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PPGSC realiza debate sobre Epistemologias Indígenas com pesquisador boliviano e reforça diálogos entre povos andinos e amazônicos

Por: Lucas Ruthênio

O Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura (PPGSC) realizou, na última segunda-feira (1º), no Auditório do Palácio do Pirajá, o evento “Diálogos Interdisciplinares: Epistemologias Andinas”, um encontro que marcou mais um passo do programa no fortalecimento de perspectivas pluriepistêmicas e no aprofundamento das discussões sobre conhecimentos produzidos por povos tradicionais da América Latina.

O evento teve como convidado central o professor boliviano Dr. Roger Mayta, pesquisador reconhecido internacionalmente por sua atuação na defesa dos direitos dos povos originários, pelas análises sobre justiça climática e por contribuições teóricas às epistemologias não hegemônicas. A atividade integrou a disciplina Estudos em Pesquisa Interdisciplinar, ministrada pela Profa. Dra. Lucineide Barros, em parceria com os professores Robson e Alcebíades, e se insere no conjunto de iniciativas do PPGSC voltadas ao diálogo internacional e à valorização de saberes marginalizados.

O evento “Diálogos Interdisciplinares: Epistemologias Andinas” reuniu pesquisadores, estudantes e representantes de comunidades tradicionais para discutir a importância dos conhecimentos ancestrais na formulação de políticas e na compreensão dos desafios socioambientais contemporâneos.

Durante sua exposição, o prof. Dr. Roger Mayta destacou como a crise climática reposicionou os povos indígenas no centro do debate internacional sobre meio ambiente e justiça socioambiental. Segundo o pesquisador, a visibilidade atual é consequência direta das desigualdades provocadas por um modelo econômico que pressiona territórios e modos de vida tradicionais. “Hoje, pela crise climática que toda a região está sofrendo, a visibilidade é maior justamente porque somos povos indígenas mais afetados. São nossos territórios que estão sofrendo as maiores consequências do capitalismo, desse sistema de vida consumista”, afirmou. Para o docente, essa centralidade não surge de uma concessão institucional, mas da resistência contínua. “A visibilidade vem da luta pela defesa dos territórios”.

Ao comparar o cenário atual com décadas anteriores, o professor explicou que houve uma mudança no eixo político das mobilizações indígenas. Ele lembrou que, “há 20 ou 30 anos, os povos andinos tinham uma presença muito importante na política, como na experiência boliviana, equatoriana e peruana”, porém, hoje, o protagonismo é especialmente marcante entre povos amazônicos e comunidades do Pantanal, regiões severamente afetadas pelo avanço do desmatamento, da grilagem e das mudanças no regime das águas. Para o professor Mayta, “o Brasil está tendo uma centralidade gigante pelas políticas do governo, pelos novos espaços políticos que o país tem agora”.

Sobre os desafios históricos que dificultam o diálogo entre povos indígenas de países hispano-americanos e comunidades brasileiras,  fatores linguísticos e geopolíticos contribuíram para afastamentos duradouros. “Os países hispano-americanos e o Brasil sempre tiveram muitas divisões por muitos motivos. O idioma talvez seja o principal deles. O olhar do Brasil para os vizinhos também historicamente não é grande; é muito europeizado, muito voltado aos Estados Unidos”, pontuou. No entanto, o prof. Mayta considera que esse quadro está mudando impulsionado pela urgência ambiental e pelas experiências políticas recentes em países como Bolívia e Equador, que incorporaram princípios plurinacionais em suas constituições. “Estamos tendo uma abertura para aprender com outras experiências indígenas. Bolívia e Equador estão se abrindo para dialogar e trocar saberes com os povos do Brasil, sobretudo diante da crise climática”, afirmou.

Para o pesquisador, encontros como o promovido pelo PPGSC são fundamentais para fortalecer alianças e ampliar redes de resistência. “Esse tipo de espaço é importante nesse caminho de dialogar sobre as experiências indígenas que temos para juntos lutar na defesa dos nossos territórios”, defendeu. Ele reforçou que a construção de políticas ambientais e sociais mais justas depende de reconhecer a legitimidade e a centralidade dos conhecimentos tradicionais, que historicamente foram marginalizados pelo paradigma científico eurocêntrico.

Ao final de sua fala, ele fez um apelo pela ampliação dessas trocas: “O Brasil tem que se abrir para conhecer outras lutas, outras experiências, outras resistências indígenas. Esse é um caminho de luta e defesa pela terra”.

Ao comentar a relevância da atividade para o programa, a Profa. Dra. Lucineide Barros destacou que o debate reflete o compromisso da disciplina com perspectivas pluriepistêmicas. “A atividade é um tópico da disciplina que eu, professor Robson, professor Alcebíades, ministramos do mestrado interdisciplinar do Programa em Sociedade e Cultura da UESP. Essa disciplina trata sobre pesquisa interdisciplinar e nós tentamos privilegiar as diversas epistemologias, dando ênfase para as chamadas epistemologias invisibilizadas ou às vezes subalternizadas, como é o caso dessas que estão relacionadas aos saberes e conhecimentos indígenas, quilombolas e de outras comunidades e também lugares geográficos que muitas vezes estão hierarquizados de modo negativo em relação à lógica tecnológica eurocêntrica, que tem sido predominante no modo de produzir, saber, conhecimento e ciência”.

A professora explicou ainda que a atividade também se articula com ações de internacionalização em andamento. “Eu participo de uma iniciativa que envolve a Universidade Estadual do Piauí e a Universidade Federal. A coordenação é da professora Socorro Arantes, da UFPI e é uma ação que integra o edital da CAPS, Abdias Nascimento. Essa ação pressupõe a internacionalização da ciência. E nós estamos realizando um intercâmbio Brasil-Bolívia, e nesse intercâmbio dois estudantes do programa aqui da UESPI, de Sociedade e Cultura, estiverem na Bolívia esse ano e tiveram contato com o professor convidado do nosso evento, que, no caso, está aqui conosco nessa atividade”.

Para a docente, “esse conjunto de coisas motivou a realização do evento, que foi muito importante em termos de questões suscitadas e também de possibilidade de novos diálogos envolvendo os dois países e estreitando os laços que a gente precisa cada vez mais qualificar com as experiências aqui na América Latina”.

Participação na banca de qualificação do mestrando Lucas Martins

Após o evento, o professor Dr. Roger Mayta também integrou a banca de qualificação do mestrando Lucas Martins, cuja pesquisa se debruça sobre o acesso à educação por famílias Warao que vivem em Teresina. A banca representou um momento importante de ampliação das reflexões sobre migração indígena e vulnerabilidade social no contexto urbano piauiense, articulando diretamente os debates levantados no evento com a realidade local estudada pelo pós-graduando.

A professora doutora Lucineide Barros da Silva destacou a relevância dessa participação dentro do projeto internacional que o PPGSC desenvolve em parceria com instituições latino-americanas, ressaltando que a presença do pesquisador boliviano na banca reforça tanto os objetivos do edital quanto o compromisso da universidade com uma formação crítica e voltada aos diálogos interculturais. Ela explicou que a banca não é apenas um procedimento avaliativo, mas parte estruturante do projeto de internacionalização que o programa vem fortalecendo:

“É muito importante a presença do professor, porque cumpre os objetivos desse projeto que nós integramos em parceria com a UFPE, do edital Abdias Nascimento, que trata sobre o desenvolvimento acadêmico. E, nesse contexto do desenvolvimento, é muito importante o processo de internacionalização da pesquisa, dos diálogos acadêmicos, que pressupõe compartilhamento das experiências, dos modos de produzir pesquisa, e nós damos ênfase a esse processo na América Latina. Então é muito importante que o professor, sendo da Bolívia, tendo recebido os nossos alunos lá no intercâmbio sanduíche, esteja também na banca de qualificação do Lucas”.

O trabalho de Lucas Martins examina de forma aprofundada os desafios enfrentados por famílias Warao que chegaram ao Piauí em decorrência de processos de migração forçada, trazendo à tona questões relacionadas à adaptação escolar, permanência nas redes de ensino e impacto das barreiras linguísticas e culturais no acesso aos direitos educacionais. A presença do professor Mayta na avaliação do trabalho permitiu tensionar essas questões a partir de uma perspectiva comparada entre experiências andinas e amazônicas, ampliando o escopo teórico e metodológico da discussão.

Para a coordenação da disciplina e para o programa, a participação do pesquisador internacional na banca simboliza o fortalecimento das redes de colaboração entre Brasil e Bolívia e reafirma o compromisso do PPGSC com uma abordagem interdisciplinar e intercultural. A avaliação de pesquisas que dialogam diretamente com realidades indígenas contemporâneas, como é o caso dos Warao em Teresina, reforça o interesse do programa em produzir conhecimento que ultrapasse fronteiras e contribua para compreender processos sociais complexos.

 

 

Último dia da Quitanda da Agricultura Familiar marca encerramento de um ano de fortalecimento da economia rural na UESPI

Por: Lucas Ruthênio

A movimentação começou cedo em frente ao Palácio do Pirajá, no Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. Em clima de despedida, mas também de celebração, a comunidade acadêmica acompanhou nesta semana o último dia da feira da Quitanda da Agricultura Familiar, iniciativa da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) que manteve presença na Universidade Estadual do Piauí ao longo de todo o ano de 2025.
Entre barracas montadas com hortaliças frescas, frutas, temperos, raízes, produtos artesanais e conversas amigáveis, os feirantes compartilharam não apenas seus produtos, mas também as histórias de um ano de trabalho e aprendizado, e as expectativas para o retorno em 2026.

A feira, que se consolidou como um espaço de convivência entre agricultores familiares e a comunidade uespiana, cumpriu ao longo do ano um papel fundamental: aproximou o produtor do consumidor, deu visibilidade aos pequenos agricultores, ampliou a renda das famílias e movimentou o cotidiano do campus. No seu último dia de funcionamento em 2025, a sensação geral entre os feirantes era de gratidão e de saudade antecipada.

Entre os que celebraram o fechamento do ciclo está Maria de Jesus Silva Souza, que, segundo ela, viveu um ano importante dentro do espaço da UESPI. “Eu trabalho aqui já há um ano. Eu gosto muito de trabalhar aqui. Dei um bom resultado”, contou. Para a agricultora, a experiência ao longo de 2025 foi marcada por bons retornos, tanto financeiros quanto de convivência. “Foi muito bom, lucrativo”, avaliou. Sobre o próximo ano, Maria de Jesus espera continuidade e estabilidade: “Que seja igual a esse ano, ou melhor.” Antes de se despedir, deixou um recado afetuoso e um pedido especial: “Eu desejo um Feliz Natal, um próximo Ano Novo para todos. E que chova muito esse ano, viu? Porque esse ano foi muito quente. É para ter mais produtos, porque os produtos morreram de seca”.

Também presente em todas as edições da feira ao longo de 2025, Wanda, responsável pela barraca Pequena Horta do Giovano Prado, relatou uma experiência transformadora. Para ela, o grande destaque foi a relação criada com os consumidores e o apoio recebido dentro da universidade. “Foi uma experiência excelente. A melhor experiência que nós temos é o contato com os nossos clientes. O aprendizado que a gente recebe.” Wanda agradeceu ainda a parceria que se consolidou ao longo do ano. “A UESPI abriu a porta juntamente com a SAF. Este ano foi muito gratificante, muito proveitoso dos dois lados, na renda da agricultura familiar e no espaço que abriram pra gente. E o contato de vocês para conosco, vocês da mídia, o tempo todo nos ajudando, foi muito importante”.

Ao falar sobre 2026, ela não escondeu o entusiasmo: “A expectativa é a mil. Hoje é o último dia por causa do recesso, mas esperamos que ela retorne, e nós estaremos ansiosos para estar de volta.” A agricultora encerrou deixando votos de celebração: “A Pequena Horta, juntamente com os colegas, deseja um Feliz Natal e um próximo Ano Novo, e que o ano que vem venha repleto de bênção, saúde, paz, felicidade e muito sucesso”.

Companheiro de barraca de Wanda, João Pedro, também da Pequena Horta, reforçou o peso positivo que 2025 teve para os pequenos produtores que ocuparam o campus semanalmente. “Foi uma experiência muito boa, teve muita presentidade, muita oportunidade também. Foi maravilhoso estar aqui acompanhando vocês, vendendo nossos produtos, demonstrando e vendendo aqui”. Ao projetar o ano seguinte, João resume o sentimento com simplicidade: “Já estamos com mil expectativas, sem limites. Ansiosos para que chegue logo o próximo ano para a gente voltar pra cá”.

O agricultor encerrou deixando um recado emocionado à comunidade uespiana: “Infelizmente aqui também é a última feira, já estamos com saudade. Feliz Natal pra todos e, no próximo ano, 2026, estamos aqui de volta”.

Quem também fez questão de avaliar o encerramento do ciclo foi Wilson, produtor do município de Altos, da comunidade Lembrada, que trouxe à UESPI uma grande variedade de produtos rurais durante o ano. Para ele, a participação na Quitanda simbolizou oportunidade e reconhecimento. “A experiência foi muito boa, porque foi mais um espaço que se abriu. A diretoria trouxe esse espaço pra gente, e a Quitanda veio expor os produtos dos nossos produtores rurais. Para a gente foi muito bom”.

Wilson destacou ainda o valor de saber que a parceria continuará em 2026. “O bom é saber que o espaço está aberto para a gente, porque o produtor precisa de espaço. Estamos nos programando para trazer mais produtos. Cada dia que passa, o agricultor expande mais o seu trabalho, e tendo um espaço para vender, para expor, é muito bom. Essa parceria foi muito legal”. Antes de se despedir, reforçou o sentimento coletivo de expectativa e gratidão: “Foi muito bom conhecer gente nova aqui. A gente deseja muita felicidade para nossos clientes e parceiros. O agricultor acredita muito no futuro, e essa presença aqui foi muito boa”.

O último dia da feira marcou o encerramento das atividades da Quitanda da Agricultura Familiar no Campus Poeta Torquato Neto em 2025. Ao longo do ano, o espaço funcionou como ponto de comercialização para agricultores familiares e de acesso direto a produtos frescos para a comunidade acadêmica. Os feirantes avaliaram o período como produtivo e destacaram o impacto da iniciativa na ampliação de renda e na divulgação do trabalho rural.

Em 2026, a Quitanda retorna ao Campus Poeta Torquato Neto com a promessa de novos produtos, novas histórias e o mesmo acolhimento que marcou sua permanência ao longo de 2025.

Até lá, fica o desejo que ecoou em todas as barracas: que o novo ano seja generoso em chuva, em saúde, em trabalho e em encontros e que a comunidade uespiana siga abraçando a produção local como parte do seu dia a dia.

Uespi reforça papel estratégico no desenvolvimento do Piauí ao integrar o Programa “Mais Formação, Mais Renda” e prepara expansão de novos campi

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) consolidou sua posição como uma das instituições mais estratégicas no novo ciclo de desenvolvimento educacional e econômico do estado, ao integrar o Programa Mais Formação, Mais Renda – maior iniciativa de qualificação profissional da história do Piauí, lançada pelo Governo do Estado com investimento superior a R$ 750 milhões até 2030. Com foco em ampliar o acesso à formação profissional alinhada ao mercado de trabalho, o programa estabelece a expansão da oferta de cursos técnicos, graduação, pós-graduação e qualificação nas áreas mais dinâmicas da economia piauiense, como energias renováveis, tecnologia, agro, logística, serviços e turismo.

Nesse contexto, a Uespi se destaca tanto pelo alcance territorial quanto pela capacidade de formar profissionais qualificados em todas as regiões do Piauí. A expansão anunciada pelo governo, que inclui a reabertura dos campi de Valença, Paulistana e União, além da transformação do núcleo de Barras em campus representa um novo momento para a universidade, que ampliará de 12 para 16 campi, fortalecendo sua presença no interior e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional.

Durante a solenidade de lançamento, o reitor da UESPI, professor Evandro Alberto, destacou que o programa responde a uma preocupação central do governo estadual: garantir que a formação educacional seja um caminho real e concreto para a entrada no mercado de trabalho e para o aumento da renda da população. Ele enfatizou, em suas palavras, que “a qualificação profissional precisa alcançar quem mais precisa e deve ser pensada como política estratégica, não como ação pontual”. O reitor também afirmou que a proposta do Mais Formação, Mais Renda nasceu justamente da necessidade de criar oportunidades sólidas para estudantes de todo o estado, alinhando o avanço educacional à empregabilidade. Segundo ele, a expansão da UESPI foi planejada dentro dessa estratégia, de modo a permitir que mais jovens tenham acesso a cursos que dialoguem diretamente com as novas demandas econômicas. “Estamos direcionando a universidade para áreas que já movimentam a economia piauiense e para setores que crescerão ainda mais na próxima década”, afirmou.

O reitor ressaltou que o plano prevê não apenas a ampliação física da universidade, mas também a construção de um ecossistema de formação que garanta renda e empregabilidade para os piauienses. Ao mencionar a reabertura dos campi citados pelo governador, ele afirmou que a universidade já trabalha para se estruturar internamente e garantir que toda essa expansão seja incorporada ao planejamento institucional. “Nosso desafio, agora, é preparar a infraestrutura acadêmica e administrativa para que essa expansão seja sustentável e efetiva”, disse. O processo, segundo Evandro Alberto, será conduzido em diálogo contínuo com o Governo do Estado e com a gestão que assumirá a reitoria em 2026, visto que as implementações das novas unidades estão previstas para ocorrer a partir dessa data. Ele destacou ainda que, ao lado do reitor eleito, professor Paulo Henrique, a UESPI seguirá alinhada às diretrizes do programa. “Estamos construindo uma transição muito responsável e planejada, porque o impacto desse programa será sentido por muitos anos”, afirmou.

O reitor eleito, professor Paulo Henrique, reforçou essa perspectiva ao afirmar que a participação da UESPI é essencial devido ao papel histórico da universidade na formação superior do estado. Ele destacou que a UESPI tem “o Piauí no seu DNA”, por sua forte capilaridade e presença consolidada tanto na capital quanto no interior. Para ele, o anúncio da reabertura dos campi representa não apenas um avanço institucional, mas também uma grande oportunidade para ampliar o acesso à educação pública e gratuita, contribuindo de forma direta para a melhoria da renda e das condições de vida da população piauiense.

Segundo o reitor eleito, a transformação de Barras em campus e a reabertura das unidades de Valença, União e Paulistana permitirão que a universidade chegue a 16 campi distribuídos por todo o território piauiense, reforçando sua missão de interiorizar o ensino superior. Ele destacou que essa expansão é coerente com o propósito do programa estadual e abre espaço para que a UESPI amplie ainda mais sua oferta de cursos alinhados às áreas estratégicas do desenvolvimento econômico do Piauí. Paulo Henrique também mencionou que os próximos meses serão dedicados ao alinhamento institucional com o Governo do Estado, especialmente no que diz respeito ao cronograma de implementação dos novos campi e ao fortalecimento das formações que compõem o programa.

A participação da UESPI no Mais Formação, Mais Renda vai além da infraestrutura e do aumento da oferta de vagas. A universidade, por meio de seus docentes, pesquisadores, alunos e egressos, já consolida pesquisas e projetos que dialogam com demandas essenciais do estado, como energias renováveis, meio ambiente, saúde pública e tecnologias emergentes. Durante a cerimônia, esse protagonismo foi evidenciado pelo depoimento de egressos e pesquisadores que atuam em áreas inovadoras, demonstrando como a formação oferecida pela UESPI tem gerado impactos reais na vida da população e nas cadeias produtivas do estado. Ao comentar esse aspecto, o reitor Evandro Alberto acrescentou: “A universidade pública precisa mostrar resultados, e os resultados estão aqui: nossos egressos estão inseridos nas áreas estratégicas do Piauí e contribuindo para transformar a economia local”.

Entre esses relatos, o egresso Renato Sousa destacou pesquisas desenvolvidas no âmbito do grupo Greentech, envolvendo sistemas de óxidos condutores ativados pela luz solar para aplicações de interesse social. Segundo ele, o trabalho busca soluções científicas voltadas às mudanças climáticas, ao meio ambiente e à saúde pública.

Renato explicou que uma das linhas de pesquisa envolve a produção de revestimentos bactericidas para ambientes hospitalares, utilizando materiais foto catalisadores capazes de reduzir contaminações por bactérias. “São soluções que têm impacto direto na vida da população, sobretudo no cuidado com a saúde”, afirmou.

