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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Programa Pró Equidade 2025 apresenta resultados e reforça compromisso da UESPI com inclusão e combate às desigualdades

Por Roger Cunha 

A Universidade Estadual do Piauí realizou  o evento de encerramento do Programa Pró Equidade de Gênero, Raça e Diversidade 2025. A cerimônia, transmitida ao vivo pelo canal oficial da UESPI no YouTube, reuniu docentes, técnicos, estudantes e representantes de órgãos estaduais para celebrar um ano de ações, pesquisas e formações que reafirmam o compromisso da instituição com uma cultura acadêmica mais acolhedora, inclusiva e plural.

Dez eixos, um compromisso: UESPI avança na luta por ambientes mais seguros e diversos

O encontro contou com a presença de autoridades como a Pró-Reitora de Ensino de Graduação, professora Mônica Gentil, representando o reitor professor Evandro Alberto, além da Vice-Pró-Reitora de Administração e Finanças, professora Joseane Leão, e da equipe do Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (NEVIM). O momento também homenageou a assistente social e ativista Ayra Dias, referência na luta pela diversidade e pelos direitos da população trans e o Reitor da UESPI,  Professor Dr. Evandro Alberto.

Criado em 2024 e vinculado à Pró-Reitoria de Extensão, o Pró Equidade se consolidou como um programa permanente dentro da UESPI. De acordo com a coordenadora geral, professora Samaira Souza, o encerramento do ciclo não representa um “fim”, mas sim a conclusão de uma etapa. “Falamos em ‘encerramento’, mas é apenas simbólico. As ações não se encerram, porque elas acontecem diariamente nos setores, nos serviços e na vida da universidade.”

O programa foi desenvolvido ao longo do ano por uma comissão formada por seis mulheres, docentes e técnicas que se dedicaram a estruturar, articular e acompanhar ações distribuídas em 10 eixos temáticos, desde campanhas de conscientização até formações, rodas de conversa e pesquisas sobre diversidade, raça, gênero e combate ao assédio.

Dez eixos, um compromisso: UESPI avança na luta por ambientes mais seguros e diversos

Samaira Souza reforçou ainda que o ProEquidade tornou-se, na prática, uma política institucional. “Equidade de gênero, raça e diversidade tem seu lugar dentro da nossa instituição. Esse trabalho não é inventado: ele nasce das ações reais que já estão acontecendo e que precisam ser fortalecidas.”

A Pró-Reitora de Ensino de Graduação da UESPI, professora Mônica Gentil, participou do encontro representando o Reitor, professor Evandro Alberto, e reforçou institucionalmente o compromisso da universidade com a pauta da equidade. Ao abrir sua fala, ela destacou que o momento simboliza não apenas um gesto administrativo, mas um movimento necessário para que a instituição avance em direção a práticas mais justas e alinhadas às demandas sociais. “Este é um momento essencial para que a universidade repense suas práticas e se aproxime ainda mais da sociedade”, afirmou.

A Pró-Reitora também reconheceu o trabalho das equipes envolvidas na execução do programa, ressaltando o esforço contínuo para consolidar políticas internas que enfrentam desigualdades e fortaleçam a responsabilidade social da universidade. “Parabenizo todos que têm estado à frente desse programa, que têm lutado para que a equidade avance dentro da universidade”, completou.

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A representante da Secretaria Estadual da Mulher, Ayra Dias, homenageada do evento, fez uma das intervenções mais significativas da manhã. Mulher trans e negra, ela iniciou sua fala com autodescrição para fins de acessibilidade e apresentou dados levantados pelo Programa Pró Equidade ao longo do ano. “Somos um estado majoritariamente negro, mas isso ainda não se reflete nos espaços de poder”, afirmou.

Ayra Dias destacou que o perfil populacional do Piauí também aparece dentro da universidade. “O Piauí tem mais de 70% da população negra. E esse cenário está refletido na UESPI, onde a maioria das servidoras são mulheres negras altamente qualificadas”, pontuou.

Apesar disso, ela chamou atenção para os desafios enfrentados por esses profissionais no cotidiano institucional.“Ainda assim, essas mulheres vivenciam violências estruturais todos os dias. Violências que vão desde o etarismo até a cobrança pelo estado civil. Frases como: ‘Você não vai ter filhos?’, isso é violência.”

