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UESPI para o mundo: Conheça a trajetória do egresso André Aureliano

Por Giovana Andrade

André Aureliano é egresso do curso de Bacharel em Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo e Relações Públicas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), formado desde 2017 ,Especializado em Comunicação Pública; Relações Públicas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), tendo exercido, em 2017, a chefia do Cerimonial Universitário e atuado, de 2017 a 2020, na Representação da Fundação Universidade do Amazonas (FUA) em Brasília/DF, na qual, durante este período, foi representante substituto.

Exerceu também atribuições de coordenador de Agenda da Secretaria-Executiva do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado da Casa Civil da Presidência da República (2020-2021) e serviu no Cerimonial do Gabinete Pessoal do Presidente da República (2021-2022).

André Aureliano, egresso da UESPI, atualmente trabalhando no gabinete do Ministro da educação 

Durante o seu período enquanto estudante da UESPI, ele destaca histórias, dificuldades, aprendizados, agradecendo sempre todo o processo educacional adquirido e afirmando a Universidade Estadual do Piauí como uma grande mãe e determinante para todos os seus passos. A Assessoria de Comunicação da UESPI realizou uma entrevista com o egresso para conhecer um pouco da sua trajetória. Confira abaixo:

Ascom: Como e quando você ingressou na UESPI?

Em 2010, Raquel, minha prima, me falou sobre o curso de jornalismo da Uespi. Ela e eu tínhamos terminado o ensino médio. Raquel seguiu a área do Direito. Todos sabiam da minha vocação pelo jornalismo. Eu acreditei, muitos amigos me ajudaram, e fui fazer o último vestibular tradicional da Uespi. Para mim, a aprovação veio em forma de milagre. Um escape. Ali um marco de mudança na minha vida se estabelecia. No entanto, o grande desafio foi mudar para Teresina. Sem dinheiro, Tia Margarida, a quem sou muito grato, convidou-me para morar em sua casa, em Timon. Morei por 4 anos. Foi uma caminhada árdua.

Ascom: conta um pouco sobre sua trajetória de vida, de onde você vem, quais dificuldades enfrentou até entrar no curso e depois dele?

Não diferente de muitos Uespianos, venho de uma família muito simples, mas do interior do Maranhão, nosso estado irmão. Meu primeiro contato com a comunicação social foi por meio do rádio, veículo pelo qual sou apaixonado até hoje. Ali me encontrei de fato com a arte de comunicar. A vida no interior, especialmente pela falta de acesso aos bens culturais, é difícil. Evidente que quem vive na capital também possui as suas dificuldades. Mas para nós, interioranos e, sobretudo, pobres, tudo parece muito distante. Sempre fui aluno de escola pública – ensino fundamental na escola municipal e médio na estadual – e meu pré-vestibular foi num programa do governo do Maranhão que disponibilizava alguns livros e uma vez por semana íamos a uma sala de aula, que estava conectada via satélite a um estúdio em São Luís, onde o professor ministrava sua disciplina em rede e ao vivo para todo o estado. Para além disso, os sonhos, voadores que são, eram o tempo todo ancorados pela realidade dura e quase irresistível, trabalhar no comércio local, ganhar pouquinho e ter o mínimo do mínimo para sobreviver. Olhar para tudo isso, a realidade que se impunha, e o incentivo de muitas pessoas boas que cruzaram a minha vida, deram-me força para seguir com fé e coragem.

Ascom: Comunicação social sempre foi o curso dos seus sonhos?

Desde o meu primeiro contato com o rádio, aos 13 anos, envolvi-me com a comunicação. No entanto, cheguei a começar o curso de letras/português na Universidade Estadual do Maranhão. Mas sim, a comunicação sempre foi o xodó.

Egresso na Rádio UESPI

Ascom: Alguma situação marcou você dentro da UESPI?

O início de tudo. As pessoas, o lugar. Sou apaixonado pelo campus Torquato Neto. Mas tivemos grandes momentos no curso de jornalismo. Não poderia esquecer das viagens que fizemos, especialmente para visitar a rede globo em São Paulo. Foi um momento muito especial para todos nós, alunos e professores. Advogo pelas viagens dos estudantes. São verdadeiras trocas de experiências. Muito aprendizado.

Ascom: O que lembra com saudades da época como aluno da UESPI? e dos professores?

Sempre que vou à cidade de Teresina faço questão de ir à Universidade. Tenho uma relação de muito respeito pelas pessoas que ali estão e por aquele lugar. Para mim, é solo sagrado. Faço questão de andar pelos corredores, ir a minha antiga sala, à coordenação do curso, visitar o painel com as fotos da minha turma e o Palácio Pirajá. E nessa andança, reencontro os meus metres e amigos. Todos são especiais para mim. Desejo que todo aluno que um dia passou pela Uespi sinta o quanto ela é importante para transformar a realidade da nossa região.

Visitando os estúdios da Globo com sua turma

Ascom: Após a conclusão do curso, você seguiu para o mestrado? Onde foi?

O caminho acadêmico, ao qual tenho muito respeito, não foi o que segui. Claro que fiz pós-graduação lato sensu, no entanto, os pés trilheiros seguiram pela via do concurso público.

Ascom: Para você qual é a importância da profissão em nosso país?

Formei em jornalismo e relações públicas. O jornalismo, especialmente convocado à baila em momento eleitorais, é verdadeiro oxigênio para democracia. Precisamos defender o jornalismo sério e profissional. Já as relações públicas, apesar de pouco conhecida, é essencial para lubrificar as articulações institucionais da vida nacional. Sem relações públicas estamos fadados à tirania.

Ascom: Atualmente onde você trabalha? quais foram suas dificuldades para chegar onde está?

Atualmente estou no gabinete do Ministro da Educação, mas com passagens pela Universidade Federal do Amazonas, Casa Civil da Presidência da República e Gabinete Pessoal do Presidente da República.

Todo novo amanhecer traz consigo os seus desafios. A vida é feita de pequenos sacrifícios diários. Renúncias, disponibilidade para mudar de cidade/estado, decisões mal tomadas, manter a saúde do corpo e da mente.

Ascom: Quais conselhos você daria para o aluno que está com dificuldades ou pensa em desistir?

Converse com pessoas mais experientes. Elas já passaram pelas mesmas dúvidas que você. Divida o seu problema. Não o guarde. Não há decisões fáceis e elas sempre existirão. Fugir não é a melhor saída. Mas o principal, que para mim ajudou muito, é pensar positivo. Deixa a vida fazer a parte dela se colocando nas oportunidades e relevando muita coisa que pode acontecer. Faz parte do processo de crescimento.

Ascom: Gostaria que destacasse ao final, a importância que a Universidade Estadual do Piauí tem para a sua vida e como ela contribuiu para onde você chegou até hoje.

A Universidade Estadual do Piauí é uma grande mãe. Minha relação de afeto me torna suspeito para falar sobre esta Casa. A Uespi foi determinante em todos os meus passos até aqui. Por onde vou, faço questão de levar o seu nome.