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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Projeto UESPI-TECH II impulsiona fruticultura de precisão e fortalece a cajucultura no Piauí

Por Raíza Leão

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) avança em inovação e tecnologia aplicada ao agronegócio com o projeto “Fruticultura de Precisão: Inovação no Manejo da Cajucultura com Integração de Solo, Fitossanidade e Drones”, coordenado pela professora Melissa Oda Souza, do curso de Engenharia Agronômica. A iniciativa é um dos projetos contemplados no edital do UESPI-TECH II, programa institucional que investe recursos próprios da universidade para fomentar pesquisas de impacto social, ambiental e econômico. O edital, que ultrapassa R$1,2 milhão em investimentos, destinou mais de R$24 mil ao projeto de fruticultura de precisão, reforçando o compromisso da instituição em fortalecer práticas inovadoras no campo e promover soluções tecnológicas acessíveis para agricultores e instituições parceiras.

Projeto “Fruticultura de Precisão: Inovação no Manejo da Cajucultura com Integração de Solo, Fitossanidade e Drones”

Com um cenário marcado pela queda de mais de 21% na produtividade da cajucultura entre 2020 e 2021, o estado enfrenta desafios relacionados a pragas, doenças, falhas no manejo e ausência de tecnologias acessíveis de monitoramento. Foi diante desse contexto que surgiu o projeto. De acordo com a professora Melissa Oda, o objetivo central é desenvolver um modelo moderno de monitoramento adaptado à realidade do Piauí, integrando informações do solo, da sanidade das plantas e de imagens aéreas captadas por drones.

“A proposta é criar diagnósticos precisos que orientem produtores e instituições sobre as melhores práticas de manejo, aumentando a eficiência e reduzindo perdas na produção de caju”.

Projeto “Fruticultura de Precisão: Inovação no Manejo da Cajucultura com Integração de Solo, Fitossanidade e Drones”

A docente explica que a motivação para o desenvolvimento da pesquisa está diretamente ligada aos principais entraves da cadeia produtiva.“Há uma falta de assistência técnica contínua, pouco uso de análises de solo e inexistência de ferramentas acessíveis de monitoramento. Nosso objetivo é suprir essas lacunas com tecnologia”.

As primeiras etapas já foram iniciadas, como o levantamento histórico da área estudada, o georreferenciamento, o planejamento logístico das coletas e a execução dos voos com drone entre novembro e dezembro. Também já foram coletadas amostras de solo em 30 pontos, encaminhadas para análise laboratorial. As próximas fases incluem campanhas de diagnóstico para pragas e doenças como mosca-branca, oídio, antracnose e nematoides, além do processamento das imagens e da integração multicritério para a elaboração de mapas temáticos que orientarão recomendações de manejo. Em 2026, o projeto também oferecerá cursos de extensão em geotecnologias e agricultura de precisão, voltados para alunos, produtores rurais e técnicos agrícolas, com atividades práticas no Centro de Ciências Agrárias.

Projeto “Fruticultura de Precisão: Inovação no Manejo da Cajucultura com Integração de Solo, Fitossanidade e Drones”

O projeto recebeu R$ 24.962,09 do edital UESPI-TECH II, sendo R$ 4.847,20 destinados ao custeio (análises de solo, materiais e consumíveis) e R$ 20.114,89 para aquisição de itens de capital, como um drone DJI Mini 4 Pro, estufa de secagem, pHmetro portátil, datalogger climático e outros equipamentos essenciais para o monitoramento e diagnóstico. Para a professora Melissa, esse investimento é determinante para fortalecer a pesquisa aplicada na UESPI.

“O financiamento permite que o curso estruture um núcleo de pesquisa aplicada, gere dados inéditos sobre a cajucultura local e proporcione aos alunos prática com tecnologias que realmente transformam a realidade do produtor”. 

Oito alunos de Engenharia Agronômica participam diretamente da execução das atividades, atuando nas coletas de solo, avaliações fitossanitárias, operação assistida do drone, geoprocessamento e processamento de imagens. A professora destaca que essa vivência prática tem impacto direto na formação técnica e científica dos estudantes. “Os alunos vivenciam metodologias reais usadas por grandes centros de pesquisa e se aproximam da realidade do produtor. É uma formação completa, que integra teoria, prática, tecnologia e impacto social”.

Projeto “Fruticultura de Precisão: Inovação no Manejo da Cajucultura com Integração de Solo, Fitossanidade e Drones”

A pesquisa também ganhou uma dimensão social significativa. Após um incêndio comprometer a área inicialmente planejada, o projeto passou a ser realizado em parceria com a Fazenda da Paz, instituição referência no acolhimento e reinserção social no Piauí, que tem na produção de cajuína uma importante fonte de renda.

Projeto “Fruticultura de Precisão: Inovação no Manejo da Cajucultura com Integração de Solo, Fitossanidade e Drones”

“A presença do projeto na Fazenda da Paz permite aprimorar o manejo dos cajueiros, melhorar a qualidade dos frutos e da cajuína, e aplicar a fruticultura de precisão em um ambiente socialmente transformador.”, explica Melissa Oda.

A iniciativa aproxima ainda mais a UESPI das demandas do território, reforçando seu papel social e seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. 

Projeto VIVA+: Tecnologia, cuidado integral e impacto social marcam iniciativa contemplada pelo UESPI-Tech II

Por Raíza Leão

O Projeto VIVA+: Uma Estratégia de Cuidado de Saúde Integral para Servidores Públicos do Piauí é um dos destaques do  edital do UESPI-Tech II, programa institucional da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) que financia iniciativas de inovação com recursos próprios. Nesta edição, o edital investe R$25 mil em cada projeto selecionado, reforçando o compromisso da universidade com a produção de soluções aplicadas que geram impacto social, ambiental e econômico no estado.

Projeto VIVA+: Uma Estratégia de Cuidado de Saúde Integral para Servidores Públicos do Piauí

Coordenado pelo professor Dr. Vinícius Alexandre da Silva Oliveira, o VIVA+ integra tecnologia, atendimento multiprofissional e ações remotas para promover saúde, bem-estar e acompanhamento de indicadores clínicos de servidores públicos. A proposta se destaca pela abrangência: envolve 50 alunos bolsistas, 13 professores e parcerias diretas com a Secretaria de Estado da Administração (SEAD) e a Secretaria de Segurança Pública.

Projeto VIVA+: Uma Estratégia de Cuidado de Saúde Integral para Servidores Públicos do Piauí

Ao apresentar o projeto, o professor Vinícius Alexandre explica que a criação do VIVA+ responde a uma deficiência histórica: o acesso desigual de servidores do interior às ações de promoção à saúde. “Determinados órgãos tendem a realizar atividades focadas na capital, excluindo o servidor que está no interior. O VIVA+ incorpora tecnologia e permite trabalhar à distância, sem deixar de fora essa faixa importante da população”, afirma.

O projeto é estruturado por uma plataforma digital e um aplicativo, ambos desenvolvidos por alunos da área de TI, que permitirão monitoramento de biomarcadores e devolutivas personalizadas aos servidores. “A ideia é monitorar indicadores de saúde e oferecer feedback para melhorar condições de vida e bem-estar”, explica o professor.

Dados populacionais e de saúde pública serviram de base para justificar o projeto:

  • Envelhecimento acelerado da população brasileira;
  • Mais de 50% dos brasileiros com obesidade ou sobrepeso;
  • Sedentarismo crescente;
  • Aumento significativo de problemas de saúde mental no pós-pandemia, afetando cerca de 25% da população.

“Pensamos em um projeto abrangente, inclusivo e capaz de chegar às pessoas mais distantes”, pontua Vinícius Alexandre.

Projeto VIVA+: Uma Estratégia de Cuidado de Saúde Integral para Servidores Públicos do Piauí

As equipes das áreas da saúde já passaram por oficinas, treinamentos e qualificações. Alunos de Sistemas de Informação e Computação estão finalizando a plataforma e o aplicativo, aguardando apenas definição de hospedagem para iniciar o teste piloto, que contará com 100 servidores.

O recurso do UESPI-Tech II tem papel decisivo no desenvolvimento da iniciativa. “O edital nos permite desenvolver soluções dessa envergadura. Ele valoriza profissionais e alunos da nossa casa que têm ideias e capacidade de criar projetos transformadores”, afirma o coordenador.

A estudante Taynara Medeiros, do 8º bloco de Educação Física, participa das ações junto aos servidores do Tribunal de Justiça e destaca a importância da vivência prática: “O VIVA+ contribui de maneira muito significativa. Vivencio na prática conteúdos que aprendo em sala e desenvolvo habilidades de planejamento, condução e avaliação. Essa experiência amplia minha visão e me dá mais segurança como futura profissional”. Para ela, o impacto do projeto é duplo: “Para os acadêmicos, abre novas possibilidades. Para os servidores, promove exercícios físicos e qualidade de vida”.

Projeto VIVA+: Uma Estratégia de Cuidado de Saúde Integral para Servidores Públicos do Piauí

A estudante Raiane Rodrigues, do 11º período de Psicologia, integra a equipe discente fundadora do projeto e atua em plantão psicológico, ações grupais e atividades de pesquisa. Para ela, o VIVA+ se consolida como um espaço privilegiado de formação, no qual teoria, prática e inovação tecnológica se articulam de forma orgânica.

Raiane Rodrigues explica que a experiência no projeto tem permitido compreender, na prática, as demandas reais de saúde mental dos servidores, especialmente no contexto pós-pandemia, marcado por estresse, ansiedade e desafios emocionais. “O projeto possui uma proposta abrangente, que articula teoria e prática de maneira consistente. O aprendizado ativo fortalece o desenvolvimento de competências profissionais e transforma o modo de atuar como futura psicóloga”.

Projeto VIVA+: Uma Estratégia de Cuidado de Saúde Integral para Servidores Públicos do Piauí

Ela ressalta que o VIVA+ cria um ambiente de cuidado contínuo, interdisciplinar e sensível às necessidades dos trabalhadores, o que amplia a compreensão sobre o fazer psicológico dentro de políticas públicas e contextos institucionais.

Outro ponto destacado por Raiane Rodrigues é o diferencial tecnológico do projeto, que fortalece a integração entre saúde e inovação: “A plataforma digital e o aplicativo desenvolvidos pelos próprios alunos ampliam o acesso dos servidores às ações de saúde, permitindo maior alcance, agilidade e personalização. Essa combinação aproxima a comunidade acadêmica dos serviços ofertados e fortalece o vínculo entre universidade e servidores”.

Ao comentar o apoio do UESPI-Tech II, ela enfatiza que a iniciativa foi determinante para consolidar as ferramentas digitais e profissionalizar o alcance do projeto. “O edital é essencial para o desenvolvimento e consolidação das ferramentas tecnológicas do projeto. Ele garante que a inovação seja incorporada efetivamente às práticas de cuidado integral e amplia o alcance das ações para além da universidade”.

Projeto VIVA+: Uma Estratégia de Cuidado de Saúde Integral para Servidores Públicos do Piauí

O UESPI-Tech é o maior programa de incentivo à inovação interna já desenvolvido pela UESPI. Em sua segunda edição, impulsiona projetos nas áreas de saúde, agro, química, energia e tecnologia, reafirmando o compromisso institucional com a pesquisa aplicada e o desenvolvimento do Piauí. “Todos os projetos aprovados são relevantes. Esperamos que essa perspectiva de editais e valorização da produção acadêmica continue”, conclui o professor Vinícius Alexandre.

Revista Piauiense de Enfermagem prorroga prazo para a última edição de 2025

Por Roger Cunha 

A Revista Piauiense de Enfermagem (REPEN), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), anunciou a prorrogação do prazo de submissão para a 5ª edição de 2025, encerrando o ciclo de publicações do ano. A decisão vem acompanhada de um movimento de fortalecimento do trabalho editorial e da ampliação do diálogo com pesquisadores, alunos e docentes que integram o projeto.

UESPI prorroga submissões para a 5ª edição da Revista Piauiense de Enfermagem

Segundo a coordenação editorial, a prorrogação se tornou necessária diante da redução no número de submissões registradas até o momento. O Prof. Dr. Mauro Roberto Biá, doutor em Medicina Tropical e Saúde Pública pela Universidade Federal de Goiás (bolsista CAPES) e professor de dedicação exclusiva do curso de Enfermagem da UESPI, explica que a baixa procura nesta edição contrasta com o histórico do periódico e pode estar relacionada ao período de férias e ao afastamento momentâneo de muitos estudantes e pesquisadores das atividades acadêmicas. Ele reforça que a revista possui um compromisso com sua periodicidade trimestral e que “garantir a regularidade é essencial para que a REPEN continue sendo reconhecida como um espaço sério, organizado e comprometido com a divulgação científica”. A extensão do prazo, portanto, vem como estratégia para assegurar o volume de publicações e manter a sequência editorial planejada para o ano.

A temática da edição também passou por ajustes relevantes durante o processo editorial. Inicialmente, o tema seria voltado para Cuidado de Enfermagem e a Utilização de Inteligências Artificiais, proposta inovadora, mas que, na prática, encontrou pouca aderência entre os pesquisadores locais. O coordenador explica que “a baixa exploração dessa temática nas pesquisas desenvolvidas no Piauí fez com que a equipe editorial optasse por um tema mais consolidado, próximo da realidade profissional e formativa dos nossos alunos e professores”. Assim, a revista passa a adotar como eixo central “O Cuidado Centrado na Pessoa: A Ética da Responsabilidade e o Olhar Integral na Assistência”, tópico amplamente debatido na Enfermagem e que possibilita um leque mais diverso de abordagens investigativas.

Para o professor Mauro Biá, essa mudança não apenas amplia a participação, mas reforça a importância de se discutir a prática cotidiana da Enfermagem a partir de suas bases éticas, humanas e integradoras. Ele destaca que a edição busca unir “a atividade diária da equipe de enfermagem com os princípios éticos que norteiam a profissão”, estimulando produções que revelem reflexões sobre responsabilidade, integralidade, segurança e cuidado humanizado.

Essa construção temática se alinha diretamente à proposta de formação que orienta o projeto de extensão da REPEN. O estudante Victor Augusto Fontenelle, graduando de Enfermagem da UESPI, membro editorial da revista e fundador da Liga Acadêmica de Atenção às Doenças Pediátricas Raras, explica que o projeto proporciona uma experiência editorial intensa, formativa e, sobretudo, transformadora. Ele ressalta que integrar a equipe da REPEN permite aos extensionistas vivenciar aspectos raramente conhecidos por estudantes de graduação: a organização das submissões, o acompanhamento técnico do processo editorial, a verificação das normas e padrões científicos, a gestão dos prazos e a compreensão da importância ética e metodológica que envolve a publicação acadêmica.

UESPI prorroga submissões para a 5ª edição da Revista Piauiense de Enfermagem

Para Victor Augusto, esse contato direto com os bastidores de uma revista científica fortalece habilidades essenciais para a formação profissional e acadêmica. Ele pontua que os estudantes aprendem a lidar com responsabilidades variadas, a desenvolver rigor na escrita, a interpretar correções e avaliações, além de compreender a importância da ciência produzida localmente. Ele reforça, ainda, que a participação docente é decisiva nesse processo. Professores de diferentes campi da UESPI atuam como avaliadores e revisores, trazendo ao fluxo editorial a experiência, o olhar técnico e o compromisso com a qualidade metodológica e temática dos textos selecionados. Essa interação constante entre docentes e discentes fortalece a construção de uma cultura científica na universidade, gera novas oportunidades e incentiva a continuidade dos estudos.

Ele também adiantou que, em breve, será aberto um novo processo seletivo para estudantes extensionistas, desta vez em parceria com o Centro Acadêmico de Enfermagem Irmã Abrahíde Alvarenga (CAIAA). A ampliação da equipe editorial representa, segundo ele, mais uma forma de democratizar o acesso à pesquisa e às práticas editoriais dentro do curso de Enfermagem.

Ao comentar sobre as expectativas para esta edição, o estudante destaca que a temática proposta convida a comunidade acadêmica a refletir profundamente sobre ética e integralidade no cuidado. Ele afirma que vivemos um momento em que pensar ética “não se limita ao cumprimento de normas, mas envolve enxergar o indivíduo em sua totalidade, compreender vulnerabilidades, respeitar singularidades e promover práticas baseadas em dignidade e humanidade”. A coordenação editorial tem grande interesse em receber estudos que dialoguem com a realidade piauiense, valorizem a prática profissional e tragam contribuições para a formação e o fortalecimento da Enfermagem enquanto ciência e profissão.

Com o prazo estendido até 15 de dezembro de 2025, a REPEN reforça seu convite a pesquisadores, estudantes e profissionais da saúde para enviarem seus estudos. As submissões devem ser enviadas ao e-mail institucional: rpiauiense@ccs.uespi.br.

Com a prorrogação do prazo e a abertura para novas submissões, a Revista Piauiense de Enfermagem reforça seu objetivo de ampliar a participação da comunidade científica e de incentivar a produção acadêmica dentro e fora da UESPI. A edição final de 2025 se consolida como um espaço de circulação de conhecimento, diálogo e valorização das pesquisas em Enfermagem. Para conhecer a revista, acessar edições anteriores e conferir as normas de submissão, basta entrar no site oficial: revistaenfermagem.uespi.br.

Projeto com girassol ornamental avança no Centro de Ciências Agrárias da UESPI

Por Roger Cunha 

O Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em Teresina, vem ganhando destaque nacional com sua participação no projeto de girassol ornamental de corte, uma pesquisa colaborativa que reúne 18 universidades brasileiras. A iniciativa é coordenada pelo Grupo PhenoGlad, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e busca gerar informações capazes de orientar produtores de todo o país sobre o cultivo da planta para fins ornamentais.

Projeto com girassol ornamental avança no Centro de Ciências Agrárias da UESPI / Imagem: Raíza Leão

A UESPI participa do projeto há dois anos e integra a pesquisa ao lado da Universidade Federal do Piauí (UFPI), no campus de Bom Jesus. Segundo o professor Jean Paz, coordenador da etapa local, a proposta nasceu a partir de um convite da UFSM para que a universidade contribuísse com ensaios em condições climáticas do semiárido. “Esse é um projeto que já estamos participando há dois anos, agora na segunda etapa. Fomos convidados a integrar esse ensaio para gerar informações que sirvam para o Brasil inteiro”, explica o professor. Ele destaca que a participação da UESPI representa não apenas o avanço científico, mas também a possibilidade de fortalecer a agricultura ornamental no Piauí.

Um dos pontos que mais chamaram a atenção da equipe foram os resultados obtidos nos cultivos realizados em Teresina. O professor Jean Paz explica que o grupo trabalha com técnicas de manejo e análise de biofertilizantes, incluindo o uso de bactérias benéficas que impulsionam o desenvolvimento da planta. “Conseguimos girassóis com apenas 45 dias, quando a média geral das 18 instituições participantes é de 56 dias. Esse desempenho garante até dois ciclos a mais por ano”, ressalta. A equipe observou ainda plantas com mais de um metro de altura, superando o padrão comercial, o que amplia as possibilidades de comercialização e valor agregado.

Projeto com girassol ornamental avança no Centro de Ciências Agrárias da UESPI / Imagens: Raíza Leão

Segundo ele, esses resultados abrem novos horizontes para pequenos produtores da região. “O girassol é uma das plantas ornamentais mais procuradas em Teresina. Cultivá-lo em ciclos menores significa uma renda consideravelmente maior para o agricultor ao longo do ano”, argumenta.

O projeto reforça a vocação agrícola do estado e demonstra o potencial da UESPI em pesquisas de impacto social e econômico. A combinação entre clima favorável, manejo adequado e tecnologia aplicada permite que o Piauí se destaque na cadeia produtiva de flores ornamentais, setor em crescimento no país. Para o professor Jean, a iniciativa beneficia diretamente o desenvolvimento regional. “A pesquisa oferece à sociedade mais uma ferramenta de crescimento econômico. Os resultados mostram que o Piauí pode se tornar referência em girassol ornamental de corte”, destaca.

Além disso, o trabalho fortalece a formação prática de estudantes do CCA, que participam das etapas de cultivo, coleta de dados e análises, contribuindo para a consolidação dos grupos de pesquisa ligados à área de ornamentais na universidade.

Projeto com girassol ornamental avança no Centro de Ciências Agrárias da UESPI / Imagens: Raíza Leão

Os avanços obtidos nesta fase motivam a continuidade da parceria. A equipe deve ampliar os estudos para outras espécies ornamentais e também se preparar para a terceira etapa da pesquisa. “Esperamos dar sequência ao projeto no próximo ano, expandindo para outras plantas e continuando a contribuir com a floricultura nacional por meio dos avanços do Centro de Ciências Agrárias da UESPI”, explica o professor Jean. Ele reforça ainda a importância do apoio institucional e do grupo de pesquisa da universidade para o sucesso alcançado até agora.

Com resultados expressivos e crescente reconhecimento, a UESPI reafirma seu compromisso com a ciência aplicada, com a produção de conhecimento e com o desenvolvimento do Piauí, abrindo portas para novas perspectivas na agricultura ornamental do estado.

Projeto com girassol ornamental avança no Centro de Ciências Agrárias da UESPI / Imagens: Raíza Leão

Os resultados obtidos até o momento indicam boas perspectivas para o cultivo de flores ornamentais no Piauí. Com novas etapas previstas para o próximo ano, a pesquisa deve ampliar dados, fortalecer a participação dos estudantes e contribuir para o desenvolvimento da floricultura no estado.

Cerimonial Universitário: calendário de colação de grau em separado 2026

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), através do Cerimonial Universitário da UESPI (CEU UESPI), torna público o calendário de Colação de Grau em Separado de 2026.

CALENDÁRIO COLAÇÃO DE GRAU EM SEPARADO 2026

Como acontece a cerimônia?

A Colação de Grau em Separado é realizada de forma simplificada, composta somente pelo juramento e leitura do termo de outorga de grau, não havendo uso de vestimenta tradicional (beca), entrega de canudos e pronunciamentos, exceto da autoridade outorgante;

Para solicitar a Colação de Grau em Separado o estudante deve:

1- Acessar o site da UESPI;

2- Na sessão “Serviços”, disponível na home do site, acessar a opção “Protocolo“;

3- Na página do protocolo acessar o link “Formulário do Aluno“;

4- O aluno deve:

• Imprimir o documento;
• Preencher;
• Digitalizar;
• Enviar para o e-mail: dcad@preg.uespi.br

Para colação de grau em separado o aluno deve anexar o histórico acadêmico atualizado, disponível no aluno online, com o comprovante de pagamento de depósito ou transferência Banco do Brasil (Agência 3791-5; Conta 7286-9), no valor de R$40,00.

A Colação de Grau em Separado também pode ser solicitada pelos coordenadores de curso quando uma turma completa, com no mínimo 10 (dez) formandos, tenha optado por não realizar a Colação Convencional. Neste caso, os coordenadores devem enviar ao DCAD, via processo SEI ou e-mail (dcad@preg.uespi.br), o nome completo e o número da matrícula curricular dos acadêmicos aptos a colarem grau. Lembrando que como se trata de um número igual ou superior a 10 (dez) formandos, estes ficam isentos da taxa de pagamento. Assim como também podem escolher uma data dentro ou fora do nosso calendário em dias úteis e em horário de funcionamento da instituição.

Reforçamos, ainda, que se a turma possuir 9 (nove) ou menos formandos é necessário que cada acadêmico, por conta própria, e individualmente faça sua solicitação. O estudante deverá pagar a taxa no valor de R$40,00.

Rio Vivo transforma pesquisa em ação e aproxima população da conservação ambiental

Por Roger Cunha 

Em Campo Maior, onde os rios influenciam diretamente o modo de vida das comunidades, preservar a água deixou de ser apenas uma preocupação ambiental. Tornou-se também uma necessidade de saúde pública e de desenvolvimento local. Nesse contexto foi criado o projeto “Rio Vivo: Conectando Ciência, Conservação e Comunidade”, coordenado pelo professor Lucas Ramos. A iniciativa, contemplada pelo edital UESPITech II, reúne pesquisadores da UESPI, IFMA e UFPI em um trabalho que pretende aproximar ciência e população para fortalecer a preservação dos rios.

Projeto financiado pelo UESPITech II transforma pesquisa em ação pela saúde dos rios / Imagem gerada por IA

O Rio Vivo nasceu da percepção de que boa parte do conhecimento produzido na universidade não chega às pessoas que convivem diariamente com os impactos da degradação hídrica. Lucas Ramos explica que a ideia surgiu da necessidade de aproximar pesquisa e comunidade, especialmente quando o tema envolve a água, que é um recurso determinante para a saúde, o sustento e a qualidade de vida de famílias inteiras. Segundo ele, o projeto foi idealizado para facilitar o acesso ao conhecimento científico e estimular nas comunidades a consciência sobre o papel dos rios na vida cotidiana. “O projeto surgiu da necessidade de promover a integração entre pesquisadores, alunos e a comunidade local, compartilhando nossas pesquisas e propondo ações educativas voltadas à preservação dos rios da região. Percebemos que muito do conhecimento produzido não chegava ao grande público, e o Rio Vivo passa a ser uma ponte para divulgar informações sobre a biodiversidade e reforçar a importância da conservação”, afirma.

