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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

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Pedreiro de 55 anos conclui TCC em Matemática Aplicada à Construção Civil na UESPI

Por Roger Cunha

O estudante Antônio Francisco da Silva, de 55 anos, concluiu o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no curso de Licenciatura em Matemática do Centro de Ciências da Natureza (CCN) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Torquato Neto, em Teresina. Profissional da construção civil, ele ingressou na instituição em 2021.2 e desenvolveu uma pesquisa voltada à aplicação da matemática no contexto da construção civil.

Antônio Francisco ingressou na universidade em 2021.2, motivado pelo desejo de aprofundar os conhecimentos que já utilizava no trabalho e pela vontade de alcançar novas oportunidades. Durante toda a graduação, conciliou a rotina pesada da construção civil com as exigências acadêmicas, enfrentando longas jornadas de trabalho, deslocamentos e noites dedicadas ao estudo.

O TCC desenvolvido por ele, explora a relação entre Matemática e Construção Civil, destacando como conceitos matemáticos estão presentes em cálculos de medidas, proporções, geometria de estruturas e planejamento de obras. A pesquisa evidencia a aplicação direta dos conteúdos estudados em sala de aula no ambiente de trabalho, mostrando que a matemática é uma ferramenta fundamental para a precisão e segurança nas atividades da construção.

A decisão de entrar na universidade surgiu a partir da própria rotina de trabalho. Segundo Antônio, a necessidade de qualificação e a relação direta entre a matemática e as atividades do dia a dia influenciaram sua escolha. Como ele explica. “O que me motivou foi uma questão de necessidade, trabalho pesado e eu vi essa possibilidade, essa opção de me formar nessa área”.

Durante o curso, ele manteve sua rotina profissional como pedreiro durante o dia e frequentou as aulas no período noturno, buscando equilibrar as duas atividades. Sobre essa conciliação, ele afirma. “As aulas são à noite e eu trabalho durante o dia. Com muito esforço e me dedicando bastante, deu pra conciliar estudo e trabalho”.

O tema do TCC foi definido a partir de sua experiência profissional. Em diálogo com o orientador, chegou à proposta de analisar aplicações da matemática presentes na construção civil, como cálculos de medidas, proporções e elementos geométricos utilizados no setor.  “Eu nem pensava. Estava com muita coisa na mente e, conversando com o professor Afonso, meu orientador, ele me deu essa ideia de fazer o TCC direcionado ao meu dia a dia na construção civil”.

Com a apresentação do trabalho, Antônio finaliza uma etapa acadêmica iniciada há quatro anos. Ao avaliar o encerramento do processo, ele resume o resultado alcançado. “Uma alegria, satisfação e muita felicidade”.

O Trabalho de Conclusão de Curso de Antônio Francisco da Silva também recebeu destaque na avaliação do professor Dr. Afonso Norberto, orientador da pesquisa. Por acompanhar de perto o desenvolvimento do estudante, o docente observou como a experiência profissional do aluno contribuiu diretamente para a proposta do estudo, articulando conhecimentos acadêmicos e práticas da construção civil. Segundo o professor, o tema escolhido apresenta utilidade concreta e reforça o papel da matemática em situações reais do trabalho. “Bom, fiquei muito feliz pelo desenvolvimento, pelo trabalho dele, um trabalho bem genuíno, um trabalho bem dia-a-dia dele, um trabalho que dá a importância da matemática em aplicações concretas, em aplicações práticas. É um trabalho que vai ficar como referência e vai ficar para que as pessoas possam ter o uso da matemática”. 

O coordenador do curso de Matemática do CCN/UESPI, professor Jefferson Brito, destaca que a trajetória de Antônio Francisco da Silva ao longo da graduação refletiu os desafios comuns a estudantes que precisam conciliar trabalho e estudo, mas também demonstrou constância e adaptação ao ritmo acadêmico. Ele observa que o desempenho do aluno evidenciou esforço e capacidade de superação dentro das disciplinas. “A matemática, o curso de ciência em matemática, é permeado de histórias e situações. E a história do professor Antônio, com certeza, é uma história grandiosa. Ele teve dificuldade no curso, mas manteve força de vontade e evolução ao longo do tempo”.

