UESPI

Brasao_da_UESPI.512x512-SEMFUNDO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Governo-do-Piauí-2023_300X129

Financiado pela FAPEPI “Comunica Morada” é um projeto de extensão do curso de jornalismo de Picos que busca dar voz ao bairro Morada do Sol

Por Jésila Fontinele 

Idealizado em 2022, a partir do grupo de pesquisa comunicação, transformação e ação, o projeto de extensão “Comunica Morada” do curso de jornalismo de Picos da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). O projeto procura dar voz ao bairro Morada do Sol, a fim de atender as necessidades e mudar a imagem estereotipada da localidade.

O coordenador do projeto, professor Flavio Santana em conjunto com os alunos, buscaram por meio do jornalismo comunitário promover ações de transformação social, na qual busca desconstruir barreiras e estigmas sobre Bairro Morada do sol, localizado em Picos e estereotipado como um local resumido em  apenas marginalização, assim o comunica morada, promove através da comunicação, produções sobre potencialidades do território, matérias sobre histórias de vidas e vídeos, com objetivo de implementa-lo como uma ferramenta de transformação social, projeto esse submetido e aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), responsável por estimular por meio da concessão de auxílio financeiro, o desenvolvimento de projetos de extensão por profissionais vinculados a IES/ICT.

Segundo o coordenador, a ideia era utilizar um bairro estigmatizado, principalmente pelos meios de comunicação, assim, o bairro Morada do Sol se encaixou para ser a localidade escolhida. O projeto que reflete a importância de ações sociais utiliza-se dos meios de comunicação como uma estratégia, na qual age com o propósito de mudança. “Para que essas pessoas visualizem a possibilidade de questionar e agir diante do processo da sociedade, considerando o direito à comunicação frisou, informação e a importância da comunicação como um mecanismo que vise a cidadania”, pontuou o professor Flávio.

As atividades em desenvolvimento vão de distribuição de panfletos (atividade essa que visa que as pessoas sejam informadas sobre a importância da comunicação) até a produção de matérias, além disso, o grupo também está desenvolvendo um canal no whatsAPP, com mensagens,   vídeos curtos e imagens, os dois últimos que se destacam por contribuir com a questão da acessibilidade, pois prioriza-se  que todos tenham acesso a informação, em especial, aqueles que não sabem ler e nem escrever, além de um portal, ‘’comunica morada’’ em desenvolvimento.

Matéria feita pela aluna do sétimo período           Thaila Vitória

O egresso do curso de jornalismo, Danilo Elieser, descreveu a ação como um projeto de extrema importância para acadêmicos e egressos do curso de jornalismo. “Nos fazem entender que as formas comunicação variam de acordo com localidades e classes sociais”, o jornalista ainda pontuou os benefícios da ação para o bairro, pois além de dar voz ele também fortalece, ao mudar a imagem estereotipada da localidade.

Danilo Elieser, salientou sobre as atividades desenvolvidas em campo, na qual eles procuraram conversar com os moradores sobre  pensamento a respeito da comunicação picoense, até o desenvolvimento das atividades práticas do grupo, como atividades lúdicas em uma escola do bairro, desenvolvimento de documentário, criação de Instagram. “ Estamos buscando dar voz às pessoas que não costumam ver o bairro sendo noticiado nos meios de comunicação tradicionais, e quando veem, geralmente são notícias negativas. Fortalecer os pontos positivos do bairro são importantes para mudar a imagem negativa existente sobre o local”, concluiu Danilo Elieser.

 

 

 

Jornalismo entre Picos: Livro resgata memórias e celebra trajetória do curso da UESPI

Por Arthur Mariano e Davi Petrola

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) lançou recentemente o livro “Jornalismo entre Picos: Diário de Memória”, uma obra que reflete sobre as histórias, desafios e conquistas do curso de Jornalismo do campus de Picos. Idealizado por integrantes da Liga Acadêmica de Jornalismo JoEME (Jornalismo, Educação e Memória), o livro marca um importante passo na valorização da trajetória do curso e da memória institucional.

Resgatando memórias e trajetórias

Concebido durante a pandemia, o livro teve origem em uma atividade da Semana de Comunicação. De acordo com a professora Thamyres, uma das organizadoras, o material inicial composto por entrevistas e relatos, revelou o potencial para se transformar em um diário de memórias do curso. “Queríamos compreender mais sobre a trajetória do curso: como foi criado, pensado e estruturado. Resgatamos peculiaridades, como alunos que se tornaram professores e o impacto desses profissionais na área. Também destacamos histórias de docentes que marcaram o curso e contribuíram significativamente, mesmo após seguirem para outras instituições, além de retratar o papel do primeiro reitor do curso de Jornalismo da UESPI”, afirmou Thamyres.

