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Campus de Picos: 7° período do curso de Jornalismo visita Casa das Sementes, em Chapada do Mocambo

Por Géssica Feitosa

A turma do 7° período do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí, campus Professor Barros Araújo, realizou visita técnica em Chapada do Mocambo. A visita é uma proposta de aula de campo idealizada pela professora Mestra Lana Krisna de Carvalho Morais na disciplina de Políticas Públicas e Desenvolvimento para o Semiárido.

Na aula de campo, a turma visitou a Chapada do Mocambo, localizada na Comunidade de Fornos. Em atividade, os alunos conheceram a Casa das Sementes e a Horta Comunitária.

Segundo a professora Lana Krisna é importante combater a desinformação relacionada ao Sertão do Nordeste, mostrando, a principio, aos futuros jornalistas que o semiárido é belo e com muitas riquezas naturais.

“A disciplina de políticas públicas para o desenvolvimento do semiárido é uma disciplina optativa do curso de jornalismo da UESPI e ela tem como objetivo desenvolver práticas que promovam um pensamento crítico sobre o nosso espaço, que, historicamente, foi apresentado pela imprensa, pelo cinema e pela literatura como um espaço problema, sem solução, sempre a partir de signos de pobreza, miséria e violência. Por isso, a proposta dessa disciplina é justamente tentar trilhar no caminho inverso, mostrando para os estudantes de jornalismo que é possível pensar e produzir notícias e reportagens que possam representar esse novo Sertão, que é um Sertão produtivo, de possibilidades e oportunidades. Então, a visita técnica é justamente para culminar, finalizando a disciplina e mostrando a importância de políticas públicas contextualizadas para desenvolvimento do semiárido, apresentando na prática como essas políticas públicas podem ser efetivas e mudar a realidade do semiárido brasileiro”, explica a professora Lana Krisna.

Maria Francisca Gomes da Silva, Delegada Sindical e presidente da Associação dos produtores rurais de Fornos e também líder comunitária, recebeu a professora e os alunos para explicar os trabalhos voltados para o semiárido desenvolvidos na localidade.

“A visita de vocês é muito gratificante. Eu sei da importância que é para vocês estudarem lá nas escolas a teoria e virem aqui para conhecer o trabalho de campo na prática. Isso nos mostra que as nossas experiências aqui são de grande valia. As sementes crioulas são o principal da nossa agricultura familiar, são delas que germinam e vêm os frutos para nós, para nos alimentar e alimentar a mesa de vocês, que estão nas universidade, como também do pessoal da cidade. Para nós é muito importante essa visita, pois eu sei que isso vai ser mostrado nas redes sociais, o que faz crescer e valorizar cada vez mais o nosso trabalho. E sem falar que no pessoal a gente conhece essas pessoas lindas e maravilhosas aqui, que vai se tornar uma amizade para sempre, se torna família. Cada dia que vem uma equipe como vocês, que estão aqui hoje, é mais membros da família da gente do coração, que vem para a nossa comunidade e para o nosso grupo”, destaca Maria Francisca.

Dayane Borges, discente do curso, enfatiza a importância de ver em prática o que aprendeu em sala de aula.

”Essas visitas devem continuar na ementa do curso, assim nós conseguimos ver de perto a realidade, a convivência do semiárido, as políticas públicas que são aplicadas, as pessoas que são beneficiadas e a diferença que isso faz na vida dessas pessoas. Essa disciplina foi super importante na minha formação porque eu como jornalista vou saber agora de forma correta e honesta como retratar o semiárido nas minhas pautas e pesquisas, a fim de contribuir para o combate a xenofobia e estereotipação que a imprensa vem colaborando há anos sobre o Sertão. E eu como jornalista, me vejo hoje sendo colaboradora para combater a essas práticas e visões distorcidas sobre a região nordeste”, ressalta Dayanne.

Um dos beneficiários dos quintais produtivos em comunidade de Fornos pelos trabalhos desenvolvidos na Chapada do Mocambo, o senhor José Cícero Paulino, esteve presente na recepção da turma.

“Para mim é um grande prazer participar do projeto, nós tínhamos a necessidade, pois no local tinha pouca água e isso ajudou a gente a cultivar mais a produção de frutas já que tínhamos a garantia da água com a chegada das cisternas. Com isso nós conseguimos produzir mais, até vender essas sementes, e isso tem me ajudado na vida financeira e também sobre a qualidade dos alimentos que consumimos aqui. Antes era diferente mas hoje em dia a realidade é outra, como vocês já viram. Melhorou bastante a minha vida. Para me isso é um orgulho estar participando desse projeto”, pondera José Paulino acerca do projeto e da sua participação.

Confira as fotos da visita!