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Projeto do Curso de Odontologia em Parnaíba realiza atendimentos para prevenção ao câncer de boca

Por Vitor Gaspar

O curso de Odontologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), no campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, realizou no último sábado (23), uma ação de prevenção ao câncer de boca, com atendimentos destinados aos pescadores da região.

Equipe do projeto na Clínica Escola de Odontologia da UESPI

O Projeto de Prevenção do Câncer de Boca faz parte do Programa Bolsa de Extensão Universitária (PIBEU) e tem como objetivo esclarecer e orientar a população de pescadores e seus familiares cadastrados na associação de pescadores de Parnaíba sobre os fatores de riscos para o desenvolvimento do câncer bucal, orientação sobre a realização do autoexame e meios de proteção contra radiação solar, contribuindo dessa forma para a prevenção da patologia.

O acesso aos pescadores e suas famílias é realizado via Sindicato dos Pescadores, onde reuniões periódicas são realizadas, além da triagem dos pacientes que são encaminhados para os atendimentos na Clínica Escola de Odontologia da UESPI.

A proposta foi idealizada devido ao fato do município de Parnaíba ser uma cidade litorânea e entre rios que apresenta atividade pesqueira relevante para renda da população. A exposição à radiação solar, muito frequente nesse tipo de atividade, representa risco à saúde humana, além de se tornar um agravante para o desenvolvimento de neoplasias.

Atendimentos sendo realizados de formas simultânea com os pacientes

O professor Carlos Falcão, coordenador do projeto, destaca que a orientação sobre os fatores de risco pode evitar o desenvolvimento da doença. Segundo ele, a detecção precoce de lesões malignas e pré-malignas, além da redução nos comportamentos de risco melhoraram o prognóstico, qualidade de vida e custos de tratamento.

“O câncer oral afeta os lábios, mucosa jugal, gengiva, palato, língua, assoalho da boca e área retromolar, sendo um dos tipos mais comuns de câncer com altas taxas de prevalência e alta morbimortalidade. O uso de tabaco de qualquer tipo, o uso abusivo de álcool, excessiva exposição ao sol, principalmente nos lábios e a presença do vírus papilomavírus Humano (HPV) são os principais fatores de risco, assim como determinantes sociais, como precária condição socioeconômica e educacional, que também contribuem para o aparecimento de novos casos”.

Cartilha informativa com dicas de prevenção

Ana Luiza Araujo, estudante do 7º  bloco, destaca que durante os atendimentos foram ofertados profilaxias, raspagens, restaurações, além do encaminhamento desses pacientes para outras especialidades que a Clínica Escola de Odontologia oferece.

“O cirurgião-dentista tem papel fundamental na detecção precoce do câncer bucal, identificando lesões suspeitas durante exames de rotina. Com conhecimento especializado, analisam detalhadamente a cavidade oral e fatores de risco. Orientam sobre hábitos prejudiciais e encaminham para avaliação especializada quando necessário”.

Paciente recebendo o atendimento

Características, sintomas e fatores de risco para o Câncer de Boca

A cartilha informativa do projeto contém informações importantes sobre a patologia, ressaltando que essa é uma doença complexa, influenciada por uma interação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.

Definição:

São tumores malignos que acometem a boca e parte da garganta. Pode se desenvolver nos lábios, língua, céu da boca, gengiva, amígdala e glândulas salivares.

Sintomas:

Os sintomas, podem variar de acordo com o estágio e a localização do tumor, mas é importante estar atento aos seguintes sinais:

– Feridas ou úlceras que não cicatrizam após duas semanas;

– Manchas brancas ou vermelhas na boca;

– Inchaço ou nódulos na boca ou no pescoço;

– Dificuldade para mastigar, engolir ou falar;

– Dor persistente na boca, lábios ou garganta;

– Sangramento na boca ou na garganta;

– Mudanças na voz ou na fala;

– Sensação de que algo está preso na garganta.

Imagem ilustrativa demonstra sinais mais avançados do câncer (Revista Saúde)

Dados estatísticos:

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse é o 15° câncer mais comum em todo o mundo, acometendo geralmente pessoas com mais de 40 anos, mas pode ocorrer com pessoas mais jovens. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o aparecimento da doença é mais comum em homens do que em mulheres, atingindo o dobro dos diagnósticos em comparação com as pessoas do sexo feminino.