Ao comentar sobre o conceito de equidade, Ayra reforçou que o tema exige reconhecimento das diferenças e das desigualdades existentes. “A equidade não é sobre tratar todos como iguais. É sobre compreender que somos diferentes e que essas diferenças precisam ser respeitadas.”

Ela também destacou que iniciativas voltadas para ambientes institucionais mais inclusivos contribuem diretamente para a administração pública. “Ambientes saudáveis geram políticas públicas bem executadas. O Pró Equidade não é só uma ação bonita, ele melhora a qualidade do serviço público”, concluiu.

Dez eixos, um compromisso: UESPI avança na luta por ambientes mais seguros e diversos

A psicóloga Vitória Antão, do Enfrentamento à Violência contra a Mulher (NEVIM), apresentou dados que evidenciam a demanda crescente por atendimentos relacionados a situações de assédio e violência dentro da universidade.

Segundo ela, o núcleo registrou mais de 100 atendimentos ao longo do ano, número que inclui acolhimentos iniciais, retornos e acompanhamentos contínuos. “Não são 100 mulheres. São atendimentos, retornos, acompanhamentos”, explicou.

Vitória destacou que muitos casos chegam ao núcleo após um período de dúvida e dificuldade de identificação da situação vivida. “As mulheres sabem que algo não está certo, mas não conseguem identificar. Nosso papel é acolher e orientar”, afirmou.

Ela também mencionou a cartilha “UESPI Livre de Assédio”, agora formalizada como resolução, e observou que diversos coordenadores, diretores e docentes não tinham clareza sobre os procedimentos adequados diante de denúncias.

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A comissão interna apresentou dez eixos de atuação que estruturam o Programa Pró Equidade na UESPI. Cada um reúne ações e projetos com resultados já identificados ao longo do ano. São eles:

  • Eixo 1 — Cartilha de Equidade 
    • Eixo 2 — Formações presenciais e online
    • Eixo 3 — Diálogo com a CPPD sobre carreira e promoção
    • Eixo 4 — Café com a Gestão (escuta dos técnicos)
    • Eixo 5 — Mulheres na Tecnologia
    • Eixo 6 — UESPI Livre de Assédio
    • Eixo 7 — Formação cultural e institucional contínua
    • Eixo 8 — Campanha institucional de equidade
    • Eixo 9 — Extensão, pesquisa e ensino pela equidade
    • Eixo 10 — Roda de Vivências “Vozes que Inspiram”

Entre as apresentações técnicas da cerimônia, a professora Aline detalhou as ações do PET Equidade, projeto voltado à pesquisa e à formação acadêmica na área. Ela explicou que a UESPI participou de editais nacionais, estruturaram equipes de trabalho e desenvolveu grupos de pesquisa que resultaram em publicações, apresentações em eventos científicos e estudos aplicados ao tema da equidade. “A UESPI não espera que as ações cheguem. A universidade vai atrás. Hoje estamos presentes em projetos nacionais que nos colocam no debate sobre equidade na saúde”, afirmou.

O estudante Giovani, integrante do grupo, complementou a apresentação ao relatar a experiência dentro do programa. “Mostramos como a Psicologia está no centro da saúde. E como a equidade transforma nossas práticas e nossa formação”, destacou.

A professora Nadja Caroline apresentou os Eixos 1 e 2 do Programa Pró Equidade, destacando a relevância do trabalho desenvolvido pela comissão. Segundo ela, a participação no grupo tem sido fundamental para o crescimento institucional. “Crescemos muito como docentes, como mulheres, como servidoras e como pessoas”, afirmou.

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Eixo 1 — Cartilha de Equidade no Contexto Universitário

Nadja Caroline explicou que a cartilha está em fase final de elaboração e deve ser lançada no início de 2025. O material reunirá diretrizes, conceitos e orientações sobre equidade de gênero, raça e diversidade na universidade. “A cartilha reunirá diretrizes, conceitos e orientações gerais sobre equidade no ambiente universitário”, explicou.

Ela destacou que o documento será voltado a gestores, servidores, estudantes e coordenadores, trazendo definições e orientações sobre temas como discriminação, assédio e violência institucional. “Queremos que seja um material simples, acessível e ao mesmo tempo robusto, que possa orientar a comunidade acadêmica”, disse.

