Por Jésila Fontinele
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Prof. Antônio Giovanne Alves de Sousa, realizou no dia 21 de setembro o evento Bate-papo sinalizado com a comunidade surda de Piripiri, idealizado pela professora de Libras, Dra. Silvana Cardoso.
Através da língua brasileira de sinais (Libras), é possível promover mais acessibilidade e inclusão para pessoas surdas, na qual é reconhecido no meio legal através de comunicação e expressão regida pela lei n°10.436. de 24 de abril de 2002. Dessa forma, o encontro foi de fundamental importância pelo papel de discutir sobre batalhas diárias e inclusão, como uma forma de ir sempre em busca do melhor. No encontro estavam envolvidos alunos, professora Silvana Cardoso e a coordenadora local, profa. Sandra Andrade, do curso de licenciatura em matemática do PARFOR/UESPI e a comunidade surda de Piripiri.
Adonilson Gome, líder da comunidade surda de Piripiri:
Segundo a professora Dra. Silvana Cardoso a ação teve como proposta a interação entre os estudantes do curso de matemática, futuros professores, e a comunidade surda de Piripiri, na qual procurou promover a inclusão social através de colocar em pratica o que aprenderam em sala de aula. Além disso, a professora falou que ocorreu o batismo, que se refere a criação de sinais próprios, dos discentes e coordenadora local. “Na oportunidade, os cursistas apresentaram e ensinaram aos convidados os recursos/jogos matemáticos produzidos na disciplina de Prática Pedagógica Interdisciplinar (PPI) do semestre passado, dentre eles o Tangram, o Shisima, e o Stop da Matemática. Foi um momento prazeroso e de muito aprendizado para todos os envolvidos, o qual ainda contou com um delicioso lanche ofertado pela turma”, pontuou a professora.
A discente de matemática, Itamara, falou sobre a experiência de interagir diretamente com a comunidade surda e entender tamanha importância sobre o tema. “Nos motivou a incluir mais momentos como esses em sala de aula como Professores de matemática, foi um momento de muito aprendizado e descontração”. Segundo a aluna esse evento é importante pois mostra as dificuldades que pessoas surdas enfrentam em uma sociedade que ainda não se adequou a realidade da comunidade, dessa forma, serviu para buscar cada vez mais realizar eventos como esses sobre inclusão.
Já o estudante Francilio frisou em sua fala sobre as dinâmicas, como a apresentação de cada participante, o nome, a convivência na sociedade, assim como as barreiras enfrentadas, especialmente na formação dos professores, onde há necessidade de implementação de programas voltados para essa área, além das dificuldades no âmbito escolar. “Assim que concluí essa disciplina, pude perceber a real dificuldade que enfrentam, confesso que me emocionei com os relatos, além da experiência com a professora Kelly, que contou sua história de vida e dificuldades”, relatou o estudante Francilio, que reforçou a importância da professora Silvana Cardoso na transmitir conhecimentos.
“Nós, como futuros professores, sabemos que existem muitas crianças com deficiência auditiva, ou seja, quanto mais procurarmos meios que possam facilitar, melhor será o desenvolvimento dos alunos, pois a educação inclusiva proporciona uma transição desse espaço para acolher e facilitar o aprendizado”.