e História; onde elas podem contribuir para conhecimento de fatos, como a batalha do jenipapo. De acordo com ela, outro fator importante está em estudar a própria mídia quanto aos aspectos ligados a sua prática, rotinas e funções.

“Foi a primeira vez que apresentei um artigo sozinha no Intercom e me senti muito ansiosa e muito feliz. Em outra oportunidade, estava como co-orientadora e fiquei menos nervosa. Mas essa sensação de alegria é boa, porque demonstra o quanto ainda a pesquisa me motiva, me deixa feliz e me incentiva a buscar novos desafios acadêmicos”, afirmou.

A profa. sammara Jericó tem, desde o mestrado em Antropologia, trabalhado com temáticas que interligam o Jornalismo, História e Antropologia

 

Já de forma presencial, a professora Samária Andrade, juntamente de André Gonçalves (PPGCOM – UFPI) apresentaram o trabalho: “Experiências alternativas nas margens: iniciativas comunicativas contra-hegemônicas em Teresina-PI”. 

A pesquisa contou com a colaboração do grupo de pesquisa TRAMPO da UESPI/CNPq e foi apresentado pelos docentes no grupo Economia Política da Informação e Cultura.

Com a colaboração dos jornalistas Ricardo Claro e Vitória Pilar, este estudo examina transformações na indústria da comunicação, destacando iniciativas comunicativas contra-hegemônicas no cenário atual, alterado e dominado por grandes empresas de plataformas digitais. A docente Samária Andrade destacou que estas iniciativas são heterogêneas e oscilam entre a concentração midiática e a contestação à mídia convencional, apresentando formas variadas de produção, distribuição e financiamento.

“A pesquisa foca em agentes contra-hegemônicos, em Teresina (Piauí), surgidos após 2010, descritos como “os alternativos dos alternativos”, ou seja, agentes marginais à comunicação mainstream e também à comunicação contra-hegemônica central. A metodologia inclui observação empírica e aplicação de questionários. As análises buscam entender características e relações dessas iniciativas com o contexto de mudanças globais na comunicação”.

André Gonçalves e Samária Andrade durante a apresentação da pesquisa

 

Mais trabalhos sobre o campo jornalístico

Maria Cecília de Souza, orientada por Orlando Berti trouxe “O metaverso na mídia webjornalística piauiense que faz crossmedia”. O projeto explorou como o metaverso está moldando a narrativa jornalística online e como as notícias são adaptadas para diferentes plataformas digitais.

Comunicação e Representação LGBTQIAP+ no vídeoclipe “MONTERO (Call Me By Your Name)” do cantor Lil Nas X – Danilo Costa dos Santos, com orientação de Flávio Menezes Santana.

Professora da Uespi é indicada ao principal premio de literatura do pais

Por Giovana Andrade

A professora do curso de Jornalismo do campus Poeta Torquato Neto, Daiane Rufino, juntamente com sua irmã, a professora Maria Helenita Rufino, egressa do nosso curso de Ciências Biológicas, receberam a indicação para o Prêmio Jabuti, o mais importante concurso literário do Brasil, promovido pela Câmara Brasileira do Livro.

Daiane Rufino e Maria Helenita, irmãs coordenaram projeto de formação de novos autores na cidade de Ipiranga do Piauí.

No ano de 2023, o prêmio atinge sua 65ª edição. As duas estão concorrendo na categoria Fomento à Leitura com o projeto intitulado “Ipiranga 60 anos – história, memória e cultura de um povo” desenvolvido entre os anos de 2021 e 2022 no município de Ipiranga do Piauí, região Sudeste do Estado.

37 autores da cidade de Ipiranga do Piauí foram formados pelo projeto.

Ao todo, foram conduzidas 200 entrevistas, envolvendo um total de 240 participantes no projeto. Essa iniciativa contou com o apoio fundamental da Prefeitura Municipal, por intermédio da Secretaria de Educação do Município. O prefeito da cidade Elvis Ramos e o secretário de Educação de Ipiranga, Gilberto Vieira encaminharam o livro produzido pelos participantes do projeto para as escolas e bibliotecas, como instrumento de uma educação contextualizada nas experiências históricas do município.

