UESPI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Projeto INFPAC divulga relatório sobre saúde pública em Parnaíba

Por Raíza Leão

O projeto de extensão “INFPAC – Informação para a Ação como Estratégia de Enfrentamento às Doenças e Agravos de Notificação Compulsória no Município de Parnaíba”, desenvolvido pelo grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Piauí, Campus de Parnaíba, recentemente, divulgou um relatório com os principais dados situacionais referentes as doenças e agravos de notificação compulsória no município para o ano de 2023 e isso pode contribuir significativamente para o conhecimento técnico e científico e ajudar nas políticas públicas voltadas para a saúde. 

O projeto foi idealizado pela professora Dra. Thatiana Maranhão em colaboração com o corpo estudantil da UESPI campus Alexandre Alves de Oliveira, os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde e os colaboradores da Vigilância Epidemiológica e das Unidades Básicas de Saúde de Parnaíba-PI.

 

Relatório com os principais dados situacionais de doenças e agravos de notificação compulsória em Parnaíba-ano 2023

De acordo com os dados apresentados pela pesquisa, as taxas de incidência para cada doença e agravo foram calculadas com base em estatísticas oficiais e censitárias da população geral, que é de 162.159 habitantes, e de nascidos vivos, que totalizam 1.783, conforme dados do Censo de 2022 do IBGE e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) de 2023.

Confira as principais doenças e agravos  fornecidas pela pesquisa:

Diarreia

Covid-19

Dengue

Violência Interpessoal/Autoprovocada

Chikungunya

Atendimento Antirrábico

Acidente por Animais Peçonhentos

Sífilis Não Especificada

Tuberculose

Sífilis Congênita

Sífilis em Gestante

Hanseníase

Meningite – Outras Meningites

Hepatite Virais

Zika

Criança Exposta a Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

Varicela

Leishmaniose Visceral

Gestante com HIV

Toxoplasmose

Toxoplasmose Congênita

Meningite – Doenças Meningocócicas

Leptospirose

Malária

Coqueluche

Síndrome da Rubéola Congênita

Doença de Chagas Aguda

Tétano Acidental

Nágila Ribeiro, bolsista do PIBEU e aluna que faz parte da pesquisa, destacou a importância da universidade na divulgação desses dados para a comunidade acadêmica e para o público em geral. “Para a comunidade acadêmica, os relatórios fornecem uma fonte de dados confiáveis para pesquisas e produções científicas. Para o público em geral, o INFPAC desempenha um papel fundamental ao apresentar esses dados de forma clara e acessível, garantindo que a população esteja ciente das condições de saúde em sua comunidade. Por meio dos relatórios, boletins, posts, reels e stories educativos no Instagram, a comunidade acompanha a realidade da saúde no município,” afirma.

A estudante ainda enfatizou que os dados e análises gerados pelo  projeto são fundamentais para futuras pesquisas na área de saúde pública, pois fornecem uma base sólida que pode identificar lacunas no conhecimento atual, sugerir novas áreas de investigação e oferecer evidências que apoiem projetos de intervenção e prevenção. Além disso, os resultados do relatório contribuem diretamente para o desenvolvimento de programas de saúde mais eficazes e direcionados às necessidades da população, tornando as iniciativas na área da saúde mais eficientes e bem-sucedidas.

O INFPAC também realiza ações de educação em saúde, visando minimizar e controlar as doenças e agravos de maior relevância epidemiológica. Essas ações não apenas promovem a conscientização, mas também empoderam a comunidade parnaibana a tomar decisões informadas sobre sua saúde.

A pesquisa contou com a participação ativa de professores e estudantes na coleta, análise e interpretação dos dados, garantindo que o relatório fosse desenvolvido com rigor acadêmico e utilizando metodologias apropriadas para fornecer informações precisas e relevantes sobre a situação de saúde no município.

Informação para a Ação como Estratégia de Enfrentamento às Doenças e Agravos de Notificação Compulsória no Município de Parnaíba

Para mais informações sobre a pesquisa acesse o Link: https://linktr.ee/infpacuespi?utm_source=linktree_profile_share

Liga Acadêmica de Doenças Tropicais da UESPI realiza minicurso voltado a prevenção de acidentes com animais

Por Vitor Gaspar

A Liga Acadêmica de Doenças Tropicais (LADOT) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizou, no último domingo (17), um minicurso com foco em acidentes provocados por animais peçonhentos, destinado a crianças da zona rural de Teresina.

