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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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UESPITech impulsiona pesquisa para tratamento sustentável de água em comunidades rurais

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Curso de Química e do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) do Centro de Ciências da Natureza (CCN), está desenvolvendo o projeto “Sistema de Tratamento Fotocatalítico de Água Voltado à Desinfecção da Água Armazenada em Cisternas da Zona Rural do Semiárido Brasileiro”, com início em 2025 e atuação no Campus Torquato Neto. A iniciativa, contemplada com R$ 25 mil pelo edital UESPITech II, tem como objetivo criar uma tecnologia sustentável e de baixo custo para melhorar a qualidade da água consumida por famílias em comunidades rurais.

Imagem ilustrativa gerada por IA.

Coordenado pelo professor Geraldo Eduardo , docente do Curso de Química e coordenador do PPGQ, o projeto integra as ações institucionais da UESPI voltadas para inovação, pesquisa aplicada e promoção da cidadania no Semiárido. A pesquisa busca oferecer alternativas seguras e eficientes para o tratamento da água, reduzindo riscos sanitários e impactos ambientais.

O cordenador explica que o sistema em desenvolvimento utilizará radiação solar direta para promover a desinfecção da água armazenada em cisternas e reservatórios domésticos.“Nosso objetivo é desenvolver um sistema fotocatalítico que utilize a radiação solar para o tratamento da água destinada ao consumo humano e animal na região semiárida. Muitas dessas comunidades consomem água de barreiros ou de caminhões-pipa, frequentemente contaminada por bactérias, fungos e vírus. A ideia é criar um método que não dependa de produtos químicos, como o hipoclorito de sódio, atualmente utilizado”, destaca o pesquisador.

De acordo com ele, o uso inadequado de hipoclorito de sódio pode causar intoxicações, além de não eliminar completamente todos os microrganismos presentes. O sistema fotocatalítico pretende reduzir doenças de veiculação hídrica e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações rurais, impactando diretamente a demanda por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) dessas regiões.

O projeto envolve estudantes da graduação e da pós-graduação, que atuarão no desenvolvimento dos materiais fotocatalíticos, montagem dos protótipos, testes de eficiência microbiológica e visitas técnicas às comunidades beneficiadas. A proposta está alinhada às ações de extensão tecnológica da UESPI, fortalecendo a formação científica e o compromisso social da instituição.

Entre os participantes, o doutorando Renato Sousa, aluno do Programa de Doutorado em Química da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e integrante do Green Tech UESP, destaca a relevância formativa e social da pesquisa. “É muito gratificante estar participando desse projeto, apoiado pelo UESPITech. Buscando trazer melhorias para a sociedade piauiense, especialmente para regiões onde a distribuição de água potável é ineficiente. Esse projeto tem a capacidade de melhorar o desenvolvimento do estado do Piauí, elevar a qualidade de vida das pessoas e consolidar a UESPI como uma promotora de pesquisa científica e tecnológica” afirmou o aluno.

O sistema fotocatalítico, quando finalizado, será testado diretamente em residências rurais, permitindo adaptações conforme a realidade local. A expectativa é que a tecnologia sirva como modelo replicável para outras regiões do Semiárido brasileiro.

O projeto demonstra como a universidade pública atua de forma decisiva na promoção de conhecimento científico, na formação integral dos estudantes e na produção de soluções que beneficiam toda a comunidade.

UESPITech II impulsiona inovação e moderniza práticas da Odontologia na UESPI

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) segue ampliando seu protagonismo na pesquisa científica e na inovação tecnológica. Com o lançamento do UESPITech II, uma chamada interna coordenada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) e pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), a instituição reafirma seu compromisso com o desenvolvimento regional e com a produção de conhecimento aplicado às demandas contemporâneas. O edital destina R$ 500 mil para o financiamento de até 20 projetos, com bolsas de até R$ 25 mil por proposta. As iniciativas devem dialogar diretamente com as diretrizes do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Piauí – Piauí 2050, priorizando áreas estratégicas como saúde, tecnologia da informação, energias renováveis, práticas pedagógicas inovadoras e modernização de ambientes acadêmicos.

UESPI fortalece Odontologia Digital com projeto selecionado no UESPITech II // Imagem gerada por IA.