Incentivando a escrita e a pesquisa histórica, o projeto buscou revisitar à ancestralidade da população local, a partir de relatos de memórias de seus moradores. “Buscou-se elaborar uma narrativa histórica contada por olhares diversos, onde a população teve a oportunidade de dizer o que considerava importante no percurso de constituição da própria cidade”, descreve Daiane Rufino.

Ainda de acordo com ela alguns diferenciais tornaram o projeto muito singular: o primeiro deles, a oportunidade para que cidadãos comuns de um município do interior do Nordeste se tornassem autores de um livro e, segundo, o incentivo à população desta cidade a ler uma obra literária sobre sua própria história. “Entre os resultados mais impactantes do projeto estão os depoimentos de moradores dizendo que leram um livro pela primeira vez na vida e isto é emocionante, é gratificante”.

Sr. Joaquim Borges do Rego, 94 anos, lendo sobre sua cidade e sua própria história no livro que teve sua filha como uma das autoras.

Sobre o Prêmio Jabuti:

Prêmio Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Criado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a CBL, com o interesse em premiar autores(as), ilustradores(as), livreiros(as), editoras e gráficas que se destacassem a cada ano.

Em Picos, curso de Jornalismo inicia atividades do projeto “Laboratório de Comunicação Organizacional”

Por Vitor Gaspar

O curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) deu início, nesta semana, o projeto Laboratório de Comunicação Organizacional (LabCom) no campus Prof. Barros Araújo, em Picos.

O projeto LabCom, Coordenado pelas Professoras Ruthy Costa e Mayara Ferreira, tem como objetivo desenvolver competências e habilidades em comunicação organizacional, além de oferecer atendimento eficaz às demandas de comunicação estratégica para eventos na comunidade da UESPI.

A professora Ruthy Manuella de Brito Costa destaca que o LabCom proporciona aos estudantes a experiência prática em diversas áreas jornalísticas, abrangendo desde a produção de notícias até o gerenciamento de redes sociais. “Tudo isso será oportunizado através da organização e cobertura jornalística dos eventos acadêmicos do nosso campus. Nossa proposta é que, futuramente, o nosso projeto se transforme em programa através de uma agência júnior do curso de Jornalismo da Uespi de Picos”.

As atividades abrangem a divulgação e planejamento de eventos, oferecendo serviços como produção de conteúdo audiovisual, cerimonial, notícias institucionais e conteúdo para redes sociais. A estudante Rebeca da Silva Santos Dias ressalta a importância do projeto para a formação acadêmica:

“O projeto será extremamente benéfico tanto para o Campus de Picos quanto para nós, estudantes que participamos dele. Será uma experiência enriquecedora que nos permitirá chegar ao mercado de trabalho com habilidades adicionais. Sabemos que ter uma graduação em Jornalismo não é suficiente, é necessário buscar conhecimentos extras, e o LabCom é a porta de entrada para um mundo de possibilidades. Estou animada para aprender e colocar em prática tudo o que for ensinado durante o projeto”.

O Laboratório de Comunicação tem potencial para atender diversas demandas organizacionais dos eventos dos cursos, proporcionando experiência profissional aos estudantes de Jornalismo. O projeto também promove maior visibilidade para a universidade, cursos e estudantes. Para acompanhar as atividades, acesse a página do curso no Instagram: @cursojornalismouespi.

Jornalismo Picos: curso desenvolve projeto “Hemeroteca: um lugar de memória do jornalismo de Picos-PI”

Por Anny Santos

O curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Prof. Barros Araújo, em Picos, desenvolve o projeto “Hemeroteca: um lugar de memória do jornalismo de Picos-PI”.