Ele também mencionou pesquisas dedicadas ao tratamento de água no semiárido, com tecnologias ativadas por luz solar para melhorar a qualidade de reservatórios em regiões que enfrentam dificuldades no acesso ao recurso. O projeto, segundo o egresso, tem apoio do Governo do Estado. Além dessas frentes, Renato citou estudos voltados à produção de hidrogênio a partir da água, reforçando a busca por alternativas sustentáveis e alinhadas ao debate global sobre transição energética e clima.

O pesquisador ressaltou a importância dos investimentos na UESPI para ampliar oportunidades e fortalecer a pesquisa aplicada. “Investir na UESPI é tornar a educação mais justa, criando novas vagas, fortalecendo a ciência e contribuindo para a inovação. A pesquisa não para. Estamos sempre buscando gerar soluções que dialoguem com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e tragam melhorias reais para a sociedade”, declarou, agradecendo ao governo pela iniciativa do programa Mais Formação, Mais Renda.

Ao integrar o Programa Mais Formação, Mais Renda, a UESPI passa a desempenhar um papel ampliado na política estadual de qualificação profissional. A expansão de campi, o reforço das ações de pós-graduação, o investimento em infraestrutura e tecnologia e a oferta de cursos alinhados a setores estratégicos da economia compõem o conjunto de medidas previstas para os próximos anos. As iniciativas têm como objetivo ampliar o acesso à formação no estado e apoiar a preparação de novos profissionais para atender às demandas de um mercado de trabalho em transformação.

UESPI desenvolve projeto GIMMEVOX por meio do edital UESPITECH II, com foco em tecnologias assistivas inclusivas

Por: Lucas Ruthênio

O GIMMEVOX, projeto desenvolvido no âmbito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e contemplado pelo edital UESPITECH II, desponta como uma das iniciativas mais promissoras no campo das tecnologias assistivas voltadas à comunicação aumentativa e alternativa (CAA) no estado.

A proposta integra a segunda edição do programa que financia soluções científicas e tecnológicas alinhadas às diretrizes do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável Piauí 2050, fortalecendo ações inovadoras que impactam diretamente realidades sociais sensíveis. Com investimento de até R$ 25 mil para cada uma das propostas selecionadas, o edital incentiva o desenvolvimento de projetos que reforçam o papel da universidade pública como agente transformador, sobretudo em áreas como educação, saúde, tecnologia, inclusão social e inovação digital.

Tecnologia assistiva que nasce da vivência e da necessidade real

O GIMMEVOX surgiu a partir de uma necessidade real identificada por docentes e pesquisadores que lidam cotidianamente com crianças que enfrentam dificuldades complexas de comunicação, um público para o qual o acesso a recursos especializados ainda é significativamente limitado no Piauí.

O professor Alcemir Rodrigues explica que a concepção do projeto nasceu dentro do doutorado da professora Olívia Mafra, mãe atípica que vivencia diretamente os desafios vividos por crianças que não conseguem emitir voz, embora compreendam plenamente o ambiente ao redor. Segundo ele, “a ideia surgiu durante o doutorado da Profa. Olívia Mafra. Ela, mãe atípica, resolveu pesquisar sobre tecnologias assistivas durante o seu doutorado, que ainda está em andamento. No contexto piauiense, identificamos a partir da vivência da Profa. Olívia e da experiência da Profa. Nadja, na educação especial, que educadores e terapeutas têm dificuldade de acesso a esse tipo de tecnologia assistiva para educação e terapia de crianças com dificuldades complexas de comunicação”. Essa união entre vivência pessoal, prática profissional e pesquisa acadêmica moldou os alicerces da proposta, evidenciando a importância de soluções tecnológicas pensadas a partir da escuta da comunidade e das demandas concretas de quem convive com essas barreiras diariamente.

A construção do aplicativo foi orientada por critérios técnicos e pedagógicos cuidadosamente planejados para atender diferentes níveis de limitação comunicacional. O professor Alcemir Rodrigues destaca que a equipe optou por uma abordagem focada no essencial, concentrando o aplicativo em uma funcionalidade central de acesso imediato para o usuário. Ele explica que “o aplicativo gira em torno de uma única funcionalidade: emitir voz. Que é de onde vem o nome do mesmo. Crianças com necessidades complexas de comunicação, apesar de entenderem, não conseguem emitir voz. Pedagogicamente, o app deverá poder se adaptar ao nível de comunicação da criança”. Em vez de construir uma plataforma complexa e multifacetada, a equipe priorizou uma solução simples, direta e intuitiva, capaz de vocalizar frases digitadas ou selecionadas pela criança, facilitando sua interação com professores, familiares, terapeutas e colegas.

Usabilidade como eixo central da inovação

Para isso, o GIMMEVOX se fundamenta em tecnologias acessíveis, como o recurso nativo de smartphones conhecido como Texto-to-Speech, que transforma texto em áudio. Esse mecanismo permite que frases montadas no aplicativo sejam vocalizadas de forma clara e funcional, promovendo autonomia e independência para crianças que enfrentam barreiras comunicacionais. A proposta também se diferencia por considerar, desde o início, o contexto socioeconômico das famílias piauienses, reconhecendo que soluções inclusivas devem ser adaptáveis, configuráveis e sensíveis à realidade local. Como afirma o professor Alcemir Rodrigues, “o GIMMEVOX é uma aplicação que busca amadurecer a ideia de um dispositivo dedicado à vocalização de frases. Além disso, a ideia é que o aplicativo possa ser configurado pelas famílias atípicas e/ou terapeutas que supervisionarem o processo terapêutico e educacional”.

Embora o aplicativo ainda esteja em fase de desenvolvimento e não tenha sido finalizado, a equipe já planeja a etapa de validação em parceria com terapeutas, profissionais da educação especial e famílias atípicas. O professor Alcemir Rodrigues ressalta que essa etapa será decisiva, pois permitirá ajustes finos na usabilidade, na adaptação do conteúdo e na experiência geral do usuário. Ele explica que “o aplicativo ainda não está finalizado. Espera-se, como passos seguintes, contar com o apoio de terapeutas e famílias atípicas para a validação e refinamento do aplicativo”. Essa fase também envolve desafios importantes, especialmente no que diz respeito à modelagem do conteúdo e à adequação da ferramenta às diferentes particularidades comunicacionais de cada criança. De acordo com o docente, “o principal desafio tem sido a modelagem do conteúdo, de maneira a melhor se adequar às necessidades dos usuários. Temos tido contato recorrente com terapeutas e recorrido à literatura científica para detalhes específicos do aplicativo”.

A construção do GIMMEVOX também envolve uma forte articulação interdisciplinar que integra áreas como tecnologia, linguística, educação especial e design. Essa integração é fundamental para garantir que o aplicativo seja, ao mesmo tempo, funcional, claro, acessível e acolhedor. O professor Alcemir Rodrigues explica que “enquanto a linguística e a educação moldam o conteúdo do aplicativo, o design busca melhorar a apresentação do mesmo”, reafirmando que a eficácia de tecnologias assistivas depende de uma combinação multidisciplinar que leve em conta aspectos técnicos, pedagógicos, visuais e emocionais.

Os impactos sociais esperados com a implementação do GIMMEVOX são amplos e profundos. O professor Alcemir Rodrigues destaca que o objetivo central do projeto é democratizar o acesso a tecnologias assistivas no Piauí, ampliando a autonomia e a qualidade de vida de crianças que dependem de alternativas comunicacionais para expressar desejos, emoções e necessidades básicas. Ele afirma que “espera-se dar acesso a tecnologia assistiva a mais pessoas. Assim como toda tecnologia assistiva, a nossa pretende melhorar a qualidade de vida daqueles que dependem dela e de seus responsáveis, dando, principalmente, uma maior independência a eles”. A vocalização de frases simples pode transformar a rotina dessas crianças e seus cuidadores, reduzindo frustrações, fortalecendo vínculos e abrindo novas possibilidades de desenvolvimento cognitivo, educacional e socioemocional.

O papel do UESPITECH II no avanço da pesquisa

Imagem ilustrativa gerada por IA

O edital UESPITECH II foi determinante para o avanço do projeto, permitindo que a equipe tenha acesso a recursos essenciais para o desenvolvimento técnico da proposta. O financiamento viabiliza a aquisição de equipamentos necessários à prototipagem, modelagem e testes práticos, bem como acessórios voltados à ergonomia e adaptação dos dispositivos que serão utilizados na validação. O professor Alcemir Rodrigues destaca que “o edital permitirá a aquisição de equipamentos para a prototipagem e modelagens dos dispositivos dedicados, bem como de acessórios para a ergonomia dos smartphones a serem utilizados para o desenvolvimento e validação da aplicação”. Sem esses recursos, muitas etapas estruturais seriam inviáveis, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento de um hardware próprio uma das metas do projeto.

Com relação ao futuro, a equipe enxerga perspectivas positivas de continuidade e expansão, com possibilidades de parcerias institucionais e aplicação prática em escolas, clínicas multidisciplinares e programas de educação especial. O professor Alcemir Rodrigues afirma que o objetivo é levar o GIMMEVOX para além dos muros da universidade e torná-lo uma ferramenta disponível em diferentes contextos terapêuticos e educacionais. Ele explica que “o aplicativo deverá ser comercializado, para escolas, clínicas, profissionais de terapia e educação especial de crianças com tais necessidades especiais. Pretende-se ainda construir um dispositivo dedicado, para não depender de smartphones”. A ideia é que a tecnologia desenvolvida na UESPI seja capaz de atender não apenas à demanda local, mas também se tornar uma referência regional e potencialmente nacional no campo das tecnologias assistivas de comunicação.

Assim, o GIMMEVOX se consolida como um projeto que sintetiza os objetivos do UESPITECH II: inovação alinhada à realidade local, pesquisa aplicada com impacto social e fortalecimento da UESPI como produtora de conhecimento comprometido com inclusão e desenvolvimento humano. O projeto, atualmente em fase de desenvolvimento, propõe um recurso de comunicação assistiva voltado a crianças com dificuldades complexas de fala, e segue avançando conforme as etapas técnicas previstas pela equipe responsável. Com a continuidade das pesquisas e dos testes de validação, a iniciativa poderá subsidiar futuras aplicações em contextos educacionais e terapêuticos, dependendo dos resultados obtidos ao longo do processo.

UESPI realiza XIV Semana Científica da Psicologia com foco em diálogos entre saberes brasileiros e latino-americanos

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizará, nos dias 27, 28 e 29 de novembro de 2025, a XIV Semana Científica da Psicologia, que neste ano tem como tema central “Diálogos de uma Psicologia Brasileira e Latino-Americana”.

O evento será sediado no Convívio Cultural Dom Barreto, na Rua Gabriel Ferreira, 616, Centro (Sul), em Teresina, reunindo estudantes, docentes e profissionais em um dos mais importantes espaços de formação, troca de experiências e divulgação científica do curso de Psicologia da instituição. Em sua 14ª edição, a Semana reafirma uma proposta voltada à compreensão de saberes situados, atentos à diversidade sociocultural e aos desafios contemporâneos que atravessam o exercício profissional.

A professora Rafaella Sá, coordenadora do evento, destaca que a edição de 2025 dá continuidade ao êxito alcançado no ano anterior e reforça a importância da territorialização do conhecimento. “A temática ‘Diálogos de uma psicologia brasileira e latino-americana’ fundamenta-se na necessidade de territorializar os saberes científicos, centralizando questões ligadas às especificidades da atuação profissional no contexto sociocultural em que nossa graduação está inserida”, afirma. Segundo ela, a programação incorpora discussões e saberes contemporâneos que, muitas vezes, extrapolam os limites tradicionais da academia. A docente ressalta ainda que “este evento terá como princípio norteador o acolhimento desta pluralidade epistemológica e a promoção de debates que integrem estas múltiplas visões, pontuando tanto as suas convergências como as suas divergências”.

A Semana foi planejada para promover debates amplos, incentivar a produção científica e reforçar a formação ética e crítica dos futuros profissionais. Entre as atividades previstas, estão mesas, rodas de conversa, oficinas, sessões de pôsteres, apresentações orais e atrações culturais conduzidas por professores, pesquisadores convidados, egressos e profissionais de diversas áreas, favorecendo o intercâmbio de perspectivas e metodologias diversas.

A programação contempla uma série de temas urgentes e relevantes. Entre as mesas confirmadas está “Deslocamentos forçados, migração e refúgio: A atuação da psicologia com migrantes, refugiados e pessoas em trânsito no continente”, que contará com Lucas Martins e Henrique Galhano Balieiro (online), sob mediação de João Pedro Melo. Outro momento de destaque será a discussão “Intervenções psicológicas antirracistas, subjetivação negra e cuidado com população preta e parda”, com participação de Gabriela Marques Souza e Sara Naieli Alves Mello (Negract/UFDPar), mediada por Nayeli Ellen. A programação inclui ainda a mesa “Psicologia e comunidades tradicionais: Saberes ancestrais e o cuidado em diálogo com a diversidade cultural”, apresentada por Nita Tuxá (online) e Iraneide Silva, abordando relações entre epistemologias ancestrais, território e práticas de cuidado.

Além dessas mesas, o público terá acesso a discussões sobre infâncias e juventudes na realidade piauiense, psicologia e espiritualidades, saúde mental materno-infantil, neurociências, práticas universitárias, vulnerabilidade social, descolonização do saber psicológico, artes e subjetividades, gênero e diversidade sexual na América Latina, psicologia ambiental e cuidado em comunidades tradicionais. As oficinas incluem temas como acolhimento, práticas lúdicas, atuação em serviços universitários, regulação emocional e fundamentos da Psicologia Negra e Decolonial.

Ao longo dos três dias, a programação se estende com atividades culturais, exibição de documentários, apresentações científicas e sessões de pôsteres, garantindo a participação ativa de estudantes e pesquisadores. A distribuição das atividades busca promover uma articulação equilibrada entre teoria, prática e reflexão crítica, permitindo que diferentes abordagens encontrem espaço para diálogo.

A XIV Semana Científica da Psicologia é um espaço dedicado à circulação e ao aprofundamento de pesquisas, projetos e debates relevantes para a formação acadêmica. A edição de 2025 busca fortalecer o intercâmbio entre diferentes perspectivas teóricas e práticas, ampliando o contato dos participantes com discussões contemporâneas presentes em diversos contextos do Brasil e da América Latina. A programação também inclui um momento cultural de encerramento, marcado pela apresentação musical do artista Zé Quaresma, que ocorrerá no dia 29 de novembro, às 15h. Com atividades distribuídas ao longo de três dias e voltadas à qualificação científica e ao diálogo entre múltiplas abordagens, o evento se apresenta como uma oportunidade para ampliar a compreensão sobre dinâmicas sociais, culturais e territoriais que atravessam o campo da Psicologia.

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I Mostra de Projetos de Ensino de História reúne projetos pedagógicos na UESPI

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou, no dia 19 de novembro, a I Mostra de Projetos de Ensino de História, um evento que marcou o ápice de um processo de dois anos de experimentação pedagógica conduzido nas disciplinas de Metodologia do Ensino de História e Práticas Pedagógicas.
A mostra funcionou como um espaço de síntese formativa, oferecendo ao público acadêmico a oportunidade de acompanhar como os estudantes construíram abordagens didáticas capazes de articular debates historiográficos contemporâneos, referências da BNCC e o uso de múltiplas linguagens pedagógicas.

Em torno do eixo temático “Guerras, Conflitos e Revoluções”, escolhido por dialogar tanto com o currículo escolar quanto com o calendário de efemérides históricas, especialmente os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, os alunos apresentaram doze subprojetos desenvolvidos ao longo do semestre, consolidando não apenas produtos pedagógicos, mas uma reflexão profunda sobre o papel do professor de História e da pesquisa no cotidiano escolar.

Desde as primeiras horas da manhã até o fim da tarde, o Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), no campus Torquato Neto, manteve suas salas tomadas por pôsteres, microaulas, apresentações e discussões que revelaram a variedade de estratégias metodológicas exploradas pelos estudantes. Cada grupo apresentou um recorte específico dentro da temática macro, demonstrando domínio teórico, repertório historiográfico, compreensão da BNCC e capacidade de traduzir conteúdos complexos para linguagens acessíveis aos estudantes da educação básica.

Esse esforço de mediação aparece como um dos elementos centrais da proposta, como explica a professora Clarisse Sousa, idealizadora da atividade, ao destacar que a Mostra simboliza o amadurecimento de um percurso formativo iniciado ainda em 2023. Antes de apresentar suas considerações ao público, a docente relembrou que o projeto foi estruturado em três etapas, discussões teóricas sobre ensino de História, elaboração fundamentada de planos de aula e produção de microaulas orientadas pelo uso de linguagens diversas, modelo pensado para aproximar os alunos da prática profissional desde o início da graduação.

Em sua fala, a professora Clarisse Sousa enfatizou que essa construção coletiva reflete não apenas técnica pedagógica, mas também o entendimento ampliado do que significa produzir ciência em História. “Bom, esse trabalho já veio em desenvolvimento há dois anos na universidade, na disciplina de metodologia do ensino e de prática pedagógica. E nesse semestre, os alunos de metodologia e prática pedagógica 2 aceitaram o desafio de, além da gente trabalhar em sala de aula com esse projeto, a gente pudesse expor para a comunidade”, explicou. Ao aprofundar sua reflexão, a docente detalhou ainda os motivos que levaram à escolha do tema macro e os critérios que orientaram o processo.

“Como esse ano a gente está comemorando o Brasil todo, o mundo todo, o final da guerra, dos 80 anos da guerra, a gente resolveu comemorar de uma outra forma, vamos fazer o uso desse macro tema, guerras, conflitos e revolução. E vocês, dentro desse macro tema, escolham temas, conteúdos históricos do ensino fundamental para trabalhar isso por meio de micro aulas”, afirmou, destacando que a intenção era permitir aos alunos a vivência de uma prática que unisse teoria, crítica e materialidade didática. Ao final, a professora Clarisse Sousa reforçou a dimensão científica desse tipo de produção: “Muitas vezes a gente acha que fazer ciência, quando está se falando de história, tem que ir para o arquivo, né? (…) Mas a gente em sala de aula, trabalhando, analisando, fundamentando materiais didáticos, isso também é ciência, isso também é pesquisa, e isso também pode ser mostrado através de um trabalho extensionista, como a gente está fazendo agora”.

A participação discente na organização do evento também ganhou destaque, revelando não apenas o engajamento dos estudantes, mas a compreensão de que ações extensionistas demandam coordenação, planejamento e corresponsabilidade. Entre os organizadores, o aluno João Pedro Avelino, monitor da disciplina e um dos responsáveis pela estruturação logística, relatou os bastidores da preparação da Mostra e a dimensão formativa que essa atuação proporcionou. Antes de sua fala, o discente comentou sobre o desafio de pensar um evento acadêmico desde a divulgação até a montagem dos espaços de exposição, especialmente para um curso em que a maioria dos estudantes está vivenciando suas primeiras experiências com eventos institucionais. Em suas palavras, o esforço coletivo exigiu organização, dedicação e bastante diálogo.

“Bem, ser organizador de um evento tão grande realmente é um trabalho complicado que demanda um pouco de tempo, um pouco não, demanda muito tempo, demanda muita coisa. (…) Mas o importante é que a gente conseguiu planejar isso com bastante antecedência, deu tudo certo, temos aqui vários trabalhos maravilhosos na área da história falando da parte do ensino e das práticas pedagógicas”, afirmou. Ele destacou ainda que o processo de aprendizagem não se limita ao conteúdo histórico, mas envolve compreender a sala de aula como um espaço vivo, que exige sensibilidade, postura e clareza metodológica. “A gente está trabalhando aqui justamente a questão do povo dentro da sala de aula. Porque a gente está aqui para ser professores e exercitando tanto o campo da pesquisa quanto o campo do ensino. Esse evento é muito importante para mim porque acaba auxiliando muito dentro da formação, tanto no currículo, como nas abordagens e na convivência com os alunos”, completou, ressaltando que o contato com múltiplos temas e estratégias didáticas amplia a percepção do aluno sobre seu próprio papel enquanto futuro docente.

