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Teresina sediará o VII Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste

Por Raíza Leão

Entre os dias 28 a 31 de outubro de 2025, Teresina sediará o VII Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste (RGVNE), evento que reunirá pesquisadores, professores, estudantes e agricultores para debater os impactos das mudanças climáticas na preservação da biodiversidade e na segurança alimentar. A programação acontecerá na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e contará com palestras, mesas-redondas e uma feira de agrobiodiversidade.

VII Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste

O simpósio, promovido pela RGVNE e pela Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos (SBRG), tem organização conjunta da UFPI, UFDPar, UESPI e Embrapa. A presidência do evento será do professor Jardel Oliveira Santos (UFPI), com a professora Francilene Leonel Campos (UFDPar) na vice-presidência, e a professora Aurinete Daienn Borges do Val (UESPI) como primeira secretária.

Com o tema “Mudanças climáticas e combate à fome: desafios para os bancos genéticos e comunidades rurais”, o evento abordará a conservação de espécies agrícolas, especialmente aquelas cultivadas por agricultores familiares e comunidades extrativistas. De acordo com a professora Aurinete Daienn Borges do Val, que leciona no curso de Engenharia Agronômica da UESPI – Campus Parnaíba, esses grupos estão entre os mais afetados pelas variações climáticas.

“O simpósio destacará a importância dos recursos genéticos vegetais, principalmente para a segurança alimentar das populações que praticam a agricultura familiar e o extrativismo. São essas comunidades que mais sofrem com as mudanças ambientais, pois as alterações no clima podem comprometer a produção e até levar à extinção de variedades cultivadas”, explica a professora.

Ela ressalta ainda que algumas variedades de feijão, arroz e mandioca cultivadas no Piauí não existem em outras regiões do Brasil ou do mundo, o que torna essencial a discussão sobre técnicas de armazenamento e manejo sustentável. “O evento tratará dessa diversidade genética e de estratégias para enfrentar os desafios climáticos. A ideia é encontrar soluções que garantam a preservação dessas variedades, seja por meio de novas práticas de cultivo ou do armazenamento adequado das sementes”, complementa.

Além disso, um dos destaques do simpósio será a troca de conhecimentos entre pesquisadores e agricultores. A professora Aurinete Daienn Borges do Val enfatiza que essa interação é essencial para validar e aprimorar as práticas agrícolas. “O pesquisador traz um conhecimento científico, enquanto o agricultor traz um saber tradicional, adquirido ao longo de anos de experiência. Muitas vezes, técnicas que funcionam em laboratório precisam ser ajustadas à realidade do campo. Esse diálogo entre academia e prática é fundamental para desenvolver soluções eficazes”, afirma.

Além das palestras e debates, o simpósio contará com a Feira da Agrobiodiversidade e a apresentação de trabalhos científicos. Os participantes poderão expor suas pesquisas em formato de pôster ou comunicação oral, contribuindo para a divulgação de estudos voltados à conservação da biodiversidade.

Para mais informações, acesse o Instagram do Simpósio, @rgvnordeste.