Uma hemeroteca consiste nos conjuntos organizados de periódicos como jornais, revistas ou obras em série, sendo entendida como arquivos (ou centros de documentação) reservada à guarda, custódia e conservação de materiais do gênero. No caso do projeto, trata-se de uma iniciativa que se origina do Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária (PIBEU).

Sendo coordenado pelas professoras Mayara Ferreira e Thamyres Sousa, o projeto surgiu a partir de uma necessidade observada pelas professoras de se criar uma hemeroteca para os alunos da instituição. Segundo a professora Mayara Ferreira, a ideia também se atribui as pesquisas desenvolvidas pela Liga Acadêmica de Jornalismo, Educação e Memória (JOEME).

“Sentimos a necessidade de termos um acervo do Jornalismo de Picos, um lugar que pudéssemos usar como consulta e fonte de pesquisa. Além dos alunos, esse projeto beneficia a comunidade, porque além de construir um acervo físico de memórias, onde teremos periódicos de jornalismo de diferentes épocas da cidade, a ideia é educar a sociedade sobre a importância de preservar a memória, através da oferta de minicursos voltados para essa temática com estudantes de escolas publicas”, destaca.

A Extensão é uma das funções sociais da universidade, realizada por meio de um conjunto de ações dirigidas à sociedade. As atividades objetivam estimular e apoiar o desenvolvimento da ação extensionista como prática acadêmica e sociocultural, sendo desenvolvida por docentes e discentes da UESPI.

Thaila Vitória Santos Vieira, aluna do 4° período de Jornalismo e voluntária do projeto, também acredita que a iniciativa contribui para a comunidade interna e externa da UESPI, academicamente, historicamente e culturalmente, ao criar um acervo de memórias sobre a história jornalística de Picos. “É um projeto importante para os alunos do curso de Jornalismo, mas também para todos da cidade. É um meio de armazenar e guardar dados que estão sendo apagados com o tempo”.

Acompanhe o projeto no perfil do Instagram @hemerotecauespi

Alunos do curso de Jornalismo trabalham na produção do livro-reportagem “Teresina de Esperança”

Por Clara Monte

Alunos do 3° período do curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí, Campus Poeta Torquato Neto, estão trabalhando na produção do livro-reportagem : “Teresina de Esperança“.

O projeto tem como foco contar histórias de pessoas beneficiadas por ações solidárias na capital. A atividade está relacionada à disciplina Técnicas de Entrevistas, Reportagem e Pesquisa, ministrada pela professora Sammara Jericó. Para o desenvolvimento do trabalho, a turma foi dividida em 5 grupos e cada um ficou com um tema diferente: Mulheres, Vulnerabilidade Social, Comunidade Lgbtqia+, Esporte e Artes.

Professora Sammara Jericó com a turma do 3° Período de Jornalismo

A docente Sammara Jericó explica que as reportagens tinham o objetivo de levar os alunos a terem uma experiência de como fazer uma matéria jornalística, tanto sua escrita, como vivenciando a prática do jornalismo em campo.

“Os grupos tiveram quase um mês para a feitura dessas matérias e, durante esse período, levaram muito chá de cadeira de fontes, que desmarcaram na hora, como também foram muito recebidos por outras pessoas que se colocaram a disposição para contribuir. Na entrega dessas reportagens, fiquei muito feliz com os resultados e mais feliz ainda pelo entusiasmo e feedback da turma”.

A professora acrescenta que os discentes se inspiraram no próprio trabalho para a construção de outros projetos, como PODCAST e uma conta no Instagram para promoção do trabalho.

Pedro Victor Lima, discente da turma, foi um dos alunos que teve a ideia do Podcast. Ele conta que o programa terá 3 episódios. O primeiro sendo direcionado para o tema de vulnerabilidade social nas ruas, no segundo, o assunto será transitado entre esportes e artes, e o último terá como foco a comunidade Lgbtqia+ e mulheres.

