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Egressa da UESPI é selecionada para programa Fulbright FLTA e vai ensinar português nos Estados Unidos

Por: Lucas Ruthênio

A egressa Maria Eduarda Sousa Santos, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), foi selecionada para o prestigiado programa Fulbright Foreign Language Teaching Assistant (FLTA), que oferece a professores de diversos países a oportunidade de ensinar suas línguas nativas em instituições de ensino dos Estados Unidos. O programa também promove o intercâmbio cultural e o desenvolvimento acadêmico dos participantes.

Recém-egressa do Programa de Pós-Graduação em Letras da UESPI, Maria Eduarda Sousa Santos concluiu seu mestrado em março deste ano, com a defesa da dissertação intitulada “Percepções leitoras sobre textos multimodais: os potenciais sócio-semióticos das cores em um livro ilustrado”, sob orientação do Prof. Dr. Francisco Wellington Borges Gomes. No momento, ela aguarda a emissão do diploma, enquanto se prepara para embarcar em uma nova etapa acadêmica nos Estados Unidos.

Segundo Maria Eduarda, a notícia da seleção foi recebida com entusiasmo e sensação de realização. “Foi incrível! O processo de application exige tempo, autoconhecimento e organização, mas receber um resultado positivo no final fez tudo valer a pena”, conta. Para ela, essa oportunidade representa um marco importante para sua carreira como professora. “Além de poder promover a cultura brasileira e a língua portuguesa internacionalmente, também terei acesso a um ambiente acadêmico diversificado, onde poderei conhecer e aplicar novas abordagens de ensino/aprendizagem.”

Comprometida com uma prática pedagógica autêntica e culturalmente sensível, Maria Eduarda Sousa Santos afirma que suas aulas nos Estados Unidos vão buscar integrar linguagem e cultura de forma indissociável. “Meu principal objetivo é trabalhar com materiais autênticos e experiências que mostrem um português real e contextualizado. Pretendo utilizar artefatos culturais como culinária, cinema, música, artesanato, bem como mídias multimodais brasileiras, como livros ilustrados, charges e obras artísticas.” Essa abordagem reflete diretamente suas práticas de pesquisa na área de Multimodalidade e Multiletramentos, já exploradas durante o mestrado.

Sobre possíveis desafios no ensino da língua portuguesa para estudantes americanos, Maria Eduarda destaca que pretende enfrentá-los com abertura e escuta ativa. “Vou encará-los como oportunidades de aprendizado e usar a troca de experiências para enriquecer o processo. A escuta, a flexibilidade e o diálogo serão fundamentais nesse caminho.”

Para além do ensino linguístico, a educadora também pretende atuar como uma ponte cultural entre Brasil e Estados Unidos. “Um dos principais objetivos do programa FLTA é promover o diálogo intercultural entre os países envolvidos. Por isso, além das atividades em sala de aula e nos eventos universitários, também quero me integrar à comunidade estadunidense, conhecer seus costumes e cursar disciplinas ligadas à cultura local. Essa vivência vai enriquecer meu olhar e será compartilhada quando eu retornar ao Brasil.”

Após o término do programa, Maria Eduarda Sousa Santos planeja continuar contribuindo com a UESPI e com a área de Português como Língua Estrangeira (PLE). “Quero atuar com mais preparo no atendimento a estrangeiros que vêm ao Piauí ou buscam aprender o idioma online. Também pretendo expandir meus estudos na área, escrever artigos, participar de eventos e incentivar novas pesquisas sobre ensino de línguas e cultura brasileira. Além disso, quero compartilhar tudo isso com a comunidade acadêmica da UESPI, mostrando como a vivência intercultural pode enriquecer o ensino e a formação de professores.”

 

Curso de Zootecnia da UESPI recebe Comenda Marques de Paranaguá pelo impacto regional

Por: Lucas Ruthênio

Em uma cerimônia marcada por emoção e reconhecimento público, a coordenadora do Curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) – Campus Deputado Jesualdo Cavalcanti, no município de Corrente Profa. Dra. Juliana Barros recebeu, em nome de toda a comunidade acadêmica, a Comenda Marques de Paranaguá, concedida pela Câmara Municipal de Corrente-PI. A honraria foi entregue durante a tradicional Exposição Agropecuária da cidade e destaca a importância histórica e social do curso na região.

Foto: @abzpiaui

“Essa comenda é um reconhecimento que representa também uma chancela por sermos o curso de Zootecnia mais antigo do Piauí. Ela vem, sobretudo, para demonstrar o impacto que o nosso curso tem na sociedade de Corrente”, afirmou a coordenadora. Para a Profa. Dra. Juliana Barros, a homenagem não se dirige apenas à gestão atual, mas a todos que construíram essa trajetória ao longo dos anos. “Esse reconhecimento é fruto de um trabalho que me antecede, feito com louvor, esforço e dedicação.”

A relevância do curso vai muito além da formação acadêmica. Segundo a coordenadora, a atuação da Zootecnia tem promovido transformações significativas na economia local e na qualificação da juventude. “Essa visibilidade se deve muito aos nossos egressos, que têm deixado uma marca na comunidade pelos serviços prestados, seja por meio de consultorias técnicas, seja pela geração de renda no campo.”

A Profa. Dra. Juliana Barros também destaca o impacto direto do curso no agronegócio regional. “Tanto os nossos egressos quanto os estudantes em formação e professores estão ligados às atividades agropecuárias do extremo sul do Piauí.” Ela menciona a participação ativa em exposições e feiras de animais, além da implantação de programas de melhoramento genético e desenvolvimento de tecnologias voltadas ao setor.

Coordenadora de Zootecnia da UESPI exibe comenda de mérito recebida pelo curso.

Entre os projetos mencionados estão as ações do professor Hermógenes, com exposições de animais, e do professor Gleisson, que já iniciou um programa de melhoramento genético com experimentos de cruzamentos ligados diretamente a produtores da região. “Esses projetos têm resultado em TCCs, pesquisas de ponta e envolvimento direto dos nossos alunos com a realidade do campo”, afirma.

Na área de inovação e pesquisa, a coordenadora destaca conquistas recentes, como a aprovação de projetos pela FAPEPI, o desenvolvimento de um aplicativo em parceria com o IFPI e os trabalhos com pastagens liderados pela própria Profa. Dra. Juliana Barros. “Estamos presentes em diversas frentes: extensão, ensino e pesquisa. Nossos professores produzem ciência com reconhecimento e publicações. Isso se reflete diretamente na formação dos nossos discentes.”

Ao final, a coordenadora reforça que a conquista da comenda pertence a todos que fizeram e fazem parte do curso. “Nosso curso é feito por muitas mãos. Receber essa comenda agora é coroar um trabalho que não foi feito por mim, mas por todos que já passaram por aqui e continuam contribuindo com a Zootecnia da UESPI.”

UESPI abre inscrições para curso de extensão sobre escrita de resumos e resenhas acadêmicas com apoio da plataforma WEBLEIA

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Curso de Letras do Campus Clóvis Moura, abre inscrições para o curso de extensão Escrita de Resumos e Resenhas Acadêmicos com apoio da plataforma WEBLEIA, voltado para estudantes da graduação e pós-graduação interessados em aprimorar suas habilidades de produção textual no contexto acadêmico. As inscrições acontecem no período de 15 a 31 de julho de 2025.

Com carga horária total de 60 horas, o curso será realizado em formato híbrido, combinando atividades presenciais e on-line. Os encontros presenciais ocorrerão aos sábados, no turno da manhã, no auditório do Campus Clóvis Moura. As atividades on-line serão desenvolvidas com o apoio da plataforma WEBLEIA, que possibilita acompanhamento, produção textual e feedback individualizado.

De acordo com a professora Ermínia Maria do Nascimento Silva, responsável pela coordenação do curso, a principal motivação da iniciativa está na necessidade de fortalecer as práticas de leitura e escrita acadêmicas entre os estudantes. “Oferecemos a oportunidade de aprimorar a produção de gêneros fundamentais à vida acadêmica, como o resumo e a resenha. Além disso, o uso da plataforma WEBLEIA como recurso didático pedagógico busca integrar tecnologias digitais ao processo formativo, potencializando o acompanhamento, a autoria e a revisão textual”, afirma a docente.

O curso oferecerá 60 vagas, sendo 40 destinadas a estudantes e técnicos da UESPI e 20 para estudantes de outras instituições de ensino superior. A inscrição não garante automaticamente a matrícula: a seleção será feita por ordem de inscrição, conforme a distribuição de vagas prevista. Os inscritos que ultrapassarem o número de vagas serão inseridos em lista de espera e poderão ser convocados caso haja desistências.

A dinâmica do curso será dividida entre momentos teóricos e práticos. Segundo a professora Ermínia Maria do Nascimento Silva, os encontros presenciais serão destinados à introdução teórica dos gêneros, atividades de leitura e escrita, além de orientações coletivas. Já as atividades remotas contemplarão tarefas de produção textual, exercícios interativos e acompanhamento via plataforma WEBLEIA. “Essa combinação permitirá um processo formativo contínuo, que equilibra o acompanhamento próximo com a autonomia dos participantes”, destaca.

A docente também enfatiza a importância da formação para o desempenho acadêmico. “Ao trabalhar estratégias de leitura crítica, síntese e argumentação, o curso fortalece competências que impactam diretamente as atividades curriculares e científicas. O uso da WEBLEIA também estimula o letramento digital e a autonomia intelectual, qualificando a formação dos estudantes para demandas acadêmicas e profissionais”, ressalta Ermínia Maria do Nascimento Silva.

A WebLeia é uma ferramenta de apoio à produção de textos acadêmicos desenvolvida pelo Laboratório de Escrita Acadêmica, vinculado ao curso de Letras do Campus Clóvis Moura e ao Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UESPI). Com interface acessível, a plataforma oferece suporte tecnológico ao processo de escrita, permitindo a produção auto monitorada de gêneros como resumos e resenhas, revisão textual, geração de portfólio do usuário e formação de um banco de textos voltado a pesquisas sobre produção acadêmica.

Os interessados devem preencher atentamente o formulário de inscrição e garantir disponibilidade para participar integralmente das atividades presenciais e on-line. A professora reforça que a inscrição deve ser feita com atenção aos dados solicitados e dentro do prazo. “É importante compreender que a inscrição não garante automaticamente a matrícula, pois o número de vagas é limitado e seguimos critérios objetivos para seleção”, conclui.

As inscrições estão disponíveis até 31 de julho de 2025, por meio do seguinte link: https://docs.google.com/forms/d/1ls3fuojuxPS06m9s4slp2q0g1YgvYBcLqpcexNDF3tk/edit.

 

Professor da UESPI ministrará curso no Congresso Internacional de Matemática no Chile

Por: Lucas Ruthênio

O professor Pitágoras Pinheiro de Carvalho, do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), foi convidado a ministrar um curso no Congresso de Matemática Capricornio (COMCA2025),  um dos mais relevantes encontros científicos da área na América Latina.

Realizado anualmente desde 1991, o COMCA reúne pesquisadores de diversos países para discutir avanços teóricos e aplicados em diferentes campos da Matemática. A edição de 2025 ocorrerá no Chile e contará com a participação da UESPI e da UNICAMP como as únicas representantes brasileiras.

COMCA 2025 acontece nos dias 6, 7 e 8 de agosto, na Universidad de Antofagasta, no Chile.

O convite ao docente surgiu a partir de colaborações científicas anteriores com pesquisadores chilenos, especialmente com o professor Marko Rojas Medar, da Universidad de Tarapacá. “Essa proximidade científica e a temática do trabalho que desenvolvo viabilizou a oportunidade de ministrar um curso neste evento”, explica o professor Pitágoras.

No evento, o professor ministrará o curso intitulado “Soluciones Numéricas para Dinámica de Fluidos con FreeFem++”. O conteúdo abordará desde fundamentos teóricos das equações que regem a dinâmica dos fluidos até aplicações computacionais em problemas do mundo real. “Serão abordadas aplicações em áreas como resfriamento de ambientes, escoamento de sangue em artérias e turbulência do ar em modelos aerodinâmicos”, detalha.

 

Professor Pitágoras Pinheiro representará a UESPI no COMCA 2025.

A participação no COMCA marca a estreia do professor na programação do congresso, embora sua trajetória na UESPI remonte a mais de uma década. “É a minha primeira vez neste evento específico e espero poder representar com qualidade nossa UESPI e o curso de Licenciatura em Matemática, que é meu curso de atuação desde 2012”, afirma.

O conteúdo do curso é fruto de anos de pesquisa, com adaptações desenvolvidas especialmente para o evento. Segundo o docente, trata-se de um tema com grande relevância científica e industrial, mas que também pode fomentar a compreensão pública sobre as aplicações da matemática. “Embora envolva problemas bastante abstratos, o curso reforça a intuição sobre aplicações reais da matemática. Já desenvolvemos projetos semelhantes com bolsistas da UESPI/FAPEPI e é possível, sim, que graduandos avancem nesse tipo de pesquisa com dedicação”, ressalta.

