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Comunidade de Oeiras promove mesas de debates no dia da Consciência Negra

Por Clara Monte 

No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, docentes do campus da UESPI, em Oeiras, irão realizar uma mesa de debates centrada em temas de valorização e reconhecimento do povo negro. Essa iniciativa representa o compromisso contínuo do campus em promover a divulgação construtiva, destacando a importância da diversidade e buscando fortalecer a compreensão sobre as questões que afetam a comunidade negra.

De acordo com o Diretor do campus, Prof. Harlon Lacerda, através deste evento, o campus reafirma seu papel ativo na promoção da igualdade, proporcionando um espaço vital para reflexões sobre a importância do pensamento e da comunidade negra no Brasil. “A comunidade negra é cotidianamente vilipendiada em todos os espaços da sociedade brasileira. Assim, pessoas negras, intelectuais e pesquisadores e pesquisadoras negras precisam usar seus espaços de fala para transformar a sociedade. O debate é sempre fundamental nesse sentido”.

Para o professor organizador, Leandro Nassoza, a cidade de Oeiras tem uma relação forte com a história e cultura afro-brasileira, sendo visível o quanto a cidade tem representantes afros nos seus espaços públicos, além de várias manifestações culturais e comunidades quilombolas que precisam de visibilidade. Para ele, este evento tem como principal objetivo ofertar visibilidade a temática na cidade, trazer discussões e iniciar um processo de reparação social.

“O impacto desse tipo de ação pode ser de curto, médio e longo prazo. Iniciando com uma transformação na autoestima dos estudantes negros, reforçando sua identidade e sua ancestralidade. Fazendo com que eles cada vez mais busquem espaços sociais e de poder, levando a representatividade afro nas várias esferas sociais. Além de buscar na sociedade de uma forma geral o debate sobre o tema “racismo”, o quanto ele é atual e necessário na formação docente, buscando equilíbrio e justiça social no ofício”.

Ainda de acordo com Prof. Leandro Nassoza, após o projeto de extensão “História e Cultura Afro-brasileira Oeirense”, em 2022, muitas questões relacionada a temática afro começaram a ser desenvolvidas, tanto na universidade como na sociedade de uma forma geral. Algumas delas, foram:  parceria com o Movimento Negro da cidade de Oeiras, produção de eventos temáticos, e  pesquisas acadêmicas que resultaram em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

“Espero que esse evento contribua para a continuidade do desenvolvimento da temática na cidade e na universidade, dando visibilidade as manifestações históricas e culturais dos grupos afro-brasileiros, resgatando identidades e protagonismos sociais”.

 

NEPA promove a exibição do documentário Amor e Racismo no Memorial Esperança Garcia

Por Vitor Manoel

O Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro (NEPA) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), vinculado ao curso de Letras-Português do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), promoveu a exibição do documentário “Amor e Racismo Sem Medida”, da diretora Prof. Carolina de Cássia no memorial Esperança Garcia, centro sul de Teresina.

Mesa com representantes de movimentos presentes no encontro

A ação trouxe a linha de pesquisa promovida nos estudos e no ativismo do Núcleo, trazendo a exibição do filme produzido pela professora Carolina de Cássia com o depoimento de mulheres negras dos quilombos na cidade de Amarante. O documentário traz a história de duas irmãs como protagonistas (Mariquinha e Mundinha) residentes do bairro Vila Nova, ambas professoras negras do município.

O objetivo da execução desse programa foi trazer a discussão da questão racial, dentro do conteúdo visualizado ao longo da exibição do vídeo. Além disso, foram convidados vários grupos de representatividade do movimento negro no Piauí como a Profa. Ma. Haldaei Regina do YABÁS, do Prof. Me. Raimundo Rodrigues do Movimento Negro Unificado do Piauí (MNU-PI), da Dra. Carmen Lúcia Ribeiro do Grupo Matizes e da Mãe Isabel de Oxum.

Roda de conversa no Memorial Esperança Garcia

Durante o encontro se formaram mesas de discussão, rodas de conversas, entre as pessoas presentes com a participação dos familiares das protagonistas do filme. Para o mediador, Prof. Dr. Elio Ferreira eventos desse tipo precisam ampliar o seu leque, saindo das universidades e contactando com outros grupos, de uma forma no qual os temas possam chegar a pessoas populares e instigando que elas participem da discussão.

“A nossa proposta é que se pense de uma forma mais efetiva na questão do racismo e da impunidade recorrente em quem comete esse crime. Para se ter uma ideia no Estado do Piauí existem apenas 24 processos de casos de racismo, e nós sabemos que esse número é bem maior, muitas vezes as pessoas ficam frustradas sem saber a quem recorrer, além de passar por constrangimentos, a questão da burocracia e outros fatores”.

Palestrantes e representantes dos movimentos reunidos

NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISA AFRO DA UESPI

O NEPA foi criado em 2005, sendo o Núcleo de Pesquisa mais antigo do CCHL, são 17 anos realizando vários eventos internacionais e regionais na área de afrodescendência, dentro do contexto da literatura, história e cultura brasileiras, africanas e indígenas. O órgão também é responsável por realizar o maior evento do norte e do nordeste de afrodescentes que é o África Brasil, ação que acontece há mais de 10 anos sempre com palestras trazendo convidados especiais, e publicação de livros impressos e e-books.

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