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‘Tecendo a Vida’: projeto desenvolvido por residente da UESPI e equipe do CAPS II Sudeste é selecionado em chamada da Fiocruz

Por Roger Cunha 

Uma conquista que nasce do território, do cuidado e da arte. O projeto “Tecendo a Vida”, desenvolvido no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II Sudeste, em Teresina, e fortalecido pelo trabalho do residente da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Ícaro Carvalho, integrante do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (PReSMAPSI), foi selecionado em chamada pública nacional promovida pela Fiocruz Brasília.

A iniciativa foi o único projeto do Piauí contemplado entre os 30 escolhidos em todo o país, se destacando pela inovação, pelo impacto social e pela capacidade de promover autonomia e reinserção social por meio da economia solidária.

Fiocruz seleciona projeto desenvolvido por residente da UESPI entre experiências de destaque nacional

A chamada nacional foi organizada pelo Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (Nusmad) da Fiocruz, em parceria com o Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (Desmad/SAES/MS), e teve como objetivo apoiar projetos de geração de trabalho e renda associativos, com foco em práticas colaborativas e sustentáveis em saúde mental. Entre as centenas de inscrições vindas de diferentes estados, o “Tecendo a Vida” se destacou pela força do trabalho comunitário desenvolvido no CAPS II Sudeste, onde a arte e o fazer manual se tornaram ferramentas terapêuticas e de transformação social.

Criado em 2019, o “Tecendo a Vida” nasceu dentro do CAPS II Sudeste como um espaço de cuidado, convivência e valorização dos saberes manuais. Desde então, o grupo vem desenvolvendo atividades de confecção artesanal e fortalecimento da autonomia dos usuários do serviço. Ao ingressar no CAPS como residente, Ícaro Carvalho passou a integrar as ações do projeto e foi o responsável por sistematizar, relatar e inscrever a iniciativa na chamada nacional da Fiocruz, destacando a relevância do trabalho desenvolvido coletivamente entre profissionais e usuários. “O Tecendo a Vida já existia quando cheguei ao CAPS, mas me envolvi profundamente com o grupo e percebi o quanto aquela experiência representava cuidado e pertencimento. Por isso, me dediquei a escrever e relatar o projeto para a seleção da Fiocruz, demonstrando como as oficinas funcionavam e o impacto que elas têm na vida dos participantes”, explica o residente. Segundo ele, o projeto “foi se tecendo coletivamente entre profissionais e usuários, transformando o cuidado em algo que também fosse gerador de renda e autonomia”.

O “Tecendo a Vida” envolve usuários do CAPS II Sudeste na confecção de produtos artesanais como crochê, pintura, arte em feltro, cerâmica, bijuterias, panos de prato e laços, atividades que ajudam a fortalecer vínculos, despertar potencialidades e resgatar a autoestima dos participantes. Para Ícaro, o fazer manual vai muito além do trabalho técnico ele representa também um processo de expressão emocional e subjetiva. “O fazer artesanal é, antes de tudo, um exercício de presença e de expressão”, destaca. “Cada peça carrega a marca pessoal de quem produz ela traz o sentimento, como aquela pessoa estava se sentindo, o que ela vive, quais são as marcas que ela carrega.”

Fiocruz seleciona projeto desenvolvido por residente da UESPI entre experiências de destaque nacional

Essas experiências compartilhadas durante as oficinas, segundo o residente, criam uma atmosfera de convivência e solidariedade entre os usuários. “Quando os usuários estão aqui produzindo, eles vão compartilhando as experiências, os saberes… e ali vai se criando uma rede de apoio e um grupo com um vínculo muito forte”, relata. Para ele, esse processo torna o trabalho artesanal uma ferramenta potente de reinserção social e econômica: “Quando temos a possibilidade de comercializar o fruto de tudo isso, se torna uma ferramenta concreta de reinserção social e econômica resgata a dignidade”.

Com a aprovação na chamada nacional da Fiocruz, o projeto foi contemplado com cinco bolsas, quatro no valor de R$ 900,00 e uma de R$ 1.000,00  pagas durante 12 meses, além de um incentivo financeiro de R$ 20.000,00 destinado à compra de materiais e fortalecimento das ações de geração de renda. O reconhecimento, para Ícaro, representa muito mais do que apoio financeiro é o símbolo de um trabalho coletivo construído com escuta, compromisso e sensibilidade. “O reconhecimento da Fiocruz representa o reconhecimento de um trabalho coletivo que foi construído com muito compromisso e sensibilidade”, afirma. Ele lembra que o processo de inscrição foi desafiador e exigiu um esforço conjunto entre residentes e equipe do CAPS: “Tivemos que reunir documentos, registros, depoimentos, gravar vídeos que comprovassem a existência do projeto foi um trabalho conjunto, e eu fiz a dedicação de escrever e organizar todo o material, muitas vezes à noite”.