Simulação do aquecimento e resfriamento do hidrogênio, modelado por equações de Convecção de Navier-Stokes.

A iniciativa reforça o papel da universidade no cenário acadêmico internacional. “Participar desse evento ajuda a inserir a UESPI em rotas científicas na área de Matemática e fortalecer parcerias com pesquisadores de outras universidades. Isso amplia a visibilidade da pesquisa que desenvolvemos e pode abrir portas para intercâmbios e projetos colaborativos em nível de pós-graduação”, pontua Pitágoras.

A pesquisa desenvolvida pelo professor, que integra o conteúdo do curso, modela cenários como o aquecimento de gás hidrogênio em uma face e resfriamento em outra, utilizando as equações de Convecção em Navier-Stokes. As imagens computacionais geradas por esses estudos ilustram a complexidade e a aplicabilidade da modelagem matemática em fenômenos físicos.

Com a presença no COMCA 2025, a UESPI consolida sua inserção em ambientes acadêmicos de prestígio internacional e reforça o compromisso institucional com a pesquisa científica e a formação de excelência.

UESPI reafirma apoio à equipe Tigres em preparação para etapa nacional dos Jogos Universitários Brasileiros

Por: Lucas Ruthênio

Após conquistar o título dos Jogos Universitários Piauienses (JUPIS) 2025, a equipe Tigres, formada por estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), se prepara para representar a instituição na fase nacional dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que acontecerá em outubro, na cidade de Natal (RN). Para fortalecer a preparação da equipe, a Reitoria da UESPI recebeu os atletas em uma reunião que selou o compromisso de apoio logístico, estrutural e institucional por parte da universidade.

Com atletas de diferentes cursos e campi da UESPI, a equipe Tigres se destacou por aliar rendimento esportivo e desempenho acadêmico. A rotina de treinos é intensa, mas o foco na formação universitária permanece. O estudante de Medicina e jogador da equipe, Luan Santana, reforça que o equilíbrio entre as duas frentes é possível por meio da organização. “Faço Medicina, então é um curso muito puxado. Mas nada que não possa ser conciliado com o esporte. A parte lúdica, como o futebol, ajuda a aliviar a pressão do dia a dia acadêmico. A gente se organizando consegue encontrar esse meio termo”, afirma.

Luan também relembra a conquista estadual com entusiasmo, destacando a dedicação coletiva da equipe: “Foi uma experiência única. A gente pôde lograr isso de ser campeão graças a muito trabalho. Não é algo que cai do céu. A gente treina rotineiramente, com esforço e apoio. É muito gratificante ver os frutos disso. E agora, com o Nacional, as expectativas são as melhores. Vamos com orgulho representar a UESPI”, pontua.

A preparação para a etapa nacional tem sido contínua e comprometida. O estudante de Fisioterapia e atleta da equipe, Mateus dos Santos, relata que mesmo com o período de recesso acadêmico, os treinos seguem firmes. “A gente não para. É uma rotina de treino constante para evoluir. Fomos campeões estaduais porque já vínhamos com uma base sólida, mas queremos chegar no Nacional ainda mais preparados”, destaca.

Sobre a conciliação entre treinos e estudos, Mateus explica que o período de férias facilita, mas a realidade muda com o retorno das aulas. “Meu curso é integral, então vai exigir ainda mais organização. A gente precisa saber dosar: às vezes focar mais nos estudos, às vezes mais no time. Mas dá certo. Com esforço e disciplina, conseguimos manter tudo equilibrado.”

A equipe também conta com o suporte técnico do professor Luiz Paulo, treinador dos Tigres, que enfatizou a importância da reunião com a Reitoria para alinhar as estratégias rumo à etapa nacional. “Foi um encontro muito importante. A gente discutiu apoio da instituição em relação à estrutura, uniforme e transporte. Esses elementos são fundamentais para preparar o time com mais qualidade”, afirmou.

O apoio institucional é um fator-chave para que os atletas se sintam respaldados em sua jornada. O estudante Fernando Marques, também jogador dos Tigres, destaca que a preparação tem sido exigente, mas a motivação é grande. “A gente está buscando o máximo possível dentro do tempo viável que temos, conciliando com os estudos. Sabemos que o nível nacional será alto, então estamos nos dedicando muito para manter a performance. Sentir o apoio da universidade, dos colegas e professores é algo muito gratificante”, comentou.

Durante a reunião, o reitor da UESPI, professor Evandro Alberto, parabenizou os atletas e reafirmou o compromisso da universidade com o esporte universitário. “Esses jovens são vibrantes, talentosos e têm o DNA UESPIano. Trouxeram o título piauiense com muita garra, e agora vão representar a nossa universidade em nível nacional. Eles jogam com amor à camisa e ao que fazem. A UESPI está muito feliz e orgulhosa dessa equipe”, afirmou.

O reitor também anunciou, em vídeo publicado nas redes sociais da universidade, a realização do Intercampus, campeonato universitário interno que abrangerá equipes de futsal masculino e feminino, com o objetivo de fomentar as práticas esportivas nos diversos campi da instituição. “Temos atletas de vários cursos e campi: Medicina, Agronomia, Contabilidade, Educação Física, Fisioterapia… Essa diversidade mostra o quanto o esporte pode integrar a universidade. E vamos além: com o Intercampus, vamos descobrir ainda mais talentos que poderão fortalecer nossa seleção universitária”, declarou o reitor.

Além do reconhecimento interno, a participação da equipe Tigres no JUBs é uma oportunidade de ampliar a visibilidade da UESPI no cenário esportivo nacional. A equipe enfrentará as universidades dos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul na primeira fase da competição. Mesmo diante de adversários tradicionalmente fortes, o grupo segue confiante. “A gente vai com tudo. O foco agora é manter o nível e representar a UESPI da melhor forma possível. Esse apoio institucional faz toda a diferença, nos fortalece. Vamos em busca do título nacional”, finalizou Luan Santana.

 

Docentes da UESPI integram comissão organizadora do IV Congresso de Entomologia do Piauí

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reforça seu protagonismo na pesquisa científica ao participar ativamente da organização do IV Congresso de Entomologia do Piauí, que acontecerá entre os dias 25 e 28 de novembro de 2025, no campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Bom Jesus.

Com o tema “ODS: o papel da entomologia para os desafios do MATOPIBA”, o evento reunirá pesquisadores, estudantes e profissionais técnicos para discutir biodiversidade, agricultura, saúde pública e sustentabilidade, com ênfase nos desafios enfrentados pela região do MATOPIBA, uma das principais fronteiras agrícolas do país.

“A UESPI tem participação ativa na organização do congresso, com professores contribuindo diretamente na elaboração da programação científica, seleção de palestrantes, avaliação dos trabalhos submetidos e nas mesas-redondas. Isso demonstra a força do trabalho coletivo e a qualidade das pesquisas desenvolvidas dentro da universidade”, destaca a professora Helena Onody, do Campus de Corrente, coordenadora do Laboratório de Ecologia e Taxonomia de Insetos do Extremo Sul Piauiense (LABINPI).

A trajetória da UESPI na entomologia vem se consolidando há mais de uma década. De acordo com o professor Lucas Lima, do Campus de Campo Maior e coordenador do Núcleo de Pesquisas em Insetos Aquáticos (NUPEIA), os pesquisadores da instituição vêm construindo um grupo sólido, atuando em diferentes vertentes da área. “Já faz cerca de dez anos que desenvolvemos trabalhos em entomologia agrícola, entomologia aquática, entomologia da saúde. Isso permitiu que a gente se organizasse como grupo e, desde 2017, passássemos a integrar a organização deste evento com mais estrutura e representatividade”, afirma.

Essa atuação se reflete também nos diversos campi da UESPI. Em Corrente, os laboratórios coordenados pelas professoras Helena Onody (LABINPI) e Maria Andreia Nunes (coordenadora do Laboratório de Acarologia do Sul do Piauí – LASPI) desenvolvem estudos com foco em ácaros e himenópteros parasitoides, abordando aspectos de ecologia, taxonomia e interações parasitoide-hospedeiro em ambientes naturais e agrícolas.

Já no Campus de Parnaíba, o professor Márcio Alves Silva lidera o Laboratório de Entomologia (LABENTO), com ênfase no manejo integrado de pragas e vetores em agroecossistemas tropicais, enquanto a professora Gerane Celly Dias Bezerra Silva pesquisa a interação entre insetos e plantas, destacando o uso de inseticidas naturais, resistência vegetal, vetores de fitopatógenos e a biodiversidade de insetos.

Para o professor Lucas Lima, a articulação entre os laboratórios da UESPI tem permitido uma atuação abrangente no estado. “Temos desenvolvido projetos em áreas como controle biológico, conservação, ecologia e monitoramento ambiental. Além disso, atuamos com insetos aquáticos que funcionam como bioindicadores da qualidade da água. Nossas pesquisas buscam compreender o impacto da expansão agrícola sobre a biodiversidade e também propor soluções sustentáveis para os ecossistemas afetados”, afirma.

A escolha do tema central do evento, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)  destaca o papel da entomologia nos grandes desafios contemporâneos. A professora Helena ressalta que “a entomologia pode contribuir com o manejo sustentável de pragas, com a conservação de espécies e com o controle de vetores de doenças, promovendo práticas mais eficazes e alinhadas às metas globais de desenvolvimento sustentável.”

Nesse sentido, o professor Lucas complementa: “As ODS têm ajudado a orientar várias pesquisas e projetos na área. Este ano, o foco do congresso será discutir como manter a produtividade agrícola sem comprometer a biodiversidade, como implementar uma gestão ambiental consciente e como evitar a degradação dos ecossistemas — o que também afeta diretamente a saúde humana. Essa abordagem integradora é essencial para os desafios do MATOPIBA”.

A colaboração entre instituições públicas também é um dos pontos fortes do congresso. Além da UFPI e da UESPI, o evento conta com apoio de outras instituições como o Instituto Federal do Piauí (IFPI) e a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). “A realização itinerante do congresso, com envolvimento das instituições estaduais e federais, amplia a capilaridade do evento e fortalece a pesquisa científica em todo o território piauiense”, enfatiza Lucas Lima.

A programação do evento será composta por palestras, mesas-redondas, minicursos e apresentações de trabalhos científicos, abrangendo seis áreas temáticas. As submissões podem ser feitas até o dia 30 de setembro de 2025, por meio da plataforma Even3. Podem ser submetidos resumos simples e resumos expandido, o que amplia as possibilidades de participação de pesquisadores em diferentes estágios acadêmicos. “Estudantes e pesquisadores terão a oportunidade de compartilhar seus trabalhos, trocar experiências, conhecer novas metodologias e estabelecer contatos profissionais”, explica a professora Helena. 

O professor Lucas reforça a importância da participação dos jovens pesquisadores: “Principalmente para quem está começando na área, esse é o espaço ideal para submeter trabalhos, divulgar pesquisas iniciais e integrar-se à comunidade científica. O congresso é mais do que um evento, é uma oportunidade de crescimento acadêmico e profissional.”

A participação ativa da UESPI na organização do IV Congresso de Entomologia do Piauí reafirma o compromisso da instituição com a produção de conhecimento científico voltado para a realidade do estado e da região. Por meio da colaboração entre campi, laboratórios e pesquisadores, a universidade contribui de forma significativa para o fortalecimento da ciência, da sustentabilidade e da formação de profissionais comprometidos com os desafios socioambientais do presente e do futuro.

“É um momento fundamental para fortalecer núcleos de pesquisa, criar redes de colaboração e fomentar o desenvolvimento da ciência entomológica na região”, finaliza a professora Helena.

Para os interessados em participar do IV Congresso de Entomologia do Piauí, as inscrições e submissões de trabalhos científicos estão abertas até o dia 30 de setembro de 2025. O evento é aberto a estudantes, pesquisadores, professores, profissionais técnicos e demais interessados na área da entomologia e temas correlatos.

Mais informações sobre a programação, normas de submissão e novidades do congresso podem ser acessadas nos canais oficiais:

🔗 Inscrições e submissão de trabalhos
🌐 Site oficial
📲 Instagram: @ivcep202

TCU lança Prêmio Serzedello Corrêa para iniciativas que fortalecem a participação cidadã

Fonte: Divulgação TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU), por meio do Instituto Serzedello Corrêa, lançou o Prêmio Serzedello Corrêa com o objetivo de reconhecer ideias e práticas que geram impacto real na equidade, transparência e qualidade do setor público.

A premiação contempla duas categorias: Relato de caso inspirador e Produção técnico-científica. Podem participar cidadãos brasileiros, inclusive servidores do próprio TCU.