“Durante os episódios, nós vamos tentar mostrar as histórias contadas nas reportagens, só que de maneira diferente, principalmente, focando na perspectiva dos nossos repórteres. A gente escolheu um membro de cada grupo para contar as experiências no decorrer da jornada do trabalho, além de citar algumas histórias que estão nas reportagens impressa, porque o importante é justamente fazer com que as pessoas conheçam esses relatos, que mudaram toda a nossa ideia de projetos sociais. Por isso, achamos interessante, para além do material impresso, a gente pensar e executar um programa de áudio para contar que nossa capital é sim uma cidade solidária e de esperança”.

O projeto do livro será enviado para a Editora da Uespi para avaliação e a expectativa de toda a turma é que seja publicado.

Temas

MULHERES

A representante do grupo, Ana Ilza de Medeiros, conta que o tema “Mulher” será o capítulo introdutório do livro.

O principal objetivo da reportagem foi mostrar os principais projetos sociais que ajudam o público feminino de Teresina no que diz respeito a violência, saúde e empreendedorismo.

“A gente teve como porta de entrada a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM), onde tivemos encontros com psicólogas e assistentes sociais. Tivemos a oportunidade de conhecer muitos projetos em ação para a defesa social da mulher. Além disso, também fomos ver de perto lares como: Esperança Garcia e Francisca Trindade, centros esses que acolhem mulheres em situação de vulnerabilidade e violência. Para mim, o trabalho me possibilitou ter a minha primeira vivência em campo e foi uma experiência muito desafiadora, pois tive que abordar pessoas com autoridade. Tenho certeza que foi o começo da minha carreira na área”.

Encontro das repórteres com as componentes da Secretaria do Estado de Políticas para Mulheres

ARTE

O aluno Saymon Lima ficou no grupo que teve como tema “Arte”. Ele afirma que desde criança  se sentiu representado na arte e, por isso, se propôs a contribuir com toda a sua equipe.

“Nós fomos atrás do Diretor do Teatro Quatro de Setembro, que nos concedeu uma entrevista sobre eventos artísticos na capital e, a partir disso, descobrimos que pessoas de vulnerabilidades sociais podem ter acesso aos espetáculos sem pagar. Eu fiquei muito feliz ao saber, pois eu, que sou do meio, não tinha ideia disso. A nossa intenção foi mostrar o quanto a arte pode ajudar na vida dessas pessoas. Na nossa reportagem contamos histórias de vidas reais que foram salvas pela mundo artístico e , hoje, ajudam outras pessoas a enxergarem  o mundo de uma forma mais bonita Foi realmente gratificante poder participar desse projeto”.

Gafiteiro Léo Dhieck transformando o mundo em arte

ESPORTE

Para a aluna Camille Paranhos a escolha do tema foi entusiasmante, pois tem como sonho seguir no jornalismo esportivo. Ela conta que, durante a prática no campo, o grupo trabalhou com três esportes: Badminton, Judo e Skate.

“O que era pra ser apenas a nossa última nota do período, acabou crescendo e se tornando um projeto maior. Quando entramos em campo, percebemos que tinha muito a ser contato e, durante as pesquisas, decidimos ir por um outro lado do esporte, não só o que faz um campeão, mas aquele que forma um cidadão. Descobrimos muitas bolsas de auxílio para jovens que anseiam o mundo esportivo e que, apesar de pouco, ajuda muito no pão de cada dia de muitas famílias. Nosso foco foi justamente mostrar que o esporte é mais que chegar no ponto mais alto do pódio, é  transformar pessoas positivamente”.

Esporte como forma de valores

VULNERABILIDADE SOCIAL (MORADORES DE RUA)

Maria Vitória da Silva mostrou-se emocionada com o projeto do seu grupo, por se tratar de um assunto delicado, a aluna conta que teve muitas dificuldades nos acessos de fontes, pois pessoas com vulnerabilidade se negam a falar da sua situação.

