Por Anny Santos
Em alusão ao Dia Internacional da Educação, comemorado em 24 de janeiro, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) reforça seu compromisso com o desenvolvimento e melhoria da Educação, assim como os 164 países, incluindo o Brasil, que instituíram a data simbolizando esse comprometimento.
Dentre suas principais ferramentas que auxiliam no alcance dessas melhorias propostas, a instituição conta com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP), tendo como Pró-reitor o Prof. Dr. Rauirys Alencar, responsável por tratar dos cursos de pós-graduação, como os de especialização e mestrado. Além disso, também cuida dos assuntos referentes à pesquisa.
A Pesquisa como fomento de Ensino
Para o Prof. Dr. Gustavo Gusmão, Diretor do Departamento de Pesquisa, o ensino e a pesquisa se completam. Segundo ele, desde as séries iniciais é imprescindível incentivar e mostrar a importância da pesquisa para a construção do conhecimento do aluno como uma formação crítica, criativa e inovadora, tendo o desenvolvimento de um país diretamente relacionado ao ensino que seus cidadãos recebem. “Seja na área da saúde, na tecnologia ou qualquer outra área, a pesquisa científica é fundamental para o desenvolvimento de uma nação, país e território, isso é evidente. Ela sempre vai proporcionar a resolução de problemas relevantes para a sociedade, ou seja, os resultados das pesquisas sempre possuem o objetivo de melhorar algum processo”, pontua.
Sinara Rosal, aluna do 5º bloco do curso de Letras/Português, campus Poeta Torquato Neto, realiza a pesquisa “O Ensino da Leitura nos Anos Iniciais de Escolarização: Contribuições da Neurociência”, proveniente do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), sob orientação da Profa. Norma Ramos.
Segundo ela, sua pesquisa possibilita o acesso e entendimento dos processos neuronais que envolvem a linguagem e conscientiza os professores alfabetizadores da necessidade de uma formação que contemple os princípios linguísticos que regem a aquisição da linguagem, de maneira que facilite o ensino-aprendizagem da leitura e escrita nos anos iniciais de escolarização.
“A educação sempre pareceu, aos meus olhos, a maneira como qualquer indivíduo é capaz de transformar sua vida. Acredito que ela nos proporciona os meios pelos quais alcançamos plena liberdade. Através do PIBIC, tenho a chance de ampliar meus horizontes. Considero que seja enriquecedor para minha formação como professora e como ser humano. Aprender o que for possível, entender como funciona o cérebro humano na aquisição da linguagem para ser capaz de melhor ajudar outros nessa atividade”, destaca.
Pós-graduação, potência e qualificação
Segundo o Prof. Dr. Pedro Pio, Dir. de Departamento de Pós-Graduação, a Pós-Graduação, seja ela Lato Sensu ou Stricto Sensu, em nível de Mestrado ou Doutorado, acadêmico ou profissional, tem contribuído inegavelmente para a formação de profissionais, professores e pesquisadores cada vez mais aptos e comprometidos com o desenvolvimento da Educação em seu sentido amplo, e levam às instituições de ensino e aos discentes o incentivo à pesquisa científica, ao senso crítico e, por conseguinte, à formação cidadã.
“No âmbito dos Mestrados Profissionais da UESPI todos os profissionais formados têm retornado às instituições da educação básica munidos de novos conhecimentos, capazes de serem aplicados às suas práticas docentes. Tal formação, também, é importante para a mudança socioeconômica tanto dos profissionais, que podem ascender em razão da titulação, quanto da sociedade, que recebe uma educação com mais qualidade e mais equidade”, destaca o Diretor.
César Pinheiro é aluno do ProfHistória da UESPI, programa de pós-graduação Stricto Sensu em Ensino de História reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação e que visa à formação continuada do docente em História para atuar na Educação Básica.
Tendo iniciado sua graduação somente aos 33 anos, o Campo-Maiorense relata que se origina de uma família muito humilde, onde seu principal interesse era conseguir um emprego, o que justifica seu ingresso, considerado por ele, tardio no Ensino Superior. Concluiu o curso de História em 2013, na UESPI de Parnaíba, mas a oportunidade de seguir sua trajetória acadêmica voltando para o campo, após cursar Direito também na instituição, surgiu quando o ProfHistória se instalou em Parnaíba, ingressando na segunda turma.
“A educação salvou minha vida. Devo tudo a ela. Desde jovem, ao ver pessoas próximas indo pra universidade e eu não, ficava frustrado. Eu queria e tinha o entendimento que era possível, mas não era viável naquele momento, porque eu tinha outras urgências. Assim que entrei na UESPI não saí mais, desde 2009 até agora, ininterrupto. Termino, entro em outro curso, apresento trabalhos, sigo minha formação. Já são mais de 13 anos com a instituição sendo uma casa amiga e formadora na minha vida profissional e cidadã. Professores como Idelmar Cavalcante, Mary Angélica e agora Pedro Pio são meus mestres não apenas no ensino curricular, mas em todas as discussões que travamos o conhecimento é produzido”, finaliza.