A premiação será em dinheiro, com valores de R$ 25.000 para o 1º lugar, R$ 12.500 para o 2º lugar e R$ 7.500 para o 3º lugar, além de certificados e menções honrosas.

As inscrições estão abertas até o dia 22 de setembro de 2025. Os interessados podem se inscrever e acessar mais informações no site: https://sites.tcu.gov.br/premio-serzedello-correa. Em caso de dúvidas, o contato pode ser feito pelo e-mail isc_secretaria@tcu.gov.br.

Plataforma WebLeia é um dos destaques no estande da UESPI no NEON 2025

Por: Lucas Ruthênio

Em um cenário que reuniu mais de 23 mil pessoas interessadas em inovação, ciência e tecnologia, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) destacou-se no Nordeste ON (NEON) 2025, realizado nos dias 3 e 4 de julho, em Teresina, apresentando ao público uma de suas mais promissoras inovações tecnológicas: a Plataforma WebLeia.

Desenvolvida pelo Grupo Leia, vinculado ao Laboratório de Leitura e Escrita Acadêmica da universidade, a ferramenta teve uma estreia de grande visibilidade no evento, consolidando-se como uma das inovações acadêmicas mais comentadas entre os participantes.

Equipe WebLeia pronta para inovar no NEON 2025!

Localizado no segundo andar do Centro de Convenções de Teresina, o stand da UESPI atraiu atenção constante do público durante o primeiro dia de evento. A movimentação intensa refletia o interesse genuíno dos visitantes pela proposta da WebLeia, uma plataforma que se propõe a apoiar estudantes, professores e pesquisadores na construção de textos acadêmicos com qualidade, orientação e metodologia.

Para a professora Bárbara Melo, coordenadora do Grupo Leia e uma das idealizadoras da ferramenta, a experiência de apresentar o WebLeia em um evento com a dimensão do NEON foi mais que simbólica, foi estratégica. “Está sendo muito emocionante”, afirmou logo no início da apresentação. “Pela primeira vez, a gente apresenta a nossa ferramenta tecnológica, a WebLeia, uma ferramenta de escrita acadêmica para um público tão interativo, tão animado e tão diverso.”

A fala da professora reflete o sentimento de validação que tomou conta da equipe do projeto ao longo do evento. A oportunidade de interagir diretamente com o público-alvo, estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da comunicação, foi um dos pontos altos da participação. “Aqui a gente tem os pesquisadores que estão mais envolvidos com a inovação e com a transferência da tecnologia. Nós interagimos com estudantes, com o nosso público-alvo, com os vários setores da comunicação”, completou.

Mais do que uma vitrine, o NEON funcionou como um verdadeiro campo de testes para a WebLeia, permitindo aferir, em tempo real, a aceitação da proposta junto a diferentes públicos. Segundo Bárbara, esse contato direto com os usuários trouxe uma percepção clara: a plataforma atende a uma demanda urgente e concreta na educação brasileira. “O mais importante para o Leia, que é o Laboratório de Leitura e Escrita Acadêmica, é termos aqui um termômetro do tanto que a nossa ferramenta atende a uma necessidade do mercado”, pontuou.

Professora Bárbara Melo apresenta o WebLEIA a visitantes no stand da UESPI no NEON 2025.

Ela explica que, tanto na educação básica quanto no ensino superior, há uma lacuna histórica na formação dos estudantes no que diz respeito à escrita acadêmica. “Há uma necessidade real de um instrumento que oriente e que guie a escrita do estudante e dos usuários em geral”, disse. A WebLeia, nesse sentido, surge como uma proposta pedagógica e tecnológica que alia acessibilidade, inovação e impacto social.

A plataforma foi concebida para funcionar como um ambiente digital de orientação textual, oferecendo modelos de estrutura, sugestões linguísticas e direcionamentos teóricos que ajudam o usuário a compreender e dominar os diferentes gêneros acadêmicos. A ideia, segundo o Grupo Leia, não é apenas automatizar processos, mas promover a autonomia do estudante, guiando-o com clareza e sensibilidade ao longo de seu percurso de escrita.

Durante o evento, muitos visitantes puderam conversar com os idealizadores e contribuir com feedbacks importantes para o aprimoramento do sistema. A escuta ativa fez parte da metodologia adotada pela equipe no estande, reforçando o caráter colaborativo e responsivo do WebLeia.

Plataforma WebLeia em destaque no estande da UESPI durante o NEON 2025. 📸: Divulgação/NEON

A receptividade do público e a visibilidade alcançada durante o NEON consolidam a WebLeia como uma das iniciativas de maior potencial da UESPI no campo da inovação educacional, reforçando o papel da universidade pública como espaço de desenvolvimento de soluções alinhadas às necessidades reais da sociedade.

Termo Aditivo V – Transferência Externa 2025.2

A Universidade Estadual do Piauí – UESPI, por meio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação – PREG, torna público o Termo Aditivo V ao Edital nº 011/2025,  referente ao processo de Transferência Externa da UESPI para o semestre 2025.2.

TERMO ADITIVO

UESPI promove Feira de Saúde e capacitação para agricultores no Campus Torquato Neto

Por: Lucas Ruthênio

Na manhã desta terça-feira (01), o hall do Palácio do Pirajá, no Campus Torquato Neto da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), foi palco de uma importante ação de promoção da saúde e educação popular. A iniciativa foi realizada por residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (PRMSFC), com o apoio do Centro de Ciências da Saúde (CCS), reunindo alunos, servidores e agricultores da Feira do Pirajá em uma programação multiprofissional e integradora.

Saber no campo, saúde na feira. Encontro entre residentes e agricultores no Campus Torquato Neto.

Feira de Saúde promove acolhimento e orientação à comunidade universitária

Entre os serviços ofertados estavam verificação de pressão arterial, entrega de preservativos, orientações sobre as hepatites virais, auriculoterapia, aromaterapia, avaliação para câncer de lábio e atividades de escuta e cuidado psicológico. As ações foram desenvolvidas por residentes e acadêmicos das áreas de enfermagem, fisioterapia, odontologia, psicologia, nutrição, serviço social e educação física, com a supervisão da Prof.ª Dra. Andréa Conceição Gomes Lima.

De acordo com a professora, a atividade foi pensada como uma oportunidade de colocar em prática os princípios da integralidade do cuidado e da promoção da saúde, pilares fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) e da formação dos residentes.  “Esse tipo de ação aproxima a universidade da comunidade e promove vivências reais de cuidado para os nossos residentes. Aqui, conseguimos reunir diversos saberes em torno de um objetivo comum: promover saúde com escuta, respeito e acolhimento. Isso é fundamental para a formação crítica e sensível dos nossos profissionais”, destacou a docente.

A residente Dhania Vitória, da área de Serviço Social, enfatizou o impacto da atividade na sua formação. Segundo ela, a escuta da população e o trabalho em equipe fazem toda a diferença na atuação profissional. “Vivenciar essa prática no ambiente universitário é muito enriquecedor. Temos a chance de dialogar com pessoas diversas, entender suas demandas e, ao mesmo tempo, articular com os colegas de outras áreas estratégias para um atendimento humanizado. Isso fortalece nossa atuação no SUS e amplia nossa visão sobre o cuidado”, afirmou.

Servidores e visitantes participaram ativamente das atividades. Para a servidora técnica Ana Cláudia Ribeiro, que trabalha no campus, a feira foi uma grata surpresa. “Eu vim resolver uma demanda administrativa e, quando vi a estrutura da feira, decidi participar. Recebi orientações importantes, fiz a aferição da pressão e experimentei a auriculoterapia, que eu nunca tinha feito. É muito bom ver a UESPI cuidando de quem faz parte do dia a dia da universidade”, relatou.

 

Capacitação sobre reaproveitamento alimentar fortalece vínculos com agricultores

Dentro da programação também foi realizada uma capacitação voltada para os agricultores da Feira do Pirajá. Com o tema “Reaproveitamento Alimentar e Segurança Nutricional”, o momento teve como foco conscientizar os feirantes sobre o uso integral dos alimentos, com estratégias práticas para o aproveitamento de cascas, talos e sementes, contribuindo para a sustentabilidade e a alimentação saudável.

A capacitação ocorreu no próprio espaço da feira, em frente ao Palácio do Pirajá, e foi conduzida pela nutricionista residente Vanessa Cruz, com apoio da professora Dra. Andréa Conceição e outros colegas da residentes da área de nutrição. A atividade contou com troca de experiências, esclarecimento de dúvidas e apresentação de receitas simples e acessíveis.

Agricultura familiar e nutrição lado a lado na UESPI!

A nutricionista Vanessa Cruz destacou a relevância do tema para o contexto da agricultura familiar. “A alimentação saudável começa no campo e passa por escolhas conscientes. Ensinar técnicas de reaproveitamento é uma forma de garantir o uso completo dos alimentos, reduzir desperdícios e valorizar o que é produzido com tanto esforço pelos nossos agricultores”, explicou.

Segundo a professora Andréa Conceição, coordenadora do evento, integrar os agricultores ao processo educativo foi uma decisão estratégica para fortalecer os laços entre a UESPI e a comunidade produtora. “Queremos que os feirantes se sintam parte da universidade. São eles que trazem alimentos saudáveis, cultivados com dedicação, e nada mais justo que também receberem conhecimento e atenção. Essa troca é essencial para uma universidade pública comprometida com a transformação social”, completou.

A atividade foi encerrada com um momento de avaliação coletiva e agradecimento aos participantes. A proposta é que outras edições da feira sejam realizadas, ampliando os temas e o público-alvo.

Tigres da UESPI vencem o JUPS 2025 e consolidam protagonismo no futsal universitário piauiense

Por: Lucas Ruthênio

A equipe de futsal masculino da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), os Tigres, conquistou o título dos Jogos Universitários do Piauí (JUPS) 2025, após uma campanha marcada por superação, ajustes estratégicos e forte espírito coletivo. Comandada pelo treinador Luis Paulo Oliveira, a equipe demonstrou evolução ao longo do torneio e reafirmou sua posição de destaque no cenário esportivo universitário estadual.

Campeões dos JUPs, atletas comemoram a vitória com garra e orgulho pelo esporte universitário piauiense.

A trajetória até o título começou com um revés. Na estreia, os Tigres foram derrotados pela equipe da Estácio Teresina por 3 a 2. O resultado acendeu um alerta interno e provocou uma reação imediata. Segundo Luis Paulo, foi naquele momento que a equipe se uniu em torno de um propósito claro. “No primeiro jogo eu fiz uma pergunta a eles. Perguntei se queriam entrar para a história ou ser só mais um time da UESPI que ficou pelo campo, e a partir dali todo mundo comprou a ideia e se fechou para a gente ser campeão”, afirmou.

A virada veio na partida seguinte, quando os Tigres venceram a UFPI por 3 a 1. O resultado garantiu a classificação para a fase eliminatória e foi considerado, por atletas e comissão, como o ponto de inflexão da campanha. “O segundo jogo contra a UFPI foi nossa virada de chave. A equipe se uniu, se fechou como grupo e, com a experiência do nosso técnico e dos jogadores mais experientes, conseguimos manter o foco na vitória”, destacou o atleta Samuel Lucas.

Comemoração vibrante da equipe durante partida dos Jogos Universitários do Piauí (JUPs).

Nas fases finais, a equipe manteve a postura competitiva e conseguiu impor ritmo diante de adversários considerados tecnicamente superiores. “Percebi que nosso time consegue jogar melhor contra equipes mais fortes, e foi como ontem. Acho que o time que enfrentamos é uma equipe muito qualificada e, graças a Deus, conseguimos superar eles”, disse Luis Paulo ao comentar o desempenho na semifinal.

Outro fator decisivo, segundo o treinador, foi o entrosamento fora das quadras. A convivência e a amizade entre os jogadores foram citadas como elemento-chave para a coesão dentro de jogo. “O nosso time é bem unido e o entrosamento não fica só entre os corredores da UESPI. Todos ali fizeram amizade e isso ajuda ao entrar dentro de quadra”, destacou.

 

Time reunido antes da partida nos JUPs, representando com garra e união o esporte universitário

Desde o início do torneio, a equipe demonstrou organização e preparação. Luis Paulo identificou pontos de ajuste ainda nas primeiras partidas e apostou na consistência defensiva como caminho até o título. “Desde o começo eu identifiquei que o defeito do nosso time era a marcação. Então focamos em melhorar e fomos do início ao fim com a mesma estratégia”, explicou.

A rotina de treinos foi organizada de forma a possibilitar a conciliação com as atividades acadêmicas, respeitando os horários dos estudantes atletas. “As aulas são sempre durante o dia, e os treinos, em sua maioria, ocorriam à noite ou nos fins de semana, o que facilitava a conciliação com os estudos”, contou Paulo Victor.

