Por Anny Santos
Professora e alunas do curso de Odontologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, publicaram o artigo “A Importância da Submissão de Pesquisas Odontológicas aos Comitês de Ética: Um Enfoque À Plataforma Brasil”, que visa contribuir como suporte teórico para a comunidade científica na submissão de pesquisas odontológicas envolvendo seres humanos.
De acordo com a professora Ângela Ferraz, orientadora da pesquisa, a iniciativa partiu das acadêmicas Kilvia Magalhães Araújo e Tamires Taline Pereira durante a disciplina de Introdução à Pesquisa no 2º período do curso, onde, dentre os conteúdos ministrados, a docente abordou a importância dos trabalhos de pesquisa envolvendo seres humanos e a obrigatoriedade de submissão destes projetos aos Comitês de Ética em Pesquisa.
O artigo publicado na Revista Brasileira de Odontologia Legal –RBOL, no último dia 26 de junho, instrui e detalha qual caminho deve ser seguido pelos pesquisadores para realizarem suas pesquisas seguindo os trâmites legais. Ele serve também como fonte de conhecimento e referencial teórico atualizado para mais produções, assim proporcionando avanços na área da Odontologia. Além disso, a pesquisa aborda uma temática voltada para a área da Bioética, ou seja, discorre sobre os assuntos de forma a fazer com que os pesquisadores tenham um olhar direcionado para a sociedade como um todo.
Segundo a orientadora, a pesquisa possibilita que acadêmicos e profissionais pesquisadores da área de saúde entendam que existem alguns desafios práticos na submissão de pesquisas, mas estes desafios são superados pelos benefícios da submissão, pois garantem que a pesquisa seja desenvolvida com qualidade e em conformidade ética e legal. “A população é beneficiada diretamente, pois é o público alvo das pesquisas. Entender que uma pesquisa só pode ser realizada após aprovação dos Comitês de Ética, assegura tanto os direitos individuais, como coletivos, mantendo o princípio da dignidade humana e liberdade da população pesquisada”.
Uma das principais razões para o fomento à pesquisa científica é a possibilidade de expansão do conhecimento em diversas áreas. Através da pesquisa, novas teorias são desenvolvidas, hipóteses são testadas e novos paradigmas são estabelecidos. Isso contribui para o avanço da sociedade como um todo. Além disso, a pesquisa contribui para a formação de profissionais qualificados e desenvolvimento econômico e social. Investir em pesquisa científica é investir no futuro, em um mundo mais inovador, sustentável e igualitário.
Kilvia Araújo destaca a grande relevância da pesquisa para ela e para os indivíduos participantes dos estudos, pois, como enfoque principal do artigo, a submissão de pesquisas, que envolvendo seres humanos, aos CEPs é o que irá assegurar os direitos e a segurança dessa parcela da população envolvida no processo de testes e produção.
“Realizar pesquisas assim faz com que eu venha a me tornar uma profissional mais completa e consciente, pois a ciência é a base para que sejam tomadas as condutas mais adequadas e assertivas nos diversos âmbitos da sociedade. Dentro da área da pesquisa odontológica envolvendo seres humanos, assim como em quaisquer outras áreas, é indispensável a submissão dos seus estudos aos Comitês de Ética, pois o que está em jogo é maior do que apenas simples resultados, se trata sobretudo da segurança da comunidade, do respaldo atribuído aos profissionais, e essencialmente da qualidade da pesquisa que é o que contribui para novos avanços na profissão”, finaliza.
Tamires Pereira também acredita que evidenciar a importância da ética nas pesquisas odontológicas contribui para o conhecimento da comunidade acadêmica, científica e para sociedade em geral, além de beneficiar a todos com o suporte de informações dado, em relação ao seu artigo, a respeito do controle das novas pesquisas que estão sendo lançadas através das ferramentas da Plataforma Brasil.
Programas que fomentam à pesquisa científica na UESPI
Os Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da UESPI propiciam aos alunos de graduação a oportunidade de ampliar a formação acadêmica mediante a participação em projetos de pesquisa com concessão de bolsas (CNPq e UESPI) ou de maneira voluntária, sem financiamento.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Desenvolvimento Tecnológico (PIBIC) tem como objetivo geral o apoio às atividades de pesquisa científicas realizadas por professores e alunos da nossa universidade. Já o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) tem como propósito estimular os jovens do ensino superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação.
O fomento à pesquisa científica, em especial na UESPI, também contribui para o desenvolvimento econômico e social de uma região. Através da colaboração entre universidades, indústrias e governos, os resultados da pesquisa podem ser aplicados na criação de novos produtos, tecnologias e serviços, impulsionando a inovação e gerando empregos. Além disso, a pesquisa científica também pode abordar questões sociais e ambientais, buscando soluções para problemas que afetam diretamente a comunidade.