O Viva Psi UESPI, podcast desenvolvido pelo Setor de Psicologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), aborda temas do cotidiano sob a ótica da Psicologia para promover reflexões importantes para a comunidade acadêmica. No episódio de janeiro, a psicóloga Juma Frota e a estagiária Maria Clara de Assis, do curso de psicologia, discutem os benefícios do Mindfulness como uma ferramenta para gerenciar o estresse e melhorar a qualidade de vida.
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Segundo Juma Frota, o Mindfulness, ou atenção plena, vai além de uma técnica: trata-se de uma habilidade que pode ser desenvolvida no dia a dia. A psicóloga explica que a prática incentiva a conexão com o momento presente, um hábito essencial para combater os efeitos negativos do “piloto automático”. “Na comunidade acadêmica, onde as demandas são intensas, o excesso de tarefas pode causar pensamentos acelerados, o que afeta a concentração e a atenção. O Mindfulness ajuda a desacelerar e retomar o equilíbrio emocional”, destaca.
A prática consiste em exercícios simples, como o Grounding, que convida as pessoas a explorar os cinco sentidos para se reconectar com o presente. Essa técnica propõe:
Identificar cinco coisas que você pode ver, olhando ao redor.
Sentir quatro objetos ao seu alcance, percebendo as texturas.
Ouvir três sons diferentes ao seu redor.
Respirar fundo e identificar dois cheiros distintos.
Prestar atenção em um sabor ou sensação na boca.
Juma Frota ressalta que o Mindfulness pode ser integrado à rotina de forma direta ou indireta. “Você pode tirar dez minutos do dia para uma meditação ou simplesmente estar mais atento ao que faz, como aproveitar o horário do almoço para perceber o sabor e a textura dos alimentos, sem se distrair com outras atividades”, explica.
Ela enfatiza que a prática não é complicada. “É uma construção diária, que envolve pequenas mudanças, como melhorar o sono, manter uma rotina saudável e buscar um ambiente familiar equilibrado.”
A proposta do episódio vai além do tradicional foco em datas comemorativas, como o Janeiro Branco. Juma reforça que o cuidado com a saúde mental deve ser contínuo. “São hábitos simples que, aos poucos, ajudam a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar. O Mindfulness é um estilo de vida que promove essa conexão com o presente e traz inúmeros benefícios.”
O episódio é uma oportunidade para estudantes e a comunidade acadêmica conhecerem práticas acessíveis que podem fazer diferença na saúde mental, especialmente em um ambiente de alta demanda.
Comentários desativados em Grupo terapêutico da UESPI acolhe e orienta alunos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física#Saudemental, daec, grupo terapeutico
Por Roger Cunha
A saúde mental é uma pauta cada vez mais urgente no ambiente universitário, especialmente diante dos desafios que os estudantes enfrentam para equilibrar a vida acadêmica, pessoal e emocional. Pensando nisso, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Serviço de Psicologia vinculado ao Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários (DAEC-PREX), está lançando um grupo terapêutico destinado a alunos dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina.
Grupo terapêutico destinado a alunos dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. // Imagem: Internet
O grupo, desenvolvido em parceria com estagiárias do curso de Psicologia da instituição, tem como objetivo criar um espaço de acolhimento, troca de experiências e reflexão sobre questões relacionadas à saúde mental e bem-estar emocional. Com uma abordagem inclusiva e prática, a iniciativa busca atender às demandas específicas dos estudantes, promovendo ferramentas para lidar com os desafios da vida acadêmica.
Segundo Yulla Sampaio, responsável pela coordenação do grupo terapêutico, a iniciativa surgiu de uma demanda específica apresentada pelas coordenações dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física. “As coordenações identificaram questões recorrentes relacionadas às dificuldades enfrentadas pelos alunos tanto dentro quanto fora da sala de aula. Preocupadas com essas questões, as coordenadoras recorreram ao Serviço de Psicologia em busca de alternativas para oferecer suporte, e consideramos o grupo terapêutico uma abordagem adequada para trabalhar esses desafios de maneira direcionada e eficaz”, explicou.
Yulla Sampaio destacou que a parceria com as estagiárias de Psicologia é um elemento essencial para a qualidade do projeto, pois combina aprendizado prático e atendimento às demandas dos estudantes. “O projeto faz parte do estágio de Psicologia Escolar que elas realizam no Serviço de Psicologia da UESPI. Assim, essa iniciativa atende às demandas dos discentes da universidade e, ao mesmo tempo, contribui para a formação das estagiárias, inserindo-as no contexto da Psicologia Escolar no ensino superior. Essa vivência prática amplia o conhecimento das estagiárias e fortalece sua atuação em um cenário acadêmico diversificado e desafiador”, afirmou.