O coordenador também enfatiza que o Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido por Antônio contribui para mostrar aos demais estudantes como a matemática pode ser aplicada em contextos reais, especialmente na construção civil. Para ele, a pesquisa reforça a importância de temas práticos dentro da formação e pode servir como motivação para novas turmas. “Esse trabalho dele é bastante interessante, até para motivar os alunos que estão indo para a matemática, para perceber que realmente podemos fazer aplicações práticas. Ver essa inspiração dentro do curso ocorre em diversas situações e ajuda a motivar os nossos estudantes”.

A trajetória de Antônio Francisco da Silva demonstra como experiências profissionais podem dialogar com a formação acadêmica e contribuir para pesquisas aplicadas dentro da Licenciatura em Matemática. O TCC apresentado no CCN/UESPI – Campus Torquato Neto evidencia a utilidade da matemática em contextos concretos e reforça a importância da universidade pública na formação de estudantes com diferentes perfis e históricos. Com a conclusão do trabalho, Antônio Francisco encerra mais uma etapa da graduação e deixa uma referência para outros alunos que buscam integrar teoria e prática ao longo do curso.

UESPI inaugura o primeiro Laboratório de Inteligência Artificial no Campus de Oeiras

Por Raíza Leão

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) inaugurou nesta terça-feira (12), o primeiro Laboratório de Inteligência Artificial (IA) fora da capital, localizado no Campus Professor Possidônio Queiroz, em Oeiras. O novo espaço é um marco histórico para a instituição e representa um avanço significativo para o curso de Matemática, ampliando as oportunidades de ensino, pesquisa e extensão voltadas às tecnologias digitais.

 

O laboratório conta com 12 máquinas modernas e um servidor DELL PowerEdge R540, equipamentos que fortalecem a infraestrutura tecnológica do campus e permitirão o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão na área de IA e Matemática Aplicada. Além disso, esta inauguração marca a entrega do 20º laboratório da UESPI, consolidando o compromisso da universidade com a modernização tecnológica em seus diversos campi.

 

Durante a solenidade, o Reitor da UESPI, Professor Doutor Evandro Alberto, destacou que a iniciativa integra um conjunto de ações voltadas à inovação e à expansão da infraestrutura tecnológica. “Estamos entregando este laboratório porque inteligência artificial é matemática aplicada. Ele será de grande utilidade para toda a comunidade acadêmica e, principalmente, para os alunos da Matemática, que vão desenvolver projetos voltados para o município, para o Estado e para o desenvolvimento de produtos de IA. A universidade está crescendo e queremos que os estudantes abracem essa causa, valorizem o que têm e ajudem a fortalecer nossa instituição”, afirmou o reitor.

 

O Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC) da UESPI, professor Maurício Rego Mota da Rocha, reforçou que a entrega faz parte de um amplo investimento em tecnologia realizado pela atual gestão. “É uma satisfação imensa inaugurar este laboratório, que representa nosso compromisso com a modernização tecnológica, a inovação e a pesquisa aplicada. Além deste, já entregamos 19 laboratórios e este é o 20º. Também investimos quase três milhões e meio de reais em infraestrutura tecnológica, o que eliminou problemas de congestionamento em nossos sistemas e modernizou os processos acadêmicos e administrativos”, destacou.

Para o Diretor do Campus Professor Possidônio Queiroz, Professor João Batista da Silva Conrado, a conquista beneficia a todos. “Esse laboratório não é apenas para um curso ou grupo específico, é para toda a comunidade acadêmica. Todos ganham: os alunos, a universidade e a cidade de Oeiras, que hoje conta com uma instituição cada vez mais estruturada. Parabéns a todos que acreditaram nesse projeto”, afirmou.

O Professor Doutor Gustavo de Sousa, Coordenador do curso de Matemática, ressaltou a relevância do novo espaço para o ensino e a pesquisa. “Estou muito emocionado com a vinda desse laboratório. A inteligência artificial veio para ficar e tem tudo a ver com a Matemática. Essa estrutura magnífica vai beneficiar não só nossos alunos, mas toda a comunidade, possibilitando parcerias futuras e novos projetos”, comemorou.

Já o Professor Doutor Cristopher Queiroz, Coordenador do projeto de extensão “Conexão Matemática”, enfatizou o impacto da conquista para o campus. “É a realização de um sonho. Há dois anos, quando cheguei ao campus, ainda faltava muita estrutura. Hoje, com o apoio da direção e da reitoria, inauguramos um espaço que será usado em projetos de extensão, no ensino e também em cursos de inteligência artificial abertos à comunidade”, disse emocionado.

