UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

UESPI integra pesquisa nacional da Fiocruz sobre Avaliação Biopsicossocial da Deficiência

Por Raíza Leão 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) destacou sua posição na área da Educação Especial Inclusiva ao participar de dois importantes projetos relacionados à Avaliação Biopsicossocial da Deficiência. A instituição esteve presente no Seminário de Apresentação dos Resultados da Pesquisa sobre a Avaliação Biopsicossocial Unificada da Deficiência, promovido pela Fiocruz Brasília, e também lidera uma formação pioneira no modelo biopsicossocial no estado do Piauí.

A pesquisa, desenvolvida pela Fiocruz, utilizou o Instrumento de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBRM), que propõe uma visão inovadora para a avaliação da deficiência. Essa abordagem considera não apenas os aspectos orgânicos, mas também os fatores sociais, as estratégias de suporte e as barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência. A UESPI teve um papel fundamental ao garantir a inclusão das Instituições de Ensino Superior (IES) no projeto. Inicialmente, o segmento acadêmico não estava contemplado, mas, após uma provocação apresentada pela UESPI durante as apresentações em junho, a Fiocruz acatou a proposta, incorporando a UESPI e, posteriormente, a UFPI.

Representando a UESPI, a professora Dra. Nadja Carolina Pinheiro, coordenadora adjunta do PARFOR Equidade e do Núcleo de Acessibilidade, destacou que a pesquisa transcende a visão tradicional da deficiência. “O estudo considera fatores como suporte, estratégias e o contexto social da pessoa, reforçando nosso compromisso com a inclusão e a equidade,” afirmou. A UESPI também mobilizou professores de diferentes municípios, como Bom Jesus, Piripiri e Parnaíba, ampliando o alcance regional das ações e fortalecendo sua atuação em políticas públicas voltadas para a acessibilidade.

Além da pesquisa, o Piauí, com o apoio da UESPI, foi o primeiro estado a aderir ao Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência – Novo Viver sem Limite, lançado em novembro de 2023. A adesão trouxe para o estado uma formação pioneira sobre Avaliação Biopsicossocial da Deficiência, direcionada a profissionais das áreas de saúde, assistência social e educação. Realizada em parceria com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), a Fiocruz Brasília e a Fiotec, a formação combina teoria e prática, sendo composta por uma fase on-line, pesquisa de campo e um processo de escuta ativa e troca de saberes entre os profissionais envolvidos.

A professora Nadja Carolina Pinheiro ressaltou a importância de preparar equipes multiprofissionais e interdisciplinares para implementar o novo modelo, conforme previsto na Lei Brasileira de Inclusão. “Nosso objetivo é construir um sistema de avaliação mais justo e equitativo, que amplie o acesso das pessoas com deficiência às políticas públicas. É um modelo que mapeia as barreiras enfrentadas e possibilita um olhar mais coletivo e humanizado,” explicou.

A UESPI também vem se destacando por iniciativas locais que reforçam sua posição de liderança na promoção da inclusão. Programas como o PARFOR Equidade, o PIBID Equidade e o fortalecimento do Núcleo de Acessibilidade refletem esse compromisso com a inclusão e a justiça social. O Núcleo de Acessibilidade da UESPI, reativado na gestão atual, tem desempenhado um papel central nesse processo, oferecendo avaliações psicopedagógicas, orientações para professores, equipes e famílias, além de desenvolver planejamentos educacionais individualizados para estudantes com deficiência.

“Através do Núcleo de Educação Especial Inclusiva, conseguimos mobilizar professores e pesquisadores para ações que vão além do campus central, alcançando municípios do interior do estado. Estamos trabalhando para expandir nossos núcleos e subnúcleos, fortalecendo a rede de acessibilidade em toda a região,” destacou a professora Nadja Carolina Pinheiro.

A formação pioneira no modelo biopsicossocial também fortalece o papel do Piauí como referência nacional na implementação de políticas inclusivas. Com a conclusão da pesquisa e a continuidade da formação, o estado se posiciona como exemplo para outras unidades federativas no uso do novo modelo de avaliação da deficiência. Esse modelo, estruturado pelo Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, prevê a emissão de um certificado unificado, válido em todo o território nacional, e garante que as políticas públicas sejam desenvolvidas a partir das reais necessidades das pessoas com deficiência.

A participação da UESPI na pesquisa e na formação evidencia seu compromisso com a transformação social e a promoção de uma educação inclusiva e de qualidade. Segundo a professora Nadja Carolina Pinheiro, o trabalho conjunto com instituições como a Fiocruz, a OEI e outras parcerias nacionais e internacionais fortalece a capacidade da universidade de atuar como agente de mudança.

“O PARFOR Equidade foi um marco para a UESPI, consolidando nossa liderança na inclusão. Hoje, contamos com uma equipe de professores e pesquisadores comprometidos com a causa, levando nossos projetos a municípios que antes não eram atendidos. O PIBID Equidade, por exemplo, tem sido fundamental na formação inicial de professores, plantando a semente da acessibilidade já na graduação,” afirmou.

Professores da UESPI participam de curso da FIOCRUZ no Rio de Janeiro

Por Roger Cunha 

Entre os dias 15 e 19 de julho, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, foi palco de um evento para a comunidade acadêmica e profissional da saúde pública: o Curso de Inverno.

Este evento, coordenado pela Dra. Andrea Sobral, destacou-se como uma plataforma de troca de conhecimentos e desenvolvimento de novas abordagens na área da saúde.

Curso de Inverno da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizado entre os dias 15 e 19 de julho na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), no Rio de Janeiro.

