Por Roger Cunha
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realiza, no dia 28 de abril, às 10h, um treinamento sobre a ferramenta Scopus AI, que foi desenvolvida pela base de dados científica Scopus, da editora Elsevier. O encontro será realizado de forma online, com possibilidade de acompanhamento presencial no NEAD (Núcleo de Educação a Distância), e está aberto a toda a comunidade acadêmica da instituição. Para participar, é necessário realizar inscrição prévia. O acesso à ferramenta estará liberado para teste até o dia 28 de maio.

Universidade oferece capacitação gratuita sobre Scopus AI para comunidade acadêmica
A Scopus AI é uma funcionalidade que permite o uso de inteligência artificial generativa para a recuperação de informações científicas. Por meio dela, é possível fazer perguntas em linguagem natural e obter respostas baseadas em artigos da base, com links e referências. “As bibliotecas estão acompanhando a transformação impulsionada pela inteligência artificial. Saímos de um sistema de catálogos físicos para um ambiente digital baseado em busca booleana. Agora, com a Scopus AI, passamos a contar com a chamada pesquisa generativa”, explica o bibliotecário da UESPI, Edimar Lopes.
A ferramenta também utiliza o conceito de web semântica, o que permite identificar não apenas termos exatos, mas também os significados relacionados às palavras buscadas. Outro recurso é a geração de mapas mentais, que mostram visualmente os principais temas relacionados ao assunto pesquisado. “Você pode fazer perguntas como ‘qual a importância da inteligência artificial para o jornalismo ou para a biblioteconomia?’. A ferramenta analisa a produção técnica e científica disponível e apresenta uma resposta com base nos documentos da base de dados”, afirma Edimar.
A iniciativa da UESPI busca inserir a universidade nas discussões sobre o uso de novas tecnologias aplicadas ao ensino e à pesquisa. “A UESPI tem o papel de acompanhar o desenvolvimento científico e tecnológico e também de propor soluções. O uso da inteligência artificial está presente em diversas áreas e precisa ser considerado no contexto acadêmico”, destaca o bibliotecário.
Edimar também chama atenção para a responsabilidade do pesquisador no uso da ferramenta. Ele ressalta que a tecnologia pode contribuir para agilizar processos, mas não substitui a análise crítica. “A inteligência artificial pode facilitar o acesso à informação, mas cabe ao pesquisador avaliar e validar as fontes. A leitura atenta continua sendo essencial.”
A atividade reforça o princípio da biblioteconomia que defende o aproveitamento eficiente do tempo de quem busca informação. Para o bibliotecário, esse avanço tecnológico pode contribuir para tornar a pesquisa mais direcionada, sem substituir o papel reflexivo do pesquisador.
Inscrição feitas por meio de link: https://elsevier.zoom.us/meeting/register/vp1oof1wSiWbWx0p2jSBWA#/registration