“Foi muito difícil ter esse acesso por se tratar de um assunto sério e delicado.  Esse trabalho fez com que a gente tivesse um olhar mais sensível para a situação dos moradores de rua. Foi minha primeira experiência em campo e pude ver como funciona o jornalismo real e o quanto é gratificante ter a oportunidade de conhecer histórias de pessoas que, provavelmente, eu nunca iria conhecer em outra circunstância. Nós descobrimos muitos projetos sociais e pessoas sem muito a oferecer e que mesmo assim tentam muito ajudar o próximo. Foi emocionante participar desse tema e serviu muito para o meu aprendizado acadêmico e de vida”.

Pessoa em situação de rua, dormindo em praça pública de Teresina

COMUNIDADE LGBTQI+

Representante do grupo, Laura Beatriz Alves, conta que seu grupo foi o único a fazer todo o projeto virtualmente, pois tiveram muitas dificuldades na acessibilidade com as cedes sociais que apoiam essa comunidade.

“O nosso trabalho tinha como objetivo trazer visibilidade a grupos pequenos que ajudam muito na luta pelos direitos dos Lgbtqi+, mas não foi fácil, tivemos muitas fontes não acessíveis e, infelizmente, não conseguimos tirar nossas fotos autorais. Mas isso não tirou nossos aprendizados durante a produção das matérias. O nosso grupo tem duas pessoas que fazem parte dessa comunidade, então, serviu para eles se sentirem mais próximos do tema e mais vistos pela sociedade. Apesar das dificuldades, durante as entrevistas, eu realmente aprendi muito sobre o assunto, principalmente a diferenciar cada termo e entender de verdade a importância sobre o tema”.

Diretora do Grupo Matizes na solenidade do dia mundial contra lgtfobia

Foi criado o Instagram @Teresinadeesperanca para mostrar o diário de produção do Livro-Reportagem.

“Roda Com Podcast: Produção e Descentralização” acontece neste sábado no canal do Youtube da UESPI

Por Anny Santos

O curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, realiza neste sábado (14) o “Roda Com Podcast: Produção e Descentralização” com transmissão pelo canal da UESPI no Youtube a partir das 9h.

O evento é promovido pela Profa. Samária Andrade, idealizadora do Grupo de Pesquisa Trampo vinculado ao curso, e de acordo com a docente a participação é gratuita e tem certificação. A proposta é discutir sobre produção e descentralização de Podcast e contará com a participação do Malamanhadas, uma produtora que busca incentivar a produção de podcasts nordestinos.

Formado por Ananda Omati, Aldenora Cavalcanti, Jhoária Carneiro e Jade Araújo, o Malamanhadas é um projeto independente criado no Piauí que busca refletir e debater questões diversas levando em conta a perspectiva de quem vive e/ou produz conhecimento, mudando a ótica de assuntos pautados na sociedade.

Para Ananda Omati, idealizadora e co-fundadora do Malamanhadas, é imprescindível se discutir novas formas de mídia e de produzir jornalismo para além das plataformas tradicionais. Segundo ela é importante trazer novas discussões e dar espaço também para quem já vem produzindo, justamente para ter esse diálogo entre a prática e a teoria dentro da academia. O podcast é um diferencial dentro dessas mídias, porque tem uma maior abertura nas possibilidades de criação experimental .

“Espero que os estudantes compareçam a roda de conversa. Vai ser muito massa. Nós do Malamanhadas vamos trazer muitos exemplos e discussões para ajudar e acrescentar os estudos sobre comunicação social”, finaliza Ananda Omati.

Segundo a professora Samaria Andrade, o “Roda Com” traz temas atuais que despertam interesse no campo da comunicação e leva a discussão para além da sala de aula, sendo aberto também para profissionais e comunidade em geral.

“Os podcasts têm sido um formato bastante usado por veículos de comunicação convencionais, por mídias alternativas e por grupos diversos. Isso se deve a permissão das possibilidades tecnológicas e ao sucesso do próprio formato, que tem grande e diferenciados públicos. Então nos interessa discutir esse formato e tentar compreendê-lo um pouco mais enquanto oportunidade de produção e de descentralização de temas e diversificação de falas, refletindo também sobre limites e possibilidades”.

