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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Inscrições abertas para curso de extensão sobre Redução de Danos e Emancipação

Por Roger Cunha

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Centro de Ciências da Saúde (CCS), lançou o edital  para a seleção de participantes do Curso de Extensão “Redução de Danos: Drogas e Emancipação”, coordenado pelos professores doutores Emanoel José Batista de Lima e Maria Zilda Silva Soares. O curso terá início em 23 de outubro e é voltado para estudantes dos cursos de Psicologia, Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Educação Física da UESPI.

Curso de extensão aborda drogas, saúde mental e políticas de cuidado – Imagem gerada por IA.

Com oito encontros semanais, o curso será realizado de forma remota e síncrona, por meio da plataforma Google Meet, contemplando grupos de discussão, seminários e produções textuais. A iniciativa visa oferecer aos alunos uma introdução às discussões sobre drogas, saúde, direitos humanos e redução de danos, promovendo reflexão crítica e interdisciplinar.

O Professor. Dr. Emanoel José Batista de Lima, coordenador do curso, explicou o conceito de redução de danos e sua relevância para a saúde pública e mental. Ele destacou que esta abordagem surge como alternativa ao modelo tradicional de cuidado, que muitas vezes impõe a abstinência como condição para tratamento. “A redução de danos para o cuidado das pessoas que têm dificuldade com o uso, decorrentes do uso de álcool e outras drogas, é uma forma de cuidado recomendada pela Organização Mundial de Saúde. Ela se apresenta como uma antítese à forma de cuidado tradicional baseada na abstinência. Além disso, está preconizada na política nacional de saúde mental brasileira, ancorada na reforma psiquiátrica, na luta antimanicomial, nos direitos humanos e no cuidado em liberdade.”

O professor também explicou que o curso tem como objetivo modificar paradigmas presentes na formação dos futuros profissionais de saúde, incentivando uma visão mais humanizada sobre o cuidado. “Os futuros profissionais precisam, já desde a formação, desconstruir a ideia de que a pessoa só pode ser cuidada se parar de usar drogas. Na redução de danos, existem propostas de cuidado para aqueles que não conseguem, não querem ou não podem parar de usar. É uma ética de acolhimento, que valoriza a identidade de cada sujeito e busca formas específicas de cuidado de maneira singular.”

Sobre a interdisciplinaridade do curso, Emanoel José ressaltou que todos os profissionais de saúde têm papel na atenção à saúde mental. “Todo profissional de saúde é um profissional de saúde mental. A escuta qualificada é uma ferramenta fundamental, independentemente da área. Saúde mental não é exclusividade de determinada especialidade, e a questão do uso de álcool e drogas deve ser compreendida pelo viés da saúde e das questões sociais, não apenas jurídico ou policial. Por isso, envolver todos os profissionais é essencial.”

Ao falar sobre os impactos que espera alcançar com a formação, o coordenador enfatizou a necessidade de combater preconceitos e estigmas, promovendo cuidado humanizado. “O principal impacto é desconstruir uma cultura de preconceito e estigmatização em relação às pessoas que usam drogas. Queremos construir uma visão mais próxima da realidade, reconhecendo que esses sujeitos enfrentam questões de saúde e sociais complexas. A ideia é afastar perspectivas conservadoras e moralizantes e promover um cuidado humanizado.”

Serão disponibilizadas 30 vagas, e a participação em todas as atividades com áudio e vídeo é obrigatória. As inscrições vão até 5 de outubro e devem ser realizadas por e-mail, enviando nome completo, curso de origem, número de contato e uma carta de intenção de até 500 caracteres explicando o interesse em participar do curso, para os endereços: emanoeljose@ccs.uespi.br e/ou mariazilda@ccs.uespi.br. O processo seletivo consistirá na análise das cartas de intenção enviadas pelos candidatos, e os aprovados serão contatados por e-mail.

O curso representa uma oportunidade para os estudantes da área da saúde aprofundarem seus conhecimentos em saúde mental, direitos humanos e políticas de redução de danos, promovendo debates que contribuem para a formação acadêmica e para a atuação profissional responsável e humanizada.

O edital completo você confere aqui: Edital 02_2025 – Curso de Extensao reducao de danos (1)

Projeto de Enfermagem ensina práticas sustentáveis para evitar desperdício de alimentos

Por Raíza Leão

O curso de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UESPI realizou um projeto  de extensão que busca ensinar formas de reaproveitar alimentos e reduzir o desperdício. Sob a coordenação da professora Aline Amaral, o projeto “Aproveitamento de Alimentos: Uma Maneira Simples de Evitar o Desperdício” foi desenvolvido por alunos do terceiro período e combina pesquisa, prática e conscientização.

