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Curso de Psicologia da UESPI realiza ação simbólica no CCN para integrar alunos

Por Raíza Leão

O curso de Psicologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Torquato Neto, realizou uma ação simbólica de integração e reflexão no Centro de Ciências da Natureza (CCN), no bairro Pirajá, em Teresina. A atividade consistiu na instalação de fitinhas coloridas em uma das árvores do espaço, acompanhadas de perguntas reflexivas como “o que me faz pulsar?” e “qual é o meu maior desejo?”. A iniciativa mobilizou estudantes e ganhou repercussão entre os cursos do centro.

A professora Rafaella Coelho Sá, do curso de Psicologia e coordenadora do grupo de extensão GEPEC (Grupo de Psicologia Educacional em Contexto), explicou que a proposta surgiu da mudança temporária do curso para o CCN, em razão das reformas no Centro de Ciências da Saúde (CCS). “Quando chegamos ao novo espaço, nos deparamos com um universo totalmente novo, com vários cursos, muitas árvores e um ambiente aberto. Pensamos que precisávamos deixar o local um pouco à nossa cara. A ideia era trazer cor, leveza e autorreflexão, fazendo os alunos pensarem sobre si, sobre sua responsabilidade enquanto pessoas e futuros profissionais”, destacou a docente.

Grupo de extensão GEPEC (Grupo de Psicologia Educacional em Contexto)

Segundo a professora, embora tenha sido pensada como uma ação pontual, a atividade cresceu de forma inesperada. “Em menos de três horas tomou uma dimensão muito maior do que imaginávamos. Vários alunos se mobilizaram e querem ajudar. Já estamos nos organizando para dar continuidade, com uma temática diferente a cada mês”, completou.

Para os estudantes, a experiência foi significativa. Lorenna Alcântara, aluna do 8º período de Psicologia e integrante do GEPEC, avaliou a ação como um momento de vivência prática da Psicologia Escolar. “Foi muito importante, porque conseguimos observar a psicologia escolar em ação. A princípio apenas nós do grupo estávamos amarrando as fitinhas, mas logo outros estudantes se juntaram. Pouco tempo depois, quando voltamos da aula, vimos que o espaço estava cheio, com várias pessoas interagindo, escrevendo e refletindo. Isso mostrou que a atividade cumpriu seu propósito de integrar e colorir o Pirajá”, relatou.

Ela destacou ainda o impacto coletivo da proposta: “Essas iniciativas conectam pessoas. Quando eu leio um bilhete de alguém que escreveu o mesmo que eu sinto, percebo identificação e acolhimento. Muitas vezes esquecemos de olhar para nós mesmos no meio da rotina acadêmica, e ações como essa resgatam esse reconhecimento individual e coletivo”.

A estudante Maria Gyovanna Gomes Sales, do 7º período, também participou da iniciativa e destacou o caráter simbólico e coletivo da proposta. “Foi uma experiência incrível, pude praticar a psicologia escolar e ver como uma ideia simples pode colorir e dar vida ao espaço ao redor. Antes era só um lugar para sentar na sombra, agora virou um espaço de reflexão, de sonhos e de transformação. Acho que isso ressignifica o ambiente e vai de encontro ao que a Psicologia propõe”, afirmou.

 

Ela ressaltou ainda a importância do engajamento coletivo: “O que mais gostei foi ver como nós, enquanto colegas, nos divertimos e nos engajamos em conjunto para dar vida à ideia. Saber que um ato simbólico pode trazer significado para outras pessoas foi muito gratificante”.

 

A ação coincidiu com a véspera do Dia do Psicólogo (27 de agosto), embora não tenha sido planejada especificamente para a data. Para os organizadores, a mobilização mostra como pequenas práticas podem transformar o ambiente acadêmico, fortalecendo vínculos e promovendo um espaço de convivência mais humano e acolhedor.

Grupo de extensão GEPEC (Grupo de Psicologia Educacional em Contexto)