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Coral da UESPI integra apresentação da Missa de Alcaçuz em celebração à música nordestina

Por Roger Cunha 

Unindo a força da música erudita com os ritmos e sonoridades populares do Nordeste, o Coral da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participa da emocionante apresentação da Missa de Alcaçuz, obra do renomado compositor potiguar Danilo Guanais.

O espetáculo reúne também o Coral da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Madrigal Vox Populi, sob a regência do maestro Vladimir Silva e a direção artística de Cássio Martins e Pedro Furtado (UESPI). A apresentação acontece no dia 11 de junho de 2025, às 19h, no SESC Cajuína, em Teresina, prometendo ser um marco na cena cultural piauiense.

Celebração da Música Nordestina e Erudita em Teresina

A ideia de unir diferentes corais na produção de grandes obras musicais, integrando músicos de diversas instituições e movimentando o cenário erudito da cidade, é um pilar fundamental deste projeto. Essa iniciativa nasceu de uma conversa entre Pedro Furtado, diretor artístico da UESPI, e Vladimir Silva. “A ideia é unir forças colaborativas através da união entre esses corais, na produção de grandes obras musicais, integrando músicos de diferentes instituições e movimentando o cenário erudito da cidade”, explica Furtado.

No ano passado, Furtado, Silva e Cássio Martins já haviam colaborado na realização do Requiem de Gabriel Fauré, seguindo a mesma visão de trabalho conjunto. Este ano, o projeto ganha uma dimensão ainda maior com a presença do próprio compositor da Missa de Alcaçuz, Danilo Guanais, que está ministrando uma oficina de Composição no Instituto Federal de Educação Tecnológica do Piauí (IFPI). Ao seu lado, o maestro Vladimir Silva conduz a oficina de Regência Coral, aberta a alunos do IFPI e à comunidade em geral, reforçando o compromisso com a formação e a disseminação do conhecimento musical.

A Missa de Alcaçuz é uma obra contemporânea que tece uma ponte magistral entre a estrutura tradicional da missa católica e os vibrantes elementos rítmicos e melódicos da cultura popular do Nordeste. A proposta do espetáculo é valorizar a identidade cultural da região por meio da música, promovendo uma experiência artística rica, sensível e acessível.

Para Pedro Furtado, essa obra possui um encanto particular: “Eu já havia cantado a obra com o Coro de Câmara de Campina Grande, Paraíba, na cidade de Natal, RN, e fiquei encantado. Sempre quis realizá-la em Teresina”. Ele destaca o que torna a Missa de Alcaçuz tão singular: “A mistura entre o erudito (através de influências de Mozart, Bach, Vivaldi e outros) e o popular, em uma miscelânea de criatividade composicional e influências, é um diferencial com relação a essa obra. Elementos musicais, como ritmos e instrumentos nordestinos – a exemplo do triângulo, zabumba – são inseridos em uma peça cantada em latim, fortalecendo nosso caráter identitário e de pertencimento.” Essa fusão cria uma experiência sonora que transcende fronteiras, celebrando a riqueza cultural do Brasil.

A participação do Coral da UESPI neste projeto representa um momento crucial para a universidade e, em especial, para a formação artística de seus integrantes. O envolvimento com uma obra dessa dimensão proporciona um aprendizado técnico aprofundado, uma vivência coletiva enriquecedora e o contato com repertórios diversificados.

O maestro ressalta a importância desse processo para os cantores da UESPI: “Para os cantores da UESPI, esse processo é importante para seu crescimento vocal, artístico e ganho de experiência. Através da vivência com novos maestros e músicos, naturalmente, as exigências e demandas serão outras, contribuindo para agariarem uma série de novos conhecimentos musicais e sociais.” Ele também aponta o nível de exigência técnica da Missa de Alcaçuz, que é “mais complexo que o exigido pelo Requiem de Fauré, realizado no ano passado, demonstrando que o processo é sempre focado em superar barreiras e concluir um objetivo”. Essa abordagem não apenas aprimora a técnica musical, mas também incute uma noção de responsabilidade que se estende ao social, promovendo o trabalho coletivo, a superação, a atenção e a autoestima.