Representando o corpo discente, o estudante Josenildo José Francisco Gonçalves de Sousa agradeceu pela conquista e destacou o impacto do laboratório para os alunos. “Nós só temos a agradecer, porque o laboratório era muito esperado. Ele vai ser essencial em disciplinas como Informática da Matemática, na iniciação científica e também para alunos que não têm computador em casa. Vai fazer toda a diferença na nossa formação”, afirmou.

A inauguração do 20º Laboratório da UESPI e o primeiro voltado à Inteligência Artificial fora da capital consolida o compromisso da universidade em expandir a presença da ciência, da tecnologia e da inovação em todo o Estado. 

CAMAT vai realizar a “XI Semana da Matemática” da UESPI

Raíza Leão

O Centro Acadêmico de Matemática da UESPI vai promover a XI Semana da Matemática (SEMAT) entre os dias 7 e 10 de outubro, com o tema “Matemática: da Sala de Aula à Vida Profissional”. O evento será presencial no auditório Pirajá, Torquato Neto e reunirá estudantes, professores e pesquisadores de diversas áreas das ciências exatas. 

Para o presidente do Centro Acadêmico de Matemática, Talisson Ricardo, a SEMAT representa o resgate da essência do curso e da importância da matemática além da sala de aula: “A Semana de Matemática é o maior evento do curso. É um espaço onde mostramos que a matemática não é só ciência e sala de aula, mas também um meio de trabalho e uma fonte a explorar. É uma semana para explorar a matemática como ciência, linguagem e ferramenta de atuação profissional”.

O evento é organizado pelo Centro Acadêmico de Matemática, pela coordenação do curso, e pelo professor Igor Fontenele do Amaral, principal articulador da SEMAT. Aberto também a cursos afins, como Física, Química, Biologia e Engenharia, as vagas são limitadas, e as inscrições devem ser feitas previamente por meio de formulário online.

Mais informações sobre o evento no Instagram @camatuespi

Segundo o professor Igor Fontenele, a Semana da Matemática consolida-se como uma iniciativa fundamental para integrar ensino, pesquisa e extensão, oferecendo aos alunos contato direto com profissionais de destaque: “O evento funciona como ponte entre a formação teórica recebida em sala de aula, a prática docente e as diversas aplicações no mercado de trabalho. Aqui, os alunos conhecem uma matemática dinâmica e ampla, e muitas vezes é durante a SEMAT que se desperta o interesse por uma área específica, definindo seu futuro profissional”.

A programação inclui palestras, minicursos e oficinas. Entre os destaques, está a participação do Professor Doutor Antônio Cardoso do Amaral, reconhecido por seu trabalho inovador no ensino da matemática em Cocal dos Alves, além de jovens pesquisadores que trazem experiências de outras regiões do país. Oficinas acadêmicas conduzidas por discentes da UESPI e minicursos com professores locais visam integrar teoria e prática, preparando os futuros profissionais para desafios do ensino fundamental, médio e superior, bem como para pesquisas e participação em olimpíadas científicas.

Para a comunidade acadêmica, a SEMAT também funciona como um espaço de troca de experiências entre alunos e docentes, fomentando projetos de iniciação científica, colaboração em pesquisas e fortalecimento da formação profissional. “O evento ativa um ciclo virtuoso: gera interesse, motiva a busca por conhecimento e promove colaboração com docentes, resultando em uma formação acadêmica mais rica e orientada para a prática”, destaca Igor Fontenele.

CAMAT da UESPI promove curso de Nivelamento em Matemática Básica para reforço de conteúdos

Por Roger Cunha 

O Centro Acadêmico de Matemática (CAMAT), do Campus Torquato Neto da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), está promovendo o curso de Nivelamento em Matemática Básica, voltado principalmente para estudantes de graduação em Matemática que desejam reforçar conteúdos fundamentais da disciplina. A iniciativa surge como resposta a uma necessidade identificada entre os alunos nos primeiros períodos do curso, em que lacunas no aprendizado da matemática básica podem impactar o desempenho acadêmico nos períodos seguintes.

