UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

UESPI-TECH lança projeto para o ensino de História do Piauí

Por: Danilo Kelvin 

“Vamos contribuir para a construção de uma memória histórica mais completa e acessível do Piauí, utilizando as ferramentas digitais para promover a inovação no ensino de História”, explica o Professor Dr. Fernando Bagiotto, Coordenador do Projeto  “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro”, que foi contemplado no Edital UESPI-TECH da Universidade Estadual do Piauí.

O UESPI-TECH é um edital para impulsionar a pesquisa e a inovação na Universidade. Ele contemplou 20 projetos, cada um recebendo um financiamento de 25 mil reais.

Com o objetivo de resgatar, preservar e disponibilizar documentos e memórias regionais, além de promover subsídios pedagógicos digitais para o ensino de História do Piauí, a iniciativa promete revolucionar a educação e a preservação da história local. “Este investimento representa um marco na busca por uma memória histórica mais abrangente e acessível, utilizando tecnologia para inovar no ensino. Este projeto não apenas beneficia a comunidade piauiense, mas também exemplifica o compromisso da universidade com o progresso e o desenvolvimento da região”, conclui o pesquisador.

Acervos históricos e materiais didáticos:

Os pesquisadores irão coletar, digitalizar e preservar acervos históricos por meio do Laboratório de Documentação, Digitalização e Pesquisa Histórica (LADIPH) do campus Professor Alexandre Alves de Oliveira em Parnaíba. O material digitalizado será disponibilizado no Repositório Digital da UESPI, que já conta com um amplo acervo de entrevistas, documentos, livros, revistas, jornais e registros históricos.

A partir desses materiais, a equipe de cientistas irá produzir subsídios pedagógicos digitais como jogos interativos, quizzes, podcasts, blogs, redes sociais e instrumentos avaliativos digitais.

“Esses materiais serão disponibilizados gratuitamente para professores e alunos de todo o estado, com o objetivo de dinamizar as aulas de história e tornar o aprendizado mais lúdico e interessante”, destaca o Dr. Fernando Bagiotto, coordenador.

Estrutura do Projeto e Impactos:

O ensaio conta com a participação de quatro doutores em História, que desempenham papéis fundamentais na pesquisa, coleta de fontes documentais, produção de materiais de apoio pedagógico e orientação de trabalhos acadêmicos relacionados ao tema. A presença desses doutores contribui para a qualidade e aprofundamento das atividades desenvolvidas no projeto.

Projeção 3D do laboratório. Imagens: Arquivo pessoal

O projeto “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” da UESPI pretende impactar principalmente no âmbito social, a história e a memória do Piauí e da Planície Litorânea. Além disso, busca qualificar, aprofundar e introduzir novas metodologias no ensino de História regional, ampliando a consciência social e comunitária. A proposta também visa fortalecer a comunicação entre a produção científica e acadêmica, as demandas das comunidades escolares e universitárias, e as empresas, criando um elo de comunicação.

Benefícios para a comunidade piauiense:

A pesquisa “Resgates do Passado para Projetos Estratégicos de Futuro” tem potencial para beneficiar toda a comunidade piauiense, contribuindo para a preservação da memória e da história da região, e oferecendo novas ferramentas para o ensino de História nas escolas públicas e privadas.

“Acreditamos que estes estudos irão contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que reconhecem a importância da história local para a construção de um futuro melhor para o Piauí”, comenta o professor.

Relembre o Edital UESPI-TECH:

O Tesouro Estadual do Piauí liberou R$ 500 mil para os beneficiários do edital de financiamento de projetos de grupos de pesquisa denominado Uespi-Tech, cujo resultado foi anunciado no final do ano 2023.

Cada projeto selecionado recebeu a quantia de R$ 25 mil. Esta iniciativa contempla 20 grupos, abrangendo todos os campi da universidade. O principal propósito do Uespi-Tech é promover o empreendedorismo e a inovação em diversas áreas do conhecimento. Além de incentivar a pesquisa na universidade, essa ação irá contribuir para o progresso do estado.

Confira o edital completo na página do SIGPROP.

Comunidade acadêmica de Jornalismo promove obra: “Histórias e memórias enquadradas da comunicação e do jornalismo de Picos”

Por Clara Monte 

Comunidade acadêmica de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Picos, produz obra: “Histórias e memórias enquadradas da comunicação e do jornalismo de Picos”.

O e-book tem o objetivo de dar visibilidade às pesquisas que abordam memórias, história e jornalismo relacionados à cidade de Picos. Thamyres Sousa, uma das coordenadoras do projeto e professora de jornalismo no campus, ressalta que, anteriormente, havia poucos projetos voltados para a cultura e história local. Por esse motivo, após debates com a comunidade acadêmica, decidiu-se pela produção do livro como meio de representação.

“Dentro desta obra é possível encontrar diversas pesquisas realizadas por professores, alunos e ex-alunos da UESPI, bem como por docentes de outras instituições. Neste projeto, estabelecemos parcerias com outras universidades, pois os professores são de Picos e reforçamos a importância de dar visibilidade a essa perspectiva. Nosso objetivo é aprimorar este livro, agregando mais pesquisas e abordando diversas temáticas, como educação, economia e sociedade, para ampliar nosso entendimento sobre nossa identidade e contribuir para o crescimento deste projeto contínuo”.

Na primeira parte desta coletânea é destacado narrativas diversas com interpretações de vestígios memorialísticos do jornalismo praticado em Picos em diferentes momentos, como no começo do século XX, década de 1910, passando por marcantes períodos de cerceamento — Estado Novo (1937-1945) e ditadura civil-militar (1964-1985) — e chegando também a apontamentos da primeira década do novo século (2007), com novas formas de jornalismo advindas do crescimento e da força da internet.

O segundo conjunto de trabalhos é dedicado a pensar as relações entre jornalismo e educação, com observações sobre indícios da vida estudantil picoense na década de 1950, a partir dos restos de memória ainda presentes em edições do jornal impresso, denominado estudantil, Flâmula. Além disso, aborda também a história da formação em jornalismo nessa cidade, datada do início do século XXI, momento que marca o começo de uma nova fase das práticas jornalísticas no semiárido piauiense.

Por fim, os capítulos da última parte apresentam investigações sobre narrativas da recente pandemia de covid-19, a partir de memórias digitais, uma vez que a internet tem se constituído lugar de assiduidade do jornalismo interiorano.

Acesse o e-book.