Acompanhe através do link. 

PREX: resultado preliminar do estágio em Jornalismo

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudans e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudans e Comunitários – DAEC, torna público o Resultado Preliminar do Processo Selevo para Estágio Não Obrigatório do Curso de Bacharelado em Jornalismo da UESPI para lotação na Administração Superior desta Universidade, Campus Poeta Torquato Neto, Teresina – PI, conforme Edital UESPI/PREX/DAEC/SEE No 64/2022.

SEI_GOV-PI – 6220756 – Edital

PREX: resultado preliminar para o estágio de Jornalismo e Direito

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudans e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudans e Comunitários – DAEC, torna público o Resultado Preliminar do Processo Selevo para Estágio Não Obrigatório dos Cursos de Bacharelado em Jornalismo e Bacharelado em Direito da UESPI para lotação na Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudans e Comunitários – PREX, desta Universidade, conforme Edital UESPI/PREX/DAEC No 62/2022.

SEI_GOV-PI – 6193120 – Edital

PREX: Aditivo referente ao seletivo de estágio não-obrigatório dos cursos de Jornalismo e Direito

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX) e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC, torna público o Aditivo I ao Edital UESPI/PREX/DAEC/SEE No 62/2022 referente ao Processo Seletivo para Estágio Não Obrigatório dos Cursos de Bacharelado em Jornalismo e Bacharelado em Direito, para lotação na Pró- Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX, Campus Poeta Torquato Neto, Teresina -PI.

ADITIVO PREX

 

PREX: edital para seleção de estagiário do curso de jornalismo

A Universidade Estadual do Piauí, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudans e Comunitários – PREX e do Departamento de Assuntos Estudans e Comunitários – DAEC, torna pública a abertura de Processo Selevo para Estágio Não Obrigatório dos Cursos de Bacharelado em Jornalismo e Bacharelado em Direito da UESPI para lotação na Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudans e Comunitários – PREX, desta Universidade.

EDITAL PREX

Conecta ENADE: chegou a vez do curso de Jornalismo conhecer mais sobre o Exame

Por Vitor Gaspar

O Programa Conecta ENADE realizou na manhã desta quinta-feira (27), no laboratório do Pirajá, campus Poeta Torquato Neto em Teresina, uma palestra voltada aos professores e coordenadores do curso de Bacharelado ao Jornalismo trazendo dicas, detalhes e todas as informações relacionadas ao Exame previsto para acontecer em novembro.

Professores e alunos de Jornalismo reunidos no auditório

O curso de Bacharelado em Jornalismo é um dos selecionados a realizaram o exame no próximo mês. A proposta, de autoria da Administração Superior da Instituição, representadas pelo Prof. Dr. Evandro Alberto e o Prof. Dr. Jesus Abreu respectivamente, visa atender aos ciclos do Enade e ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), de modo permanente.

Tales Antão, diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e membro da equipe técnica conta que durante o encontro com os alunos concluintes do curso de Jornalismo foi apresentado o Programa e sobre o processo de avaliação da prova.

“Falamos da importância desse estudante concluinte em responder uma prova assertiva para que a gente possa manter a nota que hoje é 4 e quem sabe chegarmos ao 5 a partir dessa avaliação. Então falamos um pouco desse processo de avaliação e sobre o SINAES, que é Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior e posteriormente oferecemos uma oficina de Língua Portuguesa”.

Momento em que o Professor Tales Antão discursava no auditório

A professora Rosário Batista, integrante da equipe técnica destaca que o objetivo dessa oficina é fazer com que o aluno entenda a importância e o que ele pode contribuir em relação ao ENADE. “É importante que eles tenham conhecimento de toda a estrutura da prova, o tipo de questão, de asserção, e razão para que ele tenha uma noção da responsabilidade com relação ao Enade, além de tomar conhecimento que esse é um componente curricular obrigatório”.