Entre os projetos aprovados, uma das iniciativas de maior destaque é a proposta “Estação Digital Avançada para Otimização do Diagnóstico Radiográfico em Ambientes de Ensino, Pesquisa e Extensão Odontológica”, coordenada pela professora Dra. Ângela Ferraz, do curso de Odontologia da UESPI. A pesquisa surge em um contexto de crescente demanda por modernização das práticas clínicas dentro da universidade, especialmente diante da expansão da Odontologia Digital como área estratégica para o futuro da formação em saúde. Nos últimos anos, a Clínica Escola tem recebido um volume expressivo de atendimentos, o que evidencia a necessidade de processos mais rápidos, precisos e integrados para garantir maior qualidade assistencial e melhor experiência de aprendizagem para os estudantes.

Foi a partir dessa dinâmica real de trabalho que a equipe percebeu que muitos procedimentos ainda eram executados com recursos analógicos ou softwares restritos, dificultando o diagnóstico e limitando as possibilidades pedagógicas. Essa percepção cotidiana serviu de ponto de partida para a criação do projeto.

A docente explica que a inspiração para a proposta nasceu da própria rotina da Clínica Escola de Odontologia, onde a equipe identificou limitações estruturais que impactavam a qualidade dos atendimentos. “Percebemos que muitos dos nossos processos ainda dependiam de equipamentos analógicos ou de softwares com limitações técnicas. Isso influenciava diretamente a precisão diagnóstica e o tempo de atendimento aos pacientes”, relata a pesquisadora.

Com a nova estação digital, a clínica passará a integrar tecnologias de ponta para análise, processamento e arquivamento de imagens radiográficas, aproximando a realidade universitária do padrão tecnológico adotado nos principais centros odontológicos do país. Além disso, a proposta permite a padronização dos fluxos de diagnóstico e a ampliação da capacidade de atendimento. “O objetivo não é apenas modernizar equipamentos, mas transformar práticas. A Estação Digital vai centralizar e agilizar a análise de imagens, permitindo que nossos alunos tenham contato com ferramentas utilizadas nos centros mais avançados de Odontologia Digital do país”, complementa.

Além de promover avanços operacionais na clínica, o projeto representa também um ganho significativo para a formação dos estudantes e para o desenvolvimento científico da instituição. A iniciativa possibilita experiências mais alinhadas aos protocolos contemporâneos da área, amplia a capacidade de produção de pesquisas e fortalece as ações de extensão ofertadas à comunidade.

Segundo a professora Ângela Ferraz, o novo aparato tecnológico permitirá que os estudantes compreendam de forma mais ampla o fluxo digital aplicado ao diagnóstico, desde a captura e processamento da imagem até sua análise em softwares especializados, reforçando competências essenciais para a prática profissional atual. “Com essa infraestrutura, conseguimos integrar ensino, pesquisa e extensão de forma muito mais eficiente. Os alunos terão acesso a protocolos atualizados, os projetos científicos serão realizados com maior qualidade técnica e o atendimento à população será beneficiado por diagnósticos mais precisos e ágeis”, afirma.

A docente reforça ainda que a Estação Digital Avançada permitirá desenvolver novas linhas de investigação na universidade, incluindo estudos comparativos, análises de desempenho de sistemas radiográficos e pesquisas voltadas à melhoria de metodologias de assistência e ensino. “Nossa expectativa é ampliar a produção científica na área de radiologia odontológica e contribuir para a formação de profissionais mais preparados diante das exigências tecnológicas do mercado”, conclui.

UESPI-TECH II: Projeto EducaFloriano desenvolve acervo digital para preservar a memória histórica do Vale dos Rios Piauí e Itaueiras

Por Raíza Leão

O curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Floriano, está entre os destaques da segunda edição do UESPI-TECH, com o projeto “EducaFloriano – Laboratório de Pesquisa e Preservação de Fontes Históricas do Território Vale dos Rios Piauí e Itaueiras”.

A iniciativa, contemplada com R$25 mil pelo edital, tem como principal objetivo criar um aplicativo e um sítio eletrônico que vão reunir, digitalizar e disponibilizar documentos históricos de Floriano e municípios adjacentes, democratizando o acesso à memória regional.