Arte, cuidado e inclusão: projeto da UESPI promove autonomia e ganha reconhecimento nacional

A motivação, segundo ele, vinha do impacto real que o apoio financeiro teria na vida dos participantes. “Sabendo o poder transformador que uma bolsa teria na vida dessas pessoas era o gás que eu tinha para construir todo esse processo”, relata. A primeira reunião nacional dos projetos selecionados ocorreu no dia 3 de novembro de 2025, reunindo representantes de diferentes estados para a troca de experiências e o planejamento das ações conjuntas. “Foi emocionante perceber que, mesmo em contextos diferentes, todos compartilhamos a mesma luta por uma saúde mental mais humana, inclusiva e conectada com o território”, lembra o residente.

A experiência reforçou em Ícaro a importância do papel do residente como articulador entre universidade, serviço e comunidade. Para ele, essa mediação é fundamental para construir práticas de cuidado baseadas na realidade e nas necessidades do território. “O residente tem um papel fundamental como elo entre o serviço de saúde, a universidade e a comunidade atuamos com escuta sensível e autonomia profissional, construindo soluções a partir das demandas reais do território”, afirma. Ao refletir sobre o aprendizado pessoal, ele acrescenta: “Aprendo todos os dias sobre resiliência, criatividade e esperança o cuidado vai muito além do tratamento medicamentoso; envolve acolhimento, escuta e reconhecimento do outro como sujeito com direitos, saberes e identidade”.

Arte, cuidado e inclusão: projeto da UESPI promove autonomia e ganha reconhecimento nacional

O professor Emanoel Lima, coordenador do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (PReSMAPSI/UESPI). Para ele, o “Tecendo a Vida” traduz, de forma concreta, o propósito da residência multiprofissional. O coordenador explica que, ao vivenciarem o cotidiano do CAPS e acompanharem o desenvolvimento de atividades que geram pertencimento e renda, os residentes passam a compreender o impacto que o cuidado tem na vida das pessoas de maneira integral. “O projeto Tecendo a Vida, desenvolvido no CAPS II Sudeste, é muito importante para a formação dos residentes da nossa UESPI porque articula uma prática de cuidado que envolve a inserção social de usuários da Rede de Atenção Psicossocial pela via do trabalho”, destaca o coordenador. “As artesãs produzem peças que são comercializadas, gerando renda, reconhecimento e pertencimento. O trabalho é uma forma de se sentir parte do mundo, e os residentes, ao acompanharem isso, percebem que o cuidado vai muito além do biomédico, ele é singular, subjetivo e profundamente humano”.

Além de contribuir para a formação profissional, o reconhecimento nacional do projeto também representa um avanço institucional para o PReSMAPSI e para a própria universidade. De acordo com o professor Emanoel, a seleção do “Tecendo a Vida” pela Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde, reforça o papel da UESPI na promoção de práticas inovadoras e humanizadas no campo da saúde mental. “Esse reconhecimento é muito significativo. O PReSMAPSI é o primeiro e único programa de residência em saúde mental do Piauí, e agora figura no cenário nacional entre as 30 iniciativas contempladas em todo o país”.

Arte, cuidado e inclusão: projeto da UESPI promove autonomia e ganha reconhecimento nacional

O coordenador também enfatiza que a residência se diferencia por manter, desde sua criação, um compromisso ético-político com a luta antimanicomial e com a reforma psiquiátrica brasileira, princípios que orientam as ações de ensino e extensão desenvolvidas pelo programa. “A mensagem que deixo é que possamos construir uma sociedade mais empática e menos excludente. Que os residentes se conectem à luta antimanicomial e compreendam que pessoas com transtornos mentais persistentes e severos podem trabalhar, cuidar de suas famílias e participar ativamente da vida em comunidade”, destaca o professor Emanoel. “Projetos como o Tecendo a Vida ajudam a romper séculos de exclusão e a afirmar novos modos de viver, pautados no respeito, no afeto e na dignidade humana”.

A iniciativa é conduzida também com o apoio da equipe multiprofissional do CAPS e tem à frente a artesã Tânia Maria Alves da Silva, que atua diretamente nas oficinas. Por meio da produção artesanal, as participantes aprendem técnicas, trocam experiências e redescobrem sentidos de convivência e autoestima.