Equipe da Liga junto a crianças do Projeto Casa Grande no Vale do Amanhecer, zona rural da capital

A equipe da liga conversou com as crianças do projeto Casa Grande apresentando os principais tipos de acidentes, levando vídeos educativos, dinâmicas e amostras do laboratório de parasitologia, com a finalidade de despertar a curiosidade delas. Além disso, foram levadas atividades de recreação, como complemento da apresentação das temáticas que foram discutidas.

A LADOT percebeu a importância de oferecer esse minicurso para as crianças, reconhecendo a necessidade delas aprenderem sobre o tema para garantir sua segurança, pois naquela região é comum encontrar animais, como serpentes, escorpiões e aranhas, especialmente por se tratar de uma área cercada por mata virgem e densa. À medida que ocorrem desmatamentos para construções, os animais buscam novos abrigos, como telhados, fendas nas paredes e entulhos.

 

O Presidente, Ícaro Carvalho, conta que foram mostrados alguns vídeos animados que retratam de uma forma ilustrada como o corpo reage a esses acidentes e o que fazer nessas situações, além de outras estratégias:

“Buscamos desenvolver nas crianças um olhar crítico, de saber quando o animal é perigoso e, para isso, mostramos alguns exemplos e explicamos as diferenças para, em seguida,  realizarmos um quiz com eles, onde mostramos imagens e amostras reais de serpentes, aranhas e outros animais em conserva para que eles pudessem diferenciar os peçonhentos dos não peçonhentos”.

Foram produzidos folders com instruções sobre como agir em caso de acidentes com animais peçonhentos


A diretora de marketing, Lívia Carvalho, compartilhou informações sobre a ação junto às crianças. Durante a atividade, abordaram medidas preventivas para acidentes com animais, incluindo cobras, escorpiões e aranhas. Ela conta que foram instruídas práticas como usar calçados fechados, evitar mexer em buracos ou ocos de árvores e manter quintais limpos para prevenir acidentes com cobras e escorpiões. Para proteção contra acidentes com aranhas, enfatizaram sacudir roupas e sapatos antes de usá-los e manter ambientes limpos. Além disso, deram orientações sobre como se comportar em caso de encontro com cães agressivos, dentre outras orientações.

“Também foram passados alguns vídeos informativos e levamos algumas espécies de cobras, alguns escorpiões, aranhas e morcegos para que eles pudessem ter um contato e saber diferenciar. A ação foi muito boa, as crianças participaram bastante, questionando e respondendo o que a gente perguntava”, afirma a estudante de Enfermagem do 9º bloco.

Na semana anterior, equipe da liga visitou o Projeto Semiliberdade da Sasc para conversa sobre ISTs

No dia 11/09, tiveram a oportunidade conversar com os jovens do Projeto Semiliberdade sobre infecções sexualmente transmissíveis ISTs. O projeto semiliberdade atua na socioqualificação profissional de menores infratores e é uma parceria da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), do Tribunal de Justiça, Instituto Federal do Piauí (IFPI) e Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi).

Registro da equipe do LADOT com os profissionais e coordenadores do projeto Semiliberdade

A iniciativa de realizar essa ação surgiu ao considerar que esses jovens estão ativamente envolvidos em relações sexuais, muitos com múltiplos parceiros, alguns já sendo pais e todos encontrando-se na faixa etária de 15 a 17 anos.

Para abordar essa questão foi promovido uma roda de conversa, permitindo que cada um compartilhasse suas experiências e os profissionais também participaram, enriquecendo a discussão com a colocação de diversas doenças. Foi distribuído uma cartilha abordando o HIV e sífilis, além disso, os participantes trouxeram à tona questões sobre herpes, candidíase e gonorréia, temas já abordados em aulas anteriores, permitindo esclarecimentos.

Mais um registro da equipe

Os organizadores da liga afirmam que a ação no projeto semiliberdade também foi bem-sucedida, onde jovens, em grande parte afastados da escola e com lacunas no conhecimento sobre ISTs, foram acolhidos.

A equipe explicou as formas de prevenção, incluindo o uso de preservativos em todas as relações, vacinações e exames preventivos. No contexto das doenças, combateram estigmas e enfatizaram medidas preventivas.

“Para nós, enquanto estudantes e participantes da liga, ver o impacto das nossas ações nos motiva a cada dia estudar e pesquisar mais para levar mais conhecimentos para a comunidade e ajudar a prevenir doenças e agravos que, na maioria dos casos, podem ser evitados quando se tem uma boa instrução”, afirmou Lívia Carvalho.