Professor efetivo do quadro desde 2006, Américo Abreu se sente satisfeito estando na reunião que demonstra a preocupação da UESPI com o exame, pois segundo ele, é esperado que haja uma evolução, ressaltando que esse é o índice que proporciona uma série de políticas e estratégias para a instituição.

“Foi explicado aqui como é que funciona, quais são as fundamentações, para que esses alunos trabalhem bem e sejam exitosos na prova para que nos ajudem a construir mais esse curso, além de melhorarem ainda mais a nossa média para que futuramente os alunos de jornalismo ingressem em um curso nota 5.

Thiago Amorim, da equipe de Língua Portuguesa comentando sobre a estrutura da prova

O exame avalia a qualidade das instituições, com conceitos que variam entre 1 e 5, o estudante pode pesquisar e ingressar na Instiuição melhor avaliada. Dessa forma, ter uma nota alta no Enade beneficia tanto a IES quanto o aluno, pois o resultado é um qualificador da própria universidade, sendo assim estando registrado no histórico escolar do estudante.  

Atualmente o curso de Bacharelado em Jornalismo está avaliado com a nota 4 no ENADE e a meta de toda o corpo docente é evoluir ainda mais com a finalidade de que a nota máxima seja atingida. Trazendo a perspectiva dos estudantes, o discente Ricardo Claro, aluno no 7º Bloco ressalva que esse encontro foi importante para que se tenha esse preparo. “A maior parte das dicas passadas aqui foram de questões de interpretação, análise de texto, além dessa questão de gráficos, e também sobre a parte discursiva que apesar de serem poucas também são muito relevantes”, encerra o aluno.

Curso de Jornalismo promove palestra “Habilidades Comportamentais no Ambiente de Trabalho no Mercado de Comunicação e Marketing”

Por Anny Santos

O curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, promove a palestra “Habilidades Comportamentais no Ambiente de Trabalho no Mercado de Comunicação e Marketing” no dia 28 de outubro, nesta sexta-feira, a partir das 08h30, de forma gratuita e presencial no auditório do Palácio Pirajá.

A iniciativa surge através da disciplina Diálogo com o Mercado de Trabalho, do 7° bloco do curso, ministrada pela professora Sammara Jericó, partindo da necessidade de discutir habilidades comportamentais no mercado de atuação dos profissionais de jornalismo. Serão abordados temas como inteligência emocional, resiliência para resolver conflitos e proatividade.

Com apresentação de Washington Moura, Gerente de Comunicação e Marketing da UNIMED Teresina, e Arabela Eulálio, Coordenadora de Comunicação e Marketing da UNIMED Teresina, a palestra propõe um momento de debate sobre carreira, destacando os atuais desafios e principais temas comportamentais no ambiente de trabalho.

A ideia é promover um diálogo entre profissionais e troca de experiências com os discentes, com diálogos voltados para a parte prática nas redações, agências e assessorias e, sobretudo, também focados em comportamento no atual cenário do mercado de trabalho. Washington Moura destaca a importância de discutir carreira, não se atendo apenas ao aspecto técnico de área.

“É o primeiro bate-papo que participo nesse momento mais tranquilo da pandemia. Estou bastante feliz poder voltar ao ambiente acadêmico e poder problematizar teoria e prática voltadas ao nosso mercado de trabalho. Quero levar um pouco de minha experiência como gestor de área de comunicação às exigências atuais de mercado”.

Para Arabela Eulálio, é imprescindível que um profissional de comunicação tenha uma visão sistêmica do negócio em que atua. Segundo ela, com os avanços tecnológicos é possível perceber tudo acontecendo de forma muito mais rápida, sendo assim, o profissional precisa compreender o campo em que está inserido e, de fato, a sua atuação e evolução.