Arte, cuidado e inclusão: projeto da UESPI promove autonomia e ganha reconhecimento nacional

Para Tânia Maria, o projeto vai além da confecção de peças em crochê. Ele representa um processo de transformação e fortalecimento pessoal das usuárias que participam das atividades. “Hoje eu trabalho no CAPS como artesã responsável pelo projeto Tecendo a Vida. Foi e é muito gratificante acompanhar a evolução das usuárias, não só em relação à confecção de peças, mas também ao vê-las levar essa experiência para o cotidiano, para a vida”, destaca.

A artesã conta que o reconhecimento da Fiocruz foi recebido com alegria e surpresa pela equipe. Segundo ela, a seleção traz novas perspectivas para o grupo e reforça a importância do artesanato como ferramenta terapêutica. “A escolha do Tecendo a Vida pela Fiocruz foi uma grata surpresa e abre inúmeras possibilidades de crescimento, de apropriação de novos conhecimentos. A melhoria da autoestima e do sentimento de pertencimento faz parte do cuidado prestado no dia a dia pelo CAPS, e ser escolhido pela Fiocruz vem contribuir ainda mais para que esse objetivo seja alcançado”, afirma Tânia.

Arte, cuidado e inclusão: projeto da UESPI promove autonomia e ganha reconhecimento nacional

Mais do que um projeto, o “Tecendo a Vida” vem se consolidando como uma experiência viva de cuidado e transformação, em que arte, afeto e pertencimento se entrelaçam. A iniciativa mostra, na prática, que a saúde mental também se constrói a partir da escuta, da convivência e do trabalho coletivo. Ao integrar ações de ensino, serviço e comunidade, o projeto evidencia o compromisso da UESPI e do PReSMAPSI com a formação de profissionais sensíveis às realidades do território e engajados no fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Mais do que resultados visíveis nas peças produzidas, o “Tecendo a Vida” deixa marcas de autonomia, autoestima e cidadania nas pessoas que o constroem dia após dia.

Conheça mais sobre esse projeto em https://www.instagram.com/tecendoavida.the?igsh=dTU2aDcyZTg0Y2Qy

UESPI integra pesquisa nacional da Fiocruz sobre Avaliação Biopsicossocial da Deficiência

Por Raíza Leão 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) destacou sua posição na área da Educação Especial Inclusiva ao participar de dois importantes projetos relacionados à Avaliação Biopsicossocial da Deficiência. A instituição esteve presente no Seminário de Apresentação dos Resultados da Pesquisa sobre a Avaliação Biopsicossocial Unificada da Deficiência, promovido pela Fiocruz Brasília, e também lidera uma formação pioneira no modelo biopsicossocial no estado do Piauí.

A pesquisa, desenvolvida pela Fiocruz, utilizou o Instrumento de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBRM), que propõe uma visão inovadora para a avaliação da deficiência. Essa abordagem considera não apenas os aspectos orgânicos, mas também os fatores sociais, as estratégias de suporte e as barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência. A UESPI teve um papel fundamental ao garantir a inclusão das Instituições de Ensino Superior (IES) no projeto. Inicialmente, o segmento acadêmico não estava contemplado, mas, após uma provocação apresentada pela UESPI durante as apresentações em junho, a Fiocruz acatou a proposta, incorporando a UESPI e, posteriormente, a UFPI.

Representando a UESPI, a professora Dra. Nadja Carolina Pinheiro, coordenadora adjunta do PARFOR Equidade e do Núcleo de Acessibilidade, destacou que a pesquisa transcende a visão tradicional da deficiência. “O estudo considera fatores como suporte, estratégias e o contexto social da pessoa, reforçando nosso compromisso com a inclusão e a equidade,” afirmou. A UESPI também mobilizou professores de diferentes municípios, como Bom Jesus, Piripiri e Parnaíba, ampliando o alcance regional das ações e fortalecendo sua atuação em políticas públicas voltadas para a acessibilidade.

Além da pesquisa, o Piauí, com o apoio da UESPI, foi o primeiro estado a aderir ao Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência – Novo Viver sem Limite, lançado em novembro de 2023. A adesão trouxe para o estado uma formação pioneira sobre Avaliação Biopsicossocial da Deficiência, direcionada a profissionais das áreas de saúde, assistência social e educação. Realizada em parceria com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), a Fiocruz Brasília e a Fiotec, a formação combina teoria e prática, sendo composta por uma fase on-line, pesquisa de campo e um processo de escuta ativa e troca de saberes entre os profissionais envolvidos.