Eixo 2 — Formação Presencial e Online

Ao tratar do segundo eixo, a professora destacou as atividades formativas realizadas ao longo do ano, como rodas de conversa, palestras, oficinas, capacitações e ações com servidores e estudantes. “Este eixo reúne as formações, ações educativas e momentos de estudo referentes ao Pró Equidade”, explicou.

Ela citou como destaque a formação “Mulheres na Tecnologia e nas Profissões de Planejamento Urbano”, que buscou incentivar a presença feminina em áreas marcadas pela desigualdade de gênero. “O objetivo foi incentivar, fortalecer e valorizar a presença das mulheres, especialmente mulheres negras, nas áreas tecnológicas”, afirmou.

Eixo 3 — Diálogo com a CPPD sobre carreira e promoção

Outro ponto abordado foi a parceria com a CPPD para discutir carreira docente, promoção e progressão das mulheres na universidade. “Quando falamos em equidade, precisamos olhar para a carreira: onde as mulheres estão na docência e quais barreiras encontram?”, destacou.

A professora também ressaltou que as formações abordaram perspectivas interseccionais e refletiram sobre como estruturas como racismo, machismo, LGBTfobia e capacitismo influenciam o cotidiano acadêmico. “É nas práticas institucionais que muitas violências se escondem  na fala, na postura e na forma como os espaços são ocupados”, afirmou.

A professora Fabiana Portela apresentou os Eixos 4 e 5 do Programa Pró Equidade, explicando as ações desenvolvidas ao longo do ano. “Vou apresentar os eixos 4 e 5”, iniciou.

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Eixo 4 — Café com a Gestão para Técnicos Administrativos

Fabiana Portela destacou que o eixo tem como finalidade aproximar a gestão dos técnicos administrativos por meio de momentos de diálogo. Segundo ela, o encontro realizado superou as expectativas. “Tivemos um encontro que foi muito além do que inicialmente planejamos”, afirmou.

Durante a atividade, os participantes relataram experiências relacionadas ao ambiente de trabalho. “Os técnicos puderam desabafar sobre vivências, relatar situações de assédio, falar sobre sobrecarga e expor violências simbólicas”, explicou. A professora também ressaltou que o espaço permitiu reflexões sobre o papel dos servidores na estrutura institucional. “Foi um momento importante para que eles se reconhecessem como sujeitos institucionais”, completou.

Eixo 5 — Mulheres na Tecnologia e nas Profissões de Planejamento Urbano

Sobre o eixo seguinte, Fabiana informou que as ações foram desenvolvidas em parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo. “O professor responsável acolheu a proposta e nos ajudou a desenhar um evento que discutiu a presença feminina nesses campos”, disse.

O encontro tratou dos desafios enfrentados por mulheres nas áreas tecnológicas e de planejamento urbano, das desigualdades de gênero e raça e de estratégias para fortalecer a inserção e permanência de mulheres negras. “Discutimos desigualdades e o papel da universidade na promoção dessas mudanças”, afirmou.

Eixo 6 — UESPI Livre de Assédio

Segundo a professora, esse eixo está diretamente ligado às ações do Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (NEVIM). “No Eixo 6 tratamos dos canais de denúncia, da identificação de situações de assédio, dos fluxos de acolhimento e das responsabilidades institucionais”, explicou.

A professora Aline retomou a apresentação para detalhar os Eixos 7, 8, 9 e 10 do Programa Pró Equidade. “Agora apresentarei o Eixo 7, que é um dos mais extensos e importantes”, afirmou, destacando que esse conjunto de ações dialoga diretamente com mudanças culturais dentro da universidade.

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Eixo 7 — Formação Cultural e Institucional Contínua e Práticas Antidiscriminatórias

Segundo Aline Menezes, o eixo reúne iniciativas voltadas à transformação das práticas institucionais. “Cultura institucional não muda apenas com uma palestra ou um evento; ela se transforma com constância”, explicou.

As ações envolveram formações com servidores, oficinas para estudantes, rodas de conversa com docentes, eventos temáticos, atividades integradas a outros programas da universidade e debates específicos sobre interseccionalidade.
“Essas práticas mostraram como a equidade está sendo incorporada no cotidiano da UESPI”, destacou.

Aline Menezes ressaltou ainda que muitas das atividades nasceram de demandas espontâneas da própria comunidade acadêmica.
“Isso mostra que estamos conseguindo provocar reflexão e movimento dentro da instituição”, afirmou.