O grupo terapêutico conta com a participação de 20 estudantes, número que corresponde ao limite de vagas estipulado. A seleção foi feita por meio de um formulário de inscrição, com critérios claros. “Os critérios considerados foram: ser discente dos cursos de Pedagogia, Jornalismo ou Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto e ter disponibilidade para participar presencialmente dos encontros do grupo”, explicou Yulla Sampaio
Além de oferecer acolhimento e reflexões sobre saúde mental, o grupo terapêutico visa alcançar resultados significativos na vida acadêmica dos participantes. “Esperamos contribuir diretamente para o bem-estar emocional dos participantes, abordando questões como ansiedade e depressão, que podem impactar negativamente a vida acadêmica. Nosso objetivo é promover o desenvolvimento de estratégias para lidar com essas dificuldades, fortalecer habilidades de enfrentamento e proporcionar um espaço acolhedor para o compartilhamento de experiências. Assim, buscamos ajudar os participantes a reduzir o impacto desses desafios em sua rotina acadêmica e pessoal, favorecendo um equilíbrio emocional mais saudável”.
Ela também explicou que há a possibilidade de expandir o projeto futuramente, mas isso dependerá da demanda observada. A intenção é consolidar o grupo terapêutico como uma iniciativa permanente do Serviço de Psicologia, com encontros presenciais mantidos no Campus Poeta Torquato Neto. Isso significa que, caso o projeto continue a ser necessário e bem recebido, ele pode se tornar uma oferta regular para os estudantes desse campus, sem, no entanto, planos imediatos de expansão para outros cursos ou campi no momento.
A coordenadora destacou que o grupo terapêutico tem como objetivo promover uma série de benefícios tanto para os participantes quanto para a comunidade acadêmica como um todo. “Acreditamos que, por meio da troca de experiências e estratégias de autocuidado, os participantes desenvolverão habilidades para lidar com os desafios acadêmicos e pessoais de forma mais saudável. Além disso, buscamos sensibilizar a comunidade acadêmica sobre a importância de cuidar da saúde mental, incentivando a criação de uma cultura de apoio e empatia, onde a saúde mental seja valorizada como essencial para o desenvolvimento tanto pessoal quanto acadêmico”, afirmou.
grupo terapêutico destinado a alunos dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. // Imagem: Internet
Ela ainda ressaltou que outro resultado esperado é o fortalecimento da empatia entre os discentes, criando um ambiente mais solidário e acolhedor. “Esperamos que os participantes se sintam mais preparados para enfrentar as demandas do curso e também mais atentos às necessidades emocionais dos outros. Outro resultado importante é o fortalecimento da empatia e do cuidado mútuo entre os discentes, promovendo um ambiente acadêmico mais solidário e acolhedor”, completou.
João Carlos, aluno do curso de Pedagogia, destacou a importância do grupo terapêutico para lidar com as pressões acadêmicas e profissionais: “Eu achei muito positivo a criação desse grupo terapêutico. Como estudante de Pedagogia, muitas vezes enfrentamos situações de pressão tanto na parte acadêmica quanto nas práticas de estágio. Ter um espaço para compartilhar nossas experiências e aprender estratégias de autocuidado tem sido fundamental. A troca de ideias com outros colegas de diferentes cursos também tem sido enriquecedora. Acho que iniciativas como essa deveriam ser mais frequentes na universidade”, afirmou.
Grupo terapêutico destinado a alunos dos cursos de Pedagogia, Jornalismo e Educação Física do Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. // Imagem: Internet
Maria Eduarda, aluna do curso de Jornalismo, comentou sobre a importância dos grupos terapêuticos para sua saúde mental: “Participar desses grupos vai ser um alívio para mim, especialmente porque o curso de Jornalismo pode ser bem exigente e estressante, principalmente em períodos de provas e prazos apertados. O grupo vem para ajudar a lidar melhor com a ansiedade e a encontrar formas de equilibrar minha vida acadêmica com o meu bem-estar emocional. Fico feliz que a universidade esteja reconhecendo a importância de cuidar da saúde mental dos alunos”, disse.
