Por: Danilo Kelvin
“Estamos começando por cursos que, às vezes, têm menos acesso aos conteúdos de direitos e discussões sociais, como os de tecnologia e ciências da natureza,” explicou Vitória Rosa, uma das psicólogas do NEVIM.
O Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da UESPI (NEVIM) está dando início a uma série de encontros direcionados aos estudantes e professores e começaram pelo curso de Física. A iniciativa visa discutir estratégias de prevenção e identificação das diversas formas de violência contra a mulher no ambiente universitário. Essa abordagem inicial busca alcançar cursos que muitas vezes têm menos acesso a conteúdos sobre direitos e discussões sociais. O NEVIM tem como objetivo abordar os impactos dessas violências e fornecer ferramentas para reconhecê-las e combatê-las, visando à construção de um ambiente acadêmico mais seguro e inclusivo.
Com seis meses de funcionamento, o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da UESPI (NEVIM) já alcançou significativos objetivos, como ressaltou Vitória Rosa. “Apesar de ser um projeto ainda embrionário, os resultados têm sido progressivamente alcançados, refletindo o planejamento e a estruturação cuidadosa do núcleo. Desde o lançamento do protocolo de enfrentamento à violência contra a mulher até a implementação do atendimento psicossocial as bases foram estabelecidas”.
Para o Coordenador do curso de Física, Prof. Macedo Filho, a ação é muito positiva para uma cultura de paz dentro e fora da universidade. “Eu vejo com uma coisa positiva pelo setor de psicologia. É uma iniciativa deles e eu acertei aqui, como coordenação, de bom grado, porque eu acho que isso vai ter um impacto positivo para os estudantes e eu diria também que para os professores, porque é um tema importante, violência, especialmente contra a mulher”.
Malena Alves, coordenadora do NEVIM, comentou a importância da parceria entre a Secretaria de Segurança Pública do Estado e a Universidade Estadual do Piauí, afirmando que essa união visa formar cidadãos capazes de enfrentar a violência contra a mulher. “O NEVIM ajuda a criar um ambiente mais seguro e inclusivo, além da aplicação do formulário diagnóstico na universidade, que serve como base para relatórios a serem apresentados às autoridades públicas, demonstrando nosso compromisso com políticas públicas eficazes de combate à violência de gênero.”
Alex Fonseca, aluno do sétimo período de Física, compartilhou sua visão sobre a palestra do NEVIM e a importância do núcleo permanente na instituição. “A palestra foi esclarecedora e serviu para alertar os participantes sobre questões relevantes da sociedade. Além da importância do núcleo como um espaço de apoio e empoderamento para as mulheres, contribui para o desenvolvimento dos alunos como docentes mais conscientes e sensíveis às questões de gênero”.
“A existência desse núcleo é fundamental para oferecer suporte às mulheres que podem enfrentar situações constrangedoras, tanto dentro quanto fora da instituição. Ter esse espaço de diálogo e apoio é crucial para o desenvolvimento acadêmico das estudantes e contribui para a construção de um ambiente mais inclusivo e seguro dentro da universidade,” complementou Maria Ruthy, aluna do sétimo período de Física.
O planejamento teve início no campus Torquato Neto, em Teresina, mas a demanda não ficará somente na capital. O núcleo de enfrentamento já tem iniciativas de viajar aos campi do interior da UESPI. “Além disso, estamos organizado estender essa iniciativa para outros campi da universidade, garantindo que mais cursos e comunidades acadêmicas sejam contemplados e tenham acesso a essas discussões tão importantes,” concluiu a psicóloga Vitória.