Coordenado pela professora Tatiana Gonçalves de Oliveira, o projeto conta com a colaboração dos docentes Valério Rosa de Negreiros, Sérgio Luiz da Silva Mendes e Gisvaldo Oliveira da Silva, além de cinco estudantes voluntários. A equipe integra o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em História (LEPEC), espaço responsável pela digitalização e catalogação das fontes que irão compor o acervo digital.

Segundo a coordenadora, a proposta nasceu da necessidade de reunir, preservar e tornar acessíveis fontes históricas que, até então, estavam dispersas e sem local adequado de armazenamento na região. “O EducaFloriano é um projeto aprovado no UESPI-TECH II, com recurso de R$25 mil. Esse recurso será utilizado para equipar nosso laboratório e desenvolver um aplicativo que vai disponibilizar documentos como jornais, fontes arquivísticas e imagéticas digitalizadas pelo LEPEC. A ideia é que toda a comunidade tenha acesso a esses materiais, que contam a história de Floriano e dos municípios do território dos Vales dos Rios Piauí e Itaueiras”, explica Tatiana Gonçalves de Oliveira.

O aplicativo também vai abrigar trabalhos acadêmicos, como TCCs, dissertações e materiais pedagógicos produzidos a partir dessas fontes, criando um ambiente integrado de preservação e divulgação histórica.

A professora destaca que a ausência de museus, centros de memória ou arquivos públicos nos municípios da região foi uma das principais motivações para idealizar o projeto. “Observamos que não há nenhum museu ou centro de memória que aloque esses documentos em Floriano e municípios adjacentes. Diferente de Teresina, que possui espaços como o Museu Odilon Nunes e o Arquivo Público, aqui nós não temos onde guardar essas fontes. Sem preservação, não há pesquisa; e sem pesquisa, as histórias desses municípios acabam apagadas”, afirma.

Com o EducaFloriano, a equipe pretende garantir que documentos importantes, muitos deles guardados em condições precárias, sejam digitalizados, organizados e disponibilizados de forma permanente.

O recurso do edital será utilizado para o desenvolvimento do aplicativo e para a compra de equipamentos essenciais ao trabalho do laboratório. Entre os itens previstos estão:

  • Scanner planetário para digitalização de documentos sensíveis;
  • Câmera fotográfica e microfones para registro de imagens e gravação de entrevistas;
  • Gravador de áudio para coleta de depoimentos e fontes orais, fundamentais para estudos sobre comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas;
  • TV para uso pedagógico em defesas de TCC e atividades didáticas.

“O investimento de R$25 mil é muito importante para equipar o laboratório de Floriano, que já vem dialogando com a comunidade, desenvolvendo projetos de digitalização de fontes da Câmara Municipal e outras iniciativas. Esse recurso vai fortalecer muito o trabalho que já fazemos”, reforça Tatiana Gonçalves de Oliveira .

Cinco estudantes voluntários vão atuar no projeto, participando das etapas de digitalização, catalogação e organização do acervo. A coordenadora ressalta que o projeto tem impacto direto na formação acadêmica e cidadã. “Um projeto como o EducaFloriano é essencial para os alunos porque permite contato direto com documentos históricos, pesquisas de campo, fontes orais e imagéticas que estão se perdendo por falta de preservação. Ele contribui para uma formação humanística e para a criação de uma consciência histórica nos municípios”, destaca.

Além da comunidade acadêmica, o aplicativo será voltado também para professores e estudantes da educação básica, que terão acesso a planos de aula, propostas pedagógicas e materiais diversos para trabalhar a história local em sala de aula. Ao disponibilizar gratuitamente documentos, fotografias, registros orais e trabalhos acadêmicos, o EducaFloriano pretende transformar o acesso à memória do Vale dos Rios Piauí e Itaueiras.

“Queremos que professores, alunos e qualquer pessoa interessada possam acessar essas fontes. O aplicativo vai democratizar o acesso à história, permitindo que a população conheça, valorize e preserve suas próprias narrativas”, resume a coordenadora.

