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UESPI Parnaíba: curso de Agronomia desenvolve pesquisas relacionadas as culturas aceroleira e arrozeira

Por Anny Santos

Alunos do curso de Engenharia Agronômica da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba, desenvolvem pesquisas relacionadas as culturas aceroleira (Malphiguia emarginata DC.)  e arrozeira (Oriza sativa L.).

Os estudos se iniciaram como parte da disciplina de Grandes Culturas, ministrada pela professora Dra. Aurinete Daienn Borges do Val, e por meio de pesquisas dos demais professores do curso de Agronomia, também relacionadas as temáticas. Atualmente, estão sendo apresentadas em trabalhos de conclusão de curso (TCC) dos discentes envolvidos.

Ana Carolina Nascimento Teixeira, aluna do 10° período, destaca que a pesquisa, relacionada ao estudo da cultura do arroz, utilizou uma variedade tradicional, cultivado por pequenos agricultores, sendo esse arroz denominado (por esses produtores) como arroz “Cana Roxa”, que é cultivado em ecossistema de terras altas, conhecido também como cultivo em sequeiro.

Arrozeira (Oriza sativa L.)

Arrozeira (Oriza sativa L.)

“O estudo teve como objetivo avaliar as fenofases das plantas, ou seja, o seu ciclo, em função das condições ambientais do município de Parnaíba-PI. Acompanhamos todo o desenvolvimento das plantas, que iniciou com o plantio dessas sementes e encerrou com a colheita. A variedade apresentou uma boa adaptação ao ambiente de cultivo, e ao manejo adotado no experimento. O ciclo total foi de 114 dias, caracterizando então a variedade como de ciclo médio”, pontua a formanda.

Para Ivan Ribeiro, também aluno do 10° período, a pesquisa relacionada a cultura do arroz foi muito promissora, no sentido de permitir conhecer melhor sobre esse cereal que tem grande importância mundial. “Para mim esse estudo contribuiu muito enquanto acadêmica, por todo o conhecimento obtido ao longo do experimento. E para a comunidade externa, esse estudo irá contribuir para que os pequenos agricultores tenham conhecimento do potencial que essa variedade possui quando ao seu desempenho no campo, e a intenção é divulgar os resultados da pesquisa através de artigos em revistas nacionais”.

As avaliações com a cultura arrozeira contemplam a caracterização de variedades tradicionais utilizadas por pequenos produtores rurais da região do baixo Parnaíba. Já os estudos com a frutífera (acerolira) fornecem dados nas áreas de fitossanidade, fenologia e caracterização de plantas e pós-colheita dos frutos. Os ensaios foram conduzidos na Faculdade de Ciências Agrárias ou em pomares comerciais pertencentes a produtores colaboradores instalados no DITALPI.

Aceroleira (Malphiguia emarginata DC.)

Aceroleira (Malphiguia emarginata DC.)

Em relação a avaliação de genótipos de aceroleiras, o aluno Lucas dos Santos Oliveira do 8° período e bolsista PIBIC, avalia a adaptação das plantas, as condições (clima, temperatura, etc) de Parnaíba e caracteriza cada um desses genótipos (ao todo 11). Para ele, o projeto de pesquisa é essencial para qualquer estudante, seja ele de graduação ou não, pois através da pesquisa o individuo pode ter uma experiência real de como funciona a vida profissional, com todas as suas dificuldades e seus benefícios.

“O trabalho tem sido muito satisfatório, pois tenho aprendido bastante na prática, o que também pode ser considerado um incentivo para os discentes, já que aprender somente a teoria, as vezes, pode se tornar cansativo. Sem dúvidas, o que mais motiva é saber que todo o trabalho envolvido de certa forma terá retorno para a comunidade externa, já que o objetivo da pesquisa é encontrar formas de melhorar a produção, aumentando a mesma, e eliminar problemas como doenças, patógenos, etc. O incentivo a pesquisa deve ser cada vez maior, já que a educação é uma porta que pode sanar muitos problemas sociais presente na vida dos brasileiros”, finaliza Lucas Oliveira.

As atividades de pesquisa com a aceroleira executadas pela UESPI contam com a importante parceria de pesquisadores da Embrapa das unidades de Parnaíba, Teresina, Fortaleza e Petrolina que também executam atividades com a cultura no município parnaibano. Parte dos dados obtidos com acerolas foram divulgados pelos estudantes no último Simpósio de Fruticultura da Região Sul, que aconteceu no último mês de junho.