Por Raíza Leão
Discentes do curso de Pedagogia do Campus Josefina Demes, em Floriano (PI), encerraram a disciplina “Fundamentos Antropológicos da Educação” com a produção de cartilhas e jogos educativos voltados para temas essenciais como diversidade, antirracismo, combate ao bullying, sexualidade, ecologia e alimentação saudável. A proposta buscou transformar o conhecimento acadêmico em ações pedagógicas concretas, promovendo uma educação mais inclusiva e cidadã.
A atividade foi idealizada pelo professor Robson Pereira, que defende uma universidade engajada com a transformação social. “A nossa concepção de universidade transcende os muros de seus prédios e laboratórios, assumindo um papel fundamental na transformação social. […] O ensino de qualidade exige a incorporação de metodologias ativas, que estimulem o pensamento crítico, a resolução de problemas e o trabalho colaborativo”, explicou o professor.
Segundo ele, a produção de materiais didáticos como esses se alinha diretamente com os objetivos da disciplina. “A educação é uma estrutura essencial para a formação de sociedades justas e igualitárias. Nesse contexto, a produção de cartilhas e jogos torna-se uma ferramenta indispensável para contribuir com uma educação mais inclusiva e consciente”, destacou.
A proposta também se apoia em uma abordagem antropológica da educação, que reconhece a diversidade cultural como um aspecto central das práticas pedagógicas. “A antropologia mostra que cada aluno vem de uma cultura diferente, com suas próprias tradições e valores. Isso ajuda os professores a adaptar o ensino, promovendo um ambiente mais inclusivo”, afirmou Robson Pereira. Para a aluna Kailane dos Santos Severino, participar da atividade foi uma experiência transformadora. “Compreendemos que falar de diversidade, antirracismo e bullying não é só necessário, é urgente. Colocar esses temas em materiais educativos foi uma forma de tornar o debate mais acessível para as crianças. Foi gratificante saber que aquilo que estávamos produzindo poderia trazer grandes mudanças dentro do âmbito escolar”, relatou.
Durante o processo, Kailane dos Santos Severino destacou o quanto a experiência aprofundou sua visão sobre o papel social da educação. “O maior aprendizado foi perceber como a educação é uma ferramenta de mudança. Quando trabalhamos a diversidade de forma acolhedora, ajudamos a formar cidadãos mais conscientes, empáticos e críticos”, afirmou. Ela também acredita que os materiais produzidos podem ter um impacto real nas salas de aula. “As cartilhas e jogos tornam o aprendizado mais fácil, prazeroso e envolvente. Eles ajudam a abrir espaço para debates importantes, de forma lúdica e pedagógica. Esses materiais são instrumentos que, além de ensinar, conscientizam”, completou.
Com linguagem acessível, ilustrações e estratégias lúdicas, os materiais produzidos têm o potencial de ampliar o debate sobre inclusão e respeito à diversidade nas escolas, fortalecendo a formação de futuras gerações mais empáticas, críticas e preparadas para viver em sociedade.