“Eu estou muito feliz em poder participar desse bate-papo. É uma conversa e uma troca de experiências. Iremos levar um pouco da nossa experiência e vivência mercadológica, eu como publicitária e o Washington como jornalista. Estamos indo com o intuito de realmente poder contribuir na formação desses novos profissionais”, finaliza.

Jornalismo UESPI: aluna conquista 1° lugar no Prêmio Sebrae de Jornalismo

Por Anny Santos

Aluna do curso de Bacharelado em Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) conquista 1° e 3° lugar no Prêmio Sebrae de Jornalismo. O prêmio é uma iniciativa do Sebrae para valorizar os profissionais de imprensa que contribuem para fortalecer o empreendedorismo brasileiro com seu trabalho.

Vitoria Pilar, aluna do 7° bloco de Jornalismo do campus Poeta Torquato Neto, se destaca ao conquistar 1° e 3° lugar no Prêmio Sebrae de Jornalismo, que tinha como tema dessa edição “Pequenos Empreendedores que Inovam”, pessoas que estão no mercado, sendo microempreendedores, e inovando em alguma parte de suas produções. A premiação contou com as categorias de Texto, Áudio, Vídeo e Foto.

Para a vencedora do prêmio, é muito importante ter o seu trabalho reconhecido e essa é uma das principais funções desse concurso. Segundo ela, pensar em novas e boas histórias e poder contá-las foi fundamental, fazer algo em que se acredita e fazer com que as pessoas tenham um novo olhar sobre o Piauí é um papel ímpar que Vitória atribui ao jornalismo.

“Quando eu vi que o SEBRAE estava dando um prêmio e abriu o concurso, então, logo me prontifiquei para poder participar, porque uma premiação desse cunho é muito importante para termos um reconhecimento do nosso trabalho. Todas as instituições que fazem algum tipo de concurso para reportagens, elas possuem o objetivo de estar pautando a imprensa, mas, ao mesmo tempo, reconhecer os profissionais de comunicação. Então, assim que que eu vi o prêmio também vi uma oportunidade de reconhecimento do meu trabalho e incentivar essas pautas mais inovadoras”.

A reportagem que conquistou o 1° lugar foi feita exclusivamente para o concurso. Ela narra a história pessoal da família de Vitoria Pilar, considerada uma das famílias fundadoras da Feira do Livro do Piauí, que começou a ser trilhada em meados década de 90 quando ela ainda era realizada na Praça do Liceu e os livros eram vendidos no chão. A reportagem conta a história e a reinvenção desses empreendedores com a pandemia, onde tiveram que transformar um mercado de papel em um mercado digital, modificando seus serviços.

 “Atribuo muito dessa conquista aos meus colegas de trabalho. O site que estou hoje, O Estado do Piauí, é um site muito novo, ele tem menos de um ano e é um projeto em que a gente acredita num jornalismo que é possível, um jornalismo que conta histórias, um jornalismo progressista que pode se reinventar para além do Hard News. Além disso, foi na UESPI que eu fiz os meus primeiros contatos de mercado, foi o lugar em que eu aprendi o que é um texto e que é um texto jornalístico. A universidade me deu professores que são meus amigos e amigos que são como irmãos, então a UESPI tem esse papel como ser humano”.

Vitoria Pilar enxerga o prêmio como um impulso para jovens jornalistas que querem fazer uma boa pauta e conseguir reconhecimento por meio de seus trabalhos. “Pesa muito a experiência e ser novo no mercado. Ser jovem e ter conquistado esse prêmio em meio a tantos repórteres tão experientes e muito bons é também uma forma de mostrar que o novo jornalismo e o jovem jornalista têm espaço nesse mercado”.

Em 3° lugar ficou a reportagem feita em 2021, no aniversário do Piauí. Trata-se de uma reportagem sobre pessoas que, dentro dos seus pequenos negócios, tinham o Piauí como inspiração. É uma história sobre pessoas que vendem copos, blusas e outros objetos customizados, o negócio delas é o Piauí. O texto feito em homenagem ao aniversário do Estado.