UESPI

Brasao_da_UESPI.512x512-SEMFUNDO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Governo-do-Piauí-2023_300X129

Programa Saúde Mental do Trabalhador chega ao Campus Clóvis Moura

Por João Fernandes e Vitor Gaspar

Com o objetivo de identificar estratégias de enfrentamento e prevenção de problemas psicossomáticos relacionados ao ambiente de trabalho, a Pró-Reitoria de Administração (PRAD) e o Curso de Psicologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) realizaram a segunda roda de conversa do Programa Saúde Mental do Trabalhador. O encontro aconteceu nesta quarta-feira (20),  no auditório do Campus Clóvis Moura, em Teresina.

Comunidade acadêmica no auditório do Campus Clóvis Moura, em Teresina

O projeto foi pensado para que as pessoas possam compreender melhor como as relações de trabalho afetam a saúde mental e física, incluindo políticas e práticas de cuidado pessoal. Ele também busca criar um espaço para os funcionários da universidade compartilharem experiências, fortalecendo o apoio entre eles e criando ambientes de trabalho mais saudáveis.

Segundo a professora Liliane Moreira, coordenadora do projeto, as discussões são importantes para os trabalhadores, devido ao impacto que o adoecimento mental pode proporcionar de sofrimento no corpo, como dores de cabeça, estômago e problemas digestivos, muitas vezes desvinculados do ambiente de trabalho.

“A intenção é construir um debate para que as pessoas reconheçam o sofrimento e busquem ajuda. Eles também abordam a necessidade de olhar para o indivíduo e o coletivo ao tratar da saúde mental no trabalho, envolvendo psicoterapia, encaminhamento médico e ações preventivas nas empresas”, destaca a professora.

Momento da fala da professora durante o encontro

O principal tema tratado durante a roda de conversa foi a questão das doenças psicossomáticas, que são problemas emocionais que afetam diretamente o corpo. Elas causam diversos sintomas mas não há doenças físicas que os justifiquem nos exames médicos.

“Acontece quando a pessoa enfrenta um sofrimento psiquíco muito grande e não consegue manifestar esse sofrimento que não seja através do seu corpo. É comum nesses casos o aparecimento de sintomas como dermatite, gastrite, dor no peito, dentre outros sintomas que não tenha uma causa biológica definida”, explica a palestrante Ana Vitória, estudante do 8º bloco do curso de Psicologia.

Momento da fala de Ana Vitória

Durante o encontro foi destacado que pessoas com essas doenças geralmente procuram ajuda médica, mas muitas vezes não recebem um diagnóstico claro. Médicos têm dificuldade em identificar a causa desses problemas. O tratamento geralmente envolve terapias para cuidar da saúde mental e evitar complicações graves.

Yulla Sampaio, discente do 8° período, destaca que  é preciso existir uma interação maior entre mente, corpo e o ambiente ao qual estão inseridos, de modo que os fatores de estresse advindos do trabalho podem afetar os indivíduos de várias formas. 

“Essa parceria com a PRAD foi essencial para desenvolver o projeto saúde mental do servidor, onde fazemos o atendimento online dos servidores, visitas domiciliares a servidores afastados, além de rodas de conversas com diversos temas, tais como, Psicologia organizacional sempre focados na saúde do trabalhador”, comenta.

Ana Vitória, Alexandre Júnior e Yulla Sampaio foram os discentes selecionados a falar sobre as temáticas

Diana Célia de Castro é estudante de Letras/Português no Clóvis Moura. Ela afirma estar muito satisfeita com o que foi apresentado pelo curso de Psicologia, pois foi uma forma de estar conectada e entender melhor um ao outro, porque muitas vezes não percebemos o que o outro está enfrentando.

“Quando nos concentramos muito em nós mesmos, às vezes isso pode parecer egoísta. É importante não esquecermos de considerar o que os outros estão passando e nos unirmos para buscar ajuda, como na psicologia, onde encontramos apoio. É por isso que muitas vezes o terapeuta apenas ouve, para entender o paciente primeiro. Conhecendo a pessoa, podemos entender melhor sua situação e, assim, fazer um diagnóstico mais preciso, levando em conta seu passado, ambiente e outros fatores. Para mim, foi uma experiência incrível”.

Esse foi o segundo de quatro encontros previstos pelo Programa

Inicialmente estiveram na composição da mesa de honra junto a professora Liliane, a Diretora do Campus Simonelly Melo, a Pró-Reitora Adjunta da PRAD, Rosineide Candeia, além da Diretora do Departamento de Gestão de Pessoal, Célia Almeida.

Para a Diretora do Clóvis Moura trabalhar essa temática é de extrema importância e deve ser ampliada e discutida para todas as esferas

A professora Rosineinde Candeia afirma que a Universidade está de parabéns por proporcionar aos seus servidores e toda a comunidade um trabalho essencial e de fundamental importância nos dias atuais

A Diretora do DGP contou sobre como surgiu o programa. Ela afirma que tudo partiu da necessidade de fazer com que a Universidade esteja mais próxima de seu servidor, entendendo seus sentimentos e suas necessidades

A transmissão completa do evento está disponível no canal Uespi Oficial no Youtube:

Passos para ser acolhido pelo Serviço de Psicologia da UESPI: 

Passo 1: Servidores acessam o site da UESPI, pagina adequada para o Atendimento psicológico on-line

Passo 2: Ao acessar a página, um questionário é disponibilizado para que ele responda.
O usuário só passará para o agendamento se responder o questionário.

Passo 3: Um aviso de que o serviço não atende as urgências psicológicas/psiquiátricas com contatos de urgência é disponibilizado

Passo 4: Os questionários respondidos serão encaminhados aos e-mails vinculados e, logo a seguir, aparecerá o telefone para agendamento.
• O agendamento será feito a partir do telefone +55 86 9421-5670.
• Agendamento apenas por mensagem de WhatsApp.
• Possíveis horários de Agendamento: segunda a sexta-feira de 8 as 11 horas e de 15 as 18 horas.

Link do questionário (para ser respondido pelos servidores)
Formulário para atendimento!