A professora Nadja Carolina Pinheiro ressaltou a importância de preparar equipes multiprofissionais e interdisciplinares para implementar o novo modelo, conforme previsto na Lei Brasileira de Inclusão. “Nosso objetivo é construir um sistema de avaliação mais justo e equitativo, que amplie o acesso das pessoas com deficiência às políticas públicas. É um modelo que mapeia as barreiras enfrentadas e possibilita um olhar mais coletivo e humanizado,” explicou.

A UESPI também vem se destacando por iniciativas locais que reforçam sua posição de liderança na promoção da inclusão. Programas como o PARFOR Equidade, o PIBID Equidade e o fortalecimento do Núcleo de Acessibilidade refletem esse compromisso com a inclusão e a justiça social. O Núcleo de Acessibilidade da UESPI, reativado na gestão atual, tem desempenhado um papel central nesse processo, oferecendo avaliações psicopedagógicas, orientações para professores, equipes e famílias, além de desenvolver planejamentos educacionais individualizados para estudantes com deficiência.

“Através do Núcleo de Educação Especial Inclusiva, conseguimos mobilizar professores e pesquisadores para ações que vão além do campus central, alcançando municípios do interior do estado. Estamos trabalhando para expandir nossos núcleos e subnúcleos, fortalecendo a rede de acessibilidade em toda a região,” destacou a professora Nadja Carolina Pinheiro.

A formação pioneira no modelo biopsicossocial também fortalece o papel do Piauí como referência nacional na implementação de políticas inclusivas. Com a conclusão da pesquisa e a continuidade da formação, o estado se posiciona como exemplo para outras unidades federativas no uso do novo modelo de avaliação da deficiência. Esse modelo, estruturado pelo Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, prevê a emissão de um certificado unificado, válido em todo o território nacional, e garante que as políticas públicas sejam desenvolvidas a partir das reais necessidades das pessoas com deficiência.

A participação da UESPI na pesquisa e na formação evidencia seu compromisso com a transformação social e a promoção de uma educação inclusiva e de qualidade. Segundo a professora Nadja Carolina Pinheiro, o trabalho conjunto com instituições como a Fiocruz, a OEI e outras parcerias nacionais e internacionais fortalece a capacidade da universidade de atuar como agente de mudança.

“O PARFOR Equidade foi um marco para a UESPI, consolidando nossa liderança na inclusão. Hoje, contamos com uma equipe de professores e pesquisadores comprometidos com a causa, levando nossos projetos a municípios que antes não eram atendidos. O PIBID Equidade, por exemplo, tem sido fundamental na formação inicial de professores, plantando a semente da acessibilidade já na graduação,” afirmou.

Professores da UESPI participam de curso da FIOCRUZ no Rio de Janeiro

Por Roger Cunha 

Entre os dias 15 e 19 de julho, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, foi palco de um evento para a comunidade acadêmica e profissional da saúde pública: o Curso de Inverno.

Este evento, coordenado pela Dra. Andrea Sobral, destacou-se como uma plataforma de troca de conhecimentos e desenvolvimento de novas abordagens na área da saúde.

Curso de Inverno da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizado entre os dias 15 e 19 de julho na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), no Rio de Janeiro.

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) esteve representada no curso, com a participação de seus docentes. O Prof. Dr. Dario Brito Calçada, professor da UESPI e coordenador do Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Aplicações Inteligentes (GEDAI), foi um dos ministrantes do curso. Com experiência em aplicações inteligentes e suas interseções com a saúde pública, o docente levou uma perspectiva inovadora e prática para os participantes, contribuindo com suas aulas para a discussão e o aprofundamento de temas complexos relacionados à tecnologia e saúde.

A Profa. Msc. Jâina Carolina Meneses Calçada, docente do curso de Enfermagem da UESPI, em Parnaíba, e atualmente doutoranda na Fiocruz, foi monitora do curso. “Minha formação em Enfermagem e minha pesquisa na Fiocruz foram essenciais para minha atuação como monitora. A base sólida em ciências da saúde me proporcionou uma compreensão profunda das necessidades e desafios na área da saúde pública, enquanto a pesquisa doutoral na Fiocruz me expôs a metodologias avançadas, como a aprendizagem de máquina,” explicou a professora..

O curso contou ainda com a participação do Prof. Dr. Eduardo Krempser, pesquisador em Saúde Pública na Fiocruz e, atuante, no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Suas aulas trouxeram uma perspectiva sobre a integração da computação científica e a saúde pública, abordou temas que vão desde o processamento de dados até a aplicação de modelos computacionais na pesquisa e prática de saúde.