Fatores de risco:

– Tabagismo;

– Consumo excessivo de álcool;

– Má higiene oral;

– Infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano);

– Exposição excessiva ao sol;

– Dieta pobre em nutrientes.

Ao compreender os fatores de risco associados, é possível adotar medidas preventivas, como abandonar o tabagismo, moderar o consumo de álcool, praticar uma boa higiene oral e manter uma dieta saudável.

Mais uma atividade do projeto Direito Previdenciário em comunidades

Por Anny Santos

Alunos do 9° período do curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Poeta Torquato Neto, realizam o projeto de extensão, sob a orientação da Profa. Dra. Auricelia Melo, “Direito Previdenciário na Comunidade”. As ações possuem o intuito de levar esclarecimentos à população sobre os benefícios previdenciários.

De acordo com a Profa. Dra. Auricelia Melo, os discentes saem da teoria para ver na prática como aplicar os conhecimentos sobre Direito Previdenciário, colaborando com a formação jurídica de cada um. O projeto nasceu quando a professora passou a ministrar a disciplina de Seguridade Social, sendo sempre executado por alunos do 9° período do curso.

Percebe-se a necessidade de as pessoas conhecerem e entenderem como requerer benefícios junto ao INSS, os prazos e os documentos necessários. As palestras possibilitam na prática o desenvolvimento dos aprendizados adquiridos em sala, além de promover o trabalho social por meio dos próprios discentes.

Alunos do curso que participaram das atividades afirmam que a iniciativa possui uma importante contribuição na formação acadêmica dos envolvidos. Como é o caso da Gessiana Barbosa que, juntamente com seu grupo, ministrou a palestra no Centro Social Santa Helena e destaca como foi a experiência.

“De forma particular, contribuiu ao meu grupo tanto pessoalmente, quanto profissionalmente. Pós-Pandemia, o contato humano, por assim dizer, fazia muita falta. Foi uma grande oportunidade de ajudarmos a comunidade externa, nessa ocasião os idosos, com o conhecimento que adquirimos dentro da Universidade e com nossas pesquisas, tirando dúvidas e afins sobre os assuntos levados. Além de ter nos dado a oportunidade de nos ver como verdadeiros advogados, acadêmicos jurídicos, operando o direito naquela ocasião”, pontua a aluna.

Além da experiência ao ministrar a palestra, Gessiana Barbosa também destaca como a atividade pôde contribuir em sua formação acadêmica. “Confesso que foi uma quebra de paradigma na minha formação acadêmica. Nessa reta final era um gás que eu precisava. Estou prestes a fazer a OAB e nunca soube, de fato, se a queria, depois da experiência os olhos brilharam mais para pegar a carteirinha e fazer algo útil à comunidade com ela. E claro, não considerando a OAB em si, me mostrou o quão eu cresci dentro da universidade no tocante a oratória e o repasse de informações de forma esclarecida, o direito acaba sendo em torno disso”.

Para Raian Castelo Branco, um dos alunos responsáveis pela ação no CRAS NORTE III, por mais que os serviços de assistência e previdência social tentem ser acessíveis aos segurados, na prática mexer em aplicativos como “Meu INSS” ou utilizar o site do “GOV.br” é um desafio para idosos e pessoas de pouca ou nenhuma instrução formal, que são a maioria do público que usufrui desses benefícios. Assim, levar esclarecimento e conhecimento jurídico para as pessoas dentro das suas próprias comunidades é levar acolhimento e esperança para quem sonha com uma aposentadoria ou faz direito a um benefício e ainda não o recebe por diversos entraves sociais.

“Como alunos de Direito, é fundamental estar em contato com a população durante a formação para aprender não só o direito, mas como falar e exercer esse direito que está nos códigos e precisa estar disponível para todas as pessoas, de forma acessível e garantida no dia a dia delas. A atividade, portanto, auxilia no componente humano da profissão, que é o que em verdade diferencia os bons profissionais, comprometidos com a efetiva justiça social”, finaliza o aluno.

Neste semestre os alunos foram na Paróquia Santa Joana Darc (no bairro Mocambinho), ANBEAS (no bairro Memorare, Semcaspi (sede administrativa do ANBEAS), CRAS norte III (na Vila São Francisco), Associação de Moradores da Vila Santa Helena e um aluno que mora na cidade de Bacabal, no Maranhão, realizou a atividade no CRAS I Lar das Famílias (na Vila Frei Solano).

Confira mais fotos das palestras: