UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

UESPI promove minicurso e encontro para acadêmicos de saúde e medicina

Por Raíza Leão

Nos dias 4 e 7 de dezembro, dois eventos promovidos por acadêmicos da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) têm como objetivo enriquecer a formação de estudantes e profissionais da área da saúde. O primeiro, intitulado “Responsabilidade Civil na Área da Saúde”, vai abordar as implicações jurídicas do erro profissional, enquanto o segundo, “Além do Diploma: Explorando a Residência”, visa orientar os acadêmicos de medicina sobre os desafios e oportunidades da residência médica.

No dia 4 de dezembro, às 19h, o auditório do campus Parnaíba sediará o minicurso “Responsabilidade Civil na Área da Saúde: Consequências do Erro Profissional”, ministrado pelos advogados Nildamara Rodrigues e Martinho Alves. O evento é gratuito e oferece certificado de 5 horas. Durante o encontro, serão discutidas as implicações jurídicas e éticas relacionadas a falhas profissionais.

Minicurso “Responsabilidade Civil na Área da Saúde: Consequências do Erro Profissional”

Segundo Nildamara Rodrigues, o tema é essencial, especialmente em um contexto onde os pacientes estão mais informados sobre seus direitos. “A responsabilidade civil envolve ética, confiança e, sobretudo, segurança jurídica, tanto para quem presta o serviço quanto para quem o recebe”, destacou. A proposta do minicurso é conscientizar os participantes sobre a adoção de práticas mais éticas e seguras. “Nosso objetivo é promover um exercício profissional mais responsável, essencial para estudantes e profissionais da área da saúde”, concluiu a advogada.

As inscrições podem ser realizadas por meio do link: https://forms.gle/82Zuz9b7thGqc8uB8.

No dia 7 de dezembro, das 8h às 12h e das 14h às 18h, o evento “Além do Diploma: Explorando a Residência” vai acontecer no auditório da AFYA-UNINOVAFAPI, em Teresina. Organizado pela Liga Acadêmica de Estudos Neurológicos e Neurocirúrgicos da UESPI (LAENN), o evento pretende oferecer aos acadêmicos de medicina uma visão prática sobre os desafios e expectativas da residência médica.

Além do Diploma: Explorando a Residência

De acordo com Monique Fortaleza, aluna do 8º período de medicina e presidente da LAENN, o evento surgiu da necessidade de abordar um tema pouco explorado durante a graduação. “Embora a residência seja o próximo passo para muitos de nós, ainda temos pouco contato direto com essa realidade no curso”, afirmou.

O encontro busca motivar e orientar os participantes, oferecendo relatos de profissionais experientes e informações práticas sobre como se preparar para a residência. “Queremos inspirar os acadêmicos, ajudando-os a compreender melhor o que significa estar inserido na prática médica”, destacou Monique Fortaleza.

Ela também enfatizou a relevância de abordar os desafios e benefícios da rotina de um residente. “Desde o início da graduação, surgem dúvidas sobre a residência médica. Ouvir quem já viveu essa etapa ajuda a enfrentá-la com mais confiança e clareza”, acrescentou.

Além do Diploma: Explorando a Residência

Por fim, o evento vai proporcionar uma oportunidade para os acadêmicos refletirem sobre suas escolhas profissionais. “Nosso objetivo é que os participantes se identifiquem com perfis que combinem com seus interesses ou reforcem as áreas dos seus sonhos. Também pedimos aos palestrantes que indiquem os melhores locais para realizar a residência no Brasil”, concluiu a presidente da liga.

As inscrições podem ser feitas pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfnDxOOlM7lrWgC6FhXwjFuJ_lnwRlgapzsgX5JRu9ph4A42g/viewform?pli=1.

LAENN desenvolve projeto voltado a conscientização sobre o Alzheimer

Por Anny Santos

A Liga Acadêmica de Estudos Neurológicos e Neurocirúrgicos (LAENN), sob coordenação do Dr. Leonardo Halley, da Faculdade de Ciências Medicas (FACIME/UESPI), desenvolve projeto voltado a conscientização sobre o Alzheimer, que visa beneficiar alunos idosos do Núcleo de Atividade Física para Terceira Idade (NUTI), localizado no campus Poeta Torquato Neto.

Com carga horária de 40h, as atividades possuem previsão de duração até o dia 30 de setembro. O objetivo é conscientizar, informar e promover impacto na saúde da população quanto à Doença de Alzheimer, tratando da etiopatogenia da doença e dos fatores de risco, a fim de promover melhorias na qualidade de vida dos alunos participantes do NUTI.

Além disso, o projeto busca capacitar estudantes do curso de medicina e membros da LAENN a partir de aulas teóricas introdutórias e discussão sobre a temática, dialogar de forma clara, direta e simples com os participantes do NUTI sobre os sinais e sintomas da doença, fatores de risco, importância de mudanças de hábito com foco em melhoria da qualidade de vida, diagnóstico e tratamento da Doença de Alzheimer e reforçar a sedimentação do conhecimento por meio da entrega de panfleto educativo.

Para Monique Fortaleza, aluna do 6º período de Medicina e vice-presidente da Liga, o contato intergeracional é produtivo e gratificante, tanto para sua formação profissional quanto pessoal, especialmente quando se pode realizar a troca entre o conhecimento médico acadêmico e as vivências dos idosos.

“Os projetos de extensão, de modo geral, influenciam positivamente no desenvolvimento de habilidades que envolvem desde a organização do projeto até o contato pessoal com outros acadêmicos e com nosso público-alvo. Ao final, não só compartilhamos conhecimentos, mas aprendemos muito também”, destaca.

Segundo os ligantes, no Brasil, estima-se que haja 1,2 milhão de casos e, no mundo, cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a DA (MS BRASIL, 2023). Em uma perspectiva futura, devido ao envelhecimento da população, estima-se que haverá globalmente 74,7 milhões de casos em 2030 e 131,5 milhões em 2050. Apesar disso, 2 em cada 3 pessoas no mundo acreditam que há pouco ou nenhum conhecimento sobre a temática em seus países.

LAENN realizou projeto voltado para a conscientização sobre a Epilepsia no Hospital Getúlio Vargas

Por Vitor Manoel

A Liga Acadêmica de Estudos Neurológicos e Neurocirúrgicos da UESPI (LAENN), produziu, na última semana do mês de março, uma ação de conscientização  sobre a Epilepsia juntamente com pacientes do ambulatório do Hospital Getúlio Vargas e do Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo (CISLA).

A iniciativa foi elaborada por acadêmicos do curso de Medicina do campus Poeta Torquato Neto com a instrução do Coordenador da Liga, Dr. Leonardo Halley, além da qualificação técnica oferecida pela Dra. Tomásia Monteiro, Neurologista pela USP de Ribeirão Preto (USP-RP), neurofisiologista (EEG – Epilepsia) e embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE-RP).

A iniciativa foi elaborada por acadêmicos do curso de Medicina

A atividade tem como objetivo possibilitar a conscientização sobre a Epilepsia, uma patologia fruto de pequenas lesões no cérebro e que causa convulsões, e que vem cercada de preconceito e estigma social. Além disso, poucas pessoas recebem o tratamento adequado, dificultando uma boa qualidade de vida. Dessa forma, foram abordados na capacitação temas relevantes que são, costumeiramente, questionados pelos pacientes na prática clínica, assim como uma inspeção geral para o médico generalista, de forma que a contribuição da Dra. Tomásia Monteiro propiciou o embasamento teórico fundamental para o desenvolvimento de uma abordagem altamente prática nos maiores ambulatórios do Sistema Único de Saúde (SUS) da capital, Teresina.

A ação foi desenvolvida conciliando com o propósito do Purple Day ou “Dia Roxo” (26 de março), Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia. Para o responsável acadêmico, Anderson de Oliveira, os projetos de extensão que buscam essa interação mais próxima com a população, em divulgar informações, trazer questionamentos e sanar dúvidas, são os melhores no âmbito do conhecimento e que pode ser difundido à sociedade.

“Nós já tivemos uma experiência anterior, na Laenn, de um projeto sobre conscientização a respeito da Doença de Alzheimer e isso nos motivou a continuarmos abordando outros temas de relevância à população. No fundo, além de contribuirmos para o público, esse tipo de projeto gera uma noção de pertencimento dos ligantes ao mundo da Neurologia, e isso também é fundamental para o desenvolvimento do conhecimento acadêmico e humano dos participantes”.

Uma das ligantes do programa, Júlia Passos, que esteve presente no projeto, comentou que a experiência foi ótima, pois foi possível conversar com muitos pacientes para sanar  dúvidas sobre a diferença de crise epiléptica e epilepsia e ainda sobre outros sintomas além das convulsões.

A liga realizou palestras e distribuição de cartilhas informativas

Segundo o Coordenador da liga, Dr Leonardo Halley, a realização foi muito importante, pois esse é um tema que ainda gera muitas dúvidas na população em geral e até mesmo entre profissionais de saúde. Ele entende que os pacientes com epilepsia ainda sofrem muitos estigmas em pleno século XXI, apesar de todas as informações e tecnologias disponíveis.

“Muitas vezes, o preconceito com o paciente diagnosticado com epilepsia ainda permanece. Para isso, projetos como esse da Liga são importantes para tentar ajudar a diminuir esses estigmas. Nós sabemos que, em alguns casos dessa doença, o controle é bem mais difícil, porém muitos deles conseguem ter uma vida praticamente normal com controle satisfatório utilizando as medicações disponíveis atualmente”.

Por meio de palestras e da distribuição de cartilhas informativas realizadas ao longo de uma semana, a Liga esclareceu as informações a respeito dos sintomas, fatores de risco, tratamento e cuidado multidisciplinar da epilepsia.