A montagem foi construída de forma colaborativa entre os grupos envolvidos, com semanas intensas de ensaios e preparação conjunta. Contudo, preparar uma obra com três corais diferentes apresentou seus desafios. “Foi o primeiro grande desafio, pois cada coral tem uma sonoridade e níveis técnicos diferentes, e torná-la mais homogênea foi de primeiro, o grande desafio”, revela Furtado. Além disso, a transmissão das melodias para cantores que não leem partitura e a exigência estético-vocal também foram superadas com dedicação e empenho.

A presença de solistas, orquestra instrumental e a união de diferentes vozes prometem uma apresentação potente, com forte carga simbólica e emocional. O espetáculo destaca não apenas o talento dos músicos, mas também a capacidade das instituições públicas de ensino em fomentar e produzir cultura de qualidade, acessível a todos.

Pedro Furtado conclui com uma visão apaixonada sobre o impacto no público: “Assistir a um espetáculo dessa magnitude levará o público a um estado de pertencimento, de identificação cultural e fascínio pela beleza das melodias, harmonias e ritmos.” Será uma noite memorável, onde a música transcende o palco e se conecta diretamente com a alma da cultura nordestina.

Coral da Uespi participa de concerto musical “Requiem” em Teresina

Por Luana Rakel

Nos dias 24 e 25 de maio, o Coral da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) participa do concerto “Requiem”, em Teresina, no Cineteatro da UFPI, às 18h00, e na Catedral Metropolitana de Nossa Senhora das Dores, às 19h00. A entrada é gratuita e o público terá a oportunidade de vivenciar uma emocionante experiência musical e espiritual.

O “Requiem” é uma obra musical baseada na missa de mortos da Igreja Católica. Composta por Gabriel Fauré entre 1887 e 1890, ela foi escrita para homenagear sua falecida mãe. Este Requiem se destaca pela leveza com que Fauré concebe a morte, retratando-a como um processo natural e tranquilo. Ele compôs as melodias de forma a transmitir uma passagem serena desta vida para a vida eterna.

O evento ocorre através de parceira entre o Coral da UESPI, Madrigal Vox Populi e o Coral da UFPI.

Pedro Furtado, regente do Coral da UESPI, destaca a importância dessa participação. “Participar de um projeto como esse, cantando um repertório erudito e referência no mundo todo, possibilita crescimento artístico, técnico e musical para os cantores, colocando-os em outro patamar de aprendizado. Haverá trocas de experiência com outros cantores e vivências musicais enriquecedoras, como a experiência de cantar acompanhados de um grupo orquestral, receber dicas técnicas de sonoridade e ensinamentos que extrapolam a vivência musical. Isso ressoa no social, promovendo disciplina, atenção, responsabilidade, autoestima e outros benefícios, tudo entrelaçado no processo.”

A preparação do Coral da Uespi para a grande apresentação envolveu um trabalho conjunto com o Madrigal Vox Populi e o Coral da UFPI, focado no ensino de técnica vocal adequada ao gênero lírico da peça. Os ensaios do Coral da Uespi ocorriam duas vezes por semana, com duração de duas horas cada, proporcionando tempo suficiente para que todos os coralistas aprendessem o repertório. Ao final dessa etapa, uma seleção foi realizada para escolher os cantores mais seguros para participar do grande coro. Durante esse processo, foram ensinados a pronúncia correta do latim, bem como as técnicas respiratória e vocal essenciais para o projeto.

O regente ainda ressaltou a importância do evento para o desenvolvimento artístico da cidade. “A participação do Coral da UESPI nesse projeto traz crescimento técnico-musical para os cantores envolvidos, amadurecendo seus fazeres artísticos e possibilitando que eles ofereçam um melhor resultado artístico para a cidade. Nesse sentido, o Coral da UESPI contribui para colocar Teresina no cenário musical de qualidade, executando música de concerto da melhor qualidade e ofertando isso à sociedade piauiense, carente de música desse nível”, afirmou.