Por: Danilo Kelvin
A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) deu um passo importante para fortalecer a pesquisa científica e tecnológica no estado. Professores do Centro de Ciências da Saúde (CCS) tiveram um subprojeto aprovado no Edital 46/2024 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), voltado ao fomento de projetos dentro dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Ao lado de outras 18 instituições de ensino e pesquisa, a UESPI fará parte de uma rede nacional dedicada ao avanço da biofotônica e da inteligência artificial aplicada à saúde.
O projeto, que terá duração de quatro anos, vai garantir à UESPI um investimento de R$ 422 mil, parte de um montante total de R$ 15 milhões destinado ao projeto nacional. Os recursos serão utilizados para a compra de equipamentos, insumos, bolsas de pesquisa e viagens de intercâmbio no Brasil e no exterior. “É importante destacar que esse recurso não é para bolsas dos professores, mas sim para aquisição de material de consumo, equipamentos e bolsas voltadas à iniciação científica, apoio tecnológico, mestrado e até pós-doutorado”, esclareceu a coordenadora do subprojeto, Professora Dra. Nayana Pinheiro.

Coordenadora do subprojeto, Professora Dra. Nayana Pinheiro
A equipe da UESPI é composta por pesquisadores, incluindo a Profa. Dra. Andréa Lima, o Prof. Dr. Jesus Abreu, a Profa. Dra. Maura Feitosa, a Profa. Dra. Sandra Marina e a Profa. Dra. Veruska Nogueira, todos do Centro de Ciências da Saúde. O projeto é coordenado nacionalmente pelo professor Anderson Gomes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e integra o INCT de Fotônica, que recebeu nota 10 na avaliação do CNPq, um reconhecimento à excelência da proposta.
Segundo a docente, o foco das pesquisas será o uso de tecnologias como LED, laser e espectroscopia no tratamento de feridas de difícil cicatrização, como as causadas pelo diabetes, além da análise bioquímica celular e o uso de plantas medicinais. “A espectroscopia é uma das técnicas mais avançadas atualmente, pois permite uma análise precisa da relação bioquímica das células”, explicou a professora, coordenadora do subprojeto.
Os recursos aprovados serão investidos, principalmente, em equipamentos e insumos para os laboratórios de Biofotônica da UESPI, que também conta com espaços no Colégio Estadual Zacarias de Góis, conhecido como Colégio Amazonas, para a realização de experimentos. “Estamos muito felizes por ver um trabalho que começou aqui na UESPI ganhar esse reconhecimento nacional. A expectativa agora é ampliar as possibilidades de iniciação científica e fortalecer a formação dos nossos futuros pesquisadores”, destacou Nayana.
O Diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROP) da UESPI, Prof. Dr. Reginaldo da Silva Santos, também celebrou a aprovação. “Esse projeto trata principalmente da aplicação de fótons no tratamento de pessoas que sofrem com o pé diabético. É uma pesquisa que já vinha sendo desenvolvida aqui na UESPI e que agora poderá avançar muito mais com o recurso aprovado”, afirmou.
Além do fortalecimento da pesquisa científica, a participação da UESPI neste edital representa também um avanço estratégico para o desenvolvimento de tecnologias de ponta no Piauí. O projeto inclui ainda a aplicação da inteligência artificial, ampliando as possibilidades de análise de dados e de personalização dos tratamentos.
“Nosso objetivo é fazer a universidade crescer cada vez mais no campo científico e tecnológico. Queremos contribuir para o desenvolvimento de soluções que impactem a sociedade, principalmente na área da saúde, unindo laser, plantas medicinais e inteligência artificial”, finalizou a Coordenadora do subprojeto, Professora Dra. Nayana Pinheiro.