Mais do que o desempenho técnico, os jogadores destacaram o clima de união dentro e fora de quadra como um dos principais fatores para o sucesso. “Nosso time é bem unido, e o entrosamento não fica só entre os corredores da UESPI. Todos ali fizeram amizade, e isso ajuda ao entrar dentro de quadra”, ressaltou Luís Paulo.

“Esse título simboliza reconhecimento e valorização do esforço de cada um. Mostra que, com dedicação, é possível alcançar grandes resultados e incentiva outros estudantes a participarem do esporte universitário”, acrescentou Samuel Lucas.

Com o título, os Tigres agora se preparam para representar o estado em competições fora do Piauí, levando o nome da UESPI ao circuito nacional do esporte universitário.

 

Livro interdisciplinar é lançado por docentes e discentes da UESPI em Floriano

Por: Lucas Ruthênio

Na última quinta-feira (27), o campus da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) em Floriano promoveu uma noite de autógrafos para celebrar o lançamento do livro Conexões Interdisciplinares, obra que reúne textos produzidos por professores e alunos da instituição. O evento fez parte das comemorações pelo Dia do Professor de Geografia, celebrado em 26 de junho, e contou com a presença de autoridades acadêmicas, representantes do poder público e da comunidade local.

 

Sessão de autógrafos durante o lançamento da obra “Conexões Interdisciplinares”, celebrando a produção coletiva e o protagonismo estudantil.

A noite foi marcada por momentos de celebração e reconhecimento da produção científica realizada no interior do estado. Estiveram presentes coordenadores de curso da UESPI em Floriano, representantes da direção da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o vice-prefeito do município, além de estudantes, autores e convidados.

Um dos momentos mais simbólicos da programação foi o ato coletivo de autógrafos, quando todos os 25 autores da obra assinaram exemplares que serão doados a bibliotecas públicas universitárias. Os livros autografados serão entregues a instituições como UESPI, UFPI e IFPI, além de escolas públicas e secretarias de educação, ampliando o alcance do conteúdo e fortalecendo o compromisso com a popularização da ciência.

Participantes do lançamento da obra “Conexões Interdisciplinares” celebram a escrita colaborativa e o incentivo à produção acadêmica e literária

Segundo o professor Daniel César, organizador do evento e do livro, o lançamento reforça a importância de a universidade prestar contas à sociedade sobre o que é produzido no campo do ensino, da pesquisa e da extensão. “O livro impresso concretiza esse compromisso e representa um marco importante para a divulgação científica. Ele mostra que a universidade está viva, ativa, e contribuindo com a formação crítica e social dos seus alunos e professores, principalmente no interior do estado”, destacou.

A obra Conexões Interdisciplinares aborda temas relacionados às áreas de Geografia, Pedagogia, História e Educação Física, refletindo o caráter multidisciplinar dos cursos ofertados no campus de Floriano. Para o professor, além de valorizar as pesquisas desenvolvidas, a publicação também abre caminhos para novas iniciativas e serve de inspiração para outras unidades da UESPI. “É uma forma de mostrar o potencial dos nossos alunos e professores, e de incentivar que outras produções acadêmicas ganhem forma em livros e artigos. É assim que fortalecemos o nome da UESPI no estado e no país”, finalizou.

O livro contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) e da Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (FADEX).

Momento de fala durante o lançamento do livro “Conexões Interdisciplinares”, destacando a importância da valorização dos saberes locais e da escrita coletiva no ambiente acadêmico.

UESPI lança cartilha digital para combater a violência contra idosos com foco em educação, cidadania e transformação social

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) acaba de lançar a cartilha virtual “Um Guia Essencial Contra a Violência ao Idoso”, um material interativo que visa informar, sensibilizar e mobilizar a sociedade no enfrentamento das diversas formas de violência que atingem a população idosa.

Fruto da articulação entre ensino, extensão e direitos humanos, a cartilha é resultado do trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito e integra o Programa de Extensão “Direitos Humanos, Políticas Públicas e Participação Social: Construindo Diálogos”.

CIDADH: promovendo diálogos em direitos humanos, políticas públicas e participação social pela dignidade de todas as gerações.

A iniciativa foi coordenada pela pró-reitora Fábia Buenos Aires, que também é docente da disciplina. Segundo ela, a motivação para a criação da cartilha partiu da necessidade urgente de dialogar com uma realidade social cada vez mais preocupante. “A criação da cartilha foi motivada pela urgência em dialogar com a realidade social vivida por grupos vulneráveis, especialmente os idosos, diante do crescente número de denúncias de violência e negligência contra essa população”, afirma a pró-reitora.

Para além da denúncia, o projeto tem como foco a formação cidadã dos estudantes e o compromisso da universidade com os direitos humanos. “Ao promover a produção de conteúdos digitais sociologicamente fundamentados, a cartilha assume papel estratégico na formação cidadã dos estudantes e na missão da UESPI de contribuir com a transformação social”, reforça a professora.

A cartilha aborda, de forma clara e acessível, os principais tipos de violência sofridos por idosos, como a violência física, psicológica, financeira, institucional, além da negligência e abandono. O conteúdo apresenta exemplos, sinais de alerta e formas de enfrentamento. Também orienta sobre como e onde denunciar, destacando canais como o Disque 100 e serviços de acolhimento e proteção social. “A abordagem é fundamentada na leitura crítica do fenômeno jurídico e sociológico. Nosso objetivo foi oferecer um conteúdo acessível, mas com profundidade, que auxilie as pessoas a identificar os sinais e agir diante das situações de violação”, explica a pró-reitora Fábia Buenos Aires.

Neste Junho Violeta, reafirmamos: violência contra a pessoa idosa é crime. Denuncie e faça a diferença. Disque 100.

Para garantir que o conteúdo fosse compreendido e compartilhado por diferentes públicos, a ação extensionista foi planejada com foco na acessibilidade, no visual atrativo e na linguagem direta. Os estudantes participaram ativamente da produção de vídeos, cards, podcasts e outros materiais digitais que foram reunidos na cartilha interativa. “Os estudantes foram protagonistas no desenvolvimento do material. Tivemos ciclos semanais de produção de conteúdo, sempre pensando em formatos que dialogassem com a realidade das redes sociais e alcançassem desde jovens a cuidadores, agentes comunitários e familiares”, detalha a pró-reitora.

O engajamento da comunidade acadêmica e da sociedade em geral também faz parte da estratégia de disseminação. Segundo a pró-reitora, a cartilha pode e deve ser utilizada em atividades de sala de aula, campanhas institucionais, projetos de extensão e ações educativas em escolas, centros de convivência e espaços públicos. “Queremos que a cartilha circule amplamente. Estudantes e professores são multiplicadores desse conteúdo, e a sociedade pode se apropriar dele como ferramenta educativa e de cuidado coletivo”, pontua a professora Fábia Buenos Aires.

A expectativa é de que o material contribua diretamente para a redução da naturalização da violência contra idosos e incentive a denúncia e a proteção. Para a pró-reitora, a cartilha é mais do que um produto didático: é uma expressão do papel transformador da universidade pública. “Esperamos que essa cartilha ajude a dar visibilidade a essa violência ainda tão silenciada. A ação reforça o compromisso da UESPI com a formação cidadã, a produção de conhecimento aplicado e o fortalecimento das redes de proteção social. Precisamos ser espaço de escuta, denúncia e transformação”, conclui.

A cartilha está disponível gratuitamente e pode ser acessada por meio do QR Code e também pelo link do programa no Instagram https://www.instagram.com/p/DKaB5mkRiQW/?igsh=MXU1ZXY1dG5semVtMg==.

Compartilhá-la é uma forma concreta de agir contra as diversas formas de violência e promover uma sociedade mais justa, digna e respeitosa com todas as idades.

Dignidade não tem idade. Acesse a cartilha do Junho Violeta e fortaleça a luta contra a violência à pessoa idosa.

 

CINEPSI exibe filme “Sem Coração” e promove reflexão sobre diversidade no mês do Orgulho LGBTQIAP+

Por: Lucas Ruthênio

No mês de junho, em celebração ao orgulho LGBTQIAP+, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do projeto CINEPSI, promoveu a exibição do filme nacional “Sem Coração”, no Auditório do NEAD, Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina. A ação integrou a programação da universidade voltada à valorização da diversidade, da inclusão e dos direitos humanos, pilares fundamentais para a construção de um ambiente acadêmico plural e acolhedor.

O CINEPSI é uma iniciativa do curso de Psicologia que busca estimular o pensamento crítico e o debate entre os estudantes por meio da exibição de obras cinematográficas que dialogam com a realidade contemporânea. No contexto do mês do orgulho, a escolha do filme “Sem Coração” foi cuidadosamente pensada para sensibilizar a comunidade acadêmica a respeito das vivências de pessoas LGBTQIAP+, principalmente na juventude e em regiões periféricas ou interioranas.

Segundo Mariane Siqueira, integrante da organização do CINEPSI, a proposta de exibir “Sem Coração” parte do reconhecimento da potência que o cinema tem em provocar empatia e identificação. “Escolhemos o filme por ser uma produção nacional que aborda várias descobertas típicas da juventude, sendo uma delas a sexualidade. A obra traz de forma sensível e crítica a realidade vivida por muitos jovens LGBTQIAP+, especialmente em contextos de cidades pequenas, onde os dilemas e conflitos se tornam ainda mais complexos”, explicou.

A história do filme acompanha a trajetória de uma adolescente conhecida como “Sem Coração”, apelido que carrega um estigma e reflete o preconceito enfrentado por ela. Em meio às paisagens litorâneas do Nordeste brasileiro, o enredo se desenrola em torno das relações de amizade, descobertas afetivas e os desafios de assumir a própria identidade em um ambiente hostil e conservador.

Para Mariane, a escolha de filmes que tratam sobre a diversidade sexual e de gênero também é uma estratégia de psicoeducação, contribuindo para a prevenção da LGBTfobia dentro da universidade. “Ao propor especificamente esse filme, imaginamos que seria uma forma de representar e tocar pessoas que viveram e vivem situações parecidas. E, para além disso, fomentar o respeito e o reconhecimento das diversas vivências que compõem a realidade universitária”, pontuou.

A atividade também reafirma o compromisso institucional da UESPI com a defesa dos direitos humanos e da inclusão, como destacou a organização. “Essa discussão não se limita ao mês de junho. A representatividade e o debate sobre diversidade são ferramentas contínuas no processo de inclusão. E isso é algo que buscamos em todos os filmes apresentados no CINEPSI”, enfatizou Mariane.

Mais do que entretenimento, o CINEPSI busca promover espaços de diálogo e escuta. A cada sessão, estudantes são convidados a refletir sobre os temas propostos a partir de suas próprias vivências, criando um ambiente propício para trocas afetivas e intelectuais.

“O CINEPSI tem como objetivo trazer à discussão temas pertinentes para o contexto universitário por meio da exibição de filmes diversos. A escolha das obras leva em consideração a realidade dos estudantes da UESPI, que são múltiplos e plurais. Queremos que se sintam representados nas histórias e, principalmente, acolhidos para compartilharem suas próprias narrativas”, explicou Mariane.

Após a exibição do filme, foi realizado um momento de diálogo coletivo, em que os participantes puderam compartilhar suas impressões, emoções e interpretações. Essa roda de conversa é uma etapa essencial da proposta do CINEPSI. “A conversa pós-filme costuma ser um dos momentos mais enriquecedores. Mesmo que cheguemos com temas planejados para debater, os estudantes sempre trazem novas perspectivas e experiências pessoais que ampliam a análise do filme. Isso fortalece o processo de conscientização e de empatia”, afirmou Mariane.

 

Campo Maior recebe Reitoria Itinerante com ações de escuta e integração

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realiza nesta terça-feira (24), no campus de Campo Maior, mais uma edição da Reitoria Itinerante, iniciativa que busca promover um diálogo direto e institucional entre a administração superior e os diversos segmentos da comunidade acadêmica nos campi do interior.

Campus de Campo Maior recebe a Reitoria Itinerante com decoração especial e programação cultural.

A ação reúne estudantes, professores, técnicos, coordenadores e colaboradores em uma programação extensa, com foco na escuta qualificada, na valorização da vivência acadêmica e na apresentação de ações em andamento. A edição em Campo Maior ocorre de forma integrada à I Semana de Geografia, organizada pelo curso de Geografia do campus.

Na abertura do evento, o Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, destacou a importância da presença da gestão central nas unidades do interior e anunciou investimentos significativos voltados à infraestrutura da unidade.

“Aqui nós sempre somos bem acolhidos. A professora Cruzinha e sua equipe realizam um trabalho admirável, e os resultados são visíveis. Campo Maior é um campus que cresce com responsabilidade e cuidado. Estamos, neste momento, finalizando o processo de licitação de uma ampla reforma estrutural que prevê investimentos de quase R$ 4 milhões. É um campus já bonito, que se tornará ainda mais moderno, com melhores condições para ensino, pesquisa e extensão”, afirmou o reitor.