Curso de Nivelamento em Matemática busca fortalecer base acadêmica dos estudantes da UESPI

Segundo Danilo Machado, vice-presidente do CAMAT, a criação do curso de Nivelamento em Matemática Básica surge em resposta a um problema recorrente observado ao longo dos últimos semestres: muitos estudantes enfrentam dificuldades devido a lacunas na aprendizagem da matemática básica, o que compromete o desempenho em disciplinas mais avançadas e aumenta a probabilidade de abandono. A iniciativa do CAMAT busca, portanto, fortalecer a base dos alunos desde os primeiros períodos, oferecendo suporte acadêmico para reduzir essas deficiências e melhorar o aproveitamento ao longo de toda a graduação. “Quando você observa os períodos mais antigos, sexto, sétimo, oitavo período, são poucos alunos comparados aos primeiros e segundos períodos, por conta justamente dessa deficiência na matemática básica. E por conta disso a gente realizou, está realizando, né? Esse nivelamento matemático é justamente para eliminar algumas deficiências que nossos alunos nos primeiros períodos possuem.”

O curso abordará tópicos essenciais como funções, logaritmos, polinômios, trigonometria, matrizes e determinantes, com o objetivo de fornecer aos estudantes uma base sólida que contribua para o desempenho em disciplinas futuras. Danilo destaca a importância desse reforço. “Esse recurso, justamente, ele vai contribuir para eliminar essa deficiência que nossos alunos têm, porque uma coisa que nossos professores pegam muito no nosso pé é que a gente faz um bom cálculo, outras disciplinas, justamente com a nossa matemática base. Então, quanto melhor for a sua base, melhor você vai ter um aproveitamento dos cursos.”

O formato EAD foi escolhido para garantir acessibilidade a todos os estudantes, permitindo que aqueles com outras atividades acadêmicas ou profissionais possam acompanhar as aulas. Danilo explica. “O formato EAD vai abranger praticamente todas as pessoas, quem estiver ocupado realizando algum tipo de outra atividade também poderá assistir e a gente está vendo a possibilidade de quem trabalha nesse turno da tarde, porque a hora dos nossos cursos é de manhã e à noite e o curso será realizado à tarde justamente para todos poderem participar. E quem estiver trabalhando pode assistir e a gente vai ter a possibilidade também de botar gravação, ou seja, gravar as aulas para quem quiser assistir depois.”

O curso possui 80 vagas prioritárias para alunos de Matemática, mas poderá ser aberto para estudantes de outros cursos, como Engenharia, Biologia, Química e Física, caso não sejam preenchidas todas as vagas. “Bem, a gente já realizou a divulgação em todas as salas, tanto no turno da manhã como no turno da tarde, e a gente já teve várias inscrições também. Se caso os alunos de matemática não cobrem todas as vagas, que são as 80 vagas, a gente vai abrir também para outros cursos, justamente para também pegar parte da comunidade da UESPI, não só de matemática em si.”

As inscrições para o curso são gratuitas e limitadas, e podem ser realizadas até o dia 17 de setembro por meio do formulário disponível neste link.

O Nivelamento em Matemática Básica representa uma oportunidade para que os estudantes revisem conteúdos essenciais, desenvolvam segurança acadêmica e estejam melhor preparados para enfrentar os desafios da graduação em Matemática e em cursos que exigem base sólida na disciplina.

Aluna do Curso de Matemática do Campus Torquato Neto é a primeira mulher a receber Láurea Acadêmica

Por Roger Cunha

No gabinete da Reitoria da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), a cerimônia de entrega da Láurea Acadêmica reuniu professores, gestores e colegas em um clima de emoção e reconhecimento. Entre tantos nomes que já passaram pelos corredores da instituição, teve um destaque especial: Alice Fonseca da Silva, que entrou para a história como a primeira mulher do curso de Matemática do Campus Torquato Neto, em Teresina,  a receber a honraria. O feito ganha ainda mais relevância porque, desde a criação da graduação, apenas dois alunos conquistaram o título.

Trajetória de Alice Fonseca simboliza conquista feminina na Matemática da UESPI

A Láurea Acadêmica é a mais alta distinção concedida pela universidade e não se trata de uma tarefa simples. Para recebê-la, é preciso manter um Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) acima de 9, além de ter participado ativamente de monitorias, projetos de pesquisa e extensão. Em um curso tradicionalmente reconhecido pela exigência e pelo rigor nas avaliações, o desafio é ainda maior. Alice Fonseca venceu essa etapa, mas também enfrentou outro obstáculo: o de representar as mulheres dentro de um espaço marcado, historicamente, pela predominância masculina.