Grande parte da obra foi produzida por membros da Liga JoEME, que já realizavam estudos voltados para a memória acadêmica. Segundo Thamyres, o projeto representa uma transição da escrita científica para um formato mais jornalístico e literário, aproximando os leitores das histórias narradas.

Registro do Livro

Um dos diferenciais do livro é a inclusão de perspectivas diversas. Além de relatos e reportagens, há depoimentos que vão além do universo jornalístico, como o de uma ex-estudante de enfermagem, evidenciando a transversalidade do impacto do curso.

Experiências que transformam

Para Thaila Vitória, estudante de Jornalismo e participante da organização e escrita do livro, o projeto foi um marco em sua formação. “No início, minha contribuição era organizar as seções, mas com o tempo passei a escrever capítulos também. Trabalhar com professores e egressos foi um processo de aprendizado incrível, especialmente com o apoio de pessoas experientes, como o ex-estudante Vinicius Coutinho”, relatou.

Thaila destacou ainda o impacto emocional de algumas passagens do livro, especialmente o capítulo que narra a trajetória da professora Mayara Ferreira. “A escrita poética me emocionou profundamente, pois reflete as lutas e conquistas que vivemos enquanto estudantes e profissionais.”

Um legado para as próximas gerações

Mais do que um registro histórico, “Jornalismo entre Picos: Diário de Memória” é um convite à reflexão sobre o papel da memória local na construção de um jornalismo mais humanizado. “A história do curso de Jornalismo de Picos é de luta e superação. Documentar essas memórias é essencial para que elas não se percam com o tempo”, reforçou Thaila.

Para Thamyres, a obra deve inspirar novas gerações. “Espero que futuros estudantes e professores sejam impactados por este registro e incentivados a buscar melhorias para o curso. Nosso desejo é que o curso continue crescendo e que as memórias continuem sendo celebradas.”

Com relatos que abordam desde os desafios enfrentados na fundação do curso até as conquistas mais recentes, “Jornalismo entre Picos: Diário de Memória” vai além de um registro histórico. É uma celebração do impacto do curso e de sua comunidade na formação de comunicadores e na consolidação do jornalismo local.

Clique aqui para acessar o livro.

Alunos de Pedagogia promovem o projeto “Ciência para a Vida” em escolas municipais de Picos

Por Davi Petrola

Estudantes do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus Professor Barros Araújo, estão implementando o projeto Ciência para a Vida. A iniciativa, que faz parte da disciplina de Ciências Naturais: Conteúdo e Metodologia, leva temas científicos a escolas municipais por meio de atividades lúdicas voltadas para crianças. O projeto busca introduzir tópicos como saúde, natureza, animais e preservação ambiental nas primeiras etapas da educação infantil, visando desenvolver a consciência ambiental desde cedo.

A professora responsável pelo projeto, Fabrícia Gomes, explica que, para facilitar a absorção dos conteúdos, são utilizados métodos lúdicos, como brincadeiras, jogos e contação de histórias. “Acreditamos que é essencial para a formação das crianças que esses temas sejam abordados, mesmo que de forma lúdica, desde a pré-escola”, afirma. Com essa abordagem, assuntos complexos tornam-se acessíveis, e o aprendizado, mais eficaz.

O projeto não apenas explora temas de ciências naturais, mas também trabalha questões relevantes para o contexto local, como as queimadas que afetam a região. Nessas atividades, as crianças são incentivadas a compartilhar com suas famílias o impacto ambiental das queimadas e a importância de economizar água nas atividades do dia a dia.

Os alunos que participam da iniciativa escolhem voluntariamente as escolas onde atuarão, geralmente optando por aquelas onde já realizam estágio, o que facilita a integração com a comunidade escolar. Até o momento, o projeto foi realizado em três escolas, com quatro intervenções em uma delas, e duas em outra. A próxima atividade está prevista para ocorrer no dia 4 de novembro, em uma nova escola municipal.

Destacando a importância de estimular a curiosidade natural das crianças, a professora explica que esse traço é também uma característica científica. “Elas fazem muitas perguntas, querem saber o ‘porquê’ de tudo, o que é algo que também define o cientista, alguém movido pelo desejo de entender e explorar o mundo. Então, é muito natural que comecemos a trabalhar ciências desde cedo”, conclui.

Confira aqui a galeria de fotos do projeto.