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) esteve representada no curso, com a participação de seus docentes. O Prof. Dr. Dario Brito Calçada, professor da UESPI e coordenador do Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Aplicações Inteligentes (GEDAI), foi um dos ministrantes do curso. Com experiência em aplicações inteligentes e suas interseções com a saúde pública, o docente levou uma perspectiva inovadora e prática para os participantes, contribuindo com suas aulas para a discussão e o aprofundamento de temas complexos relacionados à tecnologia e saúde.

A Profa. Msc. Jâina Carolina Meneses Calçada, docente do curso de Enfermagem da UESPI, em Parnaíba, e atualmente doutoranda na Fiocruz, foi monitora do curso. “Minha formação em Enfermagem e minha pesquisa na Fiocruz foram essenciais para minha atuação como monitora. A base sólida em ciências da saúde me proporcionou uma compreensão profunda das necessidades e desafios na área da saúde pública, enquanto a pesquisa doutoral na Fiocruz me expôs a metodologias avançadas, como a aprendizagem de máquina,” explicou a professora..

O curso contou ainda com a participação do Prof. Dr. Eduardo Krempser, pesquisador em Saúde Pública na Fiocruz e, atuante, no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Suas aulas trouxeram uma perspectiva sobre a integração da computação científica e a saúde pública, abordou temas que vão desde o processamento de dados até a aplicação de modelos computacionais na pesquisa e prática de saúde.

Prof. Dr. Dario Brito Calçada e Profa. Msc. Jâina Carolina Meneses Calçada.

O Prof. Dr. Dario Brito Calçada explicou que a experiência no Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Aplicações Inteligentes (GEDAI) teve um impacto direto e positivo no conteúdo que ele apresentou no Curso de Inverno da Fiocruz. Ele destacou que o GEDAI tem avançado continuamente na área de soluções tecnológicas aplicadas à saúde, o que resultou em melhorias nos métodos de análise e uso de dados de saúde.

O docente também destacou dois desafios principais ao integrar tecnologia e aplicações inteligentes na saúde pública durante suas aulas no Curso de Inverno da Fiocruz. O primeiro desafio é a coleta de dados. Para que as soluções tecnológicas sejam realmente eficazes, é crucial obter dados relevantes e precisos que reflitam fielmente a realidade. O segundo desafio é o pré-processamento dos dados. Após a coleta, os dados precisam ser preparados e limpos adequadamente para garantir que possam ser analisados com precisão. Esse pré-processamento é essencial para assegurar que as soluções tecnológicas desenvolvidas abordem problemas reais da saúde pública e não apenas apresentem resultados teóricos ou imprecisos. 

Ele avaliou o impacto de sua participação no Curso de Inverno da Fiocruz como extremamente positivo. Ele observou que o conteúdo apresentado foi muito bem recebido pelos participantes, o que é um reflexo do valor e relevância das informações compartilhadas. Além disso, a participação no curso não apenas fortaleceu a colaboração existente com a Fiocruz, representada pela Professora Andrea Sobral e o Professor Eduardo Krempser, mas também resultou no estabelecimento de novas parcerias. Esse aumento na rede de colaborações e a recepção positiva do conteúdo contribuem para o avanço de sua própria pesquisa e para a ampliação de oportunidades na área de saúde pública.

Docentes da UESPI que participaram do Curso de Inverno realizado pela FIOCRUZ no Rio de Janeiro.

Durante o Curso de Inverno, a Profa. Msc. Jâina Carolina Meneses Calçada adquiriu habilidades e conhecimentos que ela pretende aplicar tanto em sua pesquisa doutoral quanto em suas atividades de ensino. Entre as principais competências adquiridas, destaca-se a aprendizagem de máquina, com uma compreensão aprofundada dos conceitos e métodos aplicáveis à saúde pública, o que permitirá desenvolver e implementar soluções baseadas em dados complexos. Ela também aprimorou suas habilidades em análise de dados, incluindo técnicas avançadas como mineração de dados e modelagem preditiva, essenciais para interpretar grandes volumes de dados e extrair insights valiosos.
A familiaridade com ferramentas tecnológicas específicas para análise de dados e aprendizagem de máquina também foi uma conquista importante, permitindo-lhe executar análises complexas e aplicar os métodos aprendidos na prática. 

UESPI participa de solenidade com entrega da Medalha do Mérito Universitário à Fiocruz

Por Anny Santos

“Estamos as vésperas da Cop27, Conferência do Clima da ONU, onde participarei, virtualmente, de uma sessão dedicada ao papel das tecnologias frente aos desafios climáticos contemporâneos. Isso me levou a pensar em como as relações entre saúde e meio ambiente constituem-se em elemento central da histórica relação da Fiocruz e o Estado do Piaui”, afirmou a Dra. Nísia Trindade Lima.

A Homenagem contou com a participação de membros da comunidade acadêmica da Ufpi

O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, representou o Governo do Estado na solenidade com entrega da Medalha do Mérito Universitário à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que ocorreu no Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí (UFPI) na manhã desta segunda-feira (07).

O reitor da Uespi participou da mesa honra em homenagem a Dra. Nísia Trindade

O Reitor da Uespi destacou a importância da Fiocruz para o Brasil

Para o Reitor, Prof. Evandro Alberto, a homenagem a Dra. Nísia e a própria Fiocruz é merecida e oportuna neste momento. “Estamos vivendo um período  de mais controle da pandemia COVID 19 em função da Ciência e, em particular, do trabalho realizado por nossos pesquisadores e instituições, como a Fiocruz. A grandeza de nossos institutos voltadas para pesquisa e ciência e a dedicação de nossos pesquisadores são destaques aqui no País e no mundo. Parabéns, Dra. Nísia Trindade e a Fiocruz”, finalizou o Reitor.