Curso de Agronomia da UESPI avança em pesquisa sobre inseticidas de baixo impacto ambiental por meio do UESPITech II

Por Filipe Benson

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Agronomia do Campus Cerrado do Alto Parnaíba, em Uruçuí, iniciou um projeto de pesquisa voltado ao desenvolvimento de alternativas sustentáveis para o controle da traça-das-crucíferas (Plutella xylostella).
A iniciativa integra o segundo edital do programa UESPITech II, lançado pela instituição para fomentar inovação, tecnologia e empreendedorismo, com recursos próprios destinados a pesquisas aplicadas de impacto social, ambiental e econômico. O projeto, coordenado pelo professor Tadeu Barbosa Marquinhos Silva, recebeu investimento de R$ 25 mil e envolve estudantes de graduação em atividades práticas e laboratoriais.

O UESPITech II consolida mais uma etapa da política institucional de incentivo à ciência e ao desenvolvimento de soluções tecnológicas no estado. Nesse contexto, o estudo da Plutella xylostella contribui diretamente para o avanço de métodos agrícolas mais eficientes e menos poluentes, alinhando-se aos objetivos de inovação e responsabilidade socioambiental previstos no edital.

Segundo o professor Tadeu Barbosa, que atua há 12 anos na UESPI e desenvolve pesquisas na área de fitossanidade e toxicologia de inseticidas, o projeto analisa a resposta da traça-das-crucíferas a dois compostos de risco reduzido: a azadiractina, derivada de planta, e o Bacillus thuringiensis, bactéria amplamente utilizada em biocontrole. “A traça-das-crucíferas é o inseto com maior número de relatos de resistência a inseticidas no mundo. Nosso objetivo é testar moléculas capazes de controlar a praga com menor dependência de produtos de amplo espectro, que afetam também insetos benéficos no campo”, explica o professor.

A pesquisa se destaca por propor soluções que diminuem a persistência de resíduos no solo, na água e no ar, reduzindo riscos de contaminação ambiental e retardando o surgimento de resistência nas populações da praga. As moléculas testadas, por apresentarem rápida degradação, alinham-se às exigências de mercados internacionais que demandam produtos agrícolas com menores índices de resíduos químicos. “Esses compostos permanecem menos tempo no ambiente e representam menor risco para quem aplica. O estudo tem potencial para facilitar exportações, melhorar práticas agrícolas e fortalecer um modelo mais sustentável de produção”, afirma Tadeu Barbosa.

Professor Tadeu Barbosa, Coordendor do projeto.

A iniciativa tem potencial para gerar ganhos diretos para agricultores e consumidores, ao possibilitar práticas mais assertivas no manejo da praga. Isso pode elevar a produtividade, reduzir custos de produção e oferecer alimentos mais seguros ao consumidor final. “Esperamos contribuir com informações que ampliem a produtividade e reduzam a incidência de doenças associadas à intoxicação por resíduos químicos. Com aplicações mais precisas, o custo também diminui, beneficiando toda a cadeia produtiva”, acrescenta o coordenador.

Segundo o professor, aqueles estudantes do curso de Agronomia que participarão da execução do projeto, irão atuar em coleta de insetos no campo, manutenção das colônias em laboratório, realização dos bioensaios e análise dos resultados. Essa participação direta está entre as metas do UESPITech II, que incentiva a capacitação científica e o protagonismo estudantil nos processos de inovação.

O projeto reforça o papel da UESPI como agente de transformação social, estimulando práticas científicas que unem inovação, responsabilidade ambiental e desenvolvimento econômico. Ao integrar o UESPITech II, a pesquisa fortalece a presença da universidade em debates regionais e nacionais sobre manejo de pragas, além de promover formação integral e impacto positivo na comunidade agrícola piauiense.

Projeto do UESPITech II transforma o ensino com inovação e sustentabilidade

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) segue fortalecendo a pesquisa científica e a inovação tecnológica no estado. Com o lançamento do UESPITech II, uma chamada interna coordenada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) e pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), a instituição busca incentivar pesquisas alinhadas às demandas do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Piauí – Piauí 2050. O edital destina um total de R$ 500 mil para financiar até 20 projetos, com bolsas de até R$ 25 mil para cada proposta aprovada.