Eixo 8 — Campanha Institucional por uma Cultura de Equidade

Na sequência, a professora apresentou o Eixo 8, voltado à comunicação institucional. “Este eixo trata de como dialogamos com a comunidade interna e externa sobre equidade”, explicou.

A campanha envolveu materiais informativos, vídeos, artes para redes sociais, cartazes, uso de linguagem inclusiva e divulgação dos fluxos de acolhimento e denúncia. Também valorizou grupos historicamente marginalizados, como mulheres negras, indígenas, quilombolas e pessoas trans. “O alinhamento com a ASCOM foi essencial para garantir que a comunicação da UESPI refletisse os valores do Pró Equidade”, afirmou.

Para Aline Menezes , sensibilizar é tão importante quanto informar. “A campanha buscou não apenas comunicar, mas promover conscientização”, reforçou.

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Eixo 9 — Conhecimento que Transforma: Diálogos entre Extensão, Pesquisa, Ensino e Equidade

A professora apresentou ainda o Eixo 9, que integra atividades acadêmicas ao debate sobre equidade. “O objetivo foi aproximar pesquisa, ensino e extensão dessa discussão”, explicou.

O eixo incluiu mesas-redondas, grupos de estudo, apresentações de pesquisa, eventos científicos e publicações. “Mostramos que a UESPI produz conhecimento relevante sobre equidade e tem potencial para se tornar referência nacional na pauta”, afirmou.

Cursos como Psicologia, Direito, Pedagogia, Enfermagem, Serviço Social, Arquitetura e Educação Física participaram das ações.

Eixo 10 — Roda de Vivências Intergeracionais e Interculturais: Vozes que Inspiram

Encerrando a apresentação, Aline destacou o Eixo 10, que promoveu um espaço de diálogo entre diferentes grupos da universidade. “Criamos um ambiente de escuta entre gerações e culturas distintas presentes na UESPI”, explicou.

Participaram mulheres jovens, idosas, negras, indígenas, quilombolas, mães solo, estudantes, servidoras, mulheres trans e profissionais da instituição. O objetivo foi compartilhar experiências, fortalecer vínculos e ampliar a compreensão sobre diversidade dentro da universidade.

Dez eixos, um compromisso: UESPI avança na luta por ambientes mais seguros e diversos

Antes do encerramento, o evento contou com a presença de Zenaide Batista Lustosa Neta, secretária Estadual das Mulheres do Governo do Piauí, que destacou a relevância das ações apresentadas e o compromisso institucional necessário para a promoção da equidade. Em sua fala, Zenaide ressaltou que iniciativas como as desenvolvidas pela UESPI “não apenas fortalecem a política pública, mas também transformam vidas dentro e fora da universidade”. Ela enfatizou que o enfrentamento às desigualdades de gênero, raça e diversidade exige constância, articulação entre setores e sensibilidade para compreender as realidades que atravessam estudantes, servidores e docentes.

A secretária também reforçou o impacto social mais amplo das ações, destacando o papel da educação superior como agente de transformação. “Quando a universidade assume a equidade como valor institucional, toda a sociedade avança”, afirmou. Para ela, a UESPI demonstra maturidade e compromisso ao colocar o debate sobre direitos, proteção, prevenção ao assédio e valorização das diversidades no centro de sua agenda. Zenaide finalizou afirmando que “essa construção coletiva é fundamental para garantirmos um Piauí mais justo, igualitário e acolhedor para todas e todos”.

Dez eixos, um compromisso: UESPI avança na luta por ambientes mais seguros e diversos

O encerramento do encontro não marcou apenas o fim de uma apresentação, mas a consolidação de um movimento que já está em curso dentro da UESPI. Os dez eixos do Pró Equidade evidenciaram que a universidade tem avançado de forma concreta na construção de ambientes mais seguros, diversos e acolhedores e que esse avanço não depende apenas de documentos, mas de pessoas que se comprometem diariamente com mudança cultural, cuidado e responsabilidade coletiva.