Entre os trabalhos expostos, um dos que mais despertou atenção foi o subprojeto desenvolvido pelo estudante Renan Santos, do 2º período do curso, que abordou a temática da democracia e cidadania ateniense sob uma perspectiva crítica e comparativa com o contexto político atual. Antes de apresentar seu pôster e explicar a microaula, o discente contextualizou que seu grupo buscou, desde o início, dialogar com problemáticas existentes nas salas de aula do ensino básico, de modo a transformar o estudo da Antiguidade em ferramenta para debate contemporâneo. Essa abordagem não apenas aproxima a História da vida cotidiana dos alunos, como também estimula a reflexão sobre estruturas de poder e participação política.

Em sua fala, o discente Renan Sousa detalhou como o grupo chegou ao recorte temático e quais foram as reflexões que orientaram o desenvolvimento da proposta: “Essa ideia surgiu por conta de que a professora propôs para a gente conciliar os debates historiográficos com os debates que estavam acontecendo no ensino básico. E o nosso grupo teve a ideia de trazer esse tema, democracia e a cidadania ateniense, porque a gente vê que esse conceito era muito excludente, onde muitas pessoas não tinham participação”, explicou. Ao aprofundar o paralelo histórico, ele destacou que a reflexão se torna ainda mais potente quando o aluno percebe que exclusões estruturais persistem. “Você se pega e para para pensar: será que esse panorama realmente mudou? Será que as pessoas hoje em dia também têm participação política”, questionou, convidando o público a refletir sobre os limites e contradições da democracia representativa.

A microaula do grupo utilizou uma charge como elemento central, estratégia que, segundo o discente , permite sintetizar situações complexas de maneira acessível e crítica. “Ela de maneira satírica retrata de forma perfeita como era a democracia ateniense (…) e por isso a gente escolheu essa charge”, explicou o estudante. Ao comentar sobre o impacto da Mostra em sua própria formação, o aluno Renan Sousa ressaltou a importância do processo de planejar, fundamentar e executar uma aula, algo que, para ele, deveria fazer parte do cotidiano formativo de todo futuro professor. “A gente passou por três passos: fazer o plano de aula, ir atrás de materiais e preencher lacunas, e depois escolher uma linguagem. Esse exercício ajuda muito na formação”, concluiu.

A I Mostra de Projetos de Ensino de História encerrou suas atividades destacando a diversidade de abordagens didáticas e a integração entre conteúdos historiográficos e propostas metodológicas voltadas ao ensino básico. O evento reuniu diferentes produções acadêmicas elaboradas pelos estudantes ao longo do semestre, apresentando ao público um panorama das práticas desenvolvidas nas disciplinas envolvidas. A iniciativa contribuiu para a socialização dos trabalhos e para o registro das etapas formativas realizadas no curso de História da UESPI.

UESPI investe R$ 600 mil em reforma estrutural do Campus Possidônio Queiroz, em Oeiras

Por: Lucas Ruthênio

Após inaugurar, nesta terça-feira (12), o primeiro Laboratório de Inteligência Artificial (IA) instalado fora da capital, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) anunciou um investimento de R$ 600 mil em obras de requalificação no Campus Professor Possidônio Queiroz, em Oeiras. A ordem de serviço, assinada no mesmo dia, autoriza uma série de intervenções voltadas à manutenção estrutural e à melhoria das condições de segurança e acessibilidade da unidade.

As obras incluem recuperação do muro, drenagem, manutenção de calhas e cobertura, revitalização de calçadas, pintura e instalação de dispositivos de combate a incêndio. A reitoria destacou que os serviços atendem às necessidades mais urgentes do campus, especialmente em razão dos impactos provocados pelo período chuvoso.

Durante a visita técnica, o reitor Evandro Alberto explicou os pontos prioritários da intervenção. “Aqui no Campus Possidônio Queiroz, nós estamos com o engenheiro da Pavicon, que vai fazer a recuperação do muro da instituição e obras de drenagem, além da recuperação das calhas para evitar vazamentos. A gente sabe que agora temos períodos em que as chuvas são muito fortes, então vamos agir preventivamente”, afirmou.

Representando a Diretoria de Engenharia da UESPI, a engenheira Tallyta Sousa detalhou o escopo da obra. “Aqui é a obra de 600 mil. Saiu a ordem de serviço hoje e ela contempla reforma do muro, acessibilidade, drenagem, cobertura, pintura e também as calçadas”, explicou.

A direção do campus recebeu o anúncio como a concretização de uma demanda antiga. O diretor João Batista da Silva Conrado destacou a espera pela liberação dos serviços. “Há muito tempo a gente vem lutando e buscando. Esperava esse momento. A gente entende que as coisas do Estado têm suas burocracias necessárias, mas agora ficamos satisfeitos que o serviço será concretizado”, afirmou.

A execução ficará sob responsabilidade da empresa Pavcon. De acordo com o engenheiro Váltero, os trabalhos iniciarão pela manutenção do telhado e das calhas. “A previsão é começar agora na próxima semana, iniciando pela manutenção do telhado e das calhas, seguindo para o muro. A expectativa é que até o final de dezembro a gente conclua os serviços”, informou.

Servidores e estudantes ressaltaram a importância da intervenção para o funcionamento do campus. O técnico administrativo Arlam Marques avaliou que a reforma contribuirá para o atendimento ao público. “Nós teremos o nosso campus recuperado para que a gente tenha cada vez mais condições de atender bem a nossa comunidade”, afirmou.

O estudante Pedro, representante do DCE do campus, também destacou a relevância do investimento. “A aprovação dessa ordem de serviço para a reestruturação de parte do campus é muito importante para a manutenção da estrutura e para a permanência do estudante”, disse.

 

Docentes apontaram a necessidade de manutenção periódica, mesmo em unidades consideradas novas. O professor Thiago Reisdorfer reforçou os riscos associados à estação chuvosa. “Essa reforma, principalmente a das calhas, é essencial para manter a qualidade do ambiente, que está tão legal nos últimos anos e precisa continuar assim”, declarou.

A diretora do Departamento de Modernização e Sustentabilidade da Gestão, Marilene Maria de Oliveira, considerou a intervenção necessária para a preservação do espaço. “Vai ser uma grande melhoria para o campus, que é muito bonito e novo. E nós temos que manter isso para o bom andamento dos alunos e para o atendimento à comunidade de Oeiras”, afirmou.

Com a liberação do investimento e o início das obras previsto para os próximos dias, o Campus Possidônio Queiroz passa por uma etapa de requalificação voltada à manutenção e ao funcionamento adequado da infraestrutura, acompanhando as necessidades estruturais identificadas pela universidade e pela comunidade acadêmica.

UESPI promove nova edição do StartADM e reforça cultura de inovação e empreendedorismo

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou mais uma edição do Programa StartADM, iniciativa do curso de Administração que vem consolidando o campus Torquato Neto como um ambiente de estímulo à inovação, ao empreendedorismo e ao desenvolvimento de soluções aplicadas à realidade institucional. O encontro integrou apresentações de pitches de inovação aberta e a oficina “Mão na Massa para o Centelha 3”, momento voltado a orientar estudantes sobre o principal edital estadual de fomento à inovação. De acordo com a organização do programa, “realizamos mais uma ação do Programa StartADM, fortalecendo o ecossistema de inovação da UESPI e estimulando nossos alunos a transformarem ideias em soluções reais”.

Coordenado pelos professores Kátia Brasil e Tales Antão, com colaboração das docentes Samaira Souza e Thyciane Pinheiro, o StartADM integra ações do Grupo de Estudos em Mercado, Trabalho, Inovação e Sustentabilidade (GEMTIS). O programa se estrutura como uma atividade extensionista que busca transformar ideias acadêmicas em propostas aplicáveis à universidade ou à comunidade externa. A professora Kátia Brasil, coordenadora da iniciativa, explica que o StartADM nasce de uma compreensão ampliada sobre o papel formativo do curso de Administração ao afirmar que o objetivo é “tirar do aluno as melhores ideias, soluções possíveis para a instituição ou para a comunidade ao redor da UESPI”.

A construção dessas propostas envolve um processo gradual, que inicia com hackathons internos e desafios lançados para áreas estratégicas da universidade, como logística, serviços, tecnologia, sustentabilidade, estrutura física e desenvolvimento de aplicativos. Em seguida, os estudantes participam de oficinas de inovação aberta, utilizando ferramentas como o canvas adaptado para o contexto da instituição. A proposta permite que cada grupo identifique problemas reais e desenvolva caminhos possíveis para solucioná-los, sempre com apoio docente. Em sua avaliação, a professora Kátia Brasil destaca que “temos dentro da instituição alunos que são extremamente criativos, que só precisam muitas vezes das oportunidades”.

As ideias geradas nessas etapas são posteriormente apresentadas a uma banca formada por professores da UESPI, que avalia viabilidade, impacto e potencial de desenvolvimento. O processo também busca integrar diferentes disciplinas e fortalecer uma compreensão sistêmica dos desafios institucionais. Para a coordenação, essa é uma dimensão essencial da formação empreendedora. Como ressalta Kátia Brasil, “o aluno precisa pensar não só coletivamente, mas sistemicamente, ou seja, em todas as áreas, vendo as possibilidades”.

Entre as participantes, a ação foi recebida como uma oportunidade de aplicar o conteúdo teórico de forma prática e vivenciar a construção de projetos reais. A discente Raiane, estudante do curso de Administração, destaca que atividades como essa ampliam a formação e aproximam os alunos do mercado de trabalho. Em suas palavras, “é bem interessante a gente ter esse tipo de projeto porque a gente pode aplicar a teoria que aprende dentro de sala de aula na prática. Isso já estimula a gente a futuros projetos e também prepara e capacita a gente para o mercado de trabalho”. Sobre a experiência de apresentar o pitch diante da banca avaliadora, ela acrescenta que “foi um sentimento muito bom ver o projeto sendo apresentado aqui”.

Nesta edição, três propostas foram selecionadas e apresentadas: duas delas voltadas para tecnologias educacionais, com potencial de desenvolvimento como EdTechs, e uma voltada à gestão de micro e pequenos negócios, conectando a universidade a empreendedores locais. Para a coordenação do StartADM, as três propostas representam avanços na formação dos estudantes e ampliam oportunidades de atuação no mercado. A avaliação sintetizada durante o evento destacou que “todas as três ideias são oportunidades que colocam o aluno como centro de atenção e de oportunidades para o mercado, de uma maneira geral, desenvolvendo as competências de todos eles”.

Encerrando a programação, a oficina voltada ao Centelha 3 auxiliou os estudantes na adaptação das ideias ao formato exigido pelo edital, facilitando o ingresso dos projetos no ecossistema de inovação do Estado. Com mais uma edição concluída, o StartADM reforça seu papel como um dos principais espaços de experimentação, criatividade e formação empreendedora na UESPI, contribuindo para que a Universidade siga como referência na transformação de ideias acadêmicas em soluções reais para desafios institucionais e sociais.

 

UESPI desenvolve projeto AGROTECH Mucambo por meio do edital UESPITECH II, com foco em tecnologias sustentáveis

Por: Lucas Ruthênio

O AGROTECH Mucambo, projeto desenvolvido no Campus Professor Barros Araújo (Picos), é um dos destaques do UESPITECH II, que chega à segunda edição financiando iniciativas de inovação científica e tecnológica alinhadas ao Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável – Piauí 2050. Com apoio de até R$ 25 mil para cada uma das 20 propostas aprovadas, o programa fortalece a pesquisa aplicada dentro da universidade e estimula soluções voltadas às áreas de educação, saúde, energias renováveis, tecnologias da informação, turismo e práticas pedagógicas inovadoras.

Imagem ilustrativa gerada por IA

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A proposta do UESPITECH II é reforçar o papel da universidade pública como produtora de conhecimento voltado às necessidades sociais do Piauí. Para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UESPI, Rauirys Alencar, o edital representa um marco no fortalecimento da pesquisa aplicada dentro da instituição. Ele destaca que a iniciativa amplia a presença da UESPI como agente de transformação regional ao aproximar ciência, desenvolvimento tecnológico e demandas locais. Segundo Rauirys Alencar, “a iniciativa amplia a integração entre o conhecimento acadêmico e as demandas sociais e econômicas do Piauí, posicionando a UESPI como um polo de inovação regional”.

Além do financiamento dos projetos, o edital prevê bolsas de produtividade em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, viabilizadas por meio de parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI). Trata-se de uma medida que fortalece a formação de pesquisadores e incentiva estudantes de pós-graduação, consolidando a cadeia científica da universidade.

O AGROTECH Mucambo, desenvolvido no Campus Professor Barros Araújo (Picos), se destaca por propor soluções tecnológicas para o uso racional da água e a otimização da produção agrícola em comunidades rurais do semiárido. A iniciativa envolve docentes e discentes do curso de Engenharia Agronômica, com foco na comunidade Chapada do Mocambo, composta majoritariamente por mulheres agricultoras, em uma região onde o acesso a tecnologias sustentáveis ainda é limitado.

Tecnologia e energia limpa aplicadas ao cotidiano das agricultoras

O AGROTECH Mucambo é coordenado pelo professor Wagner Rogério Leocádio Soares Pessoa, do curso de Engenharia Agronômica. A partir da observação das condições de trabalho da comunidade Chapada do Mocambo, o docente identificou a necessidade de soluções que reduzissem o esforço físico das agricultoras e tornassem o manejo hídrico mais eficiente. Ele explica que a proposta nasceu exatamente da junção entre a dimensão ambiental e a demanda social das mulheres rurais.

Segundo Wagner Rogério Leocádio Soares Pessoa, “a proposta surgiu em aliar sistemas de menor impacto ambiental através de fontes renováveis de energia e aliado a isso o menor esforço das mulheres associadas à comunidade Chapada do Mocambo”.

Essa integração entre tecnologias limpas, energia renovável e melhoria das condições produtivas é o que estrutura o projeto. O coordenador aponta como diferencial o foco na autossuficiência e no uso de fontes alternativas nas atividades agrícolas. Ele afirma que “a diferença está principalmente em aliar fontes alternativas, renováveis, limpas e autossuficientes com o menor esforço das cooperadas, aumento de produção e oferta de alimentos regulares durante todo o ano”.

A perspectiva ambiental e socioeconômica adotada pelo AGROTECH Mucambo está alinhada às tendências observadas nas principais agências de fomento nacionais. Para o docente, essa é uma característica que situa o projeto dentro do cenário mais amplo da pesquisa científica brasileira. Como ele afirma, “isso está direta e indiretamente relacionado à maioria dos projetos voltados a todas as agências de fomento, não só no Piauí, mas no Brasil como um todo”.

Embora aprovado e já financiado, o projeto ainda não iniciou sua etapa prática. Os recursos foram creditados em setembro, mas a execução depende da chegada dos materiais e da organização da equipe para dar andamento às atividades. O professor Wagner Rogério ressalta que os resultados ainda não podem ser mensurados, afirmando que “ainda não houve aplicação efetiva dos recursos disponibilizados, pois temos que aguardar os mesmos chegarem e a disponibilidade da equipe para a realização das etapas”. Ele reforça que o trabalho ainda se encontra em fase inicial: “não temos como explanar os resultados, pois o projeto ainda não entrou na parte prática”.

Entre as próximas ações previstas está a aplicação de questionários com as agricultoras da comunidade, visando registrar mudanças antes e depois da instalação dos sistemas. O coordenador comenta que esse será um dos principais instrumentos de acompanhamento do impacto do projeto.

 

 

Mesmo antes da execução prática, o professor destaca a intenção da equipe de transformar a experiência em um modelo que possa ser replicado em outras regiões do semiárido nordestino. Ele explica que “a nossa proposta é justamente essa. Criar no Piauí, e por que não no Nordeste como um todo, iniciativas como esta. Tomando como modelo esse projeto, para que essa iniciativa se propague na região, melhorando consideravelmente a vida dos produtores do semiárido”.

Para ele, criar mecanismos de permanência das mulheres no campo, evitar o êxodo rural e promover o uso racional da água são metas compatíveis com o papel institucional da UESPI. O docente ressalta que, mesmo com 35 anos de existência, a universidade deve manter-se na liderança da pesquisa e extensão no estado, afirmando que “a UESPI, apesar de seus poucos 35 anos de atuação no Piauí, tem que estar na vanguarda de pesquisa, extensão e inovação no estado”.

A formação acadêmica como eixo central do projeto

Além da dimensão tecnológica e social, o AGROTECH Mucambo exerce um papel formativo essencial para os estudantes que integram a equipe. A participação discente reforça a articulação entre sala de aula, pesquisa e realidade rural, aproximando os futuros agrônomos das demandas do semiárido.

Carolina Santos, discente de Engenharia Agronômica, integrante do projeto AGROTECH Mucambo.

A discente Carolina Santos, do curso de Engenharia Agronômica, destaca que participar de um projeto que une tecnologia, sustentabilidade e impacto social amplia a compreensão sobre a prática profissional. Para ela, vivenciar um projeto com esse tipo de alcance transforma a forma como os estudantes percebem o papel da universidade.
Segundo a discente, “é de imenso prazer participar de um projeto tão amplo, que visa um melhor manejo de produção para as agricultoras. Além de ser uma oportunidade de aprendizado e convivência para nós futuros agrônomos”.

Carolina Santos explica que a equipe ainda aguarda o início das atividades práticas, mas já se dedica ao acompanhamento das etapas preparatórias. Sobre essa fase, ela afirma: “é um projeto que vamos começar a desenvolver e acompanhar os professores, mas com certeza será muito enriquecedor para nós”.

A presença feminina dentro do projeto também é significativa para a discente, que observa como iniciativas desse tipo contribuem para ampliar a atuação das mulheres no campo da tecnologia agrícola. Ela afirma que “ainda é um ambiente predominantemente masculino, mas essa oportunidade transforma essa visão e nos traz muitas oportunidades dentro desse contexto”.

A estudante comenta ainda a importância do edital para o incentivo à pesquisa dentro da universidade pública. Para ela, “vemos que os investimentos estão sendo colocados nos lugares corretos. É um orgulho fazer parte da universidade pública e torcemos para que cada dia mais aumentem os investimentos e os esforços para um ensino público de qualidade”.

A discente Luana Soares Silva, também de Engenharia Agronômica, reforça essa percepção ao destacar que participar do AGROTECH Mucambo representa uma oportunidade de compreender como tecnologias e práticas sustentáveis podem impactar diretamente o cotidiano rural. Segundo ela, “está sendo uma experiência muito enriquecedora. Eu sempre ouvi falar sobre inovação e tecnologia, mas viver isso especialmente voltado ao campo é algo totalmente diferente”.

Luana Soares Silva, discente de Engenharia Agronômica, participante do projeto AGROTECH Mucambo.

Luana Soares Silva destaca ainda que o grupo está na fase de planejamento, mas que a expectativa para o início do trabalho de campo é grande. Ela afirma que “por enquanto, ainda não atuei na parte prática do projeto, mas estou envolvida nas etapas de preparação e entendimento das metodologias que serão aplicadas”.

Assim como Carolina Santos, a estudante ressalta a relevância do protagonismo feminino em áreas onde sua presença ainda é reduzida. Para ela, “fazer parte desse projeto é também uma forma de ocupar e afirmar esse lugar. É um sentimento de orgulho, de saber que estou abrindo caminhos”.

Sobre o impacto do edital UESPITECH II na visão da comunidade acadêmica, a estudante comenta que “esse incentivo faz toda a diferença. Mostra que a universidade pública tem um papel essencial na transformação da sociedade”.

 

Um projeto que dialoga com o presente e projeta o futuro

Em sua essência, o AGROTECH Mucambo representa uma iniciativa que traduz os objetivos do UESPITECH II: promover a inovação sem perder de vista a realidade local, integrar diferentes áreas do conhecimento e fortalecer a trajetória formativa dos estudantes da UESPI. Apesar de ainda estar na fase inicial de execução, o projeto reúne expectativas significativas para as atividades que serão realizadas nas próximas etapas.

