Por Roger Cunha
Garantir o respeito e os direitos das mulheres dentro e fora do ambiente acadêmico é a principal missão do projeto “Justiça para Elas”, desenvolvido por alunas do Bloco II do curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) – Campus Piripiri. A iniciativa busca promover a conscientização sobre a igualdade de gênero, combater a violência contra a mulher e fortalecer a rede de apoio a vítimas de abusos e discriminação.

“Justiça para Elas”: Projeto da UESPI Piripiri promove igualdade e direitos femininos
O projeto nasceu da necessidade de criar um espaço de discussão e ação sobre os direitos das mulheres, fomentando o debate tanto no ambiente acadêmico quanto na sociedade em geral. Por meio de palestras, rodas de conversa e campanhas educativas, o “Justiça para Elas” se propõe a levar conhecimento sobre a legislação vigente, alertar sobre os diferentes tipos de violência e empoderar mulheres para que saibam reconhecer e exigir seus direitos.
A estudante Vitoria Melo, uma das responsáveis pelo projeto, destaca a importância da iniciativa: “O projeto nasceu da necessidade de dar visibilidade à falta de respeito que muitas mulheres enfrentam no ambiente acadêmico e na sociedade em geral. Percebemos que tanto alunas quanto professoras e técnicas não são tratadas com o devido respeito, seja por meio de assédios, desigualdades ou até pela desvalorização de suas vozes”.
A motivação para criar o “Justiça para Elas” veio do desejo de promover mudanças concretas. Como estudantes de Direito, as idealizadoras perceberam que o conhecimento jurídico pode ser uma ferramenta essencial para transformar realidades. “Vemos diariamente casos de assédio, violência e discriminação contra mulheres, e sabemos que muitas não conhecem seus direitos ou não têm suporte para buscar justiça. O projeto veio para ser um espaço de informação, acolhimento e mobilização”, afirma Vitoria.
A experiência de trabalhar diretamente com os direitos das mulheres tem sido significativa para as envolvidas. Segundo Vitoria, “tem sido uma experiência desafiadora, mas também produtiva. Conseguimos abrir diálogos importantes, dar voz a histórias que muitas vezes são silenciadas e ver o impacto do projeto na vida das pessoas”. Entretanto, ela também destaca que o desafio é grande: “Falar sobre os direitos das mulheres ainda enfrenta resistência. Muitas pessoas não enxergam a desigualdade de gênero como um problema real, e combater essa falta de consciência exige muita persistência”.
A iniciativa também busca estender sua atuação para a comunidade externa, criando parcerias com instituições que atuam na defesa dos direitos femininos. Dessa forma, o “Justiça para Elas” ultrapassa os muros da universidade e impacta diretamente à sociedade. Para outras alunas que desejam atuar em causas sociais, a mensagem é clara: “Não tenham medo de levantar a voz. Muitas vezes, quando falamos sobre questões sociais, enfrentamos críticas e tentativas de descredibilização. Mas é justamente isso que mostra o quanto a luta é necessária. Se você sente que algo está errado, que injustiças acontecem ao seu redor, não se cale”, aconselha Vitoria.
O impacto do projeto tem sido perceptível, reforçando a importância da luta pelos direitos das mulheres. “A igualdade de gênero não é apenas uma questão de justiça, mas de transformação social. O ‘Justiça para Elas’ nos faz enxergar, todos os dias, a importância dessa luta”, conclui a estudante.
Com iniciativas como essa, a expectativa é que cada vez mais mulheres possam se sentir seguras e respeitadas em todos os ambientes, garantindo avanços na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Você pode conhecer mais sobre o projeto “Justiça para Elas” acessando a página oficial no Instagram: @dir.uespi.