O evento reforçou que equidade não é uma meta abstrata, e sim um trabalho permanente que atravessa formação, comunicação, acolhimento e produção de conhecimento. Mais do que apresentar ações, o encontro mostrou que a UESPI tem escutado sua comunidade, tem aprendido com ela e tem respondido com políticas que começam a transformar práticas e percepções

Uespi recebe Selo Estadual de reconhecimento pelo compromisso com a equidade de Gênero, Raça e Diversidade

Por Vitor Gaspar

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) foi reconhecida pelo compromisso com a inclusão e a equidade ao receber o Selo Estadual do Programa Pró-Equidade de Gênero, Raça e Diversidade. A premiação ocorreu durante a solenidade “Março Mulher”, realizada nesta sexta-feira (28) no Palácio de Karnak, e foi entregue pelo governador Rafael Fonteles e pela secretária de Estado das Mulheres, Zenaide Lustosa.

O Reitor, Prof. Dr. Evandro Alberto recebendo o selo das mãos do Governador Rafael Fonteles e de Secretária de Estado das Mulheres, Zenaide Lustosa . 📷: Por Gabriel Paulino – Governo do Piauí

O Programa Pró-Equidade tem como objetivo promover um ambiente mais inclusivo dentro das instituições, combatendo desigualdades e estimulando o respeito à diversidade. Na Uespi, esteve sob a coordenação da professora Samaira Souza, diretora do Departamento de Programas e Projetos de Extensão e durante os meses de agosto e dezembro de 2024, a iniciativa envolveu uma série de ações e atividades ao longo do ano para fomentar a equidade de gênero, raça e diversidade na instituição.

O Reitor, Prof. Dr. Evandro Alberto, celebrou a conquista do selo, destacando a importância do reconhecimento e do trabalho coletivo dentro da instituição. “Este é um momento muito importante aqui no Palácio de Karnak. A Universidade Estadual do Piauí recebe uma comenda que reconhece o trabalho desenvolvido ao longo de 06 meses. Quero parabenizar toda a equipe envolvida, especialmente aqueles que se dedicam diariamente para tornar a universidade um ambiente melhor para se trabalhar, formar pessoas e promover uma convivência harmoniosa”, afirmou.

Equipe da Uespi (Nadja Pinheiro, Fabiana Teixeira, Evandro Alberto, Ivoneide Alencar e Samaira Sousa) exibe o selo junto ao Governador. 📷: Por Gabriel Paulino – Governo do Piauí

O Programa Pró-Equidade visa promover a equidade de gênero, raça e diversidade no ambiente de trabalho, combatendo discriminação e desigualdade, especialmente em cargos de direção. A equipe da UESPI trabalhou para conscientizar gestores sobre a importância de práticas inclusivas, contribuindo para eliminar a discriminação, garantindo igualdade no acesso, remuneração e ascensão profissional. Além disso, o programa foca em ações preventivas contra assédio moral, sexual e práticas discriminatórias.

“É um trabalho em equipe, focado na diversidade de gênero e raça, e foi um conteúdo maravilhoso ao longo de 06 meses, com o envolvimento de todo o comitê interno. Esse selo representa o papel fundamental da Universidade Estadual do Piauí, que se dedica constantemente à promoção da equidade”, destacou a professora Samaira Souza, coordenadora do projeto na universidade.

A coordenadora do projeto na Uespi, Samaira Souza. 📷: Por Vitor Gaspar – Uespi

Dentre os principais impactos do programa na UESPI, se destacam a consolidação de um ambiente acadêmico mais inclusivo, a sensibilização da comunidade universitária sobre a importância da diversidade e a realização de eventos voltados para a troca de experiências e o fortalecimento de parcerias institucionais.

A Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Estudantis e Comunitários (PREX), Profa. Ivoneide Alencar também destacou a importância do trabalho coletivo e da concretização da equidade de gênero na Uespi. “Esse selo simboliza um trabalho em equipe, um esforço para mostrar que a mulher pode ocupar qualquer espaço que desejar. A equidade de gênero, quando falamos de igualdade de oportunidades, é algo que está garantido constitucionalmente, mas que precisa ser vivido na prática. E é isso que a universidade tem feito, trazendo e promovendo esse trabalho de forma concreta”, destacou.

A Pró-Reitora da PREX, Ivoneide Alencar. 📷: Por Vitor Gaspar – Uespi

A solenidade “Março Mulher” foi marcada por importantes anúncios, incluindo o lançamento da campanha “Sem Assédio Moral e Sem Assédio Sexual”, o projeto “Maria da Penha vai às Escolas” e a sanção da lei que destina vagas para mulheres em situação de violência doméstica em contratos estaduais. Além disso, a entrega do Selo Estadual do Programa Pró-Equidade simboliza o avanço das políticas públicas voltadas para a igualdade de gênero, raça e diversidade no Piauí.

