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Inovação Sustentável: UESPI desenvolve protótipo para geração de hidrogênio verde

Por Clara Monte

Em busca de matrizes energéticas mais eficazes com o mínimo de agressão ao meio ambiente,  a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), por meio do Curso de Engenharia Elétrica do Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU), está desenvolvendo um protótipo de nano central para a geração de hidrogênio verde. Esse protótipo é produzido a partir de um sistema de rastreamento solar desenvolvido internamente pela instituição. A iniciativa visa explorar as opções da construção de rastreadores solares de baixo custo para uso residencial.

Protótipo de geração de H2V da UESPI

De acordo com o Professor Juan Aguiar, Coordenador do NUFPERPI, o Núcleo está empenhado em explorar e desenvolver soluções tecnológicas que promovam o uso eficiente e sustentável dos recursos naturais. Neste contexto, o projeto atual concentra-se na investigação da viabilidade de construção de rastreadores solares de baixo custo para uso residencial. Dado o alto custo desses dispositivos no mercado, a intenção é desenvolver modelos mais compactos, economicamente viáveis e tecnicamente eficientes.

“A meta é torná-los acessíveis para comunidades de baixa renda e residências, uma vez que esses rastreadores proporcionam uma significativa melhoria na produção de energia solar, indo além da simples captação de energia. Esse projeto é uma peça fundamental, servindo como plataforma para a segunda etapa do processo, que envolve o eletrolisador. É neste estágio que o hidrogênio é produzido, dando origem ao chamado “hidrogênio verde”. Este tipo de hidrogênio é gerado a partir de uma matriz energética limpa, que tem sua origem no rastreador solar”.

Protótipo de geração de H2V da UESPI

Segundo o Professor, o protótipo surgiu de um projeto PIBIC cujo objetivo era avaliar e associar a eficiência dos eletrolisadores à produção de energia solar. De acordo com ele, atualmente, na UESPI, diversos cursos estão colaborando em parceria com o Curso de Engenharia Elétrica, vinculado ao Núcleo de Formação em Pesquisa de Energias Renováveis do Piauí.

“Essa colaboração visa a condução de pesquisas com foco na melhoria dos eletrolisadores e dos eletrodos utilizados nesses dispositivos. Especialmente os cursos de Química e outras áreas, como Física e tecnologia, estão trabalhando em conjunto para aprimorar essa tecnologia. Assim, o equipamento não apenas agrega valor aos cursos da universidade, facilitando a disseminação da tecnologia, mas também contribui substancialmente para o avanço das pesquisas e aprimoramentos em diversos campos“.

Protótipo de geração de H2V da UESPI

Glenerson Vieira da Silva Santos, aluno participante do projeto, conta que poder contribuir nesse protótipo é de extrema relevância para a sua formação em Engenharia Elétrica. Para ele, a experiência prática e a imersão no campo das energias renováveis não só complementam o aprendizado teórico em sala de aula, mas também oferecem uma visão prática sobre como aplicar os conhecimentos adquiridos.

“O hidrogênio verde é crucial para a produção de energia mais limpa. Ele é gerado por meio da eletrólise da água, usando fontes renováveis de energia, o que o torna uma alternativa ecológica. Entender seu potencial e sua importância na transição para fontes de energia mais sustentáveis tem sido um dos pontos mais fascinantes desse projeto. Ver de perto como a tecnologia pode contribuir para um futuro energético mais limpo é muito motivador”, finaliza o aluno.

O que é hidrogênio verde?

 

hidrogênio verde (H2V) é obtido por meio da eletrólise da água, utilizando energia limpa e renovável, sem emissões de CO2. Esse processo separa hidrogênio e oxigênio da água através de corrente elétrica, exigindo fontes limpas como solar, hídrica ou eólica. No Brasil, o hidrogênio verde pode ser usado para armazenar energia renovável em períodos de alta produção e baixa demanda elétrica.