“Queremos mostrar que muitas vezes jogamos dinheiro fora ao descartar folhas, cascas, talos e sementes que poderiam ser reaproveitados. Esse é um problema que vai além da economia, pois também impacta a sustentabilidade”, explica a docente Aline Amaral. Durante o projeto, os estudantes criaram receitas que reaproveitam integralmente os alimentos e ofereceram essas preparações para degustação no CCS.

A ação teve  70 horas de carga horária, incluindo pesquisas relacionadas à disciplina de Nutrição para Enfermagem, cursada pelos alunos no terceiro período. “O objetivo foi trazer a teoria para a prática e preparar os estudantes para orientarem a população, especialmente na atenção básica, onde a alimentação saudável é fundamental para a promoção da saúde”, destaca a professora.

 

Como parte das atividades, foi desenvolvido um aplicativo que reúne receitas e dicas práticas, ampliando o alcance das ações do projeto. A proposta terá continuidade no próximo semestre, envolvendo alunos do quinto período, que levarão as iniciativas para as unidades de saúde e comunidades locais, sensibilizando ainda mais pessoas sobre o consumo consciente.

Para Aline Amaral, o projeto é uma oportunidade de formar profissionais comprometidos com a saúde pública e a sustentabilidade. “Nosso papel é preparar os alunos para serem agentes de transformação, ensinando não apenas técnicas, mas também a importância de contribuir com a sociedade de forma prática e eficaz”, conclui. 

UESPI tem projeto aprovado em edital do Ministério da Saúde

Por: Danilo Kelvin 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) teve um projeto aprovado no resultado final do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), promovido pelo Ministério da Saúde.

O PET-Saúde tem como objetivo fortalecer a integração entre ensino, serviço e comunidade, unindo o SUS e as IES, além de buscar formar profissionais de saúde e valorizar as trabalhadoras do SUS, considerando aspectos como equidade de gênero, raça e identidade e alinhado ao Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadoras no SUS.

O resultado final dos projetos submetidos saiu no último  dia 02 de Abril, com a Universidade Estadual do Piauí na segunda posição entre os projetos selecionados no Estado. O título do trabalho foi Pet – Saúde: EQUIDADE e que irá desenvolver  suas ações no município de Teresina, em ambientes hospitalares, comunidades e Unidades básicas de saúde.

Foram 150 projetos aprovados no Brasil, sendo, no Piauí, quatro escolhidos. No âmbito do Estado, a UESPI ficou na segunda posição entre os escolhidos, como comenta o Coordenador do Pet-Saúde Equidade, Prof. Ms. Saulo Araújo. Segundo o docente, vários cursos da universidade estão envolvidos, como enfermagem, na psicologia, na fisioterapia e na medicina.

“Esses são os aspectos mais importantes que a gente busca fomentar, como esse fortalecimento, esse processo de integração entre o ensino-serviço e a comunidade, visto que a comunidade vai ser assistida, os serviços serão assistidos e assistidos por profissionais e acadêmicos do ensino da Universidade Estadual do Piauí, articulando todas as políticas, os eixos norteadores com as demandas do Sistema Único de Saúde”

Bolsas e Grupos:

O projeto se estrutura com cinco grupos, com 12 bolsitas em cada uma dessas composições, com o total de 60 bolsistas compostos por alunos e profissionais dos seguintes cursos: Medicina, Fisioterapia, Enfermagem, Psicologia e Educação Física. “Essa organização permite uma abordagem abrangente e integrada às demandas de saúde da comunidade, com uma equipe multidisciplinar e especializada”, destaca o coordenador, Prof. Ms. Saulo Araújo.

 

Objetivos da proposta aprovada:

Um dos principais objetivos do projeto PET-Saúde é promover a saúde integral e reduzir as desigualdades. Isso será feito por meio do desenvolvimento de competências e práticas de ensino-aprendizagem voltadas para a equidade, bem como pela identificação e combate ao preconceito e à exclusão nos serviços de saúde.