Programa “Jornalismo e Trabalho” vai abordar a representação das mulheres no jornalismo

Por Roger Cunha 

No próximo dia 28 de março, vai acontecer na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) a palestra e debate “A Mulher no/a partir do Jornalismo: Desafios e Perspectivas na Construção da Narrativa Midiática”.
O evento vai ser realizado no Auditório do NEAD a partir das 08:00 da manhã e será aberto à comunidade universitária, incluindo estudantes e profissionais da comunicação. O objetivo é promover uma reflexão crítica sobre a representação das mulheres no jornalismo e as questões de gênero que permeiam a narrativa midiática. A palestra será conduzida pela Profª Drª Elizângela Costa de Carvalho Noronha, uma especialista na área, com experiência no campo da pesquisa sobre gênero e mídia, além de ser co-coordenadora do Global Media Monitoring Project (GMMP).

Palestra sobre Gênero no Jornalismo Promove Reflexões para Profissionais e Estudantes

O Prof. Dr. Daniel Solon, um dos coordenadores, destacou que o evento busca contribuir para a formação de jornalistas mais conscientes e preparados para lidar com questões de gênero. O professor destaca que o tema se alinha diretamente com disciplinas como Crítica da Mídia, Texto e Apuração Jornalística, e Ética e Legislação no Jornalismo, abordando como as desigualdades de gênero se refletem nas narrativas midiáticas. “Este evento integra discussões interdisciplinares que ajudam os estudantes a entenderem as formas como os estereótipos de gênero se reproduzem nas redações e como podemos combatê-los”, explica o professor.

O evento também abordará as transformações trazidas pelas mídias digitais que, embora tenham ampliado os espaços para vozes femininas, também perpetuam desafios como a subrepresentação de mulheres em cargos de decisão e a violência online contra jornalistas mulheres. “As mídias digitais reconfiguram a produção de notícias, e discutiremos como ferramentas digitais podem ser usadas para mitigar esses problemas”, afirma o coordenador.

Com a mediação da Profª Samária Andrade, o evento propõe uma análise profunda das mudanças que a profissão de jornalista está passando e como a construção de narrativas mais inclusivas pode ser uma resposta a essas transformações.

Programa Jornalismo e Trabalho Debate os Desafios da Mulher na Mídia na UESPI

A palestra também visa proporcionar reflexões práticas aos participantes, que sairão do evento com ferramentas para aplicar em suas futuras carreiras. “Esperamos que os participantes desenvolvam um olhar crítico para selecionar fontes de forma equitativa, desafiar enquadramentos que reduzem mulheres a estereótipos e incorporar pautas de gênero, mesmo em editorias tradicionalmente ‘neutras’, como política e economia”, destaca o Prof. Daniel Solon.

Não é necessário realizar inscrição prévia para participar do evento. Além disso, os participantes terão direito a um comprovante de duas horas de atividade de extensão concedido pelo Programa de Extensão “Jornalismo e Trabalho”, que tem como objetivo estreitar a conexão entre a teoria acadêmica e a prática profissional.
O evento promete ser uma rica oportunidade de aprendizado e reflexão sobre o papel das mulheres no jornalismo e os desafios que ainda precisam ser enfrentados.
A participação de todos é fundamental para enriquecer o debate e fortalecer o compromisso da UESPI em formar profissionais críticos e preparados para os desafios do jornalismo contemporâneo.

PARFOR Equidade: Curso de Educação Inclusiva chega a Nossa Senhora dos Remédios

Por Lívia Costa e Vitor Gaspar

O PARFOR Equidade da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) chegou ao município de Nossa Senhora dos Remédios-PI com o curso de Educação Especial Inclusiva. A partir de agora, 35 alunos remedienses inscritos no programa irão se qualificar para atender redes públicas e/ou comunitárias que ofereçam educação especial inclusiva para estudantes que precisam desse acompanhamento. Durante os quatro anos de curso, os estudantes irão receber bolsas mensais financiadas pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação no valor de R$ 700,00.