Com foco em temas estratégicos como energias renováveis, tecnologia da informação, saúde, educação e práticas pedagógicas inovadoras, o programa visa apoiar iniciativas que promovam impacto social, desenvolvimento econômico e inovação científica na universidade e em suas áreas de atuação. Os projetos devem ser vinculados a grupos de pesquisa certificados e a laboratórios cadastrados no SIGAA, e a coordenação deve ser de professores doutores com produção científica registrada e currículo atualizado.

Entre as propostas aprovadas no edital está o projeto “Eco Sustentabilidade e Tecnologias Inteligentes: Plataforma Educacional Integrada para o Ensino de Energias Renováveis, IA e Robótica”, coordenado pelo professor Antônio de Macedo Filho, que visa desenvolver ferramentas pedagógicas inovadoras para o ensino de Física com foco na transição energética. A iniciativa tem como base o contexto atual de mudanças climáticas e de avanço tecnológico, propondo unir teoria e prática na formação de estudantes do Ensino Médio e professores da rede básica.

Segundo o professor, a proposta surgiu da necessidade de criar um mecanismo tecnológico que ajude a ensinar Física a partir da realidade energética do país. “A ideia surgiu da necessidade de se criar um mecanismo tecnológico para ensinar Física com base no processo de transição energética em que o Brasil e o mundo estão envolvidos”, explica. Ele destaca que o Piauí, com seu vasto potencial de produção de energias como solar e eólica, demanda a formação de profissionais e cidadãos capacitados para entender e atuar nesse cenário. Isso está diretamente ligado às metas do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável Piauí 2050, que busca integrar ciência, educação e desenvolvimento regional.

O principal objetivo do projeto é criar uma Plataforma Educacional Integrada que promova o ensino de energias renováveis, inteligência artificial, aprendizado de máquina e robótica educacional. Esse ambiente virtual permitiria que estudantes e professores tivessem acesso a experimentos físicos e simulações em um contexto interativo e inovador. “Estamos propondo algo que deve relacionar conhecimentos teóricos de Física a temas reais relacionados à vida prática de cada estudante por meio da geração de produtos tecnológicos voltados para o ensino”, pontua o professor.

A plataforma será composta por recursos como experimentos virtuais envolvendo energia renovável, roteiros de experimentação física baseada em aprendizado de máquina e kits com arduinos e linguagens de programação. A ideia é que o estudante construa seus próprios experimentos, aproximando-se da prática científica de forma contextualizada. Além disso, o projeto se integra diretamente ao Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), oferecido no campus da UESPI em Piripiri, potencializando seu alcance e aplicabilidade em sala de aula.

Para viabilizar a proposta, o recurso do UESPITech II está sendo usado na compra de equipamentos como computadores, impressora 3D, materiais de laboratório e, possivelmente, uma máquina de corte a laser. “Toda essa estrutura proporcionará e facilitará alcançar os objetivos apresentados no projeto”, resume o pesquisador.

Para o professor Antônio de Macedo Filho, iniciativas como essa representam um avanço necessário no ensino superior público. “Investir em educação é prioritário. Não há educação de qualidade sem investimento, independemente do nível. Investir em tecnologia e inovação no ensino público superior é necessário, é onde estamos formando material humano de qualidade”, defende. Ele conclui afirmando que, ao qualificar profissionais nesse contexto, a universidade contribui diretamente para o desenvolvimento social e tecnológico do estado.

O UESPITech II se confirma, portanto, como uma política estratégica da UESPI para fortalecer a cultura da pesquisa aplicada e da inovação tecnológica no Estado. Ao incentivar iniciativas como “Eco Sustentabilidade e Tecnologias Inteligentes”, a universidade reafirma seu compromisso de transformar conhecimentos acadêmicos em soluções práticas capazes de impactar positivamente a sociedade. Além de fomentar a produção científica, o edital promove o desenvolvimento de tecnologias alinhadas ao futuro sustentável do Piauí e contribui para a formação de profissionais preparados para os desafios de um mundo cada vez mais digital, energético e inovador.

Hub de Inovação PRATIC+ é aprovado em edital UESPI TECH II e impulsionará práticas pedagógicas inovadoras

Por Hélio Alvarenga

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) anunciou os projetos contemplados no UESPI TECH II no dia 15 de agosto, esse edital prevê apoio financeiro de até R$ 25 mil para iniciativas voltadas à inovação científica e tecnológica. Entre as propostas aprovadas, destaca-se o Hub de Inovação PRATIC+, proposto por meio da Universidade Aberta do Piauí (UAPI), com foco em transformar os estágios supervisionados em espaços férteis para o desenvolvimento de soluções empreendedoras.

