Por Anny Santos
A Liga Acadêmica de Estudos Neurológicos e Neurocirúrgicos (LAENN), sob coordenação do Dr. Leonardo Halley, da Faculdade de Ciências Medicas (FACIME/UESPI), desenvolve projeto voltado a conscientização sobre o Alzheimer, que visa beneficiar alunos idosos do Núcleo de Atividade Física para Terceira Idade (NUTI), localizado no campus Poeta Torquato Neto.
Com carga horária de 40h, as atividades possuem previsão de duração até o dia 30 de setembro. O objetivo é conscientizar, informar e promover impacto na saúde da população quanto à Doença de Alzheimer, tratando da etiopatogenia da doença e dos fatores de risco, a fim de promover melhorias na qualidade de vida dos alunos participantes do NUTI.
Além disso, o projeto busca capacitar estudantes do curso de medicina e membros da LAENN a partir de aulas teóricas introdutórias e discussão sobre a temática, dialogar de forma clara, direta e simples com os participantes do NUTI sobre os sinais e sintomas da doença, fatores de risco, importância de mudanças de hábito com foco em melhoria da qualidade de vida, diagnóstico e tratamento da Doença de Alzheimer e reforçar a sedimentação do conhecimento por meio da entrega de panfleto educativo.
Para Monique Fortaleza, aluna do 6º período de Medicina e vice-presidente da Liga, o contato intergeracional é produtivo e gratificante, tanto para sua formação profissional quanto pessoal, especialmente quando se pode realizar a troca entre o conhecimento médico acadêmico e as vivências dos idosos.
“Os projetos de extensão, de modo geral, influenciam positivamente no desenvolvimento de habilidades que envolvem desde a organização do projeto até o contato pessoal com outros acadêmicos e com nosso público-alvo. Ao final, não só compartilhamos conhecimentos, mas aprendemos muito também”, destaca.
Segundo os ligantes, no Brasil, estima-se que haja 1,2 milhão de casos e, no mundo, cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a DA (MS BRASIL, 2023). Em uma perspectiva futura, devido ao envelhecimento da população, estima-se que haverá globalmente 74,7 milhões de casos em 2030 e 131,5 milhões em 2050. Apesar disso, 2 em cada 3 pessoas no mundo acreditam que há pouco ou nenhum conhecimento sobre a temática em seus países.