Por Arnaldo Alves
A Coordenação da Especialização em Estomaterapia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) promoveu I Encontro Pós Pandemia de Pessoas com Estomias, nesta quarta-feira (25), no auditório do Lineu Araújo – Teresina.
De acordo com a Coordenadora da Especialização em Estomaterapia e Professora da UESPI, Sandra Marina, 40 pessoas estiveram presentes no Encontro.
“Esse momento foi importante para estimular a reativação da Associação de Pessoas com Estomias. Hoje, nós temos cerca de 700 pacientes que necessitam de politicas publicas para realizar seus procedimentos. Desde setembro de 2021, a pós-graduação em Estomaterapia e o curso de Enfermagem da UESPI estão realizando o recadastramento destes pacientes, seguindo a portaria municipal”, aponta.
O evento teve a participação de pacientes, professores, alunos e profissionais da área. A programação contou com apresentação cultural, dinâmicas, palestras e troca de experiências.
Isabel Cristina, aluna da especialização em Estomaterapia, disse que o Encontro oportunizou uma maior aproximação entre pacientes e profissionais que realizam os atendimentos. “Esses depoimentos nos mostram a importância do especialista estomaterapeuta na vida dessas pessoas, tanto no acolhimento como nas orientações. Aprendemos que não é apenas trocar um equipamento coletor (bolsa), mas que damos qualidade de vida. A cada atendimento aprimoramos nosso aprendizado”, ressalta.
Eliezer da Silva Soares é um dos pacientes e estava no Encontro. Para ele, o evento se tornou um centro de condicionamento e encorajamento pra pessoas com Estomias.
“O evento pra mim além de uma demonstração de amor e inclusão, foi um ponto de partida pra eu continuar evoluindo, me aceitando e exercitando a mim mesmo em como ser melhor e buscar o bem coletivo. Sobre o acompanhamento, faltam palavras para expressar minha gratidão. Nunca tinha recebido tamanha segurança, empatia e um tratamento tão delicado e preciso como a coordenadora e sua leal equipe fazem. Nos dando atenção e cuidados clínicos, com paciência e educação. Isso faz com que o processo de reversão da colostomia ocorra com celeridade e confiança e aos que são em caráter definitivo se torne mais leve e com mais qualidade de vida”, destaca.
Para a professora da UESPI, Ana Lívia, esse tipo de encontro é de extrema importância para que as pessoas entendam que não estão sozinhas durante o processo de tratamento. “Fui convidada para realizar uma palestra sobre promoção de saúde mental de pessoas com estomias, adotamos a musicoterapia como metodologia e os alunos também participaram desse momento. Pude entender a beleza que é esse projeto de assistência gratuito ofertado no Liceu e como os profissionais que trabalham com isso tem verdadeira paixão pelo o que estão fazendo”, ressalta.
Além da Especialização em Estomaterapia, o evento foi realizado pela Fundação Municipal de Saúde de Teresina, Residência em Coloproctologia da UESPI e Centro Integrado der Saúde Lineu Araújo.