“Vamos oferecer práticas de ensino-aprendizagem voltadas para o acolhimento dos trabalhadores e futuros trabalhadores no SUS no processo de maternagem, gravidez, parto e puerpério para mulheres, homens trans e outras pessoas com útero, considerando seu ciclo de vida no âmbito do trabalhador da saúde. Por fim, promover articulações de integração entre ensino, serviço e comunidade, pertinentes ao combate ao racismo, incluindo práticas populares de saúde preservadas pelas religiões de matriz africana”.

Segundo o docente responsável, a qualificação do projeto com a integração do ensino com as ações nas comunidades, nos hospitais, nas unidades básicas de saúde vai permitir ao estudante ter uma experiência e uma interação fora da sala de aula.

“A gente espera que, realmente, o projeto possa estar inserido nos seus futuros locais de trabalho com uma visão prática da assistência, da enfermagem, da fisioterapia, da medicina, da educação física e da psicologia, sempre voltando para os princípios da equidade e buscando atrair, trazer às populações que são menos favorecidas ou que são discriminadas por uma série de fatores, sejam raciais, étnicos, ideológicos, religiosos, de gênero. Então, esses serão os benefícios, certamente, que esse projeto proporá e trará com êxito para os nossos estudantes, para nossa atividade acadêmica na Universidade Estadual do Piauí”, finaliza.

 

Curso de Psicologia promove ” Painel: Justiça Restaurativa na Educação”

Por Giovana Andrade

O curso de Psicologia da Universidade Estadual do Piauí juntamente com a equipe do Comitê Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí organizam “Painel: Justiça Restaurativa na Educação“, no dia 20 deste mês, às 18h no auditório do CCS da UESPI.

O curso de Psicologia tem em seu programa de curso estágios básicos e um deles, ofertado a partir do 6º bloco, é o Estágio Básico em Psicologia Jurídica. O campo de psicologia jurídica é bem amplo e abarca desde prestar assessorias/assistências às instituições jurídicas até atuações e estudos na interseção entre os aspectos jurídicos e psicossociais.

A Profª Liliane Leite Moreira explica que durante o estágio, que envolveu 11 alunos do 7º bloco de Psicologia da UESPI, surgiu a ideia de se fazer um evento para concretizar a iniciativa de caráter nacional do Conselho Nacional de Justiça  (CNJ)  que, no Piauí, se dá por meio de parceria entre a CGJ, o COJUR e a SEDUC e, Ensino Superior, no caso a UESPI.

“O evento Justiça Restaurativa na Educação é uma campanha nacional promovida pelo Conselho Nacional de Justiça para todos os Tribunais do país, que teve lançamento pela Ministra do CNJ, Rosa Weber, no início do ano de 2023. O Painel Justiça Restaurativa na Educação inicia as ações do Núcleo de Justiça Restaurativa-NUJUR/TJPI na Semana Internacional da Justiça Restaurativa no Brasil”.

O evento, no formato de painel está direcionado para docentes e discentes da UESPI, mais especificamente dos cursos de Direito, Psicologia e Pedagogia. Os temas envolvem a Justiça Restaurativa e serão apresentados pelas Juizas Dra. Maria Luiza de Moura Mello e Freitas e Dra. Lisabeth Maria Marchetti – representante do comitê gestor de Justiça Restaurativa.

 Justiça Restaurativa

A Educação é um dos alicerces da Justiça Restaurativa por compreender que o ser está em constante mudança. A Educação é uma ferramenta de base para alcançar o reequilíbrio, a harmonia e a solução dos conflitos internos consigo e com o outro em relação contínua. A Justiça Restaurativa acolhe todas as histórias vividas pelas pessoas, por entender que a pessoa humana possui múltiplas faces nas situações em convivência consigo, com o outro e com o meio que está inserido, o que traz várias dimensões de conflitos a serem vistas, ouvidas e cuidadas.

O ponto forte da Justiça Restaurativa é o próprio ser humano, quando em convivência comunitária, pois é aqui o lugar que as histórias humanas são geradas e colocadas em evidência. A Justiça Restaurativa se desenvolve no círculo de conversas, no coletivo, com apoio de entidades sociais e da comunidade de pessoas diretamente relacionada ao conflito dando oportunidade de todos envolvidos no conflito dizerem o que é justo para a melhor solução do problema e assim todos estarem de acordo, todos a contento.

A Justiça Restaurativa trabalha com o Princípio da Voluntariedade, ou seja, a pessoa que vai dizer se quer participar, dando assim destaque à vontade de cada pessoa envolvida e todos os facilitadores são capacitados pela equipe do Comitê Gestor.