Reitor Evandro Alberto participa da Reitoria Itinerante em Campo Maior.

Acompanhado de pró-reitores e representantes de diferentes setores da universidade, o reitor participou de diversas atividades ao longo da manhã, incluindo uma conversa com os discentes no auditório, encontros com coordenadores, colaboradores técnicos e terceirizados, além do descerramento simbólico da placa do Laboratório de Geografia, que integra o conjunto de 12 laboratórios atualmente ativos no campus.

Os discentes do curso de geografia que atuam no laboratório

A diretora do campus, professora Maria do Socorro Cruz (professora Cruzinha), ressaltou o simbolismo do momento. “Estamos felizes e honrados em receber toda a administração superior da UESPI. Esse é um dia histórico para nossa comunidade acadêmica. É uma oportunidade de mostrar o que temos construído juntos e, principalmente, de fortalecer os laços com a gestão da universidade”, declarou.

Também pela manhã, o Núcleo Psicossocial da UESPI promoveu um momento de acolhimento e orientação com foco na saúde emocional dos estudantes. Paralelamente, a Pró-Reitoria de Administração e Recursos Humanos (PRAD) conduziu um encontro com a equipe técnica e os colaboradores terceirizados, reforçando o compromisso da instituição com a escuta interna.

A diretora da ASCOM/UESPI, Sammara Jericó, também acompanha a programação diretamente do campus e tem feito transmissões ao vivo pelas redes institucionais. Em suas falas, ressaltou o papel da Reitoria Itinerante como um canal aberto de aproximação com os territórios da UESPI: “A universidade é feita por pessoas e para pessoas. Estar presente nos campi é reconhecer, valorizar e impulsionar esses espaços que fazem a UESPI crescer”.

O brasão da UESPI em destaque no campus: símbolo do compromisso institucional com o ensino, a ciência e a valorização dos territórios onde a universidade está presente.

A programação da Reitoria Itinerante em Campo Maior segue durante a tarde e a noite com mais encontros institucionais, atividades culturais, a realização do tradicional Arraiá do campus, e os Jogos da Comunidade Uespiana, que encerram a agenda com integração e espírito coletivo. Também está prevista uma assinatura simbólica de parcerias com representantes de associações comunitárias locais, fortalecendo a relação da universidade com a cidade.

 

Campus de Campo Maior realiza I Semana de Geografia com foco na interdisciplinaridade e protagonismo estudantil

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Geografia do campus de Campo Maior, realiza,  nesta terça-feira (24) a abertura oficial da I Semana de Geografia, evento que marca um momento importante para a consolidação da identidade acadêmica do curso e promove uma ampla discussão sobre a ciência geográfica a partir de uma perspectiva interdisciplinar.

Mesa de abertura decorada para a I Semana de Geografia (SEMEGEO) no campus de Campo Maior.

Com uma programação que integra mesas de debate, apresentações, oficinas, atividades culturais e momentos de integração, o evento tem como proposta central valorizar o ensino da Geografia e celebrar datas significativas para o curso, como o Dia do Geógrafo (29 de maio) e o Dia do Professor de Geografia (26 de junho).

Durante a abertura, realizada no auditório do campus, a professora Cíntia, coordenadora do evento, destacou o caráter formativo e pedagógico da iniciativa, que foi pensada e executada com participação direta dos estudantes. “Essa semana nasce do desejo de promover um espaço de reflexão e celebração da Geografia, mas também de dar aos nossos alunos a vivência prática de como se estrutura um evento acadêmico. Toda a organização – desde a concepção até a execução – foi feita pelos discentes. Eles se desafiaram, aprenderam, superaram dificuldades e entregaram algo grandioso. Isso é formação integral”, ressaltou.

Professora Cíntia, coordenadora da I SEMEGEO, durante a abertura oficial do evento no campus de Campo Maior.

A I Semana de Geografia ocorre em paralelo à edição da Reitoria Itinerante no campus de Campo Maior, o que possibilita a integração de agendas e a participação da administração superior da UESPI na programação do evento. Para a direção do campus, essa coincidência fortalece o vínculo entre as ações institucionais e o cotidiano acadêmico.

“A Semana de Geografia nos enche de orgulho porque mostra o quanto o curso está fortalecido, engajado e conectado com a realidade dos nossos estudantes. Ter esse evento acontecendo junto com a Reitoria Itinerante só amplia a visibilidade do trabalho que temos feito aqui no campus”, afirmou a professora Cruzinha, diretora da unidade.

A proposta do evento é também proporcionar um diálogo entre a Geografia e outras áreas do conhecimento, evidenciando seu papel como ciência crítica e conectada às transformações sociais, ambientais e culturais. A programação contempla temáticas ligadas ao território, ensino, meio ambiente, movimentos sociais, cultura popular e prática docente, permitindo que os estudantes visualizem a amplitude da atuação profissional dos geógrafos e professores da área.

Além das atividades acadêmicas, a Semana de Geografia inclui apresentações artísticas e culturais, como o momento musical de abertura, protagonizado pela estudante Jade Morais, e dinâmicas interativas que promovem o sentimento de pertencimento e identidade coletiva.

Estudante Jade Morais se apresenta durante o momento musical de abertura da I Semana de Geografia.

Segundo a professora Cíntia, a Semana também tem um papel de construção simbólica. “Estamos buscando criar uma tradição. A Geografia é um curso que precisa se ver, se ouvir, se expressar. E esses eventos ajudam nossos alunos a compreenderem o que é ser parte de uma comunidade científica, como se comunicar, como produzir conhecimento, como compartilhar experiências.”

A realização do evento é também um reflexo da política de incentivo à extensão e à formação prática desenvolvida no campus, que vem se fortalecendo nos últimos anos por meio de projetos, reformas e ampliação de espaços didáticos. O descerramento simbólico da placa do Laboratório de Geografia, também realizado nesta manhã, marcou mais um avanço nas condições estruturais e no apoio à formação dos discentes da área.

Discente do curso de Geografia participa da programação da I SEMEGEO

A I Semana de Geografia segue ao longo da semana com mesas temáticas, oficinas e outras atividades acadêmicas e culturais. A expectativa da coordenação é que o evento se consolide como parte do calendário institucional do curso, promovendo, a cada edição, novos olhares sobre a Geografia e seu papel na formação crítica e cidadã.

Chamada Interna nº 001/2025 – Programa de Monitoria Remunerada e Não-Remunerada (2025.2)

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG), torna pública a Chamada Interna nº 001/2025 para apresentação de propostas de monitoria, referente ao Programa de Monitoria Remunerada e Não Remunerada, destinado ao segundo semestre letivo de 2025. A iniciativa visa fortalecer a formação acadêmica dos discentes por meio da atuação em projetos de ensino supervisionados por docentes.

CHAMADA INTERNA PREG/UESPI Nº 001/2025

Manual 01

Manual 02

Resultado final – Edital nº 51/2025 | Seleção de bolsista do Programa Inclusão Social (Campus Clóvis Moura)

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX) e do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários (DAEC), divulga o Resultado Final do processo seletivo de bolsista do Programa Inclusão Social, referente ao Edital UESPI/PREX/DAEC/SAE Nº 51/2025, destinado ao Campus Clóvis Moura, em Teresina-PI.

Resultado final – Edital nº 51/2025

Convocação nº 02 referente ao Edital NEAD/UESPI/UAB nº 002/2025 – Seleção de Tutor Presencial e a Distância

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Núcleo de Educação a Distância (NEAD), divulga a Convocação Nº 02 referente ao Edital NEAD/UESPI/UAB Nº 002/2025 para envio de documentação dos candidatos aprovados no Processo Seletivo Simplificado para Tutor a Distância.

CONVOCAÇÃO Nº 02

Curso de Letras da UESPI em Picos visita a Academia Parnaibana de Letras e fortalece vínculos entre literatura, território e identidade

Por: Lucas Ruthênio

Acadêmicos do curso de Letras Português da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Professor Barros Araújo, em Picos, realizaram uma visita formativa à Academia Parnaibana de Letras (APAL), na cidade de Parnaíba. 

A atividade, coordenada pela Professora Mônica Gentil, teve como principal objetivo aproximar os estudantes da produção literária local, explorando tanto obras clássicas quanto a literatura contemporânea produzida no litoral piauiense. A proposta também visou promover a compreensão da literatura como elemento integrante da história, cultura e identidade da cidade.

Visita à Academia Parnaibana de Letras conecta estudantes à memória literária do Piauí 

Segundo  a Professora Mônica Gentil, a visita foi pensada como uma extensão dos conteúdos trabalhados em sala de aula, com uma proposta pedagógica interdisciplinar que integrou diferentes componentes curriculares do curso de Letras. “A ideia foi integrar os componentes curriculares e, ao mesmo tempo, propiciar a interação entre as turmas. Para isso, fizemos um trabalho coletivo para alinhar os objetivos pedagógicos de cada disciplina e construir uma proposta interdisciplinar que tivesse sentido formativo para os estudantes”, explicou a docente.

Durante a programação, os estudantes participaram de momentos marcantes que ampliaram sua percepção sobre a literatura e sua relação com o território. O primeiro deles foi a visita à própria Academia Parnaibana de Letras, onde foram recepcionados por seus membros, incluindo o presidente José Luiz de Carvalho e o secretário-geral Antonio Gallas. Nesse encontro, os discentes conheceram a história da APAL e seu papel na preservação e difusão da literatura piauiense. “Esse foi, sem dúvida, o momento que mais chamou a atenção dos alunos. A origem da APAL traz consigo informações fundamentais não só sobre Parnaíba, mas sobre a história do Piauí. Houve uma troca de afetos e conhecimentos, com destaque para a entrega do Almanaque da Parnaíba, a revista da Academia. Foi um verdadeiro mergulho na memória cultural do estado”, destacou a Professora Mônica Gentil.

Outro momento de grande impacto foi a visita ao Porto das Barcas, cenário presente na obra Beira Rio, Beira Vida, do escritor piauiense Assis Brasil. A proposta foi fazer com que os estudantes reconhecessem na paisagem urbana elementos que alimentam a criação literária. “Não se tratava apenas de visitar um ponto turístico. O Porto das Barcas e outros lugares da cidade ganham nova vida quando vistos pela lente da literatura. São espaços que, na escrita de Assis Brasil, se transformam em cenário, em símbolo, em personagem. Isso nos ajuda a compreender como o território se inscreve na obra e como o autor transforma a cidade em literatura”, afirmou a Professora Mônica Gentil.

Estudantes conhecem a história da APAL em encontro com membros da Academia Parnaibana de Letras.

A experiência foi finalizada com uma visita ao campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, da UESPI em Parnaíba, onde os alunos foram recepcionados pelo professor Idelmar Cavalcante, da área de História. Para Mônica Gentil, esse momento reafirmou a importância do diálogo entre os campi e fortaleceu o espírito de comunidade acadêmica. “Foi um momento de integração e de reconhecimento da universidade como um espaço em rede. O acolhimento do professor Idelmar Cavalcante foi simbólico, pois marcou o encontro entre diferentes vivências universitárias, fortalecendo o sentimento de pertencimento institucional”, comentou.

Mais do que uma atividade externa, a visita à Parnaíba representou uma experiência formativa profunda. A Professora Mônica Gentil ressaltou que vivências como essa são fundamentais para transformar a forma como os estudantes compreendem a literatura. “Entender como autor, obra e leitor se relacionam, como a tradição literária se mantém viva por meio de instituições como as academias, é essencial para discutir o que é literatura e como ela se faz. Afinal, a obra literária nunca cessa de dialogar com seus leitores.”

Aula prática na zona rural de Demerval Lobão reforça a importância da estatística aplicada na formação em Zootecnia

Por: Lucas Ruthênio

Estudantes do curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participaram, na última semana, de uma aula de campo da disciplina de Bioestatística. A atividade foi realizada na zona rural do município de Demerval Lobão e teve como foco a coleta de dados zootécnicos em aves da raça Canela Preta. A experiência foi conduzida pela professora Débora Carvalho e proporcionou aos alunos a oportunidade de aplicar, na prática, os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula.

Estudantes da UESPI participam de atividade de campo com foco em práticas agropecuárias e extensão rural.

O objetivo central da ação, segundo a professora, foi fazer com que os estudantes entendessem, de forma concreta, como se dá a coleta de dados no campo, aprendendo a manusear equipamentos como balança, fita métrica e paquímetro, fundamentais para aferir medidas como peso, envergadura, circunferência torácica, comprimento e largura dos ovos. “Na sala de aula, a gente lança as teorias e simula dados. No campo, eles praticam em tempo real, literalmente. E essa associação da teoria com o campo é crucial para a formação do profissional”, destaca a docente.