Em sua fala, a estudante fez questão de destacar o quanto a representatividade feminina foi importante em sua caminhada e relembrou as dificuldades que sentiu logo no início da graduação. “No meu primeiro período, comentei com minha mãe que não havia professoras mulheres nem muitas alunas no curso. Quando, no terceiro período, encontrei a professora Leilane, fiquei muito feliz. Ela já era doutora, uma inspiração. Assim como a professora Rosário, que também me marcou muito. Essa láurea mostra que todo o meu esforço valeu a pena e que nós, mulheres, também temos espaço nas ciências exatas”, afirmou Alice, emocionada.

Alice também compartilhou seus planos futuros, deixando claro que a conquista não encerra sua trajetória, mas abre novas portas. “Agora quero seguir para o mestrado, depois iniciar o doutorado e, com fé em Deus, passar em concurso público para poder voltar à minha cidade e atuar como pesquisadora e professora”, projetou.

Trajetória de Alice Fonseca simboliza conquista feminina na Matemática da UESPI

A entrega da honraria foi feita pela Pró-Reitora de Ensino e Graduação, professora Dra. Mônica Gentil, que acompanhou de perto a cerimônia. Para ela, não se tratava apenas de um título entregue, mas de um reconhecimento da universidade a uma trajetória marcada por dedicação, disciplina e excelência. “É uma honra entregar essa láurea para a Alice, a primeira mulher do curso de Matemática a receber essa distinção. O desempenho dela é reflexo de compromisso e zelo durante toda a graduação. Participou de monitorias, de projetos de pesquisa e extensão e manteve um IRA exemplar. Esse momento simboliza o fortalecimento do curso e a valorização do papel das mulheres na ciência”, destacou.

O coordenador do curso de Matemática, professor Jefferson Brito, reforçou em sua fala o caráter de superação da aluna. Ele lembrou que, além das exigências acadêmicas, Alice lidou com o desafio da distância, já que vinha do interior do estado para frequentar as aulas em Teresina. “A Alice merece essa honraria não apenas pelas notas, mas pela história de superação. Vinha de ônibus do interior, o que já exigia tempo e esforço extra. Apesar disso, manteve desempenho elevado, participou de pesquisa e extensão e cumpriu todos os requisitos. No curso de Matemática, alcançar um IRA acima de 9 é um desafio enorme. Alice conseguiu e, por isso, se torna uma motivação para nossos alunos”, afirmou.

Entre os presentes, a emoção também foi compartilhada por quem a inspirou. A professora Leilane Brandão, uma das duas únicas docentes mulheres do curso, destacou o impacto que a conquista tem não apenas para Alice, mas para todas as futuras gerações de alunas. “Desde o início, Alice teve uma trajetória brilhante. Mas o fato de essa láurea ser concedida a uma aluna mulher, em um curso onde nós somos minoria, dá a esse momento um peso ainda maior. Para mim e para a professora Rosário, é gratificante saber que servimos de inspiração. Essa conquista mostra o quanto a presença feminina na Matemática precisa ser valorizada”, destacou.

Trajetória de Alice Fonseca simboliza conquista feminina na Matemática da UESPI

Além dos professores, os colegas de Alice também fizeram questão de marcar presença. Entre eles estava Thalisson Ricardo, que ressaltou o quanto a conquista da colega serve de motivação para a comunidade acadêmica. “É motivo de felicidade para todos nós. Ver a dedicação e competência dela sendo reconhecidas inspira não só os estudantes de Matemática, mas toda a comunidade acadêmica da UESPI”, comentou.

A emoção também foi partilhada por Giovana Carvalho, amiga desde o primeiro período, que viu de perto a dedicação da colega. “A Alice sempre foi uma colega excelente e muito dedicada. Essa conquista nos mostra que outras mulheres também podem alcançar esse espaço. É uma honra estar aqui ao lado dela nesse momento histórico”, afirmou.

Já para Francisco Hermeson, a solenidade foi um momento de celebração coletiva. “Foram quatro anos de luta, de dedicação silenciosa. Estar aqui celebrando com ela é motivo de muito orgulho e emoção”, declarou.

A cerimônia terminou em aplausos, abraços e olhares orgulhosos. Mais do que um reconhecimento individual, a láurea entregue a Alice Fonseca se converteu em símbolo de persistência e inspiração coletiva. No rosto da estudante, a emoção de quem transformou obstáculos em conquistas; nos olhos dos presentes, a certeza de que aquele momento ultrapassa os limites de uma sala de aula e projeta novos caminhos para outras jovens que sonham em ocupar espaços na ciência. A partir de agora, a história da Matemática na UESPI guarda o nome de Alice não apenas como referência acadêmica, mas como marco de representatividade.