Prof. Dr. Dario Brito Calçada e Profa. Msc. Jâina Carolina Meneses Calçada.

O Prof. Dr. Dario Brito Calçada explicou que a experiência no Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Aplicações Inteligentes (GEDAI) teve um impacto direto e positivo no conteúdo que ele apresentou no Curso de Inverno da Fiocruz. Ele destacou que o GEDAI tem avançado continuamente na área de soluções tecnológicas aplicadas à saúde, o que resultou em melhorias nos métodos de análise e uso de dados de saúde.

O docente também destacou dois desafios principais ao integrar tecnologia e aplicações inteligentes na saúde pública durante suas aulas no Curso de Inverno da Fiocruz. O primeiro desafio é a coleta de dados. Para que as soluções tecnológicas sejam realmente eficazes, é crucial obter dados relevantes e precisos que reflitam fielmente a realidade. O segundo desafio é o pré-processamento dos dados. Após a coleta, os dados precisam ser preparados e limpos adequadamente para garantir que possam ser analisados com precisão. Esse pré-processamento é essencial para assegurar que as soluções tecnológicas desenvolvidas abordem problemas reais da saúde pública e não apenas apresentem resultados teóricos ou imprecisos. 

Ele avaliou o impacto de sua participação no Curso de Inverno da Fiocruz como extremamente positivo. Ele observou que o conteúdo apresentado foi muito bem recebido pelos participantes, o que é um reflexo do valor e relevância das informações compartilhadas. Além disso, a participação no curso não apenas fortaleceu a colaboração existente com a Fiocruz, representada pela Professora Andrea Sobral e o Professor Eduardo Krempser, mas também resultou no estabelecimento de novas parcerias. Esse aumento na rede de colaborações e a recepção positiva do conteúdo contribuem para o avanço de sua própria pesquisa e para a ampliação de oportunidades na área de saúde pública.

Docentes da UESPI que participaram do Curso de Inverno realizado pela FIOCRUZ no Rio de Janeiro.

Durante o Curso de Inverno, a Profa. Msc. Jâina Carolina Meneses Calçada adquiriu habilidades e conhecimentos que ela pretende aplicar tanto em sua pesquisa doutoral quanto em suas atividades de ensino. Entre as principais competências adquiridas, destaca-se a aprendizagem de máquina, com uma compreensão aprofundada dos conceitos e métodos aplicáveis à saúde pública, o que permitirá desenvolver e implementar soluções baseadas em dados complexos. Ela também aprimorou suas habilidades em análise de dados, incluindo técnicas avançadas como mineração de dados e modelagem preditiva, essenciais para interpretar grandes volumes de dados e extrair insights valiosos.
A familiaridade com ferramentas tecnológicas específicas para análise de dados e aprendizagem de máquina também foi uma conquista importante, permitindo-lhe executar análises complexas e aplicar os métodos aprendidos na prática. 

UESPI participa de solenidade com entrega da Medalha do Mérito Universitário à Fiocruz

Por Anny Santos

“Estamos as vésperas da Cop27, Conferência do Clima da ONU, onde participarei, virtualmente, de uma sessão dedicada ao papel das tecnologias frente aos desafios climáticos contemporâneos. Isso me levou a pensar em como as relações entre saúde e meio ambiente constituem-se em elemento central da histórica relação da Fiocruz e o Estado do Piaui”, afirmou a Dra. Nísia Trindade Lima.

A Homenagem contou com a participação de membros da comunidade acadêmica da Ufpi

O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Evandro Alberto, representou o Governo do Estado na solenidade com entrega da Medalha do Mérito Universitário à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que ocorreu no Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí (UFPI) na manhã desta segunda-feira (07).

O reitor da Uespi participou da mesa honra em homenagem a Dra. Nísia Trindade

O Reitor da Uespi destacou a importância da Fiocruz para o Brasil

Para o Reitor, Prof. Evandro Alberto, a homenagem a Dra. Nísia e a própria Fiocruz é merecida e oportuna neste momento. “Estamos vivendo um período  de mais controle da pandemia COVID 19 em função da Ciência e, em particular, do trabalho realizado por nossos pesquisadores e instituições, como a Fiocruz. A grandeza de nossos institutos voltadas para pesquisa e ciência e a dedicação de nossos pesquisadores são destaques aqui no País e no mundo. Parabéns, Dra. Nísia Trindade e a Fiocruz”, finalizou o Reitor.