A coleta correta dos dados é uma etapa essencial para o sucesso de qualquer análise estatística na área da produção animal, especialmente na avicultura. “O ato de tirar as medidas é crucial para o sucesso da pesquisa científica. A estatística é uma ferramenta fundamental na Zootecnia, e a base para qualquer análise está nos dados que coletamos a campo. Eles precisam ser precisos e padronizados”, explica a docente. Por esse motivo, a atividade seguiu critérios rigorosos, como a determinação de que cada medida fosse realizada por um único observador, a fim de evitar variações entre os dados coletados.

Além do domínio técnico, os estudantes também precisaram desenvolver habilidades de observação criteriosa, paciência e cuidado com o manejo dos animais. “Essas aves, mesmo sendo da mesma raça, apresentam variações entre si. Se o dado for coletado de forma incorreta, todo o resultado da análise pode ser comprometido”, reforça a professora.

Estudantes realizam pesagem e classificação de ovos como parte das atividades práticas em avicultura.

A participação dos alunos foi considerada bastante positiva. “Eles interagiram bastante, mostraram-se satisfeitos e conseguiram entender melhor os conceitos de estatística aplicada. Estar no campo, vendo os animais, medindo, percebendo que os dados coletados ali podem influenciar diretamente as decisões futuras no manejo animal, fez toda a diferença no aprendizado”, avalia Débora Carvalho.

Para os alunos, a experiência também representou um marco importante na formação acadêmica. Uma das participantes da aula prática, estudante do segundo bloco do curso, relatou como a vivência em campo deu novo sentido aos conteúdos teóricos. “Na sala tudo parece muito abstrato, mas quando fomos para o campo e começamos a aplicar com as galinhas Canela Preta, tudo fez mais sentido. Me fez ver que estatística não é só número, é algo que ajuda de verdade no manejo dos animais e nas decisões que a gente vai ter que tomar no futuro.”

Ela também destacou o aprendizado técnico e humano envolvido na coleta de dados: “Foi necessário ter paciência e cuidado pra lidar com os animais sem estressá-los. Percebi que cada dado tem um valor real e pode ajudar muito nas análises depois. E que se a gente errar na hora de medir ou anotar, isso pode atrapalhar todo o resultado.”

Momento de avaliação técnica em aves: estudantes aplicam conhecimentos de manejo e sanidade animal.

Atividades como essa reforçam o compromisso do curso de Zootecnia da UESPI com uma formação completa, que alia teoria e prática, preparando os estudantes para os desafios reais do campo. “A teoria pode parecer simples, mas é na prática que os alunos realmente compreendem a importância de cada etapa. É assim que se forma um profissional mais atento, capacitado e consciente da sua responsabilidade na produção animal”.

Atividade prática com avicultura reforça o aprendizado dos estudantes da UESPI em campo.

UESPI Game Show movimenta campus Parnaíba com jogos criativos e imersivos desenvolvidos por estudantes

Por: Lucas Ruthênio

Na tarde do dia 11 de junho de 2025, os corredores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Parnaíba, deixaram de ser apenas espaços de passagem para se tornarem cenário de uma imersão inovadora que uniu ensino, tecnologia e ludicidade: o UESPI Game Show.

A atividade foi organizada como culminância da disciplina de Computação Gráfica, ministrada pelo professor Dario Calçada, e teve como proposta desafiar os estudantes a desenvolver jogos eletrônicos autorais inspirados na vida universitária e conectados ao conteúdo aprendido ao longo do semestre.

O projeto foi pensado para extrapolar os limites da sala de aula, proporcionando aos alunos uma vivência prática e criativa, com ênfase na construção de experiências significativas. “A ideia é sempre juntar o conhecimento acadêmico com o que tem no mercado. A parte de jogos é muito importante nisso, é um mercado amplo, com muitas oportunidades”, destacou o professor Dario, que também atua no GEDAI (Grupo de Estudo e Desenvolvimento de Aplicações Inteligentes). Segundo ele, o principal objetivo era fazer com que os conteúdos vistos em aula ganhassem vida e utilidade real. “É importante que as disciplinas tenham uma utilidade que extrapole os muros da universidade”, completou.

Entre os diversos projetos apresentados, dois se destacaram por abordagens complementares: enquanto um grupo criou um jogo narrativo inspirado diretamente no cotidiano da UESPI, outro reinventou o clássico jogo de tabuleiro Ludo, adaptando-o com elementos culturais e desafios intelectuais.

No primeiro caso, o estudante Francisco Mendes e sua equipe desenvolveram um jogo ambientado na própria universidade, no que chamaram de “último dia de faculdade”. A proposta era simples, mas potente: o jogador deveria cumprir tarefas, enfrentar obstáculos e interagir com professores para conseguir se formar — tudo isso em uma versão gamificada da rotina universitária. “Queríamos criar algo que fosse divertido, mas também representasse a realidade de quem enfrenta os desafios da graduação”, explicou Francisco.

Estudantes da UESPI testam jogos criados por eles mesmos, programação, criatividade e diversão no mesmo jogo.

O projeto envolveu o mapeamento visual do campus Parnaíba, com registro fotográfico de salas, corredores e áreas comuns, que foram convertidos para o estilo pixel art dentro do game. “Cada cenário foi pensado para que os jogadores se sentissem realmente dentro da UESPI”, disse. Além disso, personagens icônicos do cotidiano, como a Tia da Cantina, o Tio da Vitamina e os professores, foram adaptados com personalidades próprias, representando funções e obstáculos dentro do jogo.

O grupo utilizou o RPG Maker como plataforma e empregou conhecimentos de JavaScript, lógica de programação, estrutura de dados e conceitos gráficos como colisões, movimentação e manipulação de sprites. A proposta conquistou o segundo lugar no evento, com destaque para a originalidade da ideia e o impacto emocional que causou no público. “Mais do que um trabalho da disciplina, o projeto virou um ponto de virada. Mostrou que sim, é possível transformar nossas ideias em experiências reais e jogáveis”, declarou Francisco.

UESPI: Em Busca do Diploma. Estudantes transformam a vida universitária em uma aventura digital.

 

Já o grupo da estudante Hellen Jasmine adotou uma abordagem diferente, mas igualmente criativa. Inspiradas pela nostalgia do jogo de tabuleiro Ludo, duas integrantes do time, Helena e Lorena, propuseram uma reinvenção da mecânica clássica, aliando sorte, estratégia e conhecimento. “Nossa principal inspiração veio da paixão compartilhada pelo Ludo. Decidimos reimaginar essa experiência, criando um sistema de quiz com perguntas temáticas que exigem raciocínio lógico e conhecimento específico”, contou Hellen.

A versão final do jogo ganhou uma estética junina, com interface vibrante, trilha sonora animada e foco em disputas amistosas entre jogadores. “O processo de criação foi bastante iterativo. Combinamos os elementos clássicos do Ludo com a pressão do quiz e a ambientação junina para criar uma experiência de competição amigável, perfeita para jogar entre amigos”, explicou.

No aspecto técnico, o grupo utilizou scripts em Python, bancos de dados para organização das perguntas e buscou referências em UI/UX e psicologia das cores para desenvolver uma interface atraente e intuitiva. A inteligência artificial também foi usada como ferramenta auxiliar em tarefas como brainstorming de ideias e revisão de textos. “Foi um projeto multidisciplinar. A participação no UESPI Game Show nos deu uma visão real da área de desenvolvimento. Ver o público jogando e se engajando foi extremamente gratificante”, completou Hellen.

Alunos apresentam o Ludo Quiz, projeto que une diversão e aprendizado na UESPI.

Para o professor Dario, a experiência proporcionada pelo Game Show vai além da aplicação técnica. “O maior desafio foi o tempo curto de desenvolvimento, já que se tratava de uma disciplina semestral. Mesmo assim, os alunos entregaram resultados muito acima da média. A curva de aprendizado foi impressionante”, ressaltou.

Ele também pontuou o impacto humano da atividade. “Muitos alunos enfrentam dificuldades pessoais e emocionais durante a graduação. Um evento como esse renova o ânimo, gera pertencimento e autoestima. É onde a teoria se encontra com a criatividade e se transforma em motivação.”

O UESPI Game Show não apenas demonstrou o domínio técnico dos alunos, mas também serviu como uma vitrine para os múltiplos talentos que se formam dentro da universidade pública. Ao transformar os desafios da graduação em jogos imersivos, os estudantes mostraram que é possível aprender brincando e, mais ainda, ensinar enquanto se cria.

Jornalismo em Ação: Estudantes da UESPI Vivenciam na Prática a Produção Editorial com os Projetos “O Gancho” e “Candieiro”

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) tem sido palco de experiências transformadoras para os alunos de Jornalismo, que neste semestre se engajaram em dois projetos editoriais distintos, mas igualmente marcantes: o jornal O Gancho, no campus Torquato Neto (Teresina), e a revista Candieiro, no campus de Picos. Ambos os produtos são frutos do esforço coletivo, da prática intensa e da aplicação de conteúdos teóricos aprendidos em sala de aula, culminando em edições que revelam o amadurecimento acadêmico e criativo dos estudantes.

 

O Gancho: Imersão no Jornalismo Impresso em Teresina

No Campus Torquato Neto, os alunos do 4º período de Jornalismo enfrentaram o desafio de produzir um jornal impresso do zero. Batizado de O Gancho, o projeto integrou os aprendizados das disciplinas Comunicação e Design, ministrada por Ohana Fontenele, e Produção Textual para Mídia Impressa, sob responsabilidade da professora Samara Jericó. A proposta era clara: vivenciar o processo jornalístico de forma completa, da pauta à impressão.

Alunos do 4º período de Jornalismo da UESPI veem pela primeira vez o jornal O Gancho, produzido por eles.

Em um mundo cada vez mais digital, o trabalho com o impresso foi um reencontro com as bases clássicas da profissão. Para Maria Eduarda Marques, editora-chefe da primeira edição, a experiência exigiu outra lógica de produção: “É cansativo, mas especial. Liderar uma equipe, participar das matérias, aprender fazendo… isso muda nossa perspectiva enquanto futuros profissionais”.

A escolha das pautas foi um dos principais obstáculos enfrentados pelos alunos. “Tínhamos muitas possibilidades e pouca experiência, mas conseguimos encontrar um caminho”, relata Maria Eduarda. Uma das matérias mais impactantes foi “Envelhecer com força e voz”, que tocou a todos pela sensibilidade no tratamento do tema.

Já na segunda edição do jornal, O Gancho 2, a liderança ficou com a estudante Rayrene Braga. Segundo ela, a função de editora-chefe trouxe aprendizados inestimáveis sobre trabalho em equipe, organização editorial e revisão de conteúdo. “Mais do que ensinar, esse papel me fez observar e aprender com os outros. Cada repórter trouxe uma visão única”, afirma. Ela destaca, ainda, a matéria de Pedro Wesley sobre o apoio psicossocial da UESPI como uma das mais bem executadas da edição.

Turma do 4º período de Jornalismo da UESPI celebra a edição impressa do jornal O Gancho.

Para os docentes envolvidos, a prática editorial foi um exercício potente de formação. Ohana Fontenele observa que os alunos assumiram papéis reais em uma redação, vivenciando prazos, decisões visuais e cooperação. Já Sammara Jericó destacou a parceria interdisciplinar: “Foi uma experiência riquíssima, que uniu técnica, sensibilidade e muito profissionalismo. A diagramação ficou linda. Queremos repetir.”

Candieiro: Luz, Cultura e Design Editorial em Picos

No campus de Picos, a prática jornalística ganhou forma por meio da revista Candieiro, desenvolvida também pelos alunos do 4º período, sob orientação do professor Vinícius Coutinho, na disciplina Comunicação e Design Jornalístico. O projeto surgiu como resposta prática aos temas teóricos da disciplina, como tipografia, contraste, uso da cor, leiturabilidade e composição visual.

Estudantes de Jornalismo do campus de Picos celebram o lançamento da revista Candeeiro, produzida durante a disciplina de Design Editorial.

A temática da revista foi centrada na 7ª Semana de Comunicação da UESPI, realizada em abril de 2025. O evento serviu de base para a produção das reportagens, artigos e entrevistas presentes na publicação. Os estudantes, que também atuaram na organização da Semana, puderam experimentar um ciclo completo de cobertura editorial. “Eles estavam totalmente envolvidos com o evento. Isso fez da produção algo vivo e conectado à realidade deles”, pontua o professor Vinícius.

O nome Candieiro carrega um simbolismo regional e poético. Inspirado na oralidade nordestina e na ideia de “lançar luz” — um dos princípios do jornalismo —, o título foi escolhido democraticamente pelos estudantes. “A luz do candieiro ilumina aquilo que está invisível. É isso que a gente quer com a revista”, explica o professor.