Estudantes do curso de Educação Inclusiva e de Pedagogia do PARFOR.

Ao todo, 140 alunos serão contemplados com bolsas por estarem dentro do perfil equidade, distribuídos nos municípios de Nossa Senhora dos Remédios, Beneditinos, José de Freitas e Currais. De acordo com a Coordenadora Geral do PARFOR, Profa. Francisca Cunha, todos os bolsistas se enquadram dentro do perfil equidade: são estudantes indígenas, pardos, pretos, quilombolas e das populações do campo assim como pessoas surdas e do público-alvo da educação especial.

“Esse curso foi criado para dar acesso ao ensino superior às comunidades que, historicamente, não o têm. O projeto visa não apenas formar professores para a equidade, mas também alcançar o público pertencente a essas comunidades para que possam formar outras pessoas. O foco do curso inclui a educação infantil, educação básica, ensino fundamental e médio, abrangendo toda a educação básica, com disciplinas voltadas também para o ensino superior. O curso oferece o que existe de mais atualizado na formação de professores para a educação especial inclusiva”.

Professora Francisca Cunha discursando na abertura da aula inaugural do PARFOR Equidade em Nossa Senhora dos Remédios.

O Reitor, Prof. Dr. Evandro Alberto, esteve presente mais uma vez ministrando a aula Magna: A Importância do PARFOR Equidade UESPI para o Ensino, Pesquisa e Extensão no Piauí. Ele parabenizou a todos os presentes e ressaltou que os estudantes e professores estão ocupando um lugar de destaque em uma turma de alta qualidade.

“O país precisa de profissionais que trabalhem com educação inclusiva, todos aqui são privilegiados por fazerem parte de uma das quatro turmas do PARFOR. Em breve, os estudantes estarão prontos para esse mercado, que oferece muitas oportunidades de trabalho. Parabéns ao PARFOR Equidade e a todos que fazem parte desse programa aqui no município”, afirma.

Reitor discursando durante a solenidade de abertura

Segundo a coordenadora local do município, Profa. Lucinalda Carvalho, todos trabalharam para que o projeto chegasse a cidade. Ela afirma que foi criada uma política diferenciada de acolhimento dos professores e alunos, entendendo suas necessidades e flexibilizando situações como períodos de gravidez, lactância e doenças. “Tratamos todos com cuidado e empatia, como uma mãe que cuida de seus filhos. Para nós, o PARFOR é a cereja do bolo, algo essencial e especial que precisa ser cuidado e zelado. A equidade dentro do próprio programa de equidade é fundamental. Não poderia ser diferente. Precisamos aperfeiçoar cada vez mais, acolhendo e formando para que nosso município, mesmo pequeno, se destaque na educação e no calor humano”.

Representando a turma, Francisco Nascimento, pessoa com espectro autista, foi aluno da rede municipal de ensino e se destacou na matemática ganhando duas medalhas honrosas e uma de bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Após concluir o ensino médio, ele se destacou e ingressou na Universidade Federal do Piauí (UFPI) no curso de Matemática. Quando surgiu o edital do PARFOR Equidade, ele perguntou a coordenadora Lucinalda se ele estava dentro do perfil do programa e recebeu uma resposta positiva. “Ele é um aluno muito querido pela turma e percebemos nele a vontade de aprender e essa era a oportunidade que ele precisava”.

Segundo Francisco, essas conquistas são uma honra, apesar das dificuldades. “Tive que estudar bastante todos os dias com muita persistência e esforço, e também vejo a chance de estudar neste curso como uma oportunidade de trabalho”.

 

O evento também foi marcado pela palestra: “A importância da Formação em Educação Especial Inclusiva”.

As professoras Nadja Carolina e Bruna Rodrigues foram as responsáveis por conduzir esse momento. Elas explicaram como os estudantes podem colocar em prática os conhecimentos que irão adquirir ao longo do curso, além de destacar as estratégias e orientações necessárias para compreender seu papel enquanto discentes e futuros profissionais dentro da sala de aula.

Professora Bruna Rodrigues, ministrando a palestra sobre Educação Especial Inclusiva.