Idealizado pela Profa. Mestra Ana Angélica Fonseca Costa, Profa. Doutora Laura Melo Barros Bona Miranda, Prof. Dr. Mauricio Rêgo Mota da Rocha e Profa. Mestra Marissol Lopes Soares, o projeto surge como extensão do PRATIC Inteligência, plataforma já utilizada pela UAPI para metrificar e qualificar as experiências de estágio. Com o PRATIC+, os dados coletados durante essas práticas serão convertidos em insumos estratégicos para fomentar startups, novas metodologias pedagógicas e propostas inovadoras que atendam tanto às necessidades das empresas quanto às demandas sociais e econômicas do estado.

De acordo com a Professora Mestra Ana Angélica Fonseca Costa, coordenadora geral da UAPI e uma das responsáveis pelo projeto, a proposta tem como objetivo criar uma rede sólida de colaboração entre diferentes atores da universidade:

“O projeto PRATIC+ atuará como um elo prático, estabelecendo uma rede colaborativa de professores, alunos, coordenadores e supervisores de campo. Essa integração ocorrerá por meio de um ambiente digital compartilhado, onde alunos e professores interagem em tempo real com os dados de estágio.”

Ela destaca ainda que o hub será um espaço de formação e inovação contínua, articulando diferentes frentes de trabalho:

“Teremos laboratórios virtuais de inovação, vinculando os cursos da UAPI às experiências práticas do HUB; ciclos formativos online para capacitação docente em metodologias ativas; e comunidades de prática, reunindo discentes e docentes em fóruns digitais para compartilhar experiências e boas práticas acadêmicas.”

O Hub de Inovação PRATIC+ atuará como espaço de incubação de startups, oferecendo suporte técnico, mentorias e acompanhamento especializado. Além disso, prevê a criação de uma rede de empresas parceiras, a realização de oficinas de empreendedorismo e a promoção de eventos como a Jornada de Inovação, que permitirá a apresentação pública dos projetos incubados para investidores e aceleradoras.

Outro diferencial é a utilização da sala imersiva 360º, ambiente interativo equipado com tecnologia de ponta que proporcionará maior integração entre estudantes, professores e empresas parceiras, potencializando o processo de ideação e prototipagem.

A iniciativa está alinhada às diretrizes do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável – Piauí 2050, com impacto direto nas áreas de educação, tecnologia, energias renováveis e empreendedorismo.

Com a aprovação no edital, o Hub de Inovação PRATIC+ deverá iniciar suas atividades ainda em 2025, mobilizando estudantes e professores da UAPI em todo o estado. O projeto promete ampliar a empregabilidade dos egressos, estimular a criação de startups e consolidar a UESPI como protagonista na construção de um ecossistema de inovação voltado às necessidades locais.

Professora da UESPI em Corrente desenvolve tecnologia para controle de pragas no feijão-caupi com apoio do edital UESPITECH

Por Danilo Kelvin 

A professora Maria Andreia Nunes, do campus da UESPI em Corrente, foi contemplada pelo edital UESPI-TECH para desenvolver uma tecnologia de manejo de pragas no cultivo de feijão-caupi, cultura de grande importância para a região. O projeto recebeu R$ 25 mil em financiamento, permitindo a compra de um microscópio e outros equipamentos essenciais para a pesquisa, que antes enfrentavam limitações de infraestrutura.

Cowpea Seeds

Com o uso de inteligência artificial, a ferramenta proposta pela professora Andreia identifica pragas de forma precisa, o que facilita o controle direcionado e reduz a necessidade do uso de agrotóxicos. 

Além de promover uma agricultura mais sustentável, a tecnologia beneficia diretamente os agricultores locais, oferecendo um método mais seguro e eficaz de manejo. “Esse financiamento foi fundamental para que pudéssemos avançar na pesquisa, suprindo a carência de equipamentos no campus e viabilizando um projeto com grande impacto social e ambiental para a nossa região,” destaca a professora Andreia.