A diagramação da revista seguiu princípios de design editorial moderno, com variações de colunas, aplicação estratégica de cores e escolha consciente das fontes. A ferramenta utilizada foi o Canva, escolhida pela acessibilidade e facilidade de uso. “Foi uma decisão acertada. A revista ficou muito boa tecnicamente e visualmente. Eles aplicaram tudo o que estudamos na prática”, celebra Vinícius.

Além dos aspectos técnicos, a produção desenvolveu habilidades humanas essenciais, como o trabalho em equipe, a tomada de decisões coletivas e a gestão de tempo. “Eles cresceram muito. Foi um processo coletivo e produtivo, do início ao fim”, acrescenta o professor, que espera tornar o projeto interdisciplinar no próximo semestre, ampliando sua dimensão formativa.

 Prática, Identidade e Formação Jornalística

Ambos os projetos revelam a força do jornalismo universitário como espaço de criação, crítica e desenvolvimento profissional. São produtos distintos, com perfis editoriais e visuais diferentes, mas que compartilham uma essência comum: o compromisso com a formação ética, técnica e sensível dos futuros jornalistas da UESPI.

Enquanto O Gancho mergulha na prática jornalística cotidiana, revelando as dores e delícias de construir um jornal impresso com matérias de interesse humano e institucional, Candieiro convida à reflexão e ao cuidado visual, iluminando a produção científica e cultural dos alunos no contexto de um grande evento acadêmico.

Ambos os produtos estão em fase de finalização e revisão, com previsão de publicação nas próximas semanas. Mas já deixaram sua marca nos envolvidos. Mais do que edições impressas, representam conquistas coletivas, expressão de identidade e prova de que a universidade pública é espaço de excelência, criatividade e transformação.

I Mostra de Libras do curso de Pedagogia da UESPI-Campo Maior promove valorização da cultura surda e inclusão

Por: Lucas Ruthênio

Na manhã desta quinta-feira (12), o curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, realizou a I Mostra de Libras com o tema “Legenda para quem não ouve, mas se emociona”. A atividade teve como objetivo valorizar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e promover a conscientização sobre os direitos e a cultura da comunidade surda.

A iniciativa partiu da disciplina de Libras, ministrada pela professora Telma Franco, que observou o grande interesse dos alunos em aprender a língua. A docente destaca que a proposta surgiu após a realização de um evento de batismo surdo, no qual estudantes do 2º e 9º blocos receberam sinais próprios com a participação de membros da comunidade surda. “Esse momento foi muito significativo e despertou ainda mais o desejo dos estudantes de se engajar na valorização da Libras. A mostra foi pensada justamente para manter essa motivação e dar visibilidade à cultura surda”, afirma.

A temática do evento remete a uma campanha nacional que defende o direito à acessibilidade por meio de legendas em conteúdos audiovisuais e em eventos. “A frase ‘Legenda para quem não ouve, mas se emociona’ foi criada a partir dessa mobilização, que envolveu várias associações da comunidade surda. Ela resume a importância de garantir o acesso à informação para todos”, explica a professora.

Durante a mostra, os alunos montaram uma exposição interativa com brinquedos, jogos e brincadeiras em Libras. O público pôde aprender, de forma lúdica, desde o alfabeto manual até sinais do cotidiano, como verbos e expressões comuns. “Os estudantes escolheram os sinais que demonstraram maior domínio e ensinaram para os visitantes. Foi um momento de troca muito rica e acessível”, conta Telma Franco.

A atividade também destacou o papel essencial da Libras no ambiente educacional, especialmente na formação de futuros professores. “Garantir a participação efetiva de pessoas surdas em espaços escolares passa pelo conhecimento e pelo uso da Libras. Mesmo uma comunicação básica já pode fazer uma grande diferença na inclusão de alunos surdos”, reforça.

Segundo a docente, o envolvimento dos alunos superou todas as expectativas. “A participação deles foi fantástica, desde o batismo até a mostra. Estão realmente engajados e conscientes da importância de promover acessibilidade. Isso nos dá esperança de um futuro educacional mais inclusivo”, conclui.

O evento teve o apoio da coordenação do curso de Pedagogia e da direção do campus da UESPI em Campo Maior.

UESPI lança revista científica NEXOSFERA com proposta multidisciplinar e foco em inovação acadêmica e social

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) celebra, neste mês de junho, o lançamento oficial da Revista NEXOSFERA, um novo periódico científico de caráter multidisciplinar que nasce com a proposta de integrar diferentes áreas do conhecimento em torno de temas emergentes e relevantes para a sociedade contemporânea. 

O evento de lançamento acontece no dia 11 de junho, às 8h30, no Palácio Pirajá no campus Torquato Neto, em Teresina, com a presença de autoridades acadêmicas, professores, estudantes e convidados de instituições parceiras.

Idealizada em 2025, a NEXOSFERA é fruto de uma articulação entre docentes da UESPI e colaboradores externos que reconhecem a necessidade de um espaço de diálogo científico frente à crescente complexidade dos problemas globais. O professor Dr. Daniel César, um dos coordenadores da iniciativa, explica o contexto de criação e os propósitos do projeto. “A globalização e a crescente complexidade dos problemas contemporâneos tornaram evidente a necessidade de um espaço de diálogo entre diferentes campos do saber. Em 2025, idealizamos a NEXOSFERA para responder a esse desafio, criando um periódico multidisciplinar que articule pesquisas de humanidades, ciências exatas, biológicas, da saúde e áreas profissionais. Nosso principal objetivo é promover a disseminação de trabalhos originais que integrem perspectivas distintas, acelerando o acesso à informação e fomentando inovações acadêmicas e sociais”.

A proposta editorial da revista abrange uma ampla gama de áreas do conhecimento, entre elas Geografia, História, Pedagogia, Educação Física, Enfermagem, Ciências da Computação, Biologia, Direito, Contabilidade e Administração. A intenção é acolher estudos que dialoguem com diferentes campos e que tragam contribuições relevantes para a sociedade, o meio ambiente e a economia. De acordo com o professor Daniel César, a NEXOSFERA tem como público-alvo pesquisadores, docentes, estudantes de graduação e pós-graduação da UESPI e de outras instituições, além de profissionais que atuam com aplicação de resultados científicos em diversos setores da sociedade.

O processo de elaboração da revista envolveu docentes de diversos cursos da UESPI, bem como professores parceiros da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto Federal do Piauí (IFPI), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Essa diversidade de instituições representadas no Comitê Editorial e na equipe de pareceristas garantiu um escopo abrangente e uma perspectiva colaborativa desde os primeiros passos do projeto.

“Iniciamos com reuniões de professores dos cursos da UESPI e docentes parceiros de outras instituições para definir escopo e fluxos editoriais. Tanto o Comitê Editorial quanto a equipe de pareceristas incluíram representantes das principais unidades acadêmicas da UESPI, além de representantes da UFPI, IFPI, UNICAMP e UFMG, garantindo uma visão ampla e colaborativa”, destaca o professor.

A Revista NEXOSFERA também representa uma oportunidade estratégica para ampliar a visibilidade dos trabalhos desenvolvidos na UESPI, especialmente pelos discentes dos cursos de graduação e pós-graduação. “Não só para os alunos da Geografia, mas para toda a comunidade acadêmica, a revista oferece um canal de visibilidade aos trabalhos produzidos, estimula colaborações internas e externas e reforça o compromisso da universidade com a produção de conhecimento relevante ao Piauí e ao Brasil”, afirma o professor Daniel César.

O periódico será disponibilizado inicialmente em formato digital e de acesso aberto, com o objetivo de democratizar o conteúdo e garantir ampla distribuição.

O lançamento da NEXOSFERA ocorrerá na manhã do dia 11 de junho, com início às 08h30, e contará com uma vasta programação. O evento é gratuito e aberto a toda a comunidade universitária  (professores, estudantes e técnicos) além de convidados externos, como representantes de outras instituições de ensino. Todos os participantes receberão declaração de presença.

A NEXOSFERA será publicada semestralmente, com chamadas abertas duas vezes ao ano. Após as duas primeiras edições regulares, a equipe editorial pretende submeter o periódico a processos de indexação em bases nacionais e na rede SciELO, ampliando ainda mais sua relevância e alcance.

Acesse a revista: https://revistanexosfera.com.br

UESPI de Piripiri promove ciclo de palestras sobre Educação das Relações Étnico-Raciais

Por: Lucas Ruthênio

O curso de Pedagogia do campus da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em Piripiri, concluiu, no último dia 04 de junho, o projeto de extensão “Educação das Relações Étnico-raciais: entre falas e experiências”, um ciclo de oito palestras transmitidas ao vivo pelo YouTube com foco no debate das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais. 

A iniciativa teve como objetivo fomentar reflexões sobre temas fundamentais para a construção de uma educação mais inclusiva, plural e antirracista.

Docentes da UESPI discutem a educação das relações étnico-raciais em live sobre currículos e materiais didáticos.

Coordenado pelos professores Alex Mesquita e Dalva Araújo, ambos docentes do curso de Pedagogia, o projeto foi realizado entre os dias 23 de abril e 04 de junho, reunindo aproximadamente 250 inscritos, entre professores da educação básica e estudantes de graduação. As transmissões, que permanecem disponíveis no canal Educação das Relações Étnico-Raciais no YouTube, alcançaram até 480 visualizações por palestra.

Segundo o professor Alex Mesquita, a concepção do projeto nasceu da articulação entre os campos de pesquisa desenvolvidos por ele e pela professora Dalva Araújo. “Eu pesquiso povos indígenas e a professora Dalva pesquisa educação quilombola. Ao longo do trabalho conjunto em disciplinas como Educação e Movimentos Sociais, Fundamentos Antropológicos da Educação e História Indígena e Afro-Brasileira, percebemos que essas temáticas fundamentais para a compreensão crítica da realidade brasileira vinham sendo tratadas de forma superficial nos espaços acadêmicos”, afirma. Essa lacuna evidenciada no cotidiano das aulas e reflexões motivou a construção do projeto, com o objetivo de aprofundar o debate sobre as relações étnico-raciais na educação e promover uma abordagem mais crítica e comprometida com a diversidade e a justiça social.

A escolha das temáticas também dialoga diretamente com a realidade local. O município de Piripiri e as cidades vizinhas possuem comunidades indígenas e quilombolas, o que torna ainda mais urgente o debate sobre as especificidades dessas populações no contexto educacional. “Temos duas etnias indígenas em Piripiri e, em Lagoa de São Francisco, município vizinho, há uma comunidade indígena e o Museu Indígena do Piauí. A UESPI de Piripiri recebe alunos de toda essa região, então tudo que trabalhamos no projeto está diretamente conectado à realidade social, cultural e educacional do nosso território”, destaca o professor Alex Mesquita.

Encontro virtual reúne docentes e discentes da UESPI para debater educação antirracista e práticas pedagógicas inclusivas.

Um dos principais diferenciais do projeto foi a diversidade de seu público. Além de estudantes das licenciaturas da UESPI, participaram também docentes de outras instituições da região, professores da educação básica, gestores escolares e até professores do ensino superior. “Recebemos retornos muito positivos dos participantes. Muitos destacaram a importância não só de discutir esses temas, mas de refletir sobre metodologias práticas para trabalhar com eles em sala de aula, especialmente no que se refere à educação antirracista”, pontua o professor.

Inicialmente, o projeto seria realizado via Google Meet, mas a alta demanda obrigou a equipe a buscar outra alternativa. “Com o número elevado de inscritos, percebemos que o Meet não comportaria o público e que também não seria tão didático. Optamos por usar o Streamyard com transmissão no YouTube, o que permitiu manter as palestras gravadas e acessíveis posteriormente”, relata.

Debate na UESPI aborda o ensino de História e as relações étnico-raciais.

O sucesso do projeto e o engajamento dos participantes reforçaram a importância de manter esse debate ativo dentro da universidade. “A nossa ideia é que esse diálogo seja permanente no campus de Piripiri. Queremos fortalecer essa abordagem por meio das disciplinas, das pesquisas orientadas no PIBIC e no TCC, além de eventos como esse e outros que estamos planejando. Também estamos estudando a criação de um grupo de estudos e pesquisas voltado para as questões étnico-raciais, com foco na educação indígena, quilombola e do campo”, conclui o professor Alex Mesquita.

Evento destaca protagonismo indígena e conquistas por representatividade e ocupação de espaços.

UESPI realiza Semana do Meio Ambiente com foco em sustentabilidade e educação ambiental crítica

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do curso de Ciências Biológicas do campus Torquato Neto, iniciou, hoje, a Semana do Meio Ambiente e  segue até sexta-feira (06).
O evento é promovido pelo Centro Acadêmico de Biologia e visa incentivar debates e práticas que estimulem uma visão crítica sobre os desafios contemporâneos da sustentabilidade e o papel transformador da educação ambiental.