Lucas Matheus, aluno do curso de Educação Física, ressaltou a importância do grupo terapêutico para lidar com questões emocionais: “Participar desses grupos vai ser uma oportunidade única para refletirmos sobre questões emocionais que influenciam nossa vida acadêmica e pessoal. Como aluno de Educação Física, somos constantemente cobrados por nossos desempenhos, mas muitas vezes esquecemos de cuidar da nossa saúde mental. Além disso, tem sido bom saber que não estamos sozinhos nesses desafios e que podemos contar com a ajuda uns dos outros”, afirmou.
O Viva Psi UESPI é um podcast que explora temas do cotidiano a partir da perspectiva da Psicologia, com o intuito de promover a psicoeducação no ambiente universitário. Desenvolvido pelo Setor de Psicologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), o programa busca integrar saberes de diferentes áreas, oferecendo reflexões valiosas que podem impactar positivamente a saúde mental dos estudantes e da comunidade acadêmica.
O podcast trata sobre temas do cotidiano a partir da visão do campo da Psicologia
O Viva Psi UESPI tem como principal objetivo ampliar o acesso à informação sobre saúde mental, abordando uma variedade de temas relevantes para o cotidiano das pessoas. Segundo a psicóloga Juma Frota, que lidera o projeto, a proposta é que o maior número possível de pessoas tenha acesso a conteúdos que não apenas informam, mas também educam sobre a importância do cuidado emocional. “Queremos desmistificar a ideia de que cuidar da saúde mental é algo secundário ou menos importante”, afirma Juma Frota. “Essas informações são preparadas com muito cuidado e têm um papel essencial na vida diária das pessoas”. O podcast busca, assim, quebrar tabus e incentivar uma cultura de atenção e cuidado com a saúde mental, promovendo discussões que possam ajudar a comunidade a entender e valorizar a busca por apoio psicológico.
A psicóloga Juma Frota, responsável pela criação do podcast, explica que a inspiração veio de sua experiência com grupos psicoterápicos que ocorrem a cada 15 dias. “A expectativa era levar essa discussão para além dos grupos, já que muitos não conseguem participar”, destaca a psicóloga. Inicialmente, o podcast replicava as pautas trabalhadas nesses grupos psicoeducativos, mas com o tempo a abordagem se ampliou. “Hoje, nem sempre as pautas discutidas nos grupos são as mesmas abordadas no podcast, mas a intenção é sempre oferecer conteúdo relevante sobre saúde mental, que fique disponível para que as pessoas possam acessar quando precisarem”.
A psicoeducação desempenha um papel crucial no ambiente universitário, especialmente na desconstrução de estigmas relacionados à saúde mental. Segundo a psicóloga, muitas pessoas só buscam ajuda quando atingem um nível significativo de sofrimento, o que pode ser evitado com informações adequadas. “A psicoeducação ajuda a esclarecer que buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas de força”, afirma Juma Frota.
Esse tipo de abordagem oferece orientações que ajudam os estudantes a compreenderem que é normal procurar apoio. “Ela norteia as pessoas, esclarecendo que não há problema em buscar ajuda”, explica. A psicoeducação é aplicada não apenas em grupos psicoeducativos, mas também nas terapias, permitindo que os indivíduos entendam melhor suas emoções e desafios.
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“Você só consegue buscar ajuda de forma efetiva quando compreende o que está acontecendo consigo mesmo”, destaca. Assim, a psicoeducação se torna uma ferramenta vital para promover o bem-estar emocional e fortalecer a saúde mental entre os universitários, contribuindo para um ambiente mais acolhedor e consciente sobre a importância do cuidado psicológico.
Os alunos e ouvintes do Viva Psi UESPI têm a oportunidade de se envolver ativamente no podcast, contribuindo com sugestões e participações. De acordo com a psicóloga Juma Frota, a equipe está sempre aberta a ideias e feedbacks. “Já tivemos episódios com participações externas e estamos prontos para ouvir o que nossos ouvintes desejam discutir”, afirma Juma.
O podcast segue um cronograma de gravações, e novos episódios estão sempre em desenvolvimento. “Na próxima semana, teremos um novo episódio”, revela. O número do serviço de psicologia está aberto para receber sugestões, permitindo que os ouvintes indiquem temas ou tópicos que gostariam que fossem abordados no programa.
Essa interação permite que o Viva Psi UESPI se mantenha relevante e sintonizado com as necessidades e interesses da comunidade acadêmica, criando um espaço colaborativo e acessível para discussões sobre saúde mental.