Ao propor soluções tecnológicas para o uso racional da água e ao direcionar suas ações para uma comunidade formada majoritariamente por mulheres agricultoras, o projeto aponta caminhos possíveis para o desenvolvimento sustentável do semiárido piauiense, em consonância com as diretrizes do Piauí 2050

VI Encontro do PROFMAT do Piauí reúne professores e pesquisadores para fortalecer o ensino de Matemática

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) será sede, nos dias 27 e 28 de novembro de 2025, do VI Encontro do PROFMAT do Piauí, um evento que se consolida como um dos principais espaços de debate, formação e troca de experiências voltadas ao ensino da Matemática no estado. Reunindo professores da educação básica, mestrandos, egressos, estudantes de licenciatura e pesquisadores, o encontro busca fortalecer a prática docente e promover o diálogo entre a formação acadêmica e o cotidiano escolar.

Aberto à comunidade interna e externa da UESPI, o evento reforça o papel social da universidade pública como um espaço de integração e produção de conhecimento voltado à realidade educacional piauiense. A proposta do encontro é criar um ambiente colaborativo em que a Matemática seja discutida não apenas como uma disciplina, mas como um instrumento transformador na educação e na vida dos estudantes. Segundo o professor Natã Firmino Santana Rocha, integrante da comissão organizadora, o encontro tem um caráter inclusivo e busca envolver todos os interessados em aprimorar o ensino e a divulgação científica. “O VI Encontro do PROFMAT no Piauí é aberto à comunidade interna e externa da UESPI, reunindo professores da educação básica, mestrandos, egressos, estudantes de licenciatura, pesquisadores e demais interessados no ensino e na divulgação da Matemática”, afirmou.

O evento integra o calendário de atividades do Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT), programa de destaque nacional que tem como objetivo ampliar a formação de professores da educação básica e fortalecer o ensino de Matemática em diferentes níveis. Desde a sua criação, o PROFMAT tem sido fundamental para aproximar a pesquisa acadêmica das práticas de sala de aula, oferecendo aos docentes ferramentas teóricas e metodológicas que contribuem para o aprimoramento do ensino e para a valorização da profissão docente. Nesse sentido, o encontro representa mais do que uma simples reunião acadêmica — é um espaço de reflexão coletiva sobre os desafios e avanços na educação matemática.

Para o professor Natã Firmino, a realização do encontro é uma oportunidade de consolidar a integração entre docentes, discentes e pesquisadores que atuam diretamente na área, promovendo uma formação continuada que ultrapassa as fronteiras da universidade. “O evento constitui um espaço de formação, integração e troca de experiências entre docentes, discentes e pesquisadores da área de Matemática. Ele contribui para aproximar a universidade das escolas públicas, incentivando práticas inovadoras e a socialização de pesquisas aplicadas ao ensino da Matemática no Piauí”, destacou.

A programação contará com uma série de atividades voltadas ao aprimoramento da prática docente e à divulgação de pesquisas científicas. Estão previstas palestras, oficinas e sessões de comunicações orais que possibilitarão a troca de experiências entre pesquisadores e professores que vivenciam, no dia a dia, os desafios do ensino de Matemática. Entre os palestrantes confirmados estão a professora mestre José Vinícius do Nascimento Silva, representante discente da Comissão Acadêmica Nacional; a professora doutora Lya Raquel Oliveira dos Santos, da Universidade Federal do Piauí (UFPI); o professor doutor Roberto Arruda Lima Soares, do Instituto Federal do Piauí (IFPI); o professor doutor Pedro Antônio Soares Júnior, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI); e o professor doutor Pedro Henrique Pereira Daldegan, representante docente da Comissão Acadêmica Nacional. As conferências e mesas temáticas abordarão temas atuais que atravessam o ensino da Matemática, desde novas metodologias de ensino até a aplicação de tecnologias educacionais e práticas interdisciplinares.

Além das atividades de formação, o encontro contará com momentos culturais e espaços de convivência voltados à integração entre os participantes, reforçando o caráter humanizado da prática docente e o papel da Matemática como ferramenta de transformação social. Durante as sessões de comunicações orais, os alunos do PROFMAT apresentarão resultados de pesquisas e relatos de experiências desenvolvidos ao longo do mestrado, promovendo um diálogo direto entre teoria e prática, entre a produção acadêmica e as necessidades reais das escolas públicas.

As inscrições para o evento seguem abertas até o dia 15 de novembro e podem ser realizadas por meio do formulário on-line disponível em https://forms.gle/zZPddSZ3hpVzL3286. O valor da inscrição regular é de R$ 30,00, e a inscrição com camisa do evento, no valor de R$ 60,00, possui número limitado a 100 unidades. Após o esgotamento, essa opção será retirada do formulário. O valor arrecadado será destinado à estruturação e à realização das atividades do encontro, que se caracteriza por ser um evento de baixo custo e de grande alcance formativo, reafirmando o compromisso das instituições organizadoras com a democratização do acesso à ciência e à formação continuada.

Organizado por docentes da UESPI, da UFPI e do IFPI, o VI Encontro do PROFMAT do Piauí busca fortalecer a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, com foco na formação continuada de professores e na ampliação das discussões sobre o ensino de Matemática no estado. A iniciativa pretende fomentar o intercâmbio de experiências entre diferentes instituições e profissionais da área, contribuindo para o desenvolvimento de práticas pedagógicas mais alinhadas às demandas contemporâneas da educação.

A programação completa do evento será divulgada em breve no perfil oficial do PROFMAT Piauí, no Instagram @profmat.uespi, onde também serão informados prazos, atualizações e detalhes sobre as atividades previstas. O encontro se configura como uma ação acadêmica voltada à formação docente e à troca de conhecimentos, reafirmando o papel da universidade como promotora de debates científicos e educacionais no campo da Matemática.

UESPI recebe oficina “Mão na Massa: Centelha 3” e reforça incentivo à inovação e ao empreendedorismo acadêmico

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) sediou, na manhã desta quinta-feira, 13 de novembro, a oficina “Mão na Massa: Centelha 3”, realizada no Auditório Pirajá. O encontro reuniu docentes, discentes, pesquisadores e membros da comunidade em geral, interessados em compreender mais sobre inovação e empreendedorismo, transformando ideias em projetos concretos com potencial de impacto social e econômico.

A atividade foi promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), em parceria com o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/UESPI), e integra o conjunto de ações do Programa Centelha Piauí, iniciativa que busca estimular o desenvolvimento de negócios inovadores a partir da criatividade e do conhecimento científico.

O Centelha é um programa nacional que visa fomentar o empreendedorismo inovador, apoiando pessoas e equipes que desejam transformar ideias em produtos, serviços ou processos com potencial de mercado. A proposta é aproximar o ambiente acadêmico das demandas reais da sociedade e incentivar a criação de soluções que contribuam para o desenvolvimento regional e tecnológico. Em sua terceira edição, o programa reforça o compromisso de unir instituições de ensino, pesquisadores e empreendedores locais em torno de um mesmo objetivo: fazer da inovação um motor de transformação social.

Durante a oficina, os ministrantes Eiciana Vieira e Dário de Queiroz, representantes da FAPEPI, apresentaram aos participantes o funcionamento do programa, os critérios de seleção e as oportunidades oferecidas aos projetos aprovados. O público pôde acompanhar explicações detalhadas sobre os tipos de apoio financeiro disponíveis, as etapas de submissão e a importância de elaborar propostas que considerem o impacto socioambiental e a aplicabilidade prática das soluções apresentadas.

Ao abordar os objetivos e diferenciais do Centelha, Dário de Queiroz destacou que o programa tem se mostrado um importante instrumento de estímulo à cultura empreendedora no país e ressaltou o papel da UESPI como parceira na divulgação e mobilização da comunidade acadêmica. Segundo ele, “o Centelha 3 é um programa nacional de incentivo a empreendedores inovadores para processos, produtos e serviços. Este ano, nós temos a parceria com a UESPI também para essas divulgações com alunos e professores. A terceira edição traz R$ 80 mil para a subvenção econômica, um recurso que pode ser utilizado dentro do projeto, na pesquisa e na evolução do produto”.

O representante da FAPEPI explicou ainda que o programa oferece até R$ 50 mil em bolsas para os integrantes das equipes, valor que funciona como estímulo para que estudantes e pesquisadores possam se dedicar integralmente ao desenvolvimento de suas ideias. “A bolsa é para você que está na equipe produzindo e se dedicando ao desenvolvimento desse produto. É um estímulo para não desistir, tocar o projeto para frente, porque a gente sabe que empreender exige raça. Esse auxílio financeiro ajuda muito, inclusive para custear deslocamentos e resolver questões práticas do projeto”, afirmou.

Ao enfatizar o caráter formativo do programa, Dário ressaltou que a FAPEPI busca fortalecer o ecossistema de inovação no Piauí, promovendo a integração entre ensino, pesquisa e mercado. Ele lembrou que o sucesso do Centelha depende da parceria com as instituições de ensino superior e do engajamento dos estudantes e professores em processos de criação. “A UESPI é uma grande parceira. Temos outros editais, como o PBIQ e o PBIIT, e o professor Thales Antão tem sido fundamental nesse processo de movimentar os alunos e incentivar novas ideias. O mais importante é que o Centelha valoriza o impacto socioambiental das soluções criadas dentro da realidade de cada participante”, destacou.

Na sequência, Eiciana Vieira reforçou o caráter acessível e democrático do programa, lembrando que as inscrições estão abertas para toda a comunidade, não se restringindo apenas a pesquisadores experientes. Ela explicou que o Centelha é voltado também a estudantes, empreendedores e profissionais que desejam colocar suas ideias em prática, oferecendo um ambiente de apoio e capacitação. “Trazer a oficina ‘Mão na Massa: Centelha 3’ para dentro da academia é uma oportunidade de esclarecer dúvidas e mostrar o quanto essa iniciativa é acessível a todos: docentes, técnicos e discentes. O Centelha apoia projetos inovadores de negócios, sejam produtos, serviços ou processos, com até R$ 130 mil em recursos, sendo R$ 80 mil destinados à execução do projeto e R$ 50 mil em bolsas para a equipe que se dedicará à sua execução”, explicou.

Ela destacou ainda que o programa tem se expandido por todo o estado com o apoio de diversas instituições parceiras. “A divulgação está acontecendo em várias frentes, com o apoio de muitos parceiros. E a UESPI tem um papel essencial nesse processo, abrindo espaço para que sua comunidade acadêmica compreenda o funcionamento e as oportunidades do programa Centelha aqui no Piauí”, completou Eiciana.

O professor Thales Antão, pró-reitor do Núcleo de Inovação Tecnológica da UESPI, destacou que a parceria entre a universidade e a FAPEPI fortalece o compromisso da instituição em incentivar a inovação e despertar o potencial criativo dos alunos e pesquisadores. Ele lembrou que a oficina teve transmissão ao vivo pelo canal da UESPI no YouTube, o que ampliou o alcance do conteúdo e permitiu que mais pessoas pudessem participar do momento formativo. “Hoje recebemos a equipe da FAPEPI divulgando o Centelha 3. Agradecemos à Eiciana Vieira e ao Dário Queiroz, que ministraram uma oficina muito esclarecedora, orientando como cada um pode participar do programa enquanto pesquisador, proponente ou membro de equipe. Foi um momento de aprendizado e de grande incentivo para nossa comunidade acadêmica”, afirmou o pró-reitor.

Ele reforçou a importância de mobilizar a comunidade universitária nos últimos dias de inscrição do programa e destacou o papel estratégico da UESPI no incentivo ao empreendedorismo acadêmico. “Estamos nos últimos dias para as inscrições e queremos que a UESPI se destaque pelo número de projetos submetidos. É um momento de união e engajamento. Vamos reforçar por e-mail e por todos os canais possíveis a importância de participar do Centelha, porque ele traz oportunidades reais para pesquisadores e empreendedores”, enfatizou o professor Thales Antão.

Ao refletir sobre a relevância do programa e sua relação com o papel da universidade, o pró-reitor destacou que o Centelha faz parte de uma jornada mais ampla de fomento à inovação e à aproximação entre pesquisa e mercado. “Hoje vivemos um contexto em que a inovação permite que pesquisadores se aproximem do mercado com soluções para problemas reais. O Centelha é o início de uma jornada que incentiva o empreendedor a trabalhar com essa perspectiva. Começamos com o Centelha, mas há outros programas de fomento que dão continuidade a esse processo. Por isso mesmo, chamamos de jornada, um caminho contínuo de aprendizado e crescimento”, completou.

A oficina foi marcada pela interação e pela troca de experiências entre os participantes, que puderam tirar dúvidas e conhecer exemplos de projetos já contemplados em edições anteriores do programa. A iniciativa também destacou o papel da universidade pública como espaço de incentivo à criatividade, à pesquisa aplicada e à transformação social, fortalecendo o ecossistema de inovação no estado.

A oficina Mão na Massa: Centelha 3 integrou as ações de incentivo à inovação realizadas na Universidade Estadual do Piauí, aproximando a comunidade acadêmica das políticas públicas voltadas ao empreendedorismo e à pesquisa aplicada. A atividade reforçou a importância do diálogo entre universidade, governo e sociedade civil na consolidação de um ecossistema de inovação no estado e na ampliação de oportunidadespara estudantes, pesquisadores e empreendedores locais.

Dia de Campo “Grande Teresina + Leite” promove aprendizado prático e integração entre universidade e produtores rurais

Por: Lucas Ruthênio

A consolidação da formação técnica aliada à vivência prática foi o eixo central do Dia de Campo Grande Teresina + Leite – Produção de leite a pasto, atividade curricular de extensão vinculada ao Programa de Extensão “Desenvolvimento e difusão de tecnologias com a pecuária da região Meio Norte”, realizada pelo curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).

O evento aconteceu na Fazenda Boa Vista, em Timon (MA), e reuniu docentes, discentes e produtores rurais em um espaço de troca de saberes, reflexão sobre a realidade produtiva da pecuária regional e aplicação prática dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula.

O encontro buscou promover uma aproximação efetiva entre o conhecimento científico e a realidade do campo, permitindo que os alunos pudessem observar, na prática, como as técnicas e conceitos teóricos se materializam na rotina do produtor rural. Coordenado pelos professores Dr. Francisco Araújo Machado e Dr. Mérik Rocha Silva, o Dia de Campo teve como foco o ensino voltado à produção de leite a pasto, abordando questões fundamentais sobre o manejo adequado de pastagens, eficiência produtiva e sustentabilidade na pecuária da região Meio Norte. Durante o evento, foram discutidos temas como ajuste de lotação, adubação de pastagens, sistemas de pastejo, produtividade e avaliação de bovinos para tipologia leiteira, com o objetivo de fortalecer a integração entre ensino, pesquisa e extensão.

Para o professor Francisco Araújo Machado, o evento foi um momento marcante tanto para o processo formativo dos alunos quanto para os produtores participantes, que puderam dialogar diretamente com a universidade e compartilhar experiências. Ele destacou que a vivência prática amplia a compreensão dos estudantes sobre a realidade do setor e complementa a base teórica adquirida nas disciplinas.

“Minha percepção do evento é que foi um sucesso. Tivemos a oportunidade de observar em campo diversos aspectos relacionados ao estabelecimento e, principalmente, ao manejo de pastagem, discutindo ajuste de lotação, adubação, sistema de pastejo e produção de leite a pasto. Foi uma oportunidade ímpar de verificar em campo conteúdos abordados em sala de aula e perceber como a teoria se conecta à prática produtiva”, afirmou o docente.

O professor ressaltou ainda que a ação de extensão não se limita à observação técnica. Ao possibilitar a participação ativa dos discentes no planejamento e execução do evento, o projeto reforça a importância da formação integral do zootecnista, que deve aliar conhecimento científico, experiência prática e sensibilidade social para lidar com as demandas do campo.

“No que diz respeito à atividade de extensão, os discentes da disciplina de Forragicultura tiveram a oportunidade de participar da preparação de um pequeno evento e também de interagir com produtores rurais. Essa ação de repassar e trocar conhecimento é fundamental, pois representa uma experiência que não conseguimos reproduzir dentro das paredes da sala de aula”, destacou.

UESPI leva teoria à prática em Dia de Campo em Timon

A dinâmica desenvolvida durante o Dia de Campo permitiu que os alunos se envolvessem em todas as etapas do processo, desde o planejamento até a execução das atividades. Essa abordagem participativa é apontada pelo professor como essencial para o desenvolvimento de competências práticas, técnicas e sociais, contribuindo para a formação de profissionais mais preparados para atuar nos diversos segmentos do setor agropecuário.

“Nós fomos até a fazenda, tivemos contato com o produtor e houve essa interação direta. Os alunos participaram do planejamento e da realização do evento, aplicando seus conhecimentos e vivenciando situações reais da prática zootécnica. Então, considero que foi uma experiência muito produtiva e coroada de êxito”, avaliou.

A experiência também foi vivenciada intensamente pelos discentes, que destacaram o impacto da atividade na compreensão dos conteúdos e na percepção do papel do profissional de Zootecnia no campo. A estudante Aniger Selec de Holanda Oliveira enfatizou que o Dia de Campo proporcionou uma ampliação da visão acadêmica e profissional, permitindo compreender de forma concreta como a teoria se traduz em resultados práticos.

“A experiência do Dia de Campo na Fazenda Boa Vista busca mostrar e proporcionar para nós, futuros zootecnistas, que a perspectiva vai além daquilo que é visto em sala de aula. Na prática, tudo se transforma e nos motiva a aplicar o que aprendemos na teoria. Avaliar o animal por completo, com base em parâmetros específicos, faz com que possamos identificar se ele se qualifica ou não para a produção. Essa vivência é enriquecedora, agrega valor e nos impulsiona a buscar constante aprimoramento, já que o mercado exige profissionais cada vez mais qualificados”, afirmou a aluna.

A estudante Gabriela Fernanda Silva também destacou o valor da interação com os produtores e a importância de integrar diferentes saberes. Segundo ela, o contato direto com a realidade do campo proporcionou um aprendizado mais profundo e contextualizado.

 “A experiência do Dia de Campo na Fazenda Boa Vista foi muito positiva. Aprendemos que nem sempre o que vemos na teoria se repete na prática. Tivemos aulas sobre pastagem, cálculo de matéria seca e bem-estar animal, e também aprendemos muito com os produtores, que vivem essa realidade diariamente. Foi um aprendizado conjunto, unindo a teoria da universidade à prática do campo, o que enriqueceu ainda mais nosso conhecimento”, relatou.

A realização do Dia de Campo Grande Teresina + Leite integra as ações de extensão desenvolvidas pelo curso de Zootecnia da UESPI, voltadas ao fortalecimento da relação entre universidade e setor produtivo. A iniciativa contribui para aproximar a formação acadêmica da realidade da pecuária regional, estimulando o diálogo entre conhecimento científico e práticas do campo, em um movimento que reforça a presença da instituição no desenvolvimento técnico e sustentável da cadeia leiteira no Meio Norte.

Exposição em Parnaíba aproxima escolas da UESPI e incentiva jovens a ingressarem no ensino superior

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Campus Parnaíba, promoveu no dia 11 de novembro de 2025 a Exposição de Atividades Extensionistas, um evento que integrou ensino, pesquisa e extensão em uma ação voltada à comunidade. A iniciativa, organizada pelos discentes dos blocos 2 e 3, reuniu mais de 60 alunos de escolas públicas da cidade e contou ainda com a participação de professores, servidores e estudantes da própria universidade.

A ação fez parte das Atividades de Curricularização da Extensão (ACEs), política institucional que tem o objetivo de incorporar práticas extensionistas à formação acadêmica, fortalecendo a relação entre a universidade e a sociedade. No curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, essas atividades estão distribuídas entre os blocos 2 e 7, somando 355 horas de carga horária, e são desenvolvidas por meio de projetos, programas, oficinas e eventos.

De acordo com a professora Lissandra Corrêa Fernandes Góes, responsável pela organização da exposição, a proposta central do evento é promover um espaço de diálogo entre a UESPI e a educação básica, aproximando os estudantes da realidade universitária e despertando vocações científicas.

“A atividade promove a aproximação entre alunos do ensino médio e a Universidade por meio das visitas e participação nas atividades. Além disso, estimula o interesse do aluno em ingressar no ensino superior. Muitos acreditam ser impossível esse caminho e, nas visitas, descobrem universitários que trilharam os mesmos caminhos que eles, às vezes até com mais dificuldade”, destacou a professora.

Durante o evento, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer e participar de experimentos e dinâmicas nas áreas de Botânica e Zoologia, planejadas e executadas pelos próprios discentes. As atividades foram pensadas para unir teoria e prática, possibilitando que o público compreendesse os conteúdos científicos de maneira mais lúdica e acessível.

