Por Vitor Gaspar
A egressa Lara Silva, e o Prof. Dr. Orlando Berti da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) tiveram seu artigo “O MINP e o combate a pandemias: Como um manual interativo agiu na aplicação de ideias contra a Covid-19”, publicado na revista maranhense Cambiassu.
A revista, promovida pelo Departamento de Comunicação Social e pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (Mestrado Profissional) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), visa a divulgação de pesquisas e estudos na área da Comunicação Social.
O artigo trata sobre o Manual Interativo de Combate a Pandemias (MINP) que surgiu em 2021 no auge dos casos de Covid-19 pelo mundo. Inicialmente, o projeto, fruto de uma pesquisa de inovação tecnológica da UESPI consistia em um site informativo que abordava o histórico da pandemia, desde seu início até o momento de produção. Além disso, eram fornecidas informações sobre prevenção, combate à pandemia e projeções para futuras situações similares.
Posteriormente, foi decidido incorporar a gamificação ao site, transformando-o em uma espécie de jogo para torná-lo mais interativo. Embora já tivesse uma proposta inicial de interatividade e dinamismo, a inclusão do jogo ampliou ainda mais essa característica. Foi desenvolvido um game no qual o usuário mergulhava na narrativa de uma pandemia, enfrentando desafios e fases para alcançar níveis mais elevados e, figurativamente, resolver a crise.
A estudante Lara Silva, responsável por desencadear a proposta, que virou objeto de estudo de seu TCC conta que do seu ponto de vista, o MINP é significativo não apenas por fornecer informações detalhadas sobre a pandemia, sua evolução e a doença em si, mas também por ser uma ferramenta que registra de forma abrangente os principais acontecimentos no Brasil e no mundo relacionados à pandemia. Segundo ela, desde o surgimento na China até a chegada das vacinas, tudo está documentado, inclusive as variantes e novas ondas de infecção.
“Este registro não apenas serve como fonte de informação para aqueles que não vivenciaram a pandemia, mas também pode ser utilizado como inspiração para pesquisas em diversas áreas, indo além do jornalismo. O MINP é uma ferramenta versátil que, inclusive, serviu como base para a criação de um guia sobre como desenvolver trabalhos gamificados, podendo ser aplicado em diferentes contextos.”
A jornalista também afirma que é gratificante ver que o trabalho está ganhando visibilidade e alcançando novos patamares, especialmente considerando que foi seu trabalho de conclusão de curso em jornalismo. “Estamos entusiasmados com as possibilidades que o futuro reserva e com o fato de mais pessoas estarem tendo acesso a essa iniciativa”.
Além disso, a pesquisa não se limita ao ambiente acadêmico, pois pode ser introduzido em escolas para abordar temas como prevenção de doenças de maneira mais leve e dinâmica. Foi utilizada uma abordagem chamada “tecnologia social”, integrando a tecnologia com a sociedade para promover colaboração.
O Professor Orlando Berti, autor e orientador do projeto conta que o foco deste artigo e pesquisa é explorar a gamificação como uma abordagem eficaz para esclarecer questões relacionadas a pandemias, destacando a importância da vacinação e da disseminação de informações.
“As ferramentas fundamentais utilizadas foram inicialmente questões reflexivas de esclarecimento. Posteriormente, evoluímos para a gamificação, uma linguagem que atinge aproximadamente um quarto da população mundial. Considerando que se essa parcela se envolve com jogos diariamente, a gamificação se revela uma ferramenta pedagógica excepcionalmente valiosa. Este método visa tornar mais compreensíveis diversas perspectivas relacionadas às reflexões sobre questões pandêmicas”.
O MINP não apenas se destaca por suas contribuições teóricas, mas também por seu impacto prático. Os pesquisadores foram reconhecidos em diversos congressos, como Intercom e SPJOR, integrando também o APLICOM da UFMA, sendo escolhidos entre as melhores pesquisas para o dossiê da revista Cambiassu.