A psicóloga também avalia a utilização de plataformas digitais como uma ferramenta de grande valia para apoiar aqueles que precisam de acompanhamento em saúde mental. Ela reconhece que, embora essas plataformas apresentem tanto ônus quanto bônus, seu uso pode ser muito positivo se direcionado corretamente. “Se utilizadas para ajudar o próximo, as plataformas digitais podem oferecer suporte valioso, especialmente para aqueles que estão em níveis altos de sofrimento e não têm acesso a ajuda”, afirma Juma Frota.
Ela também destaca que, com orientações e psicoeducação, as plataformas podem sinalizar caminhos e oferecer esperança. “Claro que isso não substitui uma psicoterapia, mas encontrar algo que realmente ressoe com você pode ser o primeiro passo para uma mudança de perspectiva”, explica.
Juma Frota finaliza enfatizando a importância de usar essas ferramentas com cuidado e cautela, assegurando que elas sirvam como um complemento à terapia, e não como uma substituição. “A utilização consciente e responsável das plataformas digitais pode iluminar o caminho para aqueles que buscam apoio, ajudando a transformar o entendimento e a abordagem em relação à saúde mental”.
Em alusão a Campanha Nacional de conscientização a saúde mental intitulada de “Janeiro Branco”, estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Prof. Barros Araújo em Picos, desenvolvem um projeto de extensão direcionado à comunidade interna e externa da instituição.
Equipe reunida no campus durante a ação
O projeto está sendo executado pelos estudantes do 2º e do 7º bloco do curso, teve início na última sexta-feira (13) e se estende até o dia 03 de fevereiro com atividades sendo realizadas no campus e no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Na UESPI, foi realizado o dia “D da Campanha Janeiro Branco” (13/01/2023), através de dinâmicas, rodas de conversa, apresentação de cartazes sobre a importância do cuidado com a saúde mental e entrega de panfletos sobre autocuidado.
Momento em que os visitantes tiveram a oportunidade de conversar com os estudantes
Para Rayla Sousa, aluna do 7º período, a temática é bastante relevante. Ela destaca outras campanha que os discentes já realizaram atividades, como o Outubro Rosa e Novembro Azul. “Mostramos o tema a nossa coordenadora e construímos o Projeto de Extensão. O projeto dialogou muito com a nossa disciplina de Saúde Mental e Psiquiatria e aqui estamos ouvindo os alunos, as queixas e estamos conseguindo indicar para eles o serviço de apoio psicológico da própria universidade. Os alunos podem buscar e se cadastrar para conseguir esse acompanhamento até mesmo indicando o serviço para a própria cidade”, finaliza.
Cartazes de divulgação do evento
As atividades foram realizadas em um local central do Campus, dando acesso aos discentes e todos os profissionais: docentes, técnicos administrativos e servidores no turno manhã e tarde. No CAPS, as ações serão realizadas durante 3 semanas e voltadas para um público-alvo com maior vulnerabilidade mental.
Segundo Gabriela Ferreira, estudante do 2º bloco, essa experiência foi muito importante visando sua formação acadêmica Para ela esse projeto ajuda os discentes a adquirir experiência.
“Dentro da Universidade, percebemos a importância de um evento como esse, que trata sobre saúde mental, por conta de percebemos que existem pessoas que sofrem com transtornos, mas que, as vezes, não se importam ou acabam deixando de lado. Aqui nós fazemos esse trabalho de mostrar o que é ansiedade, depressão e da importância desse tratamento”, encerra.
Cartolina com explicação de questões voltadas a temática apresentada
Além das ações do dia D, o Projeto também será ira construir um material didático e organizar uma oficina cultural com os pacientes desse setor. A disseminação dos resultados está sendo realizada por meio de trabalhos que contemplem as interfaces discutidas no Janeiro Branco.
Projeto de Extensão JANEIRO BRANCO: CONSCIENTIZAÇÃO E CUIDADO COM A SAÚDE MENTAL
Coordenadoras: Professoras Dra. Gerdane Celene Nunes Carvalho e Me. Maria da Conceição Portela Leal
Organizadoras e Colaboradoras: Professoras Me. Roseane Luz Moura, Dra. Mariluska Macedo Lobo de Deus Oliveira, Dra. Laise Maria Formiga Moura Barroso e Dra. Juliana Barbosa Dias Maia.