 “Durante a apresentação das atividades, os discentes explicavam a teoria do que estavam apresentando como forma de introdução para que os alunos pudessem participar dos jogos e atividades interativas. Além disso, os discentes estavam preparados para responder às perguntas dos alunos”, explicou Lissandra Corrêa.

As estações da exposição abordaram temas variados, como classificação de espécies, morfologia vegetal, diversidade animal e ecossistemas regionais. Os alunos visitantes puderam observar amostras, manusear materiais e participar de dinâmicas que estimulavam o raciocínio e a curiosidade científica. Essa metodologia participativa, segundo a docente, contribui para tornar o aprendizado mais significativo e próximo da realidade dos estudantes.

“Acredito que não teve uma atividade preferida. As atividades foram nas áreas de Botânica e Zoologia. E, por serem interativas e não apenas expositivas, todas foram interessantes”, ressaltou a professora.

Mais do que uma simples mostra de trabalhos, a Exposição de Atividades Extensionistas representou um momento de formação prática para os estudantes de licenciatura, que puderam exercer o papel de mediadores do conhecimento e aplicar estratégias pedagógicas no contato direto com o público.

“Estas atividades, sem dúvida, estimulam a importância das práticas no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, colaboram na formação de um professor com muito mais iniciativa e dinâmico”, reforçou Lissandra Corrêa.

A Curricularização da Extensão, implementada nas universidades brasileiras em consonância com as diretrizes do Ministério da Educação, tem modificado a estrutura dos cursos de graduação, ampliando a inserção dos estudantes em contextos sociais e educativos fora do ambiente acadêmico. No caso da UESPI, ações como a realizada no Campus Parnaíba buscam consolidar a extensão universitária como componente essencial da formação docente e da produção de conhecimento aplicada à realidade local.

Com a participação de escolas, professores e discentes, o evento contribuiu para integrar diferentes níveis de ensino e para reforçar o papel da universidade pública como espaço de acesso, diálogo e formação científica. A atividade encerrou-se com a avaliação das ações desenvolvidas e a discussão sobre a continuidade das práticas extensionistas nos próximos semestres letivos.

UESPI leva extensão universitária ao campo e fortalece a criação sustentável da raça Canela-Preta no semiárido piauiense

Por: Lucas Ruthênio

No último dia 30 de outubro, o município de Wall Ferraz se transformou em um verdadeiro laboratório de saberes, práticas e trocas de experiências com a realização do III Dia de Campo Criação de Galinhas Caipiras: Experiência com a Raça Canela-Preta, uma iniciativa do curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), vinculada ao programa de extensão NUGAN-MN (Núcleo de Estudos e Pesquisa em Nutrição e Produção de Galinhas Caipiras do Meio-Norte).

O projeto, ativo desde 2022 e cadastrado na Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX), integra um conjunto de ações contínuas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar e da produção animal sustentável no semiárido piauiense.

Nesta edição, o evento marcou um marco de expansão, deixando pela primeira vez a capital e chegando ao interior do estado. A sede da Associação dos Criadores da Raça Canela-Preta de Wall Ferraz foi o palco das atividades, que reuniram produtores, estudantes, pesquisadores e técnicos em torno de um mesmo objetivo: disseminar conhecimentos sobre a criação sustentável de galinhas caipiras, com foco na valorização das práticas locais e na autonomia dos agricultores. De acordo com a professora Dra. Dinnara Silva, coordenadora do projeto ao lado da Profa. Dra. Débora Carvalho, a descentralização do evento representa o compromisso da UESPI em estreitar os laços entre a universidade e as comunidades rurais.

“A ida do projeto a Wall Ferraz foi motivada pela necessidade de ampliar o alcance das ações extensionistas e fortalecer o vínculo entre universidade e comunidade rural. Além de ser a sede da Associação dos Criadores da Raça de Galinhas Caipiras da Raça Canela-Preta. Essa ação é importante para que os produtores do semiárido tenham acesso aos estudos e projetos da Universidade, assim como propicia aos alunos o conhecimento local e formas de criação dos produtores que criam a raça em condições reais, com problemas reais do dia a dia do produtor familiar”, explicou a professora Dinnara Silva.

O evento contou com a presença de aproximadamente 150 pessoas, entre agricultores, técnicos, estudantes e pesquisadores, que puderam vivenciar na prática o sistema de criação de galinhas caipiras no semiárido, com aves soltas para pastejar e se alimentando de rações alternativas que reduzem a dependência de insumos como milho e soja. O curso de Zootecnia levou um ônibus com 30 discentes de diversos períodos, que participaram ativamente da organização e das atividades, compondo a comissão responsável pela execução do evento.

“A valorização da raça Canela-Preta contribui diretamente para o desenvolvimento sustentável e para a valorização das práticas locais no semiárido piauiense. Trabalhamos com uma raça adaptada ao semiárido, com boa rusticidade e resistência a doenças. Isso reduz custos de produção, como no uso do farelo de faveira, uma alternativa alimentar local e acessível, além de preservar práticas culturais e produtivas tradicionais, fortalecendo a identidade agroecológica da região”, destacou a professora Dinnara Silva.

Durante a manhã, os participantes circularam por quatro estações temáticas interligadas, que abordaram de forma integrada os principais aspectos da criação de galinhas caipiras adaptadas ao semiárido. “A escolha das quatro estações temáticas foi estratégica”, afirmou a professora. “Na Estação 1, tratamos da Escolha de Matrizes e Reprodutores, com foco no padrão racial para a seleção de galos e galinhas da raça Canela-Preta. Na Estação 2, abordamos a Utilização de Fitoterápicos, apresentando práticas preventivas e adaptadas ao clima, com o uso de plantas medicinais. Já a Estação 3, sobre Forragens para Aves, trouxe alternativas sustentáveis de alimentação verde em determinadas épocas do ano, como o período seco, destacando espécies arbóreas como gliricídia, rami e moringa. Por fim, a Estação 4, de Rações Alternativas, apresentou soluções de baixo custo para alimentação das aves durante o período de escassez de insumos, como milho e soja, mostrando a mandioca e o feno de espécies locais como opções. Também incluímos o concurso gastronômico, que valoriza o aspecto econômico e cultural da produção.”

Encerrando as atividades, o evento promoveu o Concurso Gastronômico de Pratos Típicos, que valorizou o sabor e a tradição da galinha caipira Canela-Preta. “A culinária regional entra nessa cadeia de valorização da produção caipira ao celebrar o sabor e a tradição da Canela-Preta. Ela cria oportunidades de mercado para os produtores locais, promove o turismo gastronômico e reforça a identidade cultural do semiárido”, explicou Dinnara.

Desde sua criação em 2022, o projeto NUGAN-MN tem apresentado resultados concretos tanto para os estudantes quanto para os agricultores envolvidos. “Desde 2022 foram formados grupos de alunos e produtores que puderam conviver e trocar experiências. Essa vivência prática, o desenvolvimento de habilidades técnicas e sociais e o maior engajamento com a realidade rural são fundamentais para formar profissionais das ciências agrárias. Para os agricultores, o projeto oferece acesso a tecnologias apropriadas, melhoria na produtividade e redução de custos com alimentação”, ressaltou a coordenadora.

Além do impacto técnico, o projeto tem proporcionado uma experiência formativa profunda aos discentes. “O contato direto com os desafios reais da produção rural desenvolve empatia, comunicação e resolução de problemas. Também permite adaptar o conhecimento científico às condições locais, algo que o ambiente acadêmico isolado não oferece”, afirmou Dinnara Silva.

A realização do evento foi viabilizada pelo apoio do Edital 025/2025 de Auxílio a Eventos de Extensão, que garantiu os recursos necessários para transporte, alimentação e estrutura. “Sem o recurso do edital não seria viável realizar a ação de extensão em outra região. Os custos para deslocamento e alimentação, além da estrutura da UESPI, proporcionaram sucesso ao evento em todos os âmbitos”, completou a professora. A iniciativa também contou com a parceria de instituições como o Instituto Federal do Piauí (IFPI), representado pelo professor Santos Moura, e a Embrapa Meio-Norte, com o pesquisador Dr. Marcos Jacob, além da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) e outras entidades locais que contribuíram para a consolidação do encontro.

Para a professora Dinnara Silva, a expansão do projeto e o diálogo com os agricultores reafirmam a importância da extensão universitária como ponte entre o saber científico e a vida real do campo. “A ida da UESPI a Wall Ferraz mostra que a universidade não está confinada aos muros da instituição. Estamos levando conhecimento, trocando experiências e aprendendo com os produtores que, com sua sabedoria e práticas locais, nos ensinam diariamente sobre sustentabilidade e resiliência no semiárido”, concluiu.

O III Dia de Campo Criação de Galinhas Caipiras evidenciou o papel da extensão universitária da UESPI como instrumento de integração entre o ensino e as comunidades rurais. Ao levar suas ações a Wall Ferraz, a universidade fortaleceu o intercâmbio entre saberes acadêmicos e práticas produtivas locais, contribuindo para a difusão de tecnologias adaptadas ao semiárido e para o estímulo à produção sustentável da raça Canela-Preta. O evento também destacou a relevância de parcerias institucionais e do apoio por meio de editais de fomento para a execução de atividades extensionistas fora da capital.

 

UESPI conquista 2º lugar no Prêmio Destaque do Controle Interno e reafirma compromisso com a transparência e a boa gestão

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reafirma sua excelência em governança e transparência na administração pública. A instituição conquistou o 2º lugar no Prêmio Destaque do Controle Interno, durante o 7º Fórum Piauiense de Controle Interno, promovido pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ-PI).

Equipe da UESPI durante a entrega do 2º lugar no Prêmio Destaque do Controle Interno, no 7º Fórum Piauiense.

A conquista representa a continuidade de um trabalho sólido e comprometido com a boa gestão, já que a UESPI também foi reconhecida em 2023 com o 1º lugar na 5ª edição do prêmio, destacando-se entre as instituições públicas estaduais que mais investem em controle, eficiência e responsabilidade administrativa.

O resultado é fruto do trabalho do Núcleo de Controle Interno da Universidade, vinculado à Pró-reitora de Planejamento e Administração (PROPLAN), que atua de forma integrada com diversos setores da instituição. Para o auditor interno Rodrigo Amaral, o reconhecimento é um estímulo para que a equipe continue aprimorando suas práticas e contribuindo para o fortalecimento da UESPI.

“Olha, esse prêmio de controle interno faz com que a gente fique ainda mais motivado a desempenhar as nossas funções e fazer com que a universidade cresça. Porque esse sinal de contas, quando ela tem o seu destaque, quando a gente consegue receber um prêmio sobre o nosso trabalho, só atesta que a universidade está indo para o caminho certo e o nosso trabalho também está sendo feito da melhor maneira possível”, afirma o auditor interno Rodrigo Amaral.

Ele destaca ainda que o resultado é fruto de uma atuação colaborativa, que envolve tanto a equipe interna quanto o diálogo com órgãos parceiros.

 “A gente sempre primou pelo trabalho em equipe. Nosso trabalho em equipe, a gente sempre tem uma boa relação, tanto com os servidores da UESPI quanto com a CGE, que é o órgão que trabalha juntamente com a gente aqui de apoio com o controle interno da instituição. Além da boa relação da equipe e dos órgãos, a gente também observa uma chefia competente, que está sempre apta e preparada para auxiliar todos os servidores que vêm tirar dúvidas. Isso se soma ao apoio das qualificações oferecidas pela Universidade e pela Escola Fazendária, que nos dão embasamento ainda melhor para as nossas atribuições”, completa o auditor interno.

Representantes da UESPI posam com o troféu recebido durante o evento, simbolizando o reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela instituição.

A auditora interna Ana Paula ressalta que o desempenho do Núcleo está diretamente ligado ao esforço contínuo de orientar, acompanhar e capacitar os setores da Universidade para garantir que todos os processos sigam os princípios da legalidade e da transparência.

 “As ações junto aos demais setores, como a implantação de manuais de orientação, a instrução dos setores na resolução de pendências nas contratações e pagamentos, a orientação aos fiscais de contratos no acompanhamento e execução dos serviços e a aquisição de bens, além do acompanhamento dos tomadores nos gastos com suprimento de fundos, têm sido fundamentais”, explica a auditora interna Ana Paula.

Segundo ela, o trabalho do controle interno também inclui a divulgação da legislação atualizada e dos cursos de capacitação promovidos pela Controladoria Geral do Estado (CGE-PI), bem como o atendimento à comunidade universitária.

“Divulgar a legislação, suas atualizações e sua aplicabilidade, divulgar os cursos de capacitação feitos pela CGE, estar sempre à disposição para atender e orientar a comunidade são formas de garantir que todos trabalhem em conjunto para alcançar os objetivos da gestão, com transparência”, afirma a auditora interna Ana Paula.

Ela também aponta que um dos maiores desafios é fazer com que os setores compreendam o papel do controle interno como uma ferramenta de fortalecimento institucional, e não de obstáculo.

 “Conseguir que as pessoas aceitem as sugestões do controle é um desafio, pois às vezes podem ser vistas como um empecilho. Mas é importante entender que nossas decisões, sejam positivas ou negativas, são sempre impessoais e voltadas à legalidade, para proteger a gestão superior de atos que poderiam gerar prejuízos junto aos órgãos de controle”, complementa a auditora interna.

Detalhes da premiação e presença da equipe da UESPI durante o 7º Fórum Piauiense de Controle Interno.

Para o pró-reitor de Planejamento e Administração, professor mestre Lucídio Beserra, o resultado reafirma a seriedade e o rigor técnico com que a gestão universitária tem conduzido seus processos. Ele enfatiza que o prêmio reconhece o comprometimento de toda a equipe, desde o controle interno até os servidores dos diferentes setores administrativos.

“É muito importante esse reconhecimento porque ele decorre da seriedade com que a gestão vem conduzindo a universidade, sob a liderança do professor Evandro, que se cercou de pessoas competentes e engajadas, garantindo o compliance administrativo do controle interno. Quando o processo é bem instruído e corretamente autuado, facilita a execução e não gera problema para o gestor. Então, de fato, toda a UESPI está de parabéns pela execução e pela condução dos processos administrativos e financeiros”, afirma o pró-reitor.

Ele ainda destaca o papel fundamental da auditoria interna na verificação dos processos e na garantia da legalidade das ações.

 “A auditoria interna tem o papel de acompanhar os processos administrativos, verificando se todas as etapas da execução da despesa cumprem as determinações legais. O controle interno atesta que a gestão está no caminho certo. Isso decorre do compromisso da gestão e de todos os que compõem a administração da UESPI em seus diversos setores”, conclui o pró-reitor professor mestre Lucídio Beserra.

O reitor professor doutor Evandro Alberto também destacou o reconhecimento, apontando que a conquista reflete o empenho da equipe e a consolidação de uma cultura de responsabilidade na administração pública.

“Com alegria, a Universidade Estadual do Piauí recebeu o segundo lugar do controle interno. Nós estamos aqui com a equipe do controle interno para representar a dedicação e o trabalho em conjunto que tem transformado a Universidade. Parabéns a todos e, de forma especial, ao nosso controle interno pela eficiência e transparência das ações”, declarou o reitor.

A premiação evidencia o avanço da Universidade Estadual do Piauí na consolidação de práticas administrativas pautadas pela conformidade e pela transparência. Colocando a Universidade entre as instituições reconhecidas no estado por suas práticas de controle interno. O resultado integra o conjunto de avaliações realizadas no Fórum Piauiense de Controle Interno e indica a atuação dos órgãos públicos na aplicação dos critérios de conformidade e transparência previstos nas normas de gestão.

 

 

I Mostra de Materiais Didáticos de Ciências Biológicas é realizada no Campus Heróis do Jenipapo

Por: Lucas Ruthênio

No dia 19 de novembro, a partir das 9h, o pátio do Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior (PI), será palco da I Mostra de Materiais Didáticos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). O evento, organizado pelos coordenadores professora Josiane Araújo e professor Hermeson Cassiano, tem como objetivo valorizar a produção acadêmica dos estudantes, incentivar metodologias ativas e fortalecer a formação docente, promovendo um espaço de socialização de experiências e práticas pedagógicas.

De acordo com a professora Josiane Araújo, coordenadora do evento, a Mostra surgiu da necessidade de dar visibilidade à produção dos alunos nas diferentes disciplinas do curso, reconhecendo o potencial criativo e formativo presente nesses trabalhos. “A motivação principal reside na necessidade de divulgar e valorizar a produção acadêmica dos alunos do curso de Ciências Biológicas, especificamente os materiais didáticos que eles elaboram ao longo do semestre em diversas disciplinas”, explica a professora.

O professor Hermeson Cassiano, também coordenador do evento, complementa que a iniciativa reflete o compromisso do curso com a valorização do protagonismo discente e o fortalecimento da formação docente. Segundo ele, “a realização da Mostra surgiu da necessidade de dar visibilidade aos recursos didáticos produzidos pelos alunos ao longo do semestre, nas diversas disciplinas do curso. É uma maneira de valorizar o protagonismo discente, a criatividade e o compromisso com a formação docente, apresentando à comunidade universitária os diferentes recursos que podem ser aplicados no ensino de Ciências e Biologia”.

Mais do que uma exposição, a Mostra pretende ser um espaço de formação e reflexão pedagógica. Os materiais elaborados pelos alunos ao longo do semestre serão apresentados em estandes temáticos e de forma interativa, permitindo que o público conheça diferentes abordagens metodológicas aplicadas ao ensino de Biologia. Para a professora Josiane Araújo, “a Mostra busca essa aproximação por meio da exposição dos materiais didáticos que foram elaborados pelos alunos ao longo do semestre, transformando o conhecimento científico em recursos concretos e significativos para o ensino e aprendizagem”.

O evento também se conecta diretamente à proposta pedagógica do curso, que valoriza práticas educativas contextualizadas, reflexivas e inovadoras. De acordo com o professor Hermeson Cassiano, “a Mostra está em sintonia com a proposta pedagógica do curso de Ciências Biológicas, que prioriza a formação de professores críticos, reflexivos e preparados para atuar com práticas educativas contextualizadas e inovadoras. O evento também fortalece o vínculo entre as disciplinas, os docentes e os discentes, estimulando o trabalho interdisciplinar e colaborativo”.

Entre os principais objetivos da iniciativa, os coordenadores destacam o fortalecimento da formação docente por meio da integração entre teoria e prática e do incentivo ao uso de metodologias ativas. Para a professora Josiane Araújo, “a Mostra promove um espaço de exposição, diálogo e reflexão sobre a produção de materiais didáticos e as práticas pedagógicas no ensino de Biologia, estimulando a criatividade, a formação docente e o desenvolvimento de ações de extensão universitária”.

O professor Hermeson Cassiano acrescenta que esse caráter formativo está no centro da proposta da Mostra, já que o evento oferece aos alunos a oportunidade de vivenciar todas as etapas da criação de um recurso pedagógico, desde a concepção até a apresentação. “Cada recurso apresentado reflete a aplicação prática de conceitos teóricos aprendidos em sala, transformando o conhecimento científico em ferramentas pedagógicas acessíveis e significativas”, afirma o coordenador.

Além de valorizar a produção acadêmica dos estudantes, a Mostra reforça o papel da universidade como promotora de integração entre ensino, pesquisa e extensão. Para a professora Josiane Araújo, a atividade “contribui para o fortalecimento da identidade docente e para a consolidação de uma prática pedagógica reflexiva e inovadora, articulando o Ensino e a Pesquisa e viabilizando a relação transformadora entre Universidade e Sociedade”.

A I Mostra de Materiais Didáticos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) será realizada no dia 19 de novembro, a partir das 9h, no pátio do Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior. O evento é aberto ao público e reunirá estudantes, professores e visitantes em um ambiente voltado à divulgação de práticas pedagógicas e materiais inovadores no ensino de Biologia. Durante a programação, os participantes poderão visitar estandes temáticos, conhecer os projetos desenvolvidos pelos alunos e dialogar sobre metodologias e práticas educativas.

Resultado do Recurso da Prova de Conhecimento do Edital PPGL/PROP/UESPI Nº 032/2025

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) e do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), torna público o Resultado do Recurso da Prova de Conhecimento, referente ao Edital PPGL/PROP/UESPI Nº 032/2025.

RESULTADO_RECURSO_Edital_032_2025_PROVA_DE_CONHECIMENTOS

III Seminário de Agricultura Sustentável da UESPI une academia, mercado e inovação tecnológica

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), através do Centro de Ciências Agrárias (CCA), tornou-se o epicentro dos debates sobre o futuro do agronegócio no estado ao realizar, nos dias 30 e 31 de outubro, o III Seminário de Agricultura Sustentável do Piauí. Com o tema central “Produzir com inteligência: desafios e soluções para o agro piauiense”, o evento no Auditório do GERATEC, em Teresina, serviu como uma ponte crucial entre a comunidade acadêmica, o setor produtivo e as mais recentes inovações tecnológicas.

A solenidade de abertura, na manhã de quinta-feira (30), estabeleceu o tom do seminário, destacando a colaboração institucional. O Reitor da UESPI, Prof. Evandro Alberto, ressaltou a importância do evento como um ecossistema de aprendizado. “É um evento que reúne aqui estudantes da Agronomia, da Zootecnia, ao tempo que também apresenta produtos que são desenvolvidos tanto pelo IFPI, pela UESPI, por várias instituições. Esse evento é muito importante porque incentiva ações voltadas à agricultura sustentável, à inovação e promove para os alunos encontros de conhecimento, socializando técnicas”, afirmou o reitor.

O apoio ao fomento científico foi reforçado por Pedro Soares, representante da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI). Ele conectou o tema do seminário às políticas públicas estaduais. “A temática trazida está dentro das prioridades do Governo do Estado do Piauí e, portanto, merece toda a atenção. É um momento de interação entre alunos, docentes e colaboradores. Isso nos dá fortes argumentos para continuarmos aportando recursos na realização desses eventos”, pontuou Soares.

A abertura foi também um momento de celebração, prestando homenagem aos profissionais em alusão ao Dia do Engenheiro Agrônomo (12 de outubro). Entre as homenageadas estava a Pró–Reitoria Adjunta de Administração e Recursos Humanos (PRAD), Profa. Rosineide Candeia.

Visivelmente lisonjeada, ela destacou a missão social da universidade. “Foi uma surpresa essa homenagem. Sabemos a importância da agricultura e do desenvolvimento sustentável, e trazer isso para nossos alunos engrandece a universidade. A importância desse evento se dá em levar todos esses trabalhos para fora dos muros da universidade, como para as associações de agricultura familiar com as quais o CCA trabalha”, disse.

Representando o corpo discente na mesa de honra, Fabiano Junior, presidente do Centro Acadêmico de Agronomia e membro da comissão organizadora, falou sobre o papel formativo da organização. “A participação do Centro Acadêmico dá esse pertencimento aos estudantes. Para a universidade realizar um projeto tão grandioso como esse, é necessária a participação deles. O jeito que eles trabalharam foi uma forma de se orgulhar, e a gente aprende, juntamente com os professores e os estudantes, a crescer cada vez mais em eventos como esse”, destacou.

Após a abertura, a programação seguiu com a Palestra Magna do Dr. Luiz Fernando Carvalho Leite, da Embrapa, que aprofundou o tema central do evento. A expectativa dos alunos era alta, como explicou Fabiano Junior: “Enquanto aluno, sinto que vou poder adquirir mais conhecimento com palestrantes renomados como o professor Leite, que vai falar sobre essa agricultura sustentável. É uma informação tão atual que a gente precisa conhecer, e são eventos como esse que nos disponibilizam”.

O segundo dia do evento, sexta-feira (31), foi dedicado à aplicação prática do conhecimento, com a Feira Agro, a Mostra Científica e Tecnológica e o Espaço Agronova. Os corredores do CCA se transformaram em uma vitrine de inovações.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) demonstrou como a tecnologia está mudando a capacitação no campo. “A Senar trouxe algumas experiências, por exemplo, o óculos de realidade virtual, que proporciona aos visitantes vivenciar uma fábrica de queijos ou a apicultura. Trouxemos também uma mini fábrica de farinha para demonstrar o beneficiamento da mandioca”, explicou Danylo Melo, representante da instituição. “É importante salientar essa parceria entre o Senar e a UESPI por estar levando conhecimento a quem está em busca de melhorar sua produção.”

A colaboração interinstitucional foi outro ponto forte. Alunas do Instituto Federal do Piauí (IFPI) – Campus Teresina Central apresentaram a empresa acadêmica TechAlbee. “Viemos trazer a nossa empresa, que visa disseminar produtos e subprodutos do mel e derivados”, introduziu a estudante Emily Grazielli.

Sua colega, Maria Boaventura, contextualizou a relevância do projeto para o Piauí, o segundo maior produtor de mel do país. “Sabemos a importância das abelhas como polinizadoras. O Piauí tem uma grande produção e muitos só vendem o mel bruto. Nós estamos trabalhando com o processamento desses produtos, incentivando o comércio dos pequenos agricultores. É um network muito legal entre universidades”, defendeu a aluna do IFPI.

Para os alunos da UESPI, a mostra foi a chance de apresentar suas próprias pesquisas. O discente de Agronomia, Pedro, explicou a relevância prática de seus trabalhos. “Hoje eu trouxe dois projetos: um diz respeito à macronutrientes no solo e outro à coleta de insetos com armadilhas luminosas. São aspectos que, se não forem cuidados, podem causar grandes perdas”, detalhou.

Ele também conectou a teoria à prática profissional futura. “Esse evento é em comemoração ao nosso dia. Ele vai trazer bastante carga para a nossa especialização, com tecnologias e inovações como a utilização de drones e geomapas. Isso agrega muito no nosso currículo. Quando as empresas forem procurar, vão ver: ele era ativo? Ele apresentava algum trabalho? Isso tudo influencia”, refletiu o estudante.

O seminário também foi palco para o diálogo político e de mercado. O deputado estadual Francisco Limma, presente no segundo dia, elogiou a iniciativa da universidade. “A primeira coisa é parabenizar a UESPI por reunir sua comunidade para tratar da agricultura sustentável no contexto do desenvolvimento do Piauí. É um espaço de troca de experiência, de exposição de produtos e de novas tecnologias. Parabéns por demonstrar a sensibilidade da Universidade Estadual de dialogar com a realidade e buscar soluções”, declarou o parlamentar.

A programação do dia 31 incluiu ainda uma Roda de Conversa com profissionais do mercado, mediada pela Profa. Dra. Eline Chaves de Abreu Almendra, focada em gestão, empreendedorismo e consultoria.

Ao final do evento, a coordenadora, Profa. Dra. Francineuma Arruda, resumiu o sentimento de missão cumprida. “O primeiro objetivo foi comemorar o Dia do Engenheiro Agrônomo. O outro grande objetivo é aproximar nossos estudantes de Agronomia e Zootecnia do mercado, promover essa integração entre academia, profissionais, produtores e estudantes. Queremos que eles possam colaborar com o progresso e com a sustentabilidade na produção de alimentos”, concluiu.

O III Seminário de Agricultura Sustentável do Piauí encerrou suas atividades com uma confraternização na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Piauí (AEAPI), consolidando-se como um espaço vital para o avanço do agronegócio piauiense, fundamentado na ciência, na sustentabilidade e na inteligência.

Estudante e estagiário da ASCOM da UESPI se destaca com reportagem e pesquisa premiadas sobre meio ambiente

Por: Lucas Ruthênio

O estudante Mikael Lopes, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Picos, tem se destacado por unir pesquisa, ética e compromisso social em produções jornalísticas que refletem o papel transformador da comunicação. Recentemente, ele conquistou prêmios nas categorias reportagem e artigo científico, reafirmando o potencial da formação oferecida pela universidade e o protagonismo dos seus discentes na produção de conhecimento relevante para o Piauí.

A reportagem premiada de Mikael, vencedora do Concurso Lana Krisna, aborda a Barragem de Bocaina, um dos principais pontos turísticos e de lazer da região. O trabalho surgiu da observação do crescimento desordenado de construções residenciais e de lazer às margens do reservatório. “Uma coisa que cresceu nessa área foi a construção de residências voltadas ao lazer. Mas, além dessas construções, veio à tona a questão da proteção ambiental. De que forma essas construções estão sendo realizadas?”, questiona o estudante.

Para responder a essa indagação, Mikael conversou com especialistas em geografia e meio ambiente, que explicaram os riscos das construções irregulares em áreas de preservação permanente (APPs), como a erosão do solo e o assoreamento do lago. Também buscou compreender o ponto de vista jurídico, investigando os procedimentos legais exigidos para a realização das obras e os canais disponíveis para denúncia de irregularidades. “A partir do portal de transparência da CEMAR, consegui ter acesso a um registro de fiscalização que notificou a destruição de quase um hectare de vegetação considerada área de preservação permanente, sem autorização dos órgãos responsáveis. É um alerta muito grande para a população sobre o uso sustentável do ambiente”, relata o estudante.

A reportagem, além de trazer dados inéditos, desperta a consciência ambiental e chama atenção para o papel do jornalismo como ferramenta de cidadania. O trabalho pode ser conferido no Instagram de Mikael: Reportagem de Mikael Lopes.

O concurso que consagrou a reportagem leva o nome da professora Lana Krisna, que atuou por quase uma década como docente e coordenadora do curso de Jornalismo do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, em Picos, instituição parceira da UESPI. A docente explica que o prêmio nasceu como uma homenagem e incentivo aos futuros jornalistas do interior do estado. “O concurso foi promovido pelo curso de Jornalismo do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, onde atuei por nove anos. Ao longo desse tempo, o curso sempre manteve uma parceria muito próxima com o de Jornalismo da UESPI, já que são as únicas formações da área no interior do estado. Receber uma homenagem por meio desse concurso foi uma surpresa muito especial e motivo de grande alegria”, relata a professora Krisna.

Ver Mikael Lopes conquistar o primeiro lugar no concurso que leva seu nome foi, segundo a professora Krisna, um momento de grande emoção. “Assistir Mikael conquistar mais um prêmio foi motivo de imenso orgulho. Esse reconhecimento reflete o esforço e o talento de um discente sempre criativo, determinado e sensível às causas sociais e ambientais. Ele faz do jornalismo uma ferramenta de valorização e defesa do seu lugar, revelando um compromisso genuíno com a sociedade, com o semiárido, seus desafios e suas possibilidades.”

A docente destaca ainda que o trabalho do aluno sintetiza os valores que o concurso busca promover entre os estudantes. “O desempenho de Mikael expressa com muita verdade o que o concurso busca valorizar: a força e a criatividade de quem ainda está em formação, mas já entende o jornalismo como uma prática de compromisso e sensibilidade. Ele mostra que é possível fazer reportagens inovadoras mesmo com recursos limitados, explorando novas formas de contar histórias, sem jamais renunciar à ética e à boa apuração. Seu trabalho é um reflexo bonito da união entre sensibilidade, responsabilidade e paixão pelo que faz — um jornalismo que olha para as pessoas, para o semiárido e para as histórias que realmente importam, revelando o espírito e os valores que queremos ver florescer nos futuros jornalistas”, conclui a professora.

Além da reportagem, Mikael também foi premiado no Concurso Israel Pereira, com um artigo científico fruto de um PIBIC voluntário realizado sob orientação da professora Me. Ruthy Costa. O estudo analisou como o programa Profissão Repórter, da Rede Globo, por meio da série Pra Onde Brasil, dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com as práticas do jornalismo de soluções. “O jornalismo de soluções é uma prática que visa não apenas apontar problemas, mas também apresentar iniciativas e alternativas locais. A partir dos cinco episódios das cinco regiões do Brasil, analisei como a produção promove o engajamento público e contribui para um cenário ambiental mais sustentável”, explica o estudante.

Com base em autores como Girardi (2012), Loose (2015) e Simões (2022), o trabalho de Mikael conclui que o Profissão Repórter atua como um aliado dos ODS e do jornalismo ambiental, ao equilibrar denúncia, empatia e proposição de soluções. A professora Costa, orientadora do artigo, ressalta que as conquistas do estudante refletem o amadurecimento acadêmico e o compromisso do curso de Jornalismo da UESPI com uma formação crítica e cidadã. “As conquistas de Mikael refletem diretamente a qualidade da formação do curso. Cada premiação reafirma não apenas seu talento, mas também o potencial do curso em formar profissionais críticos, criativos e socialmente engajados. Isso fortalece o nome da UESPI e evidencia o trabalho coletivo entre docentes e discentes”, destaca.

A professora Mayara Sousa Ferreira, coordenadora do curso, reforça a importância dessas conquistas: “Os prêmios de Mikael vêm como reconhecimento da trajetória acadêmica dele, revelando também as condições atuais do nosso curso, que alia prática e pesquisa. Estudantes que aproveitam todas as oportunidades formativas recebem reconhecimento antes mesmo de entrar no mercado de trabalho. As disciplinas de Jornalismo Ambiental e Jornalismo Especializado, que ele cursou, foram fundamentais para refletir sobre responsabilidade social e ambiental.”

Na Assessoria de Comunicação (ASCOM), onde Mikael atua como estagiário, a professora Sammara Jericó, diretora da assessoria, expressa o orgulho institucional com as conquistas do estudante. “É de muita felicidade porque mostra que o ensino da UESPI está levando os alunos a conquistas importantes. Incentivamos nossos estagiários a prezar pela qualidade da informação e pela responsabilidade no que produzem. Ver Mikael se destacar é a confirmação de que estamos formando jornalistas preparados para atuar com excelência.”

Atualmente no sétimo período, Mikael prepara um documentário sobre a construção da Barragem de Bocaina e o processo de desapropriação ocorrido na década de 1980, projeto que integrará seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A obra promete resgatar memórias e discutir o impacto socioambiental da barragem, reforçando seu compromisso com o jornalismo local e a preservação da história regional.

UESPI ultrapassa 100 mil seguidores no Instagram e fortalece presença digital com mais de 14 mil inscritos no YouTube

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) alcançou um marco histórico em sua comunicação institucional. O perfil oficial da universidade no Instagram (@uespioficial) ultrapassou 103 mil seguidores, enquanto o canal oficial no YouTube já conta com cerca de 14 mil inscritos, registrando 33,9 mil visualizações nos últimos 28 dias e 2,3 mil horas de tempo de exibição.

Desde sua criação, o canal acumula mais de 672,5 mil visualizações e mais de 14,3 mil inscritos, enquanto o Instagram, nos últimos 90 dias, alcançou 11,6 milhões de visualizações, 202,5 mil interações e 477,4 mil contas engajadas, evidenciando o interesse e o engajamento da comunidade uespiana.

Para a diretora da ASCOM UESPI, Profª Samma Jericó, o crescimento das redes reflete a credibilidade e a responsabilidade da universidade na divulgação de suas ações. “É com muita alegria que a gente recebe isso. As pessoas estão percebendo a credibilidade do que a gente publica, o compromisso que temos em divulgar a atuação de professores, estudantes, servidores e colaboradores. Chegar a uma marca como essa mostra que a comunidade acredita na nossa comunicação. É um número importante que traz  alegria e também responsabilidade e compromisso para mantermos nossa missão a frente da comunicação pública da UESPI.”

O chefe de redação da ASCOM, Danilo Kelvin, reforça que esses números representam mais do que seguidores. “A meta não era apenas alcançar 100 mil seguidores, mas também chegar a novos públicos, mostrar o que é produzido e divulgado pela universidade. Esses números refletem como nossas estratégias estão funcionando, com um perfil altamente engajado que garante que nossa mensagem chegue à sociedade. O YouTube é um canal para difundir produções mais extensas e chegar a públicos diferentes, com números expressivos, e isso só é possível graças ao trabalho dedicado dos nossos estagiários.”

De fato, a equipe de estagiários da ASCOM é peça-chave nesse sucesso. Para mim, que estou desde maio deste ano, atuando na reportagem, redes sociais, podcast e outros formatos de publicações, é uma experiência criativa e dinâmica, que exige atenção e rapidez na divulgação de informações relevantes.

O impacto do trabalho da Ascom se reflete diretamente no engajamento da comunidade, com comentários, compartilhamentos e participação em eventos, mostrando que a comunicação aproxima e valoriza o conhecimento da universidade. Raíza Leão acrescenta que, por se tratar de uma instituição pública, é preciso cuidado em como atingir o público, sempre priorizando a comunidade uespiana. “Buscamos manter uma comunicação próxima, que faça as pessoas se sentirem parte da UESPI e se identificarem com o que mostramos nas redes. O impacto desse trabalho fica evidente tanto nos resultados quanto no retorno que recebemos: muitas pessoas elogiam nosso trabalho, dizem que acompanham os conteúdos e até que nos conhecem por meio das redes da UESPI. É muito bom ver que o que fazemos realmente aproxima a comunidade da universidade.”

O engajamento também passa pelo equilíbrio entre informação e criatividade. Para Roger Cunha, cada postagem é planejada para aproximar à comunidade acadêmica da universidade, mostrando os campi de forma leve, criativa e informativa. “Alcançar a marca de mais de 100 mil seguidores reforça a importância do trabalho coletivo. Buscamos equilibrar elementos da cultura pop com a credibilidade jornalística, garantindo um engajamento genuíno. Ver alunos, professores e egressos interagindo, compartilhando e comentando nossas publicações é o maior reconhecimento de que a comunicação da UESPI está viva e conectada com todo o Piauí.”

Atuar na produção de conteúdo para as redes sociais da UESPI é uma experiência criativa e dinâmica, que exige atenção ao público e rapidez na divulgação de informações relevantes. Eduarda Sousa destaca: “É um trabalho que exige criatividade e muita responsabilidade, já que cada publicação representa a Universidade e o vínculo com a comunidade acadêmica. Acompanhar o impacto desse trabalho no engajamento é muito recompensador e muito gratificante, eu percebo que as redes sociais se tornaram um importante espaço de aproximação, valorização das conquistas e fortalecimento do sentimento de pertencimento à UESPI.” Jésila Fontinele reforça: “É uma experiência enriquecedora e de grande responsabilidade, principalmente pelo alcance. Com o tempo, passamos a compreender a importância e o impacto dos conteúdos desenvolvidos na comunidade acadêmica e o compromisso, já que eles não permanecem apenas nos muros da instituição. Além dos reflexos na construção como profissionais, pelos conhecimentos que são colocados em prática diariamente.” O impacto desse trabalho é percebido no engajamento da comunidade, mostrando que a comunicação aproxima, valoriza as conquistas e fortalece os vínculos da universidade.

Além disso, o trabalho administrativo, coordenado por Renata Teixeira, garante que todas as demandas sejam organizadas e executadas com qualidade. “O trabalho administrativo atua como canal de intermediação entre os setores que solicitam matérias e a equipe de execução. Isso garante organização, agilidade e coerência na produção e divulgação das informações institucionais da UESPI.”

O alcance e engajamento das redes sociais mostram o interesse da comunidade interna e externa em acompanhar a vida acadêmica e institucional da UESPI. A integração entre Instagram e YouTube permite atingir públicos distintos, ampliando o alcance das ações da universidade e fortalecendo sua identidade institucional. O marco de 103 mil seguidores no Instagram e 14 mil inscritos no YouTube simboliza o esforço coletivo da ASCOM e da comunidade uespiana, consolidando a presença digital da universidade de forma inovadora, dinâmica e comprometida com a informação e a transparência.

Mural dos Mestres: UESPI celebra a dedicação e o impacto de seus professores

Por: Lucas Ruthênio 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Assessoria de Comunicação, realiza a campanha “Mural dos Mestres” em homenagem ao Dia dos Professores, reunindo fotos, mensagens e pequenos textos enviados pelos próprios docentes.

A ação, que segue até o dia 17 de outubro, tem como objetivo valorizar a profissão docente e destacar o papel essencial que os professores desempenham na formação de cidadãos críticos, conscientes e preparados para transformar a sociedade.

O Mural dos Mestres é composto por relatos que evidenciam a paixão, o comprometimento e o impacto de cada docente na vida acadêmica e pessoal dos estudantes. A Professora Kátia Magaly compartilha sua trajetória desde 2012, quando começou a formar Profissionais de Educação Física na universidade, enquanto o Professor Adriano de Alcântara, do curso de Letras-Inglês, lembra que “the impossible is just a matter of prefix”, ressaltando a importância de inspirar criatividade e confiança. A Professora Milena Rochelly destaca que cada aula é um encontro de movimentos, ideias e sentimentos que transformam quem ensina e quem aprende, e a Professora Luana Alves reforça a crença no poder do conhecimento para mudar realidades.

Ao longo de décadas de dedicação, muitos professores deixaram sua marca na UESPI. A Professora Lya Rachel Brandão atua há 21 anos na formação de juristas, advogados, promotores de justiça, magistrados e operadores do direito em Teresina, enquanto a Professora Doutora Maria Gardênia Batista soma 28 anos formando biólogas e biólogos no estado. O Professor Hermeson Cassiano contribui há 12 anos para a formação de biólogos em Campo Maior, e a Professora Mestra Nanielle Barbosa, mais recentemente, passou a formar enfermeiras e enfermeiros em Floriano.

Outros exemplos de longa dedicação incluem o Professor Antonio Soares, há 31 anos na formação de professores e pedagogos; a Professora Yúla Meneses, com 32 anos de atuação no curso de Educação Física; e a Professora Simone Mousinho, formando biólogos em Teresina há 13 anos. Professores e professoras em início de carreira também compõem o mural, como a Professora Elenice Abreu, que há seis meses forma professores de Geografia em Campo Maior, o Professor Carlos Lopes, a cinco meses formando pedagogos na mesma cidade, a Professora Silvana Cardoso, há quase dois anos formando profissionais de Letras Português em Picos, e a Professora Débora Carvalho, formando zootecnistas em Teresina há dois anos.

O Mural dos Mestres transforma essas trajetórias em um espaço de reconhecimento e valorização da educação, destacando não apenas o esforço e dedicação, mas também o amor de cada docente pelo ensino. Durante toda a semana, a UESPI compartilha nas redes sociais fotos, histórias e depoimentos que refletem a importância de cada professor na construção de uma educação pública de qualidade e no desenvolvimento de profissionais que atuam em diferentes áreas do Piauí.

Com o Mural dos Mestres, a UESPI celebra o Dia do Professor reconhecendo aqueles que, com conhecimento, dedicação e compromisso, constroem o futuro da educação no estado e transformam vidas por meio do ensino.

Seleção da UESPI apresenta novo uniforme e se prepara para representar o Piauí no Campeonato Universitário Nacional em Natal

Por: Lucas Ruthênio

A Seleção da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) apresentou oficialmente, em reunião na Reitoria, o novo uniforme que será utilizado pela equipe durante o Campeonato Universitário Nacional, que acontece em Natal, no Rio Grande do Norte. A equipe, conhecida como Tigres UESPI, conquistou recentemente o título piauiense dos Jogos Universitários e agora se prepara para representar o estado e a instituição em nível nacional, com o apoio da Administração Superior da universidade.

Nova camisa! Seleção da UESPI pronta para o Nacional em Natal/RN.

O encontro reuniu o Reitor, Professor Evandro Alberto, o Coordenador da equipe, Professor Galba Coelho, o Professor mestre Lucídio Beserra, Pró-reitor da PROPLAN, e os atletas que integram o elenco. O momento foi marcado por entusiasmo e reconhecimento ao trabalho coletivo que vem sendo desenvolvido pela seleção, que une talento esportivo, comprometimento acadêmico e amor pela universidade.

O Professor Evandro Alberto destacou a importância da conquista estadual e o simbolismo da nova camisa, feita com a colaboração direta dos próprios jogadores. Ele ressaltou ainda o empenho da Reitoria em apoiar a equipe em todas as etapas da preparação.

“Primeiro, quero parabenizar pela escolha do uniforme. Eles mesmos trabalharam no design, tudo feito com muito carinho. É um time de muita responsabilidade, que já tem o título piauiense e agora vai disputar o nacional. Estamos animados e confiantes, porque são bons de bola e bons de estudo. Esse time é completo. Vamos com expectativa alta para o Rio Grande do Norte, porque a UESPI e o Piauí merecem. Esses meninos vão representar muito bem a nossa universidade”, afirmou o reitor.

A trajetória dos Tigres até o nacional foi marcada por superação e estruturação. O coordenador Galba Coelho relembrou o caminho da equipe até o título piauiense e destacou o apoio da Reitoria, fundamental para garantir melhores condições de treino e deslocamento.

“Disputamos o campeonato com todas as faculdades do estado e vencemos uma final muito dura contra a equipe que sempre representava o Piauí. Depois da conquista, buscamos o apoio da Reitoria para a nova etapa e o professor Evandro nos recebeu com total disposição em ajudar. Hoje, temos iluminação e pintura novas na quadra, uma van exclusiva para os deslocamentos e todo o suporte necessário. Essa estrutura nos dá mais confiança para representar bem a UESPI e o estado no campeonato nacional”, destacou o coordenador.

O professor mestre Lucídio Beserra também reforçou o papel do apoio institucional e a importância da equipe como vitrine do esporte universitário piauiense.

“A expectativa é a melhor possível. São jovens fortes e dedicados, que já mostraram resultados e continuam batalhando. O Magnífico Reitor teve a sensibilidade de proporcionar o apoio necessário e, mesmo com recursos limitados, a universidade apostou neles. Essa aposta certamente se transformará em êxito e em uma grande divulgação do esporte universitário piauiense”, afirmou.

Os jogadores também compartilharam a empolgação com o novo desafio. Para Fernando Marques, ala do time, a equipe chega preparada e motivada após meses intensos de treinos e conquistas.

“A expectativa é muito boa. Trabalhamos forte durante esses meses, fomos coroados com o título piauiense e agora é acertar os últimos detalhes. No sábado já seguimos viagem para Natal, prontos para representar muito bem a UESPI e o Piauí”, disse.

O atleta Luan Carvalho ressaltou a preparação e o apoio da universidade, convidando toda a comunidade acadêmica para acompanhar os jogos.

“A gente vem se preparando bastante, contando com o apoio da universidade, e esperamos trazer o título para casa. Vai ser muito bom contar com a torcida de todos. Os jogos serão transmitidos pelo canal da CBDU no YouTube, e queremos que a comunidade acompanhe e torça por nós”, destacou.

O jogador Matheus Santos complementou enfatizando o compromisso da equipe em levar o nome da UESPI de volta ao cenário nacional do futsal universitário.

“A expectativa é alta. A gente vem treinando com frequência, ensaiando jogadas e se dedicando muito. Queremos colocar o Piauí novamente em destaque no futsal universitário. O apoio da Reitoria tem sido essencial e só temos a agradecer. Convidamos toda a comunidade acadêmica a acompanhar as transmissões e torcer por nós nessa nova etapa”, disse.

Com o novo uniforme, estrutura reforçada e o apoio da administração superior, a Seleção da UESPI embarca rumo ao Campeonato Universitário Nacional com o objetivo de representar o Piauí com garra, talento e espírito coletivo. A comunidade acadêmica poderá acompanhar as partidas pelo canal oficial da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) no YouTube e pelas atualizações no perfil oficial da equipe, @tigresuespi, no Instagram.

XI Semana da Matemática da UESPI destaca o papel transformador da matemática na formação profissional e na sociedade

Por: Lucas Ruthênio

O Centro Acadêmico de Matemática (CAMAT) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realiza, entre os dias 7 e 10 de outubro, a XI Semana da Matemática (SEMAT), que neste ano tem como tema “Matemática: da Sala de Aula à Vida Profissional”. O evento, que acontece de forma presencial nos auditórios Pirajá e Torquato Neto, marca o retorno de uma das mais tradicionais atividades acadêmicas do curso, reunindo estudantes, professores, pesquisadores e profissionais de diversas áreas das ciências exatas.

A Semana da Matemática é mais do que uma agenda de palestras e oficinas, ela representa um espaço de troca, inspiração e reflexão sobre o papel da matemática na vida cotidiana e na formação humana. Depois de três anos sem ser realizada, a retomada do evento reacende o compromisso do curso em fomentar o debate científico, fortalecer a pesquisa e aproximar a universidade das múltiplas realidades da profissão. Ao propor o diálogo entre o ensino formal e as aplicações práticas da matemática, a XI SEMAT reafirma o compromisso da UESPI em promover uma formação ampla, crítica e conectada às transformações do mundo contemporâneo.

O presidente do CAMAT, Talisson Ricardo, explica que o evento surge como um resgate simbólico e necessário da identidade acadêmica do curso, e reforça o papel do Centro Acadêmico como protagonista na articulação de ações que envolvem ensino, pesquisa e extensão. Segundo ele, a Semana da Matemática é também um momento de reencontro e integração entre gerações de estudantes e professores.

“O Centro Acadêmico de Matemática como um todo se reuniu para fazer a 11ª Semana de Matemática porque já era um evento que não acontecia durante 3 anos no curso. E a gente sempre sabe que esses eventos colaboram muito para a participação dos discentes no curso. Os alunos precisam desses momentos de interação, de compartilhamento de aprendizados e até interação entre professores, alunos e até pessoas de outras instituições. Então, o Centro Acadêmico de Matemática tem o principal fundamento de trazer a colaboração de outros alunos, de outras entidades tanto da matemática como áreas afins e trazer também, por meio do tema, a vida profissional como professor de matemática, mas não só como professor, mas também como cientista e pesquisador”.

O estudante também comentou sobre a escolha do tema central do evento, que surgiu de uma reflexão sobre as múltiplas possibilidades que a matemática oferece para além da sala de aula.

“O tema foi escolhido com base numa das observações do professor Igor, que muitos alunos entram no curso pensando que querem ser somente professores, só pode ser somente isso. Mas a escolha do tema da sala de aula, da vida profissional, faz com que os alunos do próprio curso, principalmente os ingressantes, percebam que a matemática é uma área ampla. Eles podem ir tanto para a docência quanto para a pesquisa. Eles podem assumir diversas profissões, até mesmo pegar outras bancas”.

A abertura oficial da XI SEMAT contou com a presença de gestores, professores e convidados, em uma solenidade que reforçou a importância do evento para o fortalecimento da universidade e da formação de professores no estado. O reitor da UESPI, professor Evandro Alberto, destacou que a Semana de Matemática é um marco de valorização da ciência e um espaço que conecta a teoria acadêmica à vida prática, ao mesmo tempo em que homenageia nomes importantes que contribuíram para o ensino da disciplina no Piauí e no Brasil.

“A importância, por exemplo, como isso, para tudo matemático que está na universidade como todo, de forma muito importante e essencial para o desenvolvimento. Olha, primeiro é lembrar que nós estamos na 11ª edição do XI Semana de Matemática, tem uma importância muito grande porque traz as atualizações do mundo da matemática, então discutindo o ensino de matemática, como a matemática transforma a sala de aula, como ela transforma a vida profissional, então são esses links que são estabelecidos. E aqui é importante lembrar que é justamente o Centro Acadêmico da Matemática, com a coordenação, que realiza esse evento. Então é importante que a gente saiba que a matemática tem destaque na nossa universidade, pelos grandes profissionais que tem. E aqui também aproveita-se para homenagear o Antônio Cardoso, professor Amaral, pelos feitos dele no ensino de matemática para o país. Então, é importante porque é um evento que mantém uma sustentação para os nossos estudantes, para os nossos professores, trazendo palestras e integrando estudantes e professores para a utilização, a integração do ensino de matemática. A matemática aplicada, matemática básica, enfim, a todo ramo da matemática, instruindo, sempre com os melhores instrumentos, esse ensino de matemática. Então, de parabéns aos organizadores e aos estudantes que estão participando”.

A fala do reitor reforça a dimensão institucional da SEMAT, que é vista como um pilar de sustentação para o curso e um exemplo de como os eventos estudantis, quando bem articulados, podem impulsionar a universidade e motivar novas práticas pedagógicas. Além de promover a socialização de saberes, a Semana é um momento de reconhecimento e valorização dos estudantes que se dedicam à organização e ao protagonismo acadêmico.

A professora Mônica Gentil, Pró Reitora de Ensino e Graduação (PREG), também esteve presente na abertura e ressaltou o papel fundamental das semanas acadêmicas no processo formativo das licenciaturas. Segundo ela, a SEMAT representa um elo essencial entre os eixos estruturantes da universidade: ensino, pesquisa e extensão.

“Uma semana acadêmica é sempre muito importante em qualquer curso. E na Semana de Matemática, os alunos terão a oportunidade de refletir sobre a pesquisa, o ensino e a extensão que correspondem aos critérios para a formação das licenciaturas em Matemática. Durante essa semana, os alunos vão ter a oportunidade de promessas, de ministros, de oficinas e de fazer essa troca de aprendizado em toda a sua área de formação da licenciatura em Matemática”.

Além de palestras com nomes de referência da área, como o Professor Doutor Antônio Cardoso do Amaral, reconhecido por seu trabalho inovador no ensino da matemática em Cocal dos Alves, a programação da XI SEMAT também inclui minicursos e oficinas conduzidos por professores e estudantes da própria UESPI. As atividades abordam temas que vão desde metodologias de ensino até aplicações práticas em contextos tecnológicos e científicos, promovendo um intercâmbio de experiências entre diferentes níveis de ensino.

O professor Igor Fontenele, um dos principais articuladores da Semana, explicou que a concepção do evento partiu da ideia de proporcionar aos alunos uma visão completa da matemática, tanto enquanto campo científico quanto como ferramenta de transformação social. O objetivo, segundo ele, é despertar nos estudantes o interesse por pesquisa, docência e inovação, e fazer com que cada atividade da programação se torne uma ponte entre a teoria e o cotidiano profissional.

“O nosso evento foi pensado 100% na educação, porque acima de tudo a universidade está formando futuros professores, que serão os professores de nossos filhos, então é muito importante que eles tenham uma formação de qualidade. A gente pensou num evento voltado para eles terem contato com profissionais de excelência do estado e se inspirarem nesses profissionais para também serem profissionais de excelência no futuro.”

O professor detalhou ainda a estrutura da programação, explicando como cada parte foi cuidadosamente planejada para atender a diferentes dimensões da formação matemática.

“Quando eu sentei para planejar com meus colegas, a gente pensou o seguinte: vamos tentar trazer pessoas para os alunos entenderem e se inspirarem. Então a gente pensou nas palestras, que são divididas em palestras, minicursos e oficinas. As palestras foram direcionadas a pesquisadores, porque é um rumo importante para o professor, ser um professor pesquisador. Os minicursos ficaram com professores de grandes escolas aqui do estado, como o Dom Barreto, o Joe Cezano, o Propósito, que vão falar das suas vivências. E as oficinas serão conduzidas pelos nossos próprios alunos, aplicando o que aprendem na graduação. É uma programação pensada para unir pesquisa, prática e aplicabilidade”.

Para Igor Fontenele, a SEMAT tem um impacto que vai além do evento em si, tornando-se uma experiência formativa profunda e transformadora. Ele recorda a própria vivência como estudante, quando participava de semanas acadêmicas e encontrava nesses momentos o incentivo para seguir na carreira.

“O impacto eu tiro por mim, porque quando eu participava desses eventos me impactava muito porque eu tinha contato com pessoas da área e eu não sabia como era. A gente entra no curso e não sabe exatamente como vai ser o futuro. Quando entramos em contato com esses profissionais, entendemos mais ou menos como tudo funciona e acabamos interagindo com outros que também estão aprendendo. É uma troca de experiência mútua, porque a gente aprende e acaba ensinando outros que estão com a gente. É um impacto sem igual, é maravilhoso para a gente”.

A Semana da Matemática também tem sido um espaço de crescimento e protagonismo para os próprios discentes. Matheus Oliveira, estudante do 2º período de Matemática e diretor de Pesquisa e Extensão do CAMAT, destaca o orgulho em participar da organização e a importância do evento como espaço de diálogo entre alunos e professores.

“Como organizador e diretor de pesquisa e extensão do nosso Centro Acadêmico, é um prazer fazer parte desse grande evento, que de certa forma abrange uma vasta gama de pessoas, tanto alunos quanto professores de universidades e escolas reconhecidas. Acho que a SEMAT é um evento muito importante porque cria um espaço para diálogo e aprendizado. Muitas vezes os alunos têm dúvidas sobre como ingressar no espaço de trabalho, e aqui eles podem trocar experiências e compreender melhor esse processo. Além disso, é um momento de expandir o repertório cultural e entender que a matemática está no nosso dia a dia, sendo uma das rainhas das ciências”.

Em sua décima primeira edição, a Semana da Matemática da UESPI reafirma o compromisso da instituição com a excelência no ensino e a formação integral de seus estudantes. Ao integrar ensino, pesquisa e extensão, o evento mostra que a matemática é muito mais do que uma disciplina: é uma linguagem universal que conecta o conhecimento à realidade, a teoria à prática e a sala de aula à vida.

A programação da XI SEMAT segue até o dia 10 de outubro, com uma série de atividades que continuam estimulando o pensamento crítico, o aprendizado coletivo e o entusiasmo pela ciência. Mais informações e detalhes sobre o evento podem ser acompanhados no perfil oficial do Centro Acadêmico de Matemática no Instagram: @camatuespi.

Acadêmicos de Pedagogia da UESPI realizam aula de campo na APAE de Campo Maior

Por: Lucas Ruthênio

A turma do 6º período do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Campo Maior, participou de uma aula de campo na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município. A atividade foi promovida pela professora Telma Franco, dentro da disciplina Fundamentos da Educação Especial, e teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma vivência prática sobre o atendimento educacional especializado.

Segundo a professora Telma Franco, a proposta da visita surgiu da necessidade de aproximar os futuros pedagogos da realidade da Educação Especial, indo além do conteúdo teórico discutido em sala de aula.

“A disciplina aborda toda a historicidade da Educação Especial, desde o período da integração até a fase atual de inclusão, além da legislação e das conquistas dessa área. Mas só a teoria não é suficiente. É preciso vivenciar essa realidade para que os alunos adquiram competências e se engajem verdadeiramente na área”, destacou a docente.

Durante a visita, os estudantes puderam conhecer de perto as ações pedagógicas, artísticas e de desenvolvimento de habilidades manuais realizadas pela APAE. A instituição atende, principalmente, pessoas com deficiência intelectual, oferecendo atividades voltadas ao fortalecimento das competências cognitivas, motoras e sociais dos atendidos.

Eles desenvolvem ações pedagógicas e artísticas, trabalham habilidades manuais e cognitivas, e estão estruturando uma clínica para atendimento multidisciplinar, com profissionais de áreas como fonoaudiologia, psicologia e psiquiatria. É um trabalho muito bonito, que mostra o compromisso com o desenvolvimento integral das pessoas com deficiência”, relatou a professora.

A docente ressaltou ainda que a experiência permite aos alunos compreenderem que as pessoas com deficiência são sujeitos de direitos e de potencialidades, e não apenas suas limitações. “Essas visitas ajudam os estudantes a enxergar o sujeito a partir de suas potencialidades. Eles aprendem que, com metodologias adequadas e suporte pedagógico, é possível estimular o desenvolvimento e promover uma educação realmente inclusiva”, afirmou.

Além da observação das atividades, o momento foi marcado por uma troca de conhecimentos entre os profissionais da APAE, a professora e os discentes. “Tivemos a presença da coordenadora pedagógica, da professora de Educação Física e da diretora da instituição. Essa interação foi fundamental para associar teoria e prática. Os alunos ouviram relatos de casos, fizeram perguntas e puderam compreender melhor os desafios e as demandas da Educação Especial”, explicou Telma Franco.

A professora também adiantou que esta foi a primeira de uma série de seis visitas planejadas, que incluirão novas experiências de campo e culminarão em uma mesa-redonda sobre inclusão e práticas pedagógicas na Educação Especial, prevista para o fim de outubro e início de novembro.

A atividade integra o cronograma da disciplina e busca fortalecer a formação prática dos estudantes, promovendo o contato direto com instituições que atuam na área da Educação Especial.

Parceria garante continuidade das atividades da UESPI em Campo Maior durante reformas do Campus Heróis do Jenipapo

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) recebeu, na Reitoria, a visita do ex-vereador de Campo Maior, Edvaldo Lima, e da diretora do Campus Heróis do Jenipapo, professora Maria Pessoa, para oficializar a parceria com a Fundação Dr. Milton Soldani Afonso. A iniciativa, firmada em reunião com a gestão superior, assegura um espaço adequado para acolher estudantes e professores enquanto o campus passa por reformas estruturais, garantindo a continuidade das atividades acadêmicas e fortalecendo os laços institucionais da universidade com a comunidade local.

O reitor da UESPI, professor Evandro Alberto, destacou a relevância da parceria para esse momento de transformação da universidade em Campo Maior. Ele ressaltou que o Campus Heróis do Jenipapo está prestes a receber uma ampla reforma em sua estrutura física, que representará um marco de melhoria para a instituição e para a cidade. Nesse contexto, a disponibilização de um espaço temporário foi considerada essencial para assegurar o pleno andamento das atividades. “Nós já estamos trabalhando nos preparativos da reforma do Campus Heróis do Jenipapo, uma obra que vai deixar a nossa universidade com mais dignidade. Esse processo deve durar de um ano a um ano e meio, e, nesse período, precisaremos de um espaço adequado para acolher nossos estudantes e professores. A Fundação, conduzida pelo ex-vereador Edvaldo Lima, está sendo essencial para garantir essa transição com qualidade”, afirmou.

Durante a reunião, o ex-vereador Edvaldo Lima ressaltou o compromisso da Fundação Dr. Milton Soldani Afonso com a educação e com a comunidade local. Ele enfatizou que a Fundação, ao longo de mais de duas décadas, vem desempenhando um papel importante em benefício da população de Campo Maior, especialmente no apoio a iniciativas educacionais. Para ele, a parceria com a UESPI representa a união de esforços em prol de um objetivo comum: assegurar um futuro melhor por meio da educação. “Faço esse trabalho há mais de 20 anos, sempre pensando primeiro na educação. Tenho a maior honra de disponibilizar a estrutura da Fundação para a UESPI, uma instituição da qual também sou egresso, já que realizei dois cursos aqui. Essa parceria é uma forma de colaborar com a universidade, com o governo do Estado e com toda a comunidade de Campo Maior”, declarou.

Já para a diretora do campus, professora Maria Pessoa, a iniciativa representa um passo essencial para assegurar o bom andamento do calendário acadêmico durante o período de reforma. Ela reforçou que a infraestrutura disponibilizada atende às principais necessidades da comunidade universitária e permitirá que os estudantes mantenham suas rotinas sem prejuízos. Além disso, ressaltou o valor simbólico dessa união entre a universidade e a Fundação, que estreita laços e reafirma o papel social da UESPI no município. “Essa parceria é fundamental, pois garante a continuidade das atividades mesmo durante as reformas. O espaço cedido atende às necessidades básicas de infraestrutura, como salas de aula, e permite que as atividades sigam normalmente. Além disso, aproxima ainda mais a UESPI da comunidade, mostrando a união de esforços em prol da educação e do desenvolvimento local”, explicou.

A comunidade acadêmica também recebeu a notícia com entusiasmo e confiança, reconhecendo a importância dessa solução temporária para o fortalecimento da universidade. Professores e estudantes demonstraram compreensão quanto à necessidade do processo e confiança nos benefícios que a reforma trará no futuro. “Estudantes e professores compreenderam a relevância dessa adaptação e já sabem da qualidade da estrutura da Fundação Milton Soldani. As expectativas giram em torno de manter a qualidade das atividades e, ao mesmo tempo, aguardar com entusiasmo a entrega de um campus renovado e mais adequado no futuro”, completou a diretora.

Com a assinatura do contrato e a homologação do serviço em fase de trâmite, a obra de reforma do Campus Heróis do Jenipapo será iniciada em breve, marcando um novo momento para a UESPI em Campo Maior.

 

 

 

 

UESPI Parnaíba promove ação de saúde voltada aos trabalhadores da instituição

Por: Lucas Ruthênio

O Campus da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em Parnaíba, realizou nesta semana uma ação de saúde voltada aos trabalhadores da instituição. A atividade foi organizada em parceria com o Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (CEREST) e teve como objetivo promover cuidados preventivos, orientações e imunização, reforçando o compromisso com o bem-estar da comunidade acadêmica.

Durante a manhã, os participantes passaram por diversas estações de saúde, que incluíram cadastro para identificação do perfil, rastreio de doenças crônicas, orientações nutricionais, avaliação da saúde auditiva e vocal, avaliação médica, orientações sobre ergonomia no trabalho e imunização. O professor Luís Felipe destacou que não houve maior procura por um setor específico, já que todos seguiram o mesmo fluxo de atendimento. “Como a organização da ação, cadastro e monitoramento foi realizada pelo CEREST, ainda não temos o relatório final sobre os atendimentos. Mas todos os participantes passaram por todas as estações”, explicou.

No turno da tarde, o foco principal foi a imunização. Foram disponibilizadas todas as vacinas do Programa Nacional de Imunização, incluindo doses contra difteria e tétano, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola e hepatite B. “Foram imunizados 20 trabalhadores. Por ter sido a primeira vez desta atividade no campus, muitos não tinham o cartão de vacina em mãos e, por isso, não puderam completar o atendimento. É fundamental realizar um levantamento mais abrangente para que tenhamos maior cobertura em futuras atividades”, ressaltou o professor Luís Felipe.

“Sem dúvidas, ao oferecer estas ações, os trabalhadores se sentem minimamente cuidados e que o serviço se preocupa com a sua saúde. Além disso, o foco da atividade também foi divulgar o serviço do CEREST, que tem como principal intuito prevenir doenças ocupacionais, promover a segurança no trabalho e contribuir para o bem-estar do trabalhador e trabalhadora”, destacou.

Sobre os impactos do evento, o docente apontou: “O maior impacto foi mostrar para os trabalhadores que existem serviços e pessoas preocupados com a saúde deles e que, mesmo diante dos desafios do serviço, eles devem olhar para sua saúde e priorizar ações de autocuidado”.

O professor também ressaltou a necessidade de instituir ações contínuas dentro da universidade. “Precisamos ter na instituição um serviço para articulação dessas atividades. Nossos cursos, como Enfermagem e Odontologia, podem apoiar, mas é fundamental a criação de um núcleo de saúde do trabalhador(a), em articulação direta com CIASPI e CEREST”, sugeriu.

Em relação à continuidade, ele adiantou que a proposta é transformar a iniciativa em um programa de extensão no campus de Parnaíba. “Assim, outras ações serão programadas e desenvolvidas de forma periódica. Em outros campi ainda não há previsão, justamente pela necessidade de um serviço específico dentro da UESPI para articular atividades como esta”, concluiu.

UESPI realiza avaliação psicopedagógica para crianças contempladas pelo Auxílio Creche

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Desenvolvimento e Intervenções Humanas (NEPEX PSIDIHN), está ofertando avaliações psicopedagógicas direcionadas ao público-alvo da Educação Especial (PAEE), com idade entre 2 e 5 anos, para todos os campi da UESPI. A iniciativa é exclusiva para crianças de alunas contempladas pelo Auxílio Creche UESPI, fortalecendo as ações de apoio estudantil e inclusão educacional promovidas pela instituição.

O projeto tem como foco identificar as habilidades, competências e necessidades específicas de cada criança, permitindo que a universidade atue de forma integrada no suporte às famílias e na promoção de um ambiente de desenvolvimento mais adequado. A avaliação busca mapear as condições de aprendizagem da criança, tanto no contexto escolar quanto em situações em que ela ainda esteja prestes a ingressar na escola.

Segundo a professora Nadja Pinheiro, responsável pela condução da atividade, a avaliação psicopedagógica é um instrumento fundamental para compreender o processo de ensino aprendizagem.

“A avaliação psicopedagógica é uma avaliação de habilidades e competências para ensino. Ela aponta quais são as competências daquele aluno e está relacionada diretamente ao processo de aprendizagem, seja da criança que já está inserida na escola ou daquela que é elegível para entrar no ambiente escolar”, explica a docente.

Além de mapear as condições de aprendizagem, a avaliação também resulta em um relatório detalhado. Esse documento é entregue às famílias e pode ser utilizado como ferramenta de orientação tanto pelos responsáveis quanto pelos profissionais que acompanham a criança em sua trajetória educacional e, se necessário, terapêutica.

“A melhor intervenção é aquela que acontece baseada no procedimento de ensino que contempla as necessidades daquele aluno. A avaliação gera um relatório que oferece à família e aos demais profissionais uma leitura clara sobre as habilidades e competências da criança, otimizando o processo de ensino aprendizagem”, ressalta a professora Nadja Pinheiro.

Outro ponto importante destacado pela professora é a possibilidade de integração entre diferentes áreas de cuidado. O relatório, além de subsidiar práticas pedagógicas, pode indicar a necessidade de encaminhamentos para outras áreas de acompanhamento especializado. “Da mesma forma, a avaliação permite informações que podem ser utilizadas caso esse aluno necessite de outras terapias, fortalecendo o cuidado integral à criança”, complementa a docente.

As alunas contempladas pelo Auxílio Creche UESPI que possuam filhos com idade entre 2 e 5 anos podem solicitar a avaliação inicial entrando em contato com o NEPEX PSIDIHN através do e-mail: nepexpsidihn@ccs.uespi.br e agendando uma entrevista.

UESPI dá início ao Projeto Escuta Solidária com palestra sobre “escuta sensível”

Por: Lucas Ruthênio

O Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, abriu nesta quinta-feira (25) o ciclo de atividades do Projeto de Extensão Escuta Solidária, que busca promover vivências de cuidados em saúde mental para estudantes universitários. A primeira ação contou com uma palestra on-line ministrada pelo psicólogo Felipe Oliveira, voluntário da Fraternidade O Amor é a Resposta, sobre o tema “Escuta Sensível: o que é? Como fazer?”. O evento marcou o início de uma proposta voltada a reduzir sintomas de ansiedade, estresse, depressão e burnout, por meio de ações educativas, preventivas e de apoio.

Segundo a professora Mirian Alencar, coordenadora do projeto, a ideia surgiu a partir da percepção de dificuldades emocionais enfrentadas por muitos acadêmicos da instituição, que impactavam diretamente seu desempenho acadêmico. “O projeto surgiu da identificação de quadros de sofrimento emocional entre os acadêmicos, e a influência desta situação no processo educacional dos mesmos. Desta forma, entendemos que deveríamos partir dessa compreensão inicial sobre os critérios necessários para que se possa oferecer uma escuta verdadeiramente sensível e cuidadosa, bem como sobre quais encaminhamentos devem ser dados a partir da demanda identificada”, explica.

A escolha do tema da escuta sensível para abrir as atividades não foi por acaso. Nos últimos dois anos, a universidade registrou um número significativo de estudantes que precisaram se afastar das atividades educacionais em virtude de questões emocionais. Para a professora, essa realidade reforçou a importância de investir em ações preventivas e de acolhimento. “Esse ponto nos impulsionou a não apenas providenciarmos adequações para que não houvesse desistências nos cursos, mas também a promover atividades preventivas diferenciadas que estimulassem os discentes a permanecerem estudando com mais leveza e equilíbrio emocional. Nas duas ações iniciais já foi perceptível o salto qualitativo na vida dos acadêmicos, isso porque estão compreendendo melhor as situações pessoais que vivenciam, e ainda estão experienciando na prática a importância da empatia por meio de uma saudação, sorriso e até mesmo um abraço. O que para algumas pessoas pode ser fácil, mas para outras é uma barreira, como eles mesmos afirmaram hoje”, pontua.

A participação do psicólogo Felipe Oliveira também teve papel central na abertura do projeto. A docente destaca que o profissional integra a equipe de psicólogos voluntários que foram convidados a apoiar tanto a formação quanto o atendimento inicial dos discentes. “Dentre as ações do projeto, temos uma que se refere à composição de uma equipe de psicólogos voluntários que possam oferecer tanto suporte formativo, quanto de atendimento inicial aos discentes. Felipe faz parte deste grupo que reconhece a importância de espaços solidários e acolhedores diante da realidade que estamos vivendo. O mesmo revelou em suas palavras a relevância do projeto, destacando inclusive a identificação de raríssimas ações neste formato”, ressaltou Mirian.

Além das palestras e rodas de conversa, o Escuta Solidária prevê ações práticas e contínuas dentro do campus. A ideia é que os estudantes contem não apenas com acolhimento individualizado, mas também com atividades coletivas que utilizem recursos lúdicos, esportivos e artísticos como forma de cuidado. “Sim, a proposta é, além de disponibilizar uma acolhida contínua individual a quem necessitar, e ações coletivas com foco no lúdico, no esporte e na arte. Nesta manhã de sexta-feira, por exemplo, realizamos uma recepção acolhedora para os discentes com música, frases motivacionais, reflexão sobre elementos que não favorecem uma vida equilibrada e um lanche saudável”, contou a professora.

A expectativa é que o impacto do projeto ultrapasse as salas de aula, alcançando não apenas melhorias no desempenho acadêmico, mas também na vida pessoal dos alunos e da comunidade. Para Mirian Alencar, o Escuta Solidária pode se tornar um espaço transformador no cotidiano universitário. “Acreditamos que a realização de atividades diferenciadas favorecerá, a priori, o reconhecimento da necessidade de autocuidado, bem como a melhoria geral da qualidade de vida, da saúde física, mental e emocional dos participantes, visto que ações terão como foco o equilíbrio dessas dimensões”, conclui.

UESPI promove III Encontro de Cuidados Paliativos em alusão ao Dia Mundial da causa

Por: Lucas Ruthênio

A Liga Acadêmica Transdisciplinar em Cuidados Paliativos da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizará, nos dias 09 e 10 de outubro de 2025, o III Encontro de Cuidados Paliativos da UESPI, em alusão ao Dia Mundial dos Cuidados Paliativos e Hospices, celebrado internacionalmente em 11 de outubro. O evento acontecerá no Auditório do Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina, com programação intensa das 08h às 18h.

O Dia Mundial dos Cuidados Paliativos é uma iniciativa da Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA), entidade internacional dedicada à promoção e expansão dos cuidados paliativos e de hospices no mundo. No Brasil, a campanha é encampada pela Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), que busca ampliar a visibilidade dessa pauta de saúde pública em todo o território nacional. Em 2025, o tema escolhido pela WHPCA é “Alcançar a promessa: Acesso Universal aos Cuidados Paliativos”, reforçando a necessidade de tornar essa prática uma realidade acessível a todas as pessoas, independentemente de sua condição social ou localização geográfica.

A professora Ana Rosa Rabelo, coordenadora da LATCP e uma das responsáveis pela organização do encontro, destaca a relevância de trazer a discussão para dentro da universidade e de um hospital de referência como o HGV. Para ela, o evento é um espaço que vai além do ensino formal e se conecta diretamente com a missão social da UESPI.

“Ao trazer essa discussão para dentro da universidade e de um hospital de referência como o HGV, buscamos não apenas formar profissionais mais sensíveis, mas também conscientizar a sociedade sobre a importância de garantir dignidade e qualidade de vida em todas as fases do cuidado. Os cuidados paliativos não tratam apenas da doença, mas do ser humano em sua totalidade, no seu contexto físico, emocional, social e espiritual.”

A programação do III Encontro foi estruturada para contemplar diferentes perspectivas. Estão previstas palestras temáticas com especialistas da área, minicursos que aprofundam práticas assistenciais e a apresentação de trabalhos científicos, estimulando o diálogo entre pesquisa e atuação profissional. Para a professora Ana Rosa, essa diversidade de atividades é fundamental para consolidar o caráter transdisciplinar dos cuidados paliativos:

“A troca de experiências entre diferentes áreas do saber é essencial. Os cuidados paliativos são, por natureza, transdisciplinares, pois exigem o olhar integrado de médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e tantos outros profissionais. É nesse diálogo que conseguimos construir práticas mais humanizadas e efetivas, que atendam às necessidades reais dos pacientes e de suas famílias.”

A docente ressalta ainda que o encontro fortalece a formação crítica e humanística dos estudantes da UESPI, preparando-os para os desafios contemporâneos da saúde pública.

“Eventos como este ampliam a compreensão de que cuidar é um ato que vai além da técnica. Envolve escuta, empatia e acolhimento. O acesso universal aos cuidados paliativos ainda é um desafio no Brasil e no mundo, e iniciativas como esta contribuem para que possamos transformar a realidade, começando pela formação de novos profissionais e pela sensibilização da sociedade.”

Além de promover a reflexão acadêmica e científica, o III Encontro de Cuidados Paliativos se consolida como um espaço de valorização da vida, mesmo diante da finitude. Nesse sentido, a UESPI reafirma seu compromisso com a dignidade humana, alinhando-se ao movimento global que luta para garantir o direito de todos a uma assistência que respeite seus valores e necessidades.

As inscrições para o evento já estão abertas e podem ser realizadas por meio do link disponível na bio do Instagram da LATCP – @latcpuespi. O mesmo perfil também disponibiliza o edital de submissão de trabalhos científicos.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo Instagram @latcpuespi ou pelo e-mail latcp.uespi@gmail.com.

Biblioteca Móvel celebra seis anos de atuação com Café Literário no Campus Heróis do Jenipapo

Por: Lucas Ruthênio

O Projeto Biblioteca Móvel da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) celebrou seis anos de existência com a realização de um Café Literário, no último dia 19 de setembro, no Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior. O evento reuniu estudantes, professores e a comunidade acadêmica em um momento de confraternização e valorização da leitura, reafirmando o impacto da iniciativa no município e na formação de futuros docentes.

Criado em 2019, o projeto surgiu a partir de ações do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). A proposta inicial era oferecer às crianças das escolas parceiras acesso a livros adequados à faixa etária, promovendo atividades de incentivo à leitura em espaços escolares. Para viabilizar a ideia, foi adaptada uma Kombi que passou a circular levando o acervo às instituições de ensino.

Com o encerramento do PIBID em 2020, a iniciativa ganhou novo formato e se consolidou como programa de extensão, ampliando o alcance para praças, eventos culturais e outras escolas da região, em parceria com a Secretaria de Educação de Campo Maior.

Segundo a coordenadora do projeto, professora Ana Gabriela Nunes, essa mudança fortaleceu o vínculo com a comunidade e expandiu a missão da Biblioteca Móvel. “Hoje, o projeto já é conhecido em Campo Maior. A comunidade é quem solicita a nossa participação. É uma prova de que a ideia foi abraçada e de que acreditam na importância da leitura para a formação das crianças e adolescentes”, afirma.

Ao longo dos seis anos, o Biblioteca Móvel se consolidou como um espaço de acesso democrático ao livro e de formação cidadã. Para a professora, o legado da iniciativa está no fortalecimento da leitura como base para o desenvolvimento integral.

“O principal legado do Biblioteca Móvel é a reafirmação do compromisso com a leitura, que deve ser assumido por todos: famílias, escolas e também a universidade. A leitura é uma base sólida para o desenvolvimento das crianças, e não podemos deixar que a tecnologia ocupe sozinha esse espaço formativo”, ressalta.

Celebração com literatura e integração

O Café Literário, realizado em alusão ao aniversário do projeto, contou com exposições de livros, empréstimos rotativos de obras solicitadas pelos alunos, mural literário, momentos musicais e espaço para confraternização. A proposta foi envolver estudantes de diferentes cursos de licenciatura da UESPI, além de discentes de outras instituições, promovendo troca de experiências e incentivo à leitura.

A coordenadora destacou ainda a importância simbólica da data de 19 de setembro, quando a Kombi do projeto chegou ao campus e marcou o início da história da Biblioteca Móvel dentro da universidade.

“19 de setembro foi a data que a Kombi chegou aqui no Campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, e é um dia simbólico pra gente lembrar essa conquista, que é o projeto chegando à universidade, abraçando essa causa. Até porque o nosso acervo começou com doações de alunos da comunidade acadêmica, que se envolveram e abraçaram essa ideia. Então, nada mais justo do que celebrar com eles”, afirmou a professora.

Mais do que uma confraternização, o Café Literário evidenciou o papel formativo do projeto na vida acadêmica dos estudantes. O contato com diferentes gêneros literários, a oportunidade de compartilhar impressões sobre obras e a vivência em atividades culturais fortalecem habilidades essenciais para a docência e ampliam a formação integral dos participantes.

“Esse café foi muito importante porque mostrou que a formação acadêmica não se limita às disciplinas dos cursos. Os alunos podem aprender com diferentes tipos de literatura, compartilhar gostos e socializar com colegas de outros cursos. Isso amplia a formação e estimula uma vivência acadêmica mais integral”, explica a professora Ana Gabriela.

Seis anos após sua criação, o Projeto Biblioteca Móvel segue como referência de extensão universitária, fortalecendo a aproximação entre universidade e comunidade.