José Lizário, que atua como professor da educação básica no município, explica que, para ele, ingressar no curso será indispensável para sua vida profissional. Além de trabalhar com o público infantil, ele estará se capacitando para dar mais atenção às crianças que necessitam de acompanhamento especial. “Essa aula inaugural e todos os momentos realizados aqui hoje foram muito importantes para nós. Tudo o que foi apresentado ajudou a esclarecer pontos necessários que serão utilizados na nossa formação, especialmente para mim, que trabalho com alunos que precisam de um cuidado mais adequado. Espero estar cada dia mais capacitado para lidar com as dificuldades e contribuir para entender e ajudar nas limitações dos nossos estudantes da rede municipal”, ressalta.

José Lizario, estudante do curso de Licenciatura em Educação Especial Inclusiva do PARFOR Equidade – UESPI.

A Coordenadora Adjunta do PARFOR Equidade, Profa. Nadja Carolina, enfatiza que o Curso de Educação Inclusiva é justamente voltado para essa atuação e, por isso, contém os assuntos mais atuais da legislação e das técnicas de atuação para o aluno público-alvo da educação especial. “A UESPI está de parabéns ao trazer para Nossa Senhora dos Remédios um curso indispensável para a formação de professores. Na cidade já temos uma turma de pedagogia pelo PARFOR, ou seja, com a chegada dessa nova turma vamos poder fazer um trabalho integrado numa formação voltada para o aluno, que é o público-alvo da educação especial, na perspectiva do atendimento educacional especializado e do ensino colaborativo, que envolve o professor de ensino regular e de ensino especial trabalhando juntos”, finaliza.

Professora Nadja Carolina, ministrando a palestra sobre Educação Especial Inclusiva.

 

Registros do evento dia 11 de julho de 2024:

https://drive.google.com/drive/folders/1npNLCp8F_Qp83w0UIRRMphht6sOFnaFW?q=sharedwith:public%20parent:1npNLCp8F_Qp83w0UIRRMphht6sOFnaFW

 

Seminário sobre o Sistema Nacional de Avaliação Unificada da Deficiência

Professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), estão participando do Seminário sobre o Sistema Nacional de Avaliação Unificada da Deficiência – SISNADEF no Estado do Piauí, que começou dia  26 e segue até o dia  28 de junho de 2024, em Teresina.

Segundo a Profa. Dra Nadja Carolina de Sousa Pinheiro, Coordenadora Adjunta do PARFOR EQUIDADE UESPI / NUCLEO DE ACESSIBILIDADE UESPI – os docentes da UESPI foram convidados porque realizam um trabalho em parceria com a SEID – Sec. para Inclusão da Pessoa com Deficiência. “Esse evento está sendo promovido pela Fiocruz em Parceria com diversos Ministérios e organizado pela Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência do Piauí – SEID. O convite partiu da parceria que tem sido desenvolvida entre o PARFOR EQUIDADE UESPI, o Núcleo de Acessibilidade UESPI representando as Ações Afirmativas UESPI e o Núcleo de Tecnologias Assistivas UESPI com a SEID. A Universidade Estadual do Piauí tem desenvolvido ações com a SEID principalmente voltadas para o processo de avaliação do Público-alvo da Educação Especial. O Seminário é pioneiro no Brasil e o Piauí foi escolhido para sedia-lo devido o trabalho desenvolvido no Estado para atuar com Pessoas com Deficiência”, explicou a professora

 

Além da Professora Nadja Sousa, participam do evento:
– Prof Dr. Isânio Vasconcelos Mesquita – UESPI CCS / Comissão PCD UESPI;

– Prof Dra Francisca Maria Cunha da Cunha de Sousa – UESPI PIRIPIRI / COORDENADORA INSTITUCIONAL PARFOR EQUIDADE UESPI / NUCLEO DE ACESSIBILIDADE UESPI;

– Profa Dra Bruna Rodrigues da Silva Neres – UESPI CCHL / COORDENADORA DO CURSO DE EDUCACAO ESPECIAL INCLUSIVA PARFOR EQUIDADE UESPI

– Profa Ms Mara de Souza Paixão – PROFESSORA FORMADORA PARFOR EQUIDADE UESPI / UESPI PARNAIBA

– Profa Ms Edna Maria Rodrigues Moura Barros – PROFESSORA FORMADORA PARFOR EQUIDADE UESPI / UESPI PICOS

– Profa Ms Joquebede Dias dos Santos Nunes – PROFESSORA FORMADORA PARFOR EQUIDADE UESPI / UESPI BOM JESUS