A abertura da programação contou com a palestra da Profª Drª Carla Ledi, com o tema “Os Novos Caminhos da Sustentabilidade”. Em sua fala, a docente convidou os participantes a refletirem sobre o uso recorrente e superficial do termo “sustentabilidade” e propôs uma abordagem mais profunda e contextualizada. “A palestra, na realidade, era justamente para a gente refletir sobre o que é realmente sustentabilidade. O que nós queremos alcançar com sustentabilidade. Muitas vezes a gente fala essa palavra de forma superficial. Vamos chegar no desempenho sustentável, vamos atingir a sustentabilidade. Mas o que significa realmente todas as dimensões que estão relacionadas com o consumo? De que forma o consumo pode mudar? Porque o regulamento sustentável é praticamente agregado pelo mercado”, destacou.

A professora ressaltou ainda que o conceito de sustentabilidade deve ser pensado de maneira ampla, incluindo as dimensões sociais, culturais, ambientais e humanas. “Quando a gente fala que quer a sustentabilidade, temos que pensar se ela é possível e levar em consideração todas essas dimensões. A questão da liberdade, da cultura, do bem-viver. Foi isso que abordei na palestra: reflexões sobre o que é sociedade e como a sustentabilidade se insere nesse contexto”, explicou.

Outro ponto central da discussão foi o papel da educação ambiental como instrumento de transformação. Segundo a professora Carla Ledi, a educação ambiental deve ser compreendida como um meio e não como um fim em si. “Educação ambiental não é um objetivo. A gente não quer alcançar a educação ambiental, ela é um meio para se alcançar algo maior. Assim como a sustentabilidade, ela precisa considerar o contexto histórico, social e a realidade das pessoas. A educação ambiental precisa fazer sentido para quem a vivencia e isso exige uma abordagem crítica, reflexiva e situada”, pontuou.

Professora Dra. Carla Ledi abre a Semana do Meio Ambiente na UESPI com palestra sobre os novos caminhos da sustentabilidade.

A Semana do Meio Ambiente segue com uma programação diversificada ao longo de toda a semana, incluindo oficinas de jardinagem, pigmentação vegetal, construção de terrários e pintura com elementos naturais. Também estão previstas rodas de conversa sobre preservação da fauna silvestre, etologia animal, o papel das abelhas sem ferrão na manutenção dos ecossistemas e o uso de plantas medicinais na cultura popular.

Na sexta-feira (06), as atividades serão encerradas com a apresentação de trabalhos acadêmicos desenvolvidos por estudantes do curso de Ciências Biológicas, no Laboratório de Artes do campus Torquato Neto. Os trabalhos abordarão diferentes temáticas ambientais, integrando perspectivas teóricas e práticas voltadas à construção de uma sociedade mais consciente e sustentável.

Uso do podcast como ferramenta pedagógica inova ensino de História Social da Criança no curso de Pedagogia da UESPI

Por: Lucas Ruthênio

Estudantes do curso de Licenciatura em Pedagogia do Campus Professor Antônio Giovani Alves de Sousa, em Piripiri, estão utilizando o podcast como ferramenta pedagógica para tratar de temas relevantes ligados à História Social da Criança.

A atividade, desenvolvida na disciplina ministrada pela professora Juliana Oliveira Araújo, propõe a criação de conteúdos em áudio e vídeo como forma de integrar as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) ao processo de ensino-aprendizagem, promovendo uma formação crítica, inclusiva e alinhada à realidade contemporânea da docência.

A proposta integra os conhecimentos adquiridos na disciplina de TDICs ao desenvolvimento de habilidades práticas na cibercultura, por meio da criação de podcasts temáticos. Segundo a professora Juliana Oliveira, o podcast foi escolhido por ser um recurso multimídia versátil, que pode contemplar tanto áudio quanto vídeo. “Optamos por esse formato para diversificar as formas de avaliação, facilitar a apreensão de conteúdos e aguçar o conhecimento dos alunos, especialmente em relação a temas ainda pouco explorados sobre a infância”, explicou.

Os estudantes tiveram liberdade para escolher o formato de apresentação dos podcasts, o que permitiu que desenvolvessem suas habilidades tecnológicas de forma autônoma e criativa. A atividade também visou promover a autoria discente e a conexão entre teoria e prática, elementos essenciais para uma formação docente comprometida com a realidade social.

A professora Juliana destaca que o uso das TDICs no ensino superior vai além da inovação tecnológica. Trata-se de uma estratégia para ampliar o repertório teórico dos estudantes, fomentar discussões sobre inclusão e exclusão — seja ela social, econômica ou digital e incentivar o protagonismo dos futuros pedagogos. “Os podcasts possibilitam o contato com múltiplas perspectivas, o que contribui diretamente para a formação crítica dos discentes e os prepara para lidar com temáticas delicadas em sala de aula”, afirma.

As produções desenvolvidas pelos alunos abordam temáticas que atravessam realidades complexas e urgentes. O racismo e a escravidão são tratados a partir de uma análise crítica sobre injustiças históricas e a importância da luta antirracista para garantir uma infância mais justa. A transexualidade é discutida com foco nas vivências de crianças e adolescentes, contribuindo para o enfrentamento de preconceitos e a valorização da diversidade de identidades de gênero.

A temática da religião contempla o papel da religiosidade na vida das crianças, levando em conta diferentes contextos históricos e culturais. Já o episódio sobre crianças refugiadas explora os desafios enfrentados por aquelas que vivem em deslocamentos forçados, destacando sua resiliência e os impactos que essas experiências geram em seu desenvolvimento. As crianças em contexto circense também são retratadas, com ênfase nas dificuldades de adaptação ao processo de ensino e aprendizagem, em função da constante mobilidade. Por fim, o tema das necessidades específicas traz reflexões sobre inclusão, exclusão, direitos e abordagens pedagógicas voltadas para crianças que enfrentam barreiras no acesso à educação.

Para conhecer os podcasts produzidos pelos estudantes e acessar os conteúdos na íntegra, visite o perfil oficial do curso de Pedagogia no Instagram:

🔗https://www.instagram.com/pedagogia_pi/

UESPI sedia debate com OAB sobre Jornalismo, Segurança Pública e Direitos Humanos

Por: Lucas Ruthênio

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), através do curso de Jornalismo do campus Poeta Torquato Neto, sediou um seminário de grande relevância que reuniu acadêmicos, especialistas em segurança pública e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí (OAB-PI), no dia 26 de maio, no Auditório do NEAD.

O evento, intitulado “Jornalismo, Segurança Pública e Direitos Humanos”, teve como objetivo central promover uma reflexão crítica e interdisciplinar sobre a ética jornalística na cobertura de temas sensíveis e complexos ligados à segurança pública e aos direitos humanos.

Prof. Otoniel Bisneto durante mesa redonda no evento

O evento foi dividido em duas mesas de debate abordando diferentes perspectivas sobre a temática. A Mesa 1, realizada das 14h às 16h, discutiu o tema “Quantas curtidas vale o show? Operações policiais entre o interesse público e a espetacularização da notícia”, com mediação da Profª Samária Andrade (UESPI). Já a Mesa 2, das 16h30 às 18h30, teve como pauta “Deslizes éticos na cobertura de crimes – O caso dos ‘cajus envenenados'”, mediada pelo Prof. Daniel Solon (UESPI).

O encontro buscou fomentar uma análise profunda sobre o papel da imprensa no tratamento de assuntos como criminalidade, encarceramento e atuação das forças de segurança, destacando a imperativa necessidade de que essas temáticas sejam abordadas com responsabilidade, sensibilidade e rigor técnico pelos profissionais da comunicação.

Para o professor Daniel Solon, docente do curso de Jornalismo e um dos idealizadores do evento, a universidade desempenha um papel crucial ao oferecer espaços de discussão que transcendem os limites da academia. “A UESPI está cumprindo o papel dela, que é levar para além do muro da Universidade uma discussão sobre como deve ser o jornalismo correto. Como refletir, criticar e analisar as ações midiáticas que estão acontecendo hoje na Secretaria de Segurança Pública, que acabam por atropelar direitos humanos”, afirmou.

Prof. Otoniel Bisneto abordou as transformações do jornalismo contemporâneo diante das novas tecnologias, ressaltando o risco de que o jornalista se torne um mero reprodutor de informações impostas por forças institucionais ou pelo consumo digital. “A tecnologia nos emburrece, nos torna reprodutores do que as pessoas querem. Estamos perdendo o poder de agenda setting e gatekeeping”, pontuou, fazendo referência a teóricos como Mauro Wolf e Slavoj Žižek.

Primeira mesa redonda com ot tema Quantas curtidas vale o show?

A contribuição da OAB-PI foi evidenciada pela participação da advogada Jéssica Lima Rocha, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PI. Ela enfatizou a abordagem pedagógica do evento como um ponto alto da parceria interinstitucional. “Acolhemos toda a perspectiva pedagógica que envolve a discussão dos direitos humanos a partir da segurança pública e da ética no jornalismo. Foram dias de reflexão sobre temas que precisam ser transversalizados para que possamos chegar a propostas mais justas e diversas”, destacou.

Darcio Rufino, Defensor Público do Estado do Piauí e um dos debatedores, reforçou a extrema relevância do debate na atualidade. “Eu vejo com extrema relevância. Aliás, eu acho que a gente vive na distopia contemporânea. Um teste gigantesco de ética. Então, nada melhor de discutir com essas carreiras, especialmente as carreiras ligadas ao sistema de justiça, segurança pública a partir de uma perspectiva de como noticiar as coisas que dizem respeito à segurança pública”, ponderou. Ele também frisou a necessidade de discutir ética no jornalismo diante da proliferação de notícias falsas e da desinformação.

Ravena Mendes, da Comissão de Apoio à Vítima de Violência, levantou uma questão crucial sobre a exposição midiática de pessoas presas, antes mesmo do devido processo legal. “Nós vamos ter justamente essa exposição midiática das pessoas que são presas. Nós vamos ter ali uma exposição desses corpos, dessas imagens pessoais das pessoas presas, de suas famílias, inclusive hoje até de menores que também são expostos ali diante da mídia e de como isso vai refletir na vida dessas pessoas”, alertou. Ela enfatizou que essa exposição precoce passa uma falsa percepção de justiça à sociedade, uma vez que muitas vezes o processo criminal sequer foi concluído.

Segunda mesa redonda com o tema Deslizes éticos na cobertura de crimes – O caso dos cajus envenenados

Durante o debate, a importância do devido processo legal e das garantias individuais asseguradas pela Constituição foi um ponto central. O professor Daniel Solon criticou a forma como a cobertura midiática frequentemente antecipa julgamentos e contribui para a estigmatização. “A Constituição diz: é preciso investigar para depois denunciar, produzir provas, permitir a defesa, para só então condenar. Mas o jornalismo muitas vezes atropela isso. É um fetiche pela violência. Não pela complexidade do ato violento, mas pelas curtidas”, criticou.

O Prof. Otoniel Bisneto, especialista em segurança pública, trouxe uma análise baseada em dados e aprofundou a discussão sobre o jornalismo. “A tecnologia emburrece, e hoje eu vejo que nós estamos ficando burros nos dizeres de Zizek, porque nós somos vigírios, reprodutores do que as pessoas querem. Nós estamos perdendo o poder do agenda setting e do gatekeeping“, destacou, citando Mauro Wolf. Ele também levantou questionamentos sobre o orçamento destinado à segurança pública no Piauí, a partir de sua vasta experiência na área.

O Prof. Fenelon Rocha (UFPI) abordou a complexa situação ética no jornalismo brasileiro, ressaltando a cultura de dar voz ao poder e a influência disso na relação com as fontes. “A gente tem uma realidade que a ética é reflexo do seu momento e do seu contexto. Quando a gente olha o contexto brasileiro, é um país que tem uma cultura do mandanismo, do poder, de dar voz ao poder”, analisou, referenciando “Raízes do Brasil” de Sérgio Buarque de Holanda.

Fala do Prof. Fenelon Rocha, durante a segunda mesa redonda

A discussão também se aprofundou na crise do jornalismo e na “uberização” das redações. Fenelon Rocha citou uma pesquisa de conclusão de curso que revelou que muitas redações em Teresina são mantidas por estagiários, sem a presença de jornalistas profissionais experientes. “Há redações mantidas por estudantes, muitas vezes sem noção do que é apuração, verificação, ou mesmo da conduta ética básica. Isso tem consequências graves na forma como a informação é construída e difundida”, alertou o professor.

Ao final das discussões, os participantes reafirmaram o compromisso de continuar promovendo espaços de debate e formação crítica na universidade. A parceria entre o curso de Jornalismo da UESPI e a OAB-PI foi destacada como um modelo de colaboração frutífera entre instituições que visam fortalecer os pilares democráticos, incluindo a liberdade de imprensa, os direitos humanos e o acesso à informação de qualidade.