O trabalho parte de uma abordagem ampla. A equipe busca compreender como a qualidade da água do Rio Surubim interfere no dia a dia da população, tanto no aspecto ambiental quanto na saúde. O monitoramento reúne dados físico-químicos, microbiológicos e biológicos, formando um diagnóstico completo sobre o rio. Essas informações servirão de base para que gestores públicos possam atuar com mais precisão no planejamento de ações de saneamento, na prevenção de doenças de veiculação hídrica e na conservação dos recursos naturais. Lucas reforça que a proposta envolve ciência e cidadania ao mesmo tempo. “Vamos associar o conhecimento da biodiversidade do Rio Surubim aos impactos na qualidade da água e na saúde humana, além de realizar ações educativas em diferentes segmentos da sociedade. O projeto também vai desenvolver um ambiente virtual interativo e um jogo digital educativo, integrando tecnologia, ciência e aprendizagem”, explica.

O monitoramento ambiental realizado pelo grupo amplia a rede de observação já existente ao incluir elementos que costumam passar despercebidos, como a fauna e a flora que vivem no rio. Além de analisar pH, turbidez, oxigênio dissolvido e condutividade elétrica, o projeto estuda também macroinvertebrados e organismos indicadores da saúde do ecossistema. A equipe irá organizar os dados em relatórios a serem enviados para secretarias e órgãos de vigilância e saúde pública, fortalecendo o conjunto de informações sobre as bacias piauienses. Lucas observa que o Surubim é apenas o início. “A ideia é consolidar a metodologia em Campo Maior e futuramente expandir para outros municípios por meio de ações itinerantes”, afirma.

Projeto financiado pelo UESPITech II transforma pesquisa em ação pela saúde dos rios / Imagem: Internet.

Com o investimento recebido pelo UESPITech II, o grupo adquiriu equipamentos imprescindíveis para análises ambientais, garantindo precisão e segurança nas primeiras etapas do projeto. A estrutura inclui uma autoclave para esterilização de materiais, um microscópio biológico com sistema de vídeo digital para identificação de organismos aquáticos e, em breve, uma impressora 3D para produção de modelos didáticos utilizados nas ações educativas. “Os equipamentos permitirão identificar organismos aquáticos, produzir imagens para materiais didáticos e elaborar modelos tridimensionais para ações educativas. Tudo isso ajuda a transmitir conhecimentos básicos sobre espécies de água doce e reforçar a importância da qualidade da água na prevenção de doenças”, destaca o professor.

Mesmo em fase inicial, o projeto já começa a gerar movimento nas redes sociais e despertar interesse entre estudantes e moradores de Campo Maior. A divulgação das primeiras atividades tem motivado jovens de diferentes áreas a buscar mais informações sobre o trabalho, demonstrando que a aproximação entre ciência e comunidade está surtindo efeito. “A interação nas redes está sendo muito positiva. Alunos de diferentes cursos têm mostrado interesse e curiosidade em conhecer mais sobre nossas ações”, comenta Lucas.

Os próximos passos incluem o desenvolvimento de um jogo digital educativo, a criação de um ambiente virtual interativo e a produção de modelos didáticos em 3D para compor uma exposição itinerante que será levada a escolas e espaços públicos. Também será elaborada uma cartilha informativa com dados sobre o Rio Surubim e sobre os organismos que habitam esse ecossistema. A etapa final prevê a entrega de um relatório técnico à Secretaria Municipal de Meio Ambiente com informações detalhadas sobre os parâmetros físico-químicos, microbiológicos e biológicos da água. Esse documento oferecerá subsídios para ações de restauração ecológica e para estratégias de prevenção de doenças relacionadas à falta de qualidade da água.

O projeto Rio Vivo reforça a importância da pesquisa aplicada e do envolvimento direto com as comunidades locais. Em um cenário de mudanças climáticas, poluição e pressão crescente sobre os rios, a iniciativa mostra que preservar a água é também preservar a vida e garantir um futuro mais saudável para as cidades que dependem desses recursos. A proposta une conhecimento científico, tecnologia e participação social, promovendo uma nova forma